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Estácio – FIB
Disciplina: Direito Tributário I
Professor: Luiz Carlos Oliveira dos Santos
Aluno: Juan Alexandre Almeida Berino
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Caso Concreto
Filipe sócio da sociedade FILIPE & FERNANDA LTDA com intuito de prestigiar
seus funcionários resolveram pagar o 15º salário (criado por eles). Diante
disso a sociedade por falta de planejamento ficou em dificuldades financeiras
motivo que levou ao inadimplemento do IRPJ. O patrimônio da sociedade não
era suficiente para arcar com a dívida tributária e a Receita Federal do Brasil
resolveu redirecionar a execução fiscal contra o sócio Filipe. Responda se Filipe
é parte legitima para figurar no polo passivo da execução invocando os
fundamentos que sustentam a relação jurídica de direito material.
Resposta:
Filipe não tem legitimidade para figurar no polo passivo da execução, visto que para tanto deveria estar enquadrado no art. 135, CTN, o que no presente caso não ocorreu, pois o mero inadimplemento do tributo não gera a responsabilidade automática para sócio, vejamos: 
Jurisprudencia: AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.170.359 - SP (2009/0055477-5) RELATOR : MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA
AGRAVANTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGRAVADO : ESPIRATEC EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS PARA ENCADERNAÇÃO LTDA AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – INCLUSÃO DO SÓCIO NO PÓLO PASSIVO DA AÇÃO – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA – ART. 13 DA LEI Nº 8.620/93 – INAPLICABILIDADE.
1. O sócio, o diretor, o gerente ou o representante são órgãos de que se vale a pessoa jurídica para a realização do seu objeto social. A atribuição de responsabilidade tributária, por substituição, nos termos do artigo 135, III, do CTN, somente é cabível nos casos de gestão com excesso de poderes ou infração à lei ou ao contrato, assim consideradas a gestão fraudulenta com intuito de lesar o credor tributário deliberadamente, ou a dissolução irregular da sociedade, desde que comprovada a conduta irregular.
2. O inadimplemento não configura infração à lei, e o fato de não haver bens bastantes para garantir a execução não autoriza o seu redirecionamento automático, o qual somente se admite se comprovada alguma das hipóteses previstas no art. 135, III, do CTN, ou a dissolução irregular da sociedade
Doutrina: Direito Tributário, Autor: Ricardo Alexandre, 14ª edição 2020
Questão Objetiva: A responsabilidade tributária por sucessão
A ( ) é pessoal do espólio pelos tributos devidos pelo de cujus, desde a data
da abertura da sucessão até a data da partilha ou adjudicação; também é
pessoal a responsabilidade do cônjuge meeiro e sucessores a qualquer título,
nos limites da meação, do quinhão ou legado, pelos tributos devidos pelo de
cujus até a data da partilha ou adjudicação.
B ( ) abrange o tributo e as penalidades por infração à legislação tributária
porventura cometidas pelo contribuinte e que não foram pagas, desde que
tenha havido transmissão de bens imóveis por ato oneroso sem prova da
quitação.
C ( ) é absoluta no caso de aquisição de imóvel em hasta pública para o
adquirente, ora arrematante, desde que não se trate de processo de falência,
pois, neste caso, a responsabilidade é afastada se o adquirente for parente
do falido na linha reta ou colateral até terceiro grau.
D (x) é solidária com o contribuinte nas hipóteses de fusão, cisão e
incorporação de empresa, salvo se havia prova de quitação dos tributos no ato
e não entraram como passivo no negócio jurídico.
E ( ) pode ser atribuída por ato normativo e decorrer de analogia, pois existe
supremacia do interesse público sobre o particular na arrecadação tributária.
Resposta: Alternativa D.

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