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Petição Inicial - Reclamação Trabalhista

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Prévia do material em texto

AO JUÍZO DA xxx VARA DO TRABALHO DE SETE LAGOAS/MG 
NELSON AVIZ, nacionalidade xxxx, estado civil xxxx, profissão xxxx, portador de                     
CTPS nº xxxx, série xxxx, inscrito sob o número de CPF xxx.xxx.xxx-xx, cédula de                           
identidade nº xxxx, expedido por xxxx/xx, endereço eletrônico xxxx@xxxx.xxx,                 
residente e domiciliado à rua xxxx, número xxxx, bairro xxxx, cidade xxxx, estado                         
xxxx, CEP xxxxx-xxx ​, ex empregado da empresa Sociedade Empresária Alfa LTDA,                     
vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado                   
xxxx ​que esta subscreve, endereço eletrônico xxxx@xxxx.xxx, com escritório à rua                     
xxxx, bairro xxxx, CEP xxxxx-xxx, onde recebe suas intimações e notificações,                     
instrumento de mandato anexo, com fulcro no artigo 840 da Consolidação da Leis                         
do Trabalho​/CLT​, PROPOR 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
Em face da Sociedade Empresária Alfa LTDA. situada à Rua xxxx, número xxxx,                         
bairro xxxx, Sete Lagoas/MG, CEP xxxxx-xxx, pelas razões de fato e de direito a                           
seguir expostas. 
I - PRELIMINARMENTE 
a) Do Benefício da Justiça Gratuita  
A Lei 1060/50, que define as normas para a concessão da assistência                       
judiciária gratuita prescreve no artigo 1 que “os poderes públicos, federal e                       
estadual, independente da colaboração que possam receber dos municípios e da                     
Ordem dos Advogados do Brasil, - OAB, concederão assistência judiciária aos                     
necessitados nos termos da presente lei". 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
Dessarte, insta consignar que a Reclamante não possui renda suficiente para                     
custear as despesas processuais sem o prejuízo do seu sustento, conforme                     
pode-se comprovar pelas anotações da sua Carteira de Trabalho. Além disso,                     
observa-se que recebe salário inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo                         
dos Regime Geral da Previdência Social. Por tal razão vem a pleitear os benefícios                           
da assistência judiciária gratuita, direito este assegurado pela Constituição Federal,                   
art. 5º, LXXIV, pelo Código de Processo Civil , art. 98 e ss e pela Consolidação das                                 
Leis Trabalhistas, art. 790. 
Sendo assim, com fulcro nos preceitos invocados a Reclamante, deste já,                     
vem requerer o benefício de assistência judiciária gratuita por não ter condições de                         
arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios. 
II - DO CONTRATO DE TRABALHO 
O Reclamante foi admitido pela Reclamada em ​17/12/2017 para exercer a                     
função de técnico de informática de segunda-feira a sábado, das 20h às 5h, com                           
intervalo de 20 minutos para refeição, com o transporte fornecido pela empresa. 
Entretanto, conforme pode-se observar, na sua carteira de trabalho consta                   
consignado função diversa daquela para a qual foi contratado, auxiliar de serviços                       
gerais, e com salário registrado de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais) inferior ao                             
que deveria efetivamente receber. diverso daquele para e consta no seu                     
contracheque desconto referente ao Fundo de Garantia de Tempo e Serviço (FGTS). 
Ato contínuo, o Reclamante foi demitida em ​28/04/2018 da função que                     
exercia com aplicação de sanção de justa causa apesar de não ter cometido                         
nenhuma falta grave durante todo o período laboral, não vindo a receber qualquer                         
indenização e tão somente o salário do último mês. Ademais, a Reclamada veio a                           
consignar na parte de anotações gerais de sua carteira de trabalho que o                         
Reclamante foi dispensado por justa causa em razão de conduta inadequada. 
 
III – DO MÉRITO 
a) Da falta de comprovação da Justa Causa 
Conforme documentação colacionadas aos autos, a Reclamante foi demitida                 
com a aplicação da sanção de justa causa sem ter cometido nenhuma falta grave                           
durante a prestação de serviços, sendo rescindido o seu contrato de trabalho com                         
reembolso apenas o saldo de salário do último mês trabalhado, o que demonstra a                           
ilegalidade e arbitrariedade da medida adotada, agindo, porquanto, a Reclamada                   
com excesso de poder. Salienta-se na situação em tela há grave violação dos                         
direitos da Reclamante que encontra amparo tanto pela doutrina quanto,                   
principalmente, na consolidada jurisprudência do direito do trabalho que foram                   
violados grosseiramente nesta situação fática.   
Comprovada a culpa da reclamação pela demissão do reclamante, este faz                     
jus a todas verbas rescisórias referentes à demissão sem justa causa, haja vista que                           
não cometeu nenhuma falta grave ou violou qualquer das alíneas do art. 482 da                           
CLT. Nesse sentido, a aplicação sanção de justa causa deve vir acompanhada de                         
provas cabais - cujo encargo cabe ao empregador nos termos do art. 818, inc. II, da                               
CLT, bem como do art. 373, inc. II, do CPC, em respeito ao princípio da                             
continuidade do vínculo de emprego conforme dispõe a Súmula nº 212 do TST​1 - da                             
conduta do obreiro que pudesse dar ensejo à referida sanção, de forma que deve                           
prevalecer, na sua análise, o ​princípio in dubio pro operário​, em observância ao                         
artigo 9º da CLT. 
A aplicação da justa causa não pode ser ao alvedrio do empregador, tendo                         
que se amoldar as hipóteses definidas pelo legislador no art. 482 da CLT, até                           
mesmo porque tal sanção traz inúmeros prejuízos ao trabalhador, como a                     
1 ​O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o 
despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui 
presunção favorável ao empregado. 
impossibilidade de sacar o FGTS, de acesso a verbas rescisórias como o aviso                         
prévio, 13º salário proporcional e férias proporcionais + ⅓ etc. Nesse trilhar, cabe                         
trazer a lume entendimento do Tribunal Regional do Trabalho (18ª Região) que                       
assim dispôs: 
REVERSÃO DA JUSTA CAUSA. ​A falta ensejadora da dispensa por justa                     
causa exige prova cabal e inequívoca, cujo ônus pertence ao                   
empregador ​(art. 818 da CLT c/c o art. 373, II, do NCPC), encargo este do                             
qual, no caso em testilha, não se desvencilhou a contento. (TRT18, ROT -                         
0010579-82.2019.5.18.0141, Rel. SILENE APARECIDA COELHO, 3ª           
TURMA, 18/06/2020) (TRT-18 - ROT: 00105798220195180141 GO             
0010579-82.2019.5.18.0141, Relator: SILENE APARECIDA COELHO, Data           
de Julgamento: 18/06/2020, 3ª TURMA) 
Porquanto, dado que o Reclamante foi demitido com aplicação de justa                     
causa sem qualquer justificativa, se resumindo a Reclamada a consignar em sua                       
CTPS justificativa genérica, “​Conduta Inadequada​”, e em total dissonância com o                     
que rege as leis trabalhistas, requer que seja afastada a sanção de justacausa e o                               
pagamento das verbas resilitórias conforme abaixo discriminadas. 
 
b) Das Verbas Resilitórias 
Dada a comprovação da dispensa arbitrária e, porquanto, a inocorrência da                     
sanção por justa causa, a parte Reclamante faz jus a todas verbas resilitórias que                           
compõem a ​demissão sem justa causa. Destarte, além do saldo salarial recebido,                       
cabe a Reclamada arcar com o aviso prévio, trabalhado ou indenizado, conforme                       
dispõe o art. 487 da CLT; 13º salário proporcional, conforme art. 452, § 6​o​, inc. III da                                 
CLT; férias proporcionais na razão 5/12 acrescidas de 1/3 constitucional, nos                     
termos do Art. 147 CLT; além da multa de multa de 40% sobre o saldo do FGTS,                                 
conforme prescreve o art. 18 da Lei nº 8.036/90, bem como a liberação do                           
formulário de saque do FGTS .  
Ante o exposto, requer que seja julgado procedente os pedidos referentes                     
aos valores devidos a título de verbas rescisórias, conforme devidamente                   
comprovado, no montante de R$ xxx.  
c) Das Horas Extras 
Conforme exposto e devidamente comprovado, a jornada de trabalho a que                     
era submetida a Reclamante extrapolava o limite de 8 (oito) horas diárias e 44                           
(quarenta e quatro semanais). Das provas coligidas aos autos, comprova-se que o                       
seu labor correspondia ao período das 20h às 5h, com intervalo 20m para descanso                           
e refeição, perfazendo, porquanto, um total de 8h e 40m diários.  
Logo, fazendo-se o cômputo do total trabalhado, depreende-se que a                   
jornada de trabalho imposta à Reclamante vai de encontro ao art. 7º, inc. XIII, da                             
CF/88, bem como ao art. 58 CLT. Dado que no contrato de trabalho não foi                             
estipulado outro limite, tem-se que a parte Reclamante faz jus a 40m diários a título                             
de horas extras.  
Porquanto, requer o pagamento dos 40 (min) à guisa de hora extra com                         
acréscimo de 50% em relação à hora normal sobre a jornada realizada, totalizando                         
R$ xxx. 
d) Intervalo Intrajornada 
Conforme exposto alhures, e partindo-se da premissa apresentada que a                   
Reclamante somente possuía 20 (vinte) minutos de intervalo para refeição, o                     
intervalo remanescente não gozado deste período enseja indenização com                 
acréscimo de 50%, haja vista que ele deveria ser de no mínimo de 1 (uma) hora nos                                 
termos do art. 71 da CLT, conforme preconiza o § 4​o do artigo supratranscrito, ​in                             
verbis: 
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis)                         
horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou                     
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo                         
escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas)                       
horas. 
§ 4​o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada                       
mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais,                   
implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período                 
suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da                       
remuneração da hora normal de trabalho.   
Ante o exposto, com fulcro no art. ​71​, ​§ 4º da ​CLT​, requer o pagamento de                               
natureza indenizatória do período suprimido (40 minutos) com acréscimo de 50%                     
sobre o valor da remuneração hora normal do trabalho, o qual perfaz um total de                             
R$ xxx​. 
e) Adicional Noturno 
Dúvidas não pairam em relação à incidência do adicional noturno.                   
Depreende-se dos fatos que a Reclamante laborava de segunda-feira a sábado, das                       
20h às 5h. ​Nosso ordenamento é límpido ao dispor tanto a nível constitucional                         
quanto a nível de legislação infraconstitucional que aquele que labora no período                       
entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte faz jus ao adicional                                   
noturno. Senão vejamos: 
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho                       
noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua                       
remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos,                       
sobre a hora diurna. 
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30                             
segundos. 
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho                     
executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.   
(...) 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10758754/artigo-71-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10758617/par%C3%A1grafo-4-artigo-71-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que                         
visem à melhoria de sua condição social: 
(...) 
 IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
(...) 
Porquanto, requer o provimento do adicional noturno a luz dos preceitos ora                       
invocados, com incidência de adicional de 20% sobre as 7 horas compreendidas na                         
jornada noturna, conforme preceitua os art. 7º, IX da CF e art. 73 e § 2º da CLT,                                   
conforme demonstrado, totalizando R$ xxx. 
f) Da retificação da CTPS por anotação falsa quanto à função e da diferença                           
salarial 
O contrato de trabalho entabulado com a Reclamada não reflete a realidade                       
dos fatos, haja vista que a Reclamante laborou na função de técnico de informática                           
no período de 17/12/2017 a 28/04/2018, ou seja, por todo o período do contrato.  
Dessume-se dos fatos esposados na exordial e comprovados por                 
documentação que a Reclamada veio a inserir informações falsas na Carteira de                       
Trabalho do Reclamante, haja vista que ela foi contratada para o exercício do cargo                           
de técnico de informática o qual, em consulta em sítio eletrônico, conforme                       
convenção coletiva, é remunerado sob o piso de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos                         
reais), tendo assim exercido a referida função durante todo o período laboral.                       
Conquanto consta consignado na sua Carteira de Trabalho a função de Auxiliar de                         
Serviços Gerais cujo piso é de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais). 
Como é sabido, vige no Direito do Trabalho o ​princípio da primazia da                         
realidade​, em que o que importa é o que de fato se concretiza na prática, tendo                               
mais valor do que o consta em documentos, instrumentos ou formulários pactuados                       
solenemente. Dessarte, tal anotação na Carteira de Trabalho é nula de pleno direito,                         
nos termos do art. 9º da CLT que assim dispõe: “Serão nulos de pleno direito os                               
atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos                         
preceitos contidos na presente Consolidação". 
Ante o exposto,pugna pelas diferenças salariais diante o piso salarial                     
apresentado, de forma a condenar a Reclamada ao pagamento das diferenças                     
salariais de todo o período no qual o Reclamante exerceu a função de técnico de                             
informática e a retificação da CTPS, de forma que conste o real valor e a função,                               
conforme prescreve o art. ​29 da ​CLT e em obediência, também, ao precedente                         
normativo 105 do TST o qual dispõe que “As empresas ficam obrigadas a anotar na                             
carteira de trabalho a função efetivamente exercida pelo empregado (...)”. 
Como corolário, conforme piso salarial inserto na convenção coletiva, ainda                   
requer o pagamento das diferenças salariais em relação a todo o período laboral                         
sob a função de técnico de informática, perfazendo o ​quantum ​de R$ xxx.  
g) Da Indenização a Título de Danos Morais em decorrência da anotação da                         
penalidade na CTPS da Reclamante. 
Não resta dúvidas quanto ao dano ocasionado pela Reclamada ao inserir na                       
CTPS da Reclamante, anotações gerais, a anotação da dispensa por justa causa.                       
Tal atitude, ainda mais com a não comprovação do motivo da sanção aplicada,                         
ocasionou à Reclamante prejuízos de ordem moral na medida em que veio a causar                           
empecilho na sua reinserção no mercado de trabalho. 
A indenização de ordem moral está garantida pela Constituição Federal,                     
quando vem a trazer a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos da                           
República, estendendo sua a reparação por dano (arts. 1º, III, e 5º, "caput" e incisos                             
III e X). 
Corroborando com o preceito constitucional, reza o art. ​29​, ​§ 4º da ​CLT que                           
é vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do obreiro                     
em sua CTPS. Entretanto, no caso ​sub examen, ​observa-se que o Reclamado não                         
observou o preceito trabalhista e veio a realizar anotação desabonadora. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10762468/artigo-29-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10762468/artigo-29-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10762174/par%C3%A1grafo-4-artigo-29-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
Nesse sentido, assim já decidiu o e. Tribunal Superior do Trabalho: 
RECURSO DE REVISTA. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. ANOTAÇÃO               
DESABONADORA NA CTPS. Esta Corte vem entendendo que a decorreu                   
do cumprimento de determinação judicial, advinda de ação trabalhista, gera                   
direito à indenização por danos morais, pois configura ofensa à honra e à                         
imagem do empregado, prejudicando ou até mesmo impossibilitando o                 
acesso a novo emprego. Recurso de Revista de que se conhece e a que se                             
dá provimento". (Processo: RR - 1705-45.2014.5.02.0201 Data de               
Julgamento: 17/05/2017, Relator Ministro: João Batista Brito Pereira, 5ª                 
Turma, Data de Publicação: DEJT 19/05/2017). 
Ademais, dada a inocorrência da justa causa e confiante que ela seja                       
afastada pelas razões de fato e de direito expostos alhures, vem a requerer que seja                             
retificada a CTPS do Reclamante para que seja expurgada a anotação de “conduta                         
inadequada”, e, como corolário, a condenação do Reclamado ao pagamento de                     
indenização a título de danos morais no total de R$ xxx, nos termos do art. ​223-C                               
da ​CLT​ . 
 
h) Da inconteste devolução do FGTS 
O Reclamante coligiu aos autos cópia dos seus contracheques que                   
demonstram a retenção ilegal do FGTS. Nesse sentido o art. 15 da Lei nº 9.036/90 é                               
límpido ao prescrever que é obrigação do Reclamado o pagamento correspondente                     
a 8% referente ao FGTS, além de expressa previsão constitucional nos termos do                         
art. 7º, III, CRFB/88 . 
Dessarte, perante o direito líquido e certo, requer a devolução do desconto                       
realizado do FGTS no montante de R$ xxx. 
IV - DOS PEDIDOS 
Diante o exposto requer: 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/173000241/artigo-223c-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
a) que seja afastada a aplicação da justa causa da demissão pela ausência de                           
hipóteses ensejadoras da sanção, nos termos do art. 482 da CLT e com a inversão                             
do ônus probatório nos termos do art. 818, inc. II, CLT e art. 373, inc. II, do CPC; 
b) o pagamento do aviso prévio indenizado nos termos art. ​487 da ​CLT​, com a                             
devida integração desse período no seu tempo de serviço e reflexos nas verbas                         
contratuais e resilitórias, no aporte de R$ xxx; 
c) o pagamento das férias proporcionais na razão 5/12 acrescidas de 1/3                       
constitucional, nos termos do art. 147 CLT, no montante de de R$ xxx; 
d) o ​pagamento do 13º salário proporcional, conforme art. 452, § 6º, inc. III da CLT,                               
na razão de R$ xxx; 
e) o pagamento de multa de 40% sobre o saldo do FGTS, conforme prescreve art.                             
18​ da Lei nº ​8.036​/90, no montante de R$ xxx; 
f) ​a​ ​liberação do formulário de saque do FGTS; 
g) pagamento das horas extras devidas referentes aos 40m (quarenta minutos)                     
diários com adicional de 50% superior da hora normal, nos termos do art. 7º, inc.                             
XIII, da CF/88 e art. 58 CLT, computando R$ xxx; 
h) o pagamento de verba indenizatória referente ao período de refeição suprimido                       
(40 minutos) nos termos do art. 71 da CLT, com acréscimo de 50%, conforme                           
preconiza o seu § 4​o​ , totalizando R$ xxx; 
i) ​o pagamento do adicional noturno, conforme prescreve o art. ​7º​, ​IX da ​CF e art.                               
73​, § 2º da ​CLT​, ao acréscimo de 20% em relação às 7 horas compreendidas na                               
jornada noturna, perfazendo R$ xxx; 
j) ​o pagamento das diferenças salariais conforme divergência do piso salarial em                       
relação ao cargo anotado em sua carteira e o efetivamente executado (função de                         
técnico de informática) e a devida retificação da sua carteira de trabalho para fazer                           
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10708130/artigo-487-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11326597/artigo-18-da-lei-n-8036-de-11-de-maio-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104148/lei-do-fgts-lei-8036-90
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641213/artigo-7-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726718/inciso-ix-do-artigo-7-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10758520/artigo-73-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
constar o real valor da função exercida nos termos do art. ​29 da ​CLT e com                               
observância do precedente normativo 105 do TST, perfazendo a diferença em R$                       
xxx; 
k) que seja condenada a Reclamada ​ao pagamento de indenização a título de                         
danos morais pela anotação desabonadora na CTPS do reclamante, conforme                   
preconiza o art. ​223-C​ da ​CLT​, no aporte de R$ xxx;  
l) a ​devolução do desconto do FGTS nos termos do art. 15 da Lei nº 9.036/90, bem                                 
como do art. 7º, III, CRFB/88, perfazendo o montante de R$ xxx; 
 
IV – REQUERIMENTOS FINAIS 
Diante o exposto, requer a procedência ​in totum dos pedidos e a                       
condenação da Reclamada ao pagamento de honorários advocatícios no importe                   
de 15% conforme estabelece o art. ​791-A da ​CLT​, bem como a intimação da                           
Reclamada para apresentar contestação, sob pena de revelia e confissão quanto à                       
matéria de fato. 
Provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,                       
em especial a prova documental e testemunhal. 
Atribui-se à causa o valor de R$ xxx, conforme cômputo dos dos pedidos. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Sete Lagoas, xx de xxxx de xxxx. 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10762468/artigo-29-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/173000241/artigo-223c-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/172999906/artigo-791a-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
Advogado (a) xxxx 
OAB nº xxxx 
 
 
 
 
Nuno Oliveira Cardoso

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