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1 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – Fone/Fax: (43) 3542 4490 CEP 86360-000 - Bandeirantes – Paraná ce.juvenalmesquita@gmail.com bntjuvenalmesquita@seed.pr.gov.br PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2018 BANDEIRANTES – PARANÁ 2 Sumário 1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 5 2. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7 3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO: .......................................................... 9 3.1. Histórico da Instituição ..................................................................................... 10 4. MARCO SITUACIONAL: ........................................................................................ 13 5. OFERTA DA INSTITUIÇÃO ................................................................................... 16 5.1. Organização Interna da Escola ......................................................................... 16 6. OCUPAÇÃO DO TEMPO E DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS ............................. 18 7. ORGANIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ................................. 19 7.1. Dependências físicas e materiais ..................................................................... 20 7.2. Quadro de Funcionários – Ano 2017 ................................................................ 25 7.3. Condições de atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais ................................................................................................................... 27 7.4. Resultados Educacionais: aprovação e evasão ............................................. 27 7.5. Dados das Avaliações Externas e Projeções para os próximos anos .......... 28 7.6. Distorção Idade-Série ........................................................................................ 29 7.7. Plano de Ação da Escola .................................................................................. 29 8. MARCO CONCEITUAL .......................................................................................... 30 8.1. Concepção de Educação .................................................................................. 31 8.2. Concepção de Homem ...................................................................................... 31 8.3. Concepção de Mundo ....................................................................................... 32 8.4. Concepção de Sociedade ................................................................................. 32 8.5. Concepção de Cultura ....................................................................................... 33 8.6. Concepção de Tecnologia ................................................................................. 33 8.7. Concepção de Cidadania .................................................................................. 33 8.8. Filosofia da Escola ............................................................................................ 34 8.9. Princípios Norteadores da Educação .............................................................. 34 8.10. Concepção de Ensino e Aprendizagem ......................................................... 35 8.11. Concepção de Avaliação ................................................................................. 35 8.12. Concepção de Gestão Escolar Democrática ................................................. 37 8.13. Concepção de Currículo ................................................................................. 37 8.14. Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de Ensino e Aprendizagem ........................................................................................................... 38 3 8.15. Concepção de Alfabetização e Letramento ................................................... 41 8.16. Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental.......... 43 8.17. Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais ....................................... 43 9. MARCO OPERACIONAL: ...................................................................................... 44 9.1. Ações definidas pelo coletivo escolar: ............................................................ 44 9.2. Organização do trabalho pedagógico .............................................................. 46 9.2.1. Organização Curricular .................................................................................. 46 9.2.2. Conselho de Classe ........................................................................................ 47 9.2.3. Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de registro, recuperação de estudos, promoção: ...................................................................... 49 9.2.4. Processo de Classificação e Reclassificação .............................................. 51 9.2.5. Aproveitamento de Estudos .......................................................................... 53 9.2.6. Regime de Progressão Parcial ...................................................................... 53 9.2.7. Adaptação de alunos oriundos de outros regimes ...................................... 53 9.2.8. Formação Continuada .................................................................................... 54 9.2.9. Articulação da escola com a família e comunidade .................................... 55 9.2.10. Reuniões de acompanhamento ................................................................... 56 9.2.11. Organização do horário/hora atividade....................................................... 56 9.2.12. Atuação da Equipe Multidisciplinar ............................................................ 56 9.2.13 – Educação Ambiental ................................................................................... 59 9.2.14 - Direitos Humanos ........................................................................................ 59 9.2.15. Educação Especial ....................................................................................... 61 9.2.16. Acompanhamento das atividades em contraturno .................................... 61 9.2.17. Matriz Curricular/Parte diversificada .......................................................... 62 9.2.18. Calendário Escolar ....................................................................................... 62 9.2.19. Proposta de Inclusão Educacional .............................................................. 63 9.2.20. Ações de combate para o enfrentamento à violência e uso indevido de drogas ........................................................................................................................ 64 9.2.21. Ações preventivas em parceria ................................................................... 64 9.2.22. Envolvimento das Instâncias Colegiadas................................................... 64 9.2.22.1. Conselho Escolar ...................................................................................... 65 9.2.22.2. Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF ............................ 66 9.2.22.3. Grêmio Estudantil ...................................................................................... 68 9.2.22.4. Equipe Diretiva ........................................................................................... 69 4 9.2.22.5. Equipe Pedagógica.................................................................................... 73 9.2.22.6. Equipe Docente .......................................................................................... 77 9.2.22.7. Sistema Educacional da Rede de Proteção (SERP) ............................... 81 9.2.22.8. Programa Bolsa Família ............................................................................ 82 9.2.23. Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica Curricular 83 9.2.24 – Projetos e Atividades oferecidas em contraturno ................................... 83 9.2.25 – Acompanhamento do estágio obrigatório e não obrigatório .................. 83 10. DESAFIOS SÓCIO – EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS .......................... 84 11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ........................................................ 87 ARTE .......................................................................................................................... 88 BIOLOGIA ................................................................................................................ 100 CIÊNCIAS ................................................................................................................ 105 EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................................ 116 ENSINO RELIGIOSO ............................................................................................... 129 FILOSOFIA .............................................................................................................. 134 FÍSICA ...................................................................................................................... 139 GEOGRAFIA ............................................................................................................ 148 HISTÓRIA ................................................................................................................ 159 LEM - INGLÊS.......................................................................................................... 180 LÍNGUA PORTUGUESA .......................................................................................... 197 MATEMÁTICA .......................................................................................................... 217 QUÍMICA .................................................................................................................. 228 SOCIOLOGIA ........................................................................................................... 233 CELEM – ESPANHOL ............................................................................................. 239 CURSO BÁSICO DO CELEM – P2 .......................................................................... 245 12. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO .................................................................................................................................. 254 13. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 256 14. ANEXOS ............................................................................................................. 259 14.1. Atividades e projetos desenvolvidos na escola, integrados ao Projeto Político Pedagógico: .............................................................................................. 259 14.1.1. Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – OBMEP .. 259 14.1.2. Concurso de Soletração............................................................................. 259 14.1.3. Jogos Florais .............................................................................................. 259 5 14.1.4. Programa Agrinho ...................................................................................... 260 14.1.5. Participação em atividades cívicas ........................................................... 260 14.2. Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar ................................................... 260 14.3. Brigada Escolar ............................................................................................ 274 14.5. Matriz Curricular ............................................................................................ 277 14.6 Plano de Ação da Escola ............................................................................... 280 14.7 Cópia da Ata de Aprovação do Projeto Político Pedagógico ...................... 321 6 1. APRESENTAÇÃO O Projeto Político Pedagógico é um importante instrumento de organização escolar cuja dimensão, mais que política, é a contribuição para a formação de uma consciência coletiva de cidadania no ambiente escolar. Tem a finalidade de explicitar a intenção de construção coletiva de uma escola cidadã, democrática e de qualidade, envolvendo efetivamente educadores, pais, estudantes, agentes educacionais e comunidade. A elaboração do PPP é uma necessidade, haja vista que toda escola precisa registrar seus dados, situar-se no contexto social, renovar-se planejando a curto, médio e longo prazo, sistematizar a sua prática, bem como, descrever sua dinâmica, e disso dependerá a sua história atual e futura. O planejamento das atividades escolares é uma necessidade fundamental e, por esta razão, o objetivo principal do Projeto Político-Pedagógico deve ser o de propor um encaminhamento para as ações pedagógicas, apresentando a organização e operacionalização do trabalho pedagógico escolar, de acordo com os princípios e metas estabelecidos para o desenvolvimento da aprendizagem, da melhoria da qualidade de ensino, da pesquisa como processo de construção do conhecimento, do respeito às diferenças e à diversidade, da formação continuada do professor, da contextualização dos procedimentos avaliativos e da valorização do aluno como sujeito do processo ensino aprendizagem. Considerando a importância dos objetivos propostos, o Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio visa atender as dimensões política e pedagógica de educação conforme a concepção de mundo, sociedade, educação, professor e aluno que desejamos e que estão descritos na operacionalização de nossas ações. 7 2. INTRODUÇÃO O presente Projeto Político-Pedagógico, muito mais que uma exigência legal, constitui-se na organização do trabalho pedagógico do Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, sendo o resultado de uma construção coletiva, com a participação de professores, pais, alunos, equipe pedagógica, equipe administrativa, serviços gerais e a comunidade escolar em geral, com o objetivo maior de transformar a realidade social à qual estão inseridos, observando-se as mudanças da atualidade. O Projeto Político Pedagógico, previsto nos artigos 12 e 13 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) como Proposta Pedagógica ou como Projeto Pedagógico (art. 14, inciso I), objetiva democratizar e descentralizar as decisões pedagógicas, organizacionais e jurídicas da escola, com vistas à participação de todos os envolvidos no processo de educação escolar. Enquanto construção coletiva da identidade da escola, o Projeto Político Pedagógico pressupõe um projeto de acordo com a concepção de Homem, de Sociedade, de Escola, de Trabalho, de Educação, de Cultura, de Tecnologia, Cidadania, Letramento, entre outros aspectos inerentes à práxis pedagógica, fundamentado na democracia e na justiça social, sendo a escola portanto, a responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão. O Projeto Político-Pedagógico é um permanente processode discussões das práticas, das preocupações individuais e coletivas, dos obstáculos aos propósitos da escola e da educação, e portanto não temos a pretensão de considerá-lo um trabalho acabado, mas sim contínuo e flexível, capaz de ser modificado de acordo com as necessidades da escola. No contexto em que estamos vivendo, com informações rápidas, mudanças de paradigmas, o Projeto Político-Pedagógico deve estar sintonizado com uma nova visão de mundo, garantindo assim a formação global e crítica de todos os envolvidos no processo, capacitando-os para o exercício da cidadania pretendida. Ao estabelecer em seu Projeto Político-Pedagógico interesses comuns básicos, a partir dos quais possam ser trabalhadas as diferenças e as potencialidades dos alunos, a escola pretende que os mesmos sejam participantes e agentes transformadores da realidade, que aprendam o que é relevante, que apliquem seus conhecimentos nos problemas cotidianos, que façam uso da tecnologia, e que ao mesmo tempo sejam 8 pessoas capazes de transformar a realidade e de torná-la mais humana. Portanto, além de um agrupamento de ideias, reflexões, situações e propostas, o PPP estabelece a forma de organização da escola e especificamente a organização do trabalho pedagógico que tem por princípios a cidadania, a autonomia e a democracia. 9 3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO: Denominação: Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fund. e Médio Código do Estabelecimento: 00036 Endereço: Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – CEP 86.360-000 TELEFONE:(43) 3542 4490 g-mail : ce.juvenalmesquita@gmail.com PÁGINA DA ESCOLA:bntjuvenalmesquita@seed.pr.gov.br Município: Bandeirantes Código do município: 0240 Dependência Administrativa: Estadual Núcleo Regional: Cornélio Procópio Código do NRE: 008 Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná Ato de Autorização de Funcionamento: DEC. 2787 DOE 10/01/77 Ato de Renovação de Reconhecimento de Curso: - Ensino Fundamental: RES. 4871/14 DOE 03/10/14 - Ensino Médio: RES. 4484/16 DOE 09/11/16 Ato Administrativo – Regimento Escolar: 248/2008 Parecer de Aprovação – Regimento Escolar: 068/2008 - SEF/EP/NRE Ato Administrativo – Adendo 01 do Regimento Escolar: 032/10 Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 018/2010 Ato Administrativo – Adendo 02 do Regimento Escolar: 219/2010 Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 097/2010 Ato Administrativo – Adendo 03 do Regimento Escolar: 193/2011 Parecer de Aprovação – Adendo 03 do Regimento Escolar: 161/2011 Ato Administrativo – Homologação da Composição do Conselho escolar 2016/2018: 140/2016 Distância da Escola do NRE: 36 Km 10 Localização da Escola: região norte do município Tipo de escola: Urbana 3.1. Histórico da Instituição O Colégio Estadual “Juvenal Mesquita” - Ensino Fundamental e Médio foi criado através do Decreto nº 2264, em 30 de agosto de 1966, com o nome de Grupo Escolar “Juvenal Mesquita”, construído pelo Governo do Estado do Paraná, no exercício do Governador Exmo. Sr. Ney Braga. Sua inauguração oficial aconteceu no dia 26 de março de 1966, com a presença do Prefeito , o Sr. Moacyr Castanho e outras autoridades civis e religiosas, familiares de alunos e convidados. O então Grupo Escolar “Juvenal Mesquita” começou a funcionar com 4 salas de aula, 3 sanitários, pátio coberto, sala de administração e cozinha. Após um ano, construiu-se mais 2 salas de aula de madeira, em caráter emergencial. Em 1980 foi construído outro bloco de salas, devido ao crescimento da demanda escolar, constituído de 4 salas, sanitários e 2 salas administrativas. As salas de madeira foram utilizadas mais tarde para atender o Projeto Tempo de Criança e, após o término, foram desativadas. Em 1991 a rede física foi ampliada com a construção de 3 salas e a quadra Poli-Esportiva. E em 1997, com o auxílio da APM, foi construída mais 1 sala de aula. Em 1998 aconteceu a grande reforma geral do prédio, através de recursos do PROEM - Programa de Recuperação, Obras e Melhoria do Ensino Médio. Foram organizados também, em 1998/1999, o aumento da Biblioteca, um banheiro para os Professores e Funcionários e os Laboratórios de Informática e de Química/Física/Biologia. A construção da escola só foi possível graças à doação de um terreno na Vila Macedo, na rua São Paulo, quadra circundada pela Av. Prefeito Moacyr Castanho, Rua Elísio Manoel dos Santos e Rua Conceição Veiga. O doador, Sr. Eurípedes Mesquita Rodrigues foi um dos pioneiros e fundadores de Bandeirantes, e colaborador entusiasta do setor educacional. Ao fazer a doação, fez o pedido de que se elegesse um parente 11 para ser o Patrono da Escola. Foi aceito o pedido e assim o Sr. Juvenal Mesquita, tio do doador, passou a ser o Patrono da Escola. Hoje, o Colégio Estadual “Juvenal Mesquita”- Ensino Fundamental e Médio atende 10 turmas de 6º a 9 º a n o s n o s p e r í o d o s m a n h ã e t a r d e , 03 turmas de Ensino Médio no período da manhã, 02 turmas de Sala de Apoio à Aprendizagem no período da manhã e 02 turmas de Sala de Apoio à Aprendizagem no período da tarde, sob a direção da professora Cristina dos Santos. Atos Oficiais: Ato de Criação do Grupo Escolar Juvenal Mesquita: Decreto nº 2264 de 30/08/66. Autorização de Funcionamento da Escola Juvenal Mesquita - Ensino de 1º Grau: Decreto nº 2787, em 10/01/77. Passou a denominar-se Escola Estadual Juvenal Mesquita - Ensino de 1º Grau a partir de 08/04/83 - Resolução nº779/83. Autorização de Funcionamento do Ensino de 5ª a 8ª séries - Noturno: Resolução nº 120/89 de 16/01/89. Autorização de Funcionamento do Ensino de 5ª/8ª séries- Diurno: Resolução nº 4155/91 de 03/12/91. Reconhecimento do Curso de 1º Grau Regular da Escola Estadual Juvenal Mesquita - Ensino de 1º Grau: Resolução nº 768/93, publicada em Diário Oficial de 24/03/93. Regimento Escolar aprovado pelo Parecer nº 022/94 de 28/12/97, homologado pelo Ato Administrativo nº 086/97-NRE. Autorização de Funcionamento do Ensino de 2º Grau Regular, com o Curso de 2º Grau - Educação Geral, passando a Escola a denominar-se Colégio Estadual Juvenal Mesquita - Ensino de 1º e 2º Graus: Resolução nº 341/98, em 05/03/98, que passou a denominar-se Colégio Estadual Juvenal Mesquita - Ensino Fundamental e Médio, em decorrência da Lei nº 9394/96, Deliberação 003/98/CEE e Resolução nº 3120/98/SEED, a partir de 23/09/98. Conselho Escolar aprovado pelo Ato Administrativo nº 180/98, em 27/07/98. Projeto de Implantação Curricular do Ensino Médio aprovado pelo Parecer 16/99- DESG/SEED. 12 Diretores: 1º) Bernadete Marques Guerra - 1966 a 1978. 2º) Leopoldina Delicato – 1979 a 1987. 3º) Idalina Correa Cosmo – 1988 a 1993. Maísa C. Montoya - Direção Auxiliar 4º) Maria Helena Ferreira Santiago 1994 a 1995. 5º) Idalina Correa Cosmo – 1996 a 2002. Elizete de Fátima Mendes Coltri - Direção Auxiliar – 1996 até Junho/2000. Eduardo Henrique Von Der Osten – Direção Auxiliar - de Julho/2000 à 2.002 6º) Eduardo Henrique Von Der Osten – Diretor – 2.003 a 2.007- Prorrogado para o ano de 2.008. 7º) Fabiana Aparecida Gonçalves – Diretora – 2009 a 2011 - 2012 a 2015 Eduardo Henrique Von Der Osten – Diretor Auxiliar – 2009 a 2011 - 2012 a 2015 8º) Cristina dos Santos – Diretora – 2016 até a presente data 13 4. MARCO SITUACIONAL:A escola constitui-se no espaço que busca, efetivamente, possibilitar às nossas crianças, adolescentes e jovens a apropriação do saber elaborado. Entretanto, a Educação vem enfrentando grandes dificuldades, provenientes dos graves problemas familiares, econômicos e sociais que são, em grande parte, resultados do sistema capitalista vigente. A definição de ações para garantir a permanência do aluno na escola é constante, porém enfrentamos muitos problemas de assiduidade e abandono escolar, o que tem impactado demais no resultados do IDEB da instituição. A luta da escola em preparar o a luno para o exercício consciente da cidadania, de forma a garantir uma vida digna para si e para a sociedade em que vive tem sido muito árdua devido às mudanças que vêm ocorrendo historicamente, onde os direitos têm prevalecido sobre os deveres. É fato que sem Educação não há desenvolvimento e tão pouco crescimento. Entretanto, apesar de algumas políticas públicas educacionais apresentarem a situação da sociedade brasileira como positiva, está muito difícil trabalhar com a desigualdade de condições a que estão submetidas as nossas crianças e jovens. Não é possível desenvolver um trabalho educativo desconsiderando as dimensões econômica, social, cultural, política, familiar, até porque a escola está inserida em todos os contextos e infelizmente não está preparada para acompanhar este ritmo do mundo em constantes mudanças. A globalização na qual vivemos, o capitalismo e a competitividade, coloca a escola em alerta, levando-a a fazer reflexões, procurando caminhos que levem a ofertar um ensino de qualidade, pois a universalização da Educação significa “todos” na escola, e isso implica em trabalhar com seres humanos de diferentes naturezas, heterogêneos em diversos pontos, tendo que levar em conta as diversidades tais como: famílias desestruturadas, falta de recursos financeiros, dependências de todo tipo de apoio, sem um referencial ou valores que deem incentivos, enfim, acabando muitas vezes a escola precisando enfrentar e ao mesmo tempo evitar situações excludentes, situações que não lhe competem porque nem sempre dispõe de infraestrutura para tal enfrentamento, porém são situações que nela se concentram. Os governos mais preocupados e comprometidos têm se preocupado em estabelecer e criar políticas que estejam mais de acordo com a realidade, e a própria 14 elaboração deste Projeto é um exemplo. No contexto do Estado do Paraná, a política dos últimos anos vem apontando para expansão da educação com qualidade, porém nem sempre são observadas as particularidades e necessidades de cada instituição. Muitas iniciativas do governo, em parceria com entidades privadas, têm ajudado a reativar as energias no cotidiano da sala, bem como o domínio de novas tecnologias e outros eventos que ajudam na aprendizagem e na tentativa de superação de resultados, que de acordo com estudos de pesquisas mostram índices de baixo rendimento, assim como taxa de evasão superior ao previsto. Com a construção das Diretrizes Curriculares Estaduais, com o uso de laboratórios de informática, tecnologias de ponta, salas de apoio à aprendizagem, viabilização de projetos e programas educacionais como Olimpíadas de Matemática, Atividades Complementares em contraturno, entre outros, tem sido possível propiciar um trabalho pedagógico mais significativo e eficiente, desde que haja condições mínimas para a execução dos mesmos. Os progressos visíveis ainda são tênues, mas o que importa é a transformação que va i a con te cendo aos pouco , cabendo-nos continuar dialogando e nos sensibilizando para se chegar ao ponto demarcado: cidadania e transformação social. O Colégio Estadual Juvenal Mesquita atende um alunado com sérios problemas sociais, econômicos, culturais e familiares, onde são verificadas inúmeras situações como: alunos que cuidam da casa e têm que olhar os irmãos menores para a mãe trabalhar, alunos que são responsáveis em levar os irmãos menores para a creche e por isso chegam atrasados, mães que dormem até tarde e não acordam o filho para ir à escola, alunos e pais que não valorizam o estudo e mandam os filhos pra escola apenas porque é obrigatório ou para não perder o Bolsa Família, pais que não comparecem quando solicitados, atitudes agressivas tanto de alunos quanto de pais, bullying constante não só na escola como no local onde vivem, desinteresse pelo pedagógico, alcoolismo, drogas, enfim, situações e fragilidades que dificultam à escola obter avanços significativos. Contudo, o colégio tem procurado envolver a comunidade escolar em todo o processo educacional, com participação efetiva de todos os segmentos, pois na gestão democrática a que se propôs, “todos são responsáveis pela Educação”. Os professores e funcionários têm participado de cursos e formação 15 continuada descentralizados, oferecidas pela Secretaria de Estado e Educação, além de outras iniciativas privadas. Quanto à carga horária destinada à Hora Atividade, os professores são orientados a utilizá-la em pesquisas, novas informações, pois o embasamento teórico é fundamental para evitar a dicotomia teoria e prática. A Escola enquanto formadora de opiniões precisa e deve adotar medidas educativas, de acordo com sua realidade, aceitar os princípios éticos de cada educando para que o respeito à diversidade faça parte do cotidiano, através do trabalho coletivo e interdisciplinar, objetivando resgatar valores, acreditar no aluno como agente de transformação social. 16 5. OFERTA DA INSTITUIÇÃO O Estabelecimento de Ensino oferta: I. Ensino Fundamental – Anos Finais: 6º ao 9º ano, períodos matutino e vespertino, em tempo parcial; II. Ensino Médio, período matutino, em tempo parcial; III. AEE Complementar e Suplementar para estudantes da Educação Especial, se houver demanda; III. Celem - Ensino Extracurricular Plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna - Espanhol, em período contraturno ao dos estudantes, quando da existência de demanda; IV. Educação Integral/Ampliação de jornada: Sala de Apoio à Aprendizagem para 6º e 7º anos, períodos matutino e vespertino, e Atividades Complementares Curriculares Periódicas, quando liberado pela SEED. O regime da oferta é de forma presencial, com a seguinte organização: I. Ensino Fundamental (anos finais) – 6º ao 9º Ano: por anos; II. Ensino Médio – 1ª a 3ª Série: por séries; III. CELEM – P1 e P2: por séries; IV. Atendimento Especializado Complementar e Suplementar para estudantes da Educação Especial: por turmas V. Educação Integral/Ampliação de jornada: Sala de Apoio à Aprendizagem para 6º e 7º anos e Atividades Complementares Curriculares Periódicas: por turmas – em contraturno. 5.1. Organização Interna da Escola O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, de organização anual no Ensino Fundamental e Médio, atende os alunos nas demandas 17 ofertadas nos seguintes turnos e horários no ano letivo 2017: ENSINO FUNDAMENTAL 2ª a 6ª feira Períodos: Manhã – 7:30h às 12:00h Tarde – 13:00h às 17:20h ENSINO MÉDIO 2ª a 6ª feira Períodos: Manhã - 7:30h às 12:00h SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 6º/7º Anos – Em período contraturno Manhã: 2ª feira: Matemática - 7:30h às 9:10h Língua Portuguesa – 9:10h às 11:10h (com intervalo de 20 minutos) 3ª feira: Língua Portuguesa - 7:30h às 9:10h 4ª feira: Matemática – 9:10h às 11:10h (com intervalo de 20 minutos) Tarde: 2ªfeira: Língua Portuguesa - 13:00h às 14:40h Matemática – 14:40h às 16:30h (com intervalo de 10 minutos) 3ª feira: Matemática – 13:00h às 14:40h Língua Portuguesa - 14:40h às 16:30h (com intervalo de 10 minutos) CELEM Não dispomos de turmas no corrente ano letivo, mas havendo demanda, as turmas funcionam no período contraturno ao do estudante, geralmente nos turnos tarde ou noite. 18 6. OCUPAÇÃO DO TEMPO E DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS Sala de Apoio à Aprendizagem: a escola oferta aos alunos do 6º e 9º Ano Salas de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, em contraturno, duas vezes por semana, com carga horária de 04 horas semanais cada disciplina, com o objetivo de recuperar os conteúdos básicos defasados ao longo dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Laboratório de Informática: o laboratório, com 18 computadores, é destinado ao uso dos professores e alunos(sob a supervisão dos professores), para pesquisas, trabalhos e atividades planejadas para enriquecimento das aulas, com e sem acesso à internet, sendo esse espaço de responsabilidade do Agente Educacional II, indicado pela direção, com domínio básico da ferramenta. Laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia: destinado ao uso dos professores e alunos(sob a supervisão dos professores), para pesquisas, trabalhos e experiências. Quadras Poliesportivas: utilizadas para a realização das aulas de Educação Física, atividades recreativas, culturais e atividades nos finais de semana para a comunidade em geral. Biblioteca: é um espaço pedagógico democrático com acervo bibliográfico à disposição de toda a comunidade escolar, atualizado e adequado para o atendimento dos objetivos de todas as etapas e modalidades ofertadas pela instituição de ensino. É utilizada para leitura e pesquisas dos alunos e demais atividades didático-pedagógicas direcionadas pelo professor, sob a responsabilidade do Agente Educacional II, indicado pelo diretor. 19 7. ORGANIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO A comunidade escolar é formada, em sua grande maioria, por classes sócio econômicas média baixa e baixa, composta por serventes de pedreiros, serviços gerais, comerciários, diaristas, cortadores de cana e outros trabalhos braçais, sendo que grande parte depende do auxílio dos programas do Governo Federal e subsistem com um salário mínimo. A maior parte do alunado atendido é oriunda da zona urbana, fazendo uso de transporte escolar apenas uma pequena porcentagem, moradores da zona rural. O nível de escolaridade dos pais se restringe entre fundamental e médio, com exceção de alguns com ensino superior. Os professores e funcionários são graduados e habilitados para as funções que exercem. Quase que a totalidade dos professores têm especialização e alguns fizeram o PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional). Os professores, direção e equipe pedagógica são residentes na zona urbana, porém alguns são de outros municípios. Embora tenhamos observado sensíveis melhoras em relação à frequência dos alunos e cumprimento dos horários, ainda temos uma parcela de alunos que normalmente desistem no decorrer do ano ou reprovam por faltas, e seus pais ou responsáveis não comparecem quando solicitados. Além disso chegam atrasados frequentemente e a família, na maioria dos casos, se revela muito omissa. Entretanto, gostam de utilizar os espaços escolares para atividades desportivas nos finais de semana. Os valores morais, religiosos, materiais e intelectuais não são verificados em grande parte do alunado, e observamos que isso já vem de casa, internalizado, devido à desestrutura familiar. Oriundos de uma comunidade carente, nossos alunos precisam, além dos conteúdos sistematicamente organizados pela humanidade, dos conhecimentos científicos, de muita atenção, respeito e amor. O colégio busca estreitar o relacionamento com a comunidade para que haja uma interação entre família e escola, facilitando o desenvolvimento do aluno, sua aprendizagem e suas competências, promovendo vários momentos para conversas, palestras, atividades extraclasse, jogos, músicas, brincadeiras, etc. 20 Para reforçar a aprendizagem, também convidamos os pais para incentivarem seus filhos e ajudar na orientação dos trabalhos em que haja possibilidade. Temos que levar nossos alunos a valorizar seu contexto cultural e social, descobrir seus talentos e colocá-los à disposição da coletividade. Temos a obrigação e o compromisso de dar um aprendizado de qualidade aos nossos alunos, garantindo-lhes a formação completa para que sejam atuantes em nossa sociedade com bastante consciência, autonomia e criticidade. 7.1. Dependências físicas e materiais Instalações Físicas O Prédio escolar é constituído de 3 blocos onde constam: 12 salas de aula 01 Sala para Direção e Equipe Pedagógica 01 Sala para Secretaria 01 Sala para Professores 01 Laboratório de Informática Paraná Digital 01 Laboratório de Ciências /Química/ Física / Biologia 01 Biblioteca 01 Cozinha 01 Despensa para mantimentos 01 Despensa para material de limpeza 01 Almoxarifado 03 Banheiros para Professores e Funcionários 02 Banheiros para Alunos, com 03 vasos sanitários cada 01 Banheiro para alunos com 02 vasos sanitários 01 Banheiro com acessibilidade 01 Quadra Poliesportiva descoberta 01 Quadra Poliesportiva coberta Recursos Tecnológicos 09 computadores ProInfo 09 no-breaks 21 18 monitores 18 teclados 18 mouses 01 Impressora laser Samsung do PRDigital 10 Rack de parede para TV 10 TV Pendrive 02 Retroprojetores 03 Aparelhos de DVD 01 Cx Acústica 35W RMS 4.0 HMS 01 Projetor de Slides (Data Show) 01 Amplificador de som versátil 50W 01 Notebook Acer 3Gb/320Gb 01 Microfone com fio IT58A 01 Camara digital Sony W320 Materiais - Laboratório de Ciências, Química, Física, Biologia 01 Bico de Busen 02 Cabos de Bisturi n4 com 5 lâminas 23 pi 24 01 Cronômetro Digital 03 Escovas para lavar tubo de ensaio 03 Espátulas com colher 15 cm 03 Imãs cilíndrico 09 x 04cm 02 Lamparinas a Álcool 100ml 01 Lente de vidro 5cm plano côncava 03 conjuntos de Massa Aferidas 01 Mola diâmetro 1,5 x 15cm 02 Molas diametro 7mm x 15cm 01 Papel de Filtro 11cm 02 Pinças de inox de ponta fina e reta 16cm 06 Pinças de madeira para tubo de ensaio 05 Pipetas graduadas 05 Pisseti 250ml 01 Rolha de borracha n6 com furo 7mm 03 Rolhas de borracha n7 com furo 7mm 22 02 Rolhas de borracha para tubo com furo 7mm 03 Rolhas de borracha para tubo sem furo 01 conj. Suporte de plastico com cabo para lentes 01 Suporte para circuitos elétricos 01 Suporte universal com base e haste 70cm 04 Suporte Universal 02 Telas de amianto 16 x 16cm 01 Termômetro escala externa 10 a 110°C 02 Trenas de aço com 2m 02 Tesouras de inox de ponta fina 11cm 04 Tripés de ferro 12 x 20 02 Bastões de vidro 6 x 300mm 02 Cxs Lamínulas para microscopia 26 x 76 01 Cx Lamínulas para microscopia 20 X 20 03 Copos de Becker de vidro 100ml 02 Copos de Becker de vidro 500ml 08 Copos de Becker de vidro 250ml 07 Erlenmeyer de vidro 250ml 03 Funis de vidro de haste curta liso 60mm 02 Tubos de ensaio 16 x 150mm 02 Microscópios (1 ótico, 1 simples) 01 Leis de Hom 03 Lupas de Vidro (2 manuais e 1 horizontal) 05 Pipetas de Vidro graduadas 05 Funis de Separação 250ml 05 Funis de Vidro 150ml 01 Agitador Magnético 01 Balança Digital 01 Manta Aquecedora p/ Balão Volumétrico 01 Medidor de PHdigital 04 Balões Fundo chato 250ml 04 Balões volumétricos 250ml 06 Bastões de Vidro 23 Acervo Bibliográfico Livros Técnicos/Paradidáticos – 471 exemplares Livros de Literatura – 1134 exemplares Livros Didáticos – 1118 exemplares Materiais Didático-Pedagógicos 01 Mapa “O Mundo Físico” 01 Mapa Geográfico do Mundo Político 02 Mapas Mundi 02 Mapa Mundi Físico 01 Mapa Mundi Político 01 Mapa do Brasil – Divisão Política 01 Mapa do Brasil – Divisão Regional 01 Mapa do Brasil – Físico 01 Mapa do Brasil: Político, regional, rodoviário 01 Mapa do Estado do Paraná – Político 01 Mapa Rodoviário do Estado do Paraná 01 Mapa do Município de Bandeirantes 01 Mapa dos Estados Unidos da América 01 Mapa Europa – político 01 Mapa Oceania - político 01 Mapa As Américas - político 01 Mapa Asia - político 01 Mapa África - político 03 Globo Terrestre 01 Modelo de Célula Eucarionte 02 Mapas de Química: Estrutura Elementar da Matéria 01 Busto Desmontável com Órgãos Humanos 01 Mapa do Corpo Humano 39 kits Mapas de Ciências Físicas e Biológicas 15 Tabelas Periódicas 04 Réguas de madeira – 1 metro 01 Régua de madeira – 40 cm 02 Esquadros de madeira 45º 24 01 Esquadro de Madeira 60º 01 Transferidor de madeira 01 Triângulo Escaleno - madeira 02 Compassos de madeira 01 Tangran de madeira 03 Tangrans plastificados 01 Sólido Geométrico de madeira 02 Material Dourado 02 caixas de Carimbos de Avaliação 02 Retro Projetores 02 Aparelhos de Som 30 Bambolês 04 Bolas de Basquete 15 Bolas de Voleibol 05 Bolas de Futsal 03 Bola de Futebol de Campo 02 Bolas de Handebol 15 Bolas de Borracha 01 Bola de Futebol Americano 01 Par de Redes de Futsal 02 Mesas de Pebolim 01 Mesa de Ping Pong 03 Cds Hinos Pátrios 03 Cds Multimídia: Espaço no Universo, Como as Coisas Funcionam, O Corpo Humano. 05 Coleção “Mundo Incrível dos Animais” - 5 livros e 5 fitas de vídeo 20 Jogos de Damas 15 Jogos de Palitos 08 Jogos de Memória 03 Jogos de Trilha 03 Jogos de Dominós 20 Jogos de Xadrez Jogos Banco Imobiliário 01 conjunto Ping-Pong Skates 25 04 Jogos Pedagógicos (Dominó de Cálculos e de Palavras) 06 Jogos de Palavras 10 Alfabetos Silábicos 06 Jogos de Sequência Lógica 04 Jogos de Futebol de Botão 06 Escalas Cuisenaire 10 Colchonetes para Ginástica Olímpica de Solo 10 Kits do IBGE – Projeto VAMOS CONTAR 01 Cx Geologia na Escola – O Caminho das Rochas 08 CD's Atlas Geográfico Escolas Multimídia 01 CD Literatura Brasileira – A Arte da Palavra 01 DVD Mata Atlântica 01 DVD – 32 Maneiras de Ver a Tecnologia na Educação 01 Planetário 7.2. Quadro de Funcionários – Ano 2017 Nº Equipe Diretiva/Pedagógica/Administrativa Vín- culo Formação 01 Cristina dos Santos - Diretora QPM Lic. Plena - História 02 Maria das Graças Ticianel Jardim - Pedagoga QPM Lic. Plena - Pedagogia 03 Marjorie Agre Leão Moncayo - Pedagoga Lic. Plena - Pedagogia 04 Selma Regina Cosmo Nunes - Secretária QFEB Lic. Plena - Pedagogia 05 Leonor Luiza de Oliveira – Técnico Adm. QFEB Lic. Plena - Pedagogia 06 Lúcia Guimarães da Silva Asano - Bibliotecária QFEB Lic. Plena - Ciências 07 Jeferson Martins Moura QFEB Ciências Econômicas 08 Angelita Nunes Pereira QFEB Ensino Médio 09 Aparecida de Jesus Proni QFEB Ensino Médio 10 Maria Ângela Pascoal de Carvalho QFEB Ensino Médio 11 Maria Elizabete do Nascimento Pires QFEB Ensino Médio 12 Rosilda de Fátima Moço Costa QFEB Ensino Médio 13 Sueli Elisabete de Mello QFEB Lic. Plena - Pedagogia Docentes 01 Américo Fernandes – Língua Portuguesa QPM/S C02 Lic. Plena - Letras 26 02 Ana Maria dos Santos - História QPM Lic. Plena - História 03 Andrea A. Ramalho Pelissari - História REPR História (cursando) 04 Andrea Castanho de Lima Silva – Mat. QPM Lic. Plena – Ciênc./Mat. 05 Andréa Cristina do Nascimento – Ed. Física QPM Lic. Plena – Ed. Física 06 Andréa Regina Paduan – Ed. Física QPM Lic. Plena – Ed. Física 07 Ângela Maria Nogueira Herbst – Mat. QPM Lic. Plena – Ciênc./Mat. 08 Cleusa Maria Pereira Bisetto – Ed. Física QPM Lic. Plena – Ed. Física 09 Ester Amaro Costa de Souza - Matemática QPM Lic. Plena – Ciênc./Mat. 10 Fabiana Apª Gonçalves Castellar – Geog. QPM Lic. Plena - Geografia 11 Flávia Regina Moreira Fernandes – Ciênc. REPR Ciências Biológicas 12 Giulliane de Oliveira Matta – Língua Port. QPM Lic. Plena - Letras 13 Inês Rodrigues – Língua Port. QPM Lic. Plena - Letras 14 José Roberto de Oliveira - Inglês QPM Lic. Plena - Letras 15 Maria Aparecida de Oliveira – Língua Port. QPM Lic. Plena - Letras 16 Maria Aparecida Fabian Alexandre – Química/Ciências/Ens. Religioso/SAA QPM Lic. Plena – Ciênc./Quím 17 Maria Ramos S. Naime – História/Ens. Rel. REPR Lic. Plena - História 18 Marilucia Sanches Mendes - História REPR Lic. Plena - História 19 Marisa Aparecida Ribeiro Santos – Geog. QPM Lic. Plena – Geo/Hist. 20 Mariza Chirito Miquelato – Física/Ens. Rel. QPM Lic. Plena – Ciênc./Fís. 21 Marisa Godoy Sabaini - Física REPR Farmácia/Bioquímica 22 Meri Hirabara Yanase - Arte QPM Lic. Plena - Artes 23 Neide Pires de Oliveira - Biologia QPM Lic. Plena - Ciências 24 Neila Martelli Toledo de Campos - Inglês QPM Lic. Plena - Letras 25 Paula Regiane Guergolet da Costa - Arte QPM Lic. Plena - Artes 26 Patrícia Pitoli - Sociologia REPR Lic. Plena - História 27 Pollyana Maria Delgado Balla Luz – Soc. REPR Lic. Plena - Sociologia 28 Renata Ediane Fabrin – História/Ens. Rel. REPR Lic. Plena - História 29 Rosângela Aparecida Palomares QPM Lic. Plena – Ciênc./Quím 30 Rosemercya Velozo de Carvalho Anjos - Filosofia SC02 Lic. Plena - História 31 Rosileni de Jesus Soldes Aleixo – Língua Portuguesa/SAA QPM Lic. Plena - Letras 32 Sirlene Matos Maciel QPM Lic. Plena - História 33 Sonia Aparecida Comegno Gotelipe – Ciências SC02 Lic. Plena – Ciências Biológicas 34 Terezinha de Fátima Coutinho - História QPM Lic. Plena - História 27 35 Vanilda Aparecida Monteiro – Mat./Ciênc. QPM/S C02 Lic. Plena – Ciênc./Mat. 36 Vera Helena Barboza – Biologia/Ensino Religioso/SAA QPM Lic. Plena – Ciênc./Mat. 7.3. Condições de atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais A Escola Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio realizou uma adequação da parte física do colégio, como rampa de acessibilidade, banheiros com instalações adequadas, porém as salas de aula ainda não foram adaptadas. Em relação ao atendimento pedagógico, o colégio não tem profissionais especializados ou mesmo treinados para atender os alunos com deficiências mentais, neuromotoras, visuais e auditivas. Quando ocorre a inclusão dos alunos encaminhados da APAE e das salas especiais para o ensino regular, o diagnóstico recebido é que estão aptos para acompanhar o regular, mas nem sempre é o que acontece, e a maioria dos professores não têm formação nem condições de atender essas especificidades, ficando os alunos dentro de salas numerosas, acabando por reprovar ou abandonar a escola. É necessário uma estrutura bem organizada para atender adequadamente os alunos com necessidades educativas especiais, com psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, professores com formação específica e materiais de apoio. Porém isso não acontece, gerando um atendimento deficiente desse alunado na maioria das escolas regulares. O discurso é bonito, mas há muito o que se fazer para conseguir, na prática, melhoras significativas nessa demanda. 7.4. Resultados Educacionais: aprovação e evasão O colégio vem, ao longo dosúltimos anos, enfrentando muitos problemas em relação à reprovação, abandono e evasão, o que influi decisivamente nos resultados do IDEB da instituição. Tomando como referência os resultados dos últimos anos, podemos considerar que são preocupantes, haja vista as metas estipuladas não estarem sendo atingidas, devido a inúmeros problemas como dificuldades de aprendizagem, defasagem idade/série, trabalho, desestrutura familiar, drogadição, dentre outros. Esses fatores, além de interferirem decisivamente nos resultados da instituição, leva os alunos a evadirem-se da escola. Os quadros abaixo mostram os resultados de aprovação, reprovação e 28 abandono, por turma, no ano letivo de 2016: ENSINO FUNDAMENTAL TURMA TURNO Nº DE ALUNOS CONCLUINTES AP REP DES % Apro- vação % Apr. Cons. de Classe % Repro- vação % Aban- dono 6º Manhã 46 41 5 0 89% 0% 11% 0% 6º Tarde 20 12 8 0 60% 0% 40% 0% 7º Manhã 36 31 5 0 86% 0% 14% 0% 7º Tarde 12 7 5 0 58% 0% 42% 0% 8º Manhã 38 29 9 0 76% 0% 24% 0% 8º Tarde 23 15 8 0 65% 0% 35% 0% 9º Manhã 22 21 1 0 95% 0% 5% 0% 9º Tarde 10 4 6 0 40% 0% 60% 0% TOTAL ----------- 207 160 47 0 77% 0% 23% 0% ENSINO MÉDIO TURMA TURNO Nº DE ALUNOS CONCLUINTES AP REP DES % Apro- vação % Apr. Cons. De Classe % Repro- vação % Aban- dono 1ª Manhã 54 46 8 0 85% 0% 15% 0% 2ª Manhã 21 18 3 0 86% 0% 14% 0% 3ª Manhã 15 15 0 0 100% 0% 0% 0% 3ª Noite 15 9 6 0 60% 0% 40% 0% TOTAL 105 88 17 0 84% 0% 16% 0% 7.5. Dados das Avaliações Externas e Projeções para os próximos anos O Colégio Estadual Juvenal Mesquita não tem obtido os resultados esperados nas avaliações externas, o que, juntamente com os índices de aprovação, reprovação e desistência, tem mantido muito baixo o IDEB da instituição. Embora busque constantemente reverter esse quadro, a realidade socioeconômica e cultural do alunado, assim como a desmotivação de muitos professores, constituem-se nos grandes 29 obstáculos na mudança dos resultados apresentados. O colégio priorizará em seu plano de ação novas estratégias para a superação da realidade atual. Dados do Colégio Estadual Juvenal Mesquita IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS 200 5 200 7 200 9 2011 2013 2015 2007 2009 2011 2013 2015 201 7 2019 2021 3.4 3.3 2.6 2.6 2.9 2.8 3.5 3.6 3.9 4.3 4.7 4.9 5.2 5.4 7.6. Distorção Idade-Série Existe uma grande distorção idade/série dos alunos do Colégio Estadual Juvenal Mesquita. A maioria dos casos fora da faixa etária corresponde aos alunos que reprovam, que começam e desistem no decorrer do ano, e aqueles que param de estudar e retornam depois de algum tempo. As causas vão desde desestrutura familiar, pobreza, drogas, ter que trabalhar cedo, etc. O colégio tenta inovar, buscar alternativas junto ao corpo docente, discente, porém os anseios e expectativas dos alunos dessa instituição não correspondem ao que a escola, e não somente esta, se propõe. Existe uma grande desmotivação dos alunos, e a escola não tem sido atrativa o suficiente para garantir sua permanência, o que requer uma mudança de postura de todos os atores envolvidos no processo ensino e aprendizagem. O colégio aderiu ao Programa Aceleração de Estudos em 2015, porém não tivemos resultados satisfatórios, dada a falta de recursos financeiros para materiais necessários e despreparo tanto de alunos quanto de professores para gerenciar conteúdos de dois anos em um único ano. 7.7. Plano de Ação da Escola O Plano de Ação da escola consiste em um instrumento de trabalho dinâmico com o intuito de propiciar ações que contemplem as dimensões Gestão Escolar Democrática, Prática Pedagógica, Avaliação, Acesso, permanência e sucesso na escola, Ambiente Educativo e Formação dos Profissionais da Escola, ressaltando seus principais problemas 30 e os objetivos a partir de metas a serem alcançadas, com critérios de acompanhamento e avaliação pelo trabalho desenvolvido. Temos observado avanços significativos na prática do dia a dia da escola, pois ao propor ações bem direcionadas, possíveis de serem realizadas, os resultados positivos vão acontecendo aos poucos, melhorando as relações e o processo ensino-aprendizagem. 8. MARCO CONCEITUAL O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio procura realizar um trabalho pedagógico baseado em princípios democráticos que favoreçam a igualdade de oportunidades de aprendizagem em que os jovens adquiram a capacidade de serem críticos e atuantes. A proposta pedagógica permeia um trabalho que possibilite, além da garantia do acesso e permanência do aluno na escola, a igualdade de oportunidades para aprender, ensinar, pesquisar, divulgar a cultura, e ao mesmo tempo respeitar a cultura que o aluno trouxe do seu meio, o pensamento, a arte e o saber. O colégio propõe a existência de um clima escolar propenso à preservação de valores, crenças e cultura que os cercam e que trazem impacto à aprendizagem. Considerando a mudança de paradigmas e as transformações sociais e familiares, a escola tenta superar o modelo tradicionalista de educação para um novo olhar, nova leitura na relação escola-aluno-professor no processo ensino e aprendizagem, com o foco na aquisição dos conhecimentos científicos produzidos, acumulados e sistematizados pela humanidade. Apesar de várias mudanças, de alterações no cotidiano escolar, é preciso procurar estabelecer relações para definir os problemas e buscar soluções. Considera-se, fundamentando-se em Vygotsky, que o indivíduo adquire o seu conhecimento na medida que interage com o meio, e essa relação é permeada por um contato com o outro, tendo clareza de que esse outro desempenhará um papel relevante no processo de ensino e aprendizagem. Formar sujeitos políticos, autônomos e emancipados requer um fazer pedagógico que vai das atividades espontâneas às reconstruções do objeto do conhecimento. O colégio, pensando no que pretende do ponto de vista político e pedagógico, procura desenvolver um trabalho dentro da ética coletiva, revendo as ações e sua própria organização, através de uma contínua atividade investigativa e sempre fazendo reflexão na sua própria ação. 31 Dessa forma, faz-se necessário algumas compreensões: 8.1. Concepção de Educação Ao considerarmos uma sociedade de classes, vemos que a educação tem uma função política de criar as condições necessárias à hegemonia da classe trabalhadora. O seu projeto histórico é explícito e traduz-se na criação de uma nova hegemonia, ou seja, a da classe trabalhadora. O ato educativo, cotidiano, não pode ser um ato isolado, mas integrado num projeto social e global de luta da classe trabalhadora. A educação dialética é processo de formação e capacitação: apropriação das capacidades de organização e direção, fortalecimento da consciência de classe para intervir de modo criativo e organizado na transformação estrutural da sociedade. De acordo com Paulo Freire, só é libertadora na medida em que tiver como educar. Em síntese, Educação é uma necessidade humana, uma prática social específica dos homens, fenômeno próprio dos seres humanos, um processo histórico. É intencional, libertadora, que transforma a realidade. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. Ancorando-se nesses conceitos, o Projeto Político Pedagógico busca organizar um trabalho pedagógico numa perspectiva histórico-crítica, evitando o esvaziamento da função precípua da escola, que é a socialização do saber elaborado, trabalhando no sentidode tornar realidade a escola pública de qualidade, com a formação de um cidadão crítico diante de sua sociedade, para poder transformá-la. 8.2. Concepção de Homem O homem é um ser natural e social que produz conhecimentos e acumula experiências, transformando a natureza através do trabalho. É um agente de transformação a partir do momento que participa ativamente da construção da história coletiva, agindo intencionalmente. A educação dialética considera a construção do homem histórico, compromissado com as tarefas do seu tempo, numa perspectiva transformadora, participando efetivamente do projeto de construção de uma nova realidade social. No Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio a concepção de homem vai de encontro 32 ao sujeito histórico que o mesmo representa, constituindo-se ao longo do tempo como o produtor das relações econômicas, sociais, culturais e políticas que o transformam no processo educativo, conscientizador, transformador, de luta, na busca constante de uma sociedade justa e igualitária. 8.3. Concepção de Mundo O mundo é o espaço físico que o homem ocupa e transforma para satisfazer suas necessidades. Para se organizar, formam grupos conforme seu modo de pensar e agir. A concepção de mundo proporcionada pela escola deve considerar o desenvolvimento da consciência de que somos produtos do processo histórico até hoje desenvolvido e que a necessidade humana de vivenciar valores que assegurem o crescimento pessoal e a integração com o social vão delinear essa concepção de mundo. É importante que todos falem sobre sua visão de mundo, porém sem impor suas opiniões, e sim dialogar sobre as mais variadas concepções. É função da escola analisar e refletir sobre as diversidades e a integração das mesmas. Portanto, a escola precisa ser espaço estratégico, onde se possa desenvolver o compromisso com a construção da cidadania. 8.4. Concepção de Sociedade A educação deve ser democraticamente oferecida a todos os alunos, indistintamente, para que não sejam prejudicados ou marginalizados pelos mais favorecidos. Logo, o centro das preocupações são as necessidades do aluno. Para desenvolvê-lo é mister conhecê-lo, e assim possibilitar-lhe mais oportunidades para a satisfação de suas necessidades e interesses, a fim de que se ajuste à vida contemporânea. Sociedade pressupõe agrupamento, acúmulo de experiências individuais e coletivas, transmissão de conhecimentos, exercendo portanto uma forte influência no interior da escola. A sociedade é uma organização em constantes transformações. E para compreendê-la e poder transformá-la, é fundamental conhecer as correntes de 33 pensamento, as concepções que vêm tentando explicar como ocorrem os fatos, como se dá o conhecimento humano, para então conceber a sociedade como um misto de forças emancipadoras, com ideal de libertação, da qual a escola deve fazer parte, e não como forças conservadoras, interessadas em manter o sistema social vigente. 8.5. Concepção de Cultura Entende-se por cultura o conjunto de conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e quaisquer outras capacidades ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade. É o desenvolvimento intelectual do ser humano, são os costumes e valores de uma sociedade. O homem não apenas sente, faz e age em relação à cultura, mas também pensa e reflete sobre o sentido de tudo no mundo. Os homens são seres culturais por natureza. 8.6. Concepção de Tecnologia As novas tecnologias parecem ter “rendido” toda a humanidade, e o campo da educação não é uma exceção. Entretanto, quando se fala em educação, o foco precisa estar não somente nos avanços e desenvolvimento de objetos técnicos, mas no entendimento da própria transformação do papel desses objetos no pensamento e na cognição humana, bem como o questionamento de como essas mudanças podem afetar radicalmente os critérios epistemológicos da seleção do conhecimento escolar e de suas práticas pedagógicas. O uso das tecnologias trará resultados satisfatórios na educação caso atendam prioritariamente as necessidades da área pedagógica. 8.7. Concepção de Cidadania Cidadania pressupõe vida em sociedade, abrangendo todas as classes sociais. São direitos e deveres do cidadão para com a sociedade e da sociedade para com o cidadão, embora na prática ainda há muito o que fazer para que esses direitos e deveres sejam iguais para todos. Para tanto, é necessário um esforço coletivo da escola, considerando que a mesma 34 constitui-se num espaço privilegiado de busca desse ideal, ou seja, a qualidade de vida merecida por todos os seres humanos. 8.8. Filosofia da Escola Partindo da premissa que a escola é entendida por todos como um espaço e lugar privilegiado de ensino e aprendizagem, é necessário fazer alguns questionamentos em relação à forma como devemos conceber o papel social da escola e como devemos conduzir as orientações pedagógicas e os conteúdos a serem ministrados. A escola tem um papel importante na evolução do processo de aprendizagem de cada cidadão, já que sua função é orientá-lo e prepará-lo socialmente. A escola contemporânea tem passado por expressivas transformações de caráter social, político e econômico. Essas transformações originam-se nos pressupostos que vêm direcionando os modos de vida. Observamos situações espetaculares, dignas, responsáveis, equilibradas, criativas. Mas, enfrentamos também situações lastimáveis, como se as pessoas estivessem perdendo o senso da aprendizagem, do bem viver, de relacionar-se, de aprender, de querer e de respeitar-se. A escola tem um papel social expressivo na fomação daqueles que passam parte de suas vidas sendo orientados e preparados por ela. 8.9. Princípios Norteadores da Educação Os Princípios Norteadores de Educação, previstos legalmente, embasam a organização do trabalho escolar e norteiam a escola democrática, pública e gratuita. Sendo a escola uma instituição histórica e socialmente determinada, organizar-se-á como local de desenvolvimento de consciência crítica da realidade e local de produção e apropriação do saber buscando garantir, na sua dinâmica interna, a operacionalização dos princípios norteadores de forma concreta. Conforme prescreve a Constituição da República Federativa do Brasil em seu artigo 206 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, em seu artigo 3º, são considerados os seguintes Princípios Norteadores da Educação: I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 35 II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV. Respeito à liberdade e apreço à tolerância; V. Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII. Valorização do profissional de educação escolar; VIII. Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX. Garantia do padrão de qualidade; X. Valorização da experiência extra-escolar; XI. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII. Consideração com a diversidade étnico-racial. 8.10. Concepção de Ensino e Aprendizagem A metodologia do colégio está ancorada na Pedagogia Histórico-Crítica, partindo da prática social inicial para a prática social final transformadora. O objetivo é proporcionar ao aluno um ambiente de aprendizagem devidamente contextualizado no seu cotidiano, em que possa ser sujeitono seu processo de transformação da informação e da experiência em conhecimento. Para tal, o professor deve ter uma visão crítica do seu trabalho, equalizado com o estágio de desenvolvimento da nossa sociedade e do mundo do trabalho, bem como deve estar atualizado com os avanços tecnológicos. 8.11. Concepção de Avaliação Vários aspectos devem ser considerados quando o assunto é avaliação. Primeiramente é preciso ter clareza do que se quer avaliar, em cada momento específico do processo ensino e aprendizagem. A avaliação deve ser diagnóstica, contínua, processual, de forma a poder rever e intervir na prática pedagógica. Muito mais importante que pensar em instrumentos de 36 medidas, números para representar uma média mínima exigida, é fundamental priorizar os critérios de avaliação para os conteúdos trabalhados, contribuindo assim para a formação de pessoas autônomas, críticas e conscientes. A avaliação deverá ser a favor da aprendizagem, e não a favor da seleção. O aluno não é a tradução de uma média mínima exigida, pois a avaliação é um ato de aprendizagem, nunca de punição. Na medida em que ocorre o reconhecimento do limite e da amplitude de onde se está, descortina-se uma motivação para o prosseguimento no percurso de vida ou de estudo que se esteja realizando. A recuperação de estudos deverá ser ofertada de forma concomitante durante todo o ano letivo, é um momento de rever as práticas metodológicas e avaliativas tendo em mente o ingresso, a permanência e o sucesso do educando. A avaliação é parte integrante do ato pedagógico e impulsionador da aprendizagem, a escola e o professor devem conhecer o aluno real, abandonando o paradigma de que a avaliação serve só para medir a aprendizagem do aluno tendo o cuidado de não deixar que o aluno construa uma visão distorcida sobre seu processo de aquisição de conhecimento, mostrando que ele também está inserido neste processo. A escola deve entender que todo processo educativo deve subsidiar na participação do aluno e não mais na destruição da sua auto-estima pelo professor. Assim a escola não pode mais pensar em elaborar uma avaliação baseada num tipo de aluno ideal. É preciso criar uma avaliação que vise a educação do aluno, mostrando qual é a perspectiva histórica e cognitiva que se deseja atingir. Com isso, o professor poderá ver se o que está ensinando contribuirá para modificar o aluno dentro desta perspectiva. Assim, a avaliação escolar deixa de ter uma exigência autoritária e formal, passando a ter uma exigência muito maior que é o compromisso com a construção da aprendizagem e da responsabilidade social do aluno. Com essa mudança, o aluno entenderá que a avaliação faz parte de um processo que tem como objetivo final uma busca de qualidade no seu processo de aquisição de conhecimento. Acredita-se que o desafio de buscar novos caminhos para se avaliar com prazer, pesquisar e descobrir de novos conhecimentos, esta nas mãos dos professores educadores. Somente eles poderão direcionar o aluno na construção de novas aprendizagens, proporcionando com isso um ensino de qualidade e visando sua formação. Enfim, a arte de ensinar e aprender está nas mãos do educador que busca inovar e acredita que o conhecimento universal possa ser compartilhado, incluindo o aluno cidadão na sociedade, tendo como meta à formação integral do educando e trazendo para sala de 37 aula prazer em ser avaliado com qualidade e profissionalismo. 8.12. Concepção de Gestão Escolar Democrática O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio entende estão Democrática como a participação consciente do coletivo escolar na busca de uma identidade para a instituição, que responda aos anseios da comunidade, garantindo condições de igualdade no acesso e permanência de todos na escola. Considerando a função social da escola, a gestão escolar deve garantir a qualidade, o acesso e a permanência de forma gratuita para todos os alunos, independente da raça, ideologia, cor, etnia, religião ou grupo social, e para os alunos portadores de qualquer tipo de deficiência seja ela física, mental ou comportamental, respeitando dessa forma, o princípio da gestão democrática de igualdade de condições de acesso e de permanência na escola, de gratuidade para a rede pública, de uma Educação Básica com qualidade em seus diferentes níveis e modalidades de ensino, vedada qualquer forma de discriminação e segregação. O trabalho pedagógico deve orientar as questões administrativas para que o aspecto pedagógico seja sempre o elemento norteador do ensino. Para que isso se realize é necessário que primeiramente seja definida a metodologia de gestão, que deve ser participativa, ressaltando-se o papel das instâncias colegiadas na definição de políticas, diretrizes e ações. As tomadas de decisões devem acontecer em conjunto com todo o colegiado da escola e os recursos financeiros devem ser gerenciados de forma transparente e de acordo com o que foi decidido pela comunidade escolar, buscando dessa forma a melhoria do ensino e a qualidade pretendida. 8.13. Concepção de Currículo O currículo compreende os conhecimentos produzidos, acumulados e sistematizados pela humanidade, transmitindo assim uma cultura. É uma construção social do conhecimento, pressupõe a sistematização dos meios para que esta construção se efetive. Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos. O primeiro é 38 o de que o currículo não é um instrumento neutro, ele passa uma cultura. O segundo ponto é que o currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado. O terceiro ponto diz respeito ao tipo de organização curricular que a escola deve adotar. O estudo mais sistemático do currículo geralmente ocorre na semana pedagógica e observa as mudanças da sociedade atual, sempre sendo construído dentro de uma perspectiva Histórico-Crítica. As atividades em contraturno, como salas de apoio à aprendizagem, atividades complementares, também compõem o currículo escolar, coerentes com as concepções que norteiam o trabalho pedagógico. 8.14. Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de Ensino e Aprendizagem A ampliação do Ensino Fundamental, de oito para nove anos de duração, incluiu a criança de seis anos no Sistema Educacional Brasileiro. Este ingresso não pode se limitar a uma medida meramente administrativa, mas sobretudo voltando uma atenção especial ao processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, o que implica conhecimento e respeito às suas características etárias, sociais, psicológicas e cognitivas, tanto nos cinco anos iniciais quanto nos quatro anos finais, já que é uma mudança para se repensar todo o ensino fundamental. Faz-se necessário, portanto, conhecer a criança e o adolescente, pois a construção da proposta pedagógica deve ser coerente com as especificidades da segunda infância, atendendo também às necessidades de desenvolvimento da adolescência. A infância pode ser entendida como categoria social e como categoria da história humana, englobando aspectos que afetam também o que temos chamado de adolescência ou juventude, sendo a infância entendida como o período da história de cada um, que se estende, na nossa sociedade, do nascimento até aproximadamente dez anos de idade. Numa sociedade desigual, as crianças desempenham, nos diversos contextos, papéis diferentes. A ideia de infância moderna foi universalizada com base em um padrão de crianças das classes médias, a partir de critérios de idade e dependência do adulto, característicos de sua inserçãono interior dessas classes. No entanto, é preciso considerar a diversidade de aspectos sociais, culturais e políticos. 39 A criança não se resume a ser alguém que não é, mas o adulto que se tornará. É específico da infância seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira entendida como experiência de cultura. Crianças são cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela produzidas. Por isso é importante entender o modo de ver das crianças, para poder ver o mundo a partir do seu ponto de vista. Embora o conceito de infância varie muito, de acordo com o contexto histórico- social vivido, foram construídos padrões relativos à concepção burguesa de infância, e a desmistificação de um conceito único, possibilitará ver as crianças pelo que são no presente, sem se valer de estereótipos, ideias pré-concebidas ou de práticas educativas que visam moldá-las em função de visões ideológicas e rígidas de desenvolvimento e aprendizagem. As crianças possuem modos próprios de compreender e interagir com o mundo. Cabe à escola como um todo, favorecer a criação de um ambiente onde a infância possa ser vivida em toda a sua plenitude, um espaço e um tempo de encontro entre os seus próprios espaços e tempos de ser criança dentro e fora da escola. A concepção de adolescência, de acordo com a Psicologia, desde Stanley Hall, está fortemente ligada a estereótipos e estigmas, abordando uma concepção naturalista universal sobre o adolescente. Aberastury considera a adolescência como “um momento crucial na vida do homem e constitui a etapa decisiva de um processo de desprendimento”, destacando esse período como de “contradições, confuso, doloroso”. Knobel parte de pressupostos de que “o adolescente passa por desequilíbrios e instabilidades extremas” e que “o adolescente apresenta uma vulnerabilidade especial para assimilar os impactos projetivos de pais, irmãos, amigos e de toda a sociedade”. Esses desequilíbrios e instabilidades extremas e essa vulnerabilidade especial são colocadas como inerentes ao jovem, pressupondo uma crise preexistente no adolescente, devendo portanto essa concepção ser refletida. Muitas teorias têm uma visão naturalista, na medida em que a infância e a adolescência são vistas como um estado, e não como uma condição social, sendo assim deficientes pelo fato de desprezarem o contexto social e cultural, o processo construído historicamente, tendendo a identificar bases universais em suas proposições. Herrán considera que haja alguma concordância entre autores e linhas teóricas sobre o fato de a adolescência ser um período de transição marcado por mudanças físicas e cognitivas, bem como um prolongamento do período de aprendizagem que permitirá sua inserção no mundo adulto. 40 As concepções presentes nas vertentes teóricas da psicologia, apesar de considerarem a adolescência como um fenômeno biopsicossocial, ora enfatizam os aspectos biológicos, ora os aspectos ambientais e sociais, não conseguindo superar visões dicotomizantes ou fragmentadas. Dessa forma, os fatores sociais são encarados de forma abstrata e genérica, e a influência do meio torna-se difusa e descaracterizada contextualmente, agindo apenas como um pano de fundo no processo de desenvolvimento já previsto no adolescente. Tem-se buscado uma saída teórica que supere a visão naturalizante e patologizante da adolescência presente na Psicologia. Uma saída que supere a visão de homem, baseada na ideologia liberal, que vê o homem como autônomo, livre e capaz de se autodeterminar. Que, resumidamente, vê a adolescência como uma fase natural do desenvolvimento, apontando nela características naturais como rebeldia, desequilíbrios e instabilidades, lutos e crises de identidade, instabilidade de afetos, busca de si mesmos, tendência grupal, necessidade de fantasiar, crises religiosas, flutuações de humor e contradições sucessivas. A adolescência não é um período natural do desenvolvimento; é um momento significado e interpretado pelo homem. O jovem não é algo por natureza, são características que surgem nas relações sociais, em um processo no qual o jovem se coloca inteiro, com suas características pessoais e seu corpo. A adolescência foi construída historicamente de acordo com as exigências da sociedade moderna, ou seja, a necessidade de retardar o ingresso dos jovens no mercado de trabalho, a extensão do período escolar, e até a necessidade de justificativa da burguesia par manter seus filhos longe do trabalho, dentre outros. A adolescência refere-se, assim, a esse período de latência social constituída a partir da sociedade capitalista, e essas questões sociais e históricas vão constituindo uma fase de afastamento do trabalho e de preparo para a vida adulta. As marcas do corpo e as possibilidades na relação com os adultos vão sendo pinçadas para a construção das significações, para a qual é básica a contradição que se configuram nesta vivência entre as necessidades dos jovens, as condições pessoais e as possibilidades sociais de satisfação delas. Dessa relação e de sua vivência, enquanto contradição, que se retirará grande parte das significações que compõem a adolescência: a rebeldia, a moratória, a instabilidade, a busca da identidade e os conflitos. Essas características, tão bem anotadas pela Psicologia, ao contrário da naturalidade que se lhes atribui, são históricas, isto é, foram geradas como características dessa adolescência que aí está. Entende-se, assim, a adolescência como constituída socialmente a partir de 41 necessidades sociais e econômicas e de características que vão se constituindo no processo. A educação escolar, para grande parte da população, produz um conjunto de relações marcadas pela tensão, descontinuidade e desvalorização das crianças e dos adolescentes que nela ingressam, devido a um desencontro entre as esperanças construídas pelas famílias em torno do valor da escola e as aspirações dos jovens – ascensão social, melhoria das condições de vida. Para o jovem, o desencontro das expectativas iniciais gestadas na família e a experiência cotidiana vivida na escola, que muitas vezes nega essas aspirações, pode gerar desinteresse, indisciplina e violência, na medida em que a trajetória na escolarização gera insucesso e exclusão. Dependendo do seu modo de funcionamento, a escola pode ou não vir a contribuir para a estruturação efetiva de referências e a questão está na sua capacidade de propiciar arranjos que asseguram um conjunto de relações sociais significativas para os adolescentes e suas famílias. Mesmo que a organização do trabalho pedagógico nos anos iniciais do Ensino Fundamental diferencie-se da organização dos anos finais, deve-se procurar a ruptura dessa fragmentação, propondo unicidade entre instituições de ensino, com a adequação dos conteúdos no tempo escolar de forma que as disciplinas não sejam hierarquizadas, pois para a criança e adolescente não há separação entre os conhecimentos em campos específicos, e suas experiências de apropriação do mundo ocorrem por meio de diferentes linguagens, expressando-se por meio do movimento, da oralidade, do desenho e da escrita. É fundamental, então, que o processo de ensino-aprendizagem considere singularidades da aprendizagem por meio do desenvolvimento de atividades encadeadas que possibilitem a ampliação dos conhecimentos de forma prazerosa e cheia de significação social, num movimento de articulação entre os anos iniciais e finais, pois embora o Ensino Fundamental esteja administrativamente dividido em duas etapas, essa é uma etapa única que exige articulação, assegurando assim a continuidade do processo educacional.
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