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Projeto político pedagógico numa concepção

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1 
ESTADO DO PARANÁ 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO 
COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA 
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 
 
Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – Fone/Fax: (43) 3542 4490 
CEP 86360-000 - Bandeirantes – Paraná 
ce.juvenalmesquita@gmail.com 
bntjuvenalmesquita@seed.pr.gov.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BANDEIRANTES – PARANÁ 
 
2 
Sumário 
1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 5 
2. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7 
3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO: .......................................................... 9 
3.1. Histórico da Instituição ..................................................................................... 10 
4. MARCO SITUACIONAL: ........................................................................................ 13 
5. OFERTA DA INSTITUIÇÃO ................................................................................... 16 
5.1. Organização Interna da Escola ......................................................................... 16 
6. OCUPAÇÃO DO TEMPO E DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS ............................. 18 
7. ORGANIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ................................. 19 
7.1. Dependências físicas e materiais ..................................................................... 20 
7.2. Quadro de Funcionários – Ano 2017 ................................................................ 25 
7.3. Condições de atendimento a alunos com necessidades educacionais 
especiais ................................................................................................................... 27 
7.4. Resultados Educacionais: aprovação e evasão ............................................. 27 
7.5. Dados das Avaliações Externas e Projeções para os próximos anos .......... 28 
7.6. Distorção Idade-Série ........................................................................................ 29 
7.7. Plano de Ação da Escola .................................................................................. 29 
8. MARCO CONCEITUAL .......................................................................................... 30 
8.1. Concepção de Educação .................................................................................. 31 
8.2. Concepção de Homem ...................................................................................... 31 
8.3. Concepção de Mundo ....................................................................................... 32 
8.4. Concepção de Sociedade ................................................................................. 32 
8.5. Concepção de Cultura ....................................................................................... 33 
8.6. Concepção de Tecnologia ................................................................................. 33 
8.7. Concepção de Cidadania .................................................................................. 33 
8.8. Filosofia da Escola ............................................................................................ 34 
8.9. Princípios Norteadores da Educação .............................................................. 34 
8.10. Concepção de Ensino e Aprendizagem ......................................................... 35 
8.11. Concepção de Avaliação ................................................................................. 35 
8.12. Concepção de Gestão Escolar Democrática ................................................. 37 
8.13. Concepção de Currículo ................................................................................. 37 
8.14. Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de Ensino e 
Aprendizagem ........................................................................................................... 38 
3 
8.15. Concepção de Alfabetização e Letramento ................................................... 41 
8.16. Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental.......... 43 
8.17. Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais ....................................... 43 
9. MARCO OPERACIONAL: ...................................................................................... 44 
9.1. Ações definidas pelo coletivo escolar: ............................................................ 44 
9.2. Organização do trabalho pedagógico .............................................................. 46 
9.2.1. Organização Curricular .................................................................................. 46 
9.2.2. Conselho de Classe ........................................................................................ 47 
9.2.3. Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de registro, 
recuperação de estudos, promoção: ...................................................................... 49 
9.2.4. Processo de Classificação e Reclassificação .............................................. 51 
9.2.5. Aproveitamento de Estudos .......................................................................... 53 
9.2.6. Regime de Progressão Parcial ...................................................................... 53 
9.2.7. Adaptação de alunos oriundos de outros regimes ...................................... 53 
9.2.8. Formação Continuada .................................................................................... 54 
9.2.9. Articulação da escola com a família e comunidade .................................... 55 
9.2.10. Reuniões de acompanhamento ................................................................... 56 
9.2.11. Organização do horário/hora atividade....................................................... 56 
9.2.12. Atuação da Equipe Multidisciplinar ............................................................ 56 
9.2.13 – Educação Ambiental ................................................................................... 59 
9.2.14 - Direitos Humanos ........................................................................................ 59 
9.2.15. Educação Especial ....................................................................................... 61 
9.2.16. Acompanhamento das atividades em contraturno .................................... 61 
9.2.17. Matriz Curricular/Parte diversificada .......................................................... 62 
9.2.18. Calendário Escolar ....................................................................................... 62 
9.2.19. Proposta de Inclusão Educacional .............................................................. 63 
9.2.20. Ações de combate para o enfrentamento à violência e uso indevido de 
drogas ........................................................................................................................ 64 
9.2.21. Ações preventivas em parceria ................................................................... 64 
9.2.22. Envolvimento das Instâncias Colegiadas................................................... 64 
9.2.22.1. Conselho Escolar ...................................................................................... 65 
9.2.22.2. Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF ............................ 66 
9.2.22.3. Grêmio Estudantil ...................................................................................... 68 
9.2.22.4. Equipe Diretiva ........................................................................................... 69 
4 
9.2.22.5. Equipe Pedagógica.................................................................................... 73 
9.2.22.6. Equipe Docente .......................................................................................... 77 
9.2.22.7. Sistema Educacional da Rede de Proteção (SERP) ............................... 81 
9.2.22.8. Programa Bolsa Família ............................................................................ 82 
9.2.23. Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica Curricular 83 
9.2.24 – Projetos e Atividades oferecidas em contraturno ................................... 83 
9.2.25 – Acompanhamento do estágio obrigatório e não obrigatório .................. 83 
10. DESAFIOS SÓCIO – EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS .......................... 84 
11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ........................................................ 87 
ARTE .......................................................................................................................... 88 
BIOLOGIA ................................................................................................................ 100 
CIÊNCIAS ................................................................................................................ 105 
EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................................................ 116 
ENSINO RELIGIOSO ............................................................................................... 129 
FILOSOFIA .............................................................................................................. 134 
FÍSICA ...................................................................................................................... 139 
GEOGRAFIA ............................................................................................................ 148 
HISTÓRIA ................................................................................................................ 159 
LEM - INGLÊS.......................................................................................................... 180 
LÍNGUA PORTUGUESA .......................................................................................... 197 
MATEMÁTICA .......................................................................................................... 217 
QUÍMICA .................................................................................................................. 228 
SOCIOLOGIA ........................................................................................................... 233 
CELEM – ESPANHOL ............................................................................................. 239 
CURSO BÁSICO DO CELEM – P2 .......................................................................... 245 
12. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
.................................................................................................................................. 254 
13. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 256 
14. ANEXOS ............................................................................................................. 259 
14.1. Atividades e projetos desenvolvidos na escola, integrados ao Projeto 
Político Pedagógico: .............................................................................................. 259 
14.1.1. Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – OBMEP .. 259 
14.1.2. Concurso de Soletração............................................................................. 259 
14.1.3. Jogos Florais .............................................................................................. 259 
5 
14.1.4. Programa Agrinho ...................................................................................... 260 
14.1.5. Participação em atividades cívicas ........................................................... 260 
14.2. Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar ................................................... 260 
14.3. Brigada Escolar ............................................................................................ 274 
14.5. Matriz Curricular ............................................................................................ 277 
14.6 Plano de Ação da Escola ............................................................................... 280 
14.7 Cópia da Ata de Aprovação do Projeto Político Pedagógico ...................... 321 
 
 
 
6 
1. APRESENTAÇÃO 
 O Projeto Político Pedagógico é um importante instrumento de organização escolar 
cuja dimensão, mais que política, é a contribuição para a formação de uma consciência 
coletiva de cidadania no ambiente escolar. Tem a finalidade de explicitar a intenção de 
construção coletiva de uma escola cidadã, democrática e de qualidade, envolvendo 
efetivamente educadores, pais, estudantes, agentes educacionais e comunidade. A 
elaboração do PPP é uma necessidade, haja vista que toda escola precisa registrar seus 
dados, situar-se no contexto social, renovar-se planejando a curto, médio e longo prazo, 
sistematizar a sua prática, bem como, descrever sua dinâmica, e disso dependerá a sua 
história atual e futura. 
 O planejamento das atividades escolares é uma necessidade fundamental e, por 
esta razão, o objetivo principal do Projeto Político-Pedagógico deve ser o de propor um 
encaminhamento para as ações pedagógicas, apresentando a organização e 
operacionalização do trabalho pedagógico escolar, de acordo com os princípios e metas 
estabelecidos para o desenvolvimento da aprendizagem, da melhoria da qualidade de 
ensino, da pesquisa como processo de construção do conhecimento, do respeito às 
diferenças e à diversidade, da formação continuada do professor, da contextualização dos 
procedimentos avaliativos e da valorização do aluno como sujeito do processo ensino 
aprendizagem. 
 Considerando a importância dos objetivos propostos, o Projeto Político-Pedagógico 
do Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio visa atender as 
dimensões política e pedagógica de educação conforme a concepção de mundo, 
sociedade, educação, professor e aluno que desejamos e que estão descritos na 
operacionalização de nossas ações. 
 
 
 
 
 
 
7 
2. INTRODUÇÃO 
O presente Projeto Político-Pedagógico, muito mais que uma exigência legal, 
constitui-se na organização do trabalho pedagógico do Colégio Estadual Juvenal 
Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, sendo o resultado de uma construção 
coletiva, com a participação de professores, pais, alunos, equipe pedagógica, equipe 
administrativa, serviços gerais e a comunidade escolar em geral, com o objetivo maior 
de transformar a realidade social à qual estão inseridos, observando-se as mudanças 
da atualidade. 
O Projeto Político Pedagógico, previsto nos artigos 12 e 13 da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) como Proposta Pedagógica ou como 
Projeto Pedagógico (art. 14, inciso I), objetiva democratizar e descentralizar as decisões 
pedagógicas, organizacionais e jurídicas da escola, com vistas à participação de todos 
os envolvidos no processo de educação escolar. 
Enquanto construção coletiva da identidade da escola, o Projeto Político 
Pedagógico pressupõe um projeto de acordo com a concepção de Homem, de 
Sociedade, de Escola, de Trabalho, de Educação, de Cultura, de Tecnologia, Cidadania, 
Letramento, entre outros aspectos inerentes à práxis pedagógica, fundamentado na 
democracia e na justiça social, sendo a escola portanto, a responsável pela promoção do 
desenvolvimento do cidadão. 
O Projeto Político-Pedagógico é um permanente processode discussões das 
práticas, das preocupações individuais e coletivas, dos obstáculos aos propósitos da 
escola e da educação, e portanto não temos a pretensão de considerá-lo um trabalho 
acabado, mas sim contínuo e flexível, capaz de ser modificado de acordo com as 
necessidades da escola. 
No contexto em que estamos vivendo, com informações rápidas, mudanças de 
paradigmas, o Projeto Político-Pedagógico deve estar sintonizado com uma nova visão 
de mundo, garantindo assim a formação global e crítica de todos os envolvidos no 
processo, capacitando-os para o exercício da cidadania pretendida. 
 Ao estabelecer em seu Projeto Político-Pedagógico interesses comuns básicos, a 
partir dos quais possam ser trabalhadas as diferenças e as potencialidades dos alunos, a 
escola pretende que os mesmos sejam participantes e agentes transformadores da 
realidade, que aprendam o que é relevante, que apliquem seus conhecimentos nos 
problemas cotidianos, que façam uso da tecnologia, e que ao mesmo tempo sejam 
8 
pessoas capazes de transformar a realidade e de torná-la mais humana. Portanto, além 
de um agrupamento de ideias, reflexões, situações e propostas, o PPP estabelece a 
forma de organização da escola e especificamente a organização do trabalho pedagógico 
que tem por princípios a cidadania, a autonomia e a democracia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO: 
Denominação: Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fund. e Médio 
 
Código do Estabelecimento: 00036 
 
Endereço: Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – CEP 86.360-000 
TELEFONE:(43) 3542 4490 
g-mail : ce.juvenalmesquita@gmail.com 
PÁGINA DA ESCOLA:bntjuvenalmesquita@seed.pr.gov.br 
 
Município: Bandeirantes 
 
Código do município: 0240 
 
Dependência Administrativa: Estadual 
 
Núcleo Regional: Cornélio Procópio 
 
Código do NRE: 008 
 
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná 
 
Ato de Autorização de Funcionamento: DEC. 2787 DOE 10/01/77 
 
Ato de Renovação de Reconhecimento de Curso: 
- Ensino Fundamental: RES. 4871/14 DOE 03/10/14 
- Ensino Médio: RES. 4484/16 DOE 09/11/16 
 
Ato Administrativo – Regimento Escolar: 248/2008 
 
Parecer de Aprovação – Regimento Escolar: 068/2008 - SEF/EP/NRE 
 
Ato Administrativo – Adendo 01 do Regimento Escolar: 032/10 
 
Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 018/2010 
 
Ato Administrativo – Adendo 02 do Regimento Escolar: 219/2010 
 
Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 097/2010 
 
Ato Administrativo – Adendo 03 do Regimento Escolar: 193/2011 
 
Parecer de Aprovação – Adendo 03 do Regimento Escolar: 161/2011 
 
Ato Administrativo – Homologação da Composição do Conselho escolar 2016/2018: 
140/2016 
 
Distância da Escola do NRE: 36 Km 
10 
 
Localização da Escola: região norte do município 
 
 Tipo de escola: Urbana 
 
 
3.1. Histórico da Instituição 
 
O Colégio Estadual “Juvenal Mesquita” - Ensino Fundamental e Médio foi 
criado através do Decreto nº 2264, em 30 de agosto de 1966, com o nome de Grupo 
Escolar “Juvenal Mesquita”, construído pelo Governo do Estado do Paraná, no exercício 
do Governador Exmo. Sr. Ney Braga. 
Sua inauguração oficial aconteceu no dia 26 de março de 1966, com a 
presença do Prefeito , o Sr. Moacyr Castanho e outras autoridades civis e religiosas, 
familiares de alunos e convidados. 
O então Grupo Escolar “Juvenal Mesquita” começou a funcionar com 4 salas de 
aula, 3 sanitários, pátio coberto, sala de administração e cozinha. Após um ano, 
construiu-se mais 2 salas de aula de madeira, em caráter emergencial. 
Em 1980 foi construído outro bloco de salas, devido ao crescimento da 
demanda escolar, constituído de 4 salas, sanitários e 2 salas administrativas. As salas 
de madeira foram utilizadas mais tarde para atender o Projeto Tempo de Criança e, após 
o término, foram desativadas. 
Em 1991 a rede física foi ampliada com a construção de 3 salas e a quadra 
Poli-Esportiva. E em 1997, com o auxílio da APM, foi construída mais 1 sala de aula. 
Em 1998 aconteceu a grande reforma geral do prédio, através de recursos do 
PROEM - Programa de Recuperação, Obras e Melhoria do Ensino Médio. 
Foram organizados também, em 1998/1999, o aumento da Biblioteca, um 
banheiro para os Professores e Funcionários e os Laboratórios de Informática e de 
Química/Física/Biologia. 
A construção da escola só foi possível graças à doação de um terreno na Vila 
Macedo, na rua São Paulo, quadra circundada pela Av. Prefeito Moacyr Castanho, Rua 
Elísio Manoel dos Santos e Rua Conceição Veiga. O doador, Sr. Eurípedes Mesquita 
Rodrigues foi um dos pioneiros e fundadores de Bandeirantes, e colaborador entusiasta 
do setor educacional. Ao fazer a doação, fez o pedido de que se elegesse um parente 
11 
para ser o Patrono da Escola. Foi aceito o pedido e assim o Sr. Juvenal Mesquita, tio 
do doador, passou a ser o Patrono da Escola. 
Hoje, o Colégio Estadual “Juvenal Mesquita”- Ensino Fundamental e Médio 
atende 10 turmas de 6º a 9 º a n o s n o s p e r í o d o s m a n h ã e t a r d e , 
03 turmas de Ensino Médio no período da manhã, 02 turmas de Sala de Apoio à 
Aprendizagem no período da manhã e 02 turmas de Sala de Apoio à Aprendizagem no 
período da tarde, sob a direção da professora Cristina dos Santos. 
 
Atos Oficiais: 
Ato de Criação do Grupo Escolar Juvenal Mesquita: Decreto nº 2264 de 
30/08/66. 
Autorização de Funcionamento da Escola Juvenal Mesquita - Ensino de 1º Grau: 
Decreto nº 2787, em 10/01/77. Passou a denominar-se Escola Estadual Juvenal 
Mesquita - Ensino de 1º Grau a partir de 08/04/83 - Resolução nº779/83. 
Autorização de Funcionamento do Ensino de 5ª a 8ª séries - Noturno: 
Resolução nº 120/89 de 16/01/89. 
Autorização de Funcionamento do Ensino de 5ª/8ª séries- Diurno: Resolução nº 
4155/91 de 03/12/91. 
Reconhecimento do Curso de 1º Grau Regular da Escola Estadual Juvenal 
Mesquita - Ensino de 1º Grau: Resolução nº 768/93, publicada em Diário Oficial de 
24/03/93. 
Regimento Escolar aprovado pelo Parecer nº 022/94 de 28/12/97, homologado pelo 
Ato Administrativo nº 086/97-NRE. 
Autorização de Funcionamento do Ensino de 2º Grau Regular, com o Curso de 2º 
Grau - Educação Geral, passando a Escola a denominar-se Colégio Estadual Juvenal 
Mesquita - Ensino de 1º e 2º Graus: Resolução nº 341/98, em 05/03/98, que passou a 
denominar-se Colégio Estadual Juvenal Mesquita - Ensino Fundamental e Médio, em 
decorrência da Lei nº 9394/96, Deliberação 003/98/CEE e Resolução nº 3120/98/SEED, 
a partir de 23/09/98. 
Conselho Escolar aprovado pelo Ato Administrativo nº 180/98, em 27/07/98. 
Projeto de Implantação Curricular do Ensino Médio aprovado pelo Parecer 16/99-
DESG/SEED. 
 
 
12 
Diretores: 
1º) Bernadete Marques Guerra - 1966 a 1978. 
2º) Leopoldina Delicato – 1979 a 1987. 
3º) Idalina Correa Cosmo – 1988 a 1993. 
Maísa C. Montoya - Direção Auxiliar 
4º) Maria Helena Ferreira Santiago 1994 a 1995. 
5º) Idalina Correa Cosmo – 1996 a 2002. 
Elizete de Fátima Mendes Coltri - Direção Auxiliar – 1996 até Junho/2000. 
Eduardo Henrique Von Der Osten – Direção Auxiliar - de Julho/2000 à 2.002 
6º) Eduardo Henrique Von Der Osten – Diretor – 2.003 a 2.007- Prorrogado para o ano 
de 2.008. 
7º) Fabiana Aparecida Gonçalves – Diretora – 2009 a 2011 - 2012 a 2015 
Eduardo Henrique Von Der Osten – Diretor Auxiliar – 2009 a 2011 - 2012 a 2015 
8º) Cristina dos Santos – Diretora – 2016 até a presente data 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
4. MARCO SITUACIONAL:A escola constitui-se no espaço que busca, efetivamente, possibilitar às nossas 
crianças, adolescentes e jovens a apropriação do saber elaborado. Entretanto, a 
Educação vem enfrentando grandes dificuldades, provenientes dos graves problemas 
familiares, econômicos e sociais que são, em grande parte, resultados do sistema 
capitalista vigente. A definição de ações para garantir a permanência do aluno na 
escola é constante, porém enfrentamos muitos problemas de assiduidade e abandono 
escolar, o que tem impactado demais no resultados do IDEB da instituição. A luta da 
escola em preparar o a luno para o exercício consciente da cidadania, de forma a 
garantir uma vida digna para si e para a sociedade em que vive tem sido muito árdua 
devido às mudanças que vêm ocorrendo historicamente, onde os direitos têm 
prevalecido sobre os deveres. 
É fato que sem Educação não há desenvolvimento e tão pouco crescimento. 
Entretanto, apesar de algumas políticas públicas educacionais apresentarem a 
situação da sociedade brasileira como positiva, está muito difícil trabalhar com a 
desigualdade de condições a que estão submetidas as nossas crianças e jovens. Não 
é possível desenvolver um trabalho educativo desconsiderando as dimensões 
econômica, social, cultural, política, familiar, até porque a escola está inserida em 
todos os contextos e infelizmente não está preparada para acompanhar este ritmo do 
mundo em constantes mudanças. 
A globalização na qual vivemos, o capitalismo e a competitividade, coloca a 
escola em alerta, levando-a a fazer reflexões, procurando caminhos que levem a ofertar 
um ensino de qualidade, pois a universalização da Educação significa “todos” na 
escola, e isso implica em trabalhar com seres humanos de diferentes naturezas, 
heterogêneos em diversos pontos, tendo que levar em conta as diversidades tais 
como: famílias desestruturadas, falta de recursos financeiros, dependências de todo 
tipo de apoio, sem um referencial ou valores que deem incentivos, enfim, acabando 
muitas vezes a escola precisando enfrentar e ao mesmo tempo evitar situações 
excludentes, situações que não lhe competem porque nem sempre dispõe de 
infraestrutura para tal enfrentamento, porém são situações que nela se concentram. 
Os governos mais preocupados e comprometidos têm se preocupado em 
estabelecer e criar políticas que estejam mais de acordo com a realidade, e a própria 
14 
elaboração deste Projeto é um exemplo. 
No contexto do Estado do Paraná, a política dos últimos anos vem apontando 
para expansão da educação com qualidade, porém nem sempre são observadas as 
particularidades e necessidades de cada instituição. 
Muitas iniciativas do governo, em parceria com entidades privadas, têm ajudado 
a reativar as energias no cotidiano da sala, bem como o domínio de novas tecnologias 
e outros eventos que ajudam na aprendizagem e na tentativa de superação de 
resultados, que de acordo com estudos de pesquisas mostram índices de baixo 
rendimento, assim como taxa de evasão superior ao previsto. 
Com a construção das Diretrizes Curriculares Estaduais, com o uso de 
laboratórios de informática, tecnologias de ponta, salas de apoio à aprendizagem, 
viabilização de projetos e programas educacionais como Olimpíadas de Matemática, 
Atividades Complementares em contraturno, entre outros, tem sido possível 
propiciar um trabalho pedagógico mais significativo e eficiente, desde que haja 
condições mínimas para a execução dos mesmos. Os progressos visíveis ainda são 
tênues, mas o que importa é a transformação que va i a con te cendo aos pouco , 
cabendo-nos continuar dialogando e nos sensibilizando para se chegar ao ponto 
demarcado: cidadania e transformação social. 
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita atende um alunado com sérios problemas 
sociais, econômicos, culturais e familiares, onde são verificadas inúmeras situações 
como: alunos que cuidam da casa e têm que olhar os irmãos menores para a mãe 
trabalhar, alunos que são responsáveis em levar os irmãos menores para a creche e por 
isso chegam atrasados, mães que dormem até tarde e não acordam o filho para ir à 
escola, alunos e pais que não valorizam o estudo e mandam os filhos pra escola apenas 
porque é obrigatório ou para não perder o Bolsa Família, pais que não comparecem 
quando solicitados, atitudes agressivas tanto de alunos quanto de pais, bullying 
constante não só na escola como no local onde vivem, desinteresse pelo pedagógico, 
alcoolismo, drogas, enfim, situações e fragilidades que dificultam à escola obter 
avanços significativos. 
Contudo, o colégio tem procurado envolver a comunidade escolar em todo o 
processo educacional, com participação efetiva de todos os segmentos, pois na 
gestão democrática a que se propôs, “todos são responsáveis pela Educação”. 
Os professores e funcionários têm participado de cursos e formação 
15 
continuada descentralizados, oferecidas pela Secretaria de Estado e Educação, além 
de outras iniciativas privadas. 
Quanto à carga horária destinada à Hora Atividade, os professores são 
orientados a utilizá-la em pesquisas, novas informações, pois o embasamento teórico é 
fundamental para evitar a dicotomia teoria e prática. 
 A Escola enquanto formadora de opiniões precisa e deve adotar medidas 
educativas, de acordo com sua realidade, aceitar os princípios éticos de cada educando 
para que o respeito à diversidade faça parte do cotidiano, através do trabalho coletivo e 
interdisciplinar, objetivando resgatar valores, acreditar no aluno como agente de 
transformação social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
5. OFERTA DA INSTITUIÇÃO 
O Estabelecimento de Ensino oferta: 
 
I. Ensino Fundamental – Anos Finais: 6º ao 9º ano, períodos matutino e vespertino, em 
tempo parcial; 
 
II. Ensino Médio, período matutino, em tempo parcial; 
 
III. AEE Complementar e Suplementar para estudantes da Educação Especial, se houver 
demanda; 
 
III. Celem - Ensino Extracurricular Plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna - 
Espanhol, em período contraturno ao dos estudantes, quando da existência de demanda; 
 
IV. Educação Integral/Ampliação de jornada: Sala de Apoio à Aprendizagem para 6º e 7º 
anos, períodos matutino e vespertino, e Atividades Complementares Curriculares 
Periódicas, quando liberado pela SEED. 
 
O regime da oferta é de forma presencial, com a seguinte organização: 
 
I. Ensino Fundamental (anos finais) – 6º ao 9º Ano: por anos; 
II. Ensino Médio – 1ª a 3ª Série: por séries; 
III. CELEM – P1 e P2: por séries; 
IV. Atendimento Especializado Complementar e Suplementar para estudantes da 
Educação Especial: por turmas 
V. Educação Integral/Ampliação de jornada: Sala de Apoio à Aprendizagem para 6º e 7º 
anos e Atividades Complementares Curriculares Periódicas: por turmas – em 
contraturno. 
5.1. Organização Interna da Escola 
 O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, de 
organização anual no Ensino Fundamental e Médio, atende os alunos nas demandas 
17 
ofertadas nos seguintes turnos e horários no ano letivo 2017: 
 
 ENSINO FUNDAMENTAL 
2ª a 6ª feira 
Períodos: 
Manhã – 7:30h às 12:00h 
Tarde – 13:00h às 17:20h 
 
 ENSINO MÉDIO 
2ª a 6ª feira 
Períodos: 
Manhã - 7:30h às 12:00h 
 
 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 6º/7º Anos – Em período contraturno 
Manhã: 
2ª feira: 
Matemática - 7:30h às 9:10h 
Língua Portuguesa – 9:10h às 11:10h (com intervalo de 20 minutos) 
3ª feira: 
Língua Portuguesa - 7:30h às 9:10h 
4ª feira: 
Matemática – 9:10h às 11:10h (com intervalo de 20 minutos) 
 
Tarde: 
2ªfeira: 
Língua Portuguesa - 13:00h às 14:40h 
Matemática – 14:40h às 16:30h (com intervalo de 10 minutos) 
3ª feira: 
Matemática – 13:00h às 14:40h 
Língua Portuguesa - 14:40h às 16:30h (com intervalo de 10 minutos) 
 
 CELEM 
Não dispomos de turmas no corrente ano letivo, mas havendo demanda, as turmas 
funcionam no período contraturno ao do estudante, geralmente nos turnos tarde ou noite. 
18 
6. OCUPAÇÃO DO TEMPO E DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS 
 
 
 Sala de Apoio à Aprendizagem: a escola oferta aos alunos do 6º e 9º Ano Salas de 
Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, em contraturno, duas 
vezes por semana, com carga horária de 04 horas semanais cada disciplina, com o 
objetivo de recuperar os conteúdos básicos defasados ao longo dos anos iniciais 
do Ensino Fundamental. 
 
 Laboratório de Informática: o laboratório, com 18 computadores, é destinado ao 
uso dos professores e alunos(sob a supervisão dos professores), para pesquisas, 
trabalhos e atividades planejadas para enriquecimento das aulas, com e sem 
acesso à internet, sendo esse espaço de responsabilidade do Agente Educacional 
II, indicado pela direção, com domínio básico da ferramenta. 
 
 Laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia: destinado ao uso dos 
professores e alunos(sob a supervisão dos professores), para pesquisas, trabalhos 
e experiências. 
 
 Quadras Poliesportivas: utilizadas para a realização das aulas de Educação Física, 
atividades recreativas, culturais e atividades nos finais de semana para a 
comunidade em geral. 
 
 Biblioteca: é um espaço pedagógico democrático com acervo bibliográfico à 
disposição de toda a comunidade escolar, atualizado e adequado para o 
atendimento dos objetivos de todas as etapas e modalidades ofertadas pela 
instituição de ensino. É utilizada para leitura e pesquisas dos alunos e demais 
atividades didático-pedagógicas direcionadas pelo professor, sob a 
responsabilidade do Agente Educacional II, indicado pelo diretor. 
 
 
19 
 7. ORGANIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 
 
 A comunidade escolar é formada, em sua grande maioria, por classes sócio 
econômicas média baixa e baixa, composta por serventes de pedreiros, serviços gerais, 
comerciários, diaristas, cortadores de cana e outros trabalhos braçais, sendo que grande 
parte depende do auxílio dos programas do Governo Federal e subsistem com um salário 
mínimo. 
 A maior parte do alunado atendido é oriunda da zona urbana, fazendo uso de 
transporte escolar apenas uma pequena porcentagem, moradores da zona rural. 
 O nível de escolaridade dos pais se restringe entre fundamental e médio, com 
exceção de alguns com ensino superior. 
 Os professores e funcionários são graduados e habilitados para as funções que 
exercem. Quase que a totalidade dos professores têm especialização e alguns fizeram o 
PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional). 
 Os professores, direção e equipe pedagógica são residentes na zona urbana, 
porém alguns são de outros municípios. 
 Embora tenhamos observado sensíveis melhoras em relação à frequência dos 
alunos e cumprimento dos horários, ainda temos uma parcela de alunos que normalmente 
desistem no decorrer do ano ou reprovam por faltas, e seus pais ou responsáveis não 
comparecem quando solicitados. Além disso chegam atrasados frequentemente e a 
família, na maioria dos casos, se revela muito omissa. Entretanto, gostam de utilizar os 
espaços escolares para atividades desportivas nos finais de semana. 
 Os valores morais, religiosos, materiais e intelectuais não são verificados em 
grande parte do alunado, e observamos que isso já vem de casa, internalizado, devido à 
desestrutura familiar. 
 Oriundos de uma comunidade carente, nossos alunos precisam, além dos 
conteúdos sistematicamente organizados pela humanidade, dos conhecimentos 
científicos, de muita atenção, respeito e amor. 
 O colégio busca estreitar o relacionamento com a comunidade para que haja uma 
interação entre família e escola, facilitando o desenvolvimento do aluno, sua 
aprendizagem e suas competências, promovendo vários momentos para conversas, 
palestras, atividades extraclasse, jogos, músicas, brincadeiras, etc. 
20 
 Para reforçar a aprendizagem, também convidamos os pais para incentivarem 
seus filhos e ajudar na orientação dos trabalhos em que haja possibilidade. 
 Temos que levar nossos alunos a valorizar seu contexto cultural e social, descobrir 
seus talentos e colocá-los à disposição da coletividade. Temos a obrigação e o 
compromisso de dar um aprendizado de qualidade aos nossos alunos, garantindo-lhes a 
formação completa para que sejam atuantes em nossa sociedade com bastante 
consciência, autonomia e criticidade. 
 
7.1. Dependências físicas e materiais 
 Instalações Físicas 
O Prédio escolar é constituído de 3 blocos onde constam: 
12 salas de aula 
01 Sala para Direção e Equipe Pedagógica 
01 Sala para Secretaria 
01 Sala para Professores 
01 Laboratório de Informática Paraná Digital 
01 Laboratório de Ciências /Química/ Física / Biologia 
01 Biblioteca 
01 Cozinha 
01 Despensa para mantimentos 
01 Despensa para material de limpeza 
01 Almoxarifado 
03 Banheiros para Professores e Funcionários 
02 Banheiros para Alunos, com 03 vasos sanitários cada 
01 Banheiro para alunos com 02 vasos sanitários 
01 Banheiro com acessibilidade 
01 Quadra Poliesportiva descoberta 
01 Quadra Poliesportiva coberta 
 
 Recursos Tecnológicos 
09 computadores ProInfo 
09 no-breaks 
21 
18 monitores 
18 teclados 
18 mouses 
01 Impressora laser Samsung do PRDigital 
10 Rack de parede para TV 
10 TV Pendrive 
02 Retroprojetores 
03 Aparelhos de DVD 
01 Cx Acústica 35W RMS 4.0 HMS 
01 Projetor de Slides (Data Show) 
01 Amplificador de som versátil 50W 
01 Notebook Acer 3Gb/320Gb 
01 Microfone com fio IT58A 
01 Camara digital Sony W320 
 
 Materiais - Laboratório de Ciências, Química, Física, Biologia 
01 Bico de Busen 
02 Cabos de Bisturi n4 com 5 lâminas 23 pi 24 
01 Cronômetro Digital 
03 Escovas para lavar tubo de ensaio 
03 Espátulas com colher 15 cm 
03 Imãs cilíndrico 09 x 04cm 
02 Lamparinas a Álcool 100ml 
01 Lente de vidro 5cm plano côncava 
03 conjuntos de Massa Aferidas 
01 Mola diâmetro 1,5 x 15cm 
02 Molas diametro 7mm x 15cm 
01 Papel de Filtro 11cm 
02 Pinças de inox de ponta fina e reta 16cm 
06 Pinças de madeira para tubo de ensaio 
05 Pipetas graduadas 
05 Pisseti 250ml 
01 Rolha de borracha n6 com furo 7mm 
03 Rolhas de borracha n7 com furo 7mm 
22 
02 Rolhas de borracha para tubo com furo 7mm 
03 Rolhas de borracha para tubo sem furo 
01 conj. Suporte de plastico com cabo para lentes 
01 Suporte para circuitos elétricos 
01 Suporte universal com base e haste 70cm 
04 Suporte Universal 
02 Telas de amianto 16 x 16cm 
01 Termômetro escala externa 10 a 110°C 
02 Trenas de aço com 2m 
02 Tesouras de inox de ponta fina 11cm 
04 Tripés de ferro 12 x 20 
02 Bastões de vidro 6 x 300mm 
02 Cxs Lamínulas para microscopia 26 x 76 
01 Cx Lamínulas para microscopia 20 X 20 
03 Copos de Becker de vidro 100ml 
02 Copos de Becker de vidro 500ml 
08 Copos de Becker de vidro 250ml 
07 Erlenmeyer de vidro 250ml 
03 Funis de vidro de haste curta liso 60mm 
02 Tubos de ensaio 16 x 150mm 
02 Microscópios (1 ótico, 1 simples) 
01 Leis de Hom 
03 Lupas de Vidro (2 manuais e 1 horizontal) 
05 Pipetas de Vidro graduadas 
05 Funis de Separação 250ml 
05 Funis de Vidro 150ml 
01 Agitador Magnético 
01 Balança Digital 
01 Manta Aquecedora p/ Balão Volumétrico 
01 Medidor de PHdigital 
04 Balões Fundo chato 250ml 
04 Balões volumétricos 250ml 
06 Bastões de Vidro 
 
23 
 Acervo Bibliográfico 
Livros Técnicos/Paradidáticos – 471 exemplares 
Livros de Literatura – 1134 exemplares 
Livros Didáticos – 1118 exemplares 
 
 Materiais Didático-Pedagógicos 
01 Mapa “O Mundo Físico” 
01 Mapa Geográfico do Mundo Político 
02 Mapas Mundi 
02 Mapa Mundi Físico 
01 Mapa Mundi Político 
01 Mapa do Brasil – Divisão Política 
01 Mapa do Brasil – Divisão Regional 
01 Mapa do Brasil – Físico 
01 Mapa do Brasil: Político, regional, rodoviário 
01 Mapa do Estado do Paraná – Político 
01 Mapa Rodoviário do Estado do Paraná 
01 Mapa do Município de Bandeirantes 
01 Mapa dos Estados Unidos da América 
01 Mapa Europa – político 
01 Mapa Oceania - político 
01 Mapa As Américas - político 
01 Mapa Asia - político 
01 Mapa África - político 
03 Globo Terrestre 
01 Modelo de Célula Eucarionte 
02 Mapas de Química: Estrutura Elementar da Matéria 
01 Busto Desmontável com Órgãos Humanos 
01 Mapa do Corpo Humano 
39 kits Mapas de Ciências Físicas e Biológicas 
15 Tabelas Periódicas 
04 Réguas de madeira – 1 metro 
01 Régua de madeira – 40 cm 
02 Esquadros de madeira 45º 
24 
01 Esquadro de Madeira 60º 
01 Transferidor de madeira 
01 Triângulo Escaleno - madeira 
02 Compassos de madeira 
01 Tangran de madeira 
03 Tangrans plastificados 
01 Sólido Geométrico de madeira 
02 Material Dourado 
02 caixas de Carimbos de Avaliação 
02 Retro Projetores 
02 Aparelhos de Som 
30 Bambolês 
04 Bolas de Basquete 
15 Bolas de Voleibol 
05 Bolas de Futsal 
03 Bola de Futebol de Campo 
02 Bolas de Handebol 
15 Bolas de Borracha 
01 Bola de Futebol Americano 
01 Par de Redes de Futsal 
02 Mesas de Pebolim 
01 Mesa de Ping Pong 
03 Cds Hinos Pátrios 
03 Cds Multimídia: Espaço no Universo, Como as Coisas Funcionam, O Corpo Humano. 
05 Coleção “Mundo Incrível dos Animais” - 5 livros e 5 fitas de vídeo 
20 Jogos de Damas 
15 Jogos de Palitos 
08 Jogos de Memória 
03 Jogos de Trilha 
03 Jogos de Dominós 
20 Jogos de Xadrez 
Jogos Banco Imobiliário 
01 conjunto Ping-Pong 
Skates 
25 
04 Jogos Pedagógicos (Dominó de Cálculos e de Palavras) 
06 Jogos de Palavras 
10 Alfabetos Silábicos 
06 Jogos de Sequência Lógica 
04 Jogos de Futebol de Botão 
06 Escalas Cuisenaire 
10 Colchonetes para Ginástica Olímpica de Solo 
10 Kits do IBGE – Projeto VAMOS CONTAR 
01 Cx Geologia na Escola – O Caminho das Rochas 
08 CD's Atlas Geográfico Escolas Multimídia 
01 CD Literatura Brasileira – A Arte da Palavra 
01 DVD Mata Atlântica 
01 DVD – 32 Maneiras de Ver a Tecnologia na Educação 
01 Planetário 
7.2. Quadro de Funcionários – Ano 2017 
Nº Equipe Diretiva/Pedagógica/Administrativa Vín- 
culo 
Formação 
01 Cristina dos Santos - Diretora QPM Lic. Plena - História 
02 Maria das Graças Ticianel Jardim - Pedagoga QPM Lic. Plena - Pedagogia 
03 Marjorie Agre Leão Moncayo - Pedagoga Lic. Plena - Pedagogia 
04 Selma Regina Cosmo Nunes - Secretária QFEB Lic. Plena - Pedagogia 
05 Leonor Luiza de Oliveira – Técnico Adm. QFEB Lic. Plena - Pedagogia 
06 Lúcia Guimarães da Silva Asano - Bibliotecária QFEB Lic. Plena - Ciências 
07 Jeferson Martins Moura QFEB Ciências Econômicas 
08 Angelita Nunes Pereira QFEB Ensino Médio 
09 Aparecida de Jesus Proni QFEB Ensino Médio 
10 Maria Ângela Pascoal de Carvalho QFEB Ensino Médio 
11 Maria Elizabete do Nascimento Pires QFEB Ensino Médio 
12 Rosilda de Fátima Moço Costa QFEB Ensino Médio 
13 Sueli Elisabete de Mello QFEB Lic. Plena - Pedagogia 
 Docentes 
01 Américo Fernandes – Língua Portuguesa QPM/S
C02 
Lic. Plena - Letras 
26 
02 Ana Maria dos Santos - História QPM Lic. Plena - História 
03 Andrea A. Ramalho Pelissari - História REPR História (cursando) 
04 Andrea Castanho de Lima Silva – Mat. QPM Lic. Plena – Ciênc./Mat. 
05 Andréa Cristina do Nascimento – Ed. Física QPM Lic. Plena – Ed. Física 
06 Andréa Regina Paduan – Ed. Física QPM Lic. Plena – Ed. Física 
07 Ângela Maria Nogueira Herbst – Mat. QPM Lic. Plena – Ciênc./Mat. 
08 Cleusa Maria Pereira Bisetto – Ed. Física QPM Lic. Plena – Ed. Física 
09 Ester Amaro Costa de Souza - Matemática QPM Lic. Plena – Ciênc./Mat. 
10 Fabiana Apª Gonçalves Castellar – Geog. QPM Lic. Plena - Geografia 
11 Flávia Regina Moreira Fernandes – Ciênc. REPR Ciências Biológicas 
12 Giulliane de Oliveira Matta – Língua Port. QPM Lic. Plena - Letras 
13 Inês Rodrigues – Língua Port. QPM Lic. Plena - Letras 
14 José Roberto de Oliveira - Inglês QPM Lic. Plena - Letras 
15 Maria Aparecida de Oliveira – Língua Port. QPM Lic. Plena - Letras 
16 Maria Aparecida Fabian Alexandre – 
Química/Ciências/Ens. Religioso/SAA 
QPM Lic. Plena – Ciênc./Quím 
17 Maria Ramos S. Naime – História/Ens. Rel. REPR Lic. Plena - História 
18 Marilucia Sanches Mendes - História REPR Lic. Plena - História 
19 Marisa Aparecida Ribeiro Santos – Geog. QPM Lic. Plena – Geo/Hist. 
20 Mariza Chirito Miquelato – Física/Ens. Rel. QPM Lic. Plena – Ciênc./Fís. 
21 Marisa Godoy Sabaini - Física REPR Farmácia/Bioquímica 
22 Meri Hirabara Yanase - Arte QPM Lic. Plena - Artes 
23 Neide Pires de Oliveira - Biologia QPM Lic. Plena - Ciências 
24 Neila Martelli Toledo de Campos - Inglês QPM Lic. Plena - Letras 
25 Paula Regiane Guergolet da Costa - Arte QPM Lic. Plena - Artes 
26 Patrícia Pitoli - Sociologia REPR Lic. Plena - História 
27 Pollyana Maria Delgado Balla Luz – Soc. REPR Lic. Plena - Sociologia 
28 Renata Ediane Fabrin – História/Ens. Rel. REPR Lic. Plena - História 
29 Rosângela Aparecida Palomares QPM Lic. Plena – Ciênc./Quím 
30 Rosemercya Velozo de Carvalho Anjos - 
Filosofia 
SC02 Lic. Plena - História 
31 Rosileni de Jesus Soldes Aleixo – Língua 
Portuguesa/SAA 
QPM Lic. Plena - Letras 
32 Sirlene Matos Maciel QPM Lic. Plena - História 
33 Sonia Aparecida Comegno Gotelipe – Ciências SC02 Lic. Plena – Ciências 
Biológicas 
34 Terezinha de Fátima Coutinho - História QPM Lic. Plena - História 
27 
35 Vanilda Aparecida Monteiro – Mat./Ciênc. QPM/S
C02 
Lic. Plena – Ciênc./Mat. 
36 Vera Helena Barboza – Biologia/Ensino 
Religioso/SAA 
QPM Lic. Plena – Ciênc./Mat. 
 
7.3. Condições de atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais 
 A Escola Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio realizou 
uma adequação da parte física do colégio, como rampa de acessibilidade, banheiros com 
instalações adequadas, porém as salas de aula ainda não foram adaptadas. Em relação 
ao atendimento pedagógico, o colégio não tem profissionais especializados ou mesmo 
treinados para atender os alunos com deficiências mentais, neuromotoras, visuais e 
auditivas. Quando ocorre a inclusão dos alunos encaminhados da APAE e das salas 
especiais para o ensino regular, o diagnóstico recebido é que estão aptos para 
acompanhar o regular, mas nem sempre é o que acontece, e a maioria dos professores 
não têm formação nem condições de atender essas especificidades, ficando os alunos 
dentro de salas numerosas, acabando por reprovar ou abandonar a escola. 
 É necessário uma estrutura bem organizada para atender adequadamente os 
alunos com necessidades educativas especiais, com psicólogos, fonoaudiólogos, 
psicopedagogos, professores com formação específica e materiais de apoio. Porém isso 
não acontece, gerando um atendimento deficiente desse alunado na maioria das escolas 
regulares. O discurso é bonito, mas há muito o que se fazer para conseguir, na prática, 
melhoras significativas nessa demanda. 
7.4. Resultados Educacionais: aprovação e evasão 
 O colégio vem, ao longo dosúltimos anos, enfrentando muitos problemas em 
relação à reprovação, abandono e evasão, o que influi decisivamente nos resultados do 
IDEB da instituição. Tomando como referência os resultados dos últimos anos, podemos 
considerar que são preocupantes, haja vista as metas estipuladas não estarem sendo 
atingidas, devido a inúmeros problemas como dificuldades de aprendizagem, defasagem 
idade/série, trabalho, desestrutura familiar, drogadição, dentre outros. Esses fatores, além 
de interferirem decisivamente nos resultados da instituição, leva os alunos a evadirem-se 
da escola. Os quadros abaixo mostram os resultados de aprovação, reprovação e 
28 
abandono, por turma, no ano letivo de 2016: 
 
ENSINO FUNDAMENTAL 
TURMA TURNO Nº DE ALUNOS 
CONCLUINTES 
AP REP DES % 
Apro- 
vação 
% 
Apr. 
Cons. 
de 
Classe 
% 
Repro-
vação 
% 
Aban- 
dono 
6º Manhã 46 41 5 0 89% 0% 11% 0% 
6º Tarde 20 12 8 0 60% 0% 40% 0% 
7º Manhã 36 31 5 0 86% 0% 14% 0% 
7º Tarde 12 7 5 0 58% 0% 42% 0% 
8º Manhã 38 29 9 0 76% 0% 24% 0% 
8º Tarde 23 15 8 0 65% 0% 35% 0% 
9º Manhã 22 21 1 0 95% 0% 5% 0% 
9º Tarde 10 4 6 0 40% 0% 60% 0% 
TOTAL ----------- 207 160 47 0 77% 0% 23% 0% 
 
ENSINO MÉDIO 
TURMA TURNO Nº DE ALUNOS 
CONCLUINTES 
AP REP DES % 
Apro- 
vação 
% 
Apr. 
Cons. 
De 
Classe 
% 
Repro- 
vação 
% 
Aban- 
dono 
1ª Manhã 54 46 8 0 85% 0% 15% 0% 
2ª Manhã 21 18 3 0 86% 0% 14% 0% 
3ª Manhã 15 15 0 0 100% 0% 0% 0% 
3ª Noite 15 9 6 0 60% 0% 40% 0% 
TOTAL 105 88 17 0 84% 0% 16% 0% 
 
7.5. Dados das Avaliações Externas e Projeções para os próximos anos 
 O Colégio Estadual Juvenal Mesquita não tem obtido os resultados esperados nas 
avaliações externas, o que, juntamente com os índices de aprovação, reprovação e 
desistência, tem mantido muito baixo o IDEB da instituição. Embora busque 
constantemente reverter esse quadro, a realidade socioeconômica e cultural do alunado, 
assim como a desmotivação de muitos professores, constituem-se nos grandes 
29 
obstáculos na mudança dos resultados apresentados. O colégio priorizará em seu plano 
de ação novas estratégias para a superação da realidade atual. 
 
Dados do Colégio Estadual Juvenal Mesquita 
IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS 
 
200
5 
200
7 
200
9 
2011 2013 2015 2007 2009 2011 2013 2015 201
7 
2019 2021 
3.4 3.3 2.6 2.6 2.9 2.8 3.5 3.6 3.9 4.3 4.7 4.9 5.2 5.4 
 
7.6. Distorção Idade-Série 
 Existe uma grande distorção idade/série dos alunos do Colégio Estadual Juvenal 
Mesquita. A maioria dos casos fora da faixa etária corresponde aos alunos que reprovam, 
que começam e desistem no decorrer do ano, e aqueles que param de estudar e 
retornam depois de algum tempo. As causas vão desde desestrutura familiar, pobreza, 
drogas, ter que trabalhar cedo, etc. O colégio tenta inovar, buscar alternativas junto ao 
corpo docente, discente, porém os anseios e expectativas dos alunos dessa instituição 
não correspondem ao que a escola, e não somente esta, se propõe. Existe uma grande 
desmotivação dos alunos, e a escola não tem sido atrativa o suficiente para garantir sua 
permanência, o que requer uma mudança de postura de todos os atores envolvidos no 
processo ensino e aprendizagem. O colégio aderiu ao Programa Aceleração de Estudos 
em 2015, porém não tivemos resultados satisfatórios, dada a falta de recursos financeiros 
para materiais necessários e despreparo tanto de alunos quanto de professores para 
gerenciar conteúdos de dois anos em um único ano. 
 
7.7. Plano de Ação da Escola 
 
 O Plano de Ação da escola consiste em um instrumento de trabalho dinâmico com 
o intuito de propiciar ações que contemplem as dimensões Gestão Escolar Democrática, 
Prática Pedagógica, Avaliação, Acesso, permanência e sucesso na escola, Ambiente 
Educativo e Formação dos Profissionais da Escola, ressaltando seus principais problemas 
30 
e os objetivos a partir de metas a serem alcançadas, com critérios de acompanhamento e 
avaliação pelo trabalho desenvolvido. Temos observado avanços significativos na prática 
do dia a dia da escola, pois ao propor ações bem direcionadas, possíveis de serem 
realizadas, os resultados positivos vão acontecendo aos poucos, melhorando as relações 
e o processo ensino-aprendizagem. 
8. MARCO CONCEITUAL 
 O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio procura 
realizar um trabalho pedagógico baseado em princípios democráticos que favoreçam a 
igualdade de oportunidades de aprendizagem em que os jovens adquiram a capacidade 
de serem críticos e atuantes. A proposta pedagógica permeia um trabalho que possibilite, 
além da garantia do acesso e permanência do aluno na escola, a igualdade de 
oportunidades para aprender, ensinar, pesquisar, divulgar a cultura, e ao mesmo tempo 
respeitar a cultura que o aluno trouxe do seu meio, o pensamento, a arte e o saber. 
 O colégio propõe a existência de um clima escolar propenso à preservação de 
valores, crenças e cultura que os cercam e que trazem impacto à aprendizagem. 
 Considerando a mudança de paradigmas e as transformações sociais e familiares, 
a escola tenta superar o modelo tradicionalista de educação para um novo olhar, nova 
leitura na relação escola-aluno-professor no processo ensino e aprendizagem, com o foco 
na aquisição dos conhecimentos científicos produzidos, acumulados e sistematizados 
pela humanidade. 
 Apesar de várias mudanças, de alterações no cotidiano escolar, é preciso procurar 
estabelecer relações para definir os problemas e buscar soluções. 
 Considera-se, fundamentando-se em Vygotsky, que o indivíduo adquire o seu 
conhecimento na medida que interage com o meio, e essa relação é permeada por um 
contato com o outro, tendo clareza de que esse outro desempenhará um papel relevante 
no processo de ensino e aprendizagem. 
 Formar sujeitos políticos, autônomos e emancipados requer um fazer pedagógico 
que vai das atividades espontâneas às reconstruções do objeto do conhecimento. 
 O colégio, pensando no que pretende do ponto de vista político e pedagógico, 
procura desenvolver um trabalho dentro da ética coletiva, revendo as ações e sua própria 
organização, através de uma contínua atividade investigativa e sempre fazendo reflexão 
na sua própria ação. 
31 
 Dessa forma, faz-se necessário algumas compreensões: 
8.1. Concepção de Educação 
 Ao considerarmos uma sociedade de classes, vemos que a educação tem uma 
função política de criar as condições necessárias à hegemonia da classe trabalhadora. O 
seu projeto histórico é explícito e traduz-se na criação de uma nova hegemonia, ou seja, 
a da classe trabalhadora. O ato educativo, cotidiano, não pode ser um ato isolado, mas 
integrado num projeto social e global de luta da classe trabalhadora. 
 A educação dialética é processo de formação e capacitação: apropriação das 
capacidades de organização e direção, fortalecimento da consciência de classe para 
intervir de modo criativo e organizado na transformação estrutural da sociedade. De 
acordo com Paulo Freire, só é libertadora na medida em que tiver como educar. 
 Em síntese, Educação é uma necessidade humana, uma prática social específica 
dos homens, fenômeno próprio dos seres humanos, um processo histórico. É intencional, 
libertadora, que transforma a realidade. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser 
mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. 
 Ancorando-se nesses conceitos, o Projeto Político Pedagógico busca organizar um 
trabalho pedagógico numa perspectiva histórico-crítica, evitando o esvaziamento da 
função precípua da escola, que é a socialização do saber elaborado, trabalhando no 
sentidode tornar realidade a escola pública de qualidade, com a formação de um cidadão 
crítico diante de sua sociedade, para poder transformá-la. 
 
 8.2. Concepção de Homem 
 O homem é um ser natural e social que produz conhecimentos e acumula 
experiências, transformando a natureza através do trabalho. É um agente de 
transformação a partir do momento que participa ativamente da construção da história 
coletiva, agindo intencionalmente. 
 A educação dialética considera a construção do homem histórico, compromissado 
com as tarefas do seu tempo, numa perspectiva transformadora, participando 
efetivamente do projeto de construção de uma nova realidade social. No Colégio Estadual 
Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio a concepção de homem vai de encontro 
32 
ao sujeito histórico que o mesmo representa, constituindo-se ao longo do tempo como o 
produtor das relações econômicas, sociais, culturais e políticas que o transformam no 
processo educativo, conscientizador, transformador, de luta, na busca constante de uma 
sociedade justa e igualitária. 
 
8.3. Concepção de Mundo 
 O mundo é o espaço físico que o homem ocupa e transforma para satisfazer suas 
necessidades. Para se organizar, formam grupos conforme seu modo de pensar e agir. 
 A concepção de mundo proporcionada pela escola deve considerar o 
desenvolvimento da consciência de que somos produtos do processo histórico até hoje 
desenvolvido e que a necessidade humana de vivenciar valores que assegurem o 
crescimento pessoal e a integração com o social vão delinear essa concepção de mundo. 
 É importante que todos falem sobre sua visão de mundo, porém sem impor suas 
opiniões, e sim dialogar sobre as mais variadas concepções. É função da escola analisar 
e refletir sobre as diversidades e a integração das mesmas. Portanto, a escola precisa ser 
espaço estratégico, onde se possa desenvolver o compromisso com a construção da 
cidadania. 
 
8.4. Concepção de Sociedade 
 A educação deve ser democraticamente oferecida a todos os alunos, 
indistintamente, para que não sejam prejudicados ou marginalizados pelos mais 
favorecidos. Logo, o centro das preocupações são as necessidades do aluno. Para 
desenvolvê-lo é mister conhecê-lo, e assim possibilitar-lhe mais oportunidades para a 
satisfação de suas necessidades e interesses, a fim de que se ajuste à vida 
contemporânea. 
 Sociedade pressupõe agrupamento, acúmulo de experiências individuais e 
coletivas, transmissão de conhecimentos, exercendo portanto uma forte influência no 
interior da escola. 
 A sociedade é uma organização em constantes transformações. E para 
compreendê-la e poder transformá-la, é fundamental conhecer as correntes de 
33 
pensamento, as concepções que vêm tentando explicar como ocorrem os fatos, como se 
dá o conhecimento humano, para então conceber a sociedade como um misto de forças 
emancipadoras, com ideal de libertação, da qual a escola deve fazer parte, e não como 
forças conservadoras, interessadas em manter o sistema social vigente. 
 
8.5. Concepção de Cultura 
 Entende-se por cultura o conjunto de conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, 
costumes e quaisquer outras capacidades ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto 
membro de uma sociedade. É o desenvolvimento intelectual do ser humano, são os 
costumes e valores de uma sociedade. 
 O homem não apenas sente, faz e age em relação à cultura, mas também pensa e 
reflete sobre o sentido de tudo no mundo. Os homens são seres culturais por natureza. 
8.6. Concepção de Tecnologia 
 As novas tecnologias parecem ter “rendido” toda a humanidade, e o campo da 
educação não é uma exceção. Entretanto, quando se fala em educação, o foco precisa 
estar não somente nos avanços e desenvolvimento de objetos técnicos, mas no 
entendimento da própria transformação do papel desses objetos no pensamento e na 
cognição humana, bem como o questionamento de como essas mudanças podem afetar 
radicalmente os critérios epistemológicos da seleção do conhecimento escolar e de suas 
práticas pedagógicas. O uso das tecnologias trará resultados satisfatórios na educação 
caso atendam prioritariamente as necessidades da área pedagógica. 
 
8.7. Concepção de Cidadania 
 Cidadania pressupõe vida em sociedade, abrangendo todas as classes sociais. 
São direitos e deveres do cidadão para com a sociedade e da sociedade para com o 
cidadão, embora na prática ainda há muito o que fazer para que esses direitos e deveres 
sejam iguais para todos. 
 Para tanto, é necessário um esforço coletivo da escola, considerando que a mesma 
34 
constitui-se num espaço privilegiado de busca desse ideal, ou seja, a qualidade de vida 
merecida por todos os seres humanos. 
8.8. Filosofia da Escola 
 Partindo da premissa que a escola é entendida por todos como um espaço e lugar 
privilegiado de ensino e aprendizagem, é necessário fazer alguns questionamentos em 
relação à forma como devemos conceber o papel social da escola e como devemos 
conduzir as orientações pedagógicas e os conteúdos a serem ministrados. 
 A escola tem um papel importante na evolução do processo de aprendizagem de 
cada cidadão, já que sua função é orientá-lo e prepará-lo socialmente. 
 A escola contemporânea tem passado por expressivas transformações de caráter 
social, político e econômico. Essas transformações originam-se nos pressupostos que 
vêm direcionando os modos de vida. Observamos situações espetaculares, dignas, 
responsáveis, equilibradas, criativas. Mas, enfrentamos também situações lastimáveis, 
como se as pessoas estivessem perdendo o senso da aprendizagem, do bem viver, de 
relacionar-se, de aprender, de querer e de respeitar-se. 
 A escola tem um papel social expressivo na fomação daqueles que passam parte 
de suas vidas sendo orientados e preparados por ela. 
8.9. Princípios Norteadores da Educação 
Os Princípios Norteadores de Educação, previstos legalmente, embasam a 
organização do trabalho escolar e norteiam a escola democrática, pública e gratuita. 
Sendo a escola uma instituição histórica e socialmente determinada, organizar-se-á como 
local de desenvolvimento de consciência crítica da realidade e local de produção e 
apropriação do saber buscando garantir, na sua dinâmica interna, a operacionalização 
dos princípios norteadores de forma concreta. Conforme prescreve a Constituição da 
República Federativa do Brasil em seu artigo 206 e a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional, nº 9394/96, em seu artigo 3º, são considerados os seguintes 
Princípios Norteadores da Educação: 
I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
35 
II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e 
o saber; 
III. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
IV. Respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V. Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII. Valorização do profissional de educação escolar; 
VIII. Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos 
sistemas de ensino; 
IX. Garantia do padrão de qualidade; 
X. Valorização da experiência extra-escolar; 
XI. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
XII. Consideração com a diversidade étnico-racial. 
8.10. Concepção de Ensino e Aprendizagem 
 A metodologia do colégio está ancorada na Pedagogia Histórico-Crítica, partindo da 
prática social inicial para a prática social final transformadora. 
 O objetivo é proporcionar ao aluno um ambiente de aprendizagem devidamente 
contextualizado no seu cotidiano, em que possa ser sujeitono seu processo de 
transformação da informação e da experiência em conhecimento. Para tal, o professor 
deve ter uma visão crítica do seu trabalho, equalizado com o estágio de desenvolvimento 
da nossa sociedade e do mundo do trabalho, bem como deve estar atualizado com os 
avanços tecnológicos. 
8.11. Concepção de Avaliação 
 Vários aspectos devem ser considerados quando o assunto é avaliação. 
Primeiramente é preciso ter clareza do que se quer avaliar, em cada momento específico 
do processo ensino e aprendizagem. 
 A avaliação deve ser diagnóstica, contínua, processual, de forma a poder rever e 
intervir na prática pedagógica. Muito mais importante que pensar em instrumentos de 
36 
medidas, números para representar uma média mínima exigida, é fundamental priorizar 
os critérios de avaliação para os conteúdos trabalhados, contribuindo assim para a 
formação de pessoas autônomas, críticas e conscientes. 
 A avaliação deverá ser a favor da aprendizagem, e não a favor da seleção. O aluno 
não é a tradução de uma média mínima exigida, pois a avaliação é um ato de 
aprendizagem, nunca de punição. Na medida em que ocorre o reconhecimento do limite 
e da amplitude de onde se está, descortina-se uma motivação para o prosseguimento no 
percurso de vida ou de estudo que se esteja realizando. A recuperação de estudos deverá 
ser ofertada de forma concomitante durante todo o ano letivo, é um momento de rever as 
práticas metodológicas e avaliativas tendo em mente o ingresso, a permanência e o 
sucesso do educando. A avaliação é parte integrante do ato pedagógico e impulsionador 
da aprendizagem, a escola e o professor devem conhecer o aluno real, abandonando o 
paradigma de que a avaliação serve só para medir a aprendizagem do aluno tendo o 
cuidado de não deixar que o aluno construa uma visão distorcida sobre seu processo de 
aquisição de conhecimento, mostrando que ele também está inserido neste processo. 
 A escola deve entender que todo processo educativo deve subsidiar na participação do 
aluno e não mais na destruição da sua auto-estima pelo professor. Assim a escola não 
pode mais pensar em elaborar uma avaliação baseada num tipo de aluno ideal. É preciso 
criar uma avaliação que vise a educação do aluno, mostrando qual é a perspectiva 
histórica e cognitiva que se deseja atingir. Com isso, o professor poderá ver se o que está 
ensinando contribuirá para modificar o aluno dentro desta perspectiva. 
 Assim, a avaliação escolar deixa de ter uma exigência autoritária e formal, passando 
a ter uma exigência muito maior que é o compromisso com a construção da 
aprendizagem e da responsabilidade social do aluno. Com essa mudança, o aluno 
entenderá que a avaliação faz parte de um processo que tem como objetivo final uma 
busca de qualidade no seu processo de aquisição de conhecimento. 
 Acredita-se que o desafio de buscar novos caminhos para se avaliar com prazer, 
pesquisar e descobrir de novos conhecimentos, esta nas mãos dos professores 
educadores. Somente eles poderão direcionar o aluno na construção de novas 
aprendizagens, proporcionando com isso um ensino de qualidade e visando sua 
formação. 
 Enfim, a arte de ensinar e aprender está nas mãos do educador que busca inovar e 
acredita que o conhecimento universal possa ser compartilhado, incluindo o aluno cidadão 
na sociedade, tendo como meta à formação integral do educando e trazendo para sala de 
37 
aula prazer em ser avaliado com qualidade e profissionalismo. 
8.12. Concepção de Gestão Escolar Democrática 
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio entende 
estão Democrática como a participação consciente do coletivo escolar na busca de uma 
identidade para a instituição, que responda aos anseios da comunidade, garantindo 
condições de igualdade no acesso e permanência de todos na escola. 
 Considerando a função social da escola, a gestão escolar deve garantir a 
qualidade, o acesso e a permanência de forma gratuita para todos os alunos, 
independente da raça, ideologia, cor, etnia, religião ou grupo social, e para os alunos 
portadores de qualquer tipo de deficiência seja ela física, mental ou comportamental, 
respeitando dessa forma, o princípio da gestão democrática de igualdade de condições de 
acesso e de permanência na escola, de gratuidade para a rede pública, de uma Educação 
Básica com qualidade em seus diferentes níveis e modalidades de ensino, vedada 
qualquer forma de discriminação e segregação. 
 O trabalho pedagógico deve orientar as questões administrativas para que o 
aspecto pedagógico seja sempre o elemento norteador do ensino. Para que isso se 
realize é necessário que primeiramente seja definida a metodologia de gestão, que deve 
ser participativa, ressaltando-se o papel das instâncias colegiadas na definição de 
políticas, diretrizes e ações. 
 As tomadas de decisões devem acontecer em conjunto com todo o colegiado da 
escola e os recursos financeiros devem ser gerenciados de forma transparente e de 
acordo com o que foi decidido pela comunidade escolar, buscando dessa forma a 
melhoria do ensino e a qualidade pretendida. 
8.13. Concepção de Currículo 
 O currículo compreende os conhecimentos produzidos, acumulados e 
sistematizados pela humanidade, transmitindo assim uma cultura. 
 É uma construção social do conhecimento, pressupõe a sistematização dos meios 
para que esta construção se efetive. 
 Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos. O primeiro é 
38 
o de que o currículo não é um instrumento neutro, ele passa uma cultura. 
 O segundo ponto é que o currículo não pode ser separado do contexto social, uma 
vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado. 
 O terceiro ponto diz respeito ao tipo de organização curricular que a escola deve 
adotar. O estudo mais sistemático do currículo geralmente ocorre na semana pedagógica 
e observa as mudanças da sociedade atual, sempre sendo construído dentro de uma 
perspectiva Histórico-Crítica. 
 As atividades em contraturno, como salas de apoio à aprendizagem, atividades 
complementares, também compõem o currículo escolar, coerentes com as concepções 
que norteiam o trabalho pedagógico. 
8.14. Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de Ensino e 
Aprendizagem 
 A ampliação do Ensino Fundamental, de oito para nove anos de duração, incluiu a 
criança de seis anos no Sistema Educacional Brasileiro. Este ingresso não pode se 
limitar a uma medida meramente administrativa, mas sobretudo voltando uma atenção 
especial ao processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, o que implica 
conhecimento e respeito às suas características etárias, sociais, psicológicas e cognitivas, 
tanto nos cinco anos iniciais quanto nos quatro anos finais, já que é uma mudança para 
se repensar todo o ensino fundamental. 
 Faz-se necessário, portanto, conhecer a criança e o adolescente, pois a construção 
da proposta pedagógica deve ser coerente com as especificidades da segunda infância, 
atendendo também às necessidades de desenvolvimento da adolescência. 
 A infância pode ser entendida como categoria social e como categoria da história 
humana, englobando aspectos que afetam também o que temos chamado de 
adolescência ou juventude, sendo a infância entendida como o período da história de 
cada um, que se estende, na nossa sociedade, do nascimento até aproximadamente dez 
anos de idade. 
 Numa sociedade desigual, as crianças desempenham, nos diversos contextos, 
papéis diferentes. A ideia de infância moderna foi universalizada com base em um padrão 
de crianças das classes médias, a partir de critérios de idade e dependência do adulto, 
característicos de sua inserçãono interior dessas classes. No entanto, é preciso 
considerar a diversidade de aspectos sociais, culturais e políticos. 
39 
 A criança não se resume a ser alguém que não é, mas o adulto que se tornará. É 
específico da infância seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira 
entendida como experiência de cultura. Crianças são cidadãs, pessoas detentoras de 
direitos, que produzem cultura e são nela produzidas. Por isso é importante entender o 
modo de ver das crianças, para poder ver o mundo a partir do seu ponto de vista. 
 Embora o conceito de infância varie muito, de acordo com o contexto histórico-
social vivido, foram construídos padrões relativos à concepção burguesa de infância, e a 
desmistificação de um conceito único, possibilitará ver as crianças pelo que são no 
presente, sem se valer de estereótipos, ideias pré-concebidas ou de práticas educativas 
que visam moldá-las em função de visões ideológicas e rígidas de desenvolvimento e 
aprendizagem. 
 As crianças possuem modos próprios de compreender e interagir com o mundo. 
Cabe à escola como um todo, favorecer a criação de um ambiente onde a infância possa 
ser vivida em toda a sua plenitude, um espaço e um tempo de encontro entre os seus 
próprios espaços e tempos de ser criança dentro e fora da escola. 
 A concepção de adolescência, de acordo com a Psicologia, desde Stanley Hall, 
está fortemente ligada a estereótipos e estigmas, abordando uma concepção naturalista 
universal sobre o adolescente. Aberastury considera a adolescência como “um momento 
crucial na vida do homem e constitui a etapa decisiva de um processo de 
desprendimento”, destacando esse período como de “contradições, confuso, doloroso”. 
Knobel parte de pressupostos de que “o adolescente passa por desequilíbrios e 
instabilidades extremas” e que “o adolescente apresenta uma vulnerabilidade especial 
para assimilar os impactos projetivos de pais, irmãos, amigos e de toda a sociedade”. 
Esses desequilíbrios e instabilidades extremas e essa vulnerabilidade especial são 
colocadas como inerentes ao jovem, pressupondo uma crise preexistente no adolescente, 
devendo portanto essa concepção ser refletida. 
 Muitas teorias têm uma visão naturalista, na medida em que a infância e a 
adolescência são vistas como um estado, e não como uma condição social, sendo assim 
deficientes pelo fato de desprezarem o contexto social e cultural, o processo construído 
historicamente, tendendo a identificar bases universais em suas proposições. Herrán 
considera que haja alguma concordância entre autores e linhas teóricas sobre o fato de a 
adolescência ser um período de transição marcado por mudanças físicas e cognitivas, 
bem como um prolongamento do período de aprendizagem que permitirá sua inserção no 
mundo adulto. 
40 
 As concepções presentes nas vertentes teóricas da psicologia, apesar de 
considerarem a adolescência como um fenômeno biopsicossocial, ora enfatizam os 
aspectos biológicos, ora os aspectos ambientais e sociais, não conseguindo superar 
visões dicotomizantes ou fragmentadas. Dessa forma, os fatores sociais são encarados 
de forma abstrata e genérica, e a influência do meio torna-se difusa e descaracterizada 
contextualmente, agindo apenas como um pano de fundo no processo de 
desenvolvimento já previsto no adolescente. 
 Tem-se buscado uma saída teórica que supere a visão naturalizante e 
patologizante da adolescência presente na Psicologia. Uma saída que supere a visão de 
homem, baseada na ideologia liberal, que vê o homem como autônomo, livre e capaz de 
se autodeterminar. Que, resumidamente, vê a adolescência como uma fase natural do 
desenvolvimento, apontando nela características naturais como rebeldia, desequilíbrios e 
instabilidades, lutos e crises de identidade, instabilidade de afetos, busca de si mesmos, 
tendência grupal, necessidade de fantasiar, crises religiosas, flutuações de humor e 
contradições sucessivas. 
 A adolescência não é um período natural do desenvolvimento; é um momento 
significado e interpretado pelo homem. O jovem não é algo por natureza, são 
características que surgem nas relações sociais, em um processo no qual o jovem se 
coloca inteiro, com suas características pessoais e seu corpo. A adolescência foi 
construída historicamente de acordo com as exigências da sociedade moderna, ou seja, a 
necessidade de retardar o ingresso dos jovens no mercado de trabalho, a extensão do 
período escolar, e até a necessidade de justificativa da burguesia par manter seus filhos 
longe do trabalho, dentre outros. A adolescência refere-se, assim, a esse período de 
latência social constituída a partir da sociedade capitalista, e essas questões sociais e 
históricas vão constituindo uma fase de afastamento do trabalho e de preparo para a vida 
adulta. As marcas do corpo e as possibilidades na relação com os adultos vão sendo 
pinçadas para a construção das significações, para a qual é básica a contradição que se 
configuram nesta vivência entre as necessidades dos jovens, as condições pessoais e as 
possibilidades sociais de satisfação delas. Dessa relação e de sua vivência, enquanto 
contradição, que se retirará grande parte das significações que compõem a adolescência: 
a rebeldia, a moratória, a instabilidade, a busca da identidade e os conflitos. Essas 
características, tão bem anotadas pela Psicologia, ao contrário da naturalidade que se 
lhes atribui, são históricas, isto é, foram geradas como características dessa adolescência 
que aí está. Entende-se, assim, a adolescência como constituída socialmente a partir de 
41 
necessidades sociais e econômicas e de características que vão se constituindo no 
processo. 
 A educação escolar, para grande parte da população, produz um conjunto de 
relações marcadas pela tensão, descontinuidade e desvalorização das crianças e dos 
adolescentes que nela ingressam, devido a um desencontro entre as esperanças 
construídas pelas famílias em torno do valor da escola e as aspirações dos jovens – 
ascensão social, melhoria das condições de vida. Para o jovem, o desencontro das 
expectativas iniciais gestadas na família e a experiência cotidiana vivida na escola, que 
muitas vezes nega essas aspirações, pode gerar desinteresse, indisciplina e violência, na 
medida em que a trajetória na escolarização gera insucesso e exclusão. Dependendo do 
seu modo de funcionamento, a escola pode ou não vir a contribuir para a estruturação 
efetiva de referências e a questão está na sua capacidade de propiciar arranjos que 
asseguram um conjunto de relações sociais significativas para os adolescentes e suas 
famílias. 
 Mesmo que a organização do trabalho pedagógico nos anos iniciais do Ensino 
Fundamental diferencie-se da organização dos anos finais, deve-se procurar a ruptura 
dessa fragmentação, propondo unicidade entre instituições de ensino, com a adequação 
dos conteúdos no tempo escolar de forma que as disciplinas não sejam hierarquizadas, 
pois para a criança e adolescente não há separação entre os conhecimentos em campos 
específicos, e suas experiências de apropriação do mundo ocorrem por meio de 
diferentes linguagens, expressando-se por meio do movimento, da oralidade, do desenho 
e da escrita. 
 É fundamental, então, que o processo de ensino-aprendizagem considere 
singularidades da aprendizagem por meio do desenvolvimento de atividades encadeadas 
que possibilitem a ampliação dos conhecimentos de forma prazerosa e cheia de 
significação social, num movimento de articulação entre os anos iniciais e finais, pois 
embora o Ensino Fundamental esteja administrativamente dividido em duas etapas, essa 
é uma etapa única que exige articulação, assegurando assim a continuidade do processo 
educacional.

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