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APS PROCESSOS BIOLOGICOS

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APS Processos Biológicos
1. Assistir o vídeo: https://pt.khanacademy.org/science/biology/cellular-molecular-biology/stem-cells-and-cancer/v/cancer
2. Ler o texto acadêmico: “Ciclo celular e Câncer”, disponibilizado no linkhttps://pt.khanacademy.org/science/biology/cellular-molecular-biology/stem-cells-and-cancer/a/cancer
3. Construção de um artigo apresentando os seguintes temas:
-O que é o câncer e o que desencadeia seu desenvolvimento na célula?
- Quais comportamentos diferenciam uma célula normal de uma célula cancerosa?
-O que são oncogenes?
-O que são supressores de tumor?
- Qual o papel da p53 em células saudáveis
Câncer, suas células e seu desenvolvimento
O câncer é uma doença causada por alterações no DNA das células, conhecidas como mutações. As células possuem com elas uma “receita” de como elas devem agir no organismo, ou seja, sua divisão, seu funcionamento e sua morte, quando surge algum erro em uma destas etapas, pode ocorrer que a célula venha a se tornar cancerígena. 
As células cancerígenas se comportam de uma maneira diferente, a multiplicação ocorre de maneira descontrolada e desorganizada, a divisão delas é mais rápida do que as células normais. O acúmulo dessas células gera os tumores malignos e o excesso de células é capaz de invadir todo o organismo. Essas células cancerígenas possuem a capacidade de se desprenderem do tumor e se deslocarem para outros tecidos, podendo chegar em nível de vasos sanguíneos e a partir desses, chegar em órgãos distantes do local onde o tumor se formou, formando as metástases. As metástases ocorrem devido ao tipo de célula que formou o tumor, alguns dão metástases mais rápido, outros de forma mais lenta e alguns até não fazem. 
Conforme as células cancerígenas vão invadindo os diversos tecidos, eles vão perdendo suas respectivas funções, e não as realizam da mesma forma que deveriam realizar. A invasão dessas células no pulmão por exemplo, causa alterações respiratórias. 
Desta forma, as características que diferenciam as células cancerígenas das células normais são: as sucessivas mitoses ocorrentes, perda de função, poder de invasão em outros tecidos, capacidade de gerar metástases. 
A causa do câncer não é única, há diversos fatores que podem o causar, como agentes externos, presentes no meio ambiente e agentes internos, como hormônios, mutações gênicas e condições imunológicas. O câncer associado a causas externas, se encontra presente em cerca de 80% e 90% dos casos, enquanto os causados por fatores internos, se encontram entre 10% e 20%. Há também grupos de risco associados a contração da doença, como os idosos. O envelhecimento natural do ser humano causa mudanças nas células tornando-as mais vulneráveis ao processo cancerígeno.
Oncogênese
Oncogênese é o conjunto de alterações cromossômicas, celulares ou genéticas que desencadeiam o desenvolvimento de um câncer. Os oncogenes são vistos como genes que são ligados ao aparecimento de tumores. São provenientes de genes celulares normais, chamados de proto-oncogenes e são responsáveis pela regulação do crescimento e diferenciação celular. Resumindo de forma clara, proto-oncogenes são genes que normalmente ajudam no crescimento da célula, quando um proto-oncogene sofre determinada mutação ou quando existem muitas cópias do mesmo, ele passa a ser um gene ruim. Quando isso acontece, a célula fica fora de controle, o que pode levar ao câncer. O gene ruim é chamado de oncogene e o conjunto de alterações deles, se dá pelo nome de oncogênese.
A oncogênese é causada por agentes oncogênicos químicos (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, derivados da combustão incompleta do carvão, tabaco, petróleo, silicone, entre outros), físicos (radiação UV, e radiação ionizante) e biológicos ( vírus EBV, HPV, Hepatite B e c, bactérias.)
Supressores de tumor
Um gene supressor de tumor, são aqueles que retardam a divisão celular, indicam quando as células vão morrer (apoptose) ou reparam erros que ocorrem no DNA. Esses genes reduzem a probabilidade de uma célula se tornar um tumor e quando eles não funcionam corretamente, as células se desenvolvem de forma desorganizadas, fazem sucessivas mitoses e saem do controle podendo levar ao quadro de câncer.
Existe uma diferença importante entre os oncogenes e os supresores de tumor, como foi dito antes, os oncogenes resultam na ativação de proto-oncogenes e os genes supressores de tumor são capazes de provocar câncer quando se encontram inativos
Os genes supressores tumorais codificam proteínas que possuem importante papel na regulação do ciclo celular e apoptose, inibindo a formação de tumores. Essas proteínas codificadas possuem diversas funções além destas já citadas, como: supressão de genes essenciais para a ocorrência do ciclo celular; “manutenção” ao dano no DNA (quando uma célula apresenta dano em seu DNA, ela não se divide, se o dano for reparado, o ciclo celular continua, mas se o dano não puder ser reparado, a célula sofre apoptose); proteínas associadas a adesão celular, que impedem a metástase de células tumorais (chamadas de supressoras de metástase); proteínas de reparo de DNA, que são classificadas como supressoras de tumor (a mutação nos genes que codificam esta proteína aumenta o risco de câncer, com isso ocorre uma maior inativação de outros supressores de tumor e a ativação de oncogenes.
p53
A p53 é uma proteína que age durante o ciclo celular. Possui o papel de verificar mutações durante a replicação do DNA para o processo denominado mitose. Caso ocorra alguma alteração durante esse processo de replicação, a p53 ativa outras proteínas para corrigirem o problema, após a correção, a p53 verifica novamente, e caso o DNA ainda esteja danificado, essa proteína atua novamente impedindo que ocorra o processo de mitose, com isso, é ativado o mecanismo de apoptose.
Se houver uma falha na atuação da p53, o genoma que sofreu a mutação durante a replicação dará continuação ao ciclo e fará a mitose, e esse genoma mutante pode gerar células cancerígenas, em resumo, a p53 é uma das proteínas mais importantes para o impedimento das mutações celulares e em consequência disso, impedir o desenvolvimento de câncer. 
A proteína p53 é uma fosfoproteína composta por 393 aminoácidos. Consiste em domínios: 
	Um domínio que ativa fatores de transcrição. 
	Um domínio que reconhece sequências de DNA específicas (domínio central). 
	Um domínio que reconheceu DNA danificado, como pares de bases desalinhados ou DNA de fita simples.
Em resumo, ela desempenha um papel importante no controle do ciclo celular e na apoptose. A p53 defeituosa permite a proliferação de células anormais, resultando em câncer. Até 50% de todos os tumores humanos contêm p53 mutantes. Em células normais, o nível de proteína p53 é baixo. O aumento dessas proteínas pode surgir por danos no DNA estresse, por exemplo. O nível dessa proteína deve ser regulado, embora ela tenha um papel importante, o alto nível da p53 pode acelerar o envelhecimento por conta da apoptose em excesso. Experiências laboratoriais comprovaram que a inserção de um gene p53 de células normais em células tumorais há um resultado significativo de um efeito proeminente de cura do câncer. 
4. Construir um mapa mental com quimioterapia no centro, relacionando -a com:
-Mecanismos de ação e classificação das drogas antineoplásicas
- Tipos e finalidades da quimioterapia
- Toxicidade dos quimioterápicos
- Principais drogas utilizadas no tratamento do câncer

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