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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA- UESB Disciplina: Química Orgânica B Docente: Rosane M. Aguiar Discentes: Gabriel de Jesus, Leticia Brito e Neison De Oliveira Síntese do Iodofórmio Introdução Triiodometano O iodofórmio é um iodeto obtido através de uma reação de halogenação com iodo, descrito pela primeira vez em 1829 por Serullas, teve sua terapêutica introduzida por Boucharadt em 1836, portanto é utilizado há mais de 170 anos. Altamente volátil, age através da liberação do iodo, tornando-se assim uma medicação antisséptica. Condições como pouca luminosidade, pouco oxigênio, temperatura corpórea, presença de conteúdo em decomposição, favorecem a reação de dissociação do iodo, onde a volatilização confere ao medicamento a ação à distância, podendo transitar pelos túbulos dentinários até o periodonto apical e lateral com a promoção de ação linfocítica. O iodofórmio atua como antisséptico, quando em contato com tecidos e outros tipos de matéria orgânica, entretanto, esta propriedade antimicrobiana é questionada, em razão de não exercer ação direta sobre o microrganismo. Seu efeito antimicrobiano decorre da ação sobre os tecidos e líquidos celulares, atenuando as condições de crescimento do microrganismo. Metodologia Materiais Iodo 21,4g Erlenmeyer de 250 mL Acetona 50 mL Chapa aquecedora Hidróxido de sódio 4,5g Água destilada Bastão de vidro 4 Placas de petri Vidro de relógio Agar Sabouraud Material de filtragem a vácuo Métodos Utilizou-se 21,4 g de iodo (aproximadamente- 84,31 mols) para sintetizar o iodofórmio e adicionou a um Erlenmeyer de 250 mL; em seguida foi acrescentado 50 mL de acetona pura ao Erlenmeyer, a mistura foi acoplada a chapa aquecedora e sofreu agitação magnética até a dissolução do Iodo. Enquanto a reação estava acontecendo preparou-se outra solução, adicionando 4,5g de hidróxido de sódio no béquer e ainda acrescentou-se 100 mL de água no mesmo béquer, a mistura foi agitada com o auxilio de um bastão de vidro, e a solução foi derramada no Erlenmeyer contendo o iodo e a acetona. Observou-se a formação de um precipitado esbranquiçado, com a adição completa da solução de hidróxido de sódio, houve a formação dos cristais amarelos de iodofórmio de forma genérica, reação entre a acetona e o iodo catalisado pelo hidróxido de sódio, formando o iodofórmio e os subprodutos iodeto de sódio, acetato de sódio e água. A mistura permanece em agitação magnética por alguns minutos e ao fim são adicionados 100mL de água destilada para forçar a precipitação do iodofórmio, a agitação é interrompida com a finalidade dos cristais do produto decantarem para o fundo do Erlenmeyer, pela coloração da solução percebeu-se que o iodo não reagiu completamente, o que interfere no rendimento, posteriormente foi realizada uma filtração a vácuo, lavou-se o Erlenmeyer com água destilada para remover os cristais do produto, o iodofórmio é lavado com água destilada, até que se tenha o máximo de produto, e a bomba é deixada ligada para secar os cristais, por fim o iodofórmio é transferido para um vidro de relógio para determinar sua massa e determinar o seu rendimento, obteve-se 5g de iodofórmio. Etapa teste: Com o intuito de testar as atividades antimicrobianas, foi preparado duas placas de petri contendo o Agar Sabouraud que é usado especialmente para o crescimento de fungos, após adicionar o ágar e o meio ter se solidificado foi esfregado uniformemente por toda a placa a amostra de água contaminada que foi coletada da rua, tendo o iodofórmio espalhado em uma placa e na outra placa não acrescentado (placa controle), com outras duas placa de petri foi tampada cada placa, as placas foram postas em repouso por 96 horas; nesse tempo é nítido a diferença das duas placas sendo possível observar vários microrganismo na placa controle, já na placa contendo o iodofórmio houve uma inibição significativa dos microrganismos, embora de forma surpreendente uma espécie tenha mostrado resistência, crescendo até mesmo encima dos cristais, Sendo esse um dos motivos que o iodofórmio caiu em desuso, pois algumas espécies patológicas se adaptaram e tornaram-se resistentes, processo similar ao que acontece com os usos de antibióticos e as bactérias. Mecanismo 1. Reação entre NaClO e KI: 2. Reação entre Propanona e Iodo: 3. Reação da etapa de clivagem para formação do Iodofórmio: Rendimento Conclusão Por fim, a partir dos resultados obtidos, foi possível perceber a reação de halogenação para obtenção do iodofórmio, apesar do valor de rendimento ter sido muito baixo, para confirmação da síntese, foi-se testada em meio microbiológico, a fim de comprovar sua característica asséptica, sendo então bem sucedida. Referências BARBOSA, L.C.A Introdução à química Orgânica, 2ª edição, São Paulo Pearson Prentice Hall, 2004. RUSSELL , John B.; Química Geral v o l.1, Sã o Paulo: Pearson Education do Brasil, Makron Books, 1994. AYDOS, J . H.; MILANO , N. F. Revisão bibliográfica sobre o uso do iodofórmio em Endodontia. Rev. Fac. Odontol. Porto Alegre, v . 26, p. 43 -5 1, mar.1984 . DANIEL, R.L.D.P, JAEGER, M.M.M, MACHADO, M.E.L. Emprego do iodofórmio em Endodontia - revisão da literatura. RPG Rev Pos-Grad 1999;6(2):175-9. 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