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AULA SENSO COMUM E CONHECIMENTO CIENTIFICO

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AULA SENSO COMUM E CONHECIMENTO CIENTIFICO
ATENÇÃO
Antropologia: estuda as diferentes culturas do homem, os diversos grupos sociais, culturais ou étnicos e as transformações ocorridas em função da interação entre os grupos.
Ciência política: estuda os sistemas de poder, as instituições e os partidos políticos de um país, o comportamento e as políticas públicas em suas diversas fases (elaboração, implantação e avaliação).
Sociologia: investigar as relações sociais, as estruturas e a dinâmica das sociedades modernas, analisando os processos históricos de transformação das organizações sociais.
As disciplinas Sociologia, Antropologia e a Ciência Política estudam fenômenos muito semelhantes, ou seja, fatos que resultam da vida em sociedade. Mas, embora essas áreas do conhecimento sejam muito próximas entre si, não são totalmente iguais. Dado o recorte aqui proposto, trataremos em nossos estudos mais especificamente de elementos da análise sociológica.
Ciências Naturais: estudam fatos simples, eventos que presumivelmente têm causas simples e são facilmente isoláveis. São fenômenos recorrentes e sincrônicos. 
Ciências Sociais: estudam fenômenos complexos. Não será fácil investigar sua matéria-prima por ser difícil isolar causas e motivações.
O QUE APRENDEMOS NESTA ESTAÇÃO?
O conhecimento do senso comum, produzido na vida do dia a dia, nas conversas cotidianas e nas tradições familiares e culturais, é diferente do conhecimento científico, produzido de forma sistemática e com o objetivo de formular as regras gerais da vida humana, seja da vida natural ou social.
O conhecimento científico apoia-se em métodos e teorias muito particulares, que buscam dar ao conhecimento científico um caráter de verdade e universalidade.
Não existe apenas uma ciência: para dar conta de todos os aspectos da vida, as ciências foram se diferenciando, cada uma aplicada a uma área.
A Sociologia faz parte das Ciências Sociais que formam um campo de estudos da cultura e da sociedade, diferente das Ciências Naturais em sua abordagem, seus métodos e no perfil de seus resultados.
A defesa de Gramsci define-se na utilização da escola como centro de formação da consciência crítica e política para realizar uma mudança real da estrutura social vigente.
O QUE APRENDEMOS NESTA ESTAÇÃO?
A Escola, como instituição, sempre mereceu atenção especial dos estudos sociológicos. O pressuposto fundamental é de que a escola seja um espaço de sociabilidade, no qual as relações sociais se caracterizam por práticas que afirmam valores educacionais e constroem identidades, em que, sobretudo, elaboram-se e reelaboram-se papéis sociais.
Ao tratar das relações entre o educador e a criança submetida à sua influência, Durheim (1967, p. 5.354) defende que a criança fique “por condição natural, em estado de passividade” e o educador assume uma posição de superioridade advinda da sua experiência, sua cultura e da moral que ele encarna. Assim, a ação educativa é entendida como um trabalho de autoridade. A autoridade é o meio essencial da ação educativa. “A autoridade moral é a qualidade essencial do educador”. Essa concepção de educação e do papel do professor influenciou as práticas pedagógicas adotadas no Brasil ao longo da história da educação e a atividade docente que nela se realiza.
Karl Marx, que influenciou todo o pensamento crítico em educação, começando pelas ideias reprodutivistas de Althusser, Establet e Baudelot que ressaltaram a contribuição da educação na reprodução das relações sociais de produção. A análise materialista histórica de Marx vê a sociedade capitalista sob a perspectiva do conflito resultante das contradições produzidas pela divisão da sociedade em classes sociais, definidas pela apropriação dos meios de produção, demarcando uma classe detentora dos meios de produção e da riqueza que advém do trabalho da classe trabalhadora.
Para Marx, a sociedade se estrutura por uma base constituída das forças produtivas e das relações de produção, donde se originam as ideias, a política, a religião, o direito e a filosofia que constituem a superestrutura. As relações de produção classistas são conflitivas e contraditórias, provocando constantemente crises que não encontram solução nos marcos da sociedade burguesa. Assim, ele defende uma revolução liderada pelas classes trabalhadoras para superar essa sociedade classista e a criação de uma sociedade em que não mais existiria a exploração do homem pelo homem, culminando numa sociedade comunista, na qual os meios de produção seriam coletivizados.
Compare
	CIÊNCIAS NATURAIS
	CIÊNCIAS SOCIAIS
	– Os fenômenos podem ser percebidos, divididos, classificados e explicados dentro de condições de relativo controle e em condições de laboratório.
– Alcança-se a objetividade científica.
– As descobertas possibilitam o desenvolvimento de novas tecnologias.
 
 
	– Os fenômenos são complexos.
– As percepções são variadas, porquanto históricas.
– Corre-se o risco de simplificar demais as situações.
– O resultado prático é visto em livros, romances, arte, teatro, novelas, em que tais ideias podem ser aplicadas para produzir modificações no comportamento das pessoas – nos sistemas de valores.
	REPRODUZÍVEL
	IRREPRODUZÍVEL
	– Os fatos naturais são reproduzíveis em condições controladas.
	– Os fatos sociais são irreproduzíveis em condições controladas e, por isso, quase sempre fazem parte do passado. São eventos, a rigor, históricos e apresentados de modo descritivo e narrativo, nunca na forma de uma experiência.
– As reproduções dos fatos sociais são sempre parciais.

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