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Planejamento e Gestão em Serviço Social

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Planejamento e Gestão 
em Serviço Social
Autor: Maria de Fátima Bregolato Rubira de Assis
Tema 01
Planejamento: fundamentos 
e interpretações
seç
ões
Tema 01
Planejamento: fundamentos e interpretações
Como citar este material:
ASSIS, Maria de Fátima Bregolato Rubira de. 
Planejamento e Gestão em Serviço Social: 
Planejamento: fundamentos e interpretações. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 01
Planejamento: fundamentos e interpretações
5
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• Os principais fundamentos do planejamento.
• A relação escola–sociedade.
• A sociedade existente, a hierarquia de valores e a importância de uma visão crítica.
• A realidade e a construção de uma sociedade desejada.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro A prática do planejamento 
participativo, do autor Danilo Gandin, editora Vozes, 2011, Livro-Texto n. 432.
Roteiro de Estudo:
Maria de Fátima Bregolato 
Rubira de Assis
Planejamento e Gestão em 
Serviço Social 
6
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Quais as correntes de pensamento que interpretam a relação escola–sociedade?
• Qual a importância do planejamento educacional?
• Qual a dialética entre a realidade existente e a realidade desejada?
• Qual a vinculação do texto ao serviço social?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Planejamento: fundamentos e interpretações
Este tema foi elaborado tendo como base a Parte I, Fundamentos, de seu Livro-Texto, 
A prática do planejamento participativo, do autor Danilo Gandin, p. de 13 a 20. O autor 
trata da importância do planejamento educacional, mas destaca que, ao tratar da escola, 
refere-se aos demais setores da ação social, ou seja, a política, o sindicalismo, a religião e 
suas manifestações, e o governo. Para o autor, quando se pensa a relação da escola com 
a sociedade, são diversos os pensamentos que surgem e estes representam correntes 
filosóficas, científicas, ideológicas ou simplesmente o senso comum. Tais pensamentos 
podem ser completos e globalizantes ou restritos, porém, todos possuem verdades que 
contribuem para explicar a realidade.
Ao fundamentar a necessidade de planejamento, principalmente no âmbito educacional, 
o autor discorre sobre pensamentos que pontuam diferentes visões de educação, escola 
e sociedade. Uma interpretação ingênua e bastante usual pode ser exemplificada com 
a afirmação ”boa escolarização produz bons cidadãos, boas pessoas”. Ou seja, boa 
educação – boa sociedade. “Como não há uma boa educação, não há uma boa sociedade”. 
Essa corrente expressa o pensamento conservador, em que a boa sociedade é aquela 
na qual a harmonia prevalece acima de tudo e o conflito não aparece sob forma alguma. 
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LEITURAOBRIGATÓRIA
Acreditam que a desigualdade entre as pessoas faz parte da natureza humana. Nessa linha 
de pensamento, “a pirâmide social não deve ser questionada”, porque é “assim mesmo”. 
A função da educação é contribuir para que o educando possa ascender nessa pirâmide 
com o próprio esforço, reforçando a tese de que um bom sistema escolar constrói uma 
sociedade boa.
Uma segunda interpretação da relação escola–sociedade parte de um critério, ou seja, uma 
finalidade: o desenvolvimento. Nessa linha de pensamento encontram-se os economistas e 
demais profissionais, que consideram que a “educação é investimento, porque a sociedade 
cresce, desenvolve-se na proporção direta do investimento em educação”. Dessa forma, 
a escola é indicada como investimento para a formação de mão de obra, com vistas ao 
desenvolvimento da sociedade.
Para Gandin (2011, p. 14), essas duas correntes, com possibilidades de várias subdivisões, 
acreditam basicamente que a relação entre a escola e a sociedade é a de que são possíveis 
transformações sociais a partir de mudanças na escola, que é possível introduzir alterações 
significativas na escola sem que tais alterações estejam antes na sociedade. 
A terceira interpretação apresentada pelo autor é completamente oposta no que diz 
respeito ao entendimento sobre a relação escola–sociedade. Enquanto as duas primeiras 
sublinham a força da escola, esta terceira diz que a escola é simplesmente uma função 
da sociedade ou reflexo dessa sociedade em um determinado momento. Tal pensamento 
nasce da reflexão dos sociólogos, cujo critério é a busca da igualdade social. Os adeptos 
dessa corrente questionam: “as escolas podem ajudar na igualdade social numa sociedade 
de desigualdades?”. A resposta encontrada é que nenhum sistema educativo pode ser 
significativamente diferente, melhor ou pior do que é esta mesma sociedade. Gandin (2011, 
p. 16) pontua a questão da reprodução, de forma que os processos educacionais podem ser 
entendidos como reflexos da hierarquia de valores de uma dada sociedade, independente 
desta ser socialista ou capitalista. Isso vale para outras instituições além da escola e para 
outros setores além do educativo. Nessa perspectiva, o processo de reprodução pode ser 
consciente ou não, tendo um discurso diferente de sua prática. 
Para o autor, as pessoas que trabalham em educação podem ser caracterizadas tendo 
como critérios o modo como percebem essa situação e a prática que nela realizam. De 
forma resumida, seguem as características apontadas por Gandin (2011, p. 16):
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1. Os que não se dão conta da incoerência entre o que se diz e o que se faz. Pertencem 
ao grupo dos conservadores.
2. Os que se dão conta dessa situação, mas que, por comodismo, por interesse, por “boa 
vontade” ou por convicção, desejam que tudo siga como está.
3. Os que se dão conta dessa prática reprodutiva, estudam-na e querem transformações 
de maior ou menor envergadura.
Para Gandin, do ponto de vista prático e incluindo todas as possibilidades – dos que se dão 
conta e dos que nem suspeitam que não fazem o que querem –, há três tipos de ações:
a) Dos extremos conservadores: para os quais não há distinção entre a realidade desejada 
e a existente. 
b) Dos extremos revolucionários: para os quais não há ponto de contato entre a realidade 
desejada e a realidade existente.
c) Dos que querem mudanças a partir do que existe: para os quais a realidade desejada e 
a realidade existente têm pontos discordantes.
Para se pensar no planejamento político-social, as pessoas que se encontram representadas 
pela alternativa C são as mais propensas a buscar uma ação transformadora, tendo como meio 
o campo de trabalho em que se atua. Gandin assevera que se trata de uma transformação que 
envolve o crescimento da consciência crítica. Assim, o grupo, o movimento ou a instituição 
deve compreender que se encontra, sempre, num processo de reproduzir. Se as pessoas 
envolvidas não querem viver essa função sem questionamento, é radicalmente importante 
um posicionamento firme, claro e eficaz de impor a seu trabalho um cunho transformador. 
Para o autor, a forma de fazer isto é reproduzindo. Mas não se trata de uma reprodução 
ingênua, com base no senso comum ou na ideologia, mas reproduzindo o que se escolheu, 
com firmeza da opção crítica, teórica e com metodologias eficazes. 
Como isso pode ser feito? Gandin afirma que pode ser feito por meio de um processo de 
planejamento no qual o mais importante seja a tensão, a dialética entre a realidade existente 
e a realidade desejada. Nessa perspectiva, a possibilidade de transformação em dada 
sociedade se dá por meio das ideias divergentes e na hierarquia de valores contraditórios. 
Assim, para Gandin, é possível cultivar o que já está em semente ou em surgimento nessa 
mesma sociedade, através do processo de reprodução consciente e livre. Entende-se, 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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por esse processo de reprodução, que a sociedade desejada exige um projeto educativo 
novo para atingir uma prática transformadora; é um processo de construção cujo caminho 
perpassa pelo planejamento. 
Para relacionar a discussãopor ele apresentada ao serviço social, reporta-se a Faleiros 
(2009), que situa sua análise em uma perspectiva de totalidade e essa análise implica a 
busca de contradições e determinações fundamentais de uma problemática, que em outra 
perspectiva seria fragmentada. Sendo assim, a atuação profissional, vista sob a ótica da 
totalidade, coloca-se na mediação entre forças sociais e de forma comprometida com uma 
delas na solução de problemas.
Para Faleiros (2009), 
Essas forças constituem-se a partir de suas praticas, que, por sua vez, inserem-
se e explicam-se pela própria produção do capital e dos homens nesse 
modo de produção. A produção dos homens e sua reprodução, a produção e 
reprodução de seus problemas não são isoladas da produção e da reprodução 
do próprio capital e das relações de dominação que isso implica. (FALEIROS, 
2009, p. 88). 
Ao tratar a relação meio–fim no trabalho social, Faleiros (2009) afirma que a opção objetiva 
por determinados fins profissionais implica, portanto, sua situação nessa relação de poder 
e saber dentro do contexto social global, do desenvolvimento do estado e de suas políticas.
Nesse sentido, 
A atividade humana e as relações entre os indivíduos implicam relações de 
forças e portanto estratégias e táticas [...], o estabelecimento do fim e dos 
objetivos profissionais supõe uma análise das condições em que se realiza 
a própria atuação. Entre elas estão os limites institucionais como também 
os espaços aí disponíveis e as estratégias possíveis. [...] Numa sociedade 
complexa é preciso determinar, portanto, quais são os interesses em jogo em 
relação ao problema específico e assim as funções profissionais podem ser 
teoricamente esclarecidas. (FALEIROS, 2009, P. 89). 
Considerando o contexto brevemente pontuado, assevera-se que a ação social ou a 
intervenção profissional do assistente social insere-se em uma sociedade permeada por 
relações complexas. As problemáticas por ele enfrentadas são polos em torno dos quais há 
interesses em questão. Nesse sentido, Faleiros afirma que: 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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A modificação e a transformação dessas problemáticas não depende, portanto, 
de soluções exclusivamente tecnocráticas, de recursos específicos, mas de 
transformação ou relações que vão além da simples relação profissional. Essa 
perspectiva é que pode permitir a renovação do trabalho social. Com isto 
pode-se superar as visões gerais dos problemas, assim como a submissão 
ao pragmatismo imediatista e ao oportunismo paternalista. As funções do 
Serviço Social não se fundam, portanto, numa simples sociologia ou numa 
historiografia, mas numa análise das forças em presença no desenvolvimento 
global da sociedade. (FALEIROS, 2009, p. 91). 
Resumindo, para que o profissional de Serviço Social tenha uma atuação profissional 
competente, é preciso que traga em sua bagagem o conhecimento histórico da sociedade 
capitalista, bem como das lutas e das forças que comandam a vida em sociedade, de forma 
que seu conhecimento técnico tenha respaldo teórico e compromisso com o projeto ético-
político da profissão.
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Artigos
Acesse o artigo de Vicente de Paula Faleiros, O que Serviço Social quer dizer. Este 
artigo vai lhe dar subsídios para o entendimento do Serviço Social e dos pressupostos 
que historicamente foram construídos para o estabelecimento de uma definição de Serviço 
Social. Revista Serv. Social & Sociedade. n. 108, São Paulo Oct./Dec. 2011. Disponível 
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-66282011000400010&script=sci_arttext>. 
Acesso em: 2 jan. 2014. 
Leia o artigo de Priscila Cardoso; Keli Regina Dal Prá. Disponível em: <http://revistaseletronicas.
pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/9551/8057>. Acesso em: 2 jan. 2014. O artigo 
trata da intervenção profissional do assistente social no eixo de planejamento e gestão, e 
vai contribuir para o entendimento do tema desta aula.
LEITURAOBRIGATÓRIA
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Vídeos
Para uma reflexão acerca da educação e sociedade, do papel da escola e dos educadores, 
assista aos vídeos, com temas afins, que estão disponíveis no seguinte endereço: <http://
www.youtube.com/watch?v=TFWFcJ0Xw2o&feature=autoplay&list=SP369D7EF754D629
40&playnext=5>. Acesso em: 2 jan. 2014.
LINKSIMPORTANTES
AGORAÉASUAVEZ
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
No texto de Danilo Gandin você pode ve-
rificar a intenção de fundamentar a neces-
sidade de planejamento, principalmente no 
âmbito educacional. O autor discorre sobre 
pensamentos que pontuam diferentes vi-
sões de educação e sociedade. Uma das 
visões apresentadas, cuja interpretação é 
ingênua e bastante usual, pode ser exem-
plificada com a afirmação ”boa escolariza-
ção produz bons cidadãos, boas pessoas”. 
Ou seja, boa educação – boa sociedade. 
“Como não há uma boa educação, não há 
uma boa sociedade”. Essa corrente ex-
pressa o pensamento conservador, em que 
a boa sociedade é aquela na qual a har-
monia prevalece acima de tudo e o confli-
to não aparece sob forma alguma. O autor 
acrescenta ainda que nessa linha de pen-
samento, “a pirâmide social não deve ser 
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questionada”, porque é “assim mesmo”. A 
função da educação é contribuir para que o 
educando possa ascender nessa pirâmide 
com o próprio esforço, reforçando a tese de 
que um bom sistema escolar constrói uma 
sociedade boa.
Considerando sua visão de mundo e da 
sociedade, sua vivência como estudante 
e sua experiência enquanto acadêmico 
na modalidade a distância, descreva 
sua opinião sobre a visão conservadora 
da educação, bem como sobre o futuro 
da educação e qual o papel do educador 
na atualidade (mínimo de 15 linhas).
Questão 2:
A afirmação ”boa escolarização produz 
bons cidadãos, boas pessoas”, representa 
uma das visões de educação e sociedade, 
apresentada por Danilo Gandin. Assinale a 
alternativa que indica qual é a corrente de 
pensamento que essa visão expressa:
a) Conservador.
b) Moderno.
c) Desenvolvimentista.
d) Transformação social.
e) Globalizante.
Questão 3:
Uma segunda interpretação da relação es-
cola–sociedade, na visão de Danilo Gan-
din, é feita a partir de um ponto de vista, 
de um critério, ou seja, uma finalidade: 
________________________. Assinale a 
alternativa correta que completa a frase.
a) a igualdade.
b) o desenvolvimento.
c) o crescimento econômico.
d) a escolarização.
e) o planejamento.
Questão 4:
Assinale as alternativas com V para verda-
deiro e F para falso. 
De acordo com Faleiros: 
( ) A atividade humana e as relações entre 
os indivíduos implicam relações de forças 
e, portanto, estratégias e táticas. 
( ) O estabelecimento do fim e dos obje-
tivos profissionais supõe uma análise das 
condições em que se realiza a própria atu-
ação. 
( ) Numa sociedade complexa é preciso 
determinar, portanto, quais são os interes-
ses em jogo em relação ao problema es-
pecífico, e assim as funções profissionais 
podem ser teoricamente esclarecidas. 
AGORAÉASUAVEZ
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( ) Numa sociedade complexa as funções 
profissionais são teoricamente resolvidas, 
pois não existem interesses em jogo.
a) F, V, V, F.
b) V, F, V, V.
c) V, V, V, F.
d) V, V, F, F.
e) V, F, F, F. 
Questão 5:
Em uma segunda interpretação da relação 
escola–sociedade, apresentada por Dani-
lo Gandin, encontram-se os economistas 
e demais profissionais, que consideram 
que a “educação é _______________, 
porque a _______________cresce, 
desenvolve-se na proporção direta do 
___________________ em educação”.
Assinale a alternativa que completa as la-
cunas de acordo com o texto.
a) desenvolvimento, população,investimento.
b) necessária, população, investimento.
c) imprescindível, sociedade, 
investimento. 
d) o futuro, a população, investimento.
e) investimento, sociedade, investimento. 
Questão 6:
Gandin (2011, p. 16) pontua a questão da 
reprodução, de forma que os processos 
educacionais podem ser entendidos como 
reflexos da hierarquia de valores de uma 
dada sociedade, independente desta ser 
socialista ou capitalista. Isso vale para 
outras instituições além da escola e para 
outros setores além do educativo. Nessa 
perspectiva, o processo de reprodução 
pode ser consciente ou não, tendo um 
discurso diferente de sua prática. 
Para Gandin, as pessoas que trabalham em 
educação podem ser caracterizadas tendo 
como critérios o modo como percebem 
essa situação e a prática que nela realizam. 
Descreva as características apontadas por 
Gandin.
Questão 7:
Para Gandin, para os grupos, movimentos 
ou instituições que compreendem que 
se encontram sempre num processo 
de reproduzir, torna-se radicalmente 
importante um posicionamento firme, 
claro e eficaz de impor a seu trabalho um 
cunho transformador. Para o autor, a forma 
de fazer isso é reproduzindo, já que não 
existe outra alternativa possível. Mas não 
se trata de uma reprodução ingênua, com 
base no senso comum ou na ideologia, 
mas reproduzindo o que se escolheu, com 
AGORAÉASUAVEZ
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firmeza da opção crítica, teórica e com 
metodologias eficazes. 
Com base no texto, responda como isso 
pode ser feito?
Questão 8:
Faleiros (2009) apresenta uma discussão 
cuja análise situa-se em uma perspectiva 
de totalidade. 
A análise sob essa perspectiva implica o 
quê?
Questão 9:
A atuação profissional do assistente social, 
vista sob a ótica da totalidade, coloca-se na 
mediação entre forças sociais e de forma 
comprometida com uma delas na solução 
de problemas.
Para Faleiros (2009), como se constituem 
essas forças?
Questão 10:
Para Faleiros (2009), a intervenção 
profissional do assistente social insere-se 
em uma sociedade permeada por relações 
complexas. As problemáticas por ele 
enfrentadas são polos em torno dos quais 
há interesses em questão. 
Na visão do autor, qual é a perspectiva que 
pode permitir uma renovação do trabalho 
social?
 
AGORAÉASUAVEZ
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Neste tema, você pôde aprender e refletir sobre os fundamentos do planejamento, 
as correntes de pensamento que interpretam a relação escola–sociedade, a sociedade 
existente, o processo de reprodução e as características e as principais ações das pessoas 
que atuam na educação ou em áreas afins. Viu que é fundamental a conquista de uma visão 
crítica da realidade para uma prática transformadora e a construção de uma sociedade 
desejada. Também pode refletir nas relações que envolvem a atuação do assistente social, 
que atua com as problemáticas oriundas de uma sociedade complexa, e que, segundo 
Faleiros (2009), “a modificação e a transformação dessas problemáticas não depende de 
soluções exclusivamente tecnocráticas, de recursos específicos, mas de transformação ou 
relações que vão além da simples relação profissional. Essa perspectiva é que pode permitir 
a renovação do trabalho social”. 
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
FALEIROS, Vicente de Paula. Metodologia e Ideologia do Trabalho Social. 11. ed. – São 
Paulo: Cortez, 2009.
GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo: na educação e em outras 
instituições, grupos e movimentos dos campos cultural, social, político, religioso e 
governamental. 19. Ed. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
REFERÊNCIAS
16
Planejamento: planejamento é um processo contínuo e dinâmico que consiste em um 
conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e orientadas para tornar realidade 
um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões antecipadamente.
Estratégia: arte de aplicar os meios disponíveis ou explorar condições favoráveis com vista 
a objetivos específicos.
Planejamento estratégico: é uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção 
a ser seguida pela organização e a definição de meios para se realizar um objetivo.
Reprodução social: processo mediante o qual uma sociedade, através de diversos 
mecanismos, reproduz a sua própria estrutura.
Totalidade: perspectiva de trabalho para compreender a realidade nas suas contradições 
e transformá-las praticamente.
Pragmatismo: doutrina segundo a qual as ideias são instrumentos de ação que só valem 
se produzirem efeitos práticos.
GLOSSÁRIO
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GABARITO
Questão 1
Resposta: Nesta questão a resposta é livre, pois pretende-se que o aluno relate, considerando 
seu conhecimento e sua vivência.
Questão 2
Resposta: Alternativa A.
Justificativa: Ao fundamentar a necessidade de planejamento, principalmente no âmbito 
educacional, o autor discorre sobre pensamentos que pontuam diferentes visões de 
educação, escola e sociedade. A interpretação pontuada nesta questão expressa o 
pensamento conservador, onde a boa sociedade é aquela em que a harmonia prevalece 
acima de tudo e o conflito não aparece sob forma alguma.
Questão 3
Resposta: Alternativa B.
Justificativa: A frase completa consta no texto. Segundo o autor, o desenvolvimento é posto 
como um critério ou finalidade. Nessa linha de pensamento encontram-se os economistas e 
demais profissionais, que consideram que a “educação é investimento, porque a sociedade 
cresce, desenvolve-se na proporção direta do investimento em educação”.
Questão 4
Resposta: Alternativa C.
Justificativa: As frases consideradas verdadeiras constam no texto do autor e estão 
contempladas também no item Leitura Obrigatória deste caderno. A única frase falsa não 
consta no texto.
18
Questão 5
Resposta: Alternativa E.
Justificativa: A questão 5 solicita o preenchimento das lacunas. A frase completa consta no 
texto do autor e no item Leitura Obrigatória.
Questão 6
Resposta: As características apontadas por Gandin são:
1. Os que não se dão conta da incoerência entre o que se diz e o que se faz. Pertencem ao 
grupo dos conservadores.
2. Os que se dão conta dessa situação, mas que, por comodismo, por interesse, por “boa 
vontade” ou por convicção, desejam que tudo siga como está.
3. Os que se dão conta dessa prática reprodutiva, estudam-na e querem transformações de 
maior ou menor envergadura.
Questão 7
Resposta: Gandin afirma que pode ser feito por meio de um processo de planejamento, no 
qual o mais importante seja a tensão, a dialética entre a realidade existente e a realidade 
desejada. Nessa perspectiva, a possibilidade de transformação em dada sociedade se 
dá por meio das ideias divergentes e na hierarquia de valores contraditórios. Assim, para 
Gandin, é possível cultivar o que já está em semente ou em surgimento nesta mesma 
sociedade, através do processo de reprodução consciente e livre.
Questão 8
Resposta: A análise sob a perspectiva de totalidade implica na busca de contradições 
e determinações fundamentais de uma problemática, que em outra perspectiva seria 
fragmentada.
Questão 9
Resposta: Essas forças constituem-se a partir de suas práticas, que, por sua vez, inserem-
se e explicam-se pela própria produção do capital e dos homens nesse modo de produção. 
A produção dos homens e sua reprodução, a produção e reprodução de seus problemas não 
GABARITO
19
GABARITO
são isoladas da produção e da reprodução do próprio capital e das relações de dominação 
que isso implica. (FALEIROS, 2009, p. 88). 
Questão 10
Resposta: Segundo Faleiros, a modificação e a transformação dessas problemáticas não 
dependem de soluções exclusivamente tecnocráticas, de recursos específicos, mas de 
transformação ou relações que vão além da simples relação profissional. Essa perspectiva é 
que pode permitir a renovação do trabalho social. Com isso se pode superar as visões gerais 
dos problemas, assim como a submissão ao pragmatismo imediatista e ao oportunismopaternalista. As funções do serviço social não se fundam, portanto, numa simples sociologia 
ou numa historiografia, mas numa análise das forças em presença no desenvolvimento 
global da sociedade. (FALEIROS, 2009, p. 91).
Planejamento e Gestão 
em Serviço Social
Autor: Maria de Fátima Bregolato Rubira de Assis
Tema 02
Crise: o planejamento estratégico 
e participativo como resposta
seç
ões
Tema 02
Crise: o planejamento estratégico 
e participativo como resposta
Como citar este material:
ASSIS, Maria de Fátima Bregolato Rubira de. 
Planejamento e Gestão em Serviço Social: 
Crise: o planejamento estratégico e participativo 
como resposta. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 02
Crise: o planejamento estratégico 
e participativo como resposta
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Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• A contemporaneidade e a crise.
• A contribuição do planejamento.
• As linhas que compõem o planejamento.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro A prática do planejamento 
participativo, do autor Danilo Gandin, editora Vozes, 2011, Livro-Texto n. 432.
Roteiro de Estudo:
Maria de Fátima Bregolato 
Rubira de Assis
Planejamento e Gestão em 
Serviço Social 
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CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Qual sua compreensão sobre crise e contemporaneidade?
• Quais são as questões sociais que evidenciam a crise?
• Por que o planejamento é apontado como resposta e contribuição à crise?
• Por que a participação social é fundamental para a superação da crise?
Crise: o planejamento estratégico e participativo como 
resposta
Este tema aborda os conteúdos situados na Parte I, no capítulo denominado Crise e 
Respostas: planejamento estratégico, qualidade total e planejamento participativo, páginas 
21 a 31 do Livro-Texto. Esta temática vai lhe proporcionar a compreensão das crises que 
marcaram a humanidade e a crise na contemporaneidade. O autor relaciona as crises com 
a hierarquia de valores para discorrer sobre as crises econômicas, sociais, de valores 
e institucionais. Aponta as questões que geram as crises e situa o planejamento como 
uma das tentativas de resposta a tais questões. Os períodos de crise, alguns calmos e 
outros que levaram a maiores transformações, exigem a tomada e a retomada de decisões, 
mudanças, opções e redefinição de rumos – enquanto povo e humanidade. O processo de 
enfrentamento aos períodos de crise gera a demanda de planejamento.
Sempre se ouviu falar em crise, crise econômica, crise mundial, mas qual é o seu 
entendimento sobre esse assunto? Para compreender a crise na contemporaneidade, faz-
se necessário o entendimento de seu conceito. Segundo o dicionário Aurélio, crise pode 
ser definida como: manifestação repentina de ruptura do equilíbrio. Fase difícil, grave, 
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
na evolução das coisas, dos acontecimentos, das ideias. Manifestação violenta de um 
sentimento. Período de instabilidade financeira, política ou social.
Para Gandin (2011, p. 21), quem melhor expressou o que seja crise foi Walter Benjamin, 
quando diz que 
ela é um momento em que os valores estabelecidos já não resolvem os problemas 
nem trazem a necessária segurança à caminhada, ao mesmo tempo em que os valores 
novos não se firmaram ainda suficientemente, não produziram ainda resultados claros 
e, por isso, não podem trazer nova segurança no caminho. 
Gandin aponta a hierarquia de valores, uma vez que “mudadas as circunstância de vida do 
homem, os valores se reorganizam em nova escala. Assim, a participação, por exemplo, 
passa a estar mais evidente e mais forte para resolver problemas da humanidade do que a 
ordem”. Dessa forma, o autor afirma que a crise está no fato de que nem todos (instituições, 
grupos, movimentos) aceitam a mesma hierarquia de valores e que não há, para a 
humanidade como um todo, uma escala de valores superior a todos e assim, inquestionável. 
Para o autor, a hierarquia de valores influencia os períodos de crise ou calma. A humanidade 
tem períodos calmos quando a hierarquia de valores está consolidada, quando o momento 
é de crescimento e as lutas são localizadas. Outros períodos apresentam transformações 
mais profundas, fruto de insatisfações e questionamentos mais gerais. Assim, pequenas 
reformas ou grandes revoluções têm relação com as mudanças na hierarquia de valores 
e são feitas para preservar ou para recuperar algo considerado absolutamente necessário 
à condição humana. Gandin discorre sobre a nova crise, fazendo referência à crise que 
ocorreu no Renascimento e aos resultados verificados no século XX. Tais resultados levam 
a grandes questionamentos, como os apontados pelo autor, que fazem refletir: por que a 
miséria? Por que as pessoas se sentem presas? Por que a violência? Por que a destruição 
da natureza? Por que não se consegue fugir da guerra? Por que os bens econômicos são 
os centrais nessa cultura? Os questionamentos indicam as expressões da questão social e 
estas são a matéria fundante do trabalho do assistente social.
 São vários os questionamentos e muitas tentativas de resposta. O autor aponta o planejamento 
como contribuição a essas tentativas. Aborda as três grandes linhas do planejamento: o 
gerenciamento da qualidade total, o planejamento estratégico e o planejamento participativo, 
que se somam ao planejamento operacional consagrado, burocrático, sem perspectiva e 
ainda muito utilizado.
8
Para Gandin, as linhas de planejamento estão estreitamente envolvidas com três grandes 
questões, que são a qualidade, a missão e o poder, de forma que em cada uma dessas 
questões estão presentes as linhas de planejamento. Dessa forma, cabe destacar cada 
uma delas, de acordo com o texto do autor. 
O Gerenciamento da Qualidade Total apresenta um caráter conservador, as mudanças que 
propõe são para aperfeiçoar o processo de produção (período industrial e pós-industrial). O 
mundo é um processo econômico. De acordo com o autor, a análise social que daí decorre 
é a de que a produção econômica atingiu níveis quantitativos suficientes, que as empresas 
e os países necessitam competitivamente, e que esta competitividade só será eficiente no 
campo da qualidade. O foco era na produção e no produto. Nos últimos anos verifica-se 
uma grande mudança, o foco passa a ser a avaliação da qualidade do processo, de forma 
que o trabalho é que deve ser de qualidade. O foco passa a ser a capacidade humana das 
pessoas envolvidas nesse processo e aí esse modelo incorpora as ideias de missão e de 
participação. 
O autor explicita as características desse modelo, as quais registram-se, de forma resumida: 
não inclui proposta social ou pedagógica, tem como horizonte o lucro, busca a eficiência, 
mantém esquemas hierárquicos bem definidos, o poder é paternalista, a participação é 
limitada, não discute os resultados, as tarefas, resultados e procedimentos são padronizados 
e não se discutem critérios para a determinação do que seja qualidade. 
O Planejamento Estratégico contempla a questão da qualidade e da participação. A qualidade 
é proposta de maneira mais ampla e aberta e a participação fica no nível de decisão. 
O Planejamento Participativo, enquanto metodologia e/ou processo técnico, abre espaços 
para a questão política. Valoriza a questão da qualidade, da missão e da participação. 
Esse modelo de planejamento parte da premissa de que a realidade é injusta e que isto 
ocorre pela falta de participação em todos os níveis e aspectos da atividade humana. Nesse 
sentido, a instauração da justiça social e a superação da crise passam pela participação de 
todos. O autor assevera ainda que esse modelo de planejamento alcançou a integração, na 
prática, entre planejamento operacional e o estratégico, organizando-se num todo que se 
constitui no que Paulo Freire chama de processo de ação-reflexão.LEITURAOBRIGATÓRIA
9
Segundo Faleiros (2009, pp. 98-99), Paulo Freire insistiu, em todos os seus trabalhos, que,
O ponto de partida para a conscientização compreende dois aspectos 
fundamentais: a problematização e o diálogo. Para problematizar, o autor 
destaca a necessidade de vincular a reflexão à ação para evitar-se o verbalismo 
(palavras sem ação) e o ativismo (ação sem reflexão). Esses dois aspectos da 
conscientização interpretam-se e se situam numa concepção mais ampla, a 
da ação libertadora, oposta à manipulação, à conquista, à invasão cultural, à 
divisão. Essa ação supõe a colaboração, a união, a organização, a síntese do 
intelectual com as classes subalternas. (FREIRE, 1970 apud FALEIROS, 2009, 
PP.98-99). 
A obra de Paulo Freire merece leitura e reflexão, pois teve grande influencia no serviço 
social, nas lutas da categoria e no agir profissional dos assistentes sociais. 
Gandin alerta que não se pode perder de vista, em nenhum momento, que o planejamento 
é uma discussão sobre metodologia e sobre instrumentos: estuda e indica processos para 
se chegar a resultados. Para o autor, a grande conquista deste século será a participação. 
Um aspecto crucial da crise é o poder, quem tem poder quer reorganizar a sociedade para 
que se restabeleça a ordem e a tranquilidade, e nesse processo as estruturas sociais se 
transformam e levam o poder para outros setores, consolidando as mudanças.
Ao finalizar esta leitura, podem surgir os seguintes questionamentos: mas qual a relação da 
crise com o serviço social? Estes conteúdos – crise, planejamentos, processos – não são 
mais apropriados para um curso de administração? 
Esse contexto é pertinente à maioria dos cursos. O entendimento da crise vai além do 
serviço social e abrange todas as esferas da sociedade em uma tentativa de racionalização 
dos processos de melhoria social. A administração dos serviços públicos diz respeito a toda 
a sociedade e pressupõe a participação de todos, de profissionais de várias áreas, inclusive 
do assistente social. O trabalho social requer planejamento, organização, teoria e método. 
Nesse sentido, a temática é fundamental para o serviço social, que tem na questão social 
a matéria-prima de seu trabalho, e como princípio a construção de uma sociedade mais 
democrática e justa.
LEITURAOBRIGATÓRIA
10
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Artigos
Leia o artigo O mercado de trabalho do assistente social e a crise mundial do capitalismo no 
século XXI: desafios contemporâneos para a intervenção profissional, das autoras Cenira 
Andrade de Oliveira, Cleier Marconsin e Cleusa Santos. Disponível em: <http://www.ts.ucr.
ac.cr/binarios/congresos/reg/slets/slets-019-220.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. O artigo 
aborda a crise mundial com foco no trabalho do assistente social. 
Leia o artigo de Úrsula Fraga Amorim e Maria Augusta da Silva Tavares, com o tema Serviço 
Social: reflexão sobre as atuais tendências do mercado de trabalho do assistente social a 
partir de um estudo realizado com os alunos egressos do curso de Serviço Social – UniFOA. 
Disponível em: <http://www.unifoa.edu.br/cadernos/edicao/05/51.pdf>. Acesso em: 2 jan. 
2014.
Sites
Para ter acesso a legislação social, cadernos especiais, teses e dissertações (produção 
dos 25 programas de pós-graduação, PPG, na área do serviço social), Revista Àgora, além 
do Caderno de Políticas Públicas & Serviço Social, acesse o site que é considerado uma 
Biblioteca do Serviço Social. Disponível em: <http://www.assistentesocial.com.br/biblioteca.
php>. Acesso em: 2 jan. 2014.
LINKSIMPORTANTES
11
LINKSIMPORTANTES
Vídeos 
Assista a entrevista de Arnaldo Jabor no programa Globo News. Jabor analisa a crise 
econômica na Europa e nos EUA e os reflexos desta no Brasil. Disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=Dkb-TEUMYhY>. Acesso em: 2 jan. 2014.
AGORAÉASUAVEZ
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
Considerando o tema desta disciplina, e 
em específico desta aula, faça uma refle-
xão sobre sua trajetória pessoal no que se 
refere à sua formação e sua vida profissio-
nal. Nessa trajetória você fez uso do pla-
nejamento para direcionar e atingir resulta-
dos? Caso tenha enfrentado momentos de 
crise na vida pessoal ou profissional, que 
estratégias usou para enfrentá-los? Faça 
um relato em até 15 linhas.
Questão 2:
Para Gandin (2011) quem melhor expres-
sou o que é crise foi Walter Benjamin, 
quando diz que “ela é um momento em que 
os______________ estabelecidos já não 
resolvem os problemas nem trazem a ne-
cessária _______________________, ao 
mesmo tempo em que os______________ 
não se firmaram ainda suficientemen-
te, não produziram ainda resultados cla-
ros e, por isso, não podem trazer nova 
________________ no caminho”.
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Assinale a alternativa que completa corre-
tamente as lacunas de acordo com o texto.
a) resposta, direção, resultados, crise.
b) resultados, direção, problemas, 
direção.
c) valores, segurança, valores, direção. 
d) valores, segurança à caminhada, 
valores novos, segurança.
e) valores, direção a caminhada, valores, 
segurança.
Questão 3:
Para Gandin, a humanidade tem períodos 
de crise e outros de calma. De acordo com 
o autor, o que influencia esses períodos?
a) As insatisfações.
b) O crescimento econômico.
c) A hierarquia de valores.
d) A crise econômica.
e) Reformas sociais.
Questão 4:
No texto o autor aborda as três grandes li-
nhas do planejamento.
I. O gerenciamento da qualidade total.
II. O planejamento financeiro.
III. O planejamento estratégico.
IV. O Planejamento participativo.
V. O planejamento econômico.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III, IV, V.
b) I, III, IV.
c) II, III, IV.
d) I, II, III, V.
e) I, III, V.
Questão 5:
Para Gandin, as linhas de planejamento 
estão estreitamente envolvidas com três 
grandes questões. 
Assinale a alternativa que apresenta as 
questões, de acordo com o texto.
a) A qualidade, a visão e o compromisso.
b) A qualidade, a efetividade e a eficácia.
c) A qualidade, a missão e o poder.
d) A hierarquia de valores, resultado e 
poder.
e) A relação de poder, a visão e a 
hierarquia de valores. 
AGORAÉASUAVEZ
13
AGORAÉASUAVEZ
Questão 6:
Descreva as principais características do 
modelo de planejamento denominado o 
Gerenciamento da Qualidade Total.
Questão 7:
De acordo com o texto, apresente quais 
os pontos que diferem o planejamento 
participativo do planejamento estratégico.
Questão 8:
Ao tratar do Planejamento Participativo, 
Gandin assevera que esse modelo de 
planejamento visa à participação de todos 
como estratégia para superação da crise e 
organiza-se num todo que se constitui no 
que Paulo Freire chama de processo de 
ação-reflexão. 
Discorra sobre esse processo, considerando 
a visão de Paulo Freire.
Questão 9:
De acordo com o texto, Gandin aponta 
o planejamento como uma estratégia 
de superação da crise. Relacione essa 
temática ao serviço social.
Questão 10:
Considerando como subsídio o artigo: O 
mercado de trabalho do assistente social 
e a crise mundial do capitalismo no século 
XXI: desafios contemporâneos para a 
intervenção profissional, indicado como 
leitura complementar, descreva quais os 
desafios postos aos assistentes sociais 
neste contexto de crise.
 
14
Neste tema você aprendeu o conceito de crise, as linhas de planejamento, suas 
características. Viu ainda que o autor aponta o planejamento e a participação de todos 
como estratégia de superação da crise. Ao refletir sobre o contexto apresentado pelo autor, 
pôde entender a relação deste com todas as esferas da sociedade, bem como com o serviço 
social.Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FALEIROS, V. de P. Metodologia e ideologia do trabalho social. 11. ed. São Paulo: Cortez, 
2009.
GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo: na educação e em outras institui-
ções, grupos e movimentos dos campos cultural, social, político, religioso e governamental. 
19. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
15
Hierarquia de valores: organização segundo vários graus de poder e subordinação.
Crise econômica: momentos nos quais uma sociedade passa por ajustes e problemas 
estruturais na sua produção e distribuição das riquezas.
Crise de valores: uma constante na história da humanidade. Momentos em que os valores 
antigos são questionados e substituídos.
Questão 1
Resposta: Essa questão é livre. Seu objetivo é levar o aluno a refletir sobre a importância 
do planejamento em todas as instâncias da vida.
Questão 2
Resposta: Alternativa D.
Justificativa: a questão 2 solicita o preenchimento das lacunas. A frase completa consta no 
texto do autor e no item leitura obrigatória.
GLOSSÁRIO
GABARITO
16
Questão 3
Resposta: Alternativa C.
Justificativa: para o autor, a hierarquia de valores influencia os períodos de crise ou calma. A 
humanidade tem períodos calmos quando a hierarquia de valores está consolidada, quando 
o momento é de crescimento e as lutas são localizadas. Outros períodos apresentam 
transformações mais profundas, fruto de insatisfações e questionamentos mais gerais. Assim, 
pequenas reformas ou grandes revoluções têm relação com as mudanças na hierarquia 
de valores e são feitas para preservar ou para recuperar algo considerado absolutamente 
necessário à condição humana.
Questão 4
Resposta: Alternativa B.
Justificativa: o autor aborda as três grandes linhas do planejamento, que são: o gerenciamento 
da qualidade total, o planejamento estratégico e o planejamento participativo. No item leitura 
obrigatória deste caderno essas três linhas são destacadas e detalhadas, de acordo com o 
texto do autor.
Questão 5
Resposta: Alternativa C.
Justificativa: para Gandin, as linhas de planejamento estão estreitamente envolvidas com 
três grandes questões, que são a qualidade, a missão e o poder, de forma que em cada 
uma das questões estão presentes as linhas de planejamento.
Questão 6
Resposta: Segundo o autor, este modelo apresenta um caráter conservador. O foco é 
na produção e no produto. Após grandes mudanças verificadas nos últimos anos, o foco 
passa a ser a avaliação da qualidade do processo, de forma que o trabalho é que deve ser 
de qualidade e o foco passa a ser a capacidade humana das pessoas envolvidas nesse 
processo. Esse modelo incorpora as ideias de missão e de participação. Para o autor, as 
características desse modelo têm como horizonte o lucro, buscam a eficiência, mantêm 
esquemas hierárquicos bem definidos, o poder é paternalista, a participação é limitada, não 
discute os resultados, as tarefas, resultados e procedimentos são padronizados e não se 
discutem critérios para a determinação do que seja qualidade. 
GABARITO
17
GABARITO
Questão 7
Resposta: O Planejamento Estratégico contempla a questão da qualidade e da participação. 
A qualidade é proposta de maneira mais ampla e aberta e a participação fica no nível de 
decisão. Já o Planejamento Participativo abre espaços para a questão política e valoriza a 
questão da qualidade, da missão e da participação. 
A principal diferença entre os modelos é que o planejamento participativo parte da premissa 
de que a realidade é injusta e que isto ocorre pela falta de participação em todos os níveis e 
aspectos da atividade humana, e que a superação da crise e a instauração da justiça social 
passam pela participação de todos.
Questão 8
Resposta: Conforme registrado no texto, segundo Faleiros (2009, pp. 98-99), Paulo 
Freire afirma que o ponto de partida para a conscientização compreende dois aspectos 
fundamentais: a problematização e o diálogo. Para problematizar, o autor destaca a 
necessidade de vincular a reflexão à ação para evitar-se o verbalismo (palavras sem ação) 
e o ativismo (ação sem reflexão). Esses dois aspectos da conscientização interpretam-se 
e se situam numa concepção mais ampla, a da ação libertadora, oposta à manipulação, 
à conquista, à invasão cultural, à divisão. Essa ação supõe a colaboração, a união, a 
organização, a síntese do intelectual com as classes subalternas. (FREIRE, 1970 apud 
FALEIROS, 2009, PP.98-99). 
Questão 9
Resposta: Essa temática influencia todas as profissões e esferas do trabalho, inclusive 
o serviço social, que atua na perspectiva da conscientização, participação e defesa de 
direitos, independentemente se o assistente social atua na esfera pública ou privada. O 
trabalho social ou a intervenção profissional do assistente social, em todas as áreas de 
atuação, requer planejamento, organização, teoria e método. Nesse sentido, a temática 
é fundamental para o serviço social, que tem na questão social a matéria-prima de seu 
trabalho, e como princípio a construção de uma sociedade mais democrática e justa.
Questão 10
Resposta: Resposta livre partindo do conteúdo do texto indicado.
Planejamento e Gestão 
em Serviço Social
Autor: Maria de Fátima Bregolato Rubira de Assis
Tema 03
Questões Básicas sobre Planejamento
Tema 04
Planejamento, Administração e Realidade
Índice
Índice
Tema 03: Questões Básicas sobre Planejamento 04
Tema 04: Planejamento, Administração e Realidade 22
seç
ões
Tema 03
Questões Básicas sobre Planejamento
Como citar este material:
ASSIS, Maria de Fátima Bregolato Rubira de. 
Planejamento e Gestão em Serviço Social: 
Questões Básicas sobre Planejamento. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 03
Questões Básicas sobre Planejamento
7
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• Dimensões dadas ao planejamento.
• Os pontos básicos do planejamento participativo.
• O planejamento político e o planejamento operacional, sua aplicabilidade geral e sua 
relação com o serviço social.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro A prática do planejamento 
participativo, do autor Danilo Gandin, editora Vozes, 2011, Livro-Texto n. 432.
Roteiro de Estudo:
Maria de Fátima Bregolato 
Rubira de Assis
Planejamento e Gestão em 
Serviço Social 
8
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Quais as dimensões dadas ao planejamento?
• Quais os aspectos a serem considerados e quais os modelos?
• Quais são os pontos básicos do planejamento participativo?
• Quais as características do planejamento político e do planejamento operacional?
• Qual sua aplicabilidade geral e sua relação ou importância para o serviço social?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Questões Básicas sobre Planejamento
Este tema foi elaborado com base nas páginas 32 a 42 de seu Livro-Texto. Aborda os 
itens O planejamento e suas questões básicas e Planejamento e Administração: a busca dos 
meios no rumo dos fins. Seu objetivo é oportunizar a discussão sobre as dimensões dadas 
ao planejamento, os pontos básicos do planejamento participativo, bem como proporcionar 
o entendimento do que seja o planejamento político e o planejamento operacional e sua 
aplicabilidade geral, mas sempre com a preocupação de relacionar a especificidade do 
serviço social.
Ao tratar o planejamento e suas questões básicas, Gandin (2009, p. 32) aponta duas 
dimensões dadas à inteligência da prática de um grupo ou uma instituição que, ao se 
arraigarem, se tornam eficazes. São elas:
a) Os conteúdos que o grupo ou a instituição é capaz de conceber e operacionalizar, isto 
é, o conjunto de opções, de valores, de conhecimentos que constituem, para o conjunto 
de pessoas envolvidas, a dialética entreo horizonte e o “aqui e agora”.
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
LEITURAOBRIGATÓRIALEITURAOBRIGATÓRIA
b) A organização e a dinâmica de relações desses conteúdos, sustentadas por metodologias, 
procedimentos. Modelos e técnicas de busca da coerência entre o discurso e a prática. 
Para o autor, o planejamento entra no processo pela segunda dimensão indicada, cuja tarefa 
básica é organizar um esquema ou modelo de plano. Nesse esquema, é necessário definir 
os aspectos a considerar, o significado de cada parte e assim o modelo ou esquema do 
plano. Nessa linha de pensamento, Gandin (2009, p. 33) considera os seguintes aspectos 
e significados:
a) Realidade global existente – aponta como o grupo percebe a realidade global em 
seus problemas, desafios e esperanças e indica o marco situacional. 
b) Realidade global desejada – expressa a utopia social, o “para que direção se movem” 
do grupo. Expõe as opções e ideais em relação ao campo da ação e a instituição (grupo ou 
movimento) e fundamenta essas opções em teoria, indicando assim o marco doutrinal.
c) Realidade desejada do campo de ação e da instituição em processo de planejamento 
– expressa a utopia instrumental do grupo. Expõe as opções ou ideias em relação ao 
campo de ação e à instituição e fundamenta essas opções em teoria, indicando assim o 
marco operativo.
d) Realidade institucional existente – indica a realidade e a prática específica da instituição 
(grupo ou movimento) que se está planejando. Esse aspecto não se inclui no plano, mas 
se torna necessário conhecê-lo para elaborar o diagnóstico. Nessa perspectiva, o autor 
aponta que o confronto entre os aspectos C e D expressa o juízo que o grupo faz da sua 
realidade, em confronto com o ideal traçado para seu fazer. Desse julgamento (avaliação) 
ficam claras as necessidades da instituição e se leva ao diagnóstico de necessidades. 
e) Transformações propostas para a realidade institucional existente no período do 
plano – expressa quatro propostas: ações, comportamentos, atitudes, normas e atividades 
permanentes para modificar a realidade existente, com vistas a diminuir a diferença entre 
C e D. Essas propostas indicam a necessidade de programação e, assim, a definição de 
objetivos, políticas estratégicas, determinações gerais e atividades permanentes. 
Após a demonstração do modelo de planejamento, o autor apresenta ainda um esquema 
que trata os pontos básicos do planejamento participativo, cujo foco principal é demonstrar 
que as instituições existem para “agir” no mundo, na sociedade e na história. Esse agir pode 
ser improvisado e sem direção ou planejado, com direção e de forma participativa, ou seja, 
10
a partir das decisões de todas as pessoas comprometidas com a ação da instituição. Dessa 
forma, Gandin finaliza esse tópico pontuando as funções do planejamento, que é tornar a 
“ação” clara, precisa, eficiente, orgânica, direcionada e transformadora. 
Ao tratar do tema Planejamento e Administração, o autor aponta as principais questões 
que surgem na mente das pessoas ao pensar nesse tema: como fazer? Com que fazer? 
Indica que raras vezes se questiona o “o que fazer”, “para que fazer” e “para quem se está 
fazendo”. Segundo Gandin, todas são questões de planejamento e importantes, assim, 
devem ser colocadas em uma hierarquia que possibilite a distinção dos níveis em que o 
planejamento se produz. Também é preciso clareza da questão da participação e do poder, 
bem como da função da administração em cada um deles. Nessa perspectiva, o autor 
aponta dois níveis de planejamento: o político e o operacional. Para que o entendimento de 
ambos seja garantido, tendo em vista sua interdependência, detalham-se cada um deles, 
de acordo com o texto do autor.
Planejamento operacional – esse nível trata dos meios, aborda o “como” e o “com que”, 
incluindo a pormenorização do “o que”. A ênfase está nas técnicas, instrumentos, busca da 
eficiência, limita-se ao curto prazo e tem no projeto, e por vezes no programa, a expressão 
maior. Esse tipo de planejamento serve à manutenção, à melhoria de uma estrutura tida 
como boa e possível de aperfeiçoamento, sobressai em época de calmaria ou quando se 
pensa que se está num mundo bem estruturado.
Planejamento político – este é o planejamento do “para quem”, do “para quê”, incluindo o “o 
que” mais abrangente. Trata dos fins, é globalizante, dá ênfase à criatividade, às abordagens 
gerais, a busca da eficácia, realiza-se no médio e no longo prazo e tem o plano como 
expressão maior.
Gandin (2009, p. 37) afirma que 
o planejamento político nutre-se na ideologia, na filosofia, nas ciências, 
enquanto o operacional baseia-se na técnica. O primeiro (político) busca 
estabelecer o rumo, firmar a missão da instituição, do grupo ou do movimento 
que está em planejamento; o segundo (operacional) busca encaminhar o fazer, 
para a realização, a vivência de tal rumo e tal missão. 
Sendo assim, o planejamento operacional requer pessoas preparadas para sua condução, 
enquanto no planejamento político o administrador deve participar como qualquer outro para 
que no centro desse tipo de planejamento esteja o povo. Esse entendimento é fundamental 
para a atuação profissional do assistente social, que tem como foco de seu trabalho a 
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
participação social, mas é ímpar o entendimento de que esse foco é também posto a outras 
categorias profissionais, o que exige do profissional uma ação teoricamente embasada e a 
visão de totalidade da realidade a ser trabalhada.
Com visão crítica e propositiva, torna-se possível elaborar respostas mais qualificadas, 
considerando tanto a perspectiva do planejamento operacional quanto do sociopolítico, 
bem como planejar, sistematizar e avaliar as ações ou as intervenções sociais.
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Artigos
Leia o artigo: O Planejamento Estratégico dentro do Conceito de Administração Estratégica, 
de Hernan E. Contreras Alday. Esse trabalho complementa o texto de Danilo Gandin, dando 
um foco maior a administração estratégica. Disponível em: <http://www.fae.edu/publicacoes/
pdf/revista_da_fae/fae_v3_n2/o_planejamento_estrategico.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Leia também o trabalho das assistentes sociais Eliane V. Avancini e Sandra Maria A. 
Cordeiro, sobre A Importância do Planejamento Estratégico em Organizações do Terceiro 
Setor. Esse artigo visa contribuir para a reflexão da organização como um todo, em sua 
relação com o ambiente, numa perspectiva de futuro, adquirindo uma nova mentalidade 
social empreendedora, apoderando-se do planejamento estratégico no seu cotidiano. 
Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v7n1_sandra.htm>. Acesso em: 02 
jan. 2014.
Leia também o artigo Questão Social e Intervenção Profissional dos Assistentes Sociais, 
que é fruto de uma dissertação de mestrado, de José Wesley Ferreira. O trabalho apresenta 
o resultado de uma pesquisa qualitativa realizada com seis assistentes sociais que atuam 
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
LINKSIMPORTANTES
em diferentes espaços sócio-ocupacionais na cidade de Porto Alegre e traz uma discussão 
pertinente ao tema em estudo. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.
php/fass/article/viewFile/7388/5783>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Vídeos
Assista ao vídeo da Fundação Roberto Marinho (Telecurso), que apresenta uma aula 
sobre Planejamento Estratégico. Com uma linguagem clara e muito interessante, o vídeo 
apresenta definições essenciais sobre planejamento, missão, visão e valores de uma 
organização. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=kc8TGIqyEso>. Acesso 
em: 02 jan. 2014.
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Textoe fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
AGORAÉASUAVEZ
13
Questão 1:
Após pontuar o planejamento e suas ques-
tões básicas, o autor apresenta ainda um 
esquema que trata os pontos básicos do 
planejamento participativo, cujo foco prin-
cipal é demonstrar que as instituições exis-
tem para “agir” no mundo, na sociedade e 
na história. Esse agir pode ser improvisado 
e sem direção ou planejado, com direção e 
de forma participativa, ou seja, a partir das 
decisões de todas as pessoas comprometi-
das com a ação da instituição. Gandin fina-
liza esse tópico pontuando as funções do 
planejamento, que é tornar a “ação” clara, 
precisa, eficiente, orgânica, direcionada e 
transformadora. 
Considerando o exposto e seus conheci-
mentos prévios, relacione o texto ao “agir” 
profissional do assistente social. Mínimo de 
10 linhas.
Questão 2:
De acordo com Avancini e Cordeiro, (arti-
go indicado em Links Importantes), o pla-
nejamento é uma ferramenta gerencial que 
proporciona a sensibilidade para identifi-
car, ao longo do tempo, ações necessárias 
ao enfrentamento de estrangulamentos e 
desafios institucionais que devem ser ven-
cidos. Esses desafios não se colocam ape-
nas para organizações com fins lucrativos, 
mas também para as organizações não go-
vernamentais, sem fins lucrativos; ou seja, 
qualquer organização – seja ela pública ou 
privada, com ou sem fins lucrativos – ne-
cessita ter uma visão clara dos objetivos e 
estratégias a que se propõe. Diante disto, 
as organizações do terceiro setor precisam 
profissionalizar-se, tendo a consciência e 
a clareza do que pretendem realizar, en-
quanto projeto coletivo percebido por to-
dos, conferindo coerência ao exercício das 
escolhas, fundamentalmente para a integri-
dade e sucesso do empreendimento. 
Assinale as alternativas utilizando verda-
deiro (V) e falso (F), de acordo com o texto.
( ) O planejamento é uma ferramenta 
gerencial que pode ser utilizada por qual-
quer organização, sejam elas públicas e/
ou privadas, com ou sem fins lucrativos.
( ) Por meio do planejamento as orga-
nizações podem identificar as necessida-
des e desafios que precisam ser venci-
dos.
( ) As organizações necessitam ter uma 
visão clara dos objetivos e estratégias a 
que se propõem.
( ) As organizações do terceiro setor 
não precisam de planejamento para sua 
profissionalização.
Assinale a alternativa que apresenta a se-
quência correta:
a) V, V, V, V.
AGORAÉASUAVEZ
14
b) V, F, V, F.
c) V, V, F, F.
d) V, V, V, F.
e) F, V, V, V.
Questão 3:
O planejamento pressupõe dois níveis fun-
damentais. Quais são eles?
a) O político e o participativo.
b) O político e o conservador.
c) O situacional e o doutrinal. 
d) O político e o operacional.
e) O doutrinal e o operativo.
Questão 4:
Complete as lacunas de acordo com o tex-
to do autor:
A Realidade ______________ do campo 
de ação e da__________ em processo 
de planejamento – expressa a utopia ins-
trumental do grupo. Expõe as opções ou 
_______ em relação ao campo de ação e 
a ________________ e fundamenta essas 
opções em _________, indicando assim o 
____________________.
a) Desejada, instituição, ideias, instituição, 
teoria, marco operativo.
b) Existente, instituição, desafios, 
realidade, teoria, marco doutrinal.
c) Existente, instituição, desafios, 
realidade, teoria, marco operativo.
d) Desejada, instituição, ideias, realidade, 
teoria, marco situacional.
e) Desejada, realidade, ideias, instituição, 
teoria, marco doutrinal.
Questão 5:
No texto, Gandin aborda o planejamento 
político. Esse nível de planejamento é re-
presentado por:
I. Trata dos fins.
II. Busca a eficácia.
III. Dá ênfase as técnicas.
IV. Limita-se ao curto prazo.
V. É globalizante.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III, IV, V.
b) I, III, IV.
c) II, III, IV.
d) I, II, III, V.
e) I, II, V. 
AGORAÉASUAVEZ
15
Questão 6:
De acordo com Gandin (2011), as 
transformações propostas para a realidade 
institucional existente no período do plano 
expressam quatro propostas, sendo elas: 
ações, comportamentos, atitudes, normas 
e atividades permanentes para modificar a 
realidade existente, com vistas a diminuir 
a diferença entre a realidade desejada do 
campo de ação e a realidade institucional 
existente. Essas propostas indicam a 
necessidade de quê?
Questão 7:
Considerando o texto do autor, complete a 
frase:
Gandin, afirma que “o planejamento político 
nutre-se___________________________
__________________________________
Busca estabelecer o__________________
_________________________________.
Questão 8:
Ao tratar do tema Planejamento e Adminis-
tração, o autor aponta as principais ques-
tões que surgem na mente das pessoas ao 
pensar nisso, que são: como fazer? Com 
que fazer? Indica que raras vezes se ques-
tiona o “o que fazer”, “para que fazer” e 
“para quem se está fazendo”. Aponta ainda 
que todas são questões de planejamento e 
importantes, assim, devem ser colocadas 
em uma hierarquia que possibilite a distin-
ção dos níveis em que o planejamento se 
produz. 
Nessa perspectiva, o autor aponta dois ní-
veis de planejamento: o político e o opera-
cional. 
Segundo o autor, quais são as questões 
(perguntas) que representam os níveis de 
planejamento operacional e político?
Questão 9:
Qual a importância de planejar e avaliar as 
ações profissionais, definir objetivos e me-
tas para o assistente social?
Questão 10:
Vasconcelos (2011, pp. 230/231), ao apre-
sentar os dados de uma pesquisa de campo 
realizada pela autora com assistentes soci-
ais que atuam na rede municipal de saúde do 
Rio de Janeiro, revela que mais de 30% dos 
entrevistados não têm projeto de trabalho es-
crito. Revelou também que são raros os as-
sistentes sociais que apontam a necessidade 
de se ter acesso/conhecimento a respeito da 
própria política de saúde, do processo de 
municipalização, da estrutura da unidade na 
preparação do espaço para se trabalhar. O 
mesmo acontece com os dados relacionados 
aos usuários. A maioria dos assistentes so-
ciais que afirmam ter projeto por escrito, ao 
AGORAÉASUAVEZ
16
se manifestar sobre as questões importantes 
a serem consideradas no planejamento do 
trabalho profissional, relativas aos usuários, 
faz comentários sobre o atendimento real-
izado, não apontando os dados necessários 
ao planejamento. Alguns declaram explicita-
mente que não utilizam dados sobre a popu-
lação, na medida em que não planejam suas 
ações. 
Considerando o exposto, responda: 
Qual sua opinião sobre o resultado da pes-
quisa apresentada por Vasconcelos? 
Você acha que é um caso isolado ou essa é 
a realidade da maioria dos assistentes soci-
ais?
Em sua opinião, quais as vantagens que o 
planejamento das ações e um projeto de tra-
balho escrito podem proporcionar aos pro-
fissionais e aos usuários do serviço social, 
tendo como parâmetro a rede municipal de 
saúde?
 
AGORAÉASUAVEZ
17
Neste tema você aprendeu questões básicas e importantes sobre o planejamento. 
Os aspectos que devem ser considerados, o significado de cada um deles e os modelos. 
Aprendeu também as principais questões que surgem quando se pensa em planejamento e 
os níveis de planejamento denominados pelo autor de operacional e político. O operacional 
trata dos meios e o político trata dos fins, mas pode perceber que ambos contribuem na 
busca dos meios no rumo dos fins. Por meio dos textos complementares e das questões, foi 
possível correlacionar o planejamento ao serviço social e refletir sua sobre sua importância. 
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo: na educação e em outras 
instituições, grupos e movimentos dos campos cultural, social, político, religioso e 
governamental. 19. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. 
VASCONCELOS, A. M. A prática do serviço social: cotidiano, formação e alternativas na 
área da saúde.7. Ed. São Paulo: Cortez, 2011.
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
18
GLOSSÁRIO
GABARITO
Eficácia: relação entre os resultados obtidos e os objetivos pretendidos.
Marco: sinal de demarcação que se põe nos limites territoriais, assinala um local ou um 
acontecimento.
Marco situacional: demarca uma dada realidade.
Marco doutrinal: demarca uma doutrina, uma opção teórica.
Marco operativo: demarca algo produzido, realizado.
Utopia: ideia de civilização ideal, imaginária, fantástica. Refere-se a uma cidade ou mundo, 
no presente ou futuro.
Questão 1
Resposta: Gabarito: resposta livre, o objetivo da questão é verificar os conhecimentos 
prévios e suscitar uma reflexão sobre o tema.
Questão 2
Resposta: Alternativa D.
Justificativa: de acordo com o enunciado da questão, apenas a última alternativa é falsa, 
uma vez que o texto aponta a necessidade de profissionalização do terceiro setor.
19
GABARITO
Questão 3
Resposta: Alternativa D.
Justificativa: os níveis de planejamento abordados no texto do autor são o político e o 
operacional.
Questão 4
Resposta: Alternativa A.
Justificativa: o texto completo encontra-se no item Leitura Obrigatória.
Questão 5
Resposta: Alternativa E.
Justificativa: está correta a letra e, pois conforme demonstra o autor, o planejamento 
operacional é quem dá ênfase as técnicas e limita-se ao curto prazo.
Questão 6
Resposta: programação, e assim a definição de objetivos, políticas estratégicas, 
determinações gerais e atividades permanentes.
Questão 7
Resposta: Gandin (2009, p. 37) afirma que “o planejamento político nutre-se na ideologia, 
na filosofia, nas ciências, enquanto o operacional baseia-se na técnica. O primeiro (político) 
busca estabelecer o rumo, firmar a missão da instituição, do grupo ou do movimento que 
está em planejamento”.
Questão 8
Resposta: planejamento operacional – aborda o “como” e o “com que”, incluindo a 
pormenorização do “o que”. 
Planejamento político – este é o planejamento do “para quem”, do “para quê”, incluindo o 
“o que” mais abrangente.
20
Questão 9
Resposta: Resposta livre. O objetivo da questão é suscitar uma discussão sobre o 
planejamento profissional, que é fundamental para todas as profissões, inclusive para o 
serviço social.
Questão 10
Resposta: Resposta livre. Vantagens do planejamento de ações que podem ser citadas: 
conhecer o perfil socioeconômico dos usuários, o perfil epidemiológico, as determinações 
das doenças, as condições de vida, de trabalho, estilo de vida, demandas dos usuários, 
entre outros, como subsídio ao planejamento de ações e das intervenções sociais.
GABARITO
seç
ões
Tema 04
Planejamento, Administração e Realidade
Como citar este material:
ASSIS, Maria de Fátima Bregolato Rubira de. 
Planejamento e Gestão em Serviço Social: 
Planejamento, Administração e Realidade. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 04
Planejamento, Administração e Realidade
25
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• O planejamento sob a perspectiva dialética.
• A concepção de realidade.
• O caráter científico do planejamento.
• O planejamento social.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro A prática do planejamento 
participativo, do autor Danilo Gandin, editora Vozes, 2011, Livro-Texto n. 432.
Roteiro de Estudo:
Maria de Fátima Bregolato 
Rubira de Assis
Planejamento e Gestão em 
Serviço Social 
26
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Qual o enfoque do planejamento para os que pensam sob a perspectiva dialética?
• Qual a concepção de realidade que se firma e que tem sentido?
• Por que o trabalho do médico pode ser comparado a um processo de planejamento 
científico?
• Qual seu entendimento sobre o planejamento na área social?
• Qual a importância do planejamento para a intervenção profissional do assistente 
social?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Planejamento, Administração e Realidade
Este tema, Planejamento, Administração e Realidade, foi elaborado com base nas 
páginas de 39 a 52 de seu Livro-Texto, do autor Danilo Gandin. O tema desta aula aborda 
os itens do texto: Planejamento e realidade; A ação do médico esclarece o planejamento 
e O escoteiro inteligente. Tem como objetivo compreender o significado de uma prática 
transformadora em uma dada realidade. Para esclarecer o planejamento, o autor aponta 
como exemplo a ação do médico e o caráter científico do planejamento, e utiliza ainda, 
como comparação, o agir de um escoteiro inteligente.
Para que você possa relacionar o texto do autor ao serviço social, será utilizado o trabalho 
de Myrian Veras Batista, que aborda o planejamento social. Você já aprendeu muito sobre 
planejamento, suas dimensões, níveis, mas é fundamental um aprofundamento com vistas 
à apreensão da realidade e do planejamento na área social.
LEITURAOBRIGATÓRIA
27
LEITURAOBRIGATÓRIA
Para Gandin (2011), o planejamento deve ser visto sob a perspectiva dialética, com vistas 
a uma prática transformadora. Para os que pensam sob essa perspectiva, isso representa a 
recuperação da dialética entre o “dever ser” e o “ser”, entre o pensar e o agir, entre a teoria 
e a prática. Para o autor, a concepção de planejamento que se firma e que tem sentido é 
aquela que o considera uma metodologia científica para construir a realidade.
O que lhe vem à mente quando se fala em realidade? De acordo com informações obtidas 
no site da Wikipédia, Realidade significa, em uso comum “tudo o que existe”. Em sentido 
mais livre, o termo inclui tudo o que é, seja ou não perceptível, acessível ou entendido pela 
ciência, filosofia ou qualquer outro sistema de análise. Em senso comum, realidade significa 
o ajuste que se faz entre a imagem e a ideia da coisa, entre verdade e verossimilhança. 
O problema da realidade é matéria presente em todas as ciências, e, com particular 
importância, nas ciências que têm como objeto de estudo o próprio homem: a antropologia 
cultural e todas as que nela estão implicadas – a filosofia, a psicologia, e muitas outras, 
além das técnicas e das artes visuais. Na interpretação ou representação do real, (verdade 
subjetiva ou crença), a realidade está sujeita ao campo das escolhas, isto é, determina-se 
parte do que se considera ser um fato, ato ou uma possibilidade, algo adquirido a partir 
dos sentidos e do conhecimento adquirido. (Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
Realidade>. Acesso em: 02 jan. 2014).
Para Gandin (2011, p. 40), a realidade pode ser concebida como:
• Global, incluindo todo o complexo sócio–econômico–cultural (totalidade).
• Do campo de ação do grupo ou da instituição que planeja (restrita).
• Do grupo ou da instituição, realidade restrita e específica do processo planejado. 
O autor apresenta a realidade sob outro ângulo de visão:
• Existente (conjunto de seres, ideias, símbolos, relações – tempo determinado).
• Desejada (pelo conjunto que compõe a realidade existente – para ser horizonte, ser 
rumo ideal).
A concepção de realidade apresentada pelo autor demonstra um esquema interligado 
entre a realidade existente e a realidade desejada. Indica que o planejamento se exerce 
sobre a “realidade institucional existente” e é esta realidade que a prática pode construir 
28
ou transformar. Para Gandin (2011), o planejamento é, justamente, a inteligência que dá 
eficácia a esse processo, e exemplifica usando a escola, cuja realidade é lugar e fruto da 
construção social. 
Outro exemplo apresentado pelo autor visando explicar o planejamento é comparar o 
processo de planejamento com o trabalho de um médico. Seu intuito é ressaltar que o 
planejamento é um processo científico e, como tal, exige método. Nessa perspectiva, o 
autor afirma que uma pessoa procura um médico quando tem problemas ou quando tem 
esperanças, ou seja, quer prevenir problemas. Essa afirmação também serve as instituições, 
grupos ou pessoas que têm problemasou que têm esperanças. 
Segundo o autor, o médico vai analisar a situação do paciente, considerando a situação 
global, ou seja, situando o problema apresentado pelo paciente em sua realidade, seu 
contexto de vida, de mundo para então realizar um diagnóstico. Em medicina, um 
diagnóstico é a comparação entre a realidade do paciente e o que é ideal para aquela 
determinada idade, resultando em um juízo sobre as condições de saúde do paciente. Para 
chegar a esse resultado o médico necessita ter teoria, conhecer a realidade do paciente 
e fazer um julgamento, e somente a partir daí o médico estabelece as necessidades e 
programa o tratamento, bem como o acompanhamento e a avaliação. Assim, o diagnóstico, 
do qual decorrem as necessidades, é o centro do trabalho do médico ou de outro qualquer 
processo de planejamento e é assim concebido, o centro do processo científico. Desse 
processo resulta a “proposta de ação” e esta, quando científica e tecnicamente engendrada, 
produz ações, atitudes e normas que, satisfazendo as necessidades, transformam a prática, 
ou seja, a realidade. Outro exemplo utilizado pelo autor para exemplificar o planejamento 
científico é o caso de um escoteiro inteligente, que perdido em uma floresta, sozinho, precisa 
planejar seu retorno ao acampamento. Para isso, precisa compreender sua situação, sua 
realidade, a distância até o acampamento e somente a partir daí pode estabelecer um rumo, 
definir um caminho e um tempo para chegar ao seu destino. Com suas ações programadas, 
suas atitudes o levam aonde quer chegar.
O planejamento na área social não foge dos exemplos apresentados. Nele também é 
fundamental planejar, analisar a realidade, o contexto, o caminho a ser percorrido e as 
ações que envolvem esse processo, ou seja, a definição das providências, a execução, o 
controle, a avaliação e a redefinição da ação. 
Ao tratar da racionalidade do planejamento, Baptista (2010) assevera que:
LEITURAOBRIGATÓRIA
29
O termo “planejamento”, na perspectiva lógico-racional, refere-se ao processo 
permanente e metódico de abordagem racional e científica de questões que 
se colocam no mundo social. Enquanto processo permanente, supõe ação 
contínua sobre um conjunto dinâmico de situações em um determinado 
momento histórico. Como processo metódico de abordagem racional e 
científica, supõe uma sequência de atos decisórios, ordenados em momentos 
definidos e baseados em conhecimentos teóricos, científicos e técnicos. 
(BAPISTA, 2010, p. 13). 
Segundo Ferreira (1965) apud Baptista (2010, p.15), o planejamento se organiza por 
operações complexas e interligadas, que se relacionam em um processo dinâmico e 
contínuo. Esse processo exige reflexão, decisão, ação e retomada da reflexão. A análise 
desse processo leva a identificar, nessa dimensão de racionalidade, a dimensão político-
decisória que dá suporte ético-político à ação técnico-administrativa.
Diante do exposto, infere-se que a ação do profissional de serviço social deve partir de uma análise 
profunda da realidade em que se insere como profissional, visando sua compreensão enquanto 
totalidade. Essa visão oportuniza ao profissional identificar e delimitar seu objeto de ação e, 
assim, direcionar sua intervenção profissional, num processo de construção e reconstrução, em 
função da dinâmica da realidade social.
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Os Dilemas Gerenciais do Serviço Social, de Luciana Francisco de Abreu Ronconi. Disponível 
em: <http://www.portalsocial.ufsc.br/publicacao/dilemas_gerenciais.pdf>. Acesso em: 02 
jan. 2014. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
30
LINKSIMPORTANTES
Livros: 
Leia também o livro: VASCONCELOS, Ana Maria de. A prática do serviço social: cotidiano, 
formação e alternativas na área da saúde. 7. Ed. São Paulo: Cortez, 2011. Este livro é 
resultado da tese de doutorado da autora e apresenta o resultado e discussão de uma 
ampla pesquisa de campo, realizada com profissionais da área da saúde municipal. Esse 
trabalho leva a uma reflexão profunda sobre o agir profissional.
Vídeos: 
Acesse o endereço indicado e assista à entrevista de Paul Singer ao programa Roda Viva. 
Singer é o Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. 
Doutor em sociologia. É um dos fundadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento 
(Cebrap) e atuou como secretário de Planejamento do município de São Paulo entre 1989 
e 1992. Nessa entrevista ele faz uma análise da realidade muito pertinente ao profissional 
da área social. 
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=l80x1BmZYpg>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
AGORAÉASUAVEZ
31
Questão 1:
Segundo Ferreira (1965) apud Baptista 
(2010, p.15), o planejamento se organiza 
por operações complexas e interligadas, 
que se relacionam em um processo di-
nâmico e contínuo. Esse processo exige 
reflexão, decisão, ação e retomada da 
reflexão. A análise deste processo leva a 
identificar, nessa dimensão de racionalida-
de, a dimensão político-decisória que dá 
suporte ético-político à ação técnico-admi-
nistrativa.
De acordo com o enunciado da questão, 
descreva com suas palavras, (mínimo de 
10 linhas) qual seu entendimento a respei-
to da dimensão político-decisória que dá 
suporte ético-político à ação técnico-admi-
nistrativa.
Questão 2:
O planejamento é uma ferramenta geren-
cial que pode ser utilizada por qualquer or-
ganização, sejam elas públicas e ou priva-
das, com ou sem fins lucrativos. Por meio 
do planejamento, as organizações podem 
identificar as necessidades e definir estra-
tégias de ação para construir ou transfor-
mar essa realidade.
Assinale as alternativas utilizando verda-
deiro (V) e falso (F), de acordo com o texto.
( ) O planejamento é uma ferramenta ge-
rencial que pode ser utilizada por qualquer 
organização e não exige o uso de referen-
cial teórico ou método.
( ) Por meio do planejamento, as organi-
zações podem identificar as necessidades 
e desafios que precisam ser vencidos.
( ) As organizações necessitam ter uma 
visão clara dos objetivos e estratégias a 
que se propõem.
( ) O planejamento pode ser utilizado por 
uma pessoa, um grupo ou uma instituição/
organização.
Assinale a alternativa que apresenta a se-
quência correta:
a) V, V, V, V.
b) V, F, V, F.
c) V, V, F, F.
d) V, V, V, F.
e) F, V, V, V. 
Questão 3:
Complete a frase de acordo com o texto.
Para Gandin (2011), a concepção de rea-
lidade demonstra um esquema interligado 
entre a realidade existente e a realidade 
desejada. Indica que o planejamento se 
exerce sobre a “realidade institucional exis-
tente” e ___________________________. 
 
AGORAÉASUAVEZ
32
AGORAÉASUAVEZ
Questão 4:
Ao tratar da racionalidade do planejamento, 
Baptista (2010) assevera que o termo “pla-
nejamento”, na perspectiva lógico-racional, 
refere-se ao processo permanente e metó-
dico de abordagem racional e científica de 
questões que se colocam no mundo social. 
Esse processo supõe:
I. Ação contínua.
II. Situa-se em determinado momento his-
tórico.
III. Uma sequência de atos decisórios e 
não necessariamente ordenados.
IV. Os atos são baseados em conheci-
mentos teóricos, científicos e técnicos.
V. Não exige uma abordagem racional e 
científica.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III, IV, V.
b) I, II, IV.
c) II, III, IV.
d) I, II, III, V.
e) I, II, V.
Questão 5:
Segundo Ferreira (1965) apud Baptista 
(2010, p. 15), o planejamento se organiza 
por operações complexas e interligadas, 
que se relacionam em um processo dinâ-
mico e contínuo, que são:
Assinale a alternativa correta.

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