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Direito Civil - Obrigações 1

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UNIDADE 1 
Conceito e Importância do Direito das Obrigações
É o primeiro livro da parte especial do Código Civil Brasileiro, mas que contém grande relevância para as demais vertentes do Direito.
Conceitos doutrinários do assunto:
- Álvaro Villaça Azevedo - “a obrigação é a relação jurídica transitória, de natureza econômica, pela qual o devedor fica vinculado ao credor, devendo cumprir determinada prestação positiva ou negativa, cujo inadimplemento enseja a este executar o patrimônio daquele para a satisfação de seu interesse”.
- Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho - obrigação é a “relação jurídica pessoal por meio da qual uma parte (devedora) fica obrigada a cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação patrimonial em proveito da outra (credor).”
 A palavra “obrigação” ostenta várias acepções de emprego quotidiano, sendo que duas devem se destacar, obrigação enquanto dever não jurídico e obrigação enquanto função jurídica (sentido lato / strito).
Deveres não patrimoniais (lato)
Deveres patrimoniais (strito).
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DAS OBRIGAÇÕES: 
a) Elementos subjetivos: o credor (sujeito ativo) e o devedor (sujeito passivo).
b) Elemento objetivo imediato: a prestação.
c) Elemento imaterial, virtual ou espiritual: o vínculo existente entre as partes.
Conforme dito anteriormente, a relação obrigacional é composta por três elementos fundamentais: 
- Sujeito ativo ou sujeito passivo;
- a prestação do vínculo jurídico.
 Assim, nas relações obrigacionais, o sujeito passivo (devedor) obriga-se a cumprir uma prestação patrimonial de dar, fazer ou não fazer (objeto,) em benefício de um sujeito ativo (credor). 
Analisemos estes elementos:
SUJEITOS DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL: O credor é o titular do direito de crédito, ou seja, é o detentor do poder de exigir, em caso de inadimplemento, o cumprimento coercitivo da prestação pactuada. O devedor por sua vez, sujeito passivo da relação obrigacional, é a parte a quem incumbe o dever de efetuar a prestação. 
PRESTAÇÃO: É a atividade positiva ou negativa do devedor, satisfativa do interesse do credor. 
VÍNCULO JURÍDICO: Cuida-se do elemento espiritual ou abstrato da obrigação, consistente no vínculo jurídico que une credor ao devedor. 
Importante dizer, que com relação as prestações, que constituem objeto direto da obrigação, elas poderão ser: 
a) positivas: de dar (coisa certa/incerta) e de fazer 
b) negativas: de não fazer
Fontes das Obrigações
 | 
As fontes do direito são os meios pelos quais se formam ou se estabelecem as normas jurídicas. Trata-se e outras palavras, de instâncias de manifestação normativa: a lei, os costumes, a analogia, a jurisprudência, os princípios gerais do direito, a doutrina e a equidade. 
O objetivo da presente aula é o estudos dos fatos jurídicos que dão origem não as normas jurídicas, mas sim as relações obrigacionais. 
Portanto, estudaremos as fontes das obrigações. 
a) Lei - é a “fonte primária ou imediata de todas as obrigações, pois, como pudemos apontar em páginas anteriores, os vínculos obrigacionais são relações jurídicas”.
b) Contratos – “são tidos como fonte principal do direito obrigacional, afirmação com a qual é de se concordar integralmente. Como exemplo, podem ser citadas as figuras tipificadas no Código Civil de 2002, tais como a compra e venda o contrato estimatório, a doação, a locação, o comodato, o mútuo, a prestação de serviços, a empreitada, o depósito, o mandato, entre outros             tipos. Para fins didáticos, demonstrando que a concepção de contrato não se confunde com a de obrigação, pode-se conceituar o primeiro, em uma visão clássica ou moderna, como o negócio jurídico bilateral ou plurilateral que visa à criação, modificação e extinção de direitos e deveres com conteúdo patrimonial. Esse conceito, seguido amplamente na doutrina brasileira, está inspirado no art. 1.321 do Código Civil italiano.
c) Os atos ilícitos e o abuso de direito - são fontes importantíssimas do direito obrigacional, com enorme aplicação prática. Gerando o dever de indenizar, é forçoso entender que o abuso de direito (art. 187 do CC) também constitui fonte de obrigações.
d) Os atos unilaterais – “Há também os negócios de natureza unilateral (formados por manifestação de uma só vontade), como o testamento e a promessa de recompensa (declaração unilateral de vontade), que também são fontes de obrigações”. (Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho)
e) Os títulos de crédito - são os documentos que trazem em seu bojo, com caráter autônomo, existência de uma relação obrigacional de natureza privada. Têm tratamento no Código Civil, a partir do seu art. 887. “A codificação privada somente se aplica aos títulos de crédito atípicos, aqueles sem previsão legal específica (art. 903 do CC).” (MANUAL DE DIREITO CIVIL VOLUME ÚNICO – FLÁVIO TARTUCE)
Direitos Reais x Direitos Pessoais
Tema de bastante relevância no Direito das Coisas é a diferenciação entre os direitos reais e os direitos pessoais. 
Veremos na aula de forma mais pontual. 
Diferenças: 
a) Os direitos reais têm como conteúdo relações jurídicas estabelecidas entre pessoas e coisas, relações essas que podem ser diretas, sem qualquer intermediação por outra pessoa, como ocorre nas formas originárias de aquisição da propriedade, caso da usucapião.Portanto, o objeto da relação jurídica é a coisa em si. Nos direitos pessoais de cunho patrimonial, o conteúdo é a existência de relações jurídicas estabelecidas entre duas ou mais pessoas, sendo o conteúdo imediato a prestação. 
b) Os direitos reais sofrem a incidência fundamental do princípio da publicidade, diante da importância da tradição e do registro; os direitos pessoais patrimoniais são influenciados pelo princípio da autonomia privada, de onde surgem os contratos e as obrigações.
c) Enquanto nos direitos reais, o rol é taxativo (art. 1.225 do CC), de acordo com o entendimento ainda majoritário de aplicação do princípio da tipicidade; nos direitos pessoais patrimoniais, o rol é exemplificativo, o que pode ser retirado do art. 425 do CC. 
d) Os direitos reais geram o direito de sequela, respondendo a coisa, onde quer que ela esteja. Os direitos pessoais geram a responsabilidade patrimonial dos bens do devedor pelo inadimplemento da obrigação.
e) Os direitos reais têm caráter permanente; enquanto que os direitos pessoais de cunho patrimonial um suposto caráter transitório.
UNIDADE 2
Espécies de Obrigações I; Obrigações Propter rem. Obrigações em Relação ao seu Vínculo, Obrigações quanto à liquidez do objeto
Obrigações que geram efeitos reais. É o caso da obrigação propter rem, ou própria da coisa; também denominada obrigação ambulatória, pois segue a coisa onde quer que se encontre. A título de exemplo, podem ser citadas as obrigações tributárias que recaiam sobre o imóvel (IPTU) e a obrigação do proprietário de pagar as despesas de condomínio.
Conforme explica o Doutrinador Tartuce são aquelas que mant´ém-se entre os direitos patrimoniais e os direitos reais, perseguindo a coisa onde quer que ela esteja, tem caráter hibrido por não decorrer da vontade do titular, mas ainda sim decorrer da coisa.
A obrigação  propter rem é uma relação entre o atual proprietário e/ou possuidor do bem e o obrigação decorrente da existência da coisa. Destaque-se que a obrigação é imposta ao titular  adquirente da coisa, que se obriga a adimplir com as despesas desta.
1. Observe Jurisprudência a respeito das obrigações propter rem: 
Despesas Condominiais. Cobrança. Ilegitimidade passiva ad causam. Preliminar rejeitada pela sentença. Reiteração em sede recursal. Impropriedade. A contribuição para as despesas do condomínio edilício constitui obrigação de natureza "propter rem", onde a situação jurídica do obrigado representa uma amálgama de direito pessoal e real, não tendo preponderância, para efeito de legitimação passiva ordinária, a condição de possuidor ou proprietário da unidade autônoma sobre a qual recai a obrigação, pois prevalece, em contrapartida, o interesse da coletividade dos condôminos na obtenção de recursos paramanutenção da propriedade coletiva comum, podendo o condomínio credor eleger devedor aquele que possui uma relação jurídica vinculada à unidade autônoma, a exemplo do réu na qualidade de titular da unidade autônoma perante o registro imobiliário. Preliminar rejeitada.[6]
Espécies de Obrigações II; Obrigações quanto ao Conteúdo, ao Objeto e aos sujeitos
De acordo com o conteúdo da prestação, a obrigação pode ser positiva ou negativa. Será positiva quando tiver como conteúdo uma ação (ou comissão) e negativa quando relacionada com uma abstenção (ou omissão). Filiam-se entre as primeiras a obrigação de dar e fazer. A obrigação de não fazer é a única negativa admitida em nosso ordenamento jurídico.
1. Quanto ao conteúdo: 
a)  Obrigação positiva de dar: A obrigação positiva de dar pode ser conceituada como aquela em que o sujeito passivo compromete-se a entregar alguma coisa, certa ou incerta.
b) Obrigação positiva de fazer: A obrigação de fazer (obligatio ad faciendum) pode ser conceituada como uma obrigação positiva cuja prestação consiste no cumprimento de uma tarefa ou atribuição por parte do devedor. Exemplos típicos ocorrem na prestação de serviço e no contrato de empreitada de certa obra.
c) Obrigação negativa de não fazer: A obrigação de não fazer (obligatio ad non faciendum) é a única obrigação negativa admitida no Direito Privado Brasileiro, tendo como objeto a abstenção de uma conduta.
2. Classificação da obrigação quanto à complexidade do seu objeto:
a) Obrigação simples: Aquela que se apresenta com somente uma prestação, não havendo complexidade objetiva. Como exemplo, cite-se a hipótese de um contrato de compra e venda de um bem determinado.
b) Obrigação composta: Há uma pluralidade de objetos ou prestações.
3. Classificação das obrigações quanto ao número de pessoas envolvidas:
a) Solidariedade ativa - inicialmente, pode ser legal. Exemplo: solidariedade ativa entre locadores, nos termos do art. 2.º da Lei 8.245/1991. Pode ainda ser convencional, quando fixada por contrato, o que é mais comum.
b) Solidariedade passiva - também pode ser legal ou convencional, sendo a última também mais comum. Como exemplo de solidariedade passiva convencional, ilustre-se a existente entre locatários na locação imobiliária regida pela Lei 8.245/1991. Deve-se ter a devida atenção, pois fiador e devedor principal não são, em regra, devedores solidários. Isso porque é cediço que o fiador tem a seu favor o benefício de ordem previsto no art. 827 do CC, segundo o qual pode exigir que primeiro sejam demandados os bens do devedor principal, caso de um locatário, por exemplo. Em regra, por tal comando, o fiador é devedor subsidiário. Entretanto, é possível que o fiador fique vinculado como principal pagador ou devedor solidário (art. 828, II, do CC). Vale o esclarecimento diante de notória confusão, eis que, na grande maioria das vezes, é comum a estipulação contratual prevendo tal solidariedade.
c) Solidariedade mista ou recíproca - existente entre credores e devedores ao mesmo tempo, recebendo abordagem doutrinária.23 Também pode ser legal (v.g., locadores e locatários ao mesmo tempo, na locação imobiliária - art. 2.º da Lei 8.245/1991) e convencional (por força de contrato).
Cessão de Crédito; Da Cessão de Crédito e de Débito
A cessão de crédito pode ser conceituada como um negócio jurídico bilateral ou sinalagmático, gratuito ou oneroso, pelo qual o credor, sujeito ativo de uma obrigação, transfere a outrem, no todo ou em parte, a sua posição na relação obrigacional.
Aquele que realiza a cessão a outrem é denominado cedente. A pessoa que recebe o direito de credor é o cessionário, enquanto o devedor é denominado cedido. A última expressão não é recomendável, pois a pessoa não se transmite, mas tão somente a sua dívida. De qualquer forma, como a doutrina a utiliza, aqui será feito o mesmo, ainda que com ela não se concorde integralmente.
Enuncia o art. 286 do atual CC que “o credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação”.
Classificações da cessão de crédito:
I) Quanto à origem: 
a) Cessão legal - é aquela que decorre da lei, tendo origem na norma jurídica. É a que ocorre em relação aos acessórios da obrigação, no caso da cessão de crédito (art. 287 do CC). 
b) Cessão judicial - é aquela oriunda de decisão judicial após processo civil regular, como é o caso de decisão que atribui ao herdeiro um crédito do falecido. 
c) Cessão convencional - é a mais comum de ocorrer na prática, constituindo a cessão decorrente de acordo firmado entre cedente e cessionário por instrumento negocial (v.g., factoring). 
II) Quanto às obrigações geradas: 
a ) Cessão a título oneroso - assemelha-se ao contrato de compra e venda, diante da presença de uma remuneração. Pelo fato de poder ser onerosa, a cessão de crédito difere-se da sub-rogação. 
b) Cessão a título gratuito - assemelha-se ao contrato de doação, pela ausência de caráter oneroso. Nesse ponto até pode se confundir com o pagamento com sub-rogação. Entretanto, no plano conceitual, a cessão de crédito é forma de transmissão da obrigação, enquanto a sub-rogação é uma regra especial de pagamento ou forma de pagamento indireto. 
III) Quanto à extensão: 
a) Cessão total - é aquela em que o cedente transfere todo o crédito objeto da relação obrigacional. 
b) Cessão parcial - é aquela em que o cedente retém parte do crédito consigo. 
IV) Quanto à responsabilidade do cedente: 
a) Cessão pro soluto - é aquela que confere quitação plena e imediata do débito do cedente para com o cessionário, exonerando o cedente. Constitui a regra geral, não havendo responsabilidade do cedente pela solvência do cedido (art. 296 do CC). 
b) Cessão pro solvendo - é aquela em que a transferência do crédito é feita com intuito de extinguir a obrigação apenas quando o crédito for efetivamente cobrado. Deve estar prevista pelas partes, situação em que o cedente responde perante o cessionário pela solvência do cedido (art. 297 do CC).
Da cessão de débito:
A cessão de débito ou assunção de dívida é um negócio jurídico bilateral, pelo qual o devedor, com a anuência do credor e de forma expressa ou tácita, transfere a um terceiro a posição de sujeito passivo da relação obrigacional.
IMPORTANTE TRAZER à BAILA A CESSÃO DE CONTRATO: 
Apesar de não ser regulamentada em lei, a cessão de contrato ou cessão da posição contratual tem existência jurídica como negócio jurídico atípico. Nesse contexto, a categoria se enquadra no art. 425 do CC: “É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código”. A cessão de contrato pode ser conceituada como sendo a transferência da inteira posição ativa ou passiva da relação contratual, incluindo o conjunto de direitos e deveres de que é titular uma determinada pessoa. A cessão de contrato quase sempre está relacionada com um negócio cuja execução ainda não foi concluída. Para que a cessão do contrato seja perfeita, é necessária a autorização do outro contratante, como ocorre com a cessão de débito ou assunção de dívida. Isso porque a posição de devedor é cedida com o contrato.
Cessão de Contratos; Da Cessão de Contrato
Apesar de não ser regulamentada em lei, a cessão de contrato ou cessão da posição contratual tem existência jurídica como negócio jurídico atípico. Nesse contexto, a categoria se enquadra no art. 425 do CC: “É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código”. A cessão de contrato pode ser conceituada como sendo a transferência da inteira posição ativa ou passiva da relação contratual, incluindo o conjunto de direitos e deveres de que é titular uma determinada pessoa. A cessão de contrato quase sempre está relacionada com um negócio cuja execução ainda não foi concluída. Para que a cessão do contrato seja perfeita, é necessária a autorização do outro contratante, como ocorre com acessão de débito ou assunção de dívida. Isso porque a posição de devedor é cedida com o contrato.
Cessão de Contrato
A cessão de contrato tem grande e relevante função social, estando em sintonia com o art. 421 do CC. Isso porque o instituto possibilita a circulação do contrato, permitindo que um estranho ingresse na relação contratual, substituindo um dos contratantes primitivos. Ilustrando, essa forma de transmissão ocorre em casos como na locação em que for admitida a sublocação, no compromisso de compra e venda (contrato com pessoa a declarar - arts. 467 a 471 do CC) e no mandato, com a previsão de substabelecimento. Outro exemplo prático envolvendo a cessão de contrato envolve o contrato de gaveta. Em negócios de incorporação imobiliária é comum que o comprador ceda a sua posição contratual a outrem, sem a ciência ou concordância do vendedor. A jurisprudência nacional é dividida sobre a validade ou não dessa cessão contratual, justamente diante da ausência de concordância da outra parte contratual.
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