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SURDEZ CONGÊNITA Introdução Permanente. Unilateral ou bilateral, sensorial (órgão de Corti), condutiva (deformação de orelha externa, agenesia de conduto) ou neural (hiperbilirrubinemia)/dissincronia (crianças em UTIs). → a Despolarização do nervo acontece de forma sincrônica, qualquer doença do nervo auditivo pode gerar dissincronia na informação do nervo. A criança nunca vai ter a compreensão da linguagem, porque não tem a memória auditiva. Essa dissincronia faz parte do espectro de doenças da neuropatia auditiva Em média de 30 a 40 dB ou mais, nas frequências importantes para o reconhecimento da fala (500-4000Hz) Sensorial: órgão de Corti Neural: trajeto de nervos Triagem auditiva Prevalência de doença congênita é muito maior que as doenças vistas na triagem do teste do pezinho. A triagem auditiva é uma politica recente. Há duas formas de fazer a triagem: por meio do teste da orelhinha ( teste de otenções acústicas?) ou potencial evocado auditivo do tronco encefálico (PEATE)/BERA triagem. O teste da orelhinha funciona assim: através de um aparelho mandam emissão acústica para o ouvido, as células ciliadas emitem outro som de volta. Através desse movimento das células ciliadas, conseguimos triar se a criança escuta. Porém, a cóclea e o sistema condutivo podem estar funcionando e a parte neural com problema ( as fibras nervosas podem estar em dissincronia), nesse caso o teste da orelhinha é falho. O que acontece, na legislação o único que tem autorizado pelo governado é o teste da orelhinha, porém para alguns casos esse teste pode ser falho. Nas neuropatias auditivas, por exemplo, o teste da orelhinha pode dar normal. Como acontece? A criança faz o teste da orelhinha, se não passar no teste, refaz o teste em até 30 dias. Ela pode não passar por vários motivos, por exemplo, obstrução condutiva, resíduos do parto. Se refez o teste em 30 dias e continua negativo, a criança deve ser encaminhada para o pediatra/otorrino para reavaliação. Exame mais completo é o BERA, consegue avaliar o limiar auditivo da criança. Então, se o segundo teste do pezinho dá negativo, encaminha para especialista. A criança vai fazer o BERA triagem e vai passar com uma avaliação na fonoaudióloga. Quando vamos suspeitar de uma patologia retrococlear, em que o teste da orelhinha não é o melhor exame? Há indicadores de risco para deficiência auditiva. Toda a criança que tem FR para deficiência auditiva, obrigatoriamente em vez de fazer o teste da orelhinha ela faz o BERA triagem (mas também faz o teste da orelhinha para avaliar se a cóclea está funcionando). Neuropatia auditiva, geralmente vai dar teste da orelhinha positivo e vai falhar no BERA triagem. Resumindo: teste 1 da orelhinha negativo → teste 2 da orelhinha negativo(refaz em até 30 dias) → BERA Quais são os indicadores de risco para deficiência auditiva? -Pais suspeitam que criança é surda - HF de surdez -Mais de 5 dias em UTI -Ventilação extracorpórea -Uso de ototóxicos no período neonatal -Anóxia neonatal -Apgar de 0-4 no primeiro minuto -Infecção congênita: STORCH -Anomalias craniofaciais -Síndromes genéticas -Distúrbios neurodegenerativos → As crianças que tem FR, mesmo que tenham dado exame normal, tem de avaliar em até 3 anos, porque ela pode evoluir depois. Quanto antes diagnostica uma criança surda, melhor vai ser o desenvolvimento dela. Tem que buscar uma intervenção médica e fonoaudiológica em até 6 meses. Pode se implantar um implante coclear antes de 1 ano de idade, mas necessita de diagnóstico precoce. → Outras situações que podem gerar surdez congênita: DM gestacional, medicamentos, doenças obstétricas (pré-eclâmpsia, eclâmpsia), surdez genética Síndromes com alteração auditiva Síndrome de Waardenburg: mancha branca no cabelo, heterocromia Síndrome de Alport: doença renal Síndrome de Usher: cegueira e ataxia cerebelar Doença de Pedred: tiroide Síndrome de Huler: mucopolissacaridose Tratamento Não existem muitos tto cirúrgicos: fechamento de fistula perilinfática; excisão cirúrgica de neurinoma acústico O principal são as próteses auditivas: de inserção ou retroauriculares Antimicrobianos sífilis Corticoterapia: autoimune, súbita, idiopática Implante coclear *Paciente com agenesia de orelha externa: prótese auditiva implantada Perdas auditivas genéticas: implante coclear → estimula diretamente as células ciliadas para ocorrer a despolarização. Pode ser implantada em paciente que já ouviu e ficou surdo, por exemplo que teve meningite. Em pacientes surdos mudos (sempre) não faz sentido implantar. A inserção do eletrodo é feito através da abertura do osso temporal, pode haver uma lesão do nervo facial. VESTIBULOPATIAS PERIFÉRICAS Labirinto posterior: sintoma comum, que é a tontura. Na emergência esta entre as 10 mais procuradas Pop mais acometida são os idosos e as mulheres Imagem da base do crânio: anterior a cóclea, posterior o vestíbulo e os canais Orelha interna fica na porção petrosa do osso temporal; Região anterior fica a cóclea; Região posterior fica o sistema vestibular. Labirinto é dividido em 2 porções: - Na porção vestibular: composta pelo utrículo e pelo sáculo e por 3 canais semicirculares (anterior/superior, lateral/horizontal e posterior) Os canais semicirculares de cada lado estão dispostos em ângulos retos entre si: movimentos tridimensionais; Pares sinérgicos - máxima excitação em um = máxima inibição de outro. K+ fica elevado tanto na cóclea quanto no vestíbulo para estimular trocas celulares; Órgão sensorial do vestíbulo também são células ciliadas, e ficam nos canais semicirculares, no final de cada um, onde há a cúpula; Dentro dos canais semicirculares MT-→ cadeia ossicular (a base do estribo está sob a janela oval)→ janela oval → cavidade óssea dentro do osso temporal → perilinfa (constituição parecida com o liquor) →dentro dessa cavidade óssea há ductos membranosos (saculo, utrículo e os canais semicirculares) → dentro tem endolinfa *diferença da endo e peri é o potencial, o que gera a despolarização Ampolas Extremidades dos canais semicirculares → cúpula: interior das ampolas, massa gelatinosa, composição mucopolissacaridica, recobre os cilios das cels ciliadas, mesma densidade da endolinfa Órgão sensorial do vestíbulo são células ciliadas nos canais semicirculares chamadas cúpulas, a diferença entre o órgão de Corti e as cúpulas, é que nas cúpulas há um gel, quando há movimento da cabeça o gel fica se movimentando, mexendo os cílios → trocas iônicas → despolarização Acelerações angulares de cabeça, acelerações tangenciais, forças lineares constantes e equilíbrio dinamico. Ocorrem trocas eletrolíticas e estímulo do nervo vestibular; → Máculas Órgão sensorial do utrículo e do saculo: células ciliadas + gel + pedrinhas de cálcio (estatocones/otolitos) Os otólitos dão as ações de gravidade, força centripeta. Baixou a cabeça, pedrinhas vão baixar, mandando a informação para o cerebro Massa gelatinosa, composição mucopolissacadica Sobre elas estão as estatocônicas/otólitos (corpusculos de carbonato de cálcio com produção e renovação constantes). Informações do utriculo: acelerações lineares da cabeça, gravidade, força centrifuga, e posição anteropost da cabeça Informações do saculo: forças gravitacionais → Estatoconias/otólitos soltam-se do utriculo Migram para canais semicirculares Ductos ductotiliase Cupulas cupulolitiase Ao alterar a densidade da endolinfa gera vertigem. Doença mais comum que gera tontura. As vezes as pedras se soltam, circulando livremente pelos canais semicirculares, elas se movimentam e mudam a densidade da endolinfa, mandando uma informação errada para o cérebro que estamos em movimento → labirintopatia periférica mais prevalente. Tontura: sensação ilusória de movimento sem movimento real Vertigem: é um tipo de tontura em que há sensação de movimento rotatório ou oscilatório ou flutuante VPPB (vertigem posicional paroxística benigna) (etiologia: otólitos soltos nos canais semicirculares) Causa mais comum de vertigem: 17% dos casos +40-60 anos Maioria resolve em meses espontaneamente+ canal posterior (80% dos casos/ canal lateral (15% dos casos)/ canal superior é raro 50-70% tem causa primaria: sem nenhuma causa específica Secundária: mais em TCE, neuronite vestibular, doença de Meniere Ocorre devido à movimentação dos otólitos, saindo em direção aos canais semicirculares e mudam densidade da endolinfa. Isso ocorrer espontaneamente, pós trauma ou concomitante a alguma doença do labirinto. MC: crises de vertigem precipitadas por mudança na posição ou por movimentos da cabeça, que duram segundos e que costuma cessar espontaneamente. Pentear o cabelo, estender a roupa Labirinto membranoso Contém a endolinfa Esse líquido vai sendo reabsorvido no espaço subaracnóideo, se isso não ocorre, enche de endolinfa e pressiona todo o sistema. Ocorrendo surdez e vertigem, isso se chama hidropisia endolinfática. Quem mantém o potencial da endolinfa alto é a estria vascular (microvasculatura), secreta íons de potássio Síndrome de Meniere Excesso de endolinfa → lesão da cóclea, órgão de corti, mácula, cúpulas → síndrome de Meniere Hidropsia endolinfática de causa conhecida (Hiperglicemia, hipertriglicidemia, hiperinsulinismo, alterações tireoidianas e ovarianas, erros alimentares. Tto é dieta e correções das alterações hormonais) 1) Vertigem, duração de minutos a horas, sem fator desencadeante; 2) Zumbido; 3) Hipoacusia flutuante, com piora nas crises; 4) Plenitude auricular. Doença de Meniere: Mesmos sintomas da síndrome porém com causa idiopatica/desconhecida; Comum nos adultos na 4 decada, tanto em homens quanto em mulheres Exames Diagnósticos: Teste de desidratação do glicerol; Eletrococleografia; Prova calórica-normal, hipo ou hiperreflexia (avalia se o labirinto está com reflexo ou não); Potencial evocado piogênico vestibular (VEMP); Exames laboratoriais e de imagem. Tratamentos: Conservadores: Dieta hipossódica ou hipocalórica; Diuréticos: HCTZ; Sedativos vestibulares – betaestina, benzodiazepínicos; Antieméticos: dimenidrato; Nervo vestibular Ao despolarizar a cúpula e a mácula, o estímulo vai para o nervo vestibular Milhares de axonios oriundos das cristas e das maculas Nervo vestibular superior: CCL+ CCS+ utrículo Nervo vestibular inferior: CCP+ saculo Neuronite vestibular Qual a doença do nervo vestibular: neurite ou neuronite do vestibular MC: Crise de vertigem intensa; Nausea, enjoo; Desequilibrio; Duração de dias, geralmente procura PS Supõe-se que a causa seja viral ou inflamatória -HSV1 Geralmente em 6 meses tem recuperação completa (da função do labirinto) + Dano seletivo do ramo superior Tratamento: Corticoterapia; Sedativos vestibulares; Reabilitação vestibular. Neurinoma do acústico ou Schawanoma vestibular (tumor benigno): Compressão, estiramento do nervo ou bloqueio da vascularização labiríntica; Progride em direção ao ângulo pontocerebelar (ponto mais comum), pode comprimir o tronco encefálico; Sintomas: alterações auditivas, alterações vestibulares… Tto: acompanhamento ou cirurgia, dependendo do crescimento do tumor. Qual o problema da cirurgia? Pode causar lesão no nervo (?). Indicações de exame de imagem (RNM de orelha interna) ou BERA pensando do neurinoma: Perda Auditiva unilateral ou assimétrica; Perda Auditiva súbita (até 3 dias); Baixa discriminação vocal na audiometria, com audiometria tonal normal (IPRF < 60%); Zumbido unilateral; Ausência de reflexo estapediano unilateral na imitanciometria; Hiporreflexia ou arreflexia vestibular unilateral N vestibular, n coclear, n facial → MAI O nervo vestibular entra no MAI com outros dois nervos: coclear e o facial. Quando tem um tumor, pode ter paralisia facial e perda auditiva (geralmente tumores grandes) Em direção ao tronco encefálico no assoalho do IV ventrículo, onde se encontram os núcleos que possuem conexões entre si ipsilaterais e com o lado oposto pelas conexões comissurais O que mais mantém o equilíbrio? Visão (noção do espaço), sistema proprioceptivo (fibras musculares, articulações), informações são integradas pelo nosso cerebelo Conexões intermediadas pelo talamo → sistema vestibular → sistema visual oculomotor → sistema proprioceptivo somatossensorial → giro pós central → informações integradas e processadas → vias eferentes → realização → Alterações do tronco encefálico ou cerebelares Tronco: desequilíbrio corporal, sensação de fraqueza dos MMI, fotofobia, outros Cerebelares: marcha atáxica, dismetria, disdiadococinesia, hipotonia muscular global → Testes: (53:17) Teste de Romberg: 1 min de olhos fehcados em posição ortostatica. Lateriza para lateral é periferico. Quando verticaliza é mais problema central Teste de Fukuda: conta 60 passos com ele com olhos fechados e marchando, avalia se rotação >30 graus ou .. mais de 1 metro Unterberger: parecido com fukuda Lateropulsao ou desvio lat brusco: deficiti otolitico Descio >30 graus para o lado da lesao + deslocamento > 1 m : deficit vestibular Desvio ate 30 graus Exame fiscio de provas cerebelars Ponta dedo nariz Diadocinesia: pronação e supinação, mão e pes Pesquisa do olhar conjugado: segue dedo do examinador Reflexos vestibulo ocular: mantem a visao estavel vestibulo espinhal vestibulo colico: sustenta o pescoço Cabeça imovel: estimulos labirintos simetricos Cabela em movimento: estimulos assimetricos Movimento excita o labirinto ipsilateral Ex.: movimento para direita, labirinto direito estimulado Olho roda para o lado oposto ao movimento reflexo vestibulo ocular origem labirintos rapidamente é recolocado para o centro da orbita sacada origem: formação reticular do T encefalico: estabilizam a imagem na retina É a origem do nistagmo Persistencia da assimetria no repouso geram movimentos oculares→ nistagmo Componente lente: RVO Coponente rapida = sacada =direção do nistagmo registro = eletronistagmografia Nistagmo: horizontal, vertical ou … Irrtiação no labirinto esq = Hipofunção do labirinto direito movimento da cabeça p/ esquerda Central não fadiga o nistagmo, vestibular fadiga Nistagmo, RVO para direita lenta, sacada para esq (rapido) → nistagmo para esq Espontaneo/ semiespontaneo Periferico: diminui ou desaparece com o tempo, geralmente horizontal ou obliquo Centrsl: inalterado Presente: horizontal/mesma direção/latencia/esgotavel/paroxistico/ com tontura ou enjoos Central ou drogas: sem latencia/multidirecional ou vertical/ inesgotavel/sem tontura Ausente DX da VPPB Clinico Manobras indentifivação do canal semicircular acometido Mecanismo fisiopatologico Manobras de dix-hilpike: posicao sentada, cabeça virada 45, inicia lado referido, muda rapido para cabeça pendente, mantendo a inclinação a 30 graus, retonra a posição sentada Teste da rotação supina ou head roll test Nistagmo tipico: canal semicircular post → bate para cima e tem componente torcional Nistagmo de psocionamento e de posição: indicam disfuncao vestibular se acompanham de vertigens e enjoos Ex complementates: RX simples da coluna cervical (AP+P + obliquo) TTO: canais posteriores (epley), canais laterais (lempert), canal anterior ( epley invertida) Melhora espontanea: 15-23# Recidiva:32% Descartar lesoes centrais se não melhorar Doença de Meniere Exames dx: teste de desidratação de glicerol, eletrococleografia, prova calorica ( normal, hipo ou hiperreflexia), potencial evocado miogenico vestibular, exames labs e de imagem Audiometria tonal e vocal PA neurossensorial + boa discriminação vocal – provavel cocleopatia PA neurossensorial + ma discriminação vocal – provavel afeccao retrococlear/ surdez imunomediada PA condutiva: otosclerose/OME/OMC PA mista Exames Hemograma VHS glicemia hb glicada curva glico insulinemica de 3h se suspeita ou antecedentes familiares gama GT CT doença de meniere: hipossodica e hipocalorica, usa hidroclorotiazida, sedativos vestibulares: betaistina, antiemeticos: dimenidrato Procedimentos invasivos: gentamicina intratimpanica, cx da descompressao NEURONITE VEST tto: corticoterapia em alta doses, sedativos vestibulares, reabilitação vestibular Trata a crise aguda, o labirinto que foi afetado perde a função. Parafazer o cerebro compensar faz reabilitação vestibular: fisio ou fono ARREFLEXIA VEST Meningite, traumaa,infecções, tumores, otosclerose, cx otologicas, d imunologicas ototoxicidade: gentamicina, lesao em toda orelha interna (vestibular e auditiva). Pode causar lesao irreversivel Osciloscopia ENXAQUECA VESTIVULAR Vertigem com duração de 5-60’ plenitude auricular, zumbido, fto ou fonofobia, hiperacusia, intolerancia aos movimentos da cabeça, vertigem visual TTO é o controle da enxaqueca CINETOSE Mudança de direção e/ ou amplitude do vetor da aceleraçao em viagens motorizadas tontura, sudorese, palidez, salivação, bocejos, cefaleia, sensação de desmaio, nauseas, vomitos, mal estar generalizado + mulheres e crianças>2 anos TTO: estrategias ambientais e adaptação Em resumo: VPPB MENIERE AUMENTO DA ENDOLINFA neurite vvestibular: vertigem intensa com nauseas e vomitos Migranea vestibular: surtos recorrentes de tonura
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