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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS-UEG ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA DE GOIÁS-ESEFFEGO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA POLLYANA SANTANA DA SERRA APORTE TEÓRICO DOS TÉCNICOS DAS GINÁSTICAS DE COMPE TIÇÃO GOIÂNIA 2018 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS-UEG ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA DE GOIÁS-ESEFFEGO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA POLLYANA SANTANA DA SERRA APORTE TEÓRICO DOS TÉCNICOS DAS GINÁSTICAS DE COMPE TIÇÃO Trabalho final de curso apresentado na forma de monografia, como exigência curricular para obtenção do certificado de professor licenciado em Educação Física pela ESEFFEGO UEG, sob a orientação da Prof. Ms. Samanta Garcia de Souza. GOIÂNIA 2018 Pollyana Santana da Serra APORTE TEÓRICO DOS TÉCNICOS DAS GINÁSTICAS DE COMPETIÇÃO Trabalho de conclusão de curso apresentado em_____de________________de_______, aprovado pela Banca Examinadora constituída pelos membros: _________________________________________________ Professor Orientador _____________________________________________ Professor Parecerista 1 _____________________________________________ Professor Parecerista 2 AGRADECIMENTOS A formação docente é resultado de diferentes fatores internos e externos de um indivíduo. Com a conclusão de mais um ciclo é possível refletir a respeito dos valores singulares presentes em minha formação. Descobrir-me sujeito de meus valores e práticas foi a mais singela das realizações que pude alcançar, e a partir do fechamento deste trabalho, que representa a soma de meus esforços e aprendizados, sinto-me grata por perceber que em toda esta caminhada não estive só. Agradecimentos são necessários, não apenas como forma de enumerar nomes de prestígio, mas como modo de consagrar em um registro minha eterna gratidão a aqueles que fizeram parte dessa trajetória acadêmica. A Deus, que me ofertou o dom da vida e a força para buscar o conhecimento e sabedoria. Princípios fundamentais para minha futura atuação docente. À família, meus pais, irmãos e avós, elo eterno, sustento e compreensão em meio às fraquezas, conforto e apoio para que eu nunca desistisse. À minha orientadora Samanta Garcia, grande inspiração profissional desde o inicio dessa trajetória. Demonstro minha eterna gratidão por tudo que me ensinou e continua ensinando, por plantar em mim um crescente amor pela ginástica, que certamente ainda irá gerar muitos frutos. RESUMO: A carência de práticas de formação teórica especializada e, cursos para a preparação de técnicos são temas postulados por importantes teóricos do campo científico, voltado ao desenvolvimento de atletas da ginástica competitiva a nível nacional. Em função de tal carência, busca-se compreender como se dá a construção do aporte teórico que vem sendo utilizado por técnicos da respectiva modalidade. Por meio de levantamento teórico, pesquisas de campo, interpretação de dados de cunho quanti-qualitativo que se dará pela análise estatística e discursiva das entrevistas aplicadas a treinadores das modalidades competitivas de ginástica, aplicação de questionário aberto, em grandes campeonatos das diferentes modalidades de ginástica de competição, realizados no ano de 2017, a nível nacional. O apanhado teórico construído por meio deste trabalho científico permitiu constatar a base do trabalho dos técnicos, os conhecimentos essenciais para a formação de atletas e a relevância da experiência prática como ex-atleta no treinamento de novos atletas. A pesquisa reforça a necessidade, já discutida por outros autores como Nunomura e Piccolo (2003), sobre a importância de implementação de cursos de especialização voltados para formação de técnicos das diferentes modalidades gíminicas competitivas em campo nacional. Palavras-chave: ginástica; treinador; formação. ABSTRACT: The lack of specialised theoretical training practices and courses for the preparation of technicians are topics postulated by important theorists of the scientific field, focused on the development of competitive gymnastics athletes at national level. Due to this lack, it is sought to understand how the construction of the theoretical contribution that is being used by technicians of the respective modality is given. By means of a theoretical survey, field surveys, quantitative-qualitative data interpretation will be given by the statistical and discursive analysis of the interviews applied to trainers of the competitive gymnastics modalities, application of an open questionnaire, in major championships of the different gymnastics modalities competition in the year 2017 at the national level. Theoretical survey constructed through this scientific work allowed to verify the basis of the work of the technicians, the essential knowledge for the formation of athletes and the relevance of the practical experience as ex-athlete in the training of new athletes. The research reinforces the need, already discussed by other authors such as Myrian Nunomura and Piccolo (2003), about the importance of implementing specialisation courses aimed at training technicians of the different competitive modalities in the national field. Keywords: gymnastics; trainers; formation. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 7 CAPÍTULO I- Referencial Teórico .......................................................................................... 8 1.1- Ginástica de Competição ............................................................................................. 8 1.2- Ginástica Artística ........................................................................................................ 9 1.3- Ginástica Rítmica ....................................................................................................... 10 1.4- Ginástica de Trampolim ............................................................................................. 11 1.5- Ginástica Acrobática .................................................................................................. 12 2- Treinamento Esportivo.................................................................................................. 13 CAPÍTULO II- Metodologia .................................................................................................. 14 CAPÍTULO III- Resultados ................................................................................................... 17 CAPÍTULO IV- Discussão ..................................................................................................... 20 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 21 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 23 APÊNDICES ........................................................................................................................... 25 7 INTRODUÇÃO A vivência positiva nas disciplinas de Ginástica na formação acadêmica inspirou mais dedicação à temática, em contrapartida, tal vivência me fez pensar na ausência deste conteúdo e nos poucos espaços para uma prática mais “especializada” desta modalidade na cidade de Goiânia, e em outras grandes cidades do país. Nunomura e Piccolo (2003) relatam a falta de cursos para a formação de técnicos, motivo que faz com que alguns técnicos estrangeiros venham ministrar cursos rápidos, o que não resolve totalmente o problema, uma vez que nãohá continuidade e nem a supervisão na formação profissional, o que justifica a falta de espaços especializados para a prática da modalidade em questão. Considerando esses aspectos, surgem então alguns questionamentos em relação aos treinadores de ginástica, e sobre onde eles buscam seus conhecimentos para formar seus futuros atletas. A partir disso, é importante que se faça uma reflexão sobre a maneira pela qual a modalidade é ensinada, e, por conseguinte, refletir sobre a necessidade de criação de mais cursos de especialização e de um aprofundamento de pesquisas sobre as técnicas transmitidas pelos treinadores das ginásticas de competição. Ao observar na literatura, o processo de formação esportiva com foco nas ginásticas de competição ainda é carente de investigações. É comum, atualmente, encontrar ex atletas de alto nível que se tornam técnicos e que apenas repetem métodos de treinamento que foram passados por seus treinadores, mesmo sem premissas científicas, como foi relatado por Schiavon et al (2014), que através de uma pesquisa se pôde constatar que a grande maioria dos entrevistados utilizavam de suas experiências prévias como atletas da modalidade para o ensino das técnicas. Alguns autores como Nunomura, Carbinatto e Carrara (2013), e Barros et al (2016) reforçam sobre a necessidade de uma formação específica para treinadores, considerando que apenas o conhecimento adquirido na graduação não é o suficiente para a intervenção desses profissionais no contexto esportivo. Pereira, Cesário e Andrade (2012) constataram através de análises bibliográficas algumas pesquisas referentes à formação profissional, mais especificamente em ginástica, e que ressaltavam a necessidade de uma formação específica para os professores de Educação Física que querem atuar como técnicos dessa modalidade. Nesta direção é importante considerar os cursos de formação profissional (universidades) responsáveis pelo repensar os seus cursos, bem como, os pressupostos e os fundamentos de seus currículos. Destacam a necessidade da construção de propostas de estruturação da área de conhecimento da 8 Ginástica para os currículos dos cursos de Educação Física. (PEREIRA, CESÁRIO E ANDRADE, 2012, p. 73) Nunomura, Nista-Piccolo (2003) relatam sobre a carência de estudos científicos produzidos, e sobre sua importância na formação de técnicos. Sabemos que não é possível mais pensar em uma evolução de um esporte se não houver estudos científicos que sustentem seu crescimento, que subsidiem seu aperfeiçoamento técnico. A produção do conhecimento científico, nas diferentes dimensões que abarcam a prática de uma modalidade esportiva, auxilia a sua própria reestruturação, os seus avanços tecnológicos no que concerne à técnica e à tática. (NUNOMURA, NISTA-PICCOLO, 2003, p. 189) Considerando os pontos levantados, surgem então algumas indagações em relação ao aporte teórico utilizado pelos técnicos de ginástica competitiva, sobre quais as premissas utilizadas na formação dos atletas e se existe ou não qualificação para os treinadores das ginásticas de competição. De que maneira os técnicos das ginásticas de competição buscam se capacitar para o ensino das técnicas na iniciação esportiva? Assim o objetivo geral do presente estudo foi investigar o aporte teórico dos treinadores das ginásticas de competição. Enquanto objetivos específicos têm: identificar os técnicos das ginásticas de competição a nível nacional; compreender o que é necessário haver no treinamento dos atletas para que estes se tornem bons ginastas, segundo os técnicos pesquisados e analisar as principais influências na formação dos técnicos pesquisados. CAPÍTULO I- REFERENCIAL TEÓRICO 1.1- Ginástica de Competição As modalidades gimnicas exigem do indivíduo algumas competências como força, flexibilidade, velocidade, e se tratando das modalidades de competição, o treino tem foco no aumento do rendimento esportivo. Considerando que, o desenvolvimento das capacidades físicas ocorre na infância, recomenda-se então que a prática esportiva se inicie cedo. Corujeira et al (2012) afirma que a maioria dos ginastas de competição iniciam a prática da modalidade por volta dos 5 anos, e, após a entrada na adolescência, os treinos variam de 24 a 36 horas semanais. 9 A idade para regularização e/ou federação dos atletas depende da cultura esportiva de cada país, variando de 12 a 14 anos, exceto algumas modalidades esportivas, como a ginástica. Porém, existem alguns aspectos importantes a serem considerados antes da inserção da criança em atividades competitivas. Em termos biológicos, para determinação de participação em competições regulares, a criança pode começar a competir quando atingir os aspectos biológicos do desenvolvimento, como crescimento e maturação biológica apropriados. Quanto aos aspectos psicológicos a criança deve ser exposta gradativamente a experiências que exijam grandes responsabilidades ou pressões, devendo ser encorajada a participar dessas atividades. (ARENA, BÖHME, p.23,24, 2004). Portanto, é necessário que de antemão se faça uma avaliação para certificar se ela está apta para participar destas atividades, possibilitando assim que a criança consiga resultados positivos tanto no desenvolvimento das habilidades motoras quanto nos aspectos social e emocional. 1.2- Ginástica Artística A Ginástica Artística (GA), que chegou ao Brasil em 1824 mas foi oficializada apenas em 1951, vem se popularizando a cada dia devido à grande notoriedade internacional e midiática decorrente dos seus resultados expressivos nas competições. Segundo Nunomura et al (2009), essa notoriedade pode influenciar jovens e crianças na escolha da iniciação no esporte, mas, considerando o contexto competitivo, devem ser considerados alguns aspectos importantes. Atualmente, é comum iniciar cedo no esporte, em busca de obtenção rápida de conquistas, porém, isso opõe-se às necessidades das crianças, tendo em vista a importância das experiências motoras na infância para o aumento do acervo motor, e até na influência da escolha da modalidade esportiva a se praticar. No entanto, para atingir o alto nível é necessário passar por um longo processo de formação esportiva. Estima-se que são necessários de 8 a 12 anos de preparação para formar um atleta. No entanto, nas fases iniciais do processo não é possível predizer quem chegará ao alto nível, pois, acrescidas às qualidades físicas, outros fatores, como perseverança e desejo de atingir tal objetivo, também se relacionam ao atleta de elite. (TSUKAMOTO, NUNOMURA, 2005, p. 160) Na Ginástica Artística Feminina (GAF), os movimentos solo são executados com acompanhamento musical, influenciados pelos elementos corporais e tem como aparelhos 10 oficiais a mesa de salto, trave de equilíbrio e solo e barras paralelas assimétricas, enquanto que na masculina não se utiliza de acompanhamento musical, e apresenta como aparelhos oficiais as argolas, cavalo com arções, barras paralelas assimétricas, barras fixas e mesa de salto. No treinamento de GAF, podemos verificar que, embora a modalidade seja composta por quatro aparelhos e infinitas possibilidades de execução de elementos, a estruturação do treino se baseia em grande número de repetições. O processo de aprendizagem de um elemento de dificuldade é lento, pois este é separado em várias etapas e cada uma delas é executada diversas vezes até atingir o padrão técnico ideal. As infinitas horas de treinamento tornam a rotina quase inevitável. O caminho é longo até atingir o alto nível, associado ao estresse das competições no decorrer da carreira esportiva. (LOPES, NUNOMURA, 2007, p. 178) Durante a aprendizagem dos fundamentos são utilizados alguns aparelhos auxiliares e adaptados, com objetivo de aumentar as possibilidades, facilitar o aprendizado e garantir a segurança na execução do movimento.Dentre os equipamentos auxiliares estão o trampolim de molas, minitrampolim de molas, trampolim acrobático, plinto, rampa, octógono, cogumelo, banco sueco, espaldar e taquinhos. Quanto à segurança nos treinos, alguns recursos são utilizados para garantir proteção e aterrissagem durante a execução do movimento, como os colchões, proteção de trave, proteção de paralela e barrinha. É importante se garantir um bom ambiente físico, checar constantemente a estabilidade e as condições dos aparelhos, além de estar atento durante a execução do movimento, dando assistência física direta para se evitar o risco de lesões. 1.3- Ginástica Rítmica Com grandes influências do Método Sueco, a Ginástica Rítmica (GR) se compõe, de forma equilibrada, pelo manejo de aparelhos, que podem apresentar características específicas ou comuns de execução, combinados por elementos corporais e ritmo musical. Segundo PIRES (2003) a GR tem grande ligação e influência com a dança, devido à semelhança dos movimentos corporais, sendo bastante utilizadas nos treinos algumas técnicas da dança moderna, jazz, dança contemporânea, entre outros, e principalmente do ballet, para treinamento de equilíbrio. 11 Os aparelhos oficiais utilizados são: arco, bola, corda, fita e maças (que podem ser apresentados com uma diversidade de variações), e entre as formas de manejo mais comuns aos cinco aparelhos estão o balancear, fazer batidas, circundar, dobrar, equilibrar, lançar, prensar, quicar, rolar, entre outros. A definição de elementos obrigatórios para cada um dos aparelhos constitui o aspecto mais importante do conjunto de "regras" destinados a promover a elaboração de exercícios de competição com características específicas em cada um dos aparelhos utilizados. Assim, foi escolhido um grupo fundamental de elementos de técnica corporal para ser considerado como obrigatório em cada aparelho, tendo esta escolha sido ponderada relativamente às características específicas de cada um dos aparelhos, quer relativamente à técnica do manejo, quer relativamente à sua forma. (LEBRE, 1993, p. 13) Segundo Nunomura et al (2016), os fundamentos podem ser apresentados com uma diversidade de variações de execução em relação ao eixo, plano, trajetória que percorre, local de contato, amplitude e à posição do aparelho em relação aos planos anatômicos de orientação. Em nível de competição, a diversidade de movimentos e variedade de formas de execução é tão grande que dificilmente um espectador com pouco conhecimento da modalidade saberá identificar aspectos que são comuns a todos os exercícios. 1.4- Ginástica de Trampolim Apesar de sua origem desconhecida, segundo Pol et. al. (2008), na Idade Média artistas, que hoje os reconhecemos como circenses, utilizavam implementos que ajudavam na impulsão para a realização de acrobacias. Em 1930 o americano George Nissen criou o Trampolim, e o difundiu, juntamente com Larry Griswold, nos Estados Unidos da América. Só foi chegar ao Brasil no final da década de 1970, através do professor José Martins Oliveira Filho, de São Paulo. O trampolim é descrito por Pol et. al. (2008) como uma atividade natural, fácil e rítmica que proporciona aos praticantes diversão e a satisfação de pular cada vez mais alto, propiciando a execução movimentos especiais como o aterrisar sobre os pés, sentado, de frente ou costas e também a realização de decolagem fazendo uso dessas posições de aterrisagem. 12 A ginástica de trampolim se divide em três categorias: Trampolim, popularmente conhecido como cama elástica, duplo mini-trampolim e o Tumbling, onde são realizadas três séries de oito movimentos acrobáticos realizados em uma linha reta sobre a pista. Os saltos no Trampolim são divididos em três fases: impulsão, acrobacia e aterrissagem. Entre as formas de aterrissagem permitidas estão: em pé, sentado, em decúbito ventral e dorsal, não sendo permitidas aterrissagens de joelho, devido ao grande risco de lesões. As posições utilizadas e permitidas são: grupada, carpada, semigrupada e estendida, podendo utilizar de variações. 1.5- Ginástica Acrobática Também conhecida como Gacro, a Ginástica Acrobática surgiu na década de 1970 como modalidade competitiva, e tem se destacado pela possibilidade de ser praticada por várias pessoas de diversas estruturas físicas, além do baixo investimento, por não exigir a utilização de materiais caros comparado a outras modalidades gimnicas, para a prática da mesma. Entre os benefícios proporcionados, estão alguns aspectos psicomotores como a noção espaço-temporal, esquema corporal, flexibilidade, equilíbrio, força, entre outros. A Ginástica Acrobática é uma disciplina da Ginástica, onde todo o suporte é executado pelos próprios ginastas, não existindo qualquer tipo de aparelhos fixos ou portáteis. Esta disciplina reside na estreita colaboração entre dois, três ou quatro ginastas, exigindo uma harmonia de esforços, uma adaptação recíproca e uma concentração e atenção no(s) parceiro(s) que raramente se encontra em ouras modalidades desportivas, ou seja, diferencia-se das outras disciplinas da ginástica pelo facto de proporcionar trabalhos em grupo. (FERNANDES, 2016, p. 11) É dividida em cinco provas oficiais: pares femininos, pares masculinos, pares mistos, trios (apenas do sexo feminino) e quartetos (apenas do sexo masculino). Cada atleta tem sua função específica, que é divida em bases, intermediários e volantes, determinados de acordo com sua estrutura e capacidades físicas. A Gacro é composta por quatro exercícios obrigatórios: elementos individuais, exercícios estáticos, dinâmicos e combinados. 13 2-Treinamento Esportivo Segundo Tsukamoto, Nunomora (2005), a faixa etária mais apropriada para a iniciação esportiva é por volta dos 6 anos de idade, porém, a prática de modalidades esportivas deve ter foco principal em ampliar o acervo motor da criança e em torná-la uma prática esportiva prazerosa, para que futuramente a criança possa optar pela modalidade de sua preferência, e iniciar somente quando ela demonstrar que está pronta, para que não haja esgotamento ou insucessos na tentativa de se atingir o alto nível. Na iniciação esportiva na Ginástica, é importante oferecer a criança possibilidades de se explorar movimentos, respeitando sempre suas características individuais, o que ela consegue fazer e a maneira como ela executa cada movimento, não se preocupando com a execução perfeita dos movimentos, mas proporcionado a ela benefícios como a exploração e experimentação de movimentos dos mais simples aos mais complexos, promoção do controle corporal, entre outros, como cita Tsukamoto, Nunomora (2005). O treinamento esportivo é definido por Nunomura, Nista-Piccolo (2005) como um processo repetitivo e sistemático, composto por exercícios que visam o aperfeiçoamento do desempenho esportivo nos aspectos físico, mental, técnico e tático, e dentre os componentes do treinamento esportivo, o treinamento físico é o responsável pela melhora das capacidades motoras e, por conseguinte, o aumento do rendimento esportivo. Nesse processo, devem ser respeitados alguns princípios biológicos, como o princípio da individualidade biológica, da especificidade, da sobrecarga e o da reversibilidade, para obtenção de um bom resultado. É um processo de ações complexas porque atua em todas as características relevantes do desempenho esportivo; é um processo de ações planejadas, devido às relações entre seus componentes como objetivos, métodos, conteúdos, organização e realização; leva em consideração os conhecimentos científicos e experiências práticas do treinamento esportivo, controlado e avaliado durante e após sua realização, em relação aos objetivos propostos e alcançados; é um processo de ações orientadas, porque todas as ações dentro do treinamento são dirigidas/ orientadas para os objetivos almejados. (BÖHME,2003, p. 100) A transição da iniciação ao treinamento esportivo é um período importante para a formação do atleta, e requer uma boa capacitação dos técnicos para o ensino da modalidade. Porém, segundo Nunomura (2004), no Brasil não existe um sistema de formação de técnicos na Ginástica, o que fica a cargo das universidades através dos cursos de Educação Física ou especializações. 14 Na formação inicial e no desenvolvimento profissional dos treinadores o modelo mais utilizado corresponde à realização de cursos de formação com o objectivo de treinar o treinador para o domínio de competências previamente estabelecidas e ensinadas por especialistas. Algumas das críticas a este modelo referem-se ao seu pendor demasiado teórico, à pouca flexibilidade no momento de adaptar os conteúdos aos participantes e ao facto de ignorar o saber-fazer do treinador. (ROSADO, MESQUITA, 2007). O treinador então assume um papel fundamental, sendo, em partes, responsável pelo desempenho do atleta, e como conseqüência disso, é bastante cobrado para que o mesmo tenha um rendimento máximo, como destaca Hoshino, Sonoo e Vieira (2007). Portanto, de acordo com Brandão (2003), no treinamento esportivo é essencial uma formação completa do treinador, que, além de melhorar as habilidades físicas, técnicas e táticas do atleta, ele exerce também um papel fundamental como motivador, para assegurar uma boa performance apesar de toda pressão e cansaço das competições. CAPÍTULO II- METODOLOGIA Esse estudo possui como base o Positivismo, pois a pesquisa em questão visa compreender onde é fundamentado os conhecimentos específicos dos treinadores de modalidades competitivas de ginástica observados e determinados por meio da pesquisa, entendendo a relação entre os fatos estabelecidos pelos fundamentos teóricos fundamentados na performance desportiva e nas modalidades ginásticas de competição. O Positivismo, enquanto paradigma de pesquisa deste trabalho, possibilita determinar dois momentos (TRIVINOS, 1987): primeiro, o que é – caracterizado pela etapa em que fundamentam-se os elementos dos quais trata esta pesquisa; segundo, verifica-se o que são esses elementos no contexto objetivado na pesquisa – trata-se aqui da verificação de quais são os conhecimentos, fundamentados nas teorias de performance e desempenho desportivo, para os treinadores de ginástica competitiva atingirem resultados favoráveis no cenário nacional. São essas duas etapas partes do fundamento positivista que Trivinos (1987) considera, no qual o princípio da verificação é elemento constituidor da demonstração da verdade ou, no caso, do objetivo a ser investigado neste trabalho, ou seja, pelo positivismo vamos poder focar a pesquisa na investigação e verificação dos dados que compreendem nossa temática. Conforme perspectiva positivista deste trabalho, caberá a realização de uma pesquisa de campo caracterizada por ser aquela em que “os pesquisadores e suas equipes se deslocam até os sujeitos investigados” (MEDEIROS, 2006, p. 50), deste modo esta pesquisa será 15 realizada em campo, em grandes campeonatos das diferentes modalidades de ginástica de competição. A pesquisa será de cunho quanti-qualitativo. Segundo Fonseca (2002), a pesquisa quantitativa é centrada na objetividade e se baseia em dados brutos para a compreensão da realidade, recorrendo à matemática para descrever as causas de um fenômeno determinado. Já a pesquisa qualitativa tem foco na compreensão e explicação das relações sociais, e a utilização das duas, em conjunto, dá a possibilidade de se coletar mais informações do que se poderia isoladamente. Portanto, a utilização do método em conjunto se dará para analisar o discurso e fazer uma análise estatística. De acordo com Vergara (2000), “os dados podem ser tratados de forma quantitativa, isto é, utilizando-se procedimentos estatísticos, (...) Os dados também podem ser tratados de forma qualitativa como, por exemplo, codificando-os, apresentando-os de forma mais estruturada e analisando-os.” A autora ainda coloca que “é possível tratar os dados quantitativa e qualitativamente no mesmo estudo. Por exemplo, pode-se usar estatística descritiva para apoiar uma interpretação dita subjetiva ou para desencadeá-la.” (VERGARA 2000). Segundo Vergara (2000), “os questionários, (...) devem ser delineados e analisados com o mesmo cuidado e critério científico empregados nos estudos experimentais.” Assim, a questão é que o pesquisador não fique restrito, apenas, à apresentação dos resultados percentuais das respostas dos participantes. A proposta é que se tenha uma interpretação desses resultados. Ainda a metodologia, dentro do positivismo, que atenderá a esta pesquisa será a descritiva caracterizada por: Observar, registrar, analisar, descrever e correlacionar fatos ou fenômenos sem manipulá-los, procurando descobrir com precisão a frequência em que um fenômeno ocorre e sua relação com outros fatores (MATTOS, 2004, p. 15). Trata-se, assim, de uma pesquisa que objetiva, por meio de sua metodologia, “descrever uma dada realidade” (MEDEIROS, 2006, p. 50). A autora Medeiros (2006) aborda ainda a existência das chamadas variáveis, que significam qualquer situação que interfira nas medições e avaliações, que sejam negativas na pesquisa em campo e coleta de dados; quanto a isto, destaca-se que neste trabalho os elementos teóricos fundamentadores da pesquisa (conhecimentos específicos, objeto de 16 estudo da performance desportiva) não devem ser confundidos com as variáveis, pois não são situações que interferem despropositalmente desfavorecendo a pesquisa, antes, porém, são elementos teóricos que traçam esta pesquisa. Assim, considera-se que o estudo deste trabalho está fundamentado teoricamente em uma pesquisa positivista, pois conforme um dos alicerces já considerado neste estudo, a Psicometria, temos uma abordagem que mensura positivamente: Características ou atributos psicológicos mediante uso de escalas, testes e questionários padronizados, sob condições controladas, valendo-se de símbolos matemáticos (os números) no estudo científico dos fenômenos naturais (BARROSO, 2007, p. 72). Será utilizada a técnica de pesquisa por meio de Formulário (fechado, pois serão questões objetivas e não subjetivas), considerando que este é um meio que permite “obter informações diretamente do entrevistado” (LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.; 1985, p. 187), desta forma o Formulário torna-se a Técnica de Pesquisa por viabilizar o contato presencial entre o entrevistador e o entrevistado, o roteiro de pesquisa poderá ser preenchido pelo próprio entrevistador que pelo contato pessoal verá a necessidade de explicar de modo mais adequado o objetivo da pesquisa, ou também poderá ser preenchido pelo entrevistado. O formulário será composto por respostas fechadas, ora, portanto, o “inquirido apenas seleciona a opção (entre as apresentadas), que mais se adéqua à sua opinião” (UFF – Universidade Federal de Fluminense. Autor desconhecido). A amostra de entrevistados foi composta por técnicos das diferentes modalidades competitivas de ginástica, de ambos os sexos, de diferentes faixas etárias. Como critério de inclusão no estudo adotamos: ser técnico de uma equipe de competição; estar em uma competição oficial da Confederação Brasileira de Ginástica no período de 2017 e 2018 na cidade de Goiânia e proximidades; assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para o estudo foi elaborado um questionário com questões referentes à identificação, formação acadêmica, modalidades de ginástica que atua bem como informações referentes ao conhecimento e conteúdo utilizado pelos treinadores na formação de seus atletas. Os questionários foram aplicados nos dias de competição das equipes na cidade de Goiânia e proximidades. 17 Para análise dos dadosfoi utilizado estatística descritiva (análise de frequência) e para análise do discurso foi utilizado as categorias de análise (falas repetidas e organizadas por aproximação de idéias). CAPÍTULO III- RESULTADOS A primeira pergunta do questionário foi sobre a base do trabalho para a formação de atletas em ginástica. Assim, as respostas se organizaram nas seguintes categorias: a experiência como atleta, a prática com outros técnicos, a formação acadêmica e os cursos de captação e aprimoramento ofertados pela Confederação Brasileira de Ginástica com técnicos renomados. Assim, tivemos: Gráfico 01- Base do trabalho para formação de atletas A respectiva entrevista revelou, além dos dados já enumerados no gráfico anterior, respostas que caracterizam a compreensão relacionada à formação de atletas. Entre as categorias da pesquisa evidenciamos algumas das respostas obtidas: Categoria 1 “Ter sido ex alteta”: SIM. Facilita a transmissão de conhecimentos. (T.F. 2017) SIM. Aperfeiçoamento da técnica, facilita o trabalho. (A.M.M. 2017) 67% 96% 78% 96% Ter sido ex atleta Pratica com outros técnicos Formação acadêmica Cursos de captação e aprimoramento 18 Categoria 2 “Prática com outros técnicos”: NÃO. Experiências práticas com atletas e técnicos, mas facilita o trabalho. (E.D. 2017) NÃO. Experiência com técnicos fora do Brasil. (N.A.J.O. 2017) Categoria 3 “Formação acadêmica” NÃO, mas facilita o trabalho. Bom conhecimento acadêmico. (A.C.F. 2017) NÃO. Formação acadêmica. (F.A.S. 2017) Categoria 4 “Cursos de captação e aprimoramento” NÃO. Formação continuada, especialização e aprimoramento. (N.P.S.J. 2017) NÃO. Formação continuada. (P.C.S.E. 2017) A segunda questão foi referente aos conhecimentos mais relevantes e utilizados pelos treinadores para a formação de atletas em ginástica. Os conhecimentos na área biológica foram os mais citados, não houveram considerações sobre conhecimentos pedagógicos ou mesmo didáticos, apesar da aproximação das discussões da Aprendizagem Motora, como demonstram o gráfico abaixo: Gráfico 02- Conhecimentos mais relevantes no seu trabalho de formação de ginastas 89% 81% 81% 85% 78% Aprendizagem Motora Treinamento Desportivo Psicologia de esporte Fisiologia do exercício Nutrição 19 A última pergunta era referente à importância dada à experiência como atleta no trabalho de técnico de ginástica. Os técnicos revelaram não ser tão relevante assim para ter sucesso na carreira de técnico, como demonstra o gráfico: Gráfico 03- Ter sido ex atleta é essencial? Algumas respostas obtidas: “Sim. Vivência com o esporte nos traz meios de proporcionar mais segurança, confiança a ser passada ao novo atleta. Além dos processos educativos, metodológicos etc.” (M.N.R. 2017) “Sim, pois como atleta consegue ampliar seus conhecimentos e aperfeiçoamento da técnica, tendo um melhor desempenho. Sem dúvida faz toda a diferença na parte prática.” (A.M.M. 2017) “Não, minha técnica nunca foi atleta e formou campeões do mundo.” (M.N.R. 2017) “Não, porque mesmo que você tenha sido atleta, a dinâmica de um treinamento, preparação, pode ficar comprometida. No meu caso, não fui atleta de ginástica e compreendo razoavelmente bem de como orientar os atletas. É importante, pela vivência, mas não essencial.” (D.P.S. 2017) “Não. Eu não fui atleta, mas pratiquei um pouco de ginástica durante a faculdade e acredito que isso contribuiu para a minha formação. Mas não acho o fator muito importante.” (A.H.M.P.S. 2017) “Não. É possível ser um bom técnico mesmo não tendo sido ginasta. Fundamental é a busca constante de conhecimentos e aprimoramento e uma forte e ampla formação acadêmica 11% 89% SIM NÃO 20 inicial. Conhecimentos sólidos de biomecânica são necessários. Ter sido ginasta contribui para uma maior aproximação com os ginastas/alunos pois se teve vivência das experiências pelas quais passam e percepção corporal, sinestésica dos movimentos/elementos que executam. Entretanto acredito que tendo uma vivência básica (além é claro de um bom desenvolvimento motor) aliado à busca, estudo, olhar e escuta atento aos alunos, não é fundamental ter sido ginasta.” (C.W. 2017) CAPÍTULO IV- DISCUSSÃO O professor no ensino superior é identificado pelo conteúdo pelo qual, e o quanto domina, porém, isso não é o suficiente, pois, a todo momento é necessário se atualizar e esclarecer dúvidas, o que reforça a necessidade da pesquisa pela busca de novos conhecimentos. Segundo Ventura (2011), a graduação é um espaço para formar raízes e a ampliação e aprofundamento desses conhecimentos são as raízes que ele quer fincar. A formação profissional em Educação Física é apresentada por Ventura (2011 apud Pereira Filho, 2005; Ventura, 2005) em quatro fases: a formação em licenciatura, no período militar, que possibilitava o egresso a atuação como professor de Educação Física e técnico esportivo, onde se enfatizavam os conhecimentos pedagógicos e biológicos, com grande aparato tecnicista, e com tempo de formação de 3 anos (licenciatura plena). A segunda fase, onde se retira a habilitação de técnico e se implanta uma licenciatura curta, com duração de 1 ano, em que, exigia-se do indivíduo aptidão física para realização de prova prática como forma de ingresso, o que determinava os profissionais da Educação Física como indicados para a função de técnicos das modalidades competitivas. A terceira fase, onde, com apoio do MEC, foram aprovadas as diretrizes curriculares que determinavam o aumento do tempo mínino de formação para 3 a 4 anos, onde dividiu-se a Educação Física em licenciatura e bacharelado, dividindo também as áreas de conhecimento: uma pautada nas ciências da saúde e nos campos não escolares e a outra com foco nas ciências sociais e humanas, mas não deixando de lado os conhecimentos biológicos. E a fase atual, com diretrizes curriculares gerais e específicas. A Ginástica tem um papel muito importante na história da Educação física. De acordo com Hunger, Figueiredo (2010), a Educação Física surgiu através das transformações das ginásticas do século passado. 21 É notório que as Ginásticas perfazem a formação dos profissionais e dos cursos superiores, sendo inegável sua contribuição ao desenvolvimento do que hoje se concebe como Educação Física seja na escola, seja na universidade (HUNGER, FIGUEIREDO 2010). Pires (2006) relata que, no Brasil, o primeiro programa sistematizado de Educação Física foi o curso da Escola de Educação Física do Estado de São Paulo, e tinha como propósito a formação de Instrutor de Ginástica e Professor de Educação Física. Foi criado em 1931, porém, só começou a funcionar em 1934. Ao instrutor de ginástica os seus saberes deveriam abarcar o estudo da vida humana em seu aspecto celular, anatômico, funcional, mecânico, preventivo, estudo dos exercícios físicos da infância a idade madura, estudos dos exercícios motores, lúdicos e agonísticos. Ao professor de educação física, os saberes deveriam ser norteados sobre os estudos do processo pedagógico e de desenvolvimento do aluno, estudos dos exercícios motores e artísticos e estudos dos fatos e costumes relacionados às tradições das provas na área dos exercícios físicos e motores (PIRES 2006). Assim, destaca-se a ginástica não apenas como uma atividade somente prática, mas uma atividade que exige conhecimentos específicos, formação técnica, teórica e intelectual, e que, segundo Hunger, Figueiredo, aqueles que a ministram deveriam ter o mínimo de conhecimento para ensiná-la. Quanto à produção de conhecimento sobre a Ginástica, Pereira, Cesário e Andrade (2012) afirmam que a modalidade passou a ser objeto de pesquisa há pouco tempo. Após análises de teses e dissertações sobre a Ginástica, os autores constataram que, nas produções científicas, a ginástica é abordada com interesses e objetivosdiferentes, e sendo a Ginástica como esporte o assunto de mais interesse entre as pesquisas dos profissionais da área, onde é retratado o treinamento de rendimento, as técnicas específicas e sobre o ensino dos movimentos específicos das modalidades gímnicas. Com a pesquisa, os autores puderam constatar um aumento de produções para além das preocupações dos aspectos biológicos, fisiológicos e no desempenho e rendimento, mas abordando também os aspectos subjetivos e qualitativos do treinamento. CONCLUSÃO A pesquisa então reforça a necessidade de uma formação específica para treinadores das ginásticas de competição apresentada por alguns autores citados no decorrer deste trabalho, pois, apesar da importância constatada através da estatística apresentada, muitos 22 entrevistados se queixaram sobre a falta de uma formação específica no Brasil, o que faz com que muitos busquem aprimorar suas técnicas com experiências práticas com outros treinadores internacionais. Apesar de muitos dos entrevistados avaliarem a experiência de ex atleta como um facilitador do trabalho como treinador, a maioria não considera como essencial, citando algumas referencias de treinadores que não foram atletas e formaram grandes campeões mundiais. Quanto à base do trabalho nos conhecimentos adquiridos na formação acadêmica, alguns afirmaram que, com bons estudos e com a própria experiência prática é possível desenvolver um bom trabalho na formação de atletas. Em relação ao aporte teórico dos treinadores das ginásticas de competição, os conhecimentos mais relevantes utilizados pelos treinadores no treinamento de seus atletas são os da área biológica, com grande foco na aprendizagem motora, afim de ampliar o acervo motor da criança principalmente na iniciação esportiva. 23 REFERÊNCIAS ARENA, S.S., BÖHME, M.T.S. Federações esportivas e organização de competições para jovens. R. bras. Ci.e Mov. 2004; 12(4): 45-50. BÖHME, M. T. S. Relações entre aptidão física, esporte e treinamento esportivo. R. bras. Ci. e Mov. Brasília v. 11 n. 3 p. 97-104 jul./set. 2003. BRANDÃO, M. R. F. O Papel do Treinador como Motivador do Treinamento Desportivo. Motriz Jan-Abr 2003, Vol. 9, n.1 (Supl.), p. S19-S24. Abril 2003. 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( ) Ter sido ex-atleta ( ) Formação acadêmica ( ) Prática com outros técnicos ( ) Cursos de capacitação e aprimoramento 02-Quais os conhecimentos mais relevantes no seu trabalho de formação de ginastas? 26 ( ) Aprendizagem motora ( ) Fisiologia do Exercício ( ) Treinamento Desportivo ( ) Nutrição ( ) Psicologia do esporte 03- Em sua opinião para ser um bom técnico é essencial ter sido ginasta? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
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