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A execução fiscal é o meio judicial de que se vale a Fazenda Pública para a cobrança dos seus créditos tributários e não tributários inscritos em dívida ativa. Assim, ressaltam do o princípio da legalidade a que deve obediência a administração pública, a cobrança por meio da execução fiscal deve se ater aos exatos termos da lei, cabendo-se aplicação subsidiária do Novo CPC somente no que aquela for omissa. Portanto, o processo de execução fiscal é fundado em um título de crédito extrajudicial denominado Certidão da Dívida Ativa, que será emitida após constituído o crédito tributário pelo lançamento ausente de pagamento, além disso, a lei 6.830/80, Lei de Execuções Fiscais, em seu art. 2º, §5º, bem como o Código Tributário Nacional, em seu art. 202, trazem os requisitos que deverão conter o título executivo, a ausência de qualquer desses requisitos acarretará a nulidade dele, uma vez que deve ser revestido de liquidez, certeza e exigibilidade. Assim, a desconstituição destes requisitos é o que primeiro deverá ser analisado no momento da elaboração de uma defesa nos autos da execução fiscal, qualquer vício formal, no modo estrutural da constituição do título, poderá atribuí-lo nulidade. Os meios de Defesa do Executado são: Exceção da Pré-executividade e Embargos à Execução Uma vez citado para responder a um processo de execução fiscal, ao devedor dará a oportunidade ao pagamento ou a apresentação de sua defesa, contudo, a melhor forma de defesa deve ser analisada. Se possuem bens passíveis de penhora, se há prejuízo na ausência de suspensão da exigibilidade do crédito, se possui meios financeiros para arcar com as despesas processuais e garantia do juízo, se possui vícios na forma da elaboração da Certidão da Dívida Ativa, entre outras situações, tida a melhor forma de defesa para o caso concreto, passa-se à elaboração de uma exceção de pré-executividade ou de embargos à execução. 1. Exceção da pré-executividade A exceção de pré-executividade é uma espécie de defesa do executado, onde ele poderá alegar vício de matéria de ordem pública mediante simples petição e sem a necessidade de garantia do juízo. Tal modalidade de defesa está positivada de forma unânime na jurisprudência e doutrina, sendo considerada por essa última uma defesa executiva atípica. Podendo ser definida como um meio de reação ou oposição do executado contra a execução. Não obstante a exceção de pré-executividade não possuir previsão legal, esta forma de defesa privilegia os princípios do contraditório e da ampla defesa previstos, respectivamente, no art. 5º, LIV e LV, da Constituição Federal. 2. Embargos à execução Os embargos à execução é uma alternativa da parte executada para impugnar uma execução forçada, cabíveis apenas em execuções autônomas. Contudo, apesar de ter conteúdo e natureza jurídica de defesa, constitui uma ação autônoma que deve ser ajuizada pelo executado. Contudo, por ser bastante oneroso, sua interposição é difícil. Ademais, nos termos da Lei de Execuções Fiscais, o executado deverá obrigatoriamente garantir o juízo. Os embargos à execução, também chamados de embargos do executado, estão previstos no Título III, nos art. 914 a 920 do Novo Código de Processo Civil. Trata-se, essencialmente, de uma forma de defesa que pode ser utilizada porque sofre um procedimento executório. Neste texto, será abordado o conceito dos embargos à execução no Novo CPC, as características mais importantes do tema, bem como uma síntese acerca do procedimento dos embargos, de forma a trazer utilidade prática às informações aqui contidas.
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