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Montagem cinematográfica



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O que é montagem?
É a organização dos planos de um filme em certas condições de ordem e de duração (MARTIN, 2003).
Montagem Narrativa: Reunião de planos numa sequencia lógica e cronológica e tendo em vista contar uma história.
Montagem Expressiva: Justaposição de planos cujo objetivo é produzir um efeito pelo choque entre as imagens.
Duas funções/escolas principais da montagem:
1- Montagem narrativa:
Edwin Porter, David Griffith (estadunidense)
2- Montagem expressiva:
Lev Kulechov, Vsevolod Pudovkin, Sergei Eisenstein, Dziga Vertov (soviéticos)
Considera-se que a montagem propriamente dita só surgiu com a “libertação” da câmera do lugar do espectador.
A função do técnico de montagem consistia em dispor os planos uns a seguir aos outros por ordem cronológica da história narrada. 
Edwin Porter
Foi quem começo a dar sentido à montagem.
Vida de um bombeiro Americano, o grande roubo do trem (filmes).
Descobriu a possibilidade de incutir mais dinamismo nas suas produções filmicas atraves da organização dos planos.
Plano como peça básica na construção do filme.
 Dois planos filmados em lugares diferentes, com distintos objetivos, podiam, quando unidos, significar algo maior do que a mera soma das duas partes.
A justaposição podia criar uma nova realidade, maior do que a de cada plano individual.
O grande contributo de Porter para a montagem foi a organização dos planos com o objetivo de apresentar uma continuidade narrativa.
David Griffith
É considerado o pai da montagem
Principal contribuição: a variação de planos para criar impacto emocional.
Foi o primeiro a saber organizar os planos e a fazer deles um “meio de expressão”
Mudava o plano por razões dramaticas (não apenas fisicas)
Colocando a câmera para mais perto da ação, pretendeu envolver emocionalmente o seu publico.
Influenciou nomes importantes do cinema sovietico.
Lev Kulechov
O cinema na União soviética não era considerado mero entretenimento, mas um meio usado para a propaganda politica.
Foi o pioneiro de toda a estética soviética
Buscou provar empiricamente que uma imagem não tem sentido por si só, mas que é a contextualização feita pela montagem que lhe atribui significado
Um plano adquire significado em relação aos que antecedem e se lhe seguem
A arte cinematógrafica estaria, dessa forma na montagem.
Vsevolod Pudovkin
Estudou e analisou exaustivamente o trabalho de Griffith, tentando aperfeiçoar a teoria e a pratica de comunicar ideiais através do filme.
A materia- prima do trabalho do realizador é composta pelos fragmentos de película.
Plano como “tijolo” da construção filmica
O material ao ser ordenado, pode gerar qualquer resultado pretendido.
Mediante uma adequada justaposição, alguns planos podem adquirir um significado que nunca tinha tido isoladamente.
Sergei Eisenstein
Um dos principais teóricos a respeito da montagem cinematógrafica.
Classificou cinco tipos de montagem: métrica, rítmica, tonal, harmonica e intelectual
Acreditava que o impacto da montagem podia ser maior quando existisse um choque entre planos.
Dziga Vertov
Entendia que apenas a verdade documentada poderia ser honesta o bastante para levar à verdadeira revolução.
Desenvolveu o anti-estudio e o cine-olho, tendo como grande objetivo apresentar a realidade como ela é, rejeitando deste modo a ficção, as reconstituições, as encenações.
Era contestado por cineastas contemporaneos e compatriotas, que não aceitavam o primado absoluto da objetividade tal como era praticado pelo cine-olho.