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Sistema digestório - resumo

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Aula dia 14/05/2018
Mellyssa Dias de Oliveira
Desenvolvimento do aparelho digestório
No início da quarta semana, o intestino primitivo está fechado na sua extremidade cranial pela membrana orofaríngea e na sua extremidade caudal pela membrana cloacal. O intestino primitivo se forma durante a quarta semana, com o dobramento lateral. O endoderma do intestino primitivo origina a maior parte do epitélio e das glândulas do trato gastrointestinal. Os tecidos muscular e conjuntivo são derivados do mesênquima esplâncnico. O ectoderma forma as extremidades do trato gastrointestinal, ou seja, a cavidade oral (estomodeu) e a cavidade anal (proctodeu). A cloaca comunica o sistema urogenital e digestório, no período embrionário.
O intestino é dividido em anterior, médio e posterior. O intestino anterior dá origem a faringe primitiva e derivados, ao sistema respiratório inferior (divertículo respiratório); esôfago; estômago; porção cefálica do duodeno (é a transição entre intestino anterior e intestino médio); fígado; vesícula biliar; pâncreas (as 3 últimas estruturas surgem do brotamento da parede duodenal, na região cefálica). 
O intestino médio irá dar origem a parte caudal do duodeno; jejuno; íleo; ceco; colo ascendente; metade do colón transverso. É a porção que mais sofre alteração posicional.
Os derivados do intestino posterior são metade do colon transverso; colon descendente; colon sigmoide; reto e parte do canal anal (a outra parte é formada pelo ectoderma).
1) Intestino anterior 
a) Esôfago
O esôfago se desenvolve a partir do intestino anterior, imediatamente caudal a faringe. Há a projeção ventral da parede dessa região, onde irá começar a Septação (septo traqueoesofágico), separando estruturas do sistema respiratório e do sistema digestório, que se localiza dorsalmente, dando origem ao esôfago.
O esôfago é apenas um tubo. Seu epitélio e suas glândulas são derivados do endoderma. O músculo estriado esquelético se localiza apenas no terço superior e tem origem de arco faríngeo. Os músculos lisos, tem origem no mesênquima esplâncnico. Ambos os músculos são inervados por ramos do nervo vago.
b) Estômago
Na região que originará o estômago, ocorre uma dilatação fusiforme (mais espesso na região central e mais delgado nas periferias). Essa dilatação é maior na porção dorsal do que na porção ventral, formando as curvaturas maior e menor do estômago.
O estômago sofre uma rotação de 90° e se posiciona lateralmente a esquerda. Seu desenvolvimento é medial, ele cresce dorsalmente e apenas depois, rotaciona para a esquerda. Isso faz com que a face ventral (curvatura menor) se desloque para a direita e a dorsal (curvatura maior) para a esquerda. Durante a rotação e o crescimento, sua região cranial se move para a esquerda e ligeiramente para baixo, enquanto sua região caudal vai para a direita e para cima.
O estômago está suspenso na parede dorsal pelo mesentério dorsal (mesogástrio dorsal), que está originalmente no plano mediano, mas é levado para a esquerda durante a rotação e forma a bolsa omental. O mesentério ventral (mesogástrio vetral) prende o estômago e o duodeno ao fígado e à parede abdominal ventral. O mesentério tem origem do mesênquima. Fendas isoladas (cavidadeds) se desenvolvem no mesênquima formando o espesso mesogástrio dorsal, essas fendas coalescem e formam um única cavidade, a bolsa omental. Quando o estômago gira, ele puxa o msogastrio dorsal, que se torna lateral. O mesogastrio ventral forma o omento menor e o dorsal, o omento maior. A bolsa omental surge devido a essa rotação, que irá formar um espaço livre para que o estômago possa realizar alguns movimentos (como a retropropulsão) na cavidade abdominal sem interferir nas outras estruturas abdominais. A bolsa omental se expande transversal e cranialmente, e logo vai se localizar entre o estômago e a parede abdominal posterior. A parte mais caudal do omento maior irá formar um avental sobre o intestino. 
c) Duodeno
O duodeno começa a se desolvolver a partir da porção cusal do intestino anterior e da porção cranial do intestino médio. Cresce rapidamente, formando um alça em forma de C, que se projeta ventralmente. À medida que o estômago roda, a alça duodenal gira para a direita e vai se localizar retroperitonealmente. 
A luz do duodeno se torna progressivamente menor e é, temporariamente obliterada devido à proliferação de suas células epiteliais. O duodeno se recanaliza normalmente no final do período embrionário.
O fígado é formado por uma projeção ventral da porção duodenal advinda do intestino anterior (divertículo hepátido de origem mesodérmica). Um divertículo hepático se divide em parte cefálica (formando os hepatócitos, que darão origem ao fígado) e na porção causal, as células frmam a vesícula biliar. O fígado se desenvolve de forma acelerada e toma quase toda a cavidade abdominal. Na 6° semana, o fígado tem função de hematopoiese, e na 12° semana, começa a produção da bile.
O pâncreas é formado por células endodérmicas também da região duodenal formada pelo intestino anterior. Há 2 brotos pancreáticos, um ventral e o outro dorsal. O duodeno sai da posição ventral e vai para a porção lateral, ao mesmo tempo, ele gira em torno do próprio eixo, nesse movimento, o pâncreas ventral gira e se encontra com o pâncreas dorsal. A secreção de insulina inicia no período fetal (10° semana).
d) Baço
É derivado de uma massa de células mesenquimais localizada entre as camadas do mesogástrio dorsal, que se proligeram na quinta semana. O baço é lobulado no feto. Funcionalmente, nada tem a ver com o sistema digestório.
2) Intestino Médio
Todos os derivados do intestino médio são supridos pela artéria mesentérica superior. Quando o intestino médio começa a se desenvolver, há o desenvolvimento intenso do fígado e o corpo do embrião não acompanha tal desenvolvimento, dessa forma, as alças intestinais se projetam para o corção umbilical, formando a hérnia umbilical fisiológica. Na fase fetal, o corpo cresce e a hérnia involui, ocorre, então, as rotações durante o retorno. A alça intestinal média tem um ramo cranial e o ramo caudal, o ramo cranial cresce rapidamente e forma as alças do intestino delgado, o ramo causal sofre pouca alteração, e forma o ceco, o apêndice e os colons ascente e parte do transverso.
A alça intestinal média roda 90° no sentido antihorário, isso leva o ramo cranial da alça para a direta e o ramo caudal para a esquerda. O intestino delgado retorna primmeiro, ocupando a parte central do abdome. Quando o intestnio grosso retorna, ele sobre uma rotação adicional de 180° e ocupa o lado direto do abdome. 
O primórdio do ceco aparece como uma dilatação no ramo caudal da alça intestinal média. O ápice do divertículo cecal não cresce tão rapidamente como o restante, formando assim, o apêndice. 
3) Intestino Posterior
Todos os derivados do intestino posterior são supridos pela artéria mesentérica inferior. Dá origem a outra metade do colon trasverso; ao colon descendete; ao colon sigmoide, reto e porção interna do ânus.
O colo descendente se torna retroperitoneal quando o seu mesentério se funde com o peritôneo da parede abdominal posterior esquerda, isso ocorre pois o mesentério do colon descendente se descola com a rotação. Essa fusão faz com que o colon descndente fique fixado nessa região. Essa fusao não é contínua com o sigmoide, e o reto se localiza na região central, logo, o colon sigmoide faz uma curva para comunicar essas duas regiões.
a) Cloaca
A cloaca é uma estrutura única entre gastrointestinal e urogenital. Esses sistemas são separados, nos mamíferos. A cloada deve ser, então, segmentada. O septo urorretal separa internamnente o seio urogenital e o intestino primitivo. Esse septo começa a crescer em direção a membrana cloacal (membrana externa da cloaca) até e fundir com ela. Quando isso ocorre, ele separa o sieo urogenital do intestino primitivo (formação do reto e parte cefálica do ânus). Septo urorretal divide o esfíncter cloacal em parte anterior e posterior;
b) Canal Anal
Os dois terços superiores do canalanal são derivados do intestino posteior e o terço inferior, do proctodeu. A junção do epitélio derivado do ectoderma do proctodeu com o epitélio derivado do endoderma do intestino posterior é indicada pela linha pecnínea. A linha anocurânea (linha branca) é aproximadamente o local onde os epitélios mudam de tipo, de um epitélio cilíndrico simples, para um epitélio pavimentoso estratificdo. No ânus, o epitélio é queratinizado e contínuo com a epiderme que o rodeia.

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