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Autor: Prof. Dr. Leonardo Mesquita 1. OBJETIVO Analisar a operação dos circuitos: codificador, decodificador, multiplexador, demultiplexador e comparador de magnitude. Sintetizar os modelos virtuais dos componentes em FPGA. 2. CONCEITO 2.1. MULTIPLEXADOR O multiplexador é um sistema digital que possui múltiplas entradas (dados, habilitação e seleção) e um única saída. As entradas de seleção são utilizadas para controlar qual sinal conectado nas entradas de dados será disponibilizado na saída do sistema. A entrada de habilitação ativa a operação do sistema, quando a mesma está desativada nenhum sinal de entrada é disponibilizado na saída. O circuito multiplexador também é denominado de seletor de dados. O número de entradas de seleção de um multiplexador (MUX) determina o número máximo de entradas de dados que tal circuito pode ter, ou seja: NM 2 (1) sendo: M = número de entradas do MUX. N = número de bits de seleção do multiplexador. Na figura 1 é apresentado o símbolo lógico e a tabela de operação de um MUX 4 para 1. endereços entradas saída S1 S0 D3 D2 D1 D0 Y 0 0 X X X D0 D0 0 1 X X D1 X D1 1 0 X D2 X X D2 1 1 D3 X X X D3 Figura 1: Símbolo e tabela de operação de um multiplexador 4 para 1. Multiplexadores estão disponíveis na forma de circuito integrado em uma grande variedade, alguns exemplos são: 74xx150 – multiplexador 16 para 1 (TTL). 74xx151 – multiplexador 8 para 1 (TTL). Autor: Prof. Dr. Leonardo Mesquita 74xx153 – multiplexador 4 para 1 (TTL). 74xx157 – quatro multiplexadores 2 para 1 (TTL). 4067 – multiplexador 16 para 1 (CMOS). 4051 – multiplexador – demultiplexador 8/1 e 1/8 (CMOS). 2.1.1. Multiplexador: implementação de função booleana Utilizar um circuito multiplexador e lógica adicional para implementar a função booleana fornecida na equação (2), usando na primeira implementação o CI 74xx151 e na segunda o Ci 74xx153. F(cba) = a.b + /b.c +/a./b./c (2) SOLUÇÃO A primeira etapa neste projeto é construir a tabela verdade que representa a função a ser implementada. Após isto, verifica-se se o numero de entradas de seleção do multiplexador é igual ao número de variáveis da função a ser implementada. Se a resposta for positiva para essa afirmação, somente é necessário conectar as variáveis de entrada da função as entradas de seleção do multiplexador, e conecta-se nível lógico baixo para cada entrada de dados do MUX que corresponda a uma combinação das variáveis de entrada para qual a saída é '0', e nível lógico alto nas entradas de dados do MUX que corresponda a uma combinação de entrada para qual a saída é '1'. O CI 74xx151 é um multiplexador 8 para 1, portanto, o número de entradas de seleção do multiplexador é identico ao número de entradas de seleção do componente. A figura 2 apresenta a tabela verdade e o esquemático do circuito implementado para realizar a função F(cba) baseado neste componente. C B A AB+B´C+A´B´C´ 0 0 0 1 (D0) 0 0 1 0 (D1) 0 1 0 0 (D2) 0 1 1 1 (D3) 1 0 0 1 (D4) 1 0 1 1 (D5) 1 1 0 0 (D6) 1 1 1 1 (D7) F(C,B,A)=A.B+/B.C+/A./B./C VCC13 Strobe INPUT 1 GN A B C D1 D0 D5 D4 D3 D2 D7 D6 Y WN 74151 M ULT IPLEXER VCC12 D7 INPUT VCC11 D6 INPUT VCC10 D5 INPUT VCC9 D4 INPUT VCC8 D3 INPUT VCC7 D2 INPUT VCC6 D1 INPUT VCC5 D0 INPUT 14 F OUTPUT VCC4 C INPUT VCC3 B INPUT VCC2 A INPUT Figura 2: Implementação da função booleana utilizando um MUX. O circuito multiplexador possuindo N entradas de seleção pode ser utilizado para implementar funções booleanas com N+1 variáveis de entrada. O ponto crucial do projeto é utilizar as variáveis que não forem usadas como bits de seleçao do multiplexador para conduzir um sistema lógico que serã conectado as entradas de dados do multiplexador. A figura 3 Autor: Prof. Dr. Leonardo Mesquita mostra como o CI 74xx153, um MUX 4/1, pode ser utilizado para implementar uma função booleana que possui três variáveis de entrada. C B A AB+B´C+A´B´C´ 0 0 0 1 BA = 00 D0 = 1 0 0 1 0 BA = 01 D1 = C 0 1 0 0 BA = 10 D2 = 0 0 1 1 1 BA = 11 D3 = 1 1 0 0 1 BA = 00 D0 = 1 1 0 1 1 BA = 01 D1 = C 1 1 0 0 BA = 10 D2 = 0 1 1 1 1 BA = 11 D3 = 1 F(C,B,A) = A.B+/B.C+/A./B./C 2 2Y 1Y 1C1 1C0 1GN 2C0 2GN 1C3 1C2 2C2 2C1 A B 2C3 74153 M ULT IPLEXER VCC7 D3 INPUT VCC6 D2 INPUT VCC5 D1 INPUT VCC4 D0 INPUT 10 F OUTPUT VCC9 Strobe INPUT VCC8 B INPUT VCC3 A INPUT Figura 3: Implementação da função booleana utilizando um MUX. Outras aplicações onde se utilizam circuitos multiplexadores são: realizar a conversão de dados paralelo-série; realizar o roteamento de dados. sistemas de transmissão de dados. 2.2 DEMULTIPLEXADOR Um demultiplexador (DEMUX) disponibiliza um único sinal de entrada para múltiplas saídas. Então, se o MUX é um dispositivo 2N para 1, o DEMUX e um dispositivo 1 para 2N. O DEMUX também pode ser denominado de circuito distribuidor de dados. Na figura 4 é apresentado o símbolo lógico e a tabela de operação de um DEMUX 1 para 4. endereços entrada saídas S1 S0 I Y3 Y2 Y1 Y0 0 0 Q 0 0 0 Q 0 1 Q 0 0 Q 1 0 Q 0 Q 0 0 1 1 Q Q 0 0 0 Figura 4: Símbolo e tabela de operação de um demultiplexador 1 para 4. Demultiplexadores estão disponíveis na forma de circuito integrado em uma grande variedade, alguns exemplos são: 74xx154 - demultiplexador de 1 para 16 (TTL). 74xx155 - dois demultiplexadores de 1 para 4 (TTL). 74xx138 - demultiplexador de 1 para 8 (TTL). 4051 – multiplexador – demultiplexador 8/1 e 1/8 (CMOS). Autor: Prof. Dr. Leonardo Mesquita 2.2.1. Aplicações de demultiplexadores Aplicações onde se utilizam circuitos demultiplexadores são: realizar a conversão de dados série-paralelo. realizar o roteamento de dados. sistema de monitoração de segurança. sistemas de transmissão de dados. 2.3 CODIFICADOR Um codificador possui um certo número de entradas, onde somente uma única linha esta ativa em certo instante do tempo, é produz um código de saída de N bits dependendo de qual entrada está ativa. A figura abaixo representa o diagrama geral de um codificador com M entradas e N saídas. A0 CODIFICADOR M entradas (somente uma ativa por vez) A1 AM-1 Q0 Q1 QN-1 Código de saída de N bits 2.4 DECODIFICADOR A entrada de um circuito decodificador é um código binário qualquer e saída do mesmo representa um digito decimal, ou seja, somente uma única linha da saída do decodificador esta ativa para um determinado código de entrada. A figura abaixo representa o diagrama geral de um circuito decodificador. A0 DECODIFICADOR N entradas (código de N bits ) A1 AN-1 Q0 Q1 QM-1 Somente uma única saída ativa para código de entrada 2.3.1 Codificador/Decodificador: Aplicações O diagrama em blocos de uma calculadora manual é mostrado na figura abaixo. Fonte: internet. O codificador converte o número digitado no teclado em um número binário. Após a realização da operação matemática realizada pela CPU, o decodificador converte o número binário de saída para um display de 7 segmentos. Autor: Prof. Dr. Leonardo Mesquita Outra aplicação usual do circuito decodificador, o sistema sendo usado para implementar função booleana, é fornecido abaixo: C B A F(C,B,A) 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 As etapas necessárias para implementar uma função booleana utilizando um decodificador são: O decodificador deve possuir um número igual ou maior de entradas que as variáveis que a função contém. Cada uma das saídas do decodificador deve corresponder a uma das combinações das variáveis de entrada que colocam 1 na saída da tabela verdade que representa a função lógica (termo-minimo). Para efetuar a soma lógica dos termos da função deve-se ligar as saídas selecionadas do decoder a uma determinada portalógica (OR para decodificadores cujas saídas são ativos alto; NAND para decodificadores que são ativos baixo). Codificadores e decodificadores disponíveis na forma de circuito integrado: 74xx147 – codificador decimal para BCD com prioridade (TTL). 74xx22 – decodificador BCD para decimal (TTL). 74xx139 – duplo decodificador(TTL). 74xx47 - decodificador BCD – 7 segmentos (TTL). 93xx68 – decodificador binário/hexa para 7 segmentos com driver (CMOS). 4051 – multiplexador – demultiplexador 8/1 e 1/8 (CMOS). 2.5 COMPARADOR DE MAGNITUDE Um comparador é um circuito que compara a magnitude de dois números binários. As equações booleanas que representam as funções de saída de tal circuito são dadas por (para comparar a magnitude de números binários de três bits): (A = B) = (A2B2)(A1B1)(A0B0) (A > B) = A2B2’ + (A2B2)A1B1’ + (A2B2)(A1B1)A0B0’ (A < B) = A2’B2 + (A2B2)A1’B1 + (A2B2)(A1B1)A0’B0 Autor: Prof. Dr. Leonardo Mesquita 2.5.1 Comparador de magnitude: Aplicação Nesta aplicação o comparador esta sendo utilizado para comparar o número de cópias realizadas por uma máquina xerox. O operador seleciona o número de cópias que se deseja realizar através das chaves seletoras S1 a S9. A operação do sistema é iniciada quando a chave início é fechada, desde modo o sinal operação é colocado em nível lógico alto e o contador BCD é limpo. Quando os dois sinais binários são iguais o comparador irá produzir um sinal de saída em nível lógico baixo para encerrar a operação da copiadora. O CI 74xx85 pode ser utilizado para realizar a comparação entre dois números binários de 4 bits. Fonte: Sistemas Digitais: Princípios e Aplicações, 11a Edição 2.6 CONVERSOR DE CÓDIGO Conversores de código são circuitos lógicos cujas entradas são padrões binários representando um determinado código e cujas saída representam o mesmo número representado em outro código. O projeto de um conversor de código é simplesmente um projeto de uma rede combinacional onde as entradas e saídas da mesma representam a mesma informação codificada em dois códigos distintos. Um conversor muito utilizado é BCD/7 segmentos. Tal conversor é utilizado para converter uma informação na forma BCD, oriunda de contadores, para a forma de 7 segmentos que poderá ser lida por um display tipo 7 segmentos. Autor: Prof. Dr. Leonardo Mesquita O CI 74xx47 é um decodificador BCD/7Seg. que possui saída ativo baixo, ou seja, este CI deve ser utilizado com display tipo anodo comum. A figura mostra como um decodificador deve ser interligado entre o contador BCD e o display para operar de modo correto. Fonte: Sistemas Digitais: Princípios e Aplicações, 11a Edição Um display do tipo segmentos é constituído por 7 LEDS com o anodo ou o catodo interligados em comum. Quando o código é enviado do decodificador BCD / 7 segmentos para o display o mesmo ascende os segmentos correspondentes a este código. O display tipo anodo comum o seu terminal comum deve ser ligado a VCC pois deste modo quando um sinal de nível lógico baixo for colocado em qualquer um dos segmentos do display o mesmo ficara ativo. O display tipo catodo comum o terminal comum deve ser ligado a GND. Os dois tipos de displays são mostrados na figura ao lado. O diagrama de pinagem de um display tipo 7 segmentos é apresentado na figura abaixo. Fonte: Internet.
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