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RESUMO 5 - mIII

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RESUMO 5 – módulo III
1- Descrever o mecanismo de excitação da fibra muscular esquelética.
Junção neuromuscular 
· É a região de contato entre o terminal axônico de um neurônio motor pré-sináptico que se divide em vários ramos e uma região especializada da fibra muscular pós-sináptica que é chamada de placa motora.
· Cada fibra muscular é inervada por apenas um axônio, mas um mesmo motoneurônio pode inervar um grande número de fibras.
· E a fibra nervosa e as fibras musculares inervadas por ela formam a chamada unidade motora.
· Cada ramo desse axônio motor, que não é mielinizado na região próxima a fibra muscular, apresenta várias varicosidades que são conhecidas como botões sinápticos, que possuem os componentes relacionados com a liberação do neuromediador.
· Esses componentes incluem um grande número de vesículas cheias do neurotransmissor acetilcolina, de mitocôndrias, de canais de cálcio dependentes de voltagem e de regiões especializadas da membrana relacionadas com a liberação vesicular do neurotransmissor.
· Os botões sinápticos estabelecem contato com a região da placa motora que tem invaginações profundas na membrana, chamas de dobras juncionais.
· A crista dessas dobras tem uma grande quantidade de receptores de acetilcolina do tipo nicotínico, e as regiões mais profundas dessas dobras são ricas em canais de sódio dependentes de voltagem.
· Entre as regiões pré-sinapticas e pós-sinapticas existe uma fenda sináptica de aproximadamente 100 nanômetros, o que é uma distância bem maior quando comparada com as sinapses do sistema nervoso central (20 a 40 nanômetros).
· Nessa fenda existe uma membrana basal que é composta por várias proteínas da matriz extracelular que tem ancorada nas suas fibrilas de colágeno, uma enzima de degradação da acetilcolina, que é chamada de acetilcolinesterase, que é sintetizada tanto pelo terminal axônico pré-sináptico, quanto pela fibra muscular pós-sináptica e que hidroliza muito rapidamente a acetilcolina.
Secreção de acetilcolina pelos terminais nervosos
· Quando um impulso nervoso atinge a junção neuromuscular, cerca de 125 vesiculas de acetilcolina são liberadas dos terminais na fenda sináptica.
· Quando liberadas na fenda, a acetilcolina se difunde bem rápido em direção aos receptores da membrana pós-sináptica.
· Nem todas as moléculas desse neurotransmissor se ligam aos receptores, por que algumas, ou serão destruídas pela enzima acetilcolinesterase, ou vão se difundir pra fora da fenda sináptica, se tornando indisponíveis pra agir sobre a membrana da fibra muscular.
· Porém, as moléculas do neurotransmissor que alcançam a membrana pós-sináptica se ligam aos receptores, e essa ligação vai promover uma movimentação coordenada de cada uma das proteínas que constituem os receptores.
· Devido ao fato de que o receptor tem dois locais de ligação do neurotransmissor, alguns cientistas acreditam que seja preciso duas moléculas de acetilcolina pra promover a abertura do canal do receptor.
· Essa mudança conformacional da macromolécula receptora resulta na abertura do canal formado na sua região central, permitindo um influxo de íons sódio e o efluxo de íons potássio, levando a uma despolarização da membrana da placa motora.
· Esse potencial pós-sináptico excitatório na célula muscular é chamado de potencial da placa motora.
· Cada impulso que chega a junção neuromuscular provoca um potencial da placa motora de uma amplitude três vezes maior que o necessário pra estimular uma fibra muscular.
· Só que, a estimulação da fibra nervosa com frequências maiores que 100 vezes por segundo, por vários minutos, muitas vezes diminui tanto o numero de vesículas de acetilcolina que os impulsos não são mais transmitidos a fibra muscular.
· Essa situação é chamada de fadiga da junção neuromuscular, e é o mesmo efeito que causa a fadiga no sistema nervoso central quando as sinapses são superexcitadas.
Potencial de ação
· Um potencial de ação é uma inversão do potencial de membrana de repouso, de forma com que o interior da membrana plasmática se torne positivamente carregado comparado com o exterior.
· As características de permeabilidade da membrana plasmática mudam porque os canais iônicos se abrem quando uma célula é estimulada.
· A difusão de íons por esses canais muda a carga através da membrana plasmática e produz um potencial de ação.
· E um potencial de ação dura em média 1 milissegundo a poucos milissegundos e tem duas fases, a de despolarização e a de repolarização.
· Se a despolarização muda o potencial da membrana pra um valor chamado limiar, um potencial de ação é desencadeado.
· A fase de despolarização é um período rápido em que o interior da célula se torna positivamente carregado.
· A fase de repolarização é o retorno do potencial de membrana ao seu valor de repouso.
· Antes de um neurônio ou uma fibra muscular serem estimulados, os canais iônicos voltagem-dependentes estão fechados.
· Quando a célula é estimulada, os canais de sódio se abrem e o sódio se difunde pra dentro, tornando o interior da membrana plasmática menos negativo.
· Se essa despolarização atingir o limiar, muitos canais de sódio voltagem-dependentes vão ser estimulados e vão se abrir rapidamente levando o sódio a se difundir dentro da célula até o interior se tornar positivo por um tempo.
· A medida que o interior da célula se torna positivo, essa mudança de voltagem leva a algumas mudanças na permeabilidade na membrana, o que vai interromper a despolarização e começar a repolarizar. 
· Essa repolarização ela resulta do fechamento dos canais de sódio voltagem-dependentes e da abertura dos canais de potássio voltagem-dependentes.
· Dessa forma, o sódio para de se mover pra dentro dela, e mais potássio começa a se mover pra fora da célula.
· Essas mudanças fazem com que o interior da membrana se torne mais negativo, e o exterior mais positivo.
· Depois, o potencial de ação termina, e o potencial de membrana de repouso é reestabelecido quando os canais de potássio voltagem-dependentes fecham.
Potencial de ação muscular
· A fibra muscular esquelética é tão grande que o potencial de ação na superfície quase não provoca fluxo de corrente no interior da fibra.
· Só que, pra causar o máximo de contração muscular, a corrente tem de penetrar profundamente na fibra muscular ate as proximidades das miofibrilas.
· Essa penetração se dá pela propagação dos potenciais de ação pelos túbulos transversos, ou túbulos T, que penetram a fibra muscular, de um lado a outro.
· Os potenciais de ação no túbulo T provocam a liberação de íons cálcio no interior da fibra muscular, na vizinhança das miofibrilas, e esses íons cálcio causam então a contração.
· Esse processo é chamado de acoplamento excitação-contração.
Acoplamento excitação-contração
· A sequência se inicia com um potencial de ação no motoneurônio que acaba liberando grandes quantidades de acetilcolina na fenda sináptica, entre o neurônio e o musculo.
· A acetilcolina então se liga aos receptores nas dobras juncionais, o que vai resultar na abertura do canal formado por esses próprios receptores.
· Essa abertura permite o influxo de íons sódio e cálcio e o efluxo de íons potássio, o que vai provocar uma alteração no potencial da membrana da célula muscular, levando a uma hipopolarização.
· Esse potencial excitatório pós-sináptico na célula muscular, que é o potencial da placa motora, é suficiente pra ativar bem rápido os canais de sódio dependentes de voltagem, gerando mais entrada de íons sódio, isso vai causar uma despolarização ainda maior que, quando atingir o limiar da célula muscular, vai gerar um potencial de ação que se propaga ao longo da fibra muscular.
· A propagação desse potencial de ação na fibra muscular chega ao interior dos túbulos T, que tem canais de cálcio dependentes de voltagem do tipo L, que significa de longa duração, que, dessa forma, vão se abrir e permitir o influxo de íons cálcio.
· Esses canais são muito próximos de outro tipo de canal de cálcio presente na membrana do retículo sarcoplasmático, que são sensíveis a aberturados canais de cálcio do tipo L.
· E a abertura desse outro tipo de canal de cálcio vai causar a liberação no citosol de mais íons cálcio que vem do reticulo sarcoplasmático. 
· Esses íons de cálcio citosólicos atingem então as moléculas contrateis das miofibrilas.
· Depois, o cálcio citosolico se liga a subunidade TnC da molécula de troponina, o que vai resultar em uma mudança conformacional do complexo troponina-tropomiosina, expondo os locais de ligação da actina e fazendo com que seja possível o seu ancoramento com a região da cabeça da molécula de miosina e formando pontes transversais entre os filamentos.
· Esse acoplamento leva ao deslizamento dos filamentos finos e grossos entre si, aproximando as linhas Z e encurtando o sarcômero, o que vai resultar na contração das fibras musculares.
FONTES: FISIOLOGIA – 5ed - MARGARIDA AIRES
 TRATADO DE FISIOLOGIA MÉDICA – 13ed – GUYTON
 Anatomia e Fisiologia de Seeley – 10ed - VAMPUTTE
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2- Descrever o mecanismo de contração da fibra muscular esquelética.
Histologia das fibras musculares
· A membrana plasmática de uma fibra muscular é chamada de sarcolema e existem duas camadas de tecido conectivo localizadas do lado de fora.
· A mais profunda das duas é a lâmina externa, que é composta principalmente por fibras reticulares e é tão fina que não da nem pra ser distinguida do sarcolema quando é vista sob um microscópico de luz.
· A outra camada é também composta principalmente por fibras reticulares mas é bem mais espessa, e é chamada de endomísio.
· Ao longo da superfície do sarcolema tem várias invaginações parecidas com tubos, que são chamados de túbulos transversos, e eles tem a função de conectar o ambiente extracelular com o interior da fibra muscular.
· E esses túbulos T também tão associados com o reticulo endoplasmático das fibras musculares esqueléticas que é chamado reticulo sarcoplasmático. 
· Outras organelas como as mitocôndrias e os grânulos de glicogênio são embaladas dentro da célula e constituem o citoplasma, que nos músculos é chamado de sarcoplasma.
· O sarcoplasma também tem muitas miofibrilas, que são feixes de filamentos de proteínas.
· Cada miofibrila é uma estrutura filiforme, de mais ou menos 1 a 3 micrômetros de diâmetro, que se estende de uma extremidade da fibra a outra.
· A miofibrila tem dois tipos de filamentos de proteínas, chamados miofilamentos.
· Os miofilamentos de actina, que tem aproximadamente 8 nanômetros de diâmetro e 1000 de comprimento.
· E os miofilamentos de miosina, que tem cerca de 12 nanômetros de diâmetro e 1800 de comprimento.
· E esses miofilamentos formam unidades altamente ordenadas, chamadas sarcômeros. 
Miofilamentos de actina
· Cada miofilamento de actina é composto por dois filamentos de actina fibrosa, ou actina F, por uma série de moléculas de tropomiosina e uma série de moléculas de troponina.
· Os dois filamentos de actina F são enrolados pra formar uma dupla-hélice, que vai estender o comprimento do miofilamento.
· Cada filamento de actina F é um polímero de mais ou menos 200 unidades globulares pequenas chamadas monômeros de actina globular, ou actina G, e cada monômero de actina G tem um sitio ativo em que as moléculas de miosina podem se ligar durante a contração muscular.
· A tropomiosina é uma proteína alongada que se enrola ao longo do sulco da dupla-hélice de actina F, e cada molécula de tropomiosina é suficientemente longa pra cobrir sete sítios ativos de actina G.
· A troponina é composta por três subunidades: a primeira se liga a actina, a segunda se liga a tropomiosina e a terceira tem um sitio de ligação pro cálcio.
Miofilamentos de miosina
· Eles são compostos por muitas moléculas de miosina alongadas em formato de tacos de golfe.
· Cada molécula de miosina consiste em duas miosinas de cadeia pesadas enroladas juntas pra formar uma porção cauda disposta em paralelo ao miofilamento de miosina, e duas cabeças de miosina que se estendem lateralmente.
· Quatro miosinas de cadeia leve são ligadas as cabeças de cada molécula de miosina, e cada miofilamento consiste em cerca de 300 moléculas de miosina, dispostas de forma que 150 delas tenham as suas cabeças projetadas em direção a cada extremidade.
· Os centros dos miofilamentos consistem apenas nas caudas das moléculas e as cabeças de miosina tem três propriedades importantes: 
- Elas podem se ligar aos sítios ativos da actina pra formar as pontes cruzadas.
- Elas tão ligadas a cauda por uma região dobradiça que pode se esticar durante a contração.
- E elas são enzimas ATPases, que quebram o trifosfato de adenosina, liberando energia.
Sarcômeros
· O sarcômero é a unidade estrutural e funcional básica do musculo esquelético, e cada sarcômero se estende de um disco Z a outro disco Z adjacente.
· Um disco Z é uma rede filamentosa de proteína que forma uma estrutura parecida com um disco pra ligação dos filamentos de actina.
· Cada banda isotrópica, ou banda I, inclui um disco Z e se estende de cada lado do disco Z as extremidades dos miofilamentos de miosina.
· Cada banda anisotrópica, ou banda A, estende o comprimento do miofilamento de miosina dentro de um sarcômero, e os miofilamentos de actina e miosina se sobrepõem por certa distância nas duas extremidades da banda A.
· No centro da banda A tem uma banda menor chamada zona H, onde os filamentos de actina e miosina não se sobrepõem e somente os filamentos de miosina tão presentes.
· Uma linha escura, chamada linha M, fica no meio da zona H e consiste em filamentos delicados que se ligam ao centro dos miofilamentos de miosina.
· Essa linha M ajuda a manter os miofilamentos da miosina no lugar, parecido com a forma que o disco Z mantem os filamentos de actina no lugar.
· Além da actina e da miosina existem outras proteínas dentro dos sarcômeros.
· Essas proteínas ajudam a manter a actina e a miosina no lugar, e uma delas explica bem a elasticidade e extensibilidade do musculo, que é a titina.
· A titina consiste em uma única cadeia de quase 27 mil aminoácidos e ela se liga aos discos Z e se estende ao longo dos miofilamentos de miosina até a linha M.
· Os miofilamentos de miosinas tão ligados as moléculas de titina, o que ajuda a manter eles em posição.
· E parte das moléculas de titina na banda I funciona como uma mola, permitindo que o sarcomero se alongue e retorne.
Mecanismo dos filamentos deslizantes
· Durante o repouso do músculo, mesmo que a actina e a miosina tenham uma atração muito forte uma pela outra devido ao sítio de ligação que fica na actina, elas não se tocam.
· Isso acontece devido a presença de um processo chamado complexo troponina-tropomiosina que impede a ligação entre a actina e a miosina.
· Pra que o complexo troponina-tropomiosina pare de atrapalhar a ligação das duas proteínas, a troponina deve se ligar a uma molécula de cálcio.
· Quando ela se liga a uma molécula de cálcio, o complexo troponina-tropomiosina sofre uma mudança conformacional, o que vai fazer ela meio que sair do caminho e expor o sítio de ligação, resultando na ligação entre a miosina e a actina.
· Porém, nem sempre o cálcio ta disponível de forma abundante no sarcoplasma da fibra muscular.
· O cálcio fica armazenado no reticulo sarcoplasmático, e a saída fica bloqueada por proteínas sensíveis a voltagem, ou seja, quando elas atingirem uma certa voltagem, a conformação muda, permitindo a saída do cálcio de dentro do reticulo.
· Então, pra que tenha cálcio disponível, essas proteínas do reticulo sarcoplasmático devem primeiro receber um estimulo elétrico.
· Um outro detalhe importante, é que a miosina só vai se ligar a actina se ela estiver em um estado energizado.
· A cabeça da miosina possui uma região especifica pra hidrolisar a ATP e consequentemente usar essa energia.
· Com a miosina já energizada e o complexo troponina-tromomiosina fora do caminho, a miosina se liga a actina.
· Quando isso acontece, ela usa aenergia do ATP que ela quebrou antes pra mudar a sua conformação, e com isso ela traciona os filamentos de actina em direção ao centro do sarcômero, de maneira que os filamentos de actina deslizem sobre os de miosina, permitindo a aproximação das linhas Z e consequentemente o encurtamento do sarcômero.
· Depois disso, outra molécula de ATP se liga a cabeça da miosina fazendo com que ela volte a sua conformação original, e esse ciclo continua enquanto ouver cálcio disponível no sarcoplasma.
FONTE: Anatomia e Fisiologia de Seeley – 10ed – VAMPUTTE
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3- Identificar os músculos da mastigação e da mimica facial e suas expressões.
MÚSCULOS DA MÍMICA FACIAL
· Eles estão situados no tecido subcutâneo da face, junto com os tecidos frouxo e adiposo que se espalham nele.
· Eles não possuem revestimento de fáscia muscular e eles se inserem na pele da face, movimentando ela.
· Dessa forma, eles permitem alterações da fisionomia pra manifestação das emoções, eles participam da movimentação das rimas que tem na face e se relacionam com funções de alimentação e fonação.
· A contração desses músculos de expressão facial determina a formação de pregas na pele perpendiculares ao sentido da fibra do musculo.
· Com o avanço da idade, essas pregas vão se tornando permanentes, por causa da diminuição de elasticidade da pele.
· E a inervação motora desses músculos é transmitida por ramos do nervo facial.
Músculo occipitofrontal
· É um músculo composto, constituído de ventre occiptal, ventre frontal, e, entre eles, da aponeurose epicrânica, que reveste a calvária externamente.
· O ventre frontal possui fibras verticais e se insere na pele da fronte.
· Esse musculo eleva a pele da fronte e do supercilio, formando pregas horizontais.
· Esse movimento é característico da expressão de atenção e de surpresa.
Músculo prócero
· É um músculo vertical, pequeno, que se origina no osso nasal e se insere na pele da glabela entre os supercílios.
· Quando ele se contrai, ele traciona a parte medial dos supercílios pra baixo, formando uma prega horizontal na glabela.
Músculo corrugador do supercílio
· É um musculo obliquo, que se origina na parte medial do arco superciliar e se insere na extremidade lateral do supercílio.
· Quando ele se contrai, ele traciona medialmente o supercílio, formando pregas verticais.
· Esses movimentos dos supercílios pra medial e pra baixo, pela ação do musculo prócero e dos corrugadores dos supercílios, acontece em expressões de reflexão e dúvida.
Músculo orbicular do olho
· Ele se origina nos ligamentos palpebrais medial e lateral, no osso lacrimal e crista lacrimal da maxila.
· E ele é constituído de duas partes: a parte palpebral, que se insere na pele da pálpebra recobrindo ela, e a parte orbital, que se insere na pele periorbital.
· Esse musculo é responsável pelo fechamento da pálpebra, e a parte palpebral faz o movimento reflexo leve de piscar, enquanto a parte orbital realiza um movimento mais forte como o de compressão que é realizado pra proteger o olho de luminosidade excessiva.
Músculo nasal
· Ele se situa na região do nariz e se origina na eminencia canina da maxila.
· Ele possui duas partes: a parte transversa, que se insere no dorso do nariz e realiza a compressão da narina, e a parte alar, que se insere na asa do nariz e realiza a dilatação da narina.
Músculo orbicular da boca
· Ele constitui a camada muscular dos lábios.
· Ele se origina na própria pele e nas fossas incisivas da maxila e fossas mentuais da mandíbula.
· Ele se insere na pele e nas mucosas dos lábios, movimentando eles.
· Esse músculo comprime os lábios e promove a sua projeção pra frente, como quando faz bico.
· E a compressão de lábios também se associa a expressão de raiva.
Músculo levantador do lábio superior
· Ele é um musculo obliquo que se origina na margem infraorbiral, ficando parcialmente coberto pelo musculo orbicular do olho, e ele se insere na pele do lábio superior, entrelaçando com as fibras do musculo orbicular da boca.
· Esse musculo eleva o lábio superior, participando do ato de dar risada.
Músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz
· É um músculo vertical, fino, que se origina no processo frontal da maxila e se insere na pele do lábio superior e na pele da asa do nariz
· Dessa forma, quando ele se contrai, eleva o lábio superior e a asa do nariz.
· E a relação unilateral desse movimento caracteriza as expressões de asco e desprezo.
Músculo levantador do ângulo da boca
· É um musculo vertical que se origina na fossa canina, abaixo do forame infraorbital, e se insere na pele do ângulo da boca.
· Ele fica quase todo coberto pelo musculo levantador do lábio superior.
· E ele eleva o ângulo da boca, participando no ato de dar risada.
Músculo zigomático maior
· É um musculo obliquo que se origina na face lateral do osso zigomático e se insere na pele do ângulo da boca.
· Por causa da sua obliquidade, ele eleva o ângulo da boca no sentido súperolateral, caracterizando o movimento do sorriso.
Músculo zigomático menor
· É um musculo obliquo que se origina na face lateral do osso zigomático e se insere na pele do lábio superior.
· Por causa da obliquidade, ele eleva o lábio superior no sentido súperolateral, participando dos movimentos que acontecem na risada.
Músculo risório
· É um músculo com disposição horizontal que se origina na fáscia massetérica e se dirige anteriormente pra se inserir na pele do ângulo da boca.
· Ele não possui nenhuma insersão óssea e traciona o ângulo da boca lateralmente, participando do movimento do sorriso, junto com os músculos zigomático maior e bucinador.
· Quando ele retrai o ângulo da boca sozinho, ele produz um sorriso menos amplo, meio sem graça.
Músculo bucinador
· Esse músculo retangular constitui a camada muscular da bochecha.
· Ele possui uma origem superior, na base do processo alveolar da maxila, uma origem inferior, na base da parte alveolar da mandíbula e uma origem posterior, no ligamento pterigomandibular.
· As origens do bucinador na maxila e na mandíbula correspondem ao fórnice do vestíbulo superior e inferior.
· As suas fibras não se dispõem paralelamente e a sua inserção se da ao ângulo da boca, onde se mistura com o musculo orbicular da boca.
· O musculo bucinador realiza movimentos como: a tração lateral do ângulo da boca, fazendo parte do grupo muscular responsável pelo sorriso, ele também comprime as bochechas durante a sucção, distende as bochechas e empurra o alimento contra os dentes durante a mastigação.
Músculo depressor do ângulo da boca
· É um musculo triangular que se origina na base da mandíbula e se insere na pele do ângulo da Boca.
· Ele recobre parte do musculo depressor do lábio inferior, e ele realiza uma depressão do ângulo da boca, que ocorre principalmente na expressão de tristeza e se acentua no choro.
Músculo depressor do lábio inferior
· Se origina na base da mandíbula, acima da origem do musculo depressor do ângulo da boca e no tubérculo mentual.
· Ele se dispõe obliquamente e se insere na pele do lábio inferior.
· Ele abaixa o lábio inferior levando ate a eversão.
· E a depressão do lábio inferior ocorre em expressões de tristeza e choro.
Músculo mentual
· Ele se origina na fossa mentual da mandíbula, se situando medialmente ao musculo depressor do lábio inferior.
· Ele se insere na pele do mento e realiza a sua elevação, acentuando o sulco labiomentual.
Músculo platisma
· É o musculo superficial do pescoço que se estende ate a face.
· Ele se origina na parte superior da fáscia do musculo peitoral maior, no tórax, passa na face anterior e lateral do pescoço e alcança a base da mandíbula, onde vai se misturar com fibras do musculo depressor do ângulo da boca.
· Ele enruga a pele do pescoço e participa do abaixamento do ângulo da boca.
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
· São aqueles que agem sobre a mandíbula, proporcionando movimentos necessários pro processo da mastigação.
· Osmúsculos da mastigação tem algumas características em comum como:
- Todos se inserem na mandíbula.
- Eles atuam ativamente nos movimentos mandibulares.
- São revestidos por fáscias musculares.
- Derivam do primeiro arco branquial e são inervados pelo nervo trigêmio.
- São irrigados pela artéria maxilar.
Músculo masseter
· É o musculo da mastigação mais potente.
· Ele se situa na face, recobrindo parte da face lateral do ramo da mandíbula.
· É espesso, retangular e ta revestido pela fáscia massetérica.
· Ele possui dois feixes: o superficial e o profundo.
· O feixe superficial se origina na margem inferior do osso zigomático até a sutura zigomática temporal, e o feixe profundo se origina na margem inferior do arco zigomático, da sutura zigomática temporal pra trás.
· Esse musculo é curto e robusto, tem fibras trançadas e tem uma grande proporção de componente tendinoso, que até se mistura com as fibras musculares.
· Por causa dessas características, esse músculo tem uma grande força de tração, atuando sobre a mandíbula com mais força do que qualquer outro músculo da mastigação.
· O local da mandíbula onde o masseter se insere é cheio de um conjunto de eminencias ósseas, que é a tuberosidade massetérica, que aumenta o volume e a densidade da área.
· Ele é um potente elevador da mandíbula.
· Ao fechar a boca ele exerce pressão sobre os dentes, principalmente na região dos molares.
· O feixe superficial colabora com os movimentos de protrusão e o feixe profundo com os de retrusão da mandíbula.
· Mas, em conjunto, essas forças de protrusão e retrusão se anulam, predominando as forças de elevação.
· E ele é inervado pelo nervo massetérico.
Músculo temporal
· Ele se localiza na fossa temporal e tá parcialmente revestido por uma fascia espessa, chamada de fascia temporal.
· Esse músculo se origina na linha temporal inferior, em todo o soalho da fossa temporal e na face medial da fascia temporal.
· Ele tem um tensão forte e volumoso que passa medialmente ao arco zigomático e se insere nas margens e na face medial do processo coronoide.
· O musculo temporal tem um formato de leque, com fibras anteriores verticalizadas, fibras médias oblíquas e fibras posteriores horizontalizadas.
· Ele é um musculo elevador da mandíbula, só que as suas fibras posteriores colaboram na retrusão da mandíbula, e ele também auxilia o musculo pterigoideo lateral nos movimentos de lateralidade.
· E ele é inervado pelos nervos temporais profundos anterior e posterior.
Músculo pterigoideo medial
· É um musculo retangular que recobre parcialmente a face medial do ramo da mandíbula.
· Ele tem forma e características parecidas com as do musculo masseter: fibras curtas, obliquas e trançadas e uma grande proporção de componente tendinoso.
· Só que, ele é menos robusto que o masseter, e por isso, menos potente.
· A sua origem é na fossa pterigoidea, entre as laminas medial e lateral do processo pterigoide do esfenoide, e a inserção é na face medial do ângulo da mandíbula, onde tem um conjunto de eminencias ósseas, que é a tuberosidade pterigoidea.
· Ele eleva a mandíbula e colabora na protrusão dela.
· E ele é inervado pelo nervo pterigoideo medial.
Músculo pterigoideo lateral
· Ele é um musculo curto, com um formato cônico.
· Ele se localiza lateralmente ao musculo pterigoideo medial e tem uma relação direta com a articulação temporomandibular.
· Ele é constituído de dois feixes, o superior e o inferior.
· O feixe superior se origina da crista infratemporal, localizada na asa maior do esfenoide.
· E o feixe inferior se origina na face lateral da lamina lateral do processo pterigoide do esfenoide.
· Ele contribui pra protrusão e abaixamento da mandíbula, pra estabilização do disco articular e pro movimento de lateralidade da mandíbula, deslocando o mento pro lado oposto.
· E ele é inervado pelo nervo pterigoideo lateral.
MÚSCULOS SUPRA-HIÓIDEOS
· Esses músculos movimentam o hioide durante a deglutição e quase todos eles movimentam a mandíbula, abaixando ela.
· Por causa disso, apesar deles não serem classificados como de mastigação, eles participam também dos movimentos mandibulares e podem ser chamados de músculos abaixadores da mandíbula.
· A inervação motora desses músculos é transmitida pelo ramo do nervo trigemio, ramos do nervo facial e ramo da alça cervical.
Musculo digástrico
· Ele tem esse nome por que tem dois ventres musculares, separados entre si por um tendão intermediário.
· O ventre posterior do musculo se origina na incisura mastoidea, segue um trajeto obliquo pra frente e pra baixo, em direção ao pescoço, e termina no tendão intermediário.
· Esse tendão intermediário se insere no osso hioide por meio de uma alça de tecido conjuntivo que envolve o tendão e permite o seu deslizamento através dela.
· A frente do tendão intermediário se inicia o ventre anterior do digastrico, que segue um trajeto obliquo pra frente e pra cima, passando abaixo do musculo milo-hioide, e se insere na fóvea digástrica, na base da mandíbula.
· O músculo digástrico eleva o osso hioide, considerando a mandíbula e a incisura mastóidea como pontos fixos.
· Mas se o hioide estiver fixo, o ventre anterior do digastrico traciona a mandíbula pra trás, seguindo a sua obliquidade, e abaixa a mandíbula, em uma ação conjunta com o musculo pterigoideo lateral.
· E o musculo digastrico tem uma dupla inervação, o ventre anterior é inervado pelo nervo milo-hioideo e o ventre posterior é inervado pelo ramo digastrico do nervo facial.
Músculo estilo-hióideo
· Ele é o único músculo supra-hioideo que não tem origem nem inserçãona mandíbula.
· Ele se origina no processo estiloide e segue um trajeto obliquo pra frente e pra baixo, na frente do ventre posterior do digástrico.
· Ele se insere no osso hioide, e pouco antes dessa inserção, ele se divide em dois feixes reforçando a fixação dele ao hioide.
· A sua ação é elevar e retrair o osso hioide, seguindo a obliquidade em relação ao processo estiloide.
· E ele é inervado pelo ramo estilo-hioide do nervo facial
Músculo milo-hióideo
· Ele se origina na linha milo-hióidea e depois se dirige medialmente pra se encontrar com o musculo milo-hióideo do lado oposto em uma estrutura tendinosa chamada rafe milo-hióidea.
· Esse músculo eleva e protrai o osso hioide, o que promove a elevação de todo o soalho da boca.
· Isso acontece quando a mandíbula é o ponto fixo do musculo.
· Quando o hioide ta fixo, o milo-hioideo movimenta a mandíbula, promovendo o seu abaixamento e retração.
· E esse musculo é inervado pelo nervo milo-hióide.
Músculo gênio-hióideo
· Ele se origina no processo geniano e se dirige pra trás, passando sobre o musculo milo-hióideo e se inserindo no osso hioide.
· Quando a mandíbula é o ponto fixo, esse musculo eleva e protrai o osso hioide.
· Com o hioide fixo, o musculo abaixa e retrai a mandíbula.
· E esse musculo é inervado pelo ramo gênio-hióideo da alça cervical.
FONTES: Anatomia Aplicada a Odontologia – 3ed – REHER
 Anatomia Craniofacial Aplicada a Odontolofia – 2ed – ROSSI
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4- Identificar os espaços fasciais da cabeça e do pescoço (músculos limitantes).
Definição e caraterísticas comuns dos espaços fasciais
· São áreas bem delimitadas por fáscias e músculos.
· Em uma pessoa sadia, elas são preenchidas por tecido conjuntivo frouxo, tecido adiposo ou estruturas neurovasculares.
· Quando acontece alguma infecção, as fáscias que delimitam os espaços podem ser perfuradas por exsudatos purulentos, que invadem os espaços fasciais.
· E eles são mal irrigados, por que são preenchidos por tecido conjuntivo frouxo, e portanto, tem uma baixa capacidade de defesa.
ESPAÇOS FASCIAIS PRIMÁRIOS
· Quando dentes infeccionados formam abcessos extraorais, os locais mais próximos dos dentes, em que esses abcessos se instalam inicialmente são chamados de espaços primários.
· Existem os espaços primários na mandíbula e na maxila.
Espaços maxilares primários- Espaço canino
· É um pequeno espaço delimitado anteriormente pela pele, posteriormente pela parede anterior da maxila, superiormente pelo musculo levantador do lábio superior, e inferiormente pelo musculo levantador do ângulo da boca.
· E nesse espaço se localiza o feixe vasculonervoso infraorbital.
- Espaço bucal
· É limitado lateralmente por pele e tela subcutânea.
· E esse espaço é preenchido pelo corpo adiposo da bochecha.
- Espaço infratemporal
· Se localiza posteriormente a maxila e superiormente ele é limitado pela base do crânio e pela superfície infratemporal da asa maior do esfenoide.
· Medialmente ele é limitado pela lamina lateral do processo pterigoide e lateralmente ele se continua com o espaço temporal profundo.
· E nele, se localizam os músculos pterigoideos, principalmente o pterigoideo lateral.
Espaços mandibulares primários
- Espaço submentual
· Ele é limitado anteriormente pelos dois ventres anteriores do musculo digastrico, sendo, então, um espaço ímpar.
· E ele se limita superiormente pelo musculo milo-hioideo, inferiormente, pelo músculo platisma e posteriormente pelo osso hioide.
- Espaço sublingual
· É delimitado lateralmente pelo corpo da mandíbula, superiormente pela mucosa do assoalho da boca e inferiormente pelo musculo milo-hioideo.
· E posteriormente, o espaço sublingual se comunica com o espaço submandibular e com os espaços secundários.
- Espaço submandibular
· É delimitado lateralmente pelo corpo da mandíbula, superiormente pelo musculo milo-hioideo e inferiormente pela lamina de revestimento da fáscia cervical, do musculo platisma e da pele.
· Posteriormente, esse espaço se comunica com os espaços secundários.
ESPAÇOS FASCIAIS SECUNDÁRIOS
· Eles se localizam posteriormente com relação a maxila e a mandíbula e mantem íntimo contato com os espaços primários.
· As infecções nos espaços primários que não foram tratadas podem se propagar pra esses secundários, causando um caso mais grave e perigoso.
· Esses espaços são basicamente os relacionados com a musculatura da mastigação, sendo conhecidos também como espaço mastigador.
Espaço massetérico
· É limitado medialmente pelo ramo da mandíbula e lateralmente pelo musculo masseter.
Espaço pterigomandibular
· É delimitado medialmente pelo músculo pterigoideo medial, lateralmente pelo ramo da mandíbula e superiormente pelo musculo pterigoideo lateral.
Espaços temporais profundo e superficial
· É limitado medialmente pelo soalho da fossa temporal e pelo espaço infratemporal mais abaixo.
· Os seus limites laterais são a fascia temporal e o espaço massetérico mais abaixo.
· E o musculo temporal divide o espaço temporal em superficial e em profundo.
FONTE: Anatomia Aplicada a Odontologia – 3ed – REHER
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