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Tecnologia da biologia celular e molecular ● O microscópio óptico\luz possibilitou o descobrimento de células e a elaboração da teoria de que todos os seres vivos são constituídos por elas. ● Os conhecimentos sobre as células progridem paralelamente aos aperfeiçoamento de métodos de investigação (novas técnicas e pesquisas). Tipos de microscopia microscopia óptica (mo) microscopia eletrônica (me) ❖ campo claro; ❖ campo escuro; ❖ contraste de fase; ❖ contraste interferencial; ❖ polarização; ❖ fluorescência; ❖ microscópio invertido; ❖ microscópio estereoscópico; ❖ confocal a laser. ❖ microscópio eletrônico de transmissão; ❖ microscópio eletrônico de varredura. *os tópicos em negrito serão abordados à frente Propriedades das lentes dos microscópios Limite de resolução (LR): é a menor distância entre dois pontos que permite distingui-los separadamente. (Ex.: distância entre dois dedos separados) Poder de resolução: é a capacidade de fornecer imagens nítidas. Quanto menor o LR melhor poder de resolução. (mais detalhes) Fórmula para o cálculo do LR: LR= K. LAMBDA\AN AN= n. sen alfa - LR: limite de resolução; - K: constante experimental estimada em 0,61 - LAMBDA: comprimento de onda da radiação (+- 400-700 nm ou seja mais detalhes) - AN: abertura numérica - n: índice de refração do meio - alfa: metade do ângulo de abertura da lente objetiva. (ângulo formado entre o eixo óptico da lente objetiva e o raio mais externo utilizado na formação da imagem.) Observação: (print) Microscópios Microscópio Óptico\Luz -> Possui duas lentes oculares utilizadas para ampliar a imagem; -> Lentes objetivas aumentam a imagem e fornecem detalhes (relacionadas ao limite de resolução); obs.: quanto maior a lente objetiva maior a abertura numérica e menor o limite de resolução! (o limite de resolução é diretamente proporcional ao comprimento de onda da luz utilizada e inversamente proporcional à abertura da objetiva). -> Forma uma imagem maior, virtual, invertida & bidimensional (plana); -> Condensador: a luz espalhada ao passar por essa lente fica com feixes paralelos; (quanto maior o ângulo, mais luz é necessária). obs2: o aumento final é o resultado do produto entre as lentes oculares e objetivas! -> É feita a coloração da amostra para facilitar a visualização devido ao contraste. desenho da lente frontal (32min do vídeo) ATENÇÃO: REVER EXERCÍCIO DA AULA 2, (EM 40MIN.) NA VÉSPERA DE ATIV. AVAL. Microscópio Eletrônico de Transmissão -> O elétron faz o mesmo papel que a luz exerce no MO; -> Comprimento de onda do elétron: 0,05 nm ; -> Mais detalhista, ou seja, menor o limite de resolução; obs.: quanto menor o comprimento de onda, menor o LR e melhor e mais detalhista a imagem. -> Aumentos de 5 mil a 1 milhão; -> MET > MO; -> O elétron vem de cima para baixo (a luz vem de baixo para cima); -> A lâmina não pode ser de vidro, deve ser cobre\material pesado (o e- não consegue atravessar com facilidade); -> Não é feita coloração e sim contraste; -> Os cortes devem ser ultrafinos e de diâmetro pequeno (máx 1 mm); -> Imagens bidimensionais; -> Não é possível observar materiais vivos. Microscópio Eletrônico de Varredura -> Sistema análogo ao MET; -> Usa-se feixe de elétrons; -> São formadas imagens tridimensionais de tamanhos variados; -> Mais rica em detalhes, mostra microestruturas celulares; -> Possível utilizar materiais inteiros (ex.: formiga); -> Devem-se ser contrastados; -> O elétron “varre” a amostra para formar a imagem; -> Utilizado para ver a superfície das amostras. Técnicas de preparo de materiais para microscopia -> Toda imagem levada ao microscópio deve ser preparada anteriormente; -> Providenciar o animal ou planta a ser utilizado; obs.: ao trabalhar com animais vertebrados deve-se pedir autorização do comitê de ética da instituição para fazer a eutanásia (anestésicos, câmara de CO2); ->O material recolhido deve ser lavado para remoção dos fluidos corporais (uso de NaCl a 0,9% m\v para evitar a perda ou ganho de água ou íons no material); -> Processo de fixação: preservar as estruturas celulares e extracelulares e evitar autólise (quebra das estruturas da célula por suas próximas enzimas); -> Lavagem: para remover o excesso de fixador (ex.: formol) -> Desidratação: para facilitar os cortes que devem ser finos (utilizado: álcool ou acetona, através de concentrações crescentes, ex: 70%- 80%- 90%, etc, para evitar a retração da peça) -> Processo de Inclusão: colocar o material para endurecer e formar um “bloquinho”; (X parafina: é um hidrocarboneto, hidrofóbica> deve-se garantir que toda a água foi retirada -usando o processo de desidratação- e também o álcool- utilizando xilol (cancerígeno, deve-se usar 3 frascos para retirar bastante álcool e substituir pelo xilol que também é hidrofóbico e dá certo com a parafina) +barata) (X resina: é anfipática (afinidade com compostos formados com água e hidrofóbicos) ou seja, não precisa passar pelo banho do xilol, apenas retirar a água. +visível -> Processo de Infiltração: Parafina: no último vidro de xilol, mergulhar o cassete em 3 banhos de parafina líquida (em uma estufa coloca 3 beckers com a parafina sólida, temp.65º); Resina: mistura resina líquida e álcool (50% de cada), a temperatura ambiente, aprox. 2 horas e depois mergulhar na resina pura para que ela entre no lugar do álcool. -> Processo de Inclusão: Pegar uma forma (papel: parafina & silicone: resina), coloca o fragmento e preenche com o material (a resina deve ser misturada com o catalisador). obs.: microtomia é o processo de corte, usando navalhas de aço (apenas parafina), vidro (MO=resina; MET=papel celofane e água p\ melhor visualização) e ou diamante. -> Coloração HE: hematoxilina e eosina, corantes a base de água; coram as células com base nas suas propriedades químicas. Hematoxilina é um corante básico então cora estruturas ácidas em azul (ex.: ác. nucleicos- são estruturas basófilas, ou seja, coram em meio básico). Já a eosina é um corante ácido, por isso cora estruturas básicas em rosa (ex.: proteínas- acidófilas). obs.: a parafina por ser hidrofóbica não deixa o corante (a base de água) pegar na amostra.. Deve-se então fazer um processo de desparani,fização (mergulhar a lâmina no xilol 1,2,3 e no álcool absoluto) Microscopia de fluorescência -> Geralmente aplicada com técnicas citoquímicas -> O feixe de luz é lateral e atravessa um filtro que incide em um espelho difusor do feixe que desce e entra em contato com o material, virando um objeto fluorescente. -> Principal aplicação da microscopia de fluorescência: ocorre em combinação com métodos imunológicos, nas técnicas imunocitoquímicas que utilizam anticorpos conjugados a compostos fluorescentes ou que formam precipitados; -> A imunocitoquímica se baseia na reação antígeno-anticorpo, esta técnica pode ser realizada aplicando-se a imunocitoquímica direta (pouco sensível, e por isso, pouco usada atualmente) ou a imunocitoquímica indireta (maior sensibilidade, permitindo a demonstração de quantidadesmínimas de antígeno, sendo a mais usada na prática). -> Algumas substâncias podem ser utilizadas para marcar os anticorpos, dentre elas: peroxidase, ferritina, anticorpo fluorescente, complexo de ouro coloidal + proteína A (extraída das bactérias Staphylococcus aureus). Citoquímica Conceito: compreende técnicas diversas para a identificação e localização das moléculas que constituem as células. Organelas Ácido desoxirribonucleico (DNA): é demonstrado quimicamente pela reação de Feulgen. Etapas: 1. mergulha-se as lâminas em solução aquecida de ác. clorídrico, promovendo hidrólise das bases púricas, deixando livre as extremidades desoxirribose, que possuem radicais aldeídicos; 2. trata-se o preparado pelo reativo de Schiff (solução fucsina básica decorada pelo anidrido sulfuroso), que ao se combinar com grupamentos aldeídicos da desoxirribose, forma um complexo na cor vermelha. Polissacarídeos: um exemplo é a técnica utilizada para evidenciar o glicogênio, chamada de técnica do PAS; -> A reação baseia-se na oxidação pelo ácido periódico, de grupamentos OH vizinhos, formando grupamentos aldeídicos que dão uma coloração vermelha ao reativo de Schiff; -> A reação não é específica para o glicogênio, então usa-se do seguinte artifício: tomam-se duas lâminas com cortes do mesmo tecido, uma das quais é previamente tratada pela enzima alfa-amilase (ela hidrolisa e remove o glicogênio). Portanto, a estrutura que aparecer corada pelo PAS na lâmina não tratada é o glicogênio. Técnica imunocitoquímica direta: O composto (precipitado) formado pela ação da peroxidase sobre a 3-3’-diaminobenzidina é de cor marrom-clara e elétron-denso. Por isso, a técnica pode ser aplicada tanto à microscopia óptica como à eletrônica. Técnica imunocitoquímica direta: O composto (precipitado) formado pela ação da peroxidase sobre a 3-3’-diaminobenzidina é de cor marrom-clara e elétron-denso. Por isso, a técnica pode ser aplicada tanto à microscopia óptica como à eletrônica. Etapas da imunocitoquímica indireta: 1. o antígeno cuja localização se deseja determinar combina-se com o anticorpo específico, formando um complexo que não é visível nem no microscópio óptico, nem no eletrônico. A finalidade das etapas seguintes é tornar esse complexo visível. 2. agrega-se antigamaglobulina marcada com peroxidase ao complexo já formado. 3. por meio da técnica citoquímica para peroxidase, forma-se precipitado visível nos microscópios óptico e eletrônico, revelando-se assim o local onde está presente o antígeno cuja localização era desejada. obs.: A imunocitoquímica indireta possui maior sensibilidade. Pela técnica direta o antígeno fixaria quatro moléculas do anticorpo, pela técnica indireta, fixaria 20 moléculas de antigamaglobulina.
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