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PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 1 OS: 0026/2/19-Gil CONCURSO: ÍNDICE: 1 – Ler, Interpretar e Compreender Textos...........................................................................01 2 – Erros Clássicos de Compreensão do Texto......................................................................04 3 – Paráfrase..........................................................................................................................10 4 – Perífrase...........................................................................................................................10 5 – Síntese..............................................................................................................................11 6 – Tipologia Textual..............................................................................................................11 7 – Gênero Textual.................................................................................................................12 8 – Coesão..............................................................................................................................18 9 – Estrutura das Palavras......................................................................................................20 10 – Formação de Palavras....................................................................................................21 11 – Ortografia – Como Escrever Certo?...............................................................................23 12 – Verbos Terminados em -EAR.........................................................................................25 13 – Grafia de Algumas Palavras...........................................................................................25 14 – Acentuação Gráfica........................................................................................................29 15 – Sílaba Tônica...................................................................................................................29 16 – Separação Silábica..........................................................................................................31 17 – Significação das Palavras...............................................................................................32 18 – Sintaxe da Oração e do Período.....................................................................................42 19 – Tipos de Sujeito..............................................................................................................43 20 – Tipos de Predicado.........................................................................................................44 21 – Período Composto..........................................................................................................52 22 – Emprego das Classes de Palavras..................................................................................56 23 – Concordância Verbal......................................................................................................69 24 – Concordância Nominal...................................................................................................76 25 – Regências Verbal e Nominal.........................................................................................79 26 – Crase...............................................................................................................................84 27 – Pontuação.......................................................................................................................87 28 – Redação Oficial...............................................................................................................91 Ler, Interpretar e Compreender Textos. • Leitura sf. 1. Ato, arte ou hábito de ler. 2. Aquilo que se lê. 3. Tec. Operação de percorrer, em um meio físico, sequências de marcas codificadas que representam informações registradas, e reconvertê-las à forma anterior (como imagens, sons, dados para processamento). • Interpretar v.t.d. 1. Ajuizar a intenção, o sentido de, 2. Explicar ou declarar o sentido de (texto, lei, etc. 3. Tirar de (sonho, visão, etc.) indução ou presságio. 4. Traduzir de língua estrangeira 5. Representar no teatro, cinema, televisão, etc. • Compreender v.t.d. 1. Conter em si; abranger 2. Alcançar com a inteligência; perceber, entender 3. Perceber as intenções ou sentido de PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 2 OS: 0026/2/19-Gil 4. Entender (alguém), aceitando-o como é 5. Perceber, ouvir 6. Estar incluído ou contido Buarque de Holanda Ferreira Aurélio. Mini Aurélio Séc. XXI 5º. Ed. Rio de Janeiro Ed. Nova Fronteira 2004 p. 179; 427 e 453. Texto (do latim textus, a, um, tecido, particípio passado de texere, tecer, urdir, entrelaçar, compor) é uma ideia ou um conjunto de ideias expressas através de frases, orações, períodos e parágrafos; com um estilo e estrutura próprios escritas por um sujeito. O texto pode apresentar duas estruturas em sua natureza. A estrutura literária e a não-literária. • O texto literário expressa a opinião pessoal do autor que também é transmitida através de figuras de linguagem (texto figurado, conotativo), impregnado de subjetivismo. – conotação, figuras, ficção, subjetividade e pessoalidade. • O texto não-literário transmite a mensagem de forma clara e objetiva. – denotação, transparência, objetividade e informação. Compreender um texto é obter resultado da união da decodificação (domínio dos mecanismos de base; o Bê-A-BÁ) com a interpretação; é a última etapa do processo de leitura; é a consequência da leitura; é levar em conta os vários aspectos que ele possui, ou seja, perceber se ele possui aspecto moral, social, econômico, conforme a intenção do autor; para confirmar este aspecto, o autor se utiliza de um vocabulário próprio para a sua intenção. Para se compreender um texto, é preciso perceber a sua estrutura interna (ideias básicas e acessórias). As básicas são percebidas no tópico frasal que vem esplanadas em cadeia; as acessórias aparecem no desdobramento da ideia básica nos parágrafos subsequentes a fim de discutir e aprofundar o assunto. Ou seja; Ler não é só decifrar ou dar sentido ao texto; mas entender os motivos do autor, perceber sua ideologia diante daquilo que ele escreve, é encontrar um significado para aquilo que o autor escreve. É ai que ocorre a interação entre autor e leitor. O primeiro direcionando suas ideias através de sentidos e intenção comunicativa; o segundo, lendo, relendo fazendo inferências, comparando e buscando o objetivo do autor. DICAS DE COMPREENSÃO “A compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento, como o conhecimento linguístico, o textual, o conhecimento de mundo, que o leitor consegue construir o sentido do texto”. Antes de tudo é importante entender que a compreensão de um texto, qualquer que seja ele, precisa ser considerada a partir de seus próprios elementos internos, o que significa dizer que não existe o que normalmente se costuma chamar de “uma verdadeira viagem”. A dificuldade está centrada, portanto, em um ponto básico: conseguir perceber, dentro de um senso comum o que o texto está sugerindo.Para isso, é importante que qualquer leitor, pessoa disposta a compreender o texto literário ou o não-literário tenha, sobretudo, boa vontade e paciência. 1 – A leitura do texto deve ser silenciosa. Várias vezes, duas, três, quatro... tantas, quantas vezes precisar. Geralmente bastam três. Evidentemente não dispomos de muito tempo. Diante do fator tempo; então leia com o máximo de atenção, procurando identificar a Temática Central. 2 – Identificar o que o enunciado solicita. É muito comum o candidato errar a resposta de uma questão por não perceber com exatidão, o que o enunciado deseja saber. - Assim sendo, concentre-se em todas as palavras presentes no enunciado. - Um ponto muito importante: observe se o enunciado da questão está abordando o texto como um todo ou se faz referência a apenas uma parte do texto. 3 – A escolha da melhor opção, em se tratando de uma prova de múltipla escolha. - Chegamos ao ponto mais problemático de todos: a opção correta. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 3 OS: 0026/2/19-Gil NOTA: É muito comum os candidatos se queixarem de que chegam a duas opções e quase sempre acabam marcando a opção errada. Calma!!! Muita calma!!! Atenção!!! Imagine o seguinte: Se você conseguiu eliminar três das opções, chegou a duas e marcou a errada, mas uma delas estava certa, você estava no caminho certo. O que faltou foi um pouco mais de atenção, experiência, ou talvez quem sabe, um pouco mais de habilidade para conseguir perceber as minúcias das duas opções, verificar pelo enunciado se a questão era de cunho interpretativo ou compreensivo. 4 – Certificação das respostas. Uma vez escolhida a opção tente verificar se nenhuma outra poderia ser aceita. Tente ser isento nesta análise. - Lembre-se de que, às vezes, uma vírgula é suficiente para modificar completamente a significação de uma frase. Sempre tenha em mente que o texto literário é, por excelência, plurissignificativo, o que significa dizer que, sua significação extrapola uma simples leitura técnica. Para entendê-lo, é preciso, como dito anteriormente, decodificar as figuras de linguagem. COMO FAZER ISSO? Procure perceber o vocábulo em seu sentido denotativo (isto é, real) a partir daí, veja se, naquele contexto, o vocábulo está assumindo uma outra significação, ou seja, se está sendo utilizado em seu sentido conotativo. Relacione este vocábulo aos demais que estão a sua volta, na frase, até que como na montagem de um quebra-cabeça, todas as peças possam se encaixar devidamente. Não é um processo fácil, mas com prática constante se consegue atingir ótimos resultados. Não só os alunos afirmam gratuitamente que a compreensão depende de cada um. Na realidade, isto é para fugir a um aparentemente válido, mas, na realidade, não problema que não é de difícil solução por meio de sofisma (argumento conclusivo, e – que supõe má fé por parte de quem o apresenta). Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa compreensão de um texto. TÓPICO FRASAL É a menor expressão de palavras que resume de forma abrangente possível a ideia do parágrafo. Para se chegar ao TÓPICO FRASAL, deve-se passar pelas seguintes fases: 1. Eliminar do texto lido as partes redundantes ou sem importância para o essencial; 2. Generalizar as ideias para se chegar ao TEMA DO ASSUNTO; 3. Selecionar os subtópicos que comporão o texto final do TÓPICO FRASAL. __________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 4 OS: 0026/2/19-Gil 2 – ERROS CLÁSSICOS DE COMPREENSÃO DO TEXTO 1. Extrapolação: Ir além dos limites do texto. Acrescentar elementos desnecessários à compreensão do texto. 2. Redução: Ater-se apenas a uma parte do texto, quebrar o conjunto, isolar o texto do contexto. 3. Contradição: Chegar a uma conclusão contaria à do texto, invertendo o seu sentido. PRESSUPOSTOS São ideias que não foram expressas de maneira explícita, mas que podem ser percebidas através de expressões e palavras contidas no texto. INTERTEXTUALIDADE É a relação que se estabelece entre dois textos, isto é, quando um faz referência a palavras já existentes no outro. Uma boa leitura permite ao leitor seja capaz de identificar o tema e o assunto de um texto; distinguir informações explícitas de pressupostos e subentendidos; distinguir um fato da opinião do autor sobre este fato; relacionar as informações fornecidas pelo autor com outras informações de momentos distintos do texto; construir e interpretar o texto através de seus aspectos gráficos verbais e não verbais. LEMBRETE 01. Ler todo o texto, procurando adquirir uma visão generalizada do assunto. 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura; vá até o fim. Na maioria das vezes o contexto lhe dá o significado da palavra. 03. Ler o texto quantas vezes forem necessárias. 04. Ler com atenção, sutileza, malícia nas entrelinhas. 05. Não permitir que as suas opiniões prevaleçam sobre as do autor. 06. Verificar com máxima atenção o enunciado da questão. 07. Cuidados com os vocábulos: não correto, correto, incorreto, certo, errada, falso, verdadeiro, exceto e outras palavras novas, modernas que surgem nas perguntas e que criam dificuldades ao leitor sobre o que se quer. 08. Quando duas alternativas lhe parecerem corretas, procure a mais exata ou a mais completa. 09. Não procure, na resposta, a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no contexto do texto lido. 10. Olhe para o texto como um objeto de ajuda, não construa uma imagem de algo chato, feio ou indecifrável. Nossa forma de ver o texto contribui para os resultados de nossa leitura. TEXTOS COMPLEMENTARES TEXTO A Filosofando sobrea leitura. A sociedade é, em sua maioria, feita de homens sem liberdade, pessoas que tolhidas na educação, imaginação e, fundamentalmente, na ação; tornam-se, geralmente, repetidoras de ideias, soluções e emoções distorcidas; equívocos que tornam a própria evolução do pensar um gesto estático. O que pode um “inocente” contra o maquiavelismo social? Sim, pois a carência do saber torna o ser um alvo fixo, ingênuo, para onde se “disparam” pensamentos predeterminados, conclusões ultrapassadas e ideias equivocadas. Essa afirmação pode parecer obscura para a maioria das pessoas, pois a concepção de liberdade está ligada à visão de cárcere ou de escravidão no sentido concreto, e não, à consciência individual do pensar. Muito se tem discutido sobre a importância da evolução do raciocínio humano, mas o único raciocínio plausível para o combate de tal realidade é a Leitura. No entanto, pouco, verdadeiramente, tem-se feito para tornar a Leitura um habito em ação. O resultado da carência dessa atitude está na maioria das mazelas sociais que o homem discute e lamenta, posicionando-se como prisioneiro delas. Não se trata de reproduzir um pensamento intelectual sem bases práticas, mas uma afirmação fundamentada nos resultados de eleições, nas práticas profissionais, no desempenho econômico nacional e principalmente nos resultados pessoais de cada cidadão. Ler é aprender a decidir, não só tomar uma decisão, mas aprender a conhecer literalmente as consequências dessa decisão; ler é ganhar experiência, ganhar liberdade de ter suas próprias ideias, de gerar, produzir e evoluir seu próprio ser. É antecipar-se ao tempo e gerir experiência, transformar futuros e saciar a vaidade. Ler é adquirir sabedoria antes da velhice. Sim, pois o conhecimento antecipado lapida o homem para um melhor viver, sentir e decidir. A leitura pode fazer do leitor o médico, o professor, o bom gestor público, o bom cidadão. A leitura transforma a estampa do mundo, pois transforma a maneira de olhá-lo, torna o ser um artesão, um mestre do construir, do criar, do transformar. É compreender parafrasticamente o desejo de Deus, já que ensina o homem a perceber melhor a paixão e a oportunidade que o milagre da vida representa. Arnaldo Filho PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 5 OS: 0026/2/19-Gil TEXTO B “Todos lemos a nós e ao mundo à nossa volta para vislumbrar o que somos e onde estamos. Lemos para compreender, ou para começar a compreender. Não podemos deixar de ler. Ler, como respirar, é nossa função essencial” Miguel Alberto. Uma história de leitura TEXTO C A Importância da Leitura A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta. A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos. Nesse processamento do texto, tornam-se imprescindíveis também alguns conhecimentos prévios do leitor: os linguísticos, que correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto; e os de mundo, que correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do que se lê é alcançada, esses diversos tipos de conhecimento estão em interação. Logo, percebemos que a leitura é um processo interativo. Quando citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que essa atividade assume. Conforme afirma Leonardo Boff, cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um releitura. [...] Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, acima de tudo, compreender. Para que isso aconteça, além dos já referidos processamento cognitivo da leitura e conhecimentos prévios necessários a ela, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas emoções, expectativas, seus preconceitos etc. É por isso que consegue ser tocado pela leitura. Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o que afirma Roland Barthes, quando compara o leitor a uma aranha: [...] o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido - nessa textura -, o sujeito se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas secreções construtivas de sua teia. Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso ela se revela como uma atividade extremamente frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de adquirirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara melhor para atingir às necessidades de um mercado de trabalho exigente -, experimentamos novas experiências, ao conhecermos mais do mundo em que vivemos e também sobre nós mesmos, já que ela nos leva à reflexão. E refletir, sabemos, é o que permite ao homem abrir as portas de sua percepção. Quando movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o homem se renova constantemente, tornando-se cada dia mais apto a estar no mundo, capaz de compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem ampliada sua visão de mundo e seu horizonte de expectativas. Desse modo, a leitura se configura como um poderoso e essencial instrumento libertário para a sobrevivência do homem. Há, entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não suporta o imperativo". Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se. Maria Carolina Professora de Língua Portuguesa e Redação do Ensino Médio e Normal. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 6 OS: 0026/2/19-Gil TEXTO D Lei que aprova candidatos em concurso público: LEI – TURA Exercitando TEXTO I(Ano: 2015 - Banca: CESPE - Órgão: Telebrás) Prova: Conhecimentos Básicos para o Cargo 3 José Claudio Linhares Pires. A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil. Internet: <www.bndespar.com.br> (com adaptações). Conforme as ideias veiculadas no texto, A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil, 01. O rompimento do monopólio do Sistema TELEBRAS ocorreu com vistas à adequação desse sistema às necessidades do mercado globalizado. ( ) Certo ( ) Errado 02. Antes da privatização do Sistema TELEBRAS, a prestação de serviços básicos de telecomunicações era feita de forma global e universal, abrangendo todos os rincões do país. ( ) Certo ( ) Errado 03. Com a reestruturação do setor de telecomunicações brasileiro, o Estado, por meio da ANATEL, passou a exercer controle total desse setor de serviços, definindo, entre outros aspectos, o modo como as empresas prestadoras de serviços de telecomunicação devem se comportar no mercado, quanto investirão e de que modo o farão. ( ) Certo ( ) Errado 04. Relativamente à adequação do setor de telecomunicações ao novo contexto de evolução tecnológica setorial e de diversificação e modernização das redes e dos serviços, o pressuposto era o de que a administração privada, mas regulada, dos serviços de telecomunicação poderia proporcionar eficiência, qualidade, presteza e resultados positivos a esses serviços. ( ) Certo ( ) Errado 05. A substituição de “autônoma” (L.19) por com autonomia prejudicaria a correção gramatical do texto. ( ) Certo ( ) Errado GABARITO 01 02 03 04 05 E E E C E Texto II https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-telebras-conhecimentos-basicos-para-o-cargo-3 PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 7 OS: 0026/2/19-Gil 01. (Cespe – 2018 – IFF nível superior) Com relação às ideias do text CG1A1AAA, assinale a opção correta. a) O narrador apresenta sua experiência na França como insignificante para o seu ofício. b) Infere-se do texto que a história dos povos da Antiguidade é inferior à história do Nordeste brasileiro. c) O narrador retrata o povo nordestino como um povo duro, insensível, suja realidade se caracteriza por experiências de angústia e tristeza. d) No último parágrafo do texto, verifica-se um contraste entre as impressões do narrador sobre a vida na França e a vida no Nordeste brasileiro. e) No texto, apresenta-se uma descrição objetiva da paisagem natural nordestina, que destaca os efeitos nocivos do clima seco sobre a natureza. Comentário: Gabarito D. a) Errado, pois como o narrador mesmo cita: “Os dias de França me deram uma sensação de pausa, de espanto, de novos contatos sonhados desde menino”. Se era um sonho do narrador, não teria como ser uma experiência insignificante como afirma a questão. b) Errada, não se pode concluir com base na leitura do texto que os povos da antiguidade são inferior aos nordestinos, pois a realidade do nordestino é maior que a realidade do mundo, como cita o narrador em certa passagem do texto. c) Errada, o narrador realmente retrata em certos trechos que é sim, um povo sofrido e duro, mas também é “o fabuloso mundo do seu romance”(l. 3-4) e é uma volta “ao amor”(l. 26). Não tendo apenas aspectos negativos. d) Gabarito da questão. Pode-se ver claramente um contraste ao mencionar a França como doce, algo que deixará saudades ou contrário do que fala em seguida, quando usa as palavras espinhos e tristeza para representar sua volta ao Nordeste. e) Errado, em certa passagem “...floração de sangue...” nota-se uma subjetividade na descrição do cenário nordestino e não objetivo como afirma a questão. 02) (Cespe – 2018 – IFF nível superior) No que se refere aos sentidos do texto CG1A1AAA e às suas estruturas linguísticas, é correto inferir que a expressão “Cangaceiros” (l.17) a) É usada para designar os heróis de Carlos Magno, que repovoam as memórias do autor, como se lhe fossem próximos, após sua visita à França. b) faz referência a indivíduos que, para o narrador, aparentam ser, embora não o sejam, cangaceiros, cujos nomes ele lista no antepenúltimo parágrafo do texto. c) faz referência ao título do romance cujos personagens e ambientes são descritos no primeiro parágrafo. d) é empregada para designar, de modo geral, a atividade dos sertanejos nordestinos à semelhança de nomes de profissões. e) é utilizada para destacar a importância do cangaço na vida dos homens nordestinos. Comentário: Gabarito item C. Note no comando da questão que estamos lidando com uma questão de interpretação de texto, ou seja, devemos conciliar nosso conhecimento de mundo ao conhecimento de mundo do autor do texto e por meio de subentendidos, chegar a resposta mais próxima possível da opinião do autor. A palavra destacar entre aspas no presente texto, é o uso de uma técnica de construção quando desejamos fazer uma citação, seja de uma obra ou de uma fala, e nesse caso não é diferente (“Volto aos “Cangaceiros” e desde logo tudo o que[...]”). Esse termo faz menção a uma obra do autor, que por sinal é bem descrita no primeiro parágrafo do texto, quando coloca: “Volto hoje às minhas criaturas, aos rudes homens do cangaço, às mulheres, aos sertanejos castigados, às terras tostadas de sol e tintas de sangue[...]”. Texto III PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 8 OS: 0026/2/19-Gil 01) (Cespe – 2018 – IFF nível superior) O narrador do texto CG1A1BBB conta a história com tom subjetivo, demonstrando interesse pelos fatos narrados, o que se constata no trecho. a) “O couro vai para Bira” (l. 7 e 8) b) “o juiz apita, a assistência pela a cerca e invade o campo” (l. 15 e 16). c) “E o diabo do louro tornou-se proprietário do balão, marca um gol de saída”(l. 21 e 22). d) “O juiz nessa altura se declara cheio com a partida e larga o apito ali mesmo”(l. 35 e 36). e) “Mas um dos bandeirinhas voluntários logo se apossa do apito”(l. 38 e 39). Comentário: gabarito item C. Como já mencionado, há dois tipos de estruturas textuais: a literárias e as não literárias. Quando nos referimos a subjetividade, estamos tratando da estrutura não literárias, ou seja, aqui as palavras que deveriam ter determinando significado, são usadas com uma significação diferente daquele habitual e devido a isso, temos o famoso sentido conotativo. E o único item que traz esse tipo de contexto, é o C, quando ele se refere ao louro, como diabo, colocando uma opinião sua ao menciona-lo e quando afirma marcar um gol de saída, perceba que saída não está sendo empregado em seu sentido habitual, e sim, como uma técnica, um tipo de chuto. Texto IV Acerca de aspectos linguísticos do texto precedente e das ideias nele contidas, julgue os itens a seguir. 01) (Cespe – 2018 – EMAP Nível Médio) O texto defende o papel dos governos como reguladores da economia. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: gabarito Errado. O comando da questão nos diz que estamos diante de uma questão de compreensão de texto, e com base nisso, devemos nos até aquilo presente no texto. Devemos nos prender a ideia e ao mundo do autor do texto, sem interferência do nosso conhecimento de mundo. O autor em momento algum menciona o governo como regulador de economia, e sim, menciona apenas que os Estados deveriam usar a economia como instrumentos para melhor lidar com determinadas situações. 02) (Cespe – 2018 – EMAP Nível Médio) O quartoparágrafo do texto detalha a informação expressa no último período do terceiro parágrafo. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Correto. No último período do terceiro parágrafo, ele fala dos instrumentos, instrumentos esses que são a defesa da concorrência e comercial. E logo em seguida, no quarto parágrafo, ele vem a explicar o que seria a política da defesa de um desses instrumentos que é a defesa da concorrência. 03) (Cespe – 2018 – EMAP Nível Médio) Depreende-se dos sentidos do texto que a palavra “concorrência” (l. 8) foi empregada no sentido de concordância, já que apenas é possível a realização das “mudanças efetivas” mencionadas no primeiro parágrafo se os atores do comércio internacional buscarem um fim comum. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Errado. No que, a palavra concorrência está sendo usada como sinônimo de competição, concurso. E nesse caso, se PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 9 OS: 0026/2/19-Gil trocarmos ela pela palavra concordância, teríamos uma situação adversa da qual o texto apresenta, mudando o sentido original e causando prejuízo semântico ao texto, pois concordância é uma harmonia, entendimento ou conformidade, sendo totalmente contrário a ideia de competir. 04) (Cespe – 2018 – EMAP Nível Médio) Infere-se dos sentidos do texto que o vocábulo “engendrar” (l. 10) foi empregado como sinônimo de imaginar, fantasiar. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: gabarito Errado. A palavra engendrar usada na linha 10, é usada como sinônimo de criar ou gerar ou ainda como possibilitar, o que nesse caso seria a saída do mercado internacional. Com isso, notamos que não poderia ser sinônimo das palavras sugeridas pela banca. Texto V Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os próximos itens. 01) (Cespe – 2018 – EMAP Nível Médio) Infere-se do texto que, entre 3.100 e 2.900 a.C., os reis da Mesopotâmia habitavam o campo, porque ainda não havia palácios reais nas cidades. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Errado. Sim, no texto podemos ver que não haviam ainda castelos reais construídos nas cidades, agora só pelo fato de não existirem ainda os castelos não é motivo para que possamos deduzir que eles iriam viver no campo. Além disso, o texto em momento nenhum menciona que eles viviam em tal ambiente. 02) (Cespe – 2018 – EMAP Nível Médio) Conforme o texto, o porto foi fator de mudanças por permitir, além de trocas comerciais, ampliação de perspectivas sociais. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Correto. Podemos confirmar isso com apenas duas passagens do texto, a primeira em: “Não se trata, portanto, de uma criação aleatória apenas vinculada à atividade comercial.” E a segunda com: “Houve, em resumo, uma ampliação no grau de complexidade da sociedade.” 03) (Cespe – 2018 – EMAP Nível Médio) A palavra “tripartite” (l. 10) poderia ser substituída por tripartida, sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Correto. A palavra tripartite é o mesmo que tripartida, dividida em três partes, tripartição; ou seja, não haveria incoerência alguma a substituição proposta. 04) (Cespe – 2018 – EMAP Nível Médio) O texto aborda o impacto dos portos no desenvolvimento de cidades portuárias litorâneas e no comércio marítimo. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Errado. O texto faz uma abordagem de que o porto, não foi apenas importante para o comércio ou para as grandes explorações, mas, principalmente, ajudou no desenvolvimento e na ampliação da sociedade. A ideia central do texto é justamente a influência que os portos tiveram para o desenvolvimento da sociedade. Texto VI PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 10 OS: 0026/2/19-Gil A respeito das ideias do texto CB2A1AAA, julgue os itens subsequentes. 01) (Cespe – 2018 - EBSERH) A cultura familista e pró- natalista que predominou no Brasil durante séculos foi fruto da forte influência católica da colonização portuguesa. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Errado. No texto, por mais que seja mencionada a colonização portuguesa e que esta tenha influenciado na campanha da procriação, nada se fala que a igreja teve algum envolvimento nesse assunto. 02) (Cespe – 2018 - EBSERH) Durante o Estado Novo, os privilégios oferecidos aos homens casados e com filhos eram parte das medidas adotadas pelo governo para incentivar a natalidade. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: gabarito Correto. Note que no segundo parágrafo são enumeradas diversas medidas que foram tomadas pelo governo durante o período do Estado Novo, como: “desestímulo ao trabalho feminino; facilidades para aquisição da casa própria pelos indivíduos que pretendessem se casar; complemento de renda dos casados com filhos e regras que privilegiavam os homens casados e com filhos [...]”. 03) (Cespe – 2018 - EBSERH) A legislação vigente na primeira metade do século XX desestimulava o controle da natalidade pela população brasileira. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Correto. De fato, sim, já que o estimulo para a procriação era tamanho que quanto mais filhos mais benefícios as pessoas receberiam, os casais simplesmente nem contavam, apenas “fabricavam” filhos a torto e a direita. O governo por si só também não se preocupava com a quantidade de filhos por casal, contanto que os casais tivessem filhos. Com base nisso, podemos concluir que no texto acima, não se estimulava um controle de natalidade. 3 – PARÁFRASE Paráfrase é a reprodução explicativa de um texto ou de unidade de um texto, por meio de uma linguagem mais longa ou mais curta. Na paráfrase sempre se conservam basicamente as ideias do texto original. O que se inclui são comentários, ideias e impressões de quem faz a paráfrase. Na escola, quando o professor, ao comentar um texto, inclui outras ideias, alongando-se em função do propósito de ser mais didático, faz uma paráfrase. Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras, as ideias centrais de um texto. O leitor deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir daí, reafirmar e/ou esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes de uma opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem fundamentadas. Portanto, a paráfrase repousa sobre o texto-base, condensando-o de maneira direta e imperativa. Consiste em um excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar um diálogo intertextual, recurso muito utilizado para efeito estético na literatura moderna. Observe: O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente. Utilizou-se a expressão "povo lusitano" para substituir "os portugueses". Esse rodeio de palavras que substituiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase. 4 – PERÍFRASE Perífrase é a substituição de um nome comum ou próprio por uma expressão que a caracterize. Nada mais é do que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras. Também chamada de Antonomásia. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 11 OS: 0026/2/19-Gil 5 – SÍNTESEA síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que o autor expressou amplamente. Desse modo, só devem ser aproveitadas as ideias essenciais, dispensando-se tudo o que for secundário. 6 – TIPOLOGIA TEXTUAL Toda forma escrita recebe o nome de redação. Modalidades de redação As reflexões recentes sobre tipos ou tipologias de texto têm por base fundamentalmente as propostas de Jean-Michel Adam (1992)1, segundo as quais, a partir da heterogeneidade composicional dos discursos reais, são definidos padrões de textualização. As modalidades exploradas são: dissertação, narração, descrição, predição, injuntivo e dialogal. Narração Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certas personagens. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou A Bela Adormecida, até as picantes piadas do cotidiano. O Texto é alterado de forma constante. É encontrado em reportagens, novelas, contos etc. Os textos narrativos podem ser escritos na 1º ou na 3º pessoa. Devido a isso, podemos ter tipos diferentes de discurso, como: discurso direto, indireto e discurso indireto livre. No discurso direto a personagem ganha vida, contando ela mesma sua história. Nesse tipo de discurso, teremos a predominância da 1º pessoa e a presença de verbos dicendes (elocutivos) em sua estrutura. No discurso indireto tem-se um narrador usando a voz da personagem para contar o fato, devido a isso ele é escrito na terceira pessoa. Sua diferença para o indireto livre é a reproduções de pensamentos. No discurso indireto, temos apenas um enredo contado por uma pessoa alheia (é como uma espécie de conversa onde uma pessoa conta a história de alguém) e no livre, marca-se os pensamentos do personagem, tendo uma diferença nas pontuações com a presença de interrogações e exclamações. Na conhecida parábola do filho pródigo, Jesus narra a história de um pai e seus dois filhos. O mais moço resolveu pedir ao pai a parte da herança que lhe cabia, partindo depois para uma terra distante, onde dissipou todos os seus bens a viver dissolutamente. Sobrevindo àquele país uma grande fome, ele começou a passar necessidade e foi trabalhar guardando porcos no campo. Ali, desejava fartar-se do que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. (Lc. 15) Descrição É a modalidade em que se constrói um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. Tem no adjetivo a ferramenta mais importante, pela sua função caracterizadora. Perceba que devido a presença desses adjetivos com função de caracterizar os substantivos, os verbos que marcam esse tipo de texto, são verbos de ligação. Pode-se com isso, descrever sensações ou sentimentos. É a construção, com palavras, da imagem do objeto ou personagem descrito. Dificilmente essa tipologia será predominante em um texto. É comum é trechos descritivos introduzidos em textos narrativos e dissertativos. “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada, ninguém podia entrar nela não, porque na casa, não tinha chão, ninguém podia dormir na rede, porque na casa não tinha parede, ninguém podia fazer pipi, porque penico, não tinha ali”. Dissertação Textos dissertativos são puramente informativos. Eles se subdividem em dois tipos: Dissertativos Argumentativos e Dissertativos Expositivos. Numa Dissertação Argumentativa, tem-se a defesa de um ponto de vista, de uma “TESE”. Aqui o autor tem a intenção de convencer o leitor sobre seu posicionamento. E para atingir tal finalidade, ele faz uso de estatísticas, gráficos, informações, pesquisar e até citações de pessoas com referência na sociedade, pessoas com grande renome, tudo isso para realmente conseguir convencer o leitor. Esse tipo de texto pode ser escrito na primeira pessoa (de modo informal) ou na terceira pessoa (de modo formal). Já as Dissertações Expositivas, como o nome mesmo sugere, possuem a finalidade de informar o leitor sobre algum assunto, não há aqui a defesa de uma “tese”, marcado por uma linguagem puramente denotativa. Em ambos os textos, temos um início, desenvolvimento e conclusão, a linguagem é objetiva prevalecendo à denotação. Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 12 OS: 0026/2/19-Gil Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo “O Brasil é um país de crescimento desordenado porque a sua realidade econômica é desordenada. O acesso à riqueza está sempre restrito ao poder da elite. Não há uma distribuição de renda justa. Seu desenvolvimento econômico também não é bem distribuído porque encontramos em suas regiões uma grande população muito pobre comandada e oprimida por uma pequena população extremamente rica”. Injunção / Instrumental É a modalidade que prescreve como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos, com linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: receitas culinárias, manuais, leis, convenções, regras, etc. - Cuidado com o cão! Afaste-se! - Se preferir, acrescente coco ralado à mistura. - Dobre a primeira à direita e depois siga em frente até o final da rua. - Venha para a minha festa de aniversário. Estou aguardando. - Pode esfriar à noite. Leve mais este casaco. - Certifique-se de que a peça foi colocada Predição É a modalidade que busca predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas. Capricórnio 02/09 QUA - Um dia com energia favorável e realizadora aos capricornianos. Momento de forte tom afetivo e criativo. É hora de desenvolver os seus projetos com mais confiança. Leia mais: http://horoscopovirtual.uol.com.br/horoscopo/capric ornio#ixzz3kYU58Qzj Dialogal / Conversacional / Discursivo Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat, etc. www.facebook.com 7 – GÊNERO TEXTUAL São os textos encontrados no nosso cotidiano e apresentam características sócio comunicativas (carta pessoal ou comercial, diários, agendas, e-mail, receita culinária, lista de compras, cardápio entre outros). São fenômenos históricos ligados à vida cultural e social, os quais contribui para a ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia. Caracterizam-se muito mais por suas funções comunicativas; cognitivas e institucionais, do que por suas peculiaridades linguísticas e estruturais. Segundo Bakhtin (1997), os gêneros são tipos relativamente estáveis de enunciados elaborados pelas mais diversas esferas da atividade humana. Relacionam-se com atividades sociais específicas, portanto, ele deve ser produzido e utilizado para atingir um objetivo almejado. Tipos de gêneros textuais Existem muitos tipos de gêneros textuais, são infinitos e cadaum deles possui o seu próprio estilo de escrita e de estrutura. Desta forma, fica mais fácil compreender as diferenças entre cada um deles e poder classifica-los de acordo com suas características. Eles podem ser: Romance, Conto, Artigo de opinião, Receita culinária, Lista de compras, Carta, Telefonema, Aula expositiva, Debate, Reunião de condomínio, E-mail, Relato de viagem, Lenda, Fábula, Biografia, Seminário, Piada, Relatório científico. Alguns exemplos mais comuns em concursos: Notícia – este é um dos tipos de texto que é mais fácil de identificar. Sua linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo desse texto é informar algo que aconteceu. Propaganda – este gênero geralmente aparece na forma oral, diferente da maioria dos outros gêneros. Suas principais características são a linguagem argumentativa e expositiva, pois a intenção da propaganda é fazer com que o destinatário se interesse pelo produto da propaganda. O texto pode conter algum tipo de descrição e sempre é claro e objetivo. http://horoscopovirtual.uol.com.br/horoscopo/capricornio#ixzz3kYU58Qzj http://horoscopovirtual.uol.com.br/horoscopo/capricornio#ixzz3kYU58Qzj http://www.facebook.com/ PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 13 OS: 0026/2/19-Gil Carta – esta, dependendo do destinatário pode ser informal, quando é destinada a algum amigo ou pessoa com quem se tem intimidade. E formal quando destinada a alguém mais culto ou que não se tenha intimidade. Dependendo do objetivo da carta a mesma terá diferentes estilos de escrita, podendo ser dissertativa, narrativa ou descritiva. As cartas se iniciam com a data, em seguida vem a saudação, o corpo da carta e para finalizar a despedida. Editorial - é um texto jornalístico utilizado na imprensa, especialmente em jornais, de caráter opinativo, escrito de forma impessoal e publicado sem assinatura. Tem por objetivo informar, mas sem obrigação de ser indiferente ou neutro. É um espaço reservado para o jornal, e ou revista, expressar formalmente a sua opinião sobre os mais variados assuntos, com ênfase nos mais atuais e polêmicos. Artigo de opinião - como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos. É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis. Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados, além de assinar o texto no final. Reportagem - é um dos gêneros textuais do universo jornalístico e tem como principal missão informar. Por cumprir uma tarefa tão importante, a reportagem desempenha uma função social e deve estar sempre a serviço da comunicação. Diferentemente do que acontece com a notícia, cujas características formam outro gênero textual, a reportagem não tem como objetivo noticiar um assunto pontual, algo que esteja acontecendo, por exemplo, no dia de hoje. A reportagem pode escolher como tema um assunto que faça parte da realidade das pessoas e que seja de interesse de uma comunidade. Novela - é um género que se inclui na categoria das Narrativas de Ficção, conjuntamente com o Conto e o Romance. É uma narrativa de tamanho intermédio. Foca um acontecimento, narrado de forma relativamente linear. Número relativamente reduzido de personagens, sendo que poucas são modeladas. Conto – É uma narrativa curta, foca um episódio, caso humano ou situação exemplar. Romance – é uma narrativa longa e complexa, foca um ou mais acontecimentos, assim como as personagens que o vivem e todo o contexto espaço-temporal. Número elevado de personagens, sendo que muitas são modeladas. Texto I (CESPE – 2015 – TELEBRÁS – CONHEC. BÁSICOS) O ambiente socioeconômico do setor de telecomunicações. In: O desempenho do setor de telecomunicações no Brasil. Séries temporais 1S15. Elaborado pela Telebrasil em parceria com o Teleco. Rio de Janeiro, agosto de 2015, p. 7-9. Internet: <www.telebrasil.org.br > (com adaptações). Com relação às estruturas linguísticas do texto O ambiente socioeconômico do setor de telecomunicações, julgue o seguinte item. 1. Desde que fossem feitas as necessárias adaptações redacionais, o conteúdo veiculado no texto em apreço poderia compor o corpo de um relatório referente ao crescimento socioeconômico do setor de telecomunicações no Brasil, desde a privatização do setor. ( ) Certo ( ) Errado PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 14 OS: 0026/2/19-Gil TEXTO II (CESPE – 2015 – TELEBRÁS) – CONHEC. BÁSICOS) Com relação às tirinhas I e II apresentadas, julgue o seguinte item. 1. No título da tirinha II, a expressão “tivesse bombando” é característica da linguagem informal, típica do gênero textual tirinha. ( ) Certo ( ) Errado GABARITO DOS TEXTOS I E II TEXTO I – C, TEXTO II - C TEXTO III 01) (Cespe – 2018 – IFF Nível Superior) No texto CG1A1BBB, para transmitir a fala de uma personagem, o narrador adota o discurso direto no trecho: a) “louro acha ruim” (l. 12). b) “um engraçado diz que foi só hands” (l. 29 e 30) c) “dizendo que aquele penalty só se for passando por cima de algum cadáver” (l. 33 a 35) PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 15 OS: 0026/2/19-Gil d) “O juiz nessa altura se declara cheio com a partida” (l. 35). e) “o juiz da troco, quadro de árbitros uma ova!” (l. 37 e 38). Comentário: Gabarito item E. Como já explicado, no discurso direto temos a fala do personagem, ele mesmo narra a própria história, diferente do que ocorre no discurso indireto, onde o narrador conta a história no lugar do personagem. Dentre todas as alternativas, a única que realmente transcreve uma fala, sem a presença do narrador é o item E e perceba que ela ainda é marcada por um sinal de pontuação que até o devido momento ainda não tinha surgido no texto, que é a exclamação (!). TEXTO IV Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os próximos itens. 01) (Cespe – 2018 – EMAP Nível Médio) O texto é predominantemente descritivo, na medida em que apresenta detalhadamente as características dos portos na Antiguidade. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Errado. Note que para um texto ser descritivo, é necessário que ele contenha em sua estrutura a presença predominante de verbos de ligação, já que ele apresenta adjetivos caracterizantes. Sempre que se analisa uma questão envolvendo um texto, deve-se olha também se temos presentes o título e a bibliografia, nesse caso, temos na bibliográfica que esse texto na verdade se trata de um artigo científico, logo temos apresentação de uma informação, predominância de um tipo de texto dissertativo e não descritivo. TEXTO V 01) (Cespe – 2018 – IPHAN Nível Superior) Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que segue. Na linha 5, o vocábulo “desova” foi empregado com um sentido pejorativo, revelando a desaprovação do autor em relação à chegada de escravos ao Brasil. ( ) Certo ( ) ErradoPORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 16 OS: 0026/2/19-Gil Comentário: gabarito Correto. Note que ele é usado com sinônimo de desembarque nesse caso, “e desova (desembarcava) no mesmo dia quinhentos, seiscentos e talvez mil escravos.” O sentido e gramática seriam preservados caso houvesse a troca das palavras, assim como, o uso da palavra desova é uma conotação, que marca a subjetividade do autor ao escrever o texto. 02) (Cespe - 2018 – IPHAN Nível Superior) Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que segue. Apesar de conter marcas de primeira pessoa do plural - como “nós” (ℓ.2), “admiramos” (ℓ.2) e “olharmos” (ℓ.18) —, o texto caracteriza-se como uma descrição objetiva do tráfico de escravos da África para o Brasil. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: gabarito Errado. Um texto descritivo tem dois víeis, um objetivo e um subjetivo. Na descrição Objetiva o autor é preocupado com um maior detalhamento, deixando de lado as impressões do observador. Já na descrição Subjetiva, o objetivo principal é transmitir ao leitor a emoção da coisa observada, a emoção que aquilo gerou no observador. Nesse caso, estamos diante de um texto descritivo subjetivo, porque ele preocupasse em transmitir a emoção, os sentimentos. TEXTO VI 01) (Cespe – 2018 - IFF) Um exemplo de discurso direto no texto CG2A1CCC é o trecho: a) “O desenvolvimento de salas de aula virtuais avança a passos largos” (l. 1 e 2). b) “De acordo com Claudete Paganucci, pedagoga, a integração da equipe responsável por administrar os cursos é crucial para o sucesso da educação a distância.” (l. 6 a 8). c) ‘Tanto professores quanto alunos precisam de oficinas de capacitação para que o acesso às novas tecnologias seja um facilitador do ensino e não gere frustrações na hora de aprender ou ensinar’ (l. 8 a 11). d) “A pedagoga acrescenta que a maioria dos alunos é composta por adultos” (l. 14 e 15). e) “Apesar das exigências, o método de ensino permite que o aluno organize seu próprio horário de estudos” (l. 16 a 18). Comentário: gabarito item C. Um discurso direto é aquele característico de texto narrativo e ele é marcado pela presença do verbo elocutor e da presença do discurso na 1º pessoa. Note que ao final do segundo parágrafo, o autor do texto escreve “ela esclarece”, onde detectamos a presença de um verbo dicendi, ainda temos a presença de um trecho do texto escrito entre aspas, o que confirma que realmente estamos diante de uma fala da personagem. TEXTO VII PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 17 OS: 0026/2/19-Gil 01) (Cespe – 2018 - IFF) O texto CG4A1FFF é um(a): a) Conto b) Crônica c) Ensaio d) Artigo de opinião e) Notícia informativa Comentário: Gabarito item E. Um conto é uma curta história cotidiana e ela possui início, meio e fim. A crônica é uma história curta assim como o conto, no entanto, ela deixa uma reflexão, uma mensagem ou algum tipo de aprendizagem para o leitor. Já o ensaio é uma parte de um caso real. E por fim, o artigo de opinião é um texto dissertativo argumentativo, porque nele teremos a defesa de uma tese. Nosso gabarito é o item E, porque é um texto dissertativo, no entanto, ele é expositivo, tendo por finalidade apenas a apresentação de informações, sem a defesa de uma opinião. 01) (Cespe – 2018 – SEDUC - AL) Considerando as ideias expressas no texto CB1A1AAA e sua tipologia, julgue o item a seguir. O autor do texto defende que os professores não realizem atividades de formação continuada. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Errado. O autor do texto não é contra a formação continuada ou que os professores tenha capacitações e cursos, ele só defende a tese de que os educadores deveriam fazer mais jus aos desafios que são encarados em sala de aula com todas essas formações. 02) (Cespe – 2018 – SEDUC - AL) Considerando as ideias expressas no texto CB1A1AAA e sua tipologia, julgue o item a seguir. O texto classifica-se como argumentativo, haja visto a defesa de uma tese relativa à formação de professores mediante a utilização de recursos textuais de convencimento. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Correto. O autor defende claramente uma opinião em seu texto, não apresentando apenas informações, mas fazendo uso de pesquisas e relatos para fortalecer seu argumento e conseguir convencer o leitor de sua opinião. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 18 OS: 0026/2/19-Gil TEXTO IX 01) (Cespe – 2018 - ABIN) Julgue o item seguinte, relativo à ideia e ao aspecto linguístico do texto CB3A1AAA. O escopo do trabalho da inteligência se confunde com a da contrainteligência, embora sejam duas facetas da atividade de inteligência. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Errado. O texto é meramente informativo, onde ele descreve ambas as atividades e com base nisso, podemos concluir que as duas se complementam, mas não se misturam. 02) (Cespe – 2018 - ABIN) No texto, predomina a tipologia textual expositiva, dado o seu objetivo comunicativo de transmitir ao leitor um conjunto de informações relativas às atividades desenvolvidas sob o rótulo de inteligência. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Correto. Como dito antes, ele é um texto puramente explicativo, informativo, não há aqui a defesa de uma tese ou a sustentação de uma opinião ou argumento, sendo ele um texto dissertativo expositivo. 8 – COESÃO É o processo pelo qual frases ou parte delas se relacionam para assegurar contexto, nexo entre as partes do texto. É a articulação que estabelece a ligação de uma ideia à outra, ou especifica o tipo de relação no discurso. É formada por elementos linguísticos: nomes, conjunções, pronomes relativos, preposições, advérbios, locuções adverbiais, formas verbais. É o elemento responsável pela textualidade, diz respeito a todos os processos de referenciação ou segmentação que remetem elementos mencionados no texto. TEXTO X 01) (Cespe – 2018 - IPHAN) Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que segue. A expressão “Pelo costume de cada dia” (l. 2) exprime a causa por que, conforme o texto, não se admirava “a transmigração imensa de gentes e nações etíopes” (l. 2 e 3). ( ) Certo ( ) Errado PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 19 OS: 0026/2/19-Gil Comentário: Gabarito Correto. Perceba, que a vírgula foi utilizada devido a um termo que foi deslocado da oração, na ordem teríamos que: “Uma das grandes cousas que veem hoje no mundo é a transmigração imensa de gentes e nações etíopas e nós pelo costume de cada dia não admiramos”, Ou seja, e devido, ou e por causa, desses costumes de cada dia, não notamos isso. 02) (Cespe – 2018 - IPHAN) Depreende-se dos sentidos do texto que o vocábulo “naquela” (l. 12) refere-se a “América” (l. 9). ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Errado. O pronome “Naquela” referisse apalavra África e não a América, o termo que retomaria a palavra América é o pronome neste. 03) (Cespe – 2018 - IPHAN) Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que segue. Os sentidos do texto seriam preservados caso o vocábulo “mar” (l. 8) fosse suprimido. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Correto. Note que logo em seguida da palavra mar, tem-se a palavra oceano, que remetem a mesma ideia. TEXTO XI Com relação às ideias do texto CB1A1AAA, julgue os seguintes itens. 01) (Cespe – 2018 – IPHAN ) O último período do texto revela um tom crítico ao projeto de construção de Brasília. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Correto. Observe que a obra de Siron Franco, distante das concepções modernas do tempo, ao capturar o retrato do presente, a mortalidade infantil, destruindo qualquer registro de fantasia. Tudo isso na intenção de expor o problema, de forma horizontal e opaca, o objetivo do artístico inverte o projeto moderno, ou seja, remete que o projeto moderno é exatamente uma farsa. 02) (Cespe – 2018 - IPHAN) Conclui-se do texto que a obra de Siron Franco confronta as instituições políticas do Brasil. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Correto. Percebe claramente uma afronta as instituições políticas brasileiras, visto que expõem na frente do Congresso Nacional um monte de caixões, que causam a desconstrução do emblema da pátria, no coração do poder político nacional. No que diz respeito aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue os itens a seguir. 03) (Cespe – 2018 - IPHAN) A expressão “o emblema da pátria” (l. 6) remete a “Congresso Nacional” (l. 4 e 5). ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Errado. O emblema da pátria, retoma a bandeira brasileira feita com os caixões coloridos, onde este sim foi descontruído. 04) (Cespe – 2018 - IPHAN) Na linha 19, a palavra “alheia” foi empregada no sentido de distante. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Correto. A palavra alheia poderia facilmente ser substituída por distante e manteria o sentido e não prejudicaria a gramatica do texto. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 20 OS: 0026/2/19-Gil 05) (Cespe – 2018 - IPHAN) O trecho “um ‘oásis’ plantado no planalto central” (l. 25) acrescenta a explicação à expressão “projeto moderno” (l. 24). ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Errado. Esse termo explica uma capital do país e não o projeto moderno. 9 – ESTRUTURA DA PALAVRA É o estudo dos elementos mórficos (morfemas ou monemas) que formam uma unidade lexical. Raiz Radical Vogal temática Tema Desinência Afixos Letras de ligação Raiz ou radical primitivo é o elemento originário, que concentra a significação (semântica) da palavra. As raízes vêm de outras línguas (no português, geralmente do grego ou latim) e são, sobretudo, monossilábicas. Podem sofrer alteração. São irredutíveis. Ex.: criança, irredutível, Evangelho O Radical, Semantema, Lexema ou Elemento de Composição é o elemento básico das palavras. O radical é a parte invariável da palavra, presente em todas as palavras derivadas. É encontrado através do despojo dos elementos secundários da palavra (quando houver). Ex.: pedra, pedreiro, pedraria Vogais temáticas (VT) são vogais que são acrescentadas ao radical, preparando-o para receber as desinências. As vogais temáticas podem ser anuladas. São elas: A → São usadas em verbos e em nomes. Falar, Olhar, Colocar, Boneca, Mala. E → São usadas em verbos e em nomes. Receber, Tremer, Escrever, Omelete. I → São usadas em verbos. Dormir, Mentir, Exibir, Incubir. O → São usadas em nomes. Repor, Entrepor, Amor. OBS. Quando átonas finais. Ex.: sofá não tem VT. Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Ex.: terr+a (radical + vogal temática); Am+or Desinências ou morfemas flexionais são elementos colocados após os radicais. Podem ser nominais (indicam gênero e número) ou verbais (indicam modo, tempo, número e pessoa). Ex.: gato, gata/ gatos, gatas –NOMINAL EX.: amava- Desinência modo-temporal Ex.: amavas – Desinência número-pessoal Afixos são morfemas que podem ser ligados ao radical da palavra, formando assim uma nova palavra. Dependendo do local onde se encontram, os morfemas podem ser chamados de PREFIXOS, SUFIXOS ou INFIXOS. Na língua portuguesa os afixos podem ser classificados em prefixos e sufixos, conforme a posição que são colocados na palavra em relação ao radical. Na língua portuguesa não há infixos Prefixo É o afixo que se acrescenta antes do radical (ex.: bibliografia, internet), no acréscimo muda o sentido básico do radical. Sufixo É o afixo que se acrescenta depois do radical (ex.: plantação, globalização), no acréscimo muda o sentido básico e até a própria classe gramatical da palavra. OBS. Um infixo (ou interfixo) é um afixo que se localiza dentro da raiz, dividindo-a em duas partes descontínuas. Exemplo: o morfema nasal do latim que era marca de presente do indicativo: rumpo 'rompo', vinco 'venço' etc. O infixo pode ser ainda um fonema que se intercala, LÍNGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL Linguagem verbal é a que utiliza a palavra falada ou escrita. “Estacionamento para deficientes.” “Reciclagem” Linguagem não-verbal é a que utiliza outros sinais para transmitir uma mensagem. https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Prefixo_gramatical https://pt.wikipedia.org/wiki/Sufixo https://pt.wikipedia.org/wiki/Infixo https://pt.wikipedia.org/wiki/Afixo https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Presente_do_indicativo&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Fonema PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 21 OS: 0026/2/19-Gil para fins de eufonia, entre a raiz e o sufixo de uma palavra (como por exemplo o/z/ em cafezal); vogal ou consoante de ligação. LETRAS DE LIGAÇÃO são morfemas que só servem para facilitar a pronúncia, ligando outros morfemas. São infixas. Essas letras são chamadas de termos eufônicos: Ex.:Anuro, Gasoduto 10 – FORMAÇÃO DE PALAVRAS Inicialmente, alguns conceitos sobre palavras primitivas e derivadas e palavras simples e compostas: PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que não são formadas a partir de outras. Exemplo: pedra, casa, paz, etc. PALAVRAS DERIVADAS – palavras que são formadas a partir de outras já existentes. Exemplo: pedrada (derivada de pedra), ferreiro (derivada de ferro). PALAVRAS SIMPLES – são aquelas que possuem apenas um radical. Exemplo: cidade, casa, pedra. PALAVRAS COMPOSTAS – são palavras que apresentam dois ou mais radicais. Exemplo: pé-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva. AFIXOS: São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Na língua portuguesa existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e composição. ● DERIVAÇÃO É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras: Prefixal; Sufixal; Parassintética; Regressiva; Imprópria. PREFIXAL – quando um afixo é colocado antes do radical; Exemplos: Desigual. Inativo. Sobrepeso. SUFIXOS – quando afixo é colocado depois do radical Exemplo:Pedrada. Casamento. Felizmente. PARASSINTÉTICA Processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo simultaneamente ao radical. Exemplo: anoitecer, pernoitar. OBSERVAÇÃO: Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas não são formadas por parassíntese. Para que ocorra a parassíntese é necessários que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação basta retirar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, então ela foi formada por derivação parassintética. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e sufixal. REGRESSIVA – processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos. Exemplo: Ninguém justificou o atraso. (do verbo atrasar) O debate foi longo. (do verbo debater) SUFIXO LATINO EXEMPLO SUFIXO GREGO EXEMPLO -ada Paulada -ia Geologia -eria Selvageria -ismo Catolicismo -ável Amável -ose Micose https://pt.wikipedia.org/wiki/Eufonia PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 22 OS: 0026/2/19-Gil IMPRÓPRIA – processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere. Exemplo: fumar (verbo) – o fumar (substantivo). ● COMPOSIÇÃO É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas formas: JUSTAPOSIÇÃO e AGLUTINAÇÃO. JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas palavras e continua a serem faladas (escritas) da mesma forma como eram antes da composição. Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + moleque), passatempo (passa+tempo), vaivém, mestre- sala, guarda-roupa. AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia. Exemplo: planalto (plano + alto), petróleo (petra + óleo), fidalgo (filho+de+algo), planalto (plano + alto). Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras que são hibridismo, abreviação e onomatopeia. ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO É a forma reduzida apresentada por algumas palavras: Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta), Zé de José, pólio de poliomielite, cine de cinema, extra de extraordinário. ● HIBRIDISMO É a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes. Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro – francês + cracia – grego), sociologia (sócio -latim + logia -grego). ONOMATOPEIA Consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza. Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!. ● NEOLOGISMO Termo utilizado para classificar uma palavra nova que surge numa língua devido à necessidade de designar novas realidades - novos conhecimentos técnicos, objetos gerados pelo progresso científico (neologismos técnicos e científicos) e até por questões estilísticas e literárias, tornando a língua mais expressiva e rica (neologismos literários). Exemplo: A operação-desmonte demonstrou claramente como a corrupção afeta o progresso da nação. 01) (Cespe – 2018 – STM Analista Judiciário) Em relação às estruturas linguísticas e às ideias do texto 6A4AAA e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o item seguinte. As palavras “conspiração”, “sutilmente” e “terríveis” são formadas pelo processo morfológico de formação de palavras denominado sufixação. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Errado. Conspiração – Conspira + ção (Sufixo) Sutilmente – Sutil + mente (Sufixo) Terríveis – Desinência nominal de número, o correto seria Terrível + mente (sufixo) = Terrivelmente. PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | Apostila 2019 – Prof. Arnaldo Filho CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 23 OS: 0026/2/19-Gil 02) (Cespe – 2017 – SEDF) Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item. As palavras “pedagogicamente” (l. 8), “fortemente” (l. 14) e “historicamente” (l. 27) são formadas por derivação sufixal e apresentam dois acentos tônicos: o principal herdado das palavras primitivas e o secundário, introduzido pelo sufixo “-mente”. ( ) Certo ( ) Errado Comentário: Gabarito Errado. A derivação realmente é sufixal, no entanto, a questão se torna errada devido a afirmação de apresentarem dois acentos tônicos. 11 – ORTOGRAFIA — COMO ESCREVER CERTO? Do grego orthographia (escrita correta), trata do uso correto das letras e dos sinais gráficos na língua escrita. Faz- se uso, na comunicação escrita, de letras, sinais diacríticos e sinais de pontuação. O sistema ortográfico vigente em nosso país foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995 e elaborado pela Academia Brasileira de Letras, foi assinado em Lisboa, Portugal, no dia 16 de dezembro de 1990, não só por representantes de Brasil e Portugal, mas também de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Nosso alfabeto, que é o conjunto de símbolos gráficos (grafemas) que utilizamos para transcrever a maioria dos sons da linguagem articulada, compõe-se, atualmente, de 26 letras. São elas: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y e z.. A letra h é uma herança do Latim, que decidiram manter no nosso alfabeto, no entanto, não tem valor fonético, pois não representa som nenhum, sendo, portanto, denominada letra muda. Cerca de 80% das palavras de nossa língua vieram do latim, aproximadamente 15%, do grego e o restante, de outros idiomas (alemão, inglês, italiano, espanhol, francês, árabe, japonês, chinês, sânscrito, hindi, línguas africanas, indígenas, etc.). Teoricamente, para que uma pessoa domine com absoluta segurança a ortografia de nossa língua, é preciso que ela conheça profundamente todos ou a maioria desses idiomas. Calma! Não é preciso chegar a tanto. Há outros meios mais fáceis. A maneira mais simples, prática e objetiva de adquirir um bom conhecimento de ortografia é ler e escrever bastante, ver as palavras, familiarizar-se com elas. E sempre que tiver dúvida quanto à grafia desta ou daquela palavra, não seja orgulhoso nem preguiçoso: consulte um bom dicionário. Não “chute” na hora de escrever a palavra, nem “fuja” dela; tenha o bom senso e __ por que não dizer? __ a humildade de consultar um dicionário, um bom dicionário. Apenas a título de ilustração, há a seguir algumas regras de fácil memorização, que lhe serão muito úteis: Trema Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Ex.: aguentar, arguir, bilíngue, cinquenta. Obs.: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. Acentuação 1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Ex.: alcaloide, alcateia, androide, assembleia, ideia. Obs.: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Ex.: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc. 2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Ex.: bocaiuva. Obs.: se a palavra for
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