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Bactérias Prof.ª Msc. Camila Amato. Montalbano Doutoranda do PPGDIP- UFMS Bactérias: Reino Monera O Reino MONERA se divide em: Filo Schizophyta (bactérias) Filo Cyanophyta (Cianobactérias ou cianofíceas ou popularmente algas azuis) Bakteria A palavra bactéria vem do Grego, onde “bakteria” significa bastão. As bactérias são encontradas em todos os ambientes da Terra. As bactérias são seres microscópicos. A maioria apresenta reprodução assexuada. As bactérias são divididas em grupos : Arquiobactérias ( grupo Archae) – Primitivas que vivem em meios hostis como fontes termais, água salgada, pântanos e regiões vulcânicas. Eubactérias– São as mais numerosas e atuais Eubactérias: Escherichia coli Arquiobactérias Características: São Unicelulares; São Procariontes; Podem ser autótrofos ou heterótrofos; Podem formar colônias; São microscópicos; Encontradas no solo, no ar, na água em nosso organismo; Morfologia geral das bactérias Estruturas celulares Morfologia geral das bactérias - (cápsula) A cápsula é formada pelo glicocálice, o qual consiste em uma substância polissacarídica produzida no citoplasma e secretados para a superfície celular. Funções da cápsula: 1. Impedir que a célula seja fagocitada por células de defesa. 2. Promover a adesão das bactérias em diferentes substratos (dentes humanos, trato respiratório, mucosa intestinal, etc.) 3. Proteger as bactérias contra desidratação e choques mecânicos. Morfologia geral das bactérias - (Fímbrias) Fímbrias são apêndices que se estendem da membrana plasmática passando pela parede celular e cápsula emergindo para o meio externo. As fímbrias podem ocorrer em toda a superfície da célula. Função das fímbrias: Fixar as bactérias ao substrato e em outras células. Morfologia geral das bactérias - (Pili) Os Pili sexuais normalmente são mais longos que as fímbrias, havendo um ou dois por célula. Funções dos pili: Responsável pela formação da ponte citoplasmática que permite a transferência de informação genética durante o processo de conjugação. Morfologia geral das bactérias - (Flagelos) Os flagelos são responsáveis pelo deslocamento das bactérias. Estendem-se a partir da membrana celular, passam pela parede celular e atingem a região externa. O número de flagelos é bastante variável entre as bactérias. Os flagelos são formados por uma proteína denominada flagelina e não provém docentríolo como os flagelos de células eucariotas. Morfologia geral das bactérias - (Parede celular) Parede celular é um envoltório semi-rígido, composto por peptídioglicanos, e responsável pela forma e proteção da célula bacteriana. Composta de peptídioglicanos Morfologia geral das bactérias - (Membrana Celular) Membrana celular: lipoprotéica semelhante às membranas dos organismos eucariontes. Funções: 1. Proteção 2. Transporte seletivo de nutrientes 3. Síntese de componentes da parede celular 4. Secreção de enzimas digestivas 5. Respiração celular 6. Ancora flagelos, fímbrias e pili 7. Armazenamento de pigmentos e enzimas da fotossíntese (em cianobactérias) Morfologia geral das bactérias - (Citoplasma) Citoplasma: Sinônimos (hialoplasma e citosol). Possui 4/5 de água e 1/5 de substâncias dissolvidas ou em suspensão (proteínas, carboidratos, lipídios, íons, etc). Possui em seu conteúdo: Ribossomos (única organela), plasmídeos e o cromossomo circular único (região do nucleóide). Morfologia geral das bactérias - (Nucleóide) Nucleóide (área nuclear citoplasmática). Por serem organismos Procariontes as bactérias não possuem um núcleo delimitado por membrana nuclear ou carioteca. Ao invés de núcleo, as bactérias apresentam uma região citoplasmática onde se encontra do DNA bacteriano (cromossomo circular). Não estão presentes em células bacterianas: 1. Proteínas histonas 2. Nucléolo 3. Carioteca Morfologia geral das bactérias - (Plasmídeo) Plasmídeo é um pequendo DNA extracromossômico, pois não se conecta ao cromossomo principal e replica-se independentemente. Possui cerca de 1 a 5% do tamanho do cromossomo bacteriano e pode conter genes para diversas atividades. Principais funções dos plasmídeos: 1. Apresentar genes que conferem resistência a diversos antibióticos. 2. Apresentar genes responsáveis por síntese de toxinas. 3. Apresentar genes que codificam enzimas que ativam a degradação de carboidratos e substâncias exóticas como tolueno, cânfora e hidrocarbonetos do petróleo. Reprodução Bacteriana A reprodução bacteriana pode ser classificada em dois grupos, quanto a ocorrência ou não de variabilidade genética. Na reprodução assexuada, não ocorre troca de material genético e por isso não há variabilidade. Já na reprodução sexuada ocorre troca de material genético e por conseqüência há variabilidade genética. Tipos de reprodução: a) Assexuada I. Bipartição (Divisão Binária/Cissiparidade) b) Sexuada I. Conjugação II. Transformação III. Transdução Classificação das bactérias quanto à respiração a) Bactérias aeróbicas (realizam respiração celular) Necessitam do oxigênio para sobreviver Ex: Pseudomonas sp. b) Anaeróbicas (realizam fermentação) b.1) Estritas: Só sobrevivem na ausência de oxigênio Ex: Clostridium tetani b.2) Facultativas: Podem sobreviver tanto na ausência como na presença de oxigênio. Ex: Escherichia coli Classificação das bactérias quanto à nutrição a) Bactérias Autótrofas Produzem glicose através dos seguintes processos: I. Fotossíntese II. Quimiossíntese b) Bactérias Heterótrofas São incapazes de sintetizar sua glicose, devendo obtê-la através da alimentação Respiração (aeróbica) Fermentação (lática e alcóolica) Salmonella Bactérias do Bem BENEFÍCIO: Produção de alimentos e bebidas; Decomposição de lixo problemático, restos mortais; Produção de medicamentos Digestão (Escherichia coli) Fixação do N2 na atmosfera As bactérias possuem grande importância ecológica, elas fixam o nitrogênio da atmosfera na forma de nitratos, e as bactérias desnitrificantes que devolvem o nitrogênio dos nitratos e da amônia para a atmosfera. As bactérias são responsáveis pela decomposição ou deterioração da carne, do vinho, das verduras, do leite e de outros produtos de consumo diário As bactérias também são úteis para o homem, como na indústria farmacêutica que utiliza bactérias para fabricar antibióticos específicos. BACTÉRIAS DO MAL Algumas bactérias, podem provocar doenças no homem, plantas e em outros animais; Algumas doenças Patogênicas nos seres humano; Tuberculose; Tétano; Sífilis; Cólera; Pneumonia; Sífilis Sífilis ou lues ou, cancro duro, é uma doença infecciosa e sexualmente transmissível Causada por uma bactéria espiroqueta chamada Treponema pallidum. As principais formas de transmissão são o contato sexual e a transmissão vertical para o feto durante a gravidez de uma mulher contaminada. Sinais e Sintomas Sífilis primária: A sífilis primária ("cancro sifilítico") manifesta-se após um período de incubação variável de dez a noventa dias, com uma média de 21 dias após o contato. Até este período inicial, o indivíduo permanece assintomático, quando aparece o chamado “cancro duro”. O cancro é uma pequena ferida ou ulceração firme e dura que ocorre no ponto exposto inicialmente ao treponema, geralmente o pênis, a vagina, o reto ou a boca. Sífilis secundária: É a seqüência lógica da sífilis primária não tratada e é caracterizada por uma erupção cutânea que aparece de 1 a 6 meses (geralmente 6 a 8 semanas) após a lesão primária ter desaparecido. Os sintomas gerais da sífilis secundária mais relatados são: Mal-estar Cefaléia Febre Prurido Hiporexia Manchas vermelhas pelo corpo. Sífilis latente: Estado tipo portador, em que o indivíduo está infectado e é infeccioso mas não apresenta sintomas significativos. Sífilis terciária: O terceiro estágio da infecção ocorre em um a dez anos, com casos de até 50 anos para que a evolução se manifeste. Sífiliscongênita: é a sífilis adquirida pelo infanto no útero materno, geralmente quando a mãe é portadora da sífilis em estágio primário ou secundário. Sífilis decapitada: Chamada de sífilis decapitada aquela que fora adquirida por transfusão sanguínea Diagnóstico Os exames de sangue realizados para o diagnóstico da sífilis são divididos em não-treponêmicos e treponêmicos. Os exames não treponêmicos: VDRL(do inglês venereal disease research laboratory) e RPR (rapid plasma reagin). Entretanto, estes exames apresentam altas taxas de falso positivo (teste positivo quando paciente não está doente). O VDRL baseia-se na detecção de anticorpos não treponemais. É usada a cardiolipina, um antígeno presente no ser humano (parede de células danificadas pelo Treponema) e talvez no Treponema, que reage com anticorpos contra ela em soro, gerando reacções de floculação visível ao microscópio. Microscopia: A bactéria é vista ao microscópio de fundo escuro ou com sais de prata em amostras. A espiroqueta não pode ser cultivada em meio de cultura. Tratamento A sífilis é tratável Importante iniciar o tratamento o mais cedo possível Progressão para a sífilis terciária: danos causados poderão ser irreversíveis, principalmente cérebro. Penicilina G durante vários dias ou semanas. (Alternativa: Tetraciclina) Difteria (crupe) Agente Etiológico: Corynebacterium diphthriae Forma de transmissão: Pelo ar contaminado e pela saliva Tratamento: Utilização de antibióticos penicilina e eritromicina. Profilaxia: Vacina Tríplice Sintomas: Inflamação das amígdalas, faringe e mucosa nasal. A bactéria produz toxina que destrói as fibras cardíacas, células nervosas e renais. Disenteria Bacilar Agente Etiológico: Bactérias do gênero Shigella Forma de transmissão: Água e alimentos contaminados com as fezes dos doentes. Sintomas: Infecção intestinal, dores abdominais, diarréias sanguinolentas e vômitos. Tratamento: Utilização de antibióticos e soro caseiro. Profilaxia: Educação sanitária e saneamento básico. HISTÓRIA 3000 a.C. Primeiros relatos da tuberculose; Identificados no antigo egito. 1824 Surgimento do diagnostico da doença, através da invenção do estetoscópio. 1882 * Foi identificada a bactéria causadora da doença, a mycobacterium tuberculosis; *Robert Koch foi o responsável pela identificação. TUBERCULOSE O que é TUBERCULOSE? É uma doença infecto-contagiosa causada pelo ‘’bacilo de Koch’’ Mycrobacterium tuberculosis DESCOBRIDOR: ROBERT KOCH (1882) PNEUMONIAS CONCEITO INFLAMAÇÃO DA PORÇÃO DISTAL DO PULMÃO - VIAS AÉREAS TERMINAIS , ESPAÇO ALVEOLAR E INTERSTÍCIO VIRÓTICA X BACTERIANA x ATÍPICA COMUNITÁRIA X HOSPITALAR A PNEUMONIA SURGE QUANDO OS MECANISMOS DE DEFESA DO HOSPEDEIRO SÃO INSUFICIENTES CONTRA UMA AGRESSÃO AOS PULMÕES MODO DE INOCULAÇÃO ASPIRAÇÃO DE SECREÇÃO OROFARÍNGEA INALAÇÃO DE MICRORGANISMOS TRANSPORTADOS PELO AR BACTEREMIA EXTENSÃO DIRETA PARA OS PULMÕES FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS S. pneumoniae M. pneumoniae Vírus C. pneumoniae H. influenzae HOSPITALAR COMUNITÁRIA S. pneumoniae H. Influenzae Gram negativos Legionella MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CONDIÇÕES PREDISPONENTES INFECÇÃO VIRAL PRÉVIA DOENÇA CRÔNICA USO DE ÁLCOOL E DROGAS DOENÇA EM FAMILIARES EXPOSIÇÃO AOS AGENTES IDADE TOSSE FEBRE DOR PLEURÍTICA ESCARRO PURULENTO SINTOMAS DIAGNÓSTICO EXAMES COMPLEMENTARES RX DE TÓRAX - DEFENIR SEVERIDADE - PREDIZER PATÓGENO - BASE PARA RESPOSTA TERAPÊUTICA E COMPLICAÇÕES EXAME DE ESCARRO - GRAM E CULTURA HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS - HEMOGRAMA , FUNÇÃO RENAL EXAMES ESPECÍFICOS CONFORME SUSPEITA - MYCOPLASMA , LEGIONELLA , PNEUMOCISTE TRATAMENTO PNEUMONIA COMUNITÁRIA ANTIBIOTICOTERAPIA - QUINOLONA DE QUARTA GERAÇÃO - AMPICILINA - ERITROMICINAS - VIBRAMICINA ANTIBIOTICOTERAPIA - 3 GRUPOS DISTINTOS COM DIFERENTES AGENTES -ETIOLÓGICOS BASEADOS NA IDADE , FATORES DE RISCO E - TEMPO DE PERMANÊNCIA HOSPITALAR PNEUMONIA HOSPITALAR Staphylococcus Morfologia Cocos gram positivos em forma de cachos de uva, imóveis, não esporulado. Staphylococcus Habitat Reservatório: homem e animais Pele, fossas nasais, feridas (unheiros),mastite bovina Características Bioquímicas Aeróbio, anaeróbio facultativo; Catase positiva; Oxidase negativa; Mesófilos (35 – 37°C) Staphylococcus Características bioquímicas Halotolerantes – de 10 até 20% de NaCl Coagulase positiva; Fermenta glicose – produção de ácido lático; Fermenta manitol ; cresce na presença de NO4 Pigmento amarelo – S. aureus; Cresce em 0,01 a 0,05% de lítio, 40mg de polimixina; reduz K2TeO3 ; hidroliza gema de ovo. pH - cresce entre 4,0 a 9,8 com ótimo 6 a 7 Mecanismo de Patogenicidade Ação emética e ação diarréica Produção de exotoxina no alimento; Atividade enterotoxigênica; 2 tipos: enterotoxina e toxic shock syndrome toxin (TSST-1); Enterotoxina – 6 tipos antigênicos: SE-A, B, C1,C2, C3, D e E . Quantidade mínima variável : 0,015 e 0,375 ug/Kg de peso Sintomas Varia : suscetibilidade individual, concentração da enterotoxina no alimento e a quantidade consumida do alimento Intoxicação Alimentar: náuseas,vômitos, sudorese diarréia, dores abdominais, de cabeça e queda de pressão Termoestável a 100°C/30 min. Epidemiologia Fontes de contaminação: Os portadores nasais Manipuladores de alimentos com mãos e braços apresentando ferimentos Animais domésticos Gado leiteiro com mastite estafilocócica Escherichia coli patogênica Bacilos gram negativos grande, Aeróbio, anaeróbio facultativo, Mesófilo, com flagelos peritríquios, Não-esporulados Escherichia coli patogênica Habitat Flora intestinal de animais de sangue quente Características Bioquímicas Fermentam glicose e lactose com produção de ácido e gás flagelos Características da Doença Causador de gastrenterite em crianças Sintomas: diarréia acompanhada de dores abdominais, vômitos e febre. Duração: 6 hs a 3 dias Período de incubação: 17 a 72 hs (média36 hs) Brasil: 30% dos casos de diarréia aguda em crianças pobres com idade inferior a 6 meses, com alto índice de mortalidade AGAR LEVINE - AGAR MacCONKEY - VOCÊ NÃO É GENTE! Há mais bactérias habitando na sua pele do que gente vivendo no planeta. Para elas, seu corpo é o paraíso, um lugar cheio de oásis onde água e comida jorram o tempo todo, na forma de água, sais minerais e gordura e proteínas. A realidade assusta. Nosso corpo é feito de 10 trilhões de células. E abriga 100 trilhões de bactérias. Da próxima vez que se olhar no espelho, lembre-se de que 90%do que é você, é uma megacivilização de micro-organismos. Obrigada!!!!!!!! montalbano.c@hotmail.com
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