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1 Luiza Martins DIREITO TRIBUTÁRIO I PROFESSOR: NELSON SOUZA NETO • Ler os textos antes das aulas • Duas provas (2,0) – múltipla escolha + discursiva (8,0). • 1ª prova – com consulta a legislação e na prova discursiva pode usar a cola (apenas um lado da folha). 1° Bimestre PROVA 1 (2,0) – 09/04 Correção + Revisão – 10/04 PROVA 2 (8,0) – 16/04 2° Bimestre REVISÃO – 11/06 PROVA – 12/06 Exame Final – 02/07 13.02.2019 1. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO E INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO (texto 1 e o primeiro do tema 2) a) TEORIA GERAL DO ESTADO: Se pensar a depender do período do império romano (mais antigo), pagava tributo (expressão utilizada era o tributo) sendo aquele que era estabelecido para escravos, não está errado pensar que existia a partir dessa época mas a primeira lei surgiu em apenas em 1909. Como ocorria na Grécia que eram isentos os senhores livres, e pagavam apenas aqueles considerados escravos, distante do que pensamos sobre tributos. A partir do 1909, iniciou-se a pensar sobre tributo a partir das mesmas perspectivas que temos hoje, com o projeto de lei R.A.O. • A definição de Estado: Maquiavel, foi o primeiro a desenvolver o conceito de estado. O atual conceito é de sociedade política (apenas uma sociedade não é Estado, e sim, uma aglomeração de pessoas). O conceito de estado é uma sociedade, e esta sociedade é muito estruturada tanto por Aristóteles “homem é um animal político” – teoria geral do estado, questiona o porquê as pessoas passam a viver em sociedade, e respondeu que as pessoas tem um instinto associativo, desenvolver linguagem, artes. Para Hobbes eles se submetem a um estado de liberdade social, diferente de um estado de liberdade natural, por simples interesse as pessoas convivem em sociedade, para se proteger de outras sociedade que se atacam. Teoria mista do estado – num primeiro momento a sociedade é de ser associativo, pois naturalmente as pessoas irão se agrupar. Sendo o primeiro momento o espirito associativo é essencial, e após apenas se mantem em sociedade por interesses. Esses interesses são finalidades. Essa sociedade por si só não é um estado porque ela necessita de um poder social, expressão econômica. A existência do poder social, e uma forma definida de ascensão ao poder social, que formam uma sociedade política. A vontade geral da população não é a soma da vontade individual. As finalidades são os elementos que dão unidade, você não se submete ao estado social se não estiver de acordo com estas. Quando o estado vai exercer suas atividades sociais, através de três atividades especificas (RECEITA, GESTÃO, GASTO). O Estado fiscal, exercem a sua atividade financeira precipitosamente através de tributos. O Estado patrimonial, exercem a sua atividade financeira através de tributos e sim pela exploração do seu próprio patrimônio, por exemplo o Quati, e como a maioria dos estados árabes possuem esse tipo de estrutura. O Estado socialista, não existe propriedade privada, pois tudo seria do Estado. Seria incompatível com a propriedade de algo, que teria uma exploração sobre a própria pessoa e não sobre a sua propriedade. Por exemplo: Coreia do Norte, Cuba. Mas possui a receita, gestão e gasto, mas de maneira distinta. 2 Luiza Martins Pode existir estados híbridos, por exemplo da França que a exploração da sua atividade financeira é através da atividade cultural (aproximadamente 30%). Eu não posso olhar a arrecadação de maneira desvinculada do gasto. Por exemplo: o que vem primeiro, a receita ou a despesa? No estado é a despesa, pois ele tem finalidades a serem alcançadas a partir de suas despesas. Tim Beneti – menciona sobre os custos sobre os direitos fundamentais, que serão gastos para garantir o direito a liberdade, segurança, saúde, educação pública, todo e qualquer direito fundamental (são finalidades que são buscadas pelo Estado). b) FINALIDADE DO ESTADO: As finalidades estão vinculadas na Constituição. A despesa vem antes porque preciso saber o que preciso financiar e pegar, se eu não sei o que vou gastar não teria como ter receita para custear essa. A depender da finalidade de cada Estado, como por exemplo o estado francês com o seguro desemprego por dois anos (Brasil com 6 meses). Eu posso ter a arrecadação declarado inconstitucional porque a despesa não foi prevista. Por exemplo: a taxa de renovação de CNH. 19.02.2019 A atividade financeira está 100% vinculada as finalidades do Estado, não sendo o estado um fim em si mesmo. Pois as pessoas se reúnem em sociedade por meio de interesses. • Pelo formato elencada em cada sociedade o modelo de finalidade distinta. O direito serve para dar a medida e o limite destas finalidades, quando a constituição no artigo 3° elenca as finalidades estão extremamente importantes com o direito tributário. Com características 100% práticas, a atividade financeira é exercida das mais diversas formas. 1. atuando no domínio econômico, ou atividade monopolizada e assim aufere receita (é uma atividade originaria). • A receita tributária é derivada, do cidadão aufere parte e outra parte é enviada para a receita tributária. A receita originaria é aquela que a própria união gerou, e a derivada é que uma pessoa gerou e que pela incidência tributaria o estado se apropriou. As finalidades são eleitas e judicializadas, no caso do Brasil estão presentes descritos na Constituição Federal. A partir da Constituição do México (1917) e a Constituição de Weirmar (1919), para muitos autores até ANTES desse momento poderia ser considerado a constituição como uma ‘constituição política’. A constituição do México estabelecia que caberia ao estado primar pela livre iniciativa (atribuiu uma obrigação ao estado, algo extremamente novo para o período, prevendo também a BUSCA DO PLENO EMPREGO, através de geração de meios necessários para que todos estejam empregados. Já a constituição de Weirman, estabelece a garantia da saúde, promover o bem-estar social antes não tinha a visão que o ESTADO teria essas finalidades. A partir desse momento tem uma mudança no cenário mundial resultando na mudança de todas as demais constituições. O artigo 170 da Constituição Federal – traz finalidades especificas como a soberania nacional, a proteção da propriedade privada desde que dê a ela uma função social. O reflexo disso no direito tributário é imenso. Exemplo: se tem um imóvel que não é utilizado e não edificado (terreno baldio), porque manter um imóvel nesta condição para a valorização imobiliária do imóvel, mas quando você faz demonstra mais capacidade para contribuir para a atividade, significa que você tem um imóvel que utilizo (demonstrando que tenho outros bens, e além disso eu tenho um que não faço nada), em consequência disso eu tenho uma MAJORAÇÃO DO IPTU. O artigo 170 da CF organiza a ordem econômica do país sendo o tributo o elemento que mais influi na atividade do estado (tanto a financeira, quanto a do estado e dos particulares). 3 Luiza Martins A ordem econômica deve ser construída com o fim de defender o direito do consumidor, é a obrigação do estado {caso contrário, atuando de maneira inconstitucional}. Inciso VI – defesa do meio ambiente: mediante tratamento diferenciado, sendo dever do estado defender o meio ambiente. Exemplo: indústria com impactos ambientais menores com impostos menores. O princípio que é extremamente utilizado fora do país (inciso VI, do artigo 170 da Constituição Federal), o estado tem que proteger o meio ambiente a depender do impacto ambiental, atribuindo ICMS mais caro para aqueles que possuem alto impacto ambiental e uma redução para os que tem impacto inferior. Isso vem demonstrar que a pessoa que reduziu o impacto, demonstrou investimento maior para realizar a redução. Em matériatributária o que importa é a CAPACIDADE CONTRIBUTIVA, não é o mesmo que capacidade econômica. Pois o mercado de trabalho entre as pessoas com a mesma renda é da mesma capacidade contributiva, como o acesso ao mercado de trabalho de maneira diferente. Exemplo uma pessoa que é cega, terá gastos maiores. • A igualdade não é sinônimo de igualdade e sim de equivalência. Exemplo: concurso de policia feminina, eu estabeleci um critério e realizei a distinção, há uma correlação de pertinência com o tratamento jurídico diferenciado. A uma razão de pertinência logica para realizar o tratamento diferenciado para determinado motivo, é possível. A atividade financeira do estado é utilizada para atingir a finalidade. A finalidade extrafiscal, é aquela induzir determinado comportamento através de uma incidência tributária. Exemplo: trocar as lâmpadas amarelas por lâmpadas de led. A norma tributária de rejeição social, exemplo: se fosse revogado o código tributário ninguém continuaria pagando, diferente se fosse revogado o código penal. • O estado tem que achar um meio de resolver uma desigualdade regional, como por exemplo entre a região sul e norte, eu preciso criar lá as condições de desenvolvimento iguais que tem nos demais lugares. Exemplo: zona franca de Manaus, que não possuem incidência de ICMS nas indústrias. A partir do artigo 3° que menciona em dirimir as desigualdades sociais, é um instrumento utilizado com a redução dos impostos para a redução das desigualdades sociais. A teoria os financistas – quem não pagava o tributo não tinha o direito a atividade estatais que precisa, atualmente não é concebível e não atende a ideia de igualdade. Hoje prevalece a TEORIA INSTRUMENTAL, pois o estado existe para buscar as finalidades usando de recursos (porque tudo custa algo) tendo que exercer uma atividade financeira, sendo isso um instrumento da persecução dessas finalidades, e uma das formas é através do tributo, ainda que não pague tributos de maneira direta (exemplo: imposto sobre a renda, pois quando eu compro um objeto eu não pago o valor do ICMS, eu estará embutido no preço final do produto – com o repasse dos custos). Quem sofre o encargo financeiro é o consumidor no produto final. Apesar de não ser contribuinte do ICMS. • o direito tributaria serve para regulara incidência dos tributos. c) FISCALIDADE E EXTRAFISCALIDADE Uso fiscal e extrafiscal (indução de comportamento), sendo uma das formais mais eficientes. O sistema fiscal do Brasil é indireto, o qual as pessoas não sabem o quanto e quando serão tributadas visto que o valor está no valor final do produto. Ele não tem a incidência direta, mas a indireta. 2. DIREITO TRIBUTÁRIO E SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 4 Luiza Martins a) UNIDADE DE DIREITO O Sistema tributaria é um Direito Público e o Direito financeiro é um ramo do direito administrativo. E o direito tributário, é ‘considerado um sub-ramo do direito administrativo’. Alguns conceitos que devem ser evitados, são aqueles que regulamentam as relações entre estado e contribuinte, ERRADO! Pois nem sempre é o Estado que irá exigir os tributos é o estado. Na própria Constituição federal é previsto tributos que serão do Estado e sim de determinada entidade de regulação de classe, são legitimadas a cobrar (exemplo: OAB – artigo 149, CF). Portanto é um exemplo de que não é estado e contribuinte. b) DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTÁRIO E AUTONOMIA DIDÁTICA DO DIREITO TRIBUTÁRIO Qual a relação que o direito tributário deve ter com os outros ramos do direito? Antes o direito público não tinha (império romano), e o estado não possuía regulação entre a atividade do estado e o cidadão. O exercício se deu desse período até os estados absolutistas até pelo ato da Força (potestades). A morte do Estado era representada pela morte do rei, e assim como a união de estados acontecia pelo casamento. Como os estados medievais cobravam seus tributos, através da cena clássica que eles pegavam os produtos, e não tinha permissão seria a hora que quisesse. O Adam Smith cria os quatro princípios do sistema tributário em 1776 “eu não posso cobrar a pessoa a qualquer momento”. Sendo o imposto de renda anual, porque as safras serão anuais, isso era discutido como a cobrança de forma mais “cômoda” possível. Pois iria causar revoltas, “teria que ser equânime, previsível, definição previa para organização da atividade”. No entanto até 1909 não era assim, quando na Alemanha se inscreve uma lei desenvolvida na universidade da Polônia onde pela PRIMEIRA vez dá um caráter jurídico da incidência tributária. Sendo antes dessa época o exercício da tributação = ao exercício da força. 20/02/2019 BUSCAVAM A AUTONOMIA DO DIREITO TRIBUTÁRIO FRENTE AOS OUTROS RAMOS DO DIREITO F. Gény: sustentava a total autonomia da lei tributaria frente a legislação que regulação do direito privado. O legislador tributaria tem total autonomia frente ao legislador privado. Podendo “desdizer o legislador de outras matérias” L. Trabatan: não há possibilidade de existir a separação, sendo o legislador um só e não existe uma separação ontológica, sendo que as leis têm que obedecer a uma hierarquia. As leis de mesma hierarquia elas tem que se respeitar e serem harmônicas, senão eu perco a noção de sistema. Portanto a lei tributaria não pode alterar uma definição distinta definida em outras áreas do sistema. Exemplo: a definição do direito do trabalho de direito tributário. Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. Para a matéria tributária é o L. Trabatan que ganhou, por até a característica sistema que possui o sistema brasileiro. A lei tributaria não pode alterar não pode alterar definições do direito privado e nem de outros ramos. Ou seja, tem que se conformar horizontalmente com instituto jurídico já definidos anteriormente. c) SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO (princípios do direito para a ordem econômica e para tributos). A constituições elege alguns fatos com conteúdo econômico e passa para alguns dos entes federados a competência para legislar. Recebida outorga faz uma lei especifica para o exercício. Artigo 153, inciso III, CTN. A união possui mais competência administrativa que os demais entes, coisas que o estado não tem. Consequentemente uma competência tributária para o recolhimento maior de receita para o efetivo exercício. ISS – serviços – locação de bens imóveis = ISSQN 5 Luiza Martins A pessoa política que recebe a competência será responsável pela instituição da lei e o tributo, de sua competência através da constituição federal. Para fazer a lei tributaria ele não pode alterara os conceitos e conteúdo de direito. Por exemplo: na década de 1990 alguns municípios no brasil passaram a prever a incidência de ISS (imposto sobre serviços) de locação de bens móveis (carros, fitas). Com base nisso pode ser analisado a constitucionalidade da lei em que o município pode exigir sobre ISS de localização de bens imóveis. 1ª pergunta necessária: O que é serviço? 2ª pergunta necessária: É um instituto do direito privado, onde está disciplinado? Código civil descreve o que é: “Serviço é a obrigação de fazer em benefício de outrem”. Isso quer dizer que o imposto sobre serviços é uma obrigação de fazer em relação ao outro. Analise a constitucionalidade da incidência da regulamentação dos tributos de serviços? Locação de bens móveis é uma obrigação de dar, nenhuma obrigação de fazer. Tem uma questão na prova sobre: RE 116.121 – não pode incidir o ISS sobre a locação de bensmóveis, teve a declaração de inconstitucionalidade. Não pode ser buscado no código civil vigente, e a instituição da competência em 1988 sob um instituto jurídico que conhecia e estava disciplinado no código civil de 1916. JAMAIS usará a definição do código de 2002. Não será porque será pela definição pré-constitucional de serviços e infraconstitucional, de acordo com uma legislação antes dela regia. Enquanto a constituição não trazer uma nova definição será o que era disciplinado no código de 1916. Permitir que o código civil de 2002 alterar a definição é a lei ordinária reformando uma lei federal (constituição federal). O que será serviço para o direito civil, será para o direito tributário. O legislador ao exercer a sua competência tributária não pode alterar o conceito que é vigido por outra legislação, não pode haver diferença. Senão eu quebrei a unidade sistêmica. Do que adiantaria trazer a competência aos municípios de instituição de impostos sobre serviços se estará exercendo essa competência sem nenhum limite “com a intenção de autonomia”. Não posso permitir que em matéria tributaria o legislador viole questões já definidas em outras legislações. Outro detalhe que não foi levantado pelo supremo, é a onde que vou achar o conceito de serviço? No código civil, mas em qual deles? No código civil de 1916, porque nesse? Pois eu não posso serviço no CC/2002 pois a constituição previu essa competência em 1988 ao prever a competência ela previu sobre um instituto jurídico que ela conhecia. Então em 1988 o constituinte de sabia o que era tributo a partir do código de 1916. Porquê? Porque a competência tributaria foi delimitada a partir daquele conceito prévio, de legislação infraconstitucional. Sempre será esse conceito, a não ser que tenha por emenda constitucional ou lei complementar o que é serviço será o que é disciplinado em 1988, a partir do codigo civil de 1916. Permitir que o código civil de 2002 demite o que é serviço é permitir que uma lei res lei ordinária altere o que quiser. Como ocorreu a alteração do código civil de 1916 para de 2002 apesar de ser uma diferença sutil houve a mudança. A interpretação seria que a possibilidade de o código civil de 2002 alterar a constituição federal, o que não pode ser permitido. Buscando sempre a materialidade de onde é a incidência. Alguns tributos a constituição não definem o que é tributo, como por exemplo o artigo 148, que é outorgado a competência para instituir empréstimos compulsórios de calamidades públicas. Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 6 Luiza Martins ICMS – incide pela venda da mercadora ou prestação de serviços de comunicação e transporte. Pensando apenas no ICM – apenas por mercadoria, produzindo em Curitiba e leva os bens para serem vendidos em outras regiões do país (centro de distribuição), incide ICM sobre a circulação de mercadoria para uma loja? • 1ª pergunta necessária, o que é mercadoria, estaria com a definição no código civil e n/o código comercial (que é definido: mercadoria é um objeto por ato de mercancia). • 2° pergunta necessária: eu não estou circulando mercadoria quando envio para a distribuição (não estou vendendo para mim mesmo) a partir do centro da distribuição que poderá incidir tributos. Então na operação de troca de lugares de uma sede para outra não tem incidência, pois não há mercancia e nem mercadoria. Exemplo: silos de grãos de soja. Ainda que o produto não tenha saído do mesmo lugar, houve a troca de titularidade (uma transferência de titularidade), não importa a alteração física da mercadoria, independentemente de qualquer situação física. Se vendi silo, mas deixei no meu armazém, incide tributo de ICMS. Exemplo: constituição 195, inciso I, a) – a contribuição social paga pelo empregador incidente sobre folhas de salários. A lei 8.212/91 (compõe o salário do empregador a sua remuneração mensal, o auxilio doença, auxilio acidente, o salário maternidade e o aviso prévio indenizado). A constitucionalidade da lei. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) I - Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) • 1° pergunta necessária: o que é salário? Legislação trabalhista é uma relação contraprestacional. Sobre a remuneração mensal em que a pessoa está trabalhando, sendo inconstitucional a incidência sobre esta lei 8.212/91 (auxilio doença, auxilio acidente, salário maternidade e o aviso prévio). Lei 9.718/98 – total das receitas teve a declaração de inconstitucionalidade a incidência sobre esses tipos de remuneração. Exemplo: a exportação dos serviços de telecomunicação. Quando eu saio com um celular TIM chego na Alemanha e uso meu celular nesse caso existe a exportação de serviços. Nesta ocasião não é exportação. Tem que analisar o fato concreto que está incidindo o tributo. Discussão do STJ: como se da um processo de telecomunicação se havia ou não indústria no processo de telecomunicação se daria ou não crédito. Teve que provar que aquilo envolvia industrialização, de uma maneira distinta do que usual. Há indústria porque há a transformação da energia em pulso eletromagnético (telefone faz). 26.02.2019 d) SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL (Código Tributário Nacional e normas gerais em matéria tributária) Tem que ter um conjunto de normas centrais que irá orientar todo o sistema, apesar de existir regras especificas. A primeira dela é saber que a constituição sempre que define a materialidade de um tributo é saber que aquela materialidade escolhida tem que ter a semântica bem escolhida, e isso eu vou buscar na legislação pré e infraconstitucional a partir da sua disciplina própria. Uma vez que o direito tributário não pode alterar o conceito. 7 Luiza Martins A noção de sistema tributário nacional inicia na Constituição Federal, quem outorga competência as pessoas políticas união, estado e município. E que nada pode ser feito em matéria tributária se não foi previsto em lei. O distrito federal atua como estado e como município em suas competências. Com mais de 100 mil leis tributarias não podem ser colocadas justapostas sem qualquer sentido. O sistema tributário nacional começa na constituição federal outorgando competência as pessoas jurídicas as quais devem fazer através de leis. Desde o nascimento da figura da lei, com a carta magna o Prof Carrasca – a tributação é um auto tributação. É uma autorização do povo para o estado e do estado para a tributação {autorizando o estado a te tributar}. Quando o estado define uma determinada incidência é o povo definindo sobre ele mesmo. Mediante lei – para a exigência, para fazê-lo tem que ter competência tributária e legislativa. Porque ninguémé obrigado a fazer aquilo que não esteja disposto em lei. A pessoa política recebe a competência da constituição federal e com esta competência ela irá exercer/ legislar determinada matéria. Nem pode o município extinguir o imposto sobre a renda porque ele não recebeu essa competência. Sendo que entre as pessoas políticas existe a hierarquia. Essa competência será posta em pratica com o legislador ordinário dessas pessoas políticas, sendo ele que irá exercer. A pessoa política pode legislar livremente sobre determinada matéria sendo aquela que possui competência. Seria uma ‘zona legislativa’. Houve um instrumento legislativo criado pela emenda 1/69 {da Constituição Federal de 1967} para trazer unidade sistêmica ao ordenamento jurídico em matéria tributária já incorporado na Constituição de 1988. Vem na Constituição Federal de 1988 que são as leis complementares. • Artigo 147 a 157 da Constituição Federal. As leis ordinárias são das pessoas políticas (união, estados e municípios) a lei complementar é de competência do chefe do executivo. Dessa maneira, a lei complementar a partir da lei 116/03 deve ser obedecida pelas leis ordinárias e todos os entes tem que estabelecer a norma geral. Quando a união legisla é através das leis ordinárias, quando o estado legisla é através de lei ordinárias e os municípios é através de lei ordinária também. Não pode ser lei complementar municipal, tudo que os legisladores dos municípios, estados e união. As leis complementares são diferentes da união não poder legislar competências do estado, nenhum pode mexer na competência do outro. Se pegar as competências administrativas do estados, municípios e união. As leis complementares são do estado nacional, atuam nos três entes obrigando a todos em um único instrumento legislativo indistintamente. Para que não houvesse um novo congresso para votar leis complementares seria no mesmo que existe pata votar as leis ordinárias da união, são votadas dentro do legislativo da união, mas não é federal. Sendo essas de relevância absoluta. Fazendo com que não precise conhecer de todos os municípios, apenas uma lei complementar de 116/03 {rege o ISS}, pois elas serão iguais. Salvo alguma alteração que a lei complementar deixe de competência do município. O artigo 146 da Constituição Federal, inciso III – “estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária”. Servindo para definir as normas gerais para o legislador tributário. A definição de tributo vem de lei complementar, não ficando ao livre arbítrio dos municípios, estados a definição de tributo. Art. 146. Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 8 Luiza Martins d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Anterioridade – questão de previsibilidade da população, não pode ser alterada de imediata “clausula pétrea” Os fatos geradores dos impostos do tributário são previstos na constituição, é devido em lei complementar. Também não podendo ficar ao livre arbítrio de cada ente federado. Exemplo o fato gerador é a prestação do serviço, sendo o contribuinte seria o que presta o serviço e no outro seria ao contrário. • A lei complementar vem dar a unidade sistêmica, a definição do fato gerados, a base de calculo do ICMS. Nesse caso terá verdadeiramente uma unidade sistêmica. Em razão da grande quantidade de estados e municípios é necessária essa unidade. Por uma questão de igualdade as microempresas (faturamento de até 360 mil/ ano) e as empresas de pequeno porte (3 milhões de faturamento/ ano), que possuem o faturamento menor, regime simplificado. Exemplo: as empresas de costura. Lei complementar 123. • Lei ordinária federal 5.172/66. O CTN – é uma lei formalmente uma lei ordinária, mas materialmente completar, pois ele cumpre exatamente a competência do artigo 146 da constituição federal. Pós 1988, apenas pode ser alterado por meio de lei complementar. É a lei complementar que estabelece as normas gerais em matéria de legislação tributária. Artigo 146. I - Dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; • Nesses casos irá ocorrer o conflito de competência. Exemplo restaurante é um prestador de servido ou um vendedor de mercadoria? Vendedor de mercadoria, submetido ao ICMS. Mas existe um conflito de competência entre os Estados e Municípios. Precisando de uma lei complementar que resolva esses tipos de conflitos de competência, para dirimir os conflitos existentes. Exemplo: eu tenho meu escritório em Curitiba e vou para Joinville para impetrar um mandado de segurança em Criciúma e vou para o TRF4 em Porto Alegre e o tribunal rejeita e vou para Brasília. O meu serviço é advocatício submetido ao ISS, mas em qual município eu pago, pois existe um conflito de competência entre os municípios. É um conflito entre os municípios {no local da assinatura do contrato, onde prestei o serviço}. Eu preciso de uma lei complementar que disponha sobre a competência em qual local da prestação do serviço. • O local é onde tem a efetiva prestação do serviço, onde tem unidade econômica funcione, no caso acima seria em Curitiba, mas a minha unidade econômica é em Curitiba, ainda que eu tenha realizado atividades meios em outras cidades o certo é na unidade econômica. Lei Complementar 116/2003. Art. 3º- O serviço considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto será devido no local: (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016) possui 25 incisos com exceções. • Existem limitações ao poder de tributar que as vezes demandam regras mais definidas. Como existem imunidade tributária para atividade beneficente para fins sociais. Os requisitos estão em lei. • Especialmente essas funções de normas gerais de competência tributaria [e estabelecida na Constituição Federal de 1946 {não existia lei complementar} compete a união por meio de lei ordinária federal de 1946. • Apesar de ser formalmente uma lei ordinária foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 como materialmente complementar, então CTN é uma lei materialmente ordinária porque votada em 1966, mas é uma lei materialmente complementar porque cumpre o comando do artigo 146, III da Constituição Federal. 9 Luiza Martins • Pós 1988 não adianta a constituição tentar realizar uma nova lei ordinária para alterar o CTN, não é possível pois apenas posso alterar por lei complementar, pois na sua materialidade é uma LC. Justamente porque atendia o texto constitucional. • CTN define tributo, prescrição e decadência, como escreve em dívida ativa. Independentemente da competência do tributo será regulamentado pelo tributo, entãoter a competência de cada pessoa política não quer dizer que eles possuem liberdade irrestrita. Qual o papel e a competência das leis complementares no CTN? QUESTÃO DA PROVA. 27.02.2019 3. CONCEITO DE TRIBUTO E CLASSIFICAÇÃO a) TRIBUTO E OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA O tributo que é objeto da obrigação tributaria. A obrigação tributária é uma relação jurídica comum (como qualquer outra), as relações jurídicas dos mais diversos tipos. • Podendo ser divididas em obrigacionais e não obrigacionais. Em uma obrigacional (sujeito credor e dever/ ativo e passivo). • Uma relação jurídica de direito privado, dentro da qual obrigação jurídica tributária, sempre vai ter um sujeito passivo e ativo. • Em uma obrigação jurídica de direito privado, quem se coloca no polo ativo e passivo, por exposição de vontades das partes. • As obrigações de direito privado são por vontade das partes. • As obrigações de direito público (tributaria) – ex lege {decorre da lei}. Aquelas que tem por objeto o tributo, independente de qual seja a obrigação de direito público decorre da lei. O que pode ser deduzido a partir do momento que tenho conhecimento de que uma obrigação tributária é ex lege, são as consequências são delimitadas pela lei, decorre da lei, significa que ela independe da vontade e do conhecimento das partes, não pode dispor do objeto da obrigação. Exemplo: estou morando fora do país e não sabia que tinha que pagar o IPTU. Exemplo: proprietário que convenciona para o locatário pagar o IPTU, se não realizado o pagamento de tributos será de responsabilidade do locatário, pois ele é o sujeito passivo e decorre da lei. O contrato não é nulo, porque no direito civil a pessoa tem o direito de regresso. Salvo as hipóteses expressamente previstas em lei, não pode o sujeito ativo convencionar diferente o tributo. O sujeito ativo, não manda em nada na obrigação tributária. • A prescrição extingue o crédito tributária. Exemplo: o cliente que não possuía vara de execuções, se a prescrição extingue o credito tributário se eles pagaram estando extintos tem o direito a restituição. Não havia nenhuma obrigação, a obrigação que existia já estava extinta. • Não pode haver conciliação, não tem audiência. b) CONCEITO LEGAL (ARTIGO 3° DO CTN) Tributo é um instrumento de persecução dessas finalidades definidas na constituição, que se dá através do tributo, ou outro instrumento que atinja a finalidade que exista. A constituição não prevê um conceito de tributo, e cada doutrinador prevê uma forma de tributo. As regras tributarias previstas na Constituição Federal 1º distribuição de competência tributária: a união, estados e municípios podem cobrar. Com os conteúdos econômicos pré-definidos: imposto sobre a renda, propriedade territorial rural, importação, exportação. A união pode ter empréstimo compulsório. Os estados de impostos sobre mercadorias e os municípios. A constituição define a finalidade que vai vincular a arrecadação do tributo, então, ou ele define e limita a competência. Se ocorre o desvio da finalidade – temos uma tredestinação. 2° anterioridade, irretroatividade, etc. O conceito legal de tributo, disposto no CTN – artigos 1° e 2° deste Código. Cabe a união o estabelecimento as normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, aos estados e municípios. 10 Luiza Martins Artigo 3°: “Tributo é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sansão de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. • A PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA: quantia em DINHEIRO. Não podendo ser por in natura ou in labore, apenas por meio de leilões, que será transformado em dinheiro que irá pagar o tributo. • Existe uma única exceção, instituída pela LC 104/01 – que permite que o tributo seja pago em NÃO dinheiro (156, inciso XI do CTN). Não é obrigatório aceitar essa forma de pagamento {critério do credor}. Art. 156. Extinguem o crédito tributário: XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. (Incluído pela LCP nº 104, de 10.1.2001) (Vide Lei nº 13.259, de 2016) Exemplo: um terreno em uma estrada em Guarulhos e tinha uma dívida com a união federal, não teria como construir nenhuma fábrica e ofereceu para a união e aceitaram a proposta como a dívida, tem que fazer avaliações oficiais e chegar no valor correto. A critério do credor e o devedor {mutuo interesse}. • As condições é a realização de avaliações oficiais. Se o credor não quiser não é obrigado. A dação em pagamento assegurando ao devedor a possibilidade de complementação em dinheiro de eventual diferença entre os valores da totalidade da dívida. Caso o bem exceda tem que devolver o dinheiro para o devedor que realizou dação. • A fazenda fica condicionado nessa dação a realizar a renúncia do valor excedente, por meio de renúncia expressa, em escritura pública, por parte do devedor proprietário do imóvel, ao ressarcimento de qualquer diferença – é uma Portaria da Fazenda Nacional. Não é lei, a partir do controle concentrado de constitucionalidade do caso a caso, pois não pode pedir ADIN de uma portaria. • COMPULSÓRIA – não é facultativa, é obrigatória. Se algo é obrigatório eu descumpro temos uma Sansão. A penalidade pelo não pagamento de tributo será sempre uma inadimplência {não havendo crime antecedente}, um lícito civil de natureza não criminal. O crime em matéria tributária, a sonegação fiscal existe um crime antecedente (meio). Por exemplo: eu falsifiquei uma nota fiscal e ao fazê-lo que incorrer no crime. Adulterei a escrita, por si só ele não deixa de pagar o tributo. Esta penalidade se não for precedida de um crime intermediário ela não tem competência criminal. • Em moeda ou cujo o valor que nela possa exprimir. O código de tributário é de 1966, que você pagava diretamente ao órgão competente, não fazia através da rede bancária. Atualmente não se faz isso, sendo obrigatoriamente pela rede bancária, pagando apenas em moeda porque é o meio. Para outros títulos de crédito. • QUE NÃO CONSTITUA SANSÃO OU ATO ILÍCITO. Tributo jamais pode ser visto como uma multa é uma penalidade, pois os fatos geradores de uma multa (são multas o descumprimento de um contrato). Já os fatos geradores dos tributos é aufere renda, comprar e vender produtos e serviços. Atualmente tem uma discussão entre uma corrente que entende que os atoa ilícitos não podem ser tributados e os que podem ser tributados. Exemplo se eu vendo droga em colégio público e aufere renda deverá ser tributado, como se fosse lícito (Teoria Min Alet {não cheira} – não importa a origem do rendimento). • A outra é a Teoria Da Pena De Pertinente (no Brasil não muito usual) seria nos casos em que teria a perda total dos rendimentos e tudo mais. Para fins de renda é uma discussão atual que o estado deve ou não confiscar 12.03.2019 Artigo 150 da Constituição Federal, sem prejuízo de ouras garantias é vedado a União, Estados e Municípios utilizar o tributo com efeito de confisco. “Pena de perdimento” – é a perda da propriedade de algum bem se tem fim ilícito (exemplo: carro para o tráfico de drogas). Mais comum em matéria aduaneira e penal. 11 Luiza Martins O efeito de perda de propriedade não pode ser alto a ponto de sua propriedade ser exterminada, isso não significa que uma alíquota de 315% seja inconstitucional por violar em tese o direito de propriedade. Quando tem efeito sancionatório ou confiscatório, nos casos de um cigarro é utilizado com efeito extrafiscal (com uma redução de cigarro), pois o preço de produção é extremamente baixo. Diferentemente de casos em que uma alíquota de 1% pode ser extremamente confiscatória. Exemplo: das telhas de Eternit que possuíam amianto com material cancerígeno, o estado poderiater criado um tributo tão alto a ponto de inviabilizar a atividade econômica? Não pois o tributo não pode se prestar isso, ele proibiu a atividade da empresa, de vender e fabricar. Quando ele quer inviabilizar a atividade realizada de maneira legislativa. Se pudesse realizar estaria restringindo o patrimônio. • O tributo não pode inviabilizar a atividade da pessoa, mas o estado pode proibir o exercício da atividade. O CTN e a CF, não posso aumentar uma carga tributaria a ponto de inviabilizar o exercício da atividade econômica, pois estaria atingindo a propriedade. Eu posso criar uma indução a comportamento, que irá dificultar o acesso, mas a atividade econômica não está inviabilizada (exemplo: o cigarro, a venda o consumo). • Não se presta a sancionar, eu posso criar um tributo mais alto, eu posso fazer que seja mais difícil acesso ao consumidor. Chamado de uso extrafiscal do tributo. • O tributo pode induzir o comportamento, como o aumento do valor das lâmpadas de amarelas e a redução do valor das lâmpadas de led. Nan alet – ainda que o fato gerador seja licita, mas a atividade econômica seja ilícita, entende que tem que tributar a renda porque a tributação (a manifestação da capacidade tributaria) tem que ter a tributação da renda. A outra corrente entende que tem que ter a confiscação de tudo, por ser considerado ato ilícito, não deveria ser tributado. • O caso de alíquota de 1% que pode ser considerada confiscatória. Exemplo: direito aduaneiro, que estava vindo uma peça dos geradores e o auditor fiscal tributou um dos geradores, por acreditar que eram duas. Seriam com caráter confiscatórios o porcentual de 1%. • Tem que ser instituída em lei – afirmação do princípio da legalidade, porque a lei é expressão da vontade popular. • A constituição de forma heterônoma ou a isenção de forma heterônoma é considerada inconstitucional. O tributo pode ser instituído em lei, pode ser por meio de medida provisória (ocasiões que o executivo federal quis disciplinar em IPI através de medida provisória). A constituição outorga a competência por lei ordinária (união, estados e municípios) através de um ladrão estabelecido em lei complementar (unidade sistêmica a tributação). A constituição criou quatro exceções, serão instituídos pela lei complementar, sem depender da lei ordinária (lei complementar instituído um tributo): empréstimo compulsório (artigo 148, da constituição federal) – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; imposto sobre grandes fortunas – IGF (artigo 153, VII); imposto residual da união (artigo 154, I); contribuição social residual (artigo 195, §4°). Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. Art. 154. A União poderá instituir: I - Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; • A União pode instituir um novo imposto residual. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da 12 Luiza Martins União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. O Supremo entende que a MEDIDA PROVISÓRIA é um impulso do executivo, que se ela não for convertida em lei ela perda a eficácia e retorna ao status a quo, a medida provisória PODE disciplinar tudo aquilo que a lei ordinária pode legislar. Mas JAMAIS pode legislar sobre situações legislação complementar é privativa. c) TRIBUTOS VINCULADOS E NÃO VINCULADOS: Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada – lançamento tributário. • Arbitrar: p.ex. autor fiscal. Não • Vincular: tem a previsão de um ato, não existe discricionariedade nenhuma. Obrigado realizar etapa por etapa, sendo plenamente vinculada. • Discricionária: existe dois caminhos podendo escolher entre um ou outro. 13.03.2019 O IMPOSTO SOBRE A RENDA – seria o tributo mais justo possível. O problema do TRIBUTO ÚNICO: o que paga o produto é o vendedor, e o consumidor recebe de maneira indireta com os tributos (no valor embutido no valor final do produto). Os tributos repercutem economicamente no valor da pessoa, o problema seria que apenas um sendo tributado na relação de consumo. Deixando dois tipos de atividade econômica de fora na contribuição. O segundo problema o tributo sobre o consumo, é um tributo ‘regressivo’ – quando maior meu poder econômico, menor será da repercussão econômica que terei. Ao pagar a conta o consumidor, eu não consigo aferir se tem ou não aptidão para sofrer essa incidência econômica (maior valor). 11:37 • Os tributos indiretos: IPI, ICMS, ISS, PIS/ CONFINS, eles repercutem apenas na frente, são regressivos. Quando maior a possibilidade de contribuir, menor será a contribuição. Em países desenvolvidos, esses tributos não são utilizados, por serem injustos. IMPOSTO SOBRE A RENDA, seria feito ‘sob medida para a pessoa’, e os tributos indiretos são incapazes de realizar essa análise. No Brasil, é utilizado um imposto sobre a renda baixo e a maior carga tributária é através dos tributos indiretos, que as pessoas não veem. • Se eu tivesse apenas o IMPOSTO SOBRE A RENDA, seria mais justo. Mesmo assim, implicaria em diversas desigualdades/ injustiças. Porque algumas despesas estatais não afetam toda a coletividade, são provocadas por alguns grupos de pessoas especificas. Por exemplo: serviço aeroportuário, que é prestado a pessoas especificas e divido entre as pessoas que eu sei quem são. Sendo uma injustiça, pois ela estaria custeando para outras pessoas. Por exemplo: abri um açougue, o Estado tem a obrigação de proteger a saúde (a vigilância sanitária). Assim como abrir um consultório de odontologia, eu crio uma obrigação para o Estado, se a limpeza não estiver adequada com critérios científicos de saniticidade. Diferente de um escritório de advocacia, que não precisa. E quem irá pagar/ custear será a pessoa que tem. • Para cobrir esses custos temos as TAXAS: que é uma espécie tributária. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 13 Luiza Martins A taxa tem que remunerar exatamente o custo. Em razão do poder de polícia. Quando o estado prestar um serviço público específico e diviseis eu posso tributar apenas a pessoa que utilizou. Os IMPOSTOS estão vinculados a algo, a uma atividade estatal? Não, quando eu vendo uma mercadoria, quando eu aufiro renda. Diferente da taxa que tem um poder de policia ou um serviço público. Como eles não estão vinculados a nenhuma atividade estatal, estão destinados a custear as despesas gerais do Estado (coletivas) que afetam todas as pessoas, indiscriminadamente. Como por exemplo: a saúde pública, saneamento básico. Por exemplo: a taxa de renovação do CNH, porque é algo específico. No paraná estava indo as taxas direcionadas para o F.I.A. o problema da destinação da taxa, é que apenas quem dirige e paga a carteira financia a instituição. E quem deveria destinar dinheiro ao F.I.A. deveria ser por meio de impostos e não por taxas. Não posso desviar uma taxa, tem que ser de acordo com a sua finalidade. Se usar o dinheiro para pagar de carcereiro, estariaerrado porque todas as pessoas têm que pagar por isso. • Portanto, se eu desviar posso desnaturar a própria espécie do tributo. No caso da CNH a taxa que era enviada para instituição, se tornou imposto. Deixando de ser taxa. Para que a taxa seja instituída de maneira efetiva, tem que ser de maneira potencial. Não necessariamente se beneficiar diretamente. Por exemplo: taxa de coleta de lixo residencial e serviço de logradouros públicos. Ambos são serviços públicos, mas eu tenho como saber o local onde passa o caminhão do lixo eu sei quais são os imóveis. Artigo 148 da Constituição Federal. Falta a matéria do final da aula. 19.03.2019 4. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS EM ESPÉCIES • Teoria tripartida. O artigo 145. Dispõe sobre as espécies de tributos, e cada doutrinador interpreta de maneira distinta o teor do dispositivo. São os fatos geradores de tributos: - Exercício do poder de polícia; - Prestação de serviço público específicos e divisíveis. Artigo 149. A contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas: como por exemplo a OAB, sendo competência da união. A classificação mais aceita é a dicotômica – sendo na vinculação que na base de cálculo está de acordo com a atividade estatal. Os tributos vinculados são as taxas e os não vinculados são os impostos. O artigo 16. Explica o que teria um imposto, o artigo 77 explica as taxas do código tributário nacional. No artigo 77. O fato gerador é o Exercício regular do poder de polícia. Não faz diferença a União não ter colocado a palavra ‘regular’ do poder de polícia. Falta matéria. 20.03.2019 Impostos da UNÃO – artigo 153 da Constituição Federal Contribuição de melhoria, será de acordo com a obra que está sendo realizada, se realizada no âmbito federal (caráter federal), estadual e municipal, respectivamente. Os empréstimos compulsórios estão divididos em duas categorias do artigo 148, nos incisos I e II, previstos na Constituição, sendo que o segundo obedece a regra da anterioridade e a regra de vigência (vocatio leges). Contribuições sociais – CIDE e Intervenção de categoria profissional. Sendo CIDE é o tributo que tem como objetivo atuar na área específica do domínio privado, para regular as situações particulares. 14 Luiza Martins As contribuições do artigo 195 da constituição federal para a seguridade social. Empregador/ Empresa → sobre folhas de salários (INSS) e PIS/ CONFINS. 26.03.2019 27.03.2019 – responder questões. 02.04.2019 03.04.2019 6. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE Artigo 5°, XXXVI - da Constituição Federal Na LINDB – artigo 6°, §1° O ato jurídico perfeito que se consuma de acordo com a lei diz. Exemplo: tenho uma venda um imóvel, quando uma venda de imóvel que envolve diversas etapas diz respeito um ato jurídico perfeito {registro da escritura pública do imóvel que ocorre com a transferência}. §2° - consideram-se adquiridos os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. §3° - Coisa Julgada. Artigo 150 da Constituição Federal – as limitações ao poder de tributar, é vedado as pessoas políticas cobrar tributos a fatos gerados constituídos antes da vigência da lei. Exemplo: lei anterior que prevê ICMS de 15%, e vem uma lei nova que aumento o ICMS para 20% a lei nova não pode atingir fatos gerados ocorridos antes da vigência. Pois se ela instituiu ou aumento tributo, porque esses fatos geradores são atos jurídicos perfeitos. Se ela atingir o direito passado pode atingir um direito adquirido ou ato jurídico perfeito, sempre prejudicaria um tributo se retornasse ao passado. Se esta lei nova reduzir a alíquota do tributo ela prejudica ato jurídico perfeito? NÃO, ela pode retroagir apenas nos casos expressamente descritos em lei. A retroatividade benigna ela apenas irá retroagir quando expressamente previsto em lei, não é uma penalidade. Exemplo: uma alíquota de 3% que aumentou para 6% em que os navios começaram a mudar o caminho dos portos, assim foi reduzido novamente para 3%, e excepcionalmente foi reduzido novamente com efeito retroativo para não haver prejuízo para aqueles que pagaram no maior valor. Ainda que silencie ela será retroagir os seus efeitos. O CTN traz previsão a respeito da possibilidade da lei ser aplicada no passado. A lei interpretativa pode retroagir de acordo com o CTN, de acordo com a orientação jurisprudencial do STF não pode retroagir a lei interpretativa. A lei anterior e uma lei nova, com uma lei interpretativa que não mudar o regime jurídico anterior não há necessidade de retroação, pois é uma lei absolutamente igual, visto que a lei anterior continua com o mesmo regime jurídico {é uma lei inoqua}. Se ela alterar e em prejuízo de ato jurídico perfeito ela não pode retroagir. Na lei complementar 118/2005, o prazo de repetição de indébito dos tributos por exemplo o prazo era de 10 anos. Se diz uma lei interpretativa do artigo 150 da Constituição reduziu pela metade o prazo, e a lei se dizendo interpretativa e teria a possibilidade de retroagi {ela fez uma alteração do regime jurídico, tendo que ter efeitos futuros e teria prejuízo a atos jurídicos perfeitos}. Artigo 106, II da Constituição Federal – não se tratando de ato com coisa julgada, quando deixe de defini-lo como infração. Artigo 36 e 40 transcrever na colinha. ANTERIORIDADE NONAGESIMAL Mínimo de 90 dias. 15 Luiza Martins Exemplo: lei publicada hoje em 03 de abril de 2019, apenas poderá produzir efeitos em 2020 de janeiro, porque respeitei os 90 dias. Dia 30 de setembro de 2019 foi alterada por 20% quando ela passa a ter efeitos em 01 de janeiro de 2020. Artigo 195, §6°