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Direito Tributário I


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Luiza Martins 
 DIREITO TRIBUTÁRIO I 
PROFESSOR: NELSON SOUZA NETO 
 
• Ler os textos antes das aulas 
• Duas provas (2,0) – múltipla escolha + discursiva (8,0). 
• 1ª prova – com consulta a legislação e na prova discursiva pode usar a cola 
(apenas um lado da folha). 
1° Bimestre 
PROVA 1 (2,0) – 09/04 
Correção + Revisão – 10/04 
PROVA 2 (8,0) – 16/04 
2° Bimestre 
REVISÃO – 11/06 
PROVA – 12/06 
Exame Final – 02/07 
 
13.02.2019 
1. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO E INTRODUÇÃO AO 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
(texto 1 e o primeiro do tema 2) 
a) TEORIA GERAL DO ESTADO: 
 Se pensar a depender do período do império romano (mais antigo), pagava 
tributo (expressão utilizada era o tributo) sendo aquele que era estabelecido para 
escravos, não está errado pensar que existia a partir dessa época mas a primeira lei 
surgiu em apenas em 1909. 
 Como ocorria na Grécia que eram isentos os senhores livres, e pagavam 
apenas aqueles considerados escravos, distante do que pensamos sobre tributos. 
 A partir do 1909, iniciou-se a pensar sobre tributo a partir das mesmas 
perspectivas que temos hoje, com o projeto de lei R.A.O. 
• A definição de Estado: Maquiavel, foi o primeiro a desenvolver o conceito 
de estado. O atual conceito é de sociedade política (apenas uma sociedade 
não é Estado, e sim, uma aglomeração de pessoas). 
 
 O conceito de estado é uma sociedade, e esta sociedade é muito 
estruturada tanto por Aristóteles “homem é um animal político” – teoria geral 
do estado, questiona o porquê as pessoas passam a viver em sociedade, e 
respondeu que as pessoas tem um instinto associativo, desenvolver linguagem, 
artes. Para Hobbes eles se submetem a um estado de liberdade social, diferente 
de um estado de liberdade natural, por simples interesse as pessoas convivem 
em sociedade, para se proteger de outras sociedade que se atacam. 
 
 Teoria mista do estado – num primeiro momento a sociedade é de ser 
associativo, pois naturalmente as pessoas irão se agrupar. Sendo o primeiro 
momento o espirito associativo é essencial, e após apenas se mantem em sociedade 
por interesses. Esses interesses são finalidades. Essa sociedade por si só não é um 
estado porque ela necessita de um poder social, expressão econômica. 
 A existência do poder social, e uma forma definida de ascensão ao poder 
social, que formam uma sociedade política. 
 A vontade geral da população não é a soma da vontade individual. 
 As finalidades são os elementos que dão unidade, você não se submete ao 
estado social se não estiver de acordo com estas. 
Quando o estado vai exercer suas atividades sociais, através de três atividades 
especificas (RECEITA, GESTÃO, GASTO). 
 
 O Estado fiscal, exercem a sua atividade financeira precipitosamente 
através de tributos. 
 O Estado patrimonial, exercem a sua atividade financeira através de 
tributos e sim pela exploração do seu próprio patrimônio, por exemplo o Quati, e 
como a maioria dos estados árabes possuem esse tipo de estrutura. 
 O Estado socialista, não existe propriedade privada, pois tudo seria do 
Estado. Seria incompatível com a propriedade de algo, que teria uma exploração 
sobre a própria pessoa e não sobre a sua propriedade. Por exemplo: Coreia do Norte, 
Cuba. Mas possui a receita, gestão e gasto, mas de maneira distinta. 
 
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Luiza Martins 
 Pode existir estados híbridos, por exemplo da França que a exploração da 
sua atividade financeira é através da atividade cultural (aproximadamente 30%). 
 Eu não posso olhar a arrecadação de maneira desvinculada do gasto. Por 
exemplo: o que vem primeiro, a receita ou a despesa? No estado é a despesa, pois 
ele tem finalidades a serem alcançadas a partir de suas despesas. 
 
 Tim Beneti – menciona sobre os custos sobre os direitos fundamentais, que 
serão gastos para garantir o direito a liberdade, segurança, saúde, educação pública, 
todo e qualquer direito fundamental (são finalidades que são buscadas pelo Estado). 
 
b) FINALIDADE DO ESTADO: 
 
As finalidades estão vinculadas na Constituição. 
 
A despesa vem antes porque preciso saber o que preciso financiar e pegar, se 
eu não sei o que vou gastar não teria como ter receita para custear essa. 
 
 A depender da finalidade de cada Estado, como por exemplo o estado 
francês com o seguro desemprego por dois anos (Brasil com 6 meses). 
 Eu posso ter a arrecadação declarado inconstitucional porque a despesa não 
foi prevista. 
Por exemplo: a taxa de renovação de CNH. 
 
19.02.2019 
 
 A atividade financeira está 100% vinculada as finalidades do Estado, não 
sendo o estado um fim em si mesmo. 
Pois as pessoas se reúnem em sociedade por meio de interesses. 
 
• Pelo formato elencada em cada sociedade o modelo de finalidade distinta. 
 O direito serve para dar a medida e o limite destas finalidades, quando a 
constituição no artigo 3° elenca as finalidades estão extremamente importantes com 
o direito tributário. Com características 100% práticas, a atividade financeira é 
exercida das mais diversas formas. 
1. atuando no domínio econômico, ou atividade monopolizada e assim aufere receita 
(é uma atividade originaria). 
• A receita tributária é derivada, do cidadão aufere parte e outra parte é 
enviada para a receita tributária. 
 A receita originaria é aquela que a própria união gerou, e a derivada é que 
uma pessoa gerou e que pela incidência tributaria o estado se apropriou. 
 As finalidades são eleitas e judicializadas, no caso do Brasil estão presentes 
descritos na Constituição Federal. A partir da Constituição do México (1917) e a 
Constituição de Weirmar (1919), para muitos autores até ANTES desse momento 
poderia ser considerado a constituição como uma ‘constituição política’. 
 A constituição do México estabelecia que caberia ao estado primar pela 
livre iniciativa (atribuiu uma obrigação ao estado, algo extremamente novo para o 
período, prevendo também a BUSCA DO PLENO EMPREGO, através de geração 
de meios necessários para que todos estejam empregados. 
 Já a constituição de Weirman, estabelece a garantia da saúde, promover o 
bem-estar social antes não tinha a visão que o ESTADO teria essas finalidades. A 
partir desse momento tem uma mudança no cenário mundial resultando na mudança 
de todas as demais constituições. 
 O artigo 170 da Constituição Federal – traz finalidades especificas como 
a soberania nacional, a proteção da propriedade privada desde que dê a ela 
uma função social. O reflexo disso no direito tributário é imenso. 
 Exemplo: se tem um imóvel que não é utilizado e não edificado (terreno 
baldio), porque manter um imóvel nesta condição para a valorização imobiliária do 
imóvel, mas quando você faz demonstra mais capacidade para contribuir para a 
atividade, significa que você tem um imóvel que utilizo (demonstrando que tenho 
outros bens, e além disso eu tenho um que não faço nada), em consequência disso 
eu tenho uma MAJORAÇÃO DO IPTU. 
 O artigo 170 da CF organiza a ordem econômica do país sendo o tributo 
o elemento que mais influi na atividade do estado (tanto a financeira, quanto a 
do estado e dos particulares). 
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Luiza Martins 
A ordem econômica deve ser construída com o fim de defender o direito do 
consumidor, é a obrigação do estado {caso contrário, atuando de maneira 
inconstitucional}. 
 Inciso VI – defesa do meio ambiente: mediante tratamento diferenciado, 
sendo dever do estado defender o meio ambiente. Exemplo: indústria com impactos 
ambientais menores com impostos menores. 
 O princípio que é extremamente utilizado fora do país (inciso VI, do 
artigo 170 da Constituição Federal), o estado tem que proteger o meio ambiente 
a depender do impacto ambiental, atribuindo ICMS mais caro para aqueles 
que possuem alto impacto ambiental e uma redução para os que tem impacto 
inferior. 
 Isso vem demonstrar que a pessoa que reduziu o impacto, demonstrou 
investimento maior para realizar a redução. 
 Em matériatributária o que importa é a CAPACIDADE CONTRIBUTIVA, 
não é o mesmo que capacidade econômica. Pois o mercado de trabalho entre as 
pessoas com a mesma renda é da mesma capacidade contributiva, como o acesso ao 
mercado de trabalho de maneira diferente. Exemplo uma pessoa que é cega, terá 
gastos maiores. 
• A igualdade não é sinônimo de igualdade e sim de equivalência. 
Exemplo: concurso de policia feminina, eu estabeleci um critério e realizei 
a distinção, há uma correlação de pertinência com o tratamento jurídico 
diferenciado. 
 A uma razão de pertinência logica para realizar o tratamento diferenciado 
para determinado motivo, é possível. 
 A atividade financeira do estado é utilizada para atingir a finalidade. 
 A finalidade extrafiscal, é aquela induzir determinado comportamento 
através de uma incidência tributária. Exemplo: trocar as lâmpadas amarelas 
por lâmpadas de led. 
 A norma tributária de rejeição social, exemplo: se fosse revogado o 
código tributário ninguém continuaria pagando, diferente se fosse revogado o 
código penal. 
• O estado tem que achar um meio de resolver uma desigualdade regional, 
como por exemplo entre a região sul e norte, eu preciso criar lá as condições 
de desenvolvimento iguais que tem nos demais lugares. Exemplo: zona 
franca de Manaus, que não possuem incidência de ICMS nas indústrias. 
 A partir do artigo 3° que menciona em dirimir as desigualdades sociais, é 
um instrumento utilizado com a redução dos impostos para a redução das 
desigualdades sociais. 
 A teoria os financistas – quem não pagava o tributo não tinha o direito a 
atividade estatais que precisa, atualmente não é concebível e não atende a ideia de 
igualdade. 
 Hoje prevalece a TEORIA INSTRUMENTAL, pois o estado existe para 
buscar as finalidades usando de recursos (porque tudo custa algo) tendo que exercer 
uma atividade financeira, sendo isso um instrumento da persecução dessas 
finalidades, e uma das formas é através do tributo, ainda que não pague tributos de 
maneira direta (exemplo: imposto sobre a renda, pois quando eu compro um objeto 
eu não pago o valor do ICMS, eu estará embutido no preço final do produto – com 
o repasse dos custos). 
 Quem sofre o encargo financeiro é o consumidor no produto final. 
Apesar de não ser contribuinte do ICMS. 
• o direito tributaria serve para regulara incidência dos tributos. 
 
c) FISCALIDADE E EXTRAFISCALIDADE 
 Uso fiscal e extrafiscal (indução de comportamento), sendo uma das 
formais mais eficientes. 
 O sistema fiscal do Brasil é indireto, o qual as pessoas não sabem o quanto 
e quando serão tributadas visto que o valor está no valor final do produto. Ele não 
tem a incidência direta, mas a indireta. 
 
2. DIREITO TRIBUTÁRIO E SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
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Luiza Martins 
a) UNIDADE DE DIREITO 
 O Sistema tributaria é um Direito Público e o Direito financeiro é um ramo 
do direito administrativo. E o direito tributário, é ‘considerado um sub-ramo do 
direito administrativo’. 
 Alguns conceitos que devem ser evitados, são aqueles que 
regulamentam as relações entre estado e contribuinte, ERRADO! Pois nem 
sempre é o Estado que irá exigir os tributos é o estado. Na própria Constituição 
federal é previsto tributos que serão do Estado e sim de determinada entidade de 
regulação de classe, são legitimadas a cobrar (exemplo: OAB – artigo 149, CF). 
Portanto é um exemplo de que não é estado e contribuinte. 
b) DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTÁRIO E 
AUTONOMIA DIDÁTICA DO DIREITO TRIBUTÁRIO 
 Qual a relação que o direito tributário deve ter com os outros ramos do 
direito? Antes o direito público não tinha (império romano), e o estado não possuía 
regulação entre a atividade do estado e o cidadão. O exercício se deu desse período 
até os estados absolutistas até pelo ato da Força (potestades). 
 A morte do Estado era representada pela morte do rei, e assim como a união 
de estados acontecia pelo casamento. 
 Como os estados medievais cobravam seus tributos, através da cena clássica 
que eles pegavam os produtos, e não tinha permissão seria a hora que quisesse. 
 O Adam Smith cria os quatro princípios do sistema tributário em 1776 “eu 
não posso cobrar a pessoa a qualquer momento”. Sendo o imposto de renda anual, 
porque as safras serão anuais, isso era discutido como a cobrança de forma mais 
“cômoda” possível. Pois iria causar revoltas, “teria que ser equânime, previsível, 
definição previa para organização da atividade”. 
 No entanto até 1909 não era assim, quando na Alemanha se inscreve 
uma lei desenvolvida na universidade da Polônia onde pela PRIMEIRA vez dá 
um caráter jurídico da incidência tributária. 
 Sendo antes dessa época o exercício da tributação = ao exercício da força. 
20/02/2019 
BUSCAVAM A AUTONOMIA DO DIREITO TRIBUTÁRIO FRENTE AOS 
OUTROS RAMOS DO DIREITO 
 
 F. Gény: sustentava a total autonomia da lei tributaria frente a legislação 
que regulação do direito privado. O legislador tributaria tem total autonomia frente 
ao legislador privado. Podendo “desdizer o legislador de outras matérias” 
 L. Trabatan: não há possibilidade de existir a separação, sendo o legislador 
um só e não existe uma separação ontológica, sendo que as leis têm que obedecer a 
uma hierarquia. As leis de mesma hierarquia elas tem que se respeitar e serem 
harmônicas, senão eu perco a noção de sistema. Portanto a lei tributaria não pode 
alterar uma definição distinta definida em outras áreas do sistema. Exemplo: a 
definição do direito do trabalho de direito tributário. 
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, 
conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela 
Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito 
Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. 
 Para a matéria tributária é o L. Trabatan que ganhou, por até a característica 
sistema que possui o sistema brasileiro. A lei tributaria não pode alterar não pode 
alterar definições do direito privado e nem de outros ramos. Ou seja, tem que se 
conformar horizontalmente com instituto jurídico já definidos anteriormente. 
c) SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO (princípios do 
direito para a ordem econômica e para tributos). 
 A constituições elege alguns fatos com conteúdo econômico e passa para 
alguns dos entes federados a competência para legislar. Recebida outorga faz uma 
lei especifica para o exercício. 
 Artigo 153, inciso III, CTN. 
 A união possui mais competência administrativa que os demais entes, coisas 
que o estado não tem. Consequentemente uma competência tributária para o 
recolhimento maior de receita para o efetivo exercício. 
ISS – serviços – locação de bens imóveis = ISSQN 
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Luiza Martins 
 A pessoa política que recebe a competência será responsável pela instituição 
da lei e o tributo, de sua competência através da constituição federal. Para fazer a lei 
tributaria ele não pode alterara os conceitos e conteúdo de direito. Por exemplo: na 
década de 1990 alguns municípios no brasil passaram a prever a incidência de ISS 
(imposto sobre serviços) de locação de bens móveis (carros, fitas). 
Com base nisso pode ser analisado a constitucionalidade da lei em que o município 
pode exigir sobre ISS de localização de bens imóveis. 
 1ª pergunta necessária: O que é serviço? 
 2ª pergunta necessária: É um instituto do direito privado, onde está 
disciplinado? Código civil descreve o que é: “Serviço é a obrigação de fazer em 
benefício de outrem”. 
Isso quer dizer que o imposto sobre serviços é uma obrigação de fazer em relação 
ao outro. 
 Analise a constitucionalidade da incidência da regulamentação dos tributos 
de serviços? Locação de bens móveis é uma obrigação de dar, nenhuma 
obrigação de fazer. 
 Tem uma questão na prova sobre: 
 RE 116.121 – não pode incidir o ISS sobre a locação de bensmóveis, 
teve a declaração de inconstitucionalidade. Não pode ser buscado no código 
civil vigente, e a instituição da competência em 1988 sob um instituto jurídico 
que conhecia e estava disciplinado no código civil de 1916. JAMAIS usará a 
definição do código de 2002. Não será porque será pela definição pré-constitucional 
de serviços e infraconstitucional, de acordo com uma legislação antes dela regia. 
Enquanto a constituição não trazer uma nova definição será o que era disciplinado 
no código de 1916. Permitir que o código civil de 2002 alterar a definição é a lei 
ordinária reformando uma lei federal (constituição federal). 
 O que será serviço para o direito civil, será para o direito tributário. O 
legislador ao exercer a sua competência tributária não pode alterar o conceito 
que é vigido por outra legislação, não pode haver diferença. Senão eu quebrei 
a unidade sistêmica. 
Do que adiantaria trazer a competência aos municípios de instituição de impostos 
sobre serviços se estará exercendo essa competência sem nenhum limite “com a 
intenção de autonomia”. Não posso permitir que em matéria tributaria o legislador 
viole questões já definidas em outras legislações. 
 Outro detalhe que não foi levantado pelo supremo, é a onde que vou achar 
o conceito de serviço? No código civil, mas em qual deles? No código civil de 1916, 
porque nesse? Pois eu não posso serviço no CC/2002 pois a constituição previu essa 
competência em 1988 ao prever a competência ela previu sobre um instituto jurídico 
que ela conhecia. Então em 1988 o constituinte de sabia o que era tributo a partir do 
código de 1916. Porquê? Porque a competência tributaria foi delimitada a 
partir daquele conceito prévio, de legislação infraconstitucional. 
 Sempre será esse conceito, a não ser que tenha por emenda constitucional 
ou lei complementar o que é serviço será o que é disciplinado em 1988, a partir do 
codigo civil de 1916. 
 Permitir que o código civil de 2002 demite o que é serviço é permitir que 
uma lei res lei ordinária altere o que quiser. Como ocorreu a alteração do código 
civil de 1916 para de 2002 apesar de ser uma diferença sutil houve a mudança. A 
interpretação seria que a possibilidade de o código civil de 2002 alterar a 
constituição federal, o que não pode ser permitido. 
 Buscando sempre a materialidade de onde é a incidência. 
 Alguns tributos a constituição não definem o que é tributo, como por 
exemplo o artigo 148, que é outorgado a competência para instituir empréstimos 
compulsórios de calamidades públicas. 
 Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos 
compulsórios: 
 I - Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, 
de guerra externa ou sua iminência; 
 II - No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse 
nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". 
 Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo 
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
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Luiza Martins 
ICMS – incide pela venda da mercadora ou prestação de serviços de 
comunicação e transporte. 
 
 Pensando apenas no ICM – apenas por mercadoria, produzindo em Curitiba 
e leva os bens para serem vendidos em outras regiões do país (centro de 
distribuição), incide ICM sobre a circulação de mercadoria para uma loja? 
• 1ª pergunta necessária, o que é mercadoria, estaria com a definição no 
código civil e n/o código comercial (que é definido: mercadoria é um objeto 
por ato de mercancia). 
• 2° pergunta necessária: eu não estou circulando mercadoria quando envio 
para a distribuição (não estou vendendo para mim mesmo) a partir do centro 
da distribuição que poderá incidir tributos. Então na operação de troca de 
lugares de uma sede para outra não tem incidência, pois não há mercancia e 
nem mercadoria. 
 Exemplo: silos de grãos de soja. Ainda que o produto não tenha saído do 
mesmo lugar, houve a troca de titularidade (uma transferência de titularidade), não 
importa a alteração física da mercadoria, independentemente de qualquer situação 
física. Se vendi silo, mas deixei no meu armazém, incide tributo de ICMS. 
 Exemplo: constituição 195, inciso I, a) – a contribuição social paga pelo 
empregador incidente sobre folhas de salários. A lei 8.212/91 (compõe o salário do 
empregador a sua remuneração mensal, o auxilio doença, auxilio acidente, o salário 
maternidade e o aviso prévio indenizado). A constitucionalidade da lei. 
 Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta 
e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 I - Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 
1998) 
 c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
• 1° pergunta necessária: o que é salário? Legislação trabalhista é uma 
relação contraprestacional. Sobre a remuneração mensal em que a pessoa 
está trabalhando, sendo inconstitucional a incidência sobre esta lei 8.212/91 
(auxilio doença, auxilio acidente, salário maternidade e o aviso prévio). 
Lei 9.718/98 – total das receitas teve a declaração de inconstitucionalidade a 
incidência sobre esses tipos de remuneração. 
 Exemplo: a exportação dos serviços de telecomunicação. Quando eu saio 
com um celular TIM chego na Alemanha e uso meu celular nesse caso existe a 
exportação de serviços. Nesta ocasião não é exportação. Tem que analisar o fato 
concreto que está incidindo o tributo. 
 Discussão do STJ: como se da um processo de telecomunicação se havia 
ou não indústria no processo de telecomunicação se daria ou não crédito. Teve que 
provar que aquilo envolvia industrialização, de uma maneira distinta do que usual. 
Há indústria porque há a transformação da energia em pulso eletromagnético 
(telefone faz). 
 
26.02.2019 
d) SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL (Código Tributário 
Nacional e normas gerais em matéria tributária) 
 Tem que ter um conjunto de normas centrais que irá orientar todo o sistema, 
apesar de existir regras especificas. 
 A primeira dela é saber que a constituição sempre que define a materialidade 
de um tributo é saber que aquela materialidade escolhida tem que ter a semântica 
bem escolhida, e isso eu vou buscar na legislação pré e infraconstitucional a partir 
da sua disciplina própria. Uma vez que o direito tributário não pode alterar o 
conceito. 
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Luiza Martins 
 A noção de sistema tributário nacional inicia na Constituição Federal, quem 
outorga competência as pessoas políticas união, estado e município. E que nada pode 
ser feito em matéria tributária se não foi previsto em lei. 
 O distrito federal atua como estado e como município em suas 
competências. 
 Com mais de 100 mil leis tributarias não podem ser colocadas justapostas 
sem qualquer sentido. O sistema tributário nacional começa na constituição federal 
outorgando competência as pessoas jurídicas as quais devem fazer através de leis. 
 Desde o nascimento da figura da lei, com a carta magna o Prof Carrasca – 
a tributação é um auto tributação. É uma autorização do povo para o estado e do 
estado para a tributação {autorizando o estado a te tributar}. Quando o estado define 
uma determinada incidência é o povo definindo sobre ele mesmo. 
 Mediante lei – para a exigência, para fazê-lo tem que ter competência 
tributária e legislativa. Porque ninguémé obrigado a fazer aquilo que não 
esteja disposto em lei. 
 A pessoa política recebe a competência da constituição federal e com esta 
competência ela irá exercer/ legislar determinada matéria. Nem pode o município 
extinguir o imposto sobre a renda porque ele não recebeu essa competência. Sendo 
que entre as pessoas políticas existe a hierarquia. 
 Essa competência será posta em pratica com o legislador ordinário dessas 
pessoas políticas, sendo ele que irá exercer. 
 A pessoa política pode legislar livremente sobre determinada matéria sendo 
aquela que possui competência. Seria uma ‘zona legislativa’. Houve um instrumento 
legislativo criado pela emenda 1/69 {da Constituição Federal de 1967} para trazer 
unidade sistêmica ao ordenamento jurídico em matéria tributária já incorporado 
na Constituição de 1988. 
 Vem na Constituição Federal de 1988 que são as leis complementares. 
• Artigo 147 a 157 da Constituição Federal. 
 As leis ordinárias são das pessoas políticas (união, estados e municípios) a 
lei complementar é de competência do chefe do executivo. Dessa maneira, a lei 
complementar a partir da lei 116/03 deve ser obedecida pelas leis ordinárias e todos 
os entes tem que estabelecer a norma geral. 
 Quando a união legisla é através das leis ordinárias, quando o estado legisla 
é através de lei ordinárias e os municípios é através de lei ordinária também. Não 
pode ser lei complementar municipal, tudo que os legisladores dos municípios, 
estados e união. 
 As leis complementares são diferentes da união não poder legislar 
competências do estado, nenhum pode mexer na competência do outro. Se pegar as 
competências administrativas do estados, municípios e união. 
 As leis complementares são do estado nacional, atuam nos três entes 
obrigando a todos em um único instrumento legislativo indistintamente. Para que 
não houvesse um novo congresso para votar leis complementares seria no mesmo 
que existe pata votar as leis ordinárias da união, são votadas dentro do legislativo da 
união, mas não é federal. Sendo essas de relevância absoluta. 
 Fazendo com que não precise conhecer de todos os municípios, apenas uma 
lei complementar de 116/03 {rege o ISS}, pois elas serão iguais. Salvo alguma 
alteração que a lei complementar deixe de competência do município. 
 O artigo 146 da Constituição Federal, inciso III – “estabelecer normas 
gerais em matéria de legislação tributária”. Servindo para definir as normas 
gerais para o legislador tributário. A definição de tributo vem de lei complementar, 
não ficando ao livre arbítrio dos municípios, estados a definição de tributo. 
 Art. 146. Cabe à lei complementar: 
 III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente 
sobre: 
 a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos 
discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e 
contribuintes; 
 b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
 c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades 
cooperativas. 
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Luiza Martins 
 d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e 
para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso 
do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e 
da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
 Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá 
instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 Anterioridade – questão de previsibilidade da população, não pode ser 
alterada de imediata “clausula pétrea” 
 Os fatos geradores dos impostos do tributário são previstos na constituição, 
é devido em lei complementar. Também não podendo ficar ao livre arbítrio de cada 
ente federado. Exemplo o fato gerador é a prestação do serviço, sendo o contribuinte 
seria o que presta o serviço e no outro seria ao contrário. 
• A lei complementar vem dar a unidade sistêmica, a definição do fato 
gerados, a base de calculo do ICMS. Nesse caso terá verdadeiramente uma 
unidade sistêmica. Em razão da grande quantidade de estados e municípios 
é necessária essa unidade. 
 Por uma questão de igualdade as microempresas (faturamento de até 360 
mil/ ano) e as empresas de pequeno porte (3 milhões de faturamento/ ano), que 
possuem o faturamento menor, regime simplificado. Exemplo: as empresas de 
costura. Lei complementar 123. 
• Lei ordinária federal 5.172/66. 
 O CTN – é uma lei formalmente uma lei ordinária, mas materialmente 
completar, pois ele cumpre exatamente a competência do artigo 146 da constituição 
federal. Pós 1988, apenas pode ser alterado por meio de lei complementar. 
 É a lei complementar que estabelece as normas gerais em matéria de 
legislação tributária. 
Artigo 146. I - Dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
• Nesses casos irá ocorrer o conflito de competência. Exemplo restaurante é 
um prestador de servido ou um vendedor de mercadoria? Vendedor de 
mercadoria, submetido ao ICMS. Mas existe um conflito de competência 
entre os Estados e Municípios. Precisando de uma lei complementar que 
resolva esses tipos de conflitos de competência, para dirimir os conflitos 
existentes. 
 Exemplo: eu tenho meu escritório em Curitiba e vou para Joinville para 
impetrar um mandado de segurança em Criciúma e vou para o TRF4 em Porto 
Alegre e o tribunal rejeita e vou para Brasília. O meu serviço é advocatício 
submetido ao ISS, mas em qual município eu pago, pois existe um conflito de 
competência entre os municípios. É um conflito entre os municípios {no local da 
assinatura do contrato, onde prestei o serviço}. Eu preciso de uma lei 
complementar que disponha sobre a competência em qual local da prestação 
do serviço. 
• O local é onde tem a efetiva prestação do serviço, onde tem unidade 
econômica funcione, no caso acima seria em Curitiba, mas a minha unidade 
econômica é em Curitiba, ainda que eu tenha realizado atividades meios em 
outras cidades o certo é na unidade econômica. 
 Lei Complementar 116/2003. Art. 3º- O serviço considera-se prestado, e o imposto, 
devido, no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do 
domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto 
será devido no local: (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016) possui 25 
incisos com exceções. 
• Existem limitações ao poder de tributar que as vezes demandam regras mais 
definidas. Como existem imunidade tributária para atividade beneficente 
para fins sociais. Os requisitos estão em lei. 
• Especialmente essas funções de normas gerais de competência tributaria [e 
estabelecida na Constituição Federal de 1946 {não existia lei 
complementar} compete a união por meio de lei ordinária federal de 1946. 
• Apesar de ser formalmente uma lei ordinária foi recepcionado pela 
Constituição Federal de 1988 como materialmente complementar, então 
CTN é uma lei materialmente ordinária porque votada em 1966, mas é uma 
lei materialmente complementar porque cumpre o comando do artigo 146, 
III da Constituição Federal. 
9 
Luiza Martins 
• Pós 1988 não adianta a constituição tentar realizar uma nova lei ordinária 
para alterar o CTN, não é possível pois apenas posso alterar por lei 
complementar, pois na sua materialidade é uma LC. Justamente porque 
atendia o texto constitucional. 
• CTN define tributo, prescrição e decadência, como escreve em dívida ativa. 
Independentemente da competência do tributo será regulamentado pelo 
tributo, entãoter a competência de cada pessoa política não quer dizer que 
eles possuem liberdade irrestrita. 
Qual o papel e a competência das leis complementares no CTN? QUESTÃO 
DA PROVA. 
27.02.2019 
3. CONCEITO DE TRIBUTO E CLASSIFICAÇÃO 
a) TRIBUTO E OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 O tributo que é objeto da obrigação tributaria. A obrigação tributária é uma 
relação jurídica comum (como qualquer outra), as relações jurídicas dos mais 
diversos tipos. 
• Podendo ser divididas em obrigacionais e não obrigacionais. Em uma 
obrigacional (sujeito credor e dever/ ativo e passivo). 
• Uma relação jurídica de direito privado, dentro da qual obrigação jurídica 
tributária, sempre vai ter um sujeito passivo e ativo. 
• Em uma obrigação jurídica de direito privado, quem se coloca no polo ativo 
e passivo, por exposição de vontades das partes. 
 
• As obrigações de direito privado são por vontade das partes. 
• As obrigações de direito público (tributaria) – ex lege {decorre da lei}. 
Aquelas que tem por objeto o tributo, independente de qual seja a obrigação 
de direito público decorre da lei. 
 O que pode ser deduzido a partir do momento que tenho conhecimento de 
que uma obrigação tributária é ex lege, são as consequências são delimitadas pela 
lei, decorre da lei, significa que ela independe da vontade e do conhecimento das 
partes, não pode dispor do objeto da obrigação. Exemplo: estou morando fora do 
país e não sabia que tinha que pagar o IPTU. 
 Exemplo: proprietário que convenciona para o locatário pagar o IPTU, se 
não realizado o pagamento de tributos será de responsabilidade do locatário, pois ele 
é o sujeito passivo e decorre da lei. O contrato não é nulo, porque no direito civil 
a pessoa tem o direito de regresso. Salvo as hipóteses expressamente previstas em 
lei, não pode o sujeito ativo convencionar diferente o tributo. 
 O sujeito ativo, não manda em nada na obrigação tributária. 
• A prescrição extingue o crédito tributária. Exemplo: o cliente que não 
possuía vara de execuções, se a prescrição extingue o credito tributário se 
eles pagaram estando extintos tem o direito a restituição. Não havia 
nenhuma obrigação, a obrigação que existia já estava extinta. 
• Não pode haver conciliação, não tem audiência. 
 
b) CONCEITO LEGAL (ARTIGO 3° DO CTN) 
 Tributo é um instrumento de persecução dessas finalidades definidas na 
constituição, que se dá através do tributo, ou outro instrumento que atinja a 
finalidade que exista. 
 A constituição não prevê um conceito de tributo, e cada doutrinador 
prevê uma forma de tributo. 
As regras tributarias previstas na Constituição Federal 
 1º distribuição de competência tributária: a união, estados e municípios 
podem cobrar. Com os conteúdos econômicos pré-definidos: imposto sobre a renda, 
propriedade territorial rural, importação, exportação. A união pode ter empréstimo 
compulsório. Os estados de impostos sobre mercadorias e os municípios. A 
constituição define a finalidade que vai vincular a arrecadação do tributo, 
então, ou ele define e limita a competência. Se ocorre o desvio da finalidade – 
temos uma tredestinação. 
 2° anterioridade, irretroatividade, etc. 
 O conceito legal de tributo, disposto no CTN – artigos 1° e 2° deste 
Código. Cabe a união o estabelecimento as normas gerais de direito tributário 
aplicáveis à União, aos estados e municípios. 
10 
Luiza Martins 
 Artigo 3°: “Tributo é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda 
cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sansão de ato ilícito, instituída 
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. 
• A PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA: quantia em DINHEIRO. Não podendo 
ser por in natura ou in labore, apenas por meio de leilões, que será 
transformado em dinheiro que irá pagar o tributo. 
• Existe uma única exceção, instituída pela LC 104/01 – que permite que o 
tributo seja pago em NÃO dinheiro (156, inciso XI do CTN). Não é 
obrigatório aceitar essa forma de pagamento {critério do credor}. 
 Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
 XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas 
em lei. (Incluído pela LCP nº 104, de 10.1.2001) (Vide Lei nº 13.259, de 2016) 
Exemplo: um terreno em uma estrada em Guarulhos e tinha uma dívida com 
a união federal, não teria como construir nenhuma fábrica e ofereceu para a 
união e aceitaram a proposta como a dívida, tem que fazer avaliações 
oficiais e chegar no valor correto. A critério do credor e o devedor {mutuo 
interesse}. 
 
• As condições é a realização de avaliações oficiais. Se o credor não quiser 
não é obrigado. A dação em pagamento assegurando ao devedor a 
possibilidade de complementação em dinheiro de eventual diferença 
entre os valores da totalidade da dívida. Caso o bem exceda tem que 
devolver o dinheiro para o devedor que realizou dação. 
 
• A fazenda fica condicionado nessa dação a realizar a renúncia do valor 
excedente, por meio de renúncia expressa, em escritura pública, por parte 
do devedor proprietário do imóvel, ao ressarcimento de qualquer diferença 
– é uma Portaria da Fazenda Nacional. Não é lei, a partir do controle 
concentrado de constitucionalidade do caso a caso, pois não pode pedir 
ADIN de uma portaria. 
 
• COMPULSÓRIA – não é facultativa, é obrigatória. Se algo é obrigatório 
eu descumpro temos uma Sansão. A penalidade pelo não pagamento de 
tributo será sempre uma inadimplência {não havendo crime antecedente}, 
um lícito civil de natureza não criminal. O crime em matéria tributária, a 
sonegação fiscal existe um crime antecedente (meio). Por exemplo: eu 
falsifiquei uma nota fiscal e ao fazê-lo que incorrer no crime. Adulterei a 
escrita, por si só ele não deixa de pagar o tributo. Esta penalidade se não 
for precedida de um crime intermediário ela não tem competência 
criminal. 
 
• Em moeda ou cujo o valor que nela possa exprimir. O código de tributário 
é de 1966, que você pagava diretamente ao órgão competente, não fazia 
através da rede bancária. Atualmente não se faz isso, sendo 
obrigatoriamente pela rede bancária, pagando apenas em moeda porque é o 
meio. Para outros títulos de crédito. 
 
• QUE NÃO CONSTITUA SANSÃO OU ATO ILÍCITO. Tributo jamais 
pode ser visto como uma multa é uma penalidade, pois os fatos geradores 
de uma multa (são multas o descumprimento de um contrato). Já os fatos 
geradores dos tributos é aufere renda, comprar e vender produtos e serviços. 
Atualmente tem uma discussão entre uma corrente que entende que os atoa 
ilícitos não podem ser tributados e os que podem ser tributados. Exemplo 
se eu vendo droga em colégio público e aufere renda deverá ser tributado, 
como se fosse lícito (Teoria Min Alet {não cheira} – não importa a origem 
do rendimento). 
 
• A outra é a Teoria Da Pena De Pertinente (no Brasil não muito usual) seria 
nos casos em que teria a perda total dos rendimentos e tudo mais. Para fins 
de renda é uma discussão atual que o estado deve ou não confiscar 
12.03.2019 
 Artigo 150 da Constituição Federal, sem prejuízo de ouras garantias é 
vedado a União, Estados e Municípios utilizar o tributo com efeito de confisco. 
 “Pena de perdimento” – é a perda da propriedade de algum bem se tem fim 
ilícito (exemplo: carro para o tráfico de drogas). Mais comum em matéria aduaneira 
e penal. 
11 
Luiza Martins 
 O efeito de perda de propriedade não pode ser alto a ponto de sua 
propriedade ser exterminada, isso não significa que uma alíquota de 315% seja 
inconstitucional por violar em tese o direito de propriedade. 
 Quando tem efeito sancionatório ou confiscatório, nos casos de um cigarro 
é utilizado com efeito extrafiscal (com uma redução de cigarro), pois o preço de 
produção é extremamente baixo. Diferentemente de casos em que uma alíquota de 
1% pode ser extremamente confiscatória. 
 Exemplo: das telhas de Eternit que possuíam amianto com material 
cancerígeno, o estado poderiater criado um tributo tão alto a ponto de inviabilizar a 
atividade econômica? Não pois o tributo não pode se prestar isso, ele proibiu a 
atividade da empresa, de vender e fabricar. Quando ele quer inviabilizar a atividade 
realizada de maneira legislativa. Se pudesse realizar estaria restringindo o 
patrimônio. 
• O tributo não pode inviabilizar a atividade da pessoa, mas o estado pode 
proibir o exercício da atividade. 
 
 O CTN e a CF, não posso aumentar uma carga tributaria a ponto de 
inviabilizar o exercício da atividade econômica, pois estaria atingindo a propriedade. 
Eu posso criar uma indução a comportamento, que irá dificultar o acesso, mas a 
atividade econômica não está inviabilizada (exemplo: o cigarro, a venda o 
consumo). 
• Não se presta a sancionar, eu posso criar um tributo mais alto, eu posso 
fazer que seja mais difícil acesso ao consumidor. Chamado de uso 
extrafiscal do tributo. 
• O tributo pode induzir o comportamento, como o aumento do valor das 
lâmpadas de amarelas e a redução do valor das lâmpadas de led. 
 Nan alet – ainda que o fato gerador seja licita, mas a atividade econômica 
seja ilícita, entende que tem que tributar a renda porque a tributação (a 
manifestação da capacidade tributaria) tem que ter a tributação da renda. 
 A outra corrente entende que tem que ter a confiscação de tudo, por ser 
considerado ato ilícito, não deveria ser tributado. 
• O caso de alíquota de 1% que pode ser considerada confiscatória. Exemplo: 
direito aduaneiro, que estava vindo uma peça dos geradores e o auditor fiscal 
tributou um dos geradores, por acreditar que eram duas. Seriam com caráter 
confiscatórios o porcentual de 1%. 
• Tem que ser instituída em lei – afirmação do princípio da legalidade, porque 
a lei é expressão da vontade popular. 
• A constituição de forma heterônoma ou a isenção de forma heterônoma é 
considerada inconstitucional. 
 O tributo pode ser instituído em lei, pode ser por meio de medida provisória 
(ocasiões que o executivo federal quis disciplinar em IPI através de medida 
provisória). 
 A constituição outorga a competência por lei ordinária (união, estados 
e municípios) através de um ladrão estabelecido em lei complementar (unidade 
sistêmica a tributação). 
 A constituição criou quatro exceções, serão instituídos pela lei 
complementar, sem depender da lei ordinária (lei complementar instituído um 
tributo): empréstimo compulsório (artigo 148, da constituição federal) – para 
atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência; imposto sobre grandes fortunas – IGF (artigo 153, VII); 
imposto residual da união (artigo 154, I); contribuição social residual (artigo 195, 
§4°). 
 Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
 VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 Art. 154. A União poderá instituir: 
 I - Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde 
que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos 
discriminados nesta Constituição; 
• A União pode instituir um novo imposto residual. 
 Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da 
12 
Luiza Martins 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições 
sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou 
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
 O Supremo entende que a MEDIDA PROVISÓRIA é um impulso do 
executivo, que se ela não for convertida em lei ela perda a eficácia e retorna ao status 
a quo, a medida provisória PODE disciplinar tudo aquilo que a lei ordinária pode 
legislar. Mas JAMAIS pode legislar sobre situações legislação complementar é 
privativa. 
c) TRIBUTOS VINCULADOS E NÃO VINCULADOS: 
 
Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada – 
lançamento tributário. 
• Arbitrar: p.ex. autor fiscal. Não 
• Vincular: tem a previsão de um ato, não existe discricionariedade nenhuma. 
Obrigado realizar etapa por etapa, sendo plenamente vinculada. 
• Discricionária: existe dois caminhos podendo escolher entre um ou outro. 
13.03.2019 
 O IMPOSTO SOBRE A RENDA – seria o tributo mais justo possível. 
 O problema do TRIBUTO ÚNICO: o que paga o produto é o vendedor, e o 
consumidor recebe de maneira indireta com os tributos (no valor embutido no valor 
final do produto). Os tributos repercutem economicamente no valor da pessoa, o 
problema seria que apenas um sendo tributado na relação de consumo. Deixando 
dois tipos de atividade econômica de fora na contribuição. 
 O segundo problema o tributo sobre o consumo, é um tributo ‘regressivo’ – 
quando maior meu poder econômico, menor será da repercussão econômica que 
terei. Ao pagar a conta o consumidor, eu não consigo aferir se tem ou não aptidão 
para sofrer essa incidência econômica (maior valor). 
 
11:37 
 
 
 
 
• Os tributos indiretos: IPI, ICMS, ISS, PIS/ CONFINS, eles repercutem 
apenas na frente, são regressivos. Quando maior a possibilidade de 
contribuir, menor será a contribuição. Em países desenvolvidos, esses 
tributos não são utilizados, por serem injustos. 
 IMPOSTO SOBRE A RENDA, seria feito ‘sob medida para a pessoa’, e os 
tributos indiretos são incapazes de realizar essa análise. 
 No Brasil, é utilizado um imposto sobre a renda baixo e a maior carga 
tributária é através dos tributos indiretos, que as pessoas não veem. 
• Se eu tivesse apenas o IMPOSTO SOBRE A RENDA, seria mais justo. 
Mesmo assim, implicaria em diversas desigualdades/ injustiças. Porque 
algumas despesas estatais não afetam toda a coletividade, são provocadas 
por alguns grupos de pessoas especificas. Por exemplo: serviço 
aeroportuário, que é prestado a pessoas especificas e divido entre as pessoas 
que eu sei quem são. Sendo uma injustiça, pois ela estaria custeando para 
outras pessoas. 
Por exemplo: abri um açougue, o Estado tem a obrigação de proteger a 
saúde (a vigilância sanitária). Assim como abrir um consultório de 
odontologia, eu crio uma obrigação para o Estado, se a limpeza não estiver 
adequada com critérios científicos de saniticidade. Diferente de um 
escritório de advocacia, que não precisa. E quem irá pagar/ custear será 
a pessoa que tem. 
• Para cobrir esses custos temos as TAXAS: que é uma espécie tributária. 
 Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
instituir os seguintes tributos: 
II - Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou 
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos 
a sua disposição; 
13 
Luiza Martins 
 A taxa tem que remunerar exatamente o custo. Em razão do poder de polícia. 
 Quando o estado prestar um serviço público específico e diviseis eu posso 
tributar apenas a pessoa que utilizou. 
 Os IMPOSTOS estão vinculados a algo, a uma atividade estatal? Não, 
quando eu vendo uma mercadoria, quando eu aufiro renda. Diferente da taxa que 
tem um poder de policia ou um serviço público. Como eles não estão vinculados a 
nenhuma atividade estatal, estão destinados a custear as despesas gerais do Estado 
(coletivas) que afetam todas as pessoas, indiscriminadamente. Como por exemplo: 
a saúde pública, saneamento básico. 
 Por exemplo: a taxa de renovação do CNH, porque é algo específico. No 
paraná estava indo as taxas direcionadas para o F.I.A. o problema da destinação da 
taxa, é que apenas quem dirige e paga a carteira financia a instituição. E quem 
deveria destinar dinheiro ao F.I.A. deveria ser por meio de impostos e não por taxas. 
 Não posso desviar uma taxa, tem que ser de acordo com a sua finalidade. Se 
usar o dinheiro para pagar de carcereiro, estariaerrado porque todas as pessoas têm 
que pagar por isso. 
• Portanto, se eu desviar posso desnaturar a própria espécie do tributo. No 
caso da CNH a taxa que era enviada para instituição, se tornou imposto. 
Deixando de ser taxa. 
 Para que a taxa seja instituída de maneira efetiva, tem que ser de maneira 
potencial. Não necessariamente se beneficiar diretamente. Por exemplo: taxa de 
coleta de lixo residencial e serviço de logradouros públicos. Ambos são serviços 
públicos, mas eu tenho como saber o local onde passa o caminhão do lixo eu sei 
quais são os imóveis. 
 
Artigo 148 da Constituição Federal. 
Falta a matéria do final da aula. 
 
19.03.2019 
4. CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS EM ESPÉCIES 
• Teoria tripartida. 
O artigo 145. Dispõe sobre as espécies de tributos, e cada doutrinador interpreta de 
maneira distinta o teor do dispositivo. 
São os fatos geradores de tributos: 
 - Exercício do poder de polícia; 
 - Prestação de serviço público específicos e divisíveis. 
 Artigo 149. A contribuição de interesse de categorias profissionais ou 
econômicas: como por exemplo a OAB, sendo competência da união. 
 A classificação mais aceita é a dicotômica – sendo na vinculação que na 
base de cálculo está de acordo com a atividade estatal. Os tributos vinculados são 
as taxas e os não vinculados são os impostos. 
 O artigo 16. Explica o que teria um imposto, o artigo 77 explica as taxas do 
código tributário nacional. 
 No artigo 77. O fato gerador é o Exercício regular do poder de polícia. Não 
faz diferença a União não ter colocado a palavra ‘regular’ do poder de polícia. 
Falta matéria. 
20.03.2019 
 Impostos da UNÃO – artigo 153 da Constituição Federal 
 Contribuição de melhoria, será de acordo com a obra que está sendo 
realizada, se realizada no âmbito federal (caráter federal), estadual e municipal, 
respectivamente. 
 Os empréstimos compulsórios estão divididos em duas categorias do 
artigo 148, nos incisos I e II, previstos na Constituição, sendo que o segundo obedece 
a regra da anterioridade e a regra de vigência (vocatio leges). 
 Contribuições sociais – CIDE e Intervenção de categoria profissional. 
 Sendo CIDE é o tributo que tem como objetivo atuar na área específica do 
domínio privado, para regular as situações particulares. 
14 
Luiza Martins 
 As contribuições do artigo 195 da constituição federal para a seguridade 
social. Empregador/ Empresa → sobre folhas de salários (INSS) e PIS/ CONFINS. 
26.03.2019 
27.03.2019 – responder questões. 
02.04.2019 
03.04.2019 
6. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE 
 
 Artigo 5°, XXXVI - da Constituição Federal 
 Na LINDB – artigo 6°, §1° 
 O ato jurídico perfeito que se consuma de acordo com a lei diz. 
 Exemplo: tenho uma venda um imóvel, quando uma venda de imóvel que 
envolve diversas etapas diz respeito um ato jurídico perfeito {registro da escritura 
pública do imóvel que ocorre com a transferência}. 
 §2° - consideram-se adquiridos os direitos que o seu titular, ou alguém por 
ele, possa exercer como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou 
condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
 §3° - Coisa Julgada. 
 Artigo 150 da Constituição Federal – as limitações ao poder de tributar, é 
vedado as pessoas políticas cobrar tributos a fatos gerados constituídos antes da 
vigência da lei. 
 Exemplo: lei anterior que prevê ICMS de 15%, e vem uma lei nova que 
aumento o ICMS para 20% a lei nova não pode atingir fatos gerados ocorridos antes 
da vigência. Pois se ela instituiu ou aumento tributo, porque esses fatos 
geradores são atos jurídicos perfeitos. 
 Se ela atingir o direito passado pode atingir um direito adquirido ou ato 
jurídico perfeito, sempre prejudicaria um tributo se retornasse ao passado. 
 Se esta lei nova reduzir a alíquota do tributo ela prejudica ato jurídico 
perfeito? NÃO, ela pode retroagir apenas nos casos expressamente descritos em lei. 
A retroatividade benigna ela apenas irá retroagir quando expressamente previsto em 
lei, não é uma penalidade. 
 Exemplo: uma alíquota de 3% que aumentou para 6% em que os navios 
começaram a mudar o caminho dos portos, assim foi reduzido novamente para 3%, 
e excepcionalmente foi reduzido novamente com efeito retroativo para não haver 
prejuízo para aqueles que pagaram no maior valor. 
 Ainda que silencie ela será retroagir os seus efeitos. 
 O CTN traz previsão a respeito da possibilidade da lei ser aplicada no 
passado. 
 A lei interpretativa pode retroagir de acordo com o CTN, de acordo com a 
orientação jurisprudencial do STF não pode retroagir a lei interpretativa. 
 A lei anterior e uma lei nova, com uma lei interpretativa que não mudar o 
regime jurídico anterior não há necessidade de retroação, pois é uma lei 
absolutamente igual, visto que a lei anterior continua com o mesmo regime jurídico 
{é uma lei inoqua}. Se ela alterar e em prejuízo de ato jurídico perfeito ela não pode 
retroagir. 
 Na lei complementar 118/2005, o prazo de repetição de indébito dos tributos 
por exemplo o prazo era de 10 anos. Se diz uma lei interpretativa do artigo 150 da 
Constituição reduziu pela metade o prazo, e a lei se dizendo interpretativa e teria a 
possibilidade de retroagi {ela fez uma alteração do regime jurídico, tendo que ter 
efeitos futuros e teria prejuízo a atos jurídicos perfeitos}. 
 Artigo 106, II da Constituição Federal – não se tratando de ato com coisa 
julgada, quando deixe de defini-lo como infração. 
 Artigo 36 e 40 transcrever na colinha. 
 
ANTERIORIDADE NONAGESIMAL 
 Mínimo de 90 dias. 
15 
Luiza Martins 
 Exemplo: lei publicada hoje em 03 de abril de 2019, apenas poderá produzir 
efeitos em 2020 de janeiro, porque respeitei os 90 dias. 
 Dia 30 de setembro de 2019 foi alterada por 20% quando ela passa a ter 
efeitos em 01 de janeiro de 2020. 
 Artigo 195, §6°