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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS CURSO MEDICINA VETERINÁRIA EQUIDEOCULTURA OCORRÊNCIA DOS PRINCIPAIS TIPOS DE PELAGENS EM EQUINOS JULIA OLIVEIRA BENEVIDES LUANA KARINY LOPES NOGUEIRA MARINA VICENTE SANTOS GOIÂNIA 2020 2 JULIA OLIVEIRA BENEVIDES LUANA KARINY LOPES NOGUEIRA MARINA VICENTE SANTOS OCORRÊNCIA DOS PRINCIPAIS TIPOS DE PELAGENS EM EQUINOS Trabalho elaborado para fins de avaliação parcial, na disciplina de Equideocultura, do curso de Medicina Veterinária, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, sob a orientação do professor Dr. Rodrigo Zaiden Taveira. GOIÂNIA 2020 3 1.0 INTRODUÇÃO A pelagem dos equinos, particularidade bastante atrativa para os amantes de cavalos, são características de fenótipos e apresentam diversas variações. A origem da variedade de cores da pelagem dos equinos é explicada nos genes individuais, que são um total de 30, o que explica suas diversas combinações possíveis. São caracterizadas por pele, pelos, crina e cauda e para que ocorra a identificação de cada animal se utiliza a realização de resenhas, que consiste em descrever características visuais da pelagem, apontar de forma minuciosa as particularidades do corpo do animal, objetivando fazer com que a identidade do equino seja verificada facilmente e que não seja confundido com outro animal, estudos apontam características tão individuais quanto a impressão digital de um ser humano. As pelagens variam de raça, sexo, idade, é de considerável importância econômica e podem estar associadas a alguns indicativos de doenças. Para a realização da resenha existem critérios que devem ser seguidos para que as particularidades do animal sejam descritas de forma assegurada. Realização da resenha durante o dia, o animal deve estar livre de acessórios, limpo, principalmente nos membros locomotores e deve ser levado até o local de avaliação à mão, sobre terreno firme. A resenha se dividida em duas categorias: Descritiva, onde se descreve o que se vê no cavalo e gráfica, onde serão representadas graficamente as marcas características descritas. Além disso, para servir de recurso complementar a identificação, práticas de numeração a quente ou frio, tatuagem no lábio e identificação eletrônica podem ser adotadas. No mundo, há mais de 2.500 nomenclaturas que determinam pelagens e suas variações nos equinos. Para melhor descrição das pelagens, elas são divididas por categorias, 4 ao todo, que possuem tipos padrões e as variedades aceitáveis dentro de sua classificação: Simples e uniforme; Simples e uniforme com crina, cauda e extremidades pretas; Compostas e conjugadas. Na primeira categoria, estão inclusas as pelagens simples e uniformes, caracterizadas pela apresentação de pelos, crina e cauda em uma só tonalidade. Na segunda categoria ganham lugar as pelagens de coloração uniforme na cabeça, pescoço e tronco, enquanto a crina e as extremidades se apresentam na coloração preta. Para a terceira categoria são considerados os cavalos que possuem coloração intercaladas, de duas ou três cores diferentes, ao longo do corpo, as chamadas pelas compostas. E, por fim, na quarta categoria, pelagens com malhas brancas despigmentadas, chamadas de pelagens conjugadas. 4 2.0 DESENVOLVIMENTO OPPALOOSA De acordo com o site da ApHC – Appaloosa Horse Club, essa raça é uma raça formada a partir de cavalos introduzidos pelos colonizadores europeus, que foram domesticados pelos índios Nez Perse, que habitavam o vale do rio Palouse, daí seu nome. Sua principal característica se dá a sua variada pelagem exótica com pintas escuras sobre sua pelagem. Sua pele mosqueada diferente da rosada pode apresentar um padrão de manchas pigmentadas e não pigmentadas. As pelagens aceitas são: alazã, alazã tostada, baia de alazã, palomina, baia, preta, zaina, castanha, tordilha, rosilha, lobuna, podendo ter ou não variação na pelagem. Podem apresentar padrões como Cobertor (Manta manchada, Cobertura branca, Cobertor fosco ) apresenta uma área branca ou escura sobre o lombo/garupa e pode apresentar manchas claras ou escuras, Leopardo (Mancha leopardo, Perto do leopardo, Poucas manchas leopardo) pode apresentar muitas ou poucas mancha escuras por todo o corpo, Floco de neve com a cor de base escura com manchas brancas e sardas no corpo, Sólido apresenta cor lisa sem manchas. Figura 1 – Oppaloosa Cobertor Fonte: < https://www.thepaws.net/140-appaloosa-horse-names/> https://www.thepaws.net/140-appaloosa-horse-names/ 5 Figura 2 – Oppaloosa Cobertor fosco Fonte: <http://www.aphcuk.org/web/aphcuk/index.cfm?s=1&dir=2180> Figura 3 – Oppaloosa Manta Branca Fonte: < https://appaloosa.blog/2017/12/06/wisconsin-usa-wapuzzan-2002-black-snowcap-sport-and- performance-appaloosa-stallion-at-stud/> 6 Figura 4 – Oppaloosa Leopardo Fonte: <https://topbiologia.com/cavalo-leopardo/> Figura 5 – Oppaloosa Perto da Mancha leopardo Fonte: <http://www.aphcuk.org/web/aphcuk/index.cfm?s=1&dir=2180> 7 Figura 6 – Oppaloosa Poucas manchas leopardo Fonte: <http://www.aphcuk.org/web/aphcuk/index.cfm?s=1&dir=2180> Figura 7 – Oppaloosa floco de neve Fonte:<https://br.pinterest.com/pin/36662184453965995/?autologin=true&nic_v2=1a2jPdG8i> 8 Figura 8 – Oppaloosa cor solida Fonte: <http://www.aphcuk.org/web/aphcuk/index.cfm?s=1&dir=2180> Controle genético para pelagens da raça Appaloosa Ainda de acordo com o site da ApHC o gene responsável pela padronização de pelagem na raça Appaloosa é nomeado como Lp ou Appaloosa, entre outros genes que podem apresentar o padrão de manchas, porém, todos os animais que apresentam o gene Lp podem apresentar manchas pelo corpo, mesmo os ditos como sólidos apresentando cascos listrados verticalmente, esclera branca dos olhos ou pele manchada ao redor dos olhos, lábios e genitália. Também podem exibir marcações do tipo sabino ou pinto características que não são desejáveis e são desaconselhadas pelo ApHC. PURO-SANGUE ÁRABE A raça Puro-sangue Árabe tem origem desconhecida, mas sabe se que é uma raça muito antiga advinda da Mesopotâmia onde hoje é o Iraque. Era uma raça muito 9 usada em guerras pela sua agilidade, velocidade e resistência, sua domesticação e seleção genética foi feita pelas tribos beduínas do deserto. De acordo com o Serviço de Registro Genealógico do Cavalo Árabe (SRGCÁrabe), 2019 no capítulo VI artigo 35 as pelagens aceitas para o padrão da raça Árabe são: Figura 9 – Puro-sangue árabe castanho Fonte: < https://cavalos.animais.info/galerias-puro-sangue-arabe> Figura 10 – Puro-sangue árabe alazã Fonte: < https://cavalos.animais.info/puro-sangue-arabe> 10 Figura 11 – Puro-sangue árabe tordilho Fonte: < https://www.mfrural.com.br/detalhe/301113/cavalo-arabe> Figura 12 – Puro-sangue árabe preto Fonte: https://www.comprerural.com/raca-arabe-padroes-oficiais-da-raca/ 11 Cores aceitas para Cruzamentos Árabe: Figura 13 – Pelagem baia Fonte: < https://www.canalrural.com.br/programas/venda-cavalos-arabes-tem-aumento-neste-ano- 59804/> Figura 14 – Pelagem pampaFonte: < https://www.youtube.com/watch?v=Blp3wITX1G8> 12 Controle genético para raça puro-sangue Árabe Dentro do capítulo V do SRGCÁrabe cita no artigo 26 como já descrido a cima só serão aceitos para caráter de controle genealógico animais Puro Sangue Árabe com pelagens castanha, tortilha, alazã, preta e suas variações, sendo que para a produção de pigmento como a feomelanina e ou eumelanina que são responsáveis pela cor vermelha e preto respectivamente são controlada pela interação dos genes MCrR e ASIP, responsáveis pela codificação dos loci de extensão (E) responsável pela produção de melanina e Agouti (A) determina a concentração dos pigmentos nas regiões. Existem outros genes chamados de diluidores que ao se ter uma interação com outros genes, produz as variações de cores que encontramos. Pelagem castanha ( E: ee; A: aa, Aa, AA); preto (E: Ee, EE; A: aa); Alazã ( E: ee; A: aa, Aa, AA) (CAROLINO et al.; 2017). QUARTO DE MILHA O Cavalo Quarto de Milha ou como é originalmente chamado Quarter Horse, Foi a primeira raça a ser desenvolvida nas américas e possui sua origem nos Estados Unidos, no início do século XVII. Esta raça foi originada por meio de cruzamentos de cavalos indígenas (mustangues) com cavalos trazidos da Arábia e Turquia por ingleses e espanhóis. Como resultado surgiu o Quarto de Milha, que possui uma forma compacta e musculosa, uma raça ágil e versátil, apropriada para correr distancias curtas com grandes velocidades e capaz de fazer paradas bruscas. Estes animais são versáteis, dóceis, rústicos e inteligentes, possuem em média cerca de 1,52m de altura, cabeça pequena, perfil reto, fronte ampla, orelhas pequenas e olhos grandes e afastados. Seu pescoço possui formato piramidal com linha superior reta, seu peito é profundo, seu lombo e dorso são curtos, sua garupa é longa e levemente inclinada e seus membros são fortes e com excelente musculatura. Os Quarter Horses foram se especializando com a lida com o gado, nos finais de semana era comum os colonizadores se divertirem com os cavalos em corridas de distancias de um quarto de milha (402 metros), dando o nome a raça do cavalo. Nos EUA essa raça se tornou famosa em corridas e durante a guerra da independência. Já no Brasil, a raça Quarto de Milha chegou por meio de importações em 1950. Em 15 de Agosto de 1969 Foi fundada em São Paulo a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Quarto de Milha (ABQM), e de acordo com ela, em 2017 no Brasil havia aproximadamente 285 mil animais espalhados por dezenas de haras. O Quarto de Milha se tornou bastante aceito no país para o trabalho e lida do campo, devido sua docilidade, robustez e velocidade, já no nordeste brasileiro a raça se destacou como a melhor na vaquejada. 13 As pelagens admitidas na raça Quarto de Milha são: alazão, alazão tostado, castanho, tordilho, zaino, preto, Palomino, lobuno, rosilho, baio, cremelo e perlino. Manchas brancas são aceitas no registro dos animais, desde que elas sejam com contorno de pele clara. Controle genético para pelagem da raça Quarto de Milha A pelagem dos cavalos é determinada de acordo com o gene apresentado por cada animal. Entre os genes que podem ser apresentados encontramos o gene Extension (E) responsável pela pigmentação preta, Agouti (A) responsável pela diluição da pigmentação preta, Cream (CR) responsável por diluir ou clarear a pelagem do animal. Já o gene Gray (G) é responsável por adicionar pelos brancos com o passar do tempo tendo como exemplo a pelagem tordilha, o Roan (RN) é responsável padrão da formação de pelos brancos intercalados com pelagem base tendo como exemplo a pelagem rosilha, o Splash (SPL) representa padrões de branco pela pelagem em formas de grandes manchas por meio da despigmentação podendo afetar membros face e barriga podendo gerar também olhos azuis, o gene Silver (Z) é responsável pela diluição de pelos escuros pelo corpo ao mesmo tempo que clareia crina, cauda e até mesmo canela. Genes como o Champagne (Ch) que é um gene raro diluidor que dá à pelagem base um tom mais claro deixando a pele mais rosada, o gene Dun (D) também é um gene diluidor, no entanto é mais fraco, que tem como finalidade deixar marcações clássicas como a risca dorsal, já o gene Rabicano (RAB) é responsável pela proliferação de pelos brancos comumente conhecido como “salpicado”, no peito, abdome, garganta, virilha, flanco e início da cauda. Estes últimos três não são muito comuns em Quarto de Milha nacionais. Alazão: A animal possui todo o corpo coberto pela pelagem de cor avermelhada, incluindo membros, crina e cauda. O cruzamento de animais alazães gera obrigatoriamente outro alazão. Genes: Possui os genes ee,( AA, Aa ou aa). 14 Figura 15 – Quarto de milha alazão Fonte: <https://expolondrina.com.br/uploads/images/2019/04/provas-do-cavalo-quarto-de-milha-mais- uma-atracao-deste-sabado-1555074698.jpg> Alazão tostado: Possui tonalidade homogenia por todo o corpo (incluindo crina, cauda e membros) de coloração marrom semelhante a borra de café. Esta pelagem pode ser confundida com a pelagem zaino. Genes: Apresenta ee, (AA, Aa ou aa). Figura 16 – Quarto de milha alazão tostado Fonte: <https://pm1.narvii.com/6571/9999b53763f3676b8966b65913146cde22903a48_hq.jpg> Castanho: Animais com essa pelagem possuem o corpo em uma tonalidade bem avermelhada com membros, crina e cauda de coloração preta. Segunda pelagem mais comum da raça. Genes: Apresenta ee, (AA, Aa ou aa) e CCcr. https://expolondrina.com.br/uploads/images/2019/04/provas-do-cavalo-quarto-de-milha-mais-uma-atracao-deste-sabado-1555074698.jpg https://expolondrina.com.br/uploads/images/2019/04/provas-do-cavalo-quarto-de-milha-mais-uma-atracao-deste-sabado-1555074698.jpg https://pm1.narvii.com/6571/9999b53763f3676b8966b65913146cde22903a48_hq.jpg 15 Figura 17 – Quarto de milha castanho Fonte: <https://lphorses.com.br/admin/forms/uploads/produtos/f860a3437cf91ca3184363a95a3d1ad2.jpg> Tordilho: Os animais com essa pelagem possuem uma infiltração de pelos brancos com o passar do tempo. Os primeiros pelos brancos aparecem na cabeça e se espalham por todo o corpo de forma anteroposterior. Para que o cavalo seja tordilho seus genitores também devem possuir a mesma pelagem. Genes: GG ou Gg e os outros dependem da pelagem base. Figura 18 – Quarto de milha tordilho Fonte: <https://i.ytimg.com/vi/4c6YlDjMCzM/sddefault.jpg> Zaino: Esta pelagem possui pelos pretos e castanhos se entremeando, dando uma tonalidade escura, as regiões das bochechas, axilas, flancos e virilhas possuem https://lphorses.com.br/admin/forms/uploads/produtos/f860a3437cf91ca3184363a95a3d1ad2.jpg https://i.ytimg.com/vi/4c6YlDjMCzM/sddefault.jpg 16 tonalidade mais clara (amarelada) que demais regiões do corpo. Genes: Possui EE ou Ee, AA ou Aa. Figura 19 – Quarto de milha zaino Fonte: <http://cavalospurosangue.blogspot.com/2011/06/nome-dash-tol-fame-raca-quarto-de- milha.html> Preto: Possuem tonalidade homogenia por todo o corpo incluindo crina, cauda e membros com tonalidade preta. Genes: Possui os genes EE ou Ee e aa. Figura 20 – Quarto de milha preto Fonte: <https://cavalus.com.br/racas/quarto-de-milha/conheca-dashin-bye-o-garanhao-preto-de- registro> 17 Palomino: Também conhecido como baio amarilho, possui uma tonalidade amarelo-dourado pelo corpo e membros, com crina e cauda em tom mais claro podendo chegar ao branco. Genes: Possui os genes EE ou Ee, AA ou Aa e CCcr. Figura 21 – Quarto de milha Palomino Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/68/Quarto_de_Milha_%286033538524%29.j pg/400px-Quarto_de_Milha_%286033538524%29.jpg Lobuno: Possui a cor acinzentada ou esfumaçada (devido a isso também é conhecidacom pelo de rato), as extremidades dessa pelagem devem ser pretas. Genes: Possui os genes EE ou Ee, DD ou Dd. Figura 22 – Quarto de milha lobuno Fonte: https://www.criarleiloes.com.br/Fotos/36660e59856b4de58a219bcf4e27eba3.jpg https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/68/Quarto_de_Milha_%286033538524%29.jpg/400px-Quarto_de_Milha_%286033538524%29.jpg https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/68/Quarto_de_Milha_%286033538524%29.jpg/400px-Quarto_de_Milha_%286033538524%29.jpg https://www.criarleiloes.com.br/Fotos/36660e59856b4de58a219bcf4e27eba3.jpg 18 Rosilho: Esta pelagem fica entre castanha e alazã, mas com grandes infiltrações de pelos brancos pelo corpo com maior incidência nos flancos e virilhas de forma anteroposterior, enquanto isso a cabeça e extremidades continuam com a pelagem básica castanha ou alazã. Genes: Possui como base os genes ee, (AA, Aa ou aa), e o gene RnRn ou Rnrn/nRn. Figura 23 – Quarto de milha rosilho Fonte: https://lphorses.com.br/admin/forms/uploads/produtos/b3810f978a80513b709055d542a5e4ae.jpg Baio: É caracterizada pela tonalidade amarelada ou dourada do corpo, com crina, cauda e membros de coloração preta. Estes animais também podem apresentar zebruras nas pernas e a listra de burro em seu dorso. Baio Buckskin possuem variâncias na sua tonalidade entre o dourado e bronzeado. Genes: Possui os genes EE ou Ee, aa e CCcr. Figura 24 – Quarto de milha baio Fonte: https://2.bp.blogspot.com/-bJJBo_58yjs/UPGzueYj1tI/AAAAAAAAAGI/sFEG- 7VaxS8/s1600/PLAY+LITTLE+BRUDDER.jpg https://lphorses.com.br/admin/forms/uploads/produtos/b3810f978a80513b709055d542a5e4ae.jpg https://2.bp.blogspot.com/-bJJBo_58yjs/UPGzueYj1tI/AAAAAAAAAGI/sFEG-7VaxS8/s1600/PLAY+LITTLE+BRUDDER.jpg https://2.bp.blogspot.com/-bJJBo_58yjs/UPGzueYj1tI/AAAAAAAAAGI/sFEG-7VaxS8/s1600/PLAY+LITTLE+BRUDDER.jpg 19 Cremelo: Os cavalos com essa pelagem possuem pelo de cor branco ou creme bem claro, com crina e caudas brancas e pele cor-de- rosa ou rosada por toda a extensão do seu corpo, seus olhos são azuis. Genes: Apresenta os genes CCcr. Figura 25 – Quarto de milha cremelo Fonte: http://wvleiloes.com.br/imagens/animais/g1_num_lote_24_ani_15031808402080_codcat_1271_15222 41949.jpg Perlino: Essa pelagem possui cavalos com coloração creme bem clara ou branca, com pele rosa ou roseada. Sua crina, cauda e extremidades possuem tonalidade mais escura sendo cobre ou laranja, com os olhos azuis. Genes: Contém os genes EE ou Ee, AA ou Aa, Rn e CCcr. Figura 26 – Quarto de milha perlino Fonte: < http://www.alfnutricao.com.br/pelagens-oficiais-do-quarto-de-milha/ > http://wvleiloes.com.br/imagens/animais/g1_num_lote_24_ani_15031808402080_codcat_1271_1522241949.jpg http://wvleiloes.com.br/imagens/animais/g1_num_lote_24_ani_15031808402080_codcat_1271_1522241949.jpg 20 Campolina Essa raça possui o nome em homenagem a pessoa que deu origem a criação da raça Cassiano Campolina, que ganhou uma égua do Imperador D. Pedro II em 1870, a égua estava prenhe de um garanhão Andaluz, nascendo o cavalo Monarca que contribuiu para a formação da raça campolina. A raça campolina tem sua origem no Brasil em na cidade de Entre Rios em Minas Gerais no século XIX, por meio de cruzamentos de cavalos Puro Sangue Inglês, Anglo-Normando e outros animais de origem ibérica. O principal objetivo da formação dessa raça era para formar animais de grande porte, ágeis, resistentes, confortáveis em seu andamento e de beleza inigualável. Após o falecimento de Cassiano Campolina, seu herdeiro Tenente Coronel Joaquim Pacheco de Resende ficou responsável pela seleção, criação e aperfeiçoamento da raça. Na década de 1930 foi criado o Consórcio Profissional Cooperativo dos Criadores da Raça Campolina. Após 70 anos de aperfeiçoamento e desenvolvimento da raça se fez necessário o estabelecimento do padrão racial, de forma a unificar suas características oficiais. Em 1951 a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina (ABCCC) foi fundada em Belo Horizonte. Em 2016 foi registrado um total de cerca de 8 mil animais de mais de mil criadores no Brasil. A raça Campolina tem como padrão racial seu porte grande, tendo em média 1,58 m de altura e para machos e 1,52m de altura para fêmeas, sua cabeça é seca, com perfil sub-convexo a retilíneo, orelhas medias tendendo a ser longas, possui olhar vivo, seu pescoço é musculoso e rodado tendendo a ser comprido, sua crina é farta e sedosa, garupa ampla, longa e suavemente inclinada, com anca arredondada e cauda com inserção baixa. São animais dóceis, com beleza incontestável e movimentos harmoniosos tornando-os nobres e confortáveis. A Pelagem desses cavalos são predominantemente baia ou castanha, porém, outras pelagens também são aceitas, entre elas as principais são alazã, preta, tordilha e pampa. Os animais bem cuidados possuem uma pelagem com brilho intenso, refletindo sua saúde. Controle genético para pelagem da raça Campolina Assim como foi citado anteriormente, as pelagens dos cavalos alazões possuem os genótipos para pelagem ee e (AA, Aa ou aa); os cavalos baios apresentam EE ou Ee, aa e CCcr; a pelagem castanha tem os genes ee,(AA, Aa ou aa) e CCcr; a preta possui o gene EE ou Ee e aa; e a pelagem tordilho apresenta os genes de acordo com a coloração base (podendo esta ser alazã, baio, preta, entre outras) mais o gene GG ou Gg que é responsável pela infiltração dos pelos brancos. Já os cavalos com a pampa é uma pelagem conjugada que possui genes da série Tobiano (To) ou Paint (P), esses genes determinam a não produção de melanina em várias partes do corpo, apresentando malhas brancas pelo corpo, características da pelagem pampa. 21 Figura 27 – Campolina baio . Fonte: < http://ruralpecuaria.com.br/tecnologia-e-manejo/equinos-muares/novos-criterios-nos- eventos-da-raca-campolina-marchador.html > Figura 28 – Campolina castanho Fonte: < https://harasmandala.wordpress.com/tag/castanha/ > 22 Figura 28 – Campolina alazão Fonte:< https://www.estimacao.com.br/galeria-de-racas-de-cavalos-com-fotos/ > Figura 29 – Campolina preta Fonte: < https://harasmandala.wordpress.com/tag/preta/ > 23 Figura 30 – Campolina tordilha Fonte: <https://www.clasf.com.br/q/cavalo-tordilho-negro-marchador/> Pampa: Os animais com essa pelagem possuem uma malha de cor escura sobre o fundo branco, as variações da malha podem ser baio, alazão e castanho, de forma que a pelagem será classificada de acordo com a cor da malha e a quantidade do fundo branco. Podem ser, Pampa de Preto ou Preto de Pampa, Pampa de Baio ou Baio de Pampa, Pampa de castanho o Castanho de Pampa, entre outras. Figura 31 – Campolina pampa de preto Fonte: < https://www.mfrural.com.br/detalhe/169740/cavalo-campolina-pampa-de-preto > 24 Figura 32 – Campolina pampa de baio Fonte: < https://harasmandala.wordpress.com/tag/pampa/ > Figura 33 – Campolina pampa de castanho Fonte: <https://www.clasf.com.br/q/campolina-pampa-homozigoto/> 25 3.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS As características de pelagens dos equídeos são de fundamental importância para que ocorra a sua análise de identidade, o que possibilita diferenciar um animal dos demais, descrevendo todas as suas particulares características que o tornam único. A seriedade das descrições de pelagem faz com que se tenham normas à serem seguidas para a realização assegurada da resenha e esses critérios visam que as análises ocorram de forma justa e seja considerada as colorações e variações de pelagem conforme o padrão da raça, pois a coloração possui alta relevância de valor econômico. A variedade de nomenclaturas adotadas para as pelagens dos equinos justifica sua determinaçãopor classificações, há questões de regionalismo geográfico que poderiam ser alteradas conforme o idioma de cada País, a medida de classificação das pelagens foi uma necessidade para a padronização das análises nas resenhas. A tonalidade da pelagem pode ser alterada em decorrência das particularidades dos equinos. O sexo do animal pode influenciar no aspecto brilhante, na tonalidade mais firme e na característica de pelos mais lisos devido ação hormonal, é o caso dos garanhões e éguas prenhes; Idade, que pode contribuir para a modificação da pelagem com o passar do tempo; Nutrição, havendo déficits de nutrientes pode fazer com que a pelagem do animal se apresente opaca e ressecada; Estação do ano e clima, tornando o seu externo com tonalidade mais viva ou opacos e a saúde do animal em si, o esperado é que o animal, com os devidos cuidados, apresente pelos macios e brilhosos como reflexo de seu estado de saúde. Nas características externas dos equinos, além da coloração, são analisadas as particularidades do animal e a direção natural dos pelos, formato das manchas, e regiões onde está localizada determinada característica. As análises minuciosas permitem identificar os cavalos pelas descrições realizadas com rigor, possibilita identificações de estado de saúde e faz com que seja agregado maior conhecimento quanto a raça analisada e descrita. 26 4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABCCC – Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Campolina. História da Raça. Disponível em: <http://www.campolina.org.br/sobre.php>. Acesso em: 21 de set. de 2020. ABQM – Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Quarto de Milha. Regulamento do Serviço de Registro Genealógico do Cavalo Quarto de Milha. 2019. Disponível em: <https://abqm.com.br/app/webroot/documentos/regulamento_8924207_14__edicao_ regulamento_srgcqm(2).pdf>. Acesso em: 20 de set. de 2020. ApHC: <http://www.aphcuk.org/web/aphcuk/index.cfm?s=1&dir=2180> CAROLINO, Inês; SOUSA, Conceição Oliveira e; SILVA, Fátima Santos; FERREIRA, Sofia e CAROLINO, Nuno; Determinismo genético das pelagens de equinos – testes genéticos; Dossier técnico; INIAV, I.P, Vida Rural; Julho/Agosto, 2017. Disponível em: http://www.iniav.pt/fotos/editor2/determinismo_genetico_das_pelagens_de_equinos. pdf Cavalo Campolina – Conheça a raça e as principais características. Rodeo West, 2020. Disponível em: <https://blog.rodeowest.com.br/animais/cavalo-campolina- conheca-raca-principais-caracteristicas/>. Acesso em: 21 de set. de 2020. Conheça as pelagens oficiais do cavalo quarto de milha. Cavalus, 2020. Disponível em: <https://cavalus.com.br/racas/quarto-de-milha/conheca-as-pelagens-oficiais-do- cavalo-quarto-de-milha>. Acesso em: 20 de set. de 2020. FERREIRA, A. Série: Cavalos e Suas Origens – Quarto de milha. Giro Rural, 2017. Disponível em: <https://girorural.com/serie-cavalos-e-suas-origens-quarto-de-milha/>. Acesso em: 20 de set. de 2020. OLIVEIRA, R. A. Manual para a elaboração de resenha de equídeos com a finalidade de solicitação de diagnóstico para Anemia Infecciosa Equina (AIE) e Mormo. Goiânia, 2012. Disponível em: <http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2017-04/cartilha-pelagens-web-2- final.pdf>. Acesso em: 22 de set. de 2020. http://www.aphcuk.org/web/aphcuk/index.cfm?s=1&dir=2180 http://www.iniav.pt/fotos/editor2/determinismo_genetico_das_pelagens_de_equinos.pdf http://www.iniav.pt/fotos/editor2/determinismo_genetico_das_pelagens_de_equinos.pdf 27 SPINOLA, P. Você conhece a raça quarto de milha? Lance Rural. Disponível em: <https://www.lancerural.com.br/conheca-o-quarto-de-milha-o-cavalo-da-familia/>. Acesso em: 20 de set. de 2020. SRGCÁrabe, Regulamento do Serviço de Registro genealógico do Cavalo Árabe, MAPA, 2019. Disponível em: <http://www.abcca.com.br/studbook/abcca_stud_reg.asp>.
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