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Clínica Médica e Produção de Equídeos Aula 05 Afecções do Sistema Respiratório Professor(a): MV, MSc. Marcos Rosa a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Objetivos de Aprendizagem do dia • Revisão anatômica • Conhecer diferentes patologias • Diagnóstico • Tratamento a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Introdução Respiratório anterior (superior) Respiratório posterior (inferior) Diferenças clínicas Diferenças diagnósticas a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Introdução Forma x função Sinais relacionados Sinais agudos Sinais crônicos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Introdução Parte condutora (narina-traqueia) x Parte funcional (pulmões) Eficiência funcional relacionada à trocas Doença ou Exercícios aumentam requerimento Sistema brônquio-traqueal leva ar até os alvéolos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Anatomia Narinas Seios nasais e paranasais Bolsa gutural Palato Epiglote Laringe a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Anatomia Traqueia Pulmões a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Mecanismos de defesa fisiológica Tosse Sistema muco-ciliar Fagócitos Musculatura lisa Circulação broquial a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Mecanismos diagnósticos Radiografia Endoscopia Ultrassonografia Outros exames avançados a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Sinusite Inflamação dos seios paranasais Primária Bacteriana ou fúngica Secundária Dentária Traumática Cisto Neoplasia a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Sinusite – sinais clínicos Descarga nasal unilateral Purulenta/sanguinolenta Odor fétido Epífora Edema facial Exoftalmia Redução da passagem de ar Balanço de cabeça Intolerância a exercício Enfartamento ganglionar a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Sinusite – diagnóstico Endoscopia Descarga óstio nasomaxilar Edema concha ventral Raio-x Áreas radiopacas compatíveis com fluido nos seios Eventualmente problemas de raízes dentárias a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Sinusite primária Aguda Antibioticoterapia Crônica – tratamento inicial sem sucesso Espessamento da mucosa impede drenagem Não respondem a AB somente Osteotomia Cultura/antibiograma Lavagem do seio a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Sinusite secundária Causas não-relacionadas às vias aéreas Dentição Pode formar fístula Extração do dente afetado Lavagem do seio a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Adenite equina Garrotilho Streptococcus equi subsp. equi (G+) Pode acometer todas as idades, porém grande maioria de jovens Alta morbidade, baixa letalidade a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Adenite equina – transmissão Direta: animais doentes infectam outros Indireta: fômites, secreção nasal no ambiente (água coletiva, afins…) Queda de imunidade aumenta susceptibilidade a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Adenite equina – transmissão Bactéria se fixa às células epiteliais da mucosa nasal e oral Se não for combatida, invade tecido linfático faríngeo Desenvolve abcessos em linfonodos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Adenite equina – sinais clínicos Depressão Febre Inapetência Secreção nasal Tosse Aumento de linfonodos (pp submandibulares) Bactéria pode migrar causando outras patologias a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Adenite equina – diagnóstico Sinais e Sintomas Isolado à partir de secreção PCR ELISA a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Adenite equina – sinais clínicos Antibioticoterapia (Penicilina; Sulfa+trimetropim) Drenagem dos abcessos Suporte Manejo Vacina (Pouca indução de resposta imunológica, mas animais doentes tem sintomatologia mais branda) a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Hemiplegia laringeana Neuropatia laríngea recorrente, hemiplegia laríngea idiopática, “chiador” ou “roncador” Queixas principais Má performance Ruído inspiratório (“chiador”) Idiopático lesão do n. laringo-recorrente esquerdo atrofia muscular (cricoaritenóideo dorsal) redução na abdução da artilagem aritenóide progressivo a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Hemiplegia laringeana Iatrogênico Inflamação perivascular Micose de BG Garrotilho Neoplasias/traumas cirúrgicos Anestesia geral – trauma pelo tubo endotraqueal Neurológico – bilateral > prevalência em cavalos grandes a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Hemiplegia laringeana – diagnóstico Slap test (reflexo toraco-laríngeo) – aplicar uma palmada na região da cernelha, que em animais sadios tendem a apresentar um reflexo de adução da cartilagem aritenoide, servindo de auxilio no exame da palpação ou ao uso do endoscópio Graduação de I a IV I – movimento simétrico e sincrônico, abdução completa II – movimento simétrico e assincrônico III – movimento assimétrico e assincrônico IV – hemiplegia s/ resposta ao slap test a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Hemiplegia laringeana – diagnóstico Grau 2 Simétrico e assincrônico Grau 3 Assimétrico e assincrônico Grau 4 Imóvel a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Hemiplegia laringeana – tratamento Laringoplastia (“tie-back”) Ventriculectomia Ventriculocordectomia a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Pleuropneumonia Contaminação (S. equi sp. Zooepidemicus, Pasteurella, Actinobacillus, Klebsiella, E. coli, Enterobacter, Salmonella, Staphylococcus, R. equi; anaeróbios em 1/3 dos casos) Fatores prediponentes: Transporte Exercício forte c/ imunidade baixa Aspiração Disfagia Sonda nasogástrica na traqueia a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Pleuropneumonia – sinais clínicos Febre Letargia Intolerância a exercício Descarga nasal e tosse Ausculta torácica Silêncio nas áreas de fluido pleural Estertores na região dorsal Fricção pleural nas costelas Dor à palpação Dispneia, edema esternal a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Pleuropneumonia – diagnóstico Hiperfibrinogenemia Leucopenia com neutropenia – agudos Ultrassonografia – efusão pleural RX Cultura, ABgrama e citologia Aspirado traqueal Líquido pleural a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Pleuropneumonia – tratamento ABterapia (de preferência baseada em ABgrama) Usar AB amplo espectro enquanto aguarda – penicilina, gentamicina e metronidazol AINE´s Drenagem torácica Monitorar Função renal Temperatura Efusão pleural Múltiplas drenagens torácicas Fixar dreno torácico Pulso digital a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Pleuropneumonia – tratamento Toracocentese Identificar área a ser drenada (US, percussão) Tricotomia Antissepsia a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Asma equina DIVA X ORVA a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Asma equina – ORVA Anteriormente denominada DPOC Inflamatória, recorrente e reversível, crônica Doença inflamatória ambiental Idade é um fator importante (>7 anos) Raça não é fator importante > prevalência: Animais estabulados Alimentação com feno Ambiente com muita poeira Ambientes úmidos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Asma equina – ORVA – patogenia Exposição a alérgenos Inflamação de VAIs Recrutamento de neutrófilos, interleucinas, citocinas e fatores de inflamação Broncoconstricção Broncoespasmo, induzido por fatores inflamatórios Secreção de muco Aumento da produção Redução no clearance Hipóxia a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Asma equina – ORVA – sinais clínicos Comum a várias doenças respiratórias De leve intolerância a exercício até dispnéia dramática Tosse Descarga nasal Piora do quadro após estabulamento ou primavera/verãoAumento de esforço respiratório Inspiração rápida Expiração forçada, bifásica (torácica e abdominal) Hipertrofia da musculatura oblíqua abdominal a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Asma equina – ORVA – diagnóstico Exame físico Diferencial para pneumonia Febre e outras alterações gerais Histórico Cavalo maduro, melhora quando solto Época do ano Manejo Hemograma normal Exclui doenças infecciosas Alterações podem ser secundárias Lavado Bronco Alveolar a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Asma equina – ORVA – tratamento Manejo!!!!! Reduzir poeira (cama, feno, ambiente) Se possível, soltar o animal periodicamente ou manter solto Melhorar ventilação Substituir alimentação Corticóides Sistêmicos Dexametasona, triancinolona, isoflupredona Inalatórios Beclometasona, fluticasona Administração por aeromask ou espaçador humano a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Asma equina – ORVA – tratamento Broncodilatadores Clembuterol, albuterol, salbutamol Sistêmico x inalatório Mucolíticos Acetilcisteína Nebulização a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Asma equina – DIVA Doença inflamatória das vias aéreas Equinos jovens de corrida, mas pode ocorrer em outras idades Forma discreta ou assintomática DIVA ≠ ORVA Idade Menor gravidade da inflamação Sinais clínicos menos visíveis Pode ser uma precursora da HPIE a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Asma equina – DIVA – sinais clínicos Inflamação das vias aéreas Muco Pode ou não haver tosse Queda de desempenho a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Asma equina – DIVA – diagnóstico Ausculta de pouco valor Histórico Exames laboratoriais sem alterações significativas LBA (↑ céls e infiltrado inflamatório) a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Asma equina – DIVA – tratamento Manejo Semelhante à ORVA Manejo mais limitado, animais em CT Medicamentos a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Hemorragia pulmonar induzida por esforço – HPIE Maior causa de queda na performance de animais atletas PSI, Standardbreds, QM de corrida Várias raças em diversos tipos de exercício intenso Relação maior com intensidade do exercício que duração a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! HPIE – achados clínicos Clínica é variável e está muito ligada ao sucesso Perda de velocidade na corrida/treino Tosse Deglutição Epistaxe Aparecimento variável Ruptura de capilares pulmonares por estresse Pressão vascular pulmonar extrema a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! HPIE Diversos episódios → lesão pulmonar crônica Resposta inflamatória local Hemossiderófagos intersticiais Deposição de tecido conjuntivo Resposta inflamatória ao sangue tem impacto maior na performance que a presença do sangue por si só a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! HPIE – diagnóstico Endoscopia LBA – hemossiderófagos Eritrócitos fagocitados por macrófagos pulmonares, tem seu grupo heme reduzidos a hemossiderina Presentes de 30 – 60 min a 21 dias após o episódio a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! HPIE – diagnóstico Grau I: pequenas estrias e/ou coágulos situados no terço distal da traqueia Grau II: filetes de sangue distribuídos aleatóriamente (não uniforme), por toda a extensão da traqueia, coágulos maiores Grau III: sangue distribuído uniformemente por toda a traqueia Grau IV: quantidade abundante de sangue em toda a traqueia, laringe, faringe e fossas nasais Grau V: exacerbação do grau anterior e epistaxe a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! HPIE – diagnóstico Grau I: pequenas estrias e/ou coágulos situados no terço distal da traqueia Grau II: filetes de sangue distribuídos aleatóriamente (não uniforme), por toda a extensão da traqueia, coágulos maiores Grau III: sangue distribuído uniformemente por toda a traqueia Grau IV: quantidade abundante de sangue em toda a traqueia, laringe, faringe e fossas nasais Grau V: exacerbação do grau anterior e epistaxe a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! HPIE – tratamento Diversos, mas nenhum 100% eficaz Furosemida pré-exercício (mais utilizado) Prevenir ou limitar Reduzir a pressão do átrio direito, artéria pulmonar e capilares pulmonares Dilatadores nasais Terapias direcionadas à lesão cumulativa a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! Obrigado! a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! FEEDBACK DA AULA • Revisão anatômica • Conhecer diferentes patologias • Diagnóstico • Tratamento a E d u c a ç ã o q u e t r a n s f o r m a ! O que veremos no próximo encontro? Educação que transforma!
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