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Aline Custódio SULFONAMIDAS CONCEITO ↳ São bacteriostáticos derivados da sulfanilamida, que tem estrutura similar à do ácido para-aminobenzóico. REPRESENTANTES Sulfanilamida Sulfisoxazol Sulfacetamida Sulfadiazina Sulfametoxazol MECANISMO DE AÇÃO ↳ Inibem o metabolismo do ácido fólico por competição. ↳ As bactérias sintetizam seu próprio ácido fólico, chamado de ácido tetra-hidrofólico, que serve para síntese de diversas substâncias, como aminoácidos, purinas e timidina. Isso significa que se a bactéria não conseguir produzir o ácido fólico, ela não é capaz de gerar os nucleotídeos que são essenciais para a replicação do seu material genético, assim como a síntese do RNA mensageiro. O ácido tetra-hidrofólico é sintetizado a partir do ácido p-aminobenzóico (paba) que é extremamente semelhante estruturalmente as Sulfonamidas. Assim, as sulfas e o paba irão competir pela enzima di-hidropteroato- sintetase, que ao se ligar com o PABA, gera o ácido di- hidrofólico, o percursor do ácido tetra-hidrofólico. ↳ No início dos tratamentos com sulfonamida, ela era usada sozinha, entretanto, descobriu-se que se ela for usada junto a trimeto prima, sua eficácia au menta., já que ela tam bém age inibindo a sín tese do ácido fólico. ↳ Local de ação das sul fas: enzima diidroptero ato sintetase: INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POSITIVAS ↳ Trissulfapirimidina: associação entre 3 sulfas – sulfadiazina + sulfamerazina + sulfadimidina – a combinação delas possibilita a redução das dosagens administradas de cada uma delas. Ao diminuir as dosagens, diminui-se também um problema que as sulfas causam: produção de cristais na urina (cristalúria). ↳ As sulfas são insolúveis e se precipitam depois de determinada concentração. Quando diminuímos a dosagem administrada, diminui-se essa reação adversa. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NEGATIVAS ↳ Sulfas + anestésicos locais, principalmente os anestésicos derivados da procaína. Essa associação é irracional porque no corpo a procaína se transforma em paba, o ácido que compete pela enzima di-hidropteroato- sintetase com as sulfas. Ao administrar procaína, eleva- se a concentração de paba no corpo, favorecendo o paba na competição com as sulfas. ↳ Outras associações irracionais: Sulfonamida + fenitoína Sulfonamida + anticoncep. oral ( o efeito do anticoncepcional) Sulfonamida + zidovudina Sulfonamida + hipoglicemiantes orais Sulfonamida + anticoagulantes orais CLASSIFICAÇÃO ↳ Curta ação: usar 4-6 x ao dia (sulfisoxazol, sulfadiazina) ↳ Ação intermediária: usar 2-3 x ao dia (sulfametoxazol) ↳ Ação longa: raramente usadas no dia de hoje (sulfadoxina e sulfametoxipiridazina) ESPECTRO DE AÇÃO ↳ Gram +: Staphilococcus aureus Streptococcus pyogenes Streptococcus fecais Streptococcus pneumonae ↳ Gram -: Neisseria meningitidis N. gonorheae Haemophilus influenzae H. ducreyi Salmonella Escherichia coli Pseudomonas aeruginosa Clamydia trachomatis USO TERAPEUTICO DSTs: Tracoma, cancróide, linfogranuloma Infecções do trato urinário Nocardiase Infecções respiratórias (ineficaz em infecções purulentas) Toxoplasmose Queimaduras não infectadas ↳ Contraindicações: evitar o uso em gestantes, RN, crianças menores de 2 anos e em período de lactação. EFEITOS ADVERSOS Sintomas digestivos Farmacodermias: erupções mobiliformes e prurido cutâneo Distúrbios do sistema hematopoiético Cristalúria Kernicterus – o uso de sulfas é contraindicado no terceiro trimestre da gravidez devido ao risco de kernicterus no rn. Isso deve-se ao fato das sulfas serem capazes de deslocar a bilirrubina da albumina com consequente bilirrubinemia, podendo atravessar a barreira hematoencefálica fetal, unindo-se a estruturas neuronais dos gânglios basais. QUINOLONAS ESTRUTURA ↳ Além disso, incrementa a lipofilia, aumenta a permeação de membranas e maior inibição da enzima alvo. ↳ O grupo piperazino confere a elas atividade antipseudomonas. REPRESENTANTES MECANISMO DE AÇÃO ↳ Os quinolonicos penetram na célula por difusão passiva, através de canais protéicos aquosos na membrana mais externa. Inibem a ação da DNA - girase. Com isto, o DNA tem relaxadas suas espirais e passa a ocupar um espaço maior que o contido nos limites do corpo bacteriano. As extremidades livres do DNA induzem a síntese descontrolada de RNA - mensageiro., conduzindo a morte celular. ↳ O átomo de F potencializa a ati vidade das quino lonas contra as bactérias gram ne gativa e amplia o espectro de ação contra as gram positiva. 1ª GERAÇÃO ↳ Ação antimicrobiana sobre as enterobactérias. Ação limitada às vias urinárias. Sem atividade antipseudomonas ou contra bactérias gram positiva. 2ª GERAÇÃO ↳ Ação limitadas em vias urinárias e intestino. Ação antimicrobiana contra enterobactérias e também contra Pseudomonas aeruginosa. 3ª GERAÇÃO ↳ Agem contra bacilos G – incluindo P. aeruginosa eestafilococos. Atuam na terapêutica de infecções sistêmicas. 4ª GERAÇÃO ↳ Atividade terapêutica em infecções sistêmicas por germes G - , bactérias G +, incluindo estreptococos, hemolíticos e pneumococo, e os germes anaeróbios. USO TERAPEUTICO Infecções respiratórias resistentes Usa-se geralmente o Ciprofloxacino com frequência quando os atb b-lactâmicos não se fazem eficazes no tratamento, como a ampicilina. Entretanto, o Ciprofloxacino não é fármaco de escolha para pneumonia ou sinusite, porque tem fraca ação contra Streptococcus Pneumoniae. Infecções do trato urinário (gram -) O Ciprofloxacino e o norfloxacino são eficazes tanto no tratamento de infecções do TU complicadas e não complicadas. A eficiência é a mesma se administrado sulfametoxazol-trimetoprima. Carbúnculo (gram +) Gonorreia (gram -) Infecções do trato gastrointestinal (gram -) ↳ Contraindicações: evitar em menores de 15 anos, gestantes e durante amamentação, portadores de doenças hepáticas, arterioesclerose cerebral e insuficiência renal. EFEITOS ADVERSOS Náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal. Tonturas, cefaleia, agitação, insônia, depressão. Alterações no paladar e olfato. Reaçoes de hipersensibilidade Tendinite e ruptura de tendões INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ↳ O acido nalidíxico potencializa a ação dos anticoagulantes orais, fenitoína, hipoglicemiantes orais e AINES. ↳ A probenicida reduz a eliminação das quinolonas (cinoxacina, norfloxacina) ↳ Antiácidos contendo alumínio ou magnésio inibem a absorção gastrointestinal das quinolonas. ↳ A administração concomitante dos quinolônicos com AINES potencializa os efeitos estimulantes centrais dos quinolônicos. TRIMETOPRIM MECANISMO DE AÇÃO ↳ Age na enzima diidrofolato redutase.7 ESPECTRO DE AÇÃO ↳ Gram + : Streptococcus pyogenes Strep. Pneumoniae Corynebacterium ↳ Gram - : Haemophilus influenzae Legionella pneumophilia Proteus mirabilis Salmonella typhi Shigella Neisseria gonorrheae N. meningitidis Escherichia coli USO TERAPÊUTICO Infecções urinárias não-complicadas Usado como profilático de infecções crônicas e/ou recorrentes ↳ Contraindicações: Pacientes com anemia megaloblástica, gestantes (o trimetoprim atravessaa placenta), idosos, insuficiência renal e hepática EFEITOS ADVERSOS Nausea e emese Rash cutânea, prurido e dermatite esfoliativa Anemia megaloblástica INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA POSITIVA ↳ trimetoprim + sulfametoxazol = co-trimoxazol. As sulfas são ideias para associações, dentre elas, o ideal é o sulfametoxazol. Essa associação é usada para tratamento de otite média, infecções urinarias, respiratórias e intestinais, gonorreia e pneumonia por Pneumocystis carinii. ↳ Contraindicações: crianças com menos de 6 meses, gravidez e insuficiência renal grave. RIFAMPICINA/RIFOCINA MECANISMO DE AÇÃO ↳ A rifampicina inibe a RNA polimerase evitando a transcrição (que é a passagem do código genético do DNA para RNA), portanto, inibindo a síntese de RNA. ESPECTRO DE AÇÃO ↳ Gram + : Staphylococais aureus Streptococcus pneumoniae ↳ Gram - : Mycobacterium tuberculosis Myc. leprae Neisseria gonorrheae N. meningitidis Haemophilus influenzae USO TERAPÊUTICO Tuberculose Hanseníase Gonorréia EFEITOS ADVERSOS Os doentes devem ser informados que a urina, fezes, saliva, suor e lágrimas podem adquirir uma tonalidade alaranjada. Manifestações de intolerância gastrointestinal. Reações de hipersensibilidade como febre, pruvido No SNC.: tonturas, cefaléia, sonolência, confusão mental. Hepatotoxicidade. Durante o uso da droga pode aparecer uma síndrome semelhante a gripe. ↳ Contraindicações: Não usar nos primeiros meses de gravidez, em função dos efeitos teratogênicos, e nem na fase pré-natal, porque pode interferir no metabolismo de bilirrubina. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ↳ A rifampicina induz a produção pelo fígado de enzimas que inativam diversas substâncias. O uso associado da rifampicina com algumas drogas provoca redução do nível sangüíneo destas e diminuição de sua eficácia terapêutica. ↳ Anticoncepcionais orais e anticoagulantes orais - deve determinar diariamente o tempo de protrombina.. ↳ Corticosteróides - em consequência causa insuficiência supre-renal. ↳ Digitálicos, antidiabéticos orais, bloqueadores betaadrenérgicos - necessitam elevar a dose. ↳ Pacientes em uso concomitante de rifampicina e cetoconazol, necessitam de doses mais elevadas do antifúngico. NITROIMIDAZÓIS REPRESENTANTES Metronidazol Tinidazol Secnidazol Nimorazol MECANISMO DE AÇÃO ↳ Resulta da ligação de produtos intermediários com o DNA, formando-se complexos que inibem a replicação e inativam o DNA, desta forma impedindo as sínteses enzimáticas e causando morte celular. USO TERAPÊUTICO Tricomoníase urogenital É utilizado frequentemente em grávidas sem que sejam observados efeitos tóxicos sobre o feto. Entretanto, é preferível evitar seu uso durante o primeiro trimestre da gestação, uma vez que ele difunde-se amplamente através da placenta. Giardíase Amebíase Gardnerella vaginalis Infecções anaeróbicas Infecções Ginecológicas Ulceras de perna, úlcera de decúbito e outras lesões indolentes. Gengivite ulcerativa aguda. Infecções intra-abdominais. EFEITOS ADVERSOS Sistema Nervoso Central: convulsões, Neuropatia., tonturas, confusão, irritabilidade, depressão, fraqueza, insônia, cefaléia. Náuseas, vômitos, diarréia, desconforto epigástrico, cólica abdominal Gosto metálico na boca. Hematológicas: neutropenia reversível. Hipersensibilidade: urticária, “rash”, congestão nasal, secura da boca e febre. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ↳ Potencializa o efeito anticoagulante da warfarina e outros cumarínicos orais. ↳ O seu uso simultâneo ao de drogas como fentoína e fenobarbital, pode acelerar a eliminação do metronidazol. ↳ Bebidas alcóolicas não devem ser consumidas até 72h após o término da terapêutica com metronidazol, devido ao efeito dissulfiram.
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