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Winnicott foi um dos primeiros autores a hierarquizar o papel da mãe no funcionamento mental da criança. Considerou que a mãe intervém como ativa construtora do espaço mental da criança. Santos (2008) diz que na teoria psicanalítica de Winnicott o ser humano não é apresentado como um objeto da natureza, mas sim como uma pessoa que para existir precisa do cuidado e atenção de um outro ser humano. Desenvolvimento humano segundo Winnicott O Self Segundo Winnicott, o ser humano nasce como um conjunto desorganização de pulsões, instintos, capacidades perceptivas e motoras conforme progride o desenvolvimento vão se integrando até alcançar uma imagem unificada de si mesmo e do mundo externo. Está Imagem unificada de si é o que chamamos de SELF. Assim o papel da mãe é prover o bebê de um ego auxiliar que lhe permita integrar suas sensações corporais, os estímulos ambientais e suas capacidades motoras nascentes. Localização do Self o que está em questão não é a vida erótica do sujeito, mas a conquista de um lugar para viver, ou a base do self no corpo. A localização do self no corpo não e uma experiência dada desde sempre. Mas sim o fruto de um desenvolvimento sadio. Para Winnicott a mãe participa de uma verdadeira unidade com o seu filho, ajuda na sua formação, fazendo com que este processo seja bem feito. Winnicott acreditava que a mãe suficientemente boa e aquela que possibilita ao bebe a ilusão de que o mundo e criado por ele, concedendo-lhe. assim. a experiência da onipotência primaria, base do fazer-criativo. E a percepção criativa da realidade e uma experiência do self, núcleo singular de cada indivíduo. o se estudar o primeiro vinculo emocional com a mãe, em termos de experiência sensoriais, afetivas e de constituição do psiquismo, passa-se de uma postura edípica a uma bipessoal, do falo ao seio do triangulo a relação com a mãe. Winnicott acreditava no potencial criativo humano, a noção de um ser humano que já traz em si as potencialidades do viver. Santos (2008) diz, que o que esta em jogo na natureza humana e o que a constitui e o seu acontecimento como ser humano, isto é, a sua continuidade de ser como pessoa. Winnicott recusa decididamente o naturalismo e o determinismo, isto e, recusa a objetificação do ser humano. Ele não concebe o ser humano como um mero fato, um efeito de causas, uma coisa em conexão causal com outras coisas da natureza. MA TE RI AL P RO DU ZI DO P OR M EN TO LO GI KA S - EL IA NE C AV AL CA NT E Como Winnicott não concebe o ser humano como um mero fato, um efeito de causas, uma coisa em conexão causal com outras coisas da natureza. ele localiza o início dos problemas psicológicos no vínculo entre recém-nascido e mãe. A base da estabilidade mental depende das experiências iniciais com a mãe e principalmente, de seu estado emocional. Desenvolvimento humano segundo Winnicott MA TE RI AL P RO DU ZI DO P OR M EN TO LO GI KA S - EL IA NE C AV AL CA NT E Abordagem Winnicottiana: Na abordagem winnicottiana o analista deve oferecer ao paciente o que não teve, criando processos que nunca existiram, capacidades e funções psicológicas, dotando seu paciente de estruturas ausentes. Os três espaços psíquicos de Winnicott O interno, o externo e o transicional (zona intermediaria, que vai do narcisismo primário ao julgamento de realidade. No inicio há objetos que não são internos nem externos, só depois vira a delimitação entre ambos. A mãe deve juntar os pedacinhos, permitindo que a criança se sinta dentro dela. A mãe, ao nomear o filho unifica-o). O ambiente deve se adaptar adequadamente a criança, para tornar-se seu verdadeiro self. Se a mãe se adequa de uma forma suficientemente boa, não interfere no desenvolvimento da criança. Não é a mãe que molda completamente a criança, esta tem sua autonomia, com sua capacidades inatas de desenvolvimento. A mãe assegura o ponto de referência para que o processo continue. Winnicott crê que ao sair do narcisismo primário, o destino do sujeito depende do fracasso ou do êxito do ambiente. Não considera os fatores internos tão determinantes quanto os externos. Para Winnicott o ambiente era um elemento fundamental, a ponto de considerar as falhas ambientais como a etiologia principal dos quadros psicopatológicos. A mãe deve funcionar como “ego auxiliar” da criança. Quando a sustentação exercida pela mãe for bem sucedida, a criança a vive como uma continuidade existencial; no entanto, quando falha, o bebe terá uma experiência subjetiva de ameaça, que obstaculiza o desenvolvimento normal. Uma alteração no desenvolvimento, cria uma casca (o falso self) uma extensão da qual o individuo cresce. Enquanto o núcleo (o verdadeiro self) permanece oculto e sem poder se desenvolver. O falso self surge pela incapacidade materna de interpretar as necessidades da criança. O desenvolvimento do falso self as custas do verdadeiro self, se relaciona a uma amplitude na escala de psicopatologia que irá desde sensações subjetivas de vazio, futilidade e irrealidade até tendências antissociais, psicopatia, caracteropatias (segundo, DSM-IV- é um transtorno do humor e não da personalidade – Os Indivíduos são mais insensíveis e egoístas e tendem a não se importar com o outro) e psicoses.* Entre as contribuições mais importantes de Winnicott estão suas ideias sobre o objeto transicional, a diferença entre self falso e verdadeiro, a noção de sustentação ou holding e as muitas aberrações entre o desenvolvimento emocional infantil.
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