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PERIODONTIA CLÍNICA PATOGENIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS INFLAMATÓRIAS Origem da Doença: como acontece microscopicamente e a reflexão do aspecto clinico dessa inflamação. Uma estrutura importante que funciona como barreira fisiológica é o epitélio juncional. Quando um indivíduo está num estado de saúde (ou seja, clinicamente ao observar a gengiva não tem nenhum sangramento e não tem edema) temos que imaginar que ali existem bactérias, e elas são Gram+. Nessa fase vão existir neutrófilos (em quantidade pequena) tanto no sulco quanto no epitélio juncional e tecido conjuntivo adjacente. = é um processo fisiológico! - Em torno de 24horas, que começa a ter acumulo de placa começa a ter alterações histológicas na região do sulco gengival e consequentemente vai ter alterações no epitélio juncional e a medida que essa inflamação vai progredindo e a placa não é controlada isso vai avançando. - A doença periodontal é classificada como doença bacteriana mista, são vários patógenos responsáveis por causar a doença (GRAM + e GRAM - , bastonetes, coccus, espiroquetas), isso é o que diferencia a doença periodontal de outras patologias. - O que vai diferenciar se essa inflamação vai se manter só em gengiva (periodonto de proteção) e não levar a destruição óssea (prejudicar a inserção) ou seja se vai evoluir de uma GENGIVITE para uma PERIODONTITE é a susceptibilidade do hospedeiro (capacidade de reagir frente a uma tentativa de invasão microbiana) - Na DP o que mais causa destruição do tecido NÃO SÃO citocinas ou as bactérias, e SIM a resposta do hospedeiro. O organismo na tentativa de se proteger vai liberar substâncias e essas irão desencadear uma resposta que causará a destruição tecidual. - Outra característica da DP relacionada a susceptibilidade é que ela pode acontecer em alguns indivíduos e em outros não. OU SEJA, algumas pessoas vão ter gengivite e não irá evoluir para uma periodontite e outras haverá essa progressão, sendo que essas pessoas podem ser acometidos alguns dentes ou no dentes acometidos pode ter alguns sítios (NÃO TEM UM PADRÃO HOMOGÊNIO DE DESTRUIÇÃO). EXEMPLO: bolsa localizada na mesial do dente 26 A DP NÃO É continua, acontece em episódios. Existem períodos de ativação e períodos de remissão, ou seja, ela oscila os períodos de destruição. Isso pode acontecer em indivíduos diferentes, no mesmo individuo em dentes diferentes ou no mesmo dente em sítios diferentes. O que caracteriza uma doença HETEROGÊNIA Alterações de metabolismo e baixa imunidade vão interferir na progressão dessa doença. EX. DIABETES NÃO causa doença periodontal mas ela altera a resposta inflamatória do individuo (cicatrização pelo excesso de açúcar no sangue, altera a permeabilidade vascular) então a progressão da DP nesses casos é mais rápida. PORÉM, se houver o controle de placa efetivo não haverá nenhuma patologia periodontal. EX. AIDÉTICOS não tem uma boa resposta de defesa, logo, essa doença se instalada, progride mais rapidamente. Para acontecer a doença é necessário um “ desequilibrio de uma balança” É necessário que haja biofilme e nele são encontrados endotoxinas - LPS (presentes na celulas GRAM - ). São fatores ambientais Fatores secundários são: apinhamentos, aparelhos ortodônticos, pérolas de esmaltes, restaurações mal – adaptadas ou rugosas, etc Fatores Genéticos: a resposta inflamatória (tentativa do organismo a conter uma agressão química, física ou mecânica) tem eventos vasculares e celulares = As células de defesa vão tentar fagocitar o microrganismo ou através de mediadores químicos que são citocinas- ativando outro sistema de defesa: aumentando a permeabilidade vascular para sair mais céls de defesa, destruição de colágeno para facilitar a passagem de céls de defesa através do tecido conjuntivo, aumento da produção do fluido crevicular(mecanismo de defesa do epitélio juncional) *A colagenase é produzida tanto pela bactéria quanto pelo próprio organismo. E há interferência na produção de fibroblastos por ambas partes. Superfície do dente – Película – Biofilme Bacteriano> com Gram + iniciando o processo de formação( elas também estão presentes num estado de saúde. E quando acontece a doença, são através delas que as GRAM – fazem a coagregação para se multiplicarem e crescerem) Indice de Placa (IPL): ao usar o corante e dectar presença de placa: é positivo, mesmo que seja parte da superficie. Ao deixar de fazer a higiene, aumenta-se o indice de placa e consequentemente aumenta a chance de ter gengivite. E isso progride ao longo do tempo. Se voltar a ter higiene, reduz os sinais clinicos e consequentemente sem perda de tecido. Indice gengival (IG) ou Indice de Sangramento: Sem higiene, aumenta o indice gengival, vai ter sangramento. E se retomar a higienização reduz. 3º GRÁFICO: O azul são bactérias GRAM +, coccus e um pouco de bastonetes; No tempo 0, o indice gengival está normal. No 5, outro tipo bacteriano começa a aparecer : filamentosos. Do dia 5 para frente: vai ter transição de GRAM+ E GRAM – (de aerobios para anaerobios facultativos e depois para anaerobios restritos- quando já houver bolsa) No dia 10, o indice gengival se eleva numa velocidade rapida. Então, o que vai desencadear uma resposta mais intensa da inflamação são as bactérias GRAM – E se voltar a ter higiene normal, não vai ter mais gengivite. Lembrando que no estado de saude: há presença de neutrófilos; Historia Natural da Doença Periodontal ✓ Estudo com 480 voluntários sem higiene bucal ✓ 1970 - 1985 ✓ Foram avaliados mortalidade dental ✓ perda de inserção clínica interproximal FAIXA VERMELHA> INDIVIDUOS QUE NÃO TIVERAM NENHUMA PERDA DE DENTE, MESMO SEM HIGIENE, SO TIVERAM GENGIVITE. A SUSCEPITIBILIDADE DELES NÃO FOI ALTERADA COM A PRESENÇA DE PLACA. FAIXA VERDE> UMA PORCETAGEM MAIOR TIVERAM EM MEDIA 5 DENTES PERDIDOS DURANTE O PERIODO DE 15 ANOS DE ESTUDO. MOSTRA QUE MAIOR PARTE DA POPULAÇÃO TEVE DOENÇA QUE LEVOU A PERDA DE INSERÇÃO E CHEGOU A PERDE DE ALGUNS DENTES. FAIXA AZUL> UMA PORCENTAGEM MENOR, PERDERAM QUASE TODOS OS DENTES. ISSO MOSTRA QUE A PORCENTAGEM DE UMA POPULAÇÃO QUE TEM UMA SUSCEPTIBILIADE A PERDA DE TODOS DENTES É MUITO PEQUENA. FATORES SECUNDÁRIOS LOCAIS ✓ Anatomia e posição dental ✓ Restaurações e próteses ✓ Aparelhos ortodônticos ✓ Cavidades cariosas ✓ Cálculo supra e subgengival ✓ Falta de ponto de contato ✓ Tabagismo- cigarro promove vasoconstrição periférica, ou seja, vai mascarar o sinais clínicos da resposta inflamatória. ALTERAÇÕES SISTÊMICAS ✓ predispõe o desenvolvimento de alterações inflamatórias periodontais ✓ podem agravar a doença pré- existente ✓ sem placa - sem doença? = sim, sem a doença periodontal. ✓ Pessoas com imunidade baixa, com alguma alteração na produção de colágeno, artrite, diabetes. FATORES SECUNDÁRIOS SISTÊMICOS ---- --DOENÇAS SISTÊMICAS ✓ Imunodeficiências: Leucemia, AIDS ✓ Desordens congênitas: Síndrome de Down, Síndrome de Papillon-Lefèvre ✓ Desordens metabólicas: Diabetes mellitus, Artrite reumatoide ✓ Tabagismo ✓ Stress / fatores psicossomáticos ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO Acumulo de placa → Fenômenos vasculares e celulares> células de defesa presentes que tentam impedir através da fagocitose, da liberação de mediadores químicos, degradando proteínas para o acesso. ✓ PMNs (neutrófilos), macrófagos ✓ Células de Langerhans - apresentação de antígenos ✓ Linfócitos B e T ✓ perda da estrutura do Tecido Conjuntivo ✓ tecido de granulação ✓ perda de inserção periodontal 1. Gengiva normal: sem sinais clínicos da inflamação, ausência de dor 2. Lesãoinicial – “gengivite aguda” : sangramento, edema marginal, alteração das papilas Lesão precoce - “gengivite aguda” ✓ Lesão estabelecida - “gengivite crônica” (até aqui não tem perda de inserção ou óssea) tem uma resposta menos intensa (“estabilizou”), não tem bolsa pode ter apenas pseudobolsas provocadas pelo edema. Se entrar num período de estress vai exacerbar essa resposta. Ex. Grávida (alteração hormonal) ✓ Lesão avançada - “periodontite”: perda de inserção e tecido ósseo, formação de bolsas. GENGIVA NORMAL ✓ placa G+, bactérias aeróbias ✓ Epitélio Juncional sem proliferação das cristas epiteliais ✓ presença de poucos neutrófilos no sulco, EPJ e tecido ✓ exsudato mínimo: fluido crevicular ✓ tecido conjuntivo normal ✓ ausência de perda óssea LESÃO INICIAL E PRECOCE Com ausencia de higiene, começa a ter acumulo de placa; ✓ 2-4 dias → lesão inicial ✓ 4-14 dias → lesão precoce ✓ placa G+, aeróbias > maior quantidade dessas bactérias ✓ proliferação inicial lateral do Epitélio Juncional, ele aumenta o seu volume para dentro do tecido conjuntivo, isso é uma proteção mecânica. Porém como ele tem permeabilidade, tem maior acumulo de neutrófilos e consequentemente uma maior penetração deles no sulco; eles passam do EJ para o sulco através da diapedese ✓ abertura de capilares: endotélio fica menos aderido ✓ migração de PMNs, saída de proteínas dos capilares a água vem junto formando um edema ✓ exsudato levemente alterado ✓ acúmulo de linfócitos ✓ início de perda colágena tanto em função do próprio organismo, pela liberação de colagenase (pela presença de citocinas) e pela bactéria presente porém essas produzem menos colagenase nesse estágio. ✓ ausência de perda óssea ENTÃO, INICIA-SE A GENGIVITE AGUDA. LESÃO ESTABELECIDA ✓ 7-21 dias → podendo persistir por anos ✓ placa G+ e G- ✓ proliferação lateral do EJ - pseudo-bolsas; ele começa a migrar apicalmente também ✓ predominância de plasmócitos (10 a 30%) ✓ aumento do exsudato ✓ destruição de fibroblastos e colágeno (colagenase) ✓ ausência de perda óssea e inserção conjutiva ENTÃO TEM O ESTABELECIMENTO DA GENGIVITE CRÔNICA LESÃO AVANÇADA ✓ placa G+ e G- ✓ proliferação lateral do EJ = ele se projeta mais ainda para o conjuntivo como barreira mecânica e também para aumentar a produção do fluido crevicular (sendo ele mais espesso, com maior quantidade de proteínas, restos epiteliais) ✓ proliferação apical do EJ - bolsa verdadeira ✓ predominância de plasmócitos ( 50%) ✓ aumento do exsudato ✓ destruição de fibroblastos e colágeno ✓ tem perda óssea NESSA FASE JÁ SE TEM PERIODONTITE INSTALADA *A PROGRESSÃO DA GENGIVITE PARA PERIODONTITE É DETERMINADA PELA ALTERAÇÃO DA MICROBIOTA E SUSCEPTIBILIDADE DO HOSPEDEIRO (CAPACIDADE DESSE ORGANISMO CONSEGUIR BARRAR OU NÃO// CAPACIDADE DESSE MICROORGANISMO PRODUZIR UMA RESPOSTA EM ALGUMAS PESSOAS MAIS AGRESSIVAS E EM OUTRAS MENOS AGRESSIVAS.) ENTÃO, pode concluir que a perda ossa está relacionada com a própria defesa do organismo do que com a ação bacteriana. ✓ Vai ocorrer migração apical do epitélio juncional (ele perde a adesão hemidesmossômica com a superfície do dente, e alguns autores denomina ele como epitélio da bolsa) ✓ E perda de inserção conjuntiva Porque nas gengivites e periodontites não há dor? Porque para tê-la é necessário exposição de tecido conjuntivo; Gengivites Necrosantes ou Periodontites Necrosantes: há destruição do epitélio, então o conjuntivo fica exposto causando dor. DESAFIO MICROBIANO Bactérias periodontopatogênicas Endotoxinas (LPS) Enzimas proteolíticas (quebram proteínas) Destruição direta Produtos metabólicos Destruição Indireta Destruição direta: quando enzimas proteolíticas (colagenase) agem diretamente quebrando o colágeno Destruição Indireta: a Endotoxina quando entra em contato o receptor de uma célula de defesa, ela vai liberar citocina, e consequentemente vai ter maior liberação de colagenase pelo corpo para “liberar” mais espaço para que cheguem mais células de defesa; é a maior forma de destruição. Na DP, a resposta do hospedeiro é mais intensa do que propriamente a agressão direta da bactéria. FENÔMENOS VASCULARES E CELULARES *PODE CAIR NA PROVA, RELACIONAR FASE CLINICA COM A HISTOLÓGICA. - Existem duas vias de ativação da inflamação - A primeira via é celular: neutrofilos fagocitam as bactérias ou essas bactérias está opcionizadas(marcada). As citocinas presentes são marcadores da inflamação e elas ativam outras células linfocitos t, Tauxiliar , linfocitos B e por último os plasmócitos que surgem na lesão estabelecida, num estágio da inflamação mais avançado. Então vai ter uma resposta humoral, tem apresentação de antigeno x anticorpo, neutralização de toxinas e outro mecanismo é ativado C5B, C5, c5a; Na periodontite, não adianta tomar antiinflamatório, pois pode até quebrar algumas etapas da cadeia, vai diminuir edema, sangramento, pode até diminuir a dor. MAS, se não remover o fator etiologico não vai adiantar nada. A mesma coisa no caso do antibiotico. COMPONENTES DO SISTEMA IMUNOLÓGICO Neutrófilos polimorfonucleares ✓ Apesar de já existir num estado saudável, aumenta sua produção em 2-3 dias ✓ diapedese ✓ fagocitose ✓ processamento bacteriano e libera colagenase ✓ liberação de proteases e citocinas que ativam outras células para auxiliar defesa ✓ 1º linha de defesa ✓ Alterações qualitativas e/ou quantitativas estão associadas a destruição periodontal mais severa ✓ Deficiência de Adesão Leucocitária, Agranulocitose, Sindrome de Chediak-Higashi alteram a resposta inflamatória. - Se não tiver a primeira linha de defesa terá um maior destruição inicial do tecido!!! Sistema Complemento Cascata C1- C9 ✓ Ativação pela via clássica - complexo Antígeno – anticorpo, ou seja bactéria foi “marcada” e o anticorpo libera substâncias para recrutar célula, e assim a resposta continua. E isso acontece até que seja removida a placa, porém a inflamação acontece em períodos de remissão e ativação. ✓ Ativação pela via alternativa- C5 ✓ Aumento da permeabilidade capilar ✓ Quimiotaxia de PMNs ✓ Clivagem bacteriana Macrófagos ✓ Demora meses ✓ fagocitose ✓ apresentação de antígenos ✓ citotoxidade, células toxicas que fazem sua ativação ✓ liberação de proteases (colagenase) e citocinas ✓ regulação da função linfocitária Linfócitos T ✓ Demora meses ✓ imunidade celular e humoral ✓ L T-helper:TH1 e TH2 TH1- IL-2 e INF TH2- IL-4, 5,10 e 13 Linfócitos B ✓ Demora meses ✓ Relacionados com a imunidade humoral ✓ síntese de imunoglobulinas ✓ complexos antígeno/Anticorpo ✓ aglutinação (união com outra célula) , precipitação (inativar)e opsonização(marcação) para que outras células a reconheçam e fagocitem; ✓ neutralização das toxinas ✓ citotoxidade ✓ ativação do complemento ✓ IgG - 80% ✓ IgG2 – periodontites agressivas Citocinas ✓ proteínas moduladoras do processo inflamatório ✓ ação e produção regulada por inibidores e outras citocinas ✓ muitas citocinas tem função sobrepostas Interleucinas ✓ IL-1, IL-6 e TNF-: destruição óssea ✓ IL-8: quimiotaxia para os PMNs ✓ PGE2: derivada do Ác. Aracdônico ✓ vasodilatador potente ✓ indutor da produção de outras citocinas e metalo-proteinases matriciais Colagenase ✓ liberadas por fibroblastos e PMNs (bactérias) ✓ relacionadas com destruiçãoperiodontal ✓ clivagem do colágeno tipo I, II e III ✓ concentração em sítios com inflamação ✓ concentração após tratamento PROGRESSÃO DA DOENÇA ✓ Surtos de atividade e período de remissão – tem episódios! ✓ Destruição contínua com breves episódios localizados de remissão e exacerbação. Ou seja, não tem padrão homogêneo de destruição. Aula N2 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS Por quê Classificar? Para facilitar a comunicação com o paciente, entre os profissionais, entre pesquisadores e organizar suas necessidades de tratamento Ex. Gengivite gravídica: sabe-se que não acometeu tecido duro, que está localizada somente em gengiva (periodonto de proteção), sabe-se que tem que ser feito um controle de placa e no máximo uma raspagem supra-gengival pois não tem bolsa Mudanças de Paradigmas... 1870-1920- TUDO era caracterizados baseados nas características clínicas das Doenças Periodontais Etiologia: →Fatores Locais: não interferiam →Fatores Sistêmicos : não tinha relevância →Ambos? *Observações clinicas e opiniões individuais eram métodos utilizados no diagnostico - o que acontecia é que quando os dentes tinham mobilidade era “arrancados” O termo usado era Piorréia, muitas pessoas arrancavam os dentes acreditando que não tinha cura e que aquilo poderia contaminar o resto dos dentes, quando se tratava de uma periodontite localizada. 1920-1970 - baseadas na patologia das Doenças Periodontais Estudos Histopatológicos: Isso mudou quando foram feitos estudos histopalógicos de pessoas mortas e foram observadas diferenças das patologias: Mudanças degenerativas no periodonto - Inflamação - traumatismo - atrofia - hipertrofia - degeneração 1970-hoje - baseadas na etiologia das Doenças Periodontais Infecção/resposta do hospedeiro Microbiota específica “Periodontite Juvenil” Classificação de 1989 I - Periodontite do Adulto: que é hoje é a crônica> ela tinha perda óssea generalizada ou localizada, perda de inserção radiograficamente, dentes com mobilidade, sem dor, pus. II - Periodontite de Início Precoce: acometia jovens, pré-puberal e de progressão rápida, não era comum isso acontecer. III- Periodontite associada com doença sistêmica IV- Periodontite Necrosante Aguda que se difere das outras pois o epitélio se rompe, e o conjuntivo é exposto: há dor. Problemas: ✓ Não inclusão de categoria para doenças gengivais (ñ passava pela gengivite) ✓ Critérios de classificação eram Idade-dependentes ou seja dependia da idade do pct. ✓ Características clínicas semelhantes em formas diferentes de doença Classificação de 1999 É a que está em vigência hoje I - DOENÇAS GENGIVAIS A – Induzidas por placa 1 – Associadas à placa somente (convencional) 2- Associadas à fatores sistêmicos (diabetes, AIDS) 3- Associadas à medicações : anticonvulsionantes 4- Associadas à má-nutrição: ausência de vitamina C Gengivite associada a medicação Gengivite Gravídica Moderada Mas existe presença de placa Bact. O que acelera hiperplasia gengival. Gengivoestomatite herpética, não é Candidose Associado a placa. É viral. Fibromatose Gengival Hereditária Candidose Não está relacionado a placa B – Não induzidas por placa 1 – Origem bacteriana específica, bactérias que não estão presentes no biofilme, mas causam doenças periodontal 2- Origem Viral: gengivoestomatite herpética 3- Origem Fúngica: candidose 4- Origem genética: fibromatose gengival 5- manifestações de condições sistêmicas 6- lesões traumáticas: prótese mal adaptadas 7- Reações de corpo-estranho : casquinha de pipoca 8- Não-especificada Gengivite Fúngica Gengivite Viral II – PERIODONTITE CRÔNICA A – Localizada: sítios em dentes específicos. Menos de 30% dos sítios B – Generalizada Era a periodontite do adulto Localizada Generalizada III– PERIODONTITE AGRESSIVA- progressão rápida; tem fator familiar A – Localizada- menos de 30% dos sítios B – Generalizada Era antigamente a periodontite que acometia adultos pré-puberal Pode levar a perda do dente, sendo a resposta do hospedeiro muito intensa - predominancia de Actinomycescetecomitans e p. gengivallis IV– PERIODONTITE COMO MANIFESTAÇÃO DE DOENÇA SISTÊMICA A – Associada a desordens hematológicas 1 – Neutropenia adquirida 2- Leucemia 3- Outras *cigarro e diabetes não estão classificados como causa especifica, por isso essa classificação é considerada errônea. B – Associada com desordens genéticas 1 – Neutropenia familiar e cíclica 2- Síndrome de Down: tem dificuldade de respiração nasal, boca mais seca, menos neutrófilos 3- Síndrome de deficiência na adesão leucocitária 4- Síndrome de Papillon-Lefèvre 5- Hipofosfatasia: alteração óssea = osso imaturo 6 - Outras Hipofosfatasia –geralmente esta relacionado a agenesia C- Não-especificada V– DOENÇAS PERIODONTAIS NECROSANTES A – Gengivite ulcerativa Necrosante: tem a perda rápida das papilas (inversão) e odor fétido Se não houver uma intervenção/tratamento vai evoluir rapidamente para uma necrose, perda de tecido gengival e de sustentação> fibras, ligamento periodontal e osso; B – Periodontite ulcerativa necrosante Pode estar relacionado a estágios finais da AIDS, estresse, fumante. VI– ABSCESSOS DO PERIODONTO Resposta mais intensa do organismo frente a uma agressão, o pus é um sinal característico. A – Abscesso gengival: casquinha de pipoca pode levar um abcesso B – Abscesso periodontal: raspagem de uma bolsa profunda, e que não conseguiu atingir o ápice da bolsa. Então o EPJ vai aderir novamente ao dente e ao fundo vai ter bactéria, e essa ao invés de ter uma resposta via bolsa, ela forma um abcesso na gengiva vestibular C- Abscesso pericoronário: está relacionado com um dente parcialmente erupcionado. VII– PERIODONTITE ASSOCIADA A LESÕES ENDODÔNTICAS A – Lesões endodôntica-periodontais combinada →origem : bolsa profunda, bactéria atinge o ápice, com dente integro sem nenhuma restauração OU abcesso em função de uma cárie, forma uma abcesso em função de uma lesão endodôntica e ao invés de fazer um caminho de fistula, vem fazendo um caminho através do LP VIII– CONDIÇÕES E DEFORMIDADES ADQUIRIDAS OU DE DESENVOLVIMENTO A – Fatores localizados associados ao dente que modificam ou predispõem à doenças gengivais/periodontites induzidas por placa 1 – Fatores anatômicos: pérolas de esmalte 2- Restaurações ou aparelhos dentários 3- Fraturas radiculares 4- Reabsorção radicular ou lascas de cemento B- Deformidades e condições mucogengivais ao redor dos dentes 1 – Recessão gengival 2- Falta de tecido queratinizado 3- Diminuição na profundidade do vestíbulo 4- Mal posicionamento de freios 5- Excessos gengivais Recessão gengival C – Deformidades e condições mucogengivais em rebordos edêntulos 1 – Deficiência vertical ou horizontal de rebordo 2- Falta de tecido queratinizado 3- Diminuição na profundidade do vestíbulo 4- Mal posicionamento de freios 5- Excessos de tecido gengival/tecido mole D-Trauma oclusal Leva a uma reação inflamatória no ligamento periodontal, então vai ter uma resposta frente a um trauma. Se tiver um trauma oclusal, não deve ser feito raspagem, pois o dente certamente estará com mobilidade. Deve eliminar o trauma!!! Futuras Mudanças... Subclassificação da doença periodontal crônica: - Inclusão de microrganismos específicos - Inclusão de polimorfismos genéticos, saber que eles podem mudar Inclusão de fatores modificadores da resposta do hospedeiro: “Periodontite induzida pelo fumo” “Periodontite induzida pela diabete” Conclusões: Prova: qual a importância da classificação de doença? Estudar patologia, etiologia, para poder fazer um bom tratamento. Organizar as necessidade de tratamento, se for induzido por placa: o tratamento está dentro do consultório, e se for um fator sistêmico o tratamento é multidisciplinar Por quê Classificar? “O sistema de classificação das doenças fornece ao clínico uma maneira de organizar as necessidade de tratamento de seus pacientes” Etiologia -- Patogênese – Tratamento Ultima aula Etiologia das doenças periodontais: fatores sistêmicos e de risco Introdução: Todo mundo tem bactéria, mas nem todos tem doença periodontal. O que é necessário para que se tenha? Suscetibilidade do hospedeiro, para que aquela doença se instale e avance. Existem outros fatores que vão alterar o curso da doença periodontal, tanto das gengivites como das periodontites. Ex. fatores sistêmicos e de risco, como exemplo distúrbios endócrinos: uma menina na puberdade tem altas concentrações de estrógenos e progesteronas. Condições periodontais em relação: 1) Distúrbios endócrinos e alterações hormonais 2) Distúrbios hematológicos e deficiências imunes 3) Outras condições sistêmicas 4) Tabagismo: o monóxido de carbono presente no cigarro vai competir com o oxigênio na corrente sanguínea, logo as células vão ficar desnutridas, o sistema de defesa cai. *O hemograma é muito importante e precisa fazer parte dos exames completares da anamnese. Infecção periodontal: possui como etiologia a placa dentobacteriana, tendo patógenos específicos no processo destrutivo. No entanto, a mudança mais importante na compreensão da patogenia da doença periodontal é que a resposta do hospedeiro que varia entre os indivíduos: Resposta imune insuficiente do hospedeiro aos patógenos periodontais pode levar a formas mais graves da doença. Então, é necessária a bactéria + resposta do hospedeiro insuficiente e algumas alterações sistêmicas vão agravar essa situação periodontal; - Tanto uma desordem bucal pode levar a uma alteração sistêmica, tanto uma alteração sistêmica pode levar a uma desordem bucal. Diversos fatores físicos e psicossociais têm o potencial de alterar os tecidos periodontais e a resposta imune do hospedeiro. Fatores físicos: aparelho ortodôntico fixo, variações anatômicas dos dentes. Fatores psicossociais: estresse, pacientes depressivos, fumantes. Cada um terá uma resposta diferente a uma mesma condição. O uso de aparelho ortodôntico em uma pessoa saudável o periodonto responde diferente de uma pessoa com doença sistêmica. Agora aqueles que tem uma doença periodontal e vai usar aparelho devem ser orientados a cerca do controle de placa Distúrbios endócrinos e alterações hormonais relacionadas com o periodonto Flutuações hormonais associadas: - À puberdade; - Ao ciclo menstrual; - À gravidez : vai ter uma resposta diferente frente a mesma quantidade de placa que tinha antes. - Diabetes mellitus : nesses casos há deficiência na produção de insulina, sendo ela responsável pela metabolização da glicose, em sua ausência aumenta a concentração de glicose que é transportado pelas hemoglobinas. Então vai ter menos quantidade de hemoglobina disponível, consequentemente a elevada concentração de glicose vai alterar os vasos sanguíneos, capilaridade, agregação plaquetária e outras funções que estão diretamente ligadas à resposta inflamatória. Flutuações hormonais associadas à puberdade Na puberdade (11 aos 14 anos): ocorre maior produção dos hormônios sexuais (estrógeno e progesterona), sendo verificado um aumento no quadro de gengivite sem aumento na quantidade de placa. Isso acontece tanto homem e como em mulheres. Patógenos periodontais, como a Prevotella intermedia, são favorecidos pela ação desses hormônios, contribuindo para o desenvolvimento da microbiota periodontal. É como se esses hormônios exibissem quimiotaxia para essas bactérias colonizassem mais o sulco gengival. Há uma resposta inflamatória mais exacerbada durante a puberdade, necessitando: - acompanhamento periódico/ cuidados preventivos: muitas vezes não sente dor, mas sangra. - orientações aos pais ou responsáveis; - conscientização do adolescente. - mudança de hábitos e atenção ao uso de entorpecentes, aumento de consumo de álcool e tabaco, problemas sociais. Durante essa fase ocorrem mudanças na secreção de hormônios ovarianos (FSH e LH). FSH: Hormônio folículo estimulante: influencia no processo reprodutivo (homens e mulheres) e estimula o crescimento do folículo ovariano (mulheres) LH: Hormônio luteinizante: responsável pela ovulação e controle de secreção de progesterona (mulher) e produção de testosterona (homem). Na mulher: além dos hormônios que se reproduzem no início da puberdade (hormônios sexuais: estrógeno e progesterona), há também a repercussão dos hormônios ovarianos. UMA ANNE NA VIDA hahahahaha Durante o período pré-menstrual: muitas mulheres manifestam sintomas clínicos de fadiga, desejo de ingerir doces e salgados, distenção abdominal, cefaléia, sensibilidade nas mamas, inchaço em outras regiões do corpo. Lógico que esse quadro varia de mulher e mulher. Flutuações hormonais associadas à gravidez: Durante a gravidez, os níveis hormonais aumentam potencialmente. A progesterona aumenta em 10 vezes e o estrogênio aumenta em 30 vezes ao valor normal. Resposta inflamatória gengival exacerbada: gengivite durante gestação ocorre de 30% a 100% das pacientes. O enjoo e alimentação com mais frequência são fatores que podem influenciar. É necessário que o CD faça a orientação. Região anterior pode estar mais envolvida (casos de gestantes respiradoras bucais), principalmente no 3º trimestre, em que desenvolvem rinite (obstrução nasal) gestacional. *a saliva possui anticorpos, porém com a respiração é feita pela boca, essa saliva resseca e fica mais propício para as gengivites. Pode ocorrer gralunoma piogênico/ gravídico: lesões hiperplásicas, nodulares, sangrantes ao toque, vermelho-arroxeadas, sésseis ou pediculadas. Associação com higiene bucal deficiente, presença de bastante placa dentobacteriana, gengivite e/ou cálculo. *pode ser feita cirurgia. Tratamento: Remoção dos fatores locais causadores (placa/ cálculo); Orientação à paciente e conscientização do problema; Excisão completa da lesão; Encaminhamento para histopatológico. Estudos demonstram evidências de que a infecção periodontal não tratada em gestantes pode ser um fator de risco para: - parto prematuro; - nascimento de bebês com baixo peso. * As bactérias periodontopatogênicas vão cair na corrente sanguínea, assim como interleucinas, fatores de necrose tumoral e vão chegar próximo da região do útero, podendo causar essas complicações. A correlação é decorrente do resultado da infecção: Translocação dos produtos tóxicos bacterianos (como os LPS) e consequente aumento de mediadores inflamatórios sistêmicos (prostaglandinas – PGE2, entreoutros) faz com que acelere o parto e/ou bebê com baixo peso. Distúrbios endócrinos: Diabetes – não vai cobrar definições Diabetes tipo I: autoimune ou insulinodependente. O sistema imunológico destrói as próprias células betas do pâncreas (células produtoras de insulina). Com a destruição destas células, há baixa ou nenhuma produção de insulina e consequentemente a glicose dos alimentos ingeridos são acumulados no sangue (hiperglicemia crônica). Diabetes tipo II: não-insulinodependentes ou adquirida. É o tipo de 90% dos casos de Diabetes. Associada a maus hábitos alimentares, sedentarismo e elevado peso. Pode ser evitada. Hiperglicemia crônica não controlada promove alteração no metabolismo do indivíduo, contribui para complicações microvasculares (periodontais, nefropatias) e macrovasculares (cardiovascular e vascular cerebral). Sintomas: polifagia, polidipsia, poliúria e predisposição a infecções. Em relação ao periodonto: diabéticos possuem maior tendência a infecções e resposta imunológica reduzida, contribuindo para forma mais destrutiva na doença periodontal. O aumento de glicose no sangue e no fluido gengival favorece o desenvolvimento de algumas bactérias periodontais. Há ainda alteração no metabolismo do colágeno: - atividade aumentada de colagenase; Ocorre síntese reduzida de colágeno, que é um tipo de proteína que compõe maior parte do tecido conjuntivo gengival. Vários produtos finais de glicosilação acumulados (PGAs), resultado do estado hiperglicêmico, interferem no colágeno, dificultando a reparação tecidual (dificuldade de cicatrização)→ é a principal característica no diabético. ** Na diabetes, a resposta imunológica é alterada e também há alteração da síntese de colágeno. O periodonto é formado basicamente de colágeno produzido por fibroblastos. Se há produção de colagenase tanto por bactérias quanto pelo organismo e ainda tiver alguma deficiência relacionada com alguma doença: haverá o sinergismo na progressão da doença periodontal; (prova) Resposta no tratamento periodontal em paciente diabético não controlado será a mesma que um paciente sadio sistemicamente? Justifique. NÃO! explicar esse processo citado acima. O número de consultas para tratar um paciente diabético será o mesmo? Depende se o paciente está compensado e do grau de higienização dele. E se o paciente descompensado? É necessário que ele procure um medico para fazer o tratamento multidisciplinar. O tempo de intervalo para controle/manutenção é diferenciado? Depende do grau de higiene e se está compensado. Se ele for diabético compensado o intervalo para controle poderia ser igual de uma pessoa saudável, porém isso vai depender do índice de placa individual. Agora se ele é descompensado é necessário que fizesse acompanhamento médico, mas certamente o tempo de intervalo entre as consultas será reduzido. Importante: Anamnese bem realizada (tempo dedicado x consulta); Solicitação de exames sanguíneos (glicemia em jejum, hemoglobina glicada); Contato com o endocrinologista do paciente. Conscientização do paciente sobre a doença. DISTURBIOS ENDOCRINOS - DIABETES Distúrbios hematológicos relacionados com o periodonto Todas as células sanguíneas desempenham um papel essencial na manutenção do periodonto. É importante que o cirurgião-dentista saiba interpretar os valores dos exames sanguíneos solicitados e o porquê. Exame relevante: hemograma completo Células brancas ou de defesa: como por exemplo os leucócitos, são responsáveis pelas reações inflamatórias, proteção contra microorganismos, liberação de citocinas pró- inflamatórias. Agem diretamente e indiretamente(quimiotaxia) Células vermelhas: como exemplo os eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias), são responsáveis pela troca gasosa, suprimento de nutrientes aos tecidos periodontais, e necessários para homeostasia tecidual. Importância do exame clínico odontológico: avaliar presença de petéquias ou equimoses em palato, pois podem sugerir alguma discrasia sanguínea. Deficiências na resposta imune do hospedeiro podem ser: - Primárias (herdadas): nascem com deficiência imunológica. - Secundárias: adquiridas ou desenvolvidas ao longo da vida: doenças como leucemia, LES, linfomas, uso de terapia imunossupressora, outros. Leucemia É uma neoplasia maligna de precursores dos leucócitos. Ocorre: substituição das células da medula óssea por células leucêmicas (malignas) em proliferação, que se infiltram em diversos tecidos e órgãos. Consequência: as células normais são amplamente reduzidas, levando à anemia (redução das hemácias), à leucopenia (redução dos leucócitos não-malignos) e à trombocitopenia (redução das plaquetas). Leucopenia: reduz o potencial do sistema de defesa do hospedeiro Anemia: resulta em má oxigenação tecidual Trombocitopenia: maior tendência hemorrágica. Infiltrado de células leucêmicas na gengiva promove um aumento gengival, decorrente do processo inflamatório e neoplásico *mesmo que haja placa, não deve ser feito a raspagem, deve ser realizada só a orientação a cerca do controle de placa e encaminhar ao médico. Tabagismo e doença periodontal A fumaça do tabaco contém mais de 4.000 substâncias, dentre elas o monóxido de carbono (CO), carcinógenos, nicotina e outras. O CO, quando inalado, compete com o oxigênio na ligação com a hemoglobina (que ficam nas hemácias), dificultando o transporte de oxigênio por todo nosso corpo. Essa diminuição de oxigênio nos tecidos dificulta a sobrevivência de células na região e reduz a resposta de defesa, que requerem a molécula de oxigênio no processo oxidativo (neutrófilo → reação oxidativa→bactéria anaeróbica). A inalação da fumaça do tabaco permite uma absorção de nicotina muito rápida para o sangue. A nicotina: - gera fagocitose anormal pelas células de defesa polimorfonucleares (primeira linha de defesa) no tecido periodontal. Neutrófilos alterados. - é responsável por uma reação de vasoconstrição periférica, por este motivo, há uma diminuição do sangramento gengival visualizado clinicamente. A vasoconstrição periférica dificulta a passagem de células de defesa no sangue que comumente saem de dentro do vaso sanguíneo aos tecidos. (Se é necessário a saída de células de defesa do tecido conjuntivo que tenta impedir a invasão bacteriana a vasoconstrição vai dificultar) * durante o procedimento de sondagem não vai ter tanto sangramento, é como se mascarasse esse sinal clinico. Além disso, as paredes dos vasos perdem gradativamente a elasticidade, alterando o endotélio. Os danos às paredes internas atraem plaquetas para o local, que junto com a rede de fibrina, promovem a reparação do vaso. *tem maior risco à hipertensão arterial: se não tem a distensão dos vasos, quando se tem o aumento de sangue vai ter uma maior pressão dos vasos ocasionando um acidente vascular. Os danos constantes promovem fibrose na parede dos vasos, que dificultam também a migração de células de defesa. Os neutrófilos precisam fazer a diapedese para combater algum agente patógeno, se há uma fibrose e/ou vasoconstrição vai acarretar uma falha no mecanismo de defesa. Efeitos do tabagismo aos tecidos periodontais: Alterações vasculares: redução da circulação sanguínea e diminuição dos sinais clínicos da inflamação Comum característica clínica entre os fumantes: gengiva com aparência saudável, ausência de sangramento gengival acompanhado por bolsas periodontais profundas e avançadas perdas ósseas.- Diminuição da capacidade de defesa à ameaça bacteriana - Diminuição da oxigenação tecidual Doença periodontal e outras doenças sistêmicas Durante a infecção periodontal, os patógenos periodontais caem na corrente sanguínea juntamente com seus produtos tóxicos (LPS). Ocorre uma reação inflamatória potencial no quadro sistêmico do paciente, que tornando persistente, há formação de complexos imunes, que contribuem para causar lesão no endotélio (parede dos vasos sanguíneos). Essa lesão endotelial promove a agregação de plaquetas e formação de coágulos, que se desprenderem, podem formar trombos e instalarem em pequenas artérias cerebrais ou do coração. Além disso, pacientes que já possuem algum tipo de comprometimento arterial por presença de placas de gordura →os complexos imunes e/ou trombos podem aumentar o risco do agravamento da aterosclerose e de infarto do miocárdio. Pacientes diabéticos, hipertensos e/ou outras doenças sistêmicas possuem risco bem mais elevado de desenvolverem doenças cardíacas na presença de doença periodontal. Epidemiologia na Periodontia Epidemiologia: estudo da distribuição e determinantes de uma condição de saúde em populações específicas. A aplicação desses estudos contribuem para melhor compreensão dos fatores de risco, fatores causais e nas soluções para tratamento e/ou controle das doenças. Medidas epidemiológicas: Prevalência: proporção de pessoas que tem uma condição clínica em um dado ponto ou período de tempo. Incidência: cálculo de risco, ou seja, probabilidade de um grupo de estudo desenvolver determinada doença. Prevalência: Qual a prevalência de alunos nesta sala que possuem doença periodontal? Qual a prevalência de alunos fumantes no período de janeiro a dezembro de 2013? Incidência Qual a probabilidade de que os alunos dessa sala que possuem doença periodontal desenvolvam doença cardíaca? Qual a probabilidade de alunos fumantes desenvolverem doença pulmonar? Ou a pessoa está em risco: Chance de desenvolver a doença: baixa ou alta. Ou a pessoa possui a doença → Uma pessoa não pode estar em risco e ter a mesma doença ao mesmo tempo. Ex.: O cigarro é fator de risco para desenvolver doença periodontal em um paciente já com doença periodontal? O uso de tabaco é fator agravante para a doença periodontal? O cigarro é fator de risco para um paciente com o periodonto sadio? Índice de Placa Corar os dentes com evidenciador de placa e avaliar as 4 faces do dente: 0 = ausente 1 = presente Índice de Sangramento Gengival Realizar a sondagem periodontal e verificar após 30s se há sangramento gengival nas 6 faces do dente: 0 = ausência de SG 1 = presença de SG Devido à complexidade de padronizar um índice para doença periodontal decorrente das diversas condições da doença quanto à sua extensão (localizada ou generalizada) e gravidade (leve, moderada, grave), não há na literatura um índice padrão para avaliar doença periodontal em uma população. Normalmente os pesquisadores trabalham com outros cálculos epidemiológicos ESTUDE EM CASA! Leonardo de souza lima Siga me nas redes sociais e no passei direto fortalece ai amizade! Curte e compartilha! Lslreal
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