AULAS 6 7 8 9 - DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS EM ESPÉCIE

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Professor André Hacl Castro
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS EM ESPÉCIE
Analisar o rol dos direitos individuais e coletivos 
previsto na Constituição da República de 1988;
Compreender a aplicação e tutela desses direitos.
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS EM 
ESPÉCIE
OBJETIVOS DA AULA: 
DIREITOS INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS EM ESPÉCIE
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS
DIREITOS INDIVIDUAIS 
DECLARAÇÃO DE PROTEÇÃO A BENS INDIVIDUAIS JURÍDICAMENTE 
PROTEGIDOS
GARANTIAS INDIVIDUAIS 
DIREITO DE EXIGIR DOS PODERES PÚBLICOS A PROTEÇÃO DE DIREITOS 
(E QUE O PRÓPRIO PODER PÚBLICO NÃO VIOLE DIREITOS)
•ART. 5º CRFB: ROL EXEMPLIFICATIVO
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
ART. 5º, III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante
ATRIBUTO IMANENTE A TODO SER HUMANO
JUSTIFICA O EXERCÍCIO DA LIBERDADE
REALIZAÇÃO DO DIREITO À EXISTÊNCIA PLENA E SAUDÁVEL
ESTADO ELEVA O PATAMAR DO SER HUMANO PARA IMPEDIR SUA 
DEGRADAÇÃO/REDUÇÃO A MERO OBJETO DE MANIPULAÇÃO
DIGNIDADE
PROTEÇÃO E PROMOÇÃO DAS CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA UMA VIDA 
ADEQUADA
RESPEITO À IGUALDADE
GARANTIA DE INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA
COIBIÇÃO A OBSTÁCULOS AO DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
TORTURA PROIBIDA PARA ASSEGURAR INTEGRIDADE (FÍSICA E PSÍQUICA) DO 
INDIVÍDUO EM NOME DO DIREITO À VIDA E DA SUA AMPLA DIMENSÃO
DIREITO À VIDA
DIREITO À VIDA
DECLARAR QUALQUER OUTRO DIREITO NÃO FARIA SENTIDO, SE NÃO PUDER 
ESTAR VIVO PARA USUFRUÍ-LO
EXISTÊNCIA HUMANA: PRESSUPOSTO DOS DEMAIS DIREITOS E LIBERDADES
VIDA: LIMITE MÁXIMO PARA A EXTENSÃO DOS OUTROS DIREITOS
CINCO VALORES BÁSICOS QUE INSPIRAM A LISTA DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS: VIDA, LIBERDADE, IGUALDADE, SEGURANÇA, PROPRIEDADE.
ATENTADOS DOLOSOS CONTRA A VIDA: PERSEGUIDOS CRIMINALMENTE
PROCESSO PENAL POR MEIO DO JURI (ART. 5º, XXXVIII)
MEIO AMBIENTE EQUILIBRADO (CONTROLE DA PRODUÇÃO QUE 
COLOQUE EM RISCO A VIDA, QUALIDADE DE VIDA E MEIO AMBIENTE –
ART. 225, § 1º, V)
DEVER DA FAMÍLIA, SOCIEDADE E ESTADO PRIORIZAR DIREITO À VIDA 
DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES (ART. 227)
TRATADOS INTERNACIONAIS 
ASSINADOS
•CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS 
HUMANOS (PACTO SAN JOSÉ – ART. 4º)
•PACTO INTERNACINAL DE DIREITOS CIVIS E 
POLÍTICOS DAS NAÇÕES UNIDAS (ART. 6º)
•CONVENÇÃO SOBRE DIREITOS DAS CRIANÇAS 
(ART. 1º, 6º-1 e 6º-2)
DEBATES QUE ENVOLVEM DIREITO À VIDA
• LEGITIMIDADE DA INTERRUPÇÃO DO PROCESSO DE GESTAÇÃO (6) 
(REPRODUÇÃO HUMANA/PESQUISAS COM CÉLULAS EMBRIONÁRIAS – ADI 
3.510)
• LICITUDE DA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA EXISTÊNCIA
• AUTOPRESERVAÇÃO DA VIDA
• DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA
• ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
• SE VESTIR COM COM DIGNIDADE
• MORADIA
• SERVIÇOS MÉDICOS
• DESCANSO
• SERVIÇOS SOCIAIS INDISPENSÁVEIS
TITULARIDADE DO DIREITO À VIDA
TITULARIDADE
• TODA A VIDA HUMANA É PRESERVADA PELO CONSTITUINTE
• SOMENTE HÁ VIDA EM SERES HUMANOS – ONDE HÁ SER HUMANO, HÁ VIDA.
• DIREITO À VIDA: DESDE O SURGIMENTO DA VIDA ATÉ A MORTE.
• TODO SER HUMANO DEVE SER TRATADO COM IGUAL RESPEITO À SUA 
DIGNIDADE (RESPEITO À EXISTÊNCIA HUMANA)
• NÃO PODE SER COMPREENDIDO DE FORMA DISCRIMINATÓRIA COM 
RELAÇÃO AOS TITULARES.
• DIGNIDADE INTRÍNSICA E INDISPONÍVEL (7) – RECONHECIMENTO DO DIREITO 
DE EXISTIR.
• IGUALDADE FICARIA FERIDA SE A VIDA PUDESSE SER GRADUADA SEGUNDO 
ASPECTOS ACIDENTAIS QUE MARCAM A VIDA DE CADA UM (ORIGEM ÉTNICA 
/ GEOGRÁFICA / OPÇÕES DE GÊNERO / IDADE) – EXCEÇÃO: PENA DE MORTE 
EM CASO DE GUERRA DECLARADA – ART. 5º XLVII “a”
DIREITO À VIDA DO NASCITURO
• HAVENDO VIDA HUMANA, NÃO IMPORTA A ETAPA DE DESENVOLVIMENTO
• RECONHECIDO E PROTEGIDO DESDE QUE VERIFICADA A EXISTÊNCIA DA VIDA
• DESDE A CONCEPÇÃO, NATURAL OU “IN VITRO”
• NASCITURO É UM SER HUMANO
• SER VIVO DISTINTO DA MÃE QUE O GEROU (HOMO SAPIENS) (11)
• É TITULAR DO DIREITO À VIDA
• ARGUMENTO DE QUE SÓ HÁ VIDA AO SER DOTADO DE AUTOCONSCIÊNCIA: 
REDUZIR A VIDA A UMA PROPRIEDADE DO INDIVÍDUO CONSCIENTE 
(CONSCIÊNCIA PODE SER PERDIDA DURANTE A VIDA)
• AINDA NÃO NASCIDO TEM DIREITO À VIDA (PRINCÍPIO DA IGUAL DIGNIDADE 
HUMANA (12)
DIREITO À VIDA: DIREITO DE DEFESA E DEVER DE PROTEÇÃO
DIREITO DE DEFESA E DEVER DE PROTEÇÃO
• DEFESA: IMPEDIR QUE OS PODERES PÚBLICOS ATENTEM 
CONTRA A EXISTÊNCIA DO SER HUMANO (DIMENSÃO NEGATIVA)
• IMPEDIR QUE OUTROS INDIVÍDUOS AGRIDAM O DIREITO À VIDA 
(DIMENSÃO NEGATIVA)
• DIMENSÃO POSITIVA: PRETENSÃO JURÍDICA À PROTEÇÃO, 
ATRAVÉS DO ESTADO (EX. CRIAÇÃO DE SERVIÇOS DE POLÍCIA, 
SISTEMA PRISIONAL, ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA)
• NÃO SE INCLUI NO DIREITO À VIDA A OPÇÃO POR NÃO VIVER: 
PODER PÚBLICO VAI PROTEGER A VIDA MESMO SE A VONTADE 
DE SEU TITULAR FOR CONTRÁRIA (SALVAR A VIDA, MESMO DE 
QUEM PRATICOU ATOS ORIENTADOS AO SUICÍDIO)
OBRIGAÇÃO DO PODER PÚBLICO ADOTAR MEDIDAS EFICIENTES PARA 
PROTEGER A VIDA EM FACE DE OUTROS SUJEITOS PRIVADOS
• OBRIGAÇÃO MAIS ACENTUADA: INDIVÍDUOS SOB SUA DIRETA TUTELA OU CUSTÓDIA 
(EX.: VIDA DE PRISIONEIROS)
• DOUTRINA DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO PELA MORTE DE DETIDOS EM 
PRESÍDIOS (MESMO QUE O HOMICÍDIO NÃO SEJA PRATICADO POR AGENTE PÚBLICO –
O QUE NÃO SE APLICA PARA OUTROS CASOS FOR A DA PRISÃO)
• AUTORIDADE PÚBLICA QUE SABE DE RISCO À VIDA DE ALGUÉM E NÃO ADOTA MEDIDAS 
PREVENTIVAS PARA PROTEGER PESSOAS AMEAÇADAS: ESTADO FALHA NO DEVER DE 
PROTEGER A VIDA (SERÁ RESPONSABILIZADO)
• OBRIGAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DOS CASOS DE VIOLAÇÃO DO DIREITO À VIDA: A FALTA 
DE INVESTIGAÇÃO DIMINUI A PROTEÇÃO, POIS A IMPRESSÃO DE IMPUNIDADE DEBILITA 
O EFEITO RESTRITIVO DA LEGISLAÇÃO CRIMINAL DE PROTEÇÃO À VIDA. A 
INVESTIGAÇÃO DEVE SER AMPLA, IMEDIATA E IMPARCIAL.
• PROIBIÇÃO DE EXTRADIÇÃO (EXPULSAR/DEPORTAR) INDIVÍDUO SUJEITO À PENA DE 
MORTE (15)
PRINCÍPIO DA IGUALDADE 
(ISONOMIA)
IGUALDADE
ART. 5º I – HOMENS E MULHERES SÃO IGUAIS EM DIREITOS E OBRIGAÇÕES, NOS TERMOS DESTA CONSTITUIÇÃO
EXPRESSA AS LUTAS HISTÓRICAS CONTRA A DISCRIMINAÇÃO DO SEXO FEMININO
HOMENS E MULHERES, EM SITUAÇÃO IDÊNTICA, NÃO PDERÃO SOFRER CERCEAMENTO EM SUAS PRERROGATIVAS E 
SEUS DEVERES
DISCRIMINAÇÕES SÓ TOLERADAS PARA DIMINUIR OS DESNÍVEIS ENTRE HOMENS E MULHERES (OU IDADE, OU 
CAPACIDADE ECONÔMICA, ETC).
OUTROS DISPOSITIVOS: ART. 3º III e IV; ART. 7º XXX e XXXI; ART. 193 e 196, P. EX.
RESPEITO ÀS DIFERENÇAS (PESSOAS NÃO SÃO IGUAIS)
DEVE HAVER RELAÇÃO DIRETA ENTRE A DESIGUALDADE E A DIFERENÇA OBSERVADA
• PROIBE A DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA
FORMAL
• PODER PÚBLICO DEVE ADOTAR PROVIDÊNCIAS CONCRETAS PARA DIMINUIR A DESIGUALDADE
• “POLÍTICA DE AÇÃO AFIRMATIVA OU DISCRIMINAÇÃO POSITIVA”: PROVIDÊNCIA QUE LEVE À 
DIMINUIÇÃO DA DESIGUALDADE (ESTADO EDITA NORMAS QUE PRIVILEGIAM OS DESFAVORECIDOS 
DA SOCIEDADE E ESTAS SE TORNAM EFETIVAS.
• A CONSTITUIÇÃO DETERMINA DE FORMA EXPRESSA A IGUALDADE PERANTE A LEI (E DE FORMA 
IMPLÍCITA A IGUALDADE NA LEI)
• IGUALDADE PERANTE A LEI: COMANDO QUE SE DIRIGE A TODOS (LEGISLADOR, JUIZ, 
ADMINISTRADOR PÚBLICO, NA APLICAÇÃO DA NORMA AO CASO CONCRETO, PARA QUE ESTA SEJA 
APLICADA DE MODO IGUAL ÀQUELES QUE SE ENCONTRAM EM SITUAÇÃO IDÊNTICA OU 
SUBSTANCIALMENTE SEMELHANTES
• IGUALDADE NA LEI: COMANDO QUE SE DIRIGE AO LEGISLADOR (CUIDAR QUE A LEI NÃO TRATE DE 
COMPORTAMENTOS ABUSIVOS, ILÍCITOS, ARBITRÁRIOS, CONTRÁRIOS À IGUALDADE, 
DIFERENCIANDO PESSOAS EM SITUAÇÃO IDÊNTICA, SALVO POR MOTIVO RAZOÁVEL.
MATERIAL
ISONOMIA
• Súmula 683 do STF: "O limite de idade para a inscrição em
concurso público só se legitima em face do art. 7°, XXX da
Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.“
• "em se tratando de concurso público para agente de polícia,
mostra-se razoável a exigência de que o candidato tenha altura
mínima de 1 ,60m. Previsto o requisito não só na lei de
regência,mas também no edital de concurso, não concorre a
primeira condição do mandado de segurança, que é a existência
de direito líquido e certo“ (STF, RE 148.095)
PRINCÍPIO DA IGUALDADE E CONCURSO PÚBLICO
• "A vedação constitucional de diferença de critério de admissão por
motivo de idade (CRFB/88, art. 7°, XXX) é corolário, na esfera das
relações de trabalho, do princípio fundamental de igualdade, que se
entende, à falta de exclusão constitucional inequívoca (como ocorre
em relação aos militares - CRFB/88, art. 42, § 1º), a todo o sistema do
pessoal civil. É ponderável, não obstante, a ressalva das hipóteses em
que a limitação de idade se possa legitimar como imposição da
natureza e das atribuições do cargo a preencher.“ (STF, RMS 21.046)
• "Viola o princípio constitucional da isonomia norma que estabelece
como título o mero exercício de função pública.“ (STF, ADI 3.443)
PRINCÍPIO DA IGUALDADE E CONCURSO PÚBLICO
PRINCÍPIO DA IGUALDADE E CARREIRA MILITAR: 
• "Promoção de militares dos sexos masculino e feminino: critérios diferenciados: 
carreiras regidas por legislação específica: ausência de violação ao princípio da 
isonomia”. (STF, AI 511.131-AgR)
PRINCÍPIO DA IGUALDADE E ESTRANGEIROS: 
• "Tratamento igualitário de brasileiros e estrangeiros residentes no BrasiL O alcance do 
disposto na cabeça do artigo 5º da Constituição Federal há de ser estabelecido levando-
se em conta a remessa aos diversos incisos. A cláusula de tratamento igualitário não 
obstaculiza o deferimento de extradição de estrangeiro". (STF, Ext 1.028)
PRINCÍPIO DA IGUALDADE E HABEAS CORPUS: 
• "A concessão de habeas corpus a determinados corréus, em situações processuais 
diversas, não implica violação ao princípio da isonomia“ (STF, HC 90.138)
O PRINCÍPIO DA IGUALDADE E O TRATAMENTO DIFERENCIADO PARA 
PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS
• O Tribunal, por maioria, julgou improcedente pedido formulado em ação direta ajuizada pela
Associação Brasileira das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunicipal, Interestadual e
Internacional de Passageiros - ABRATI contra a Lei nacional 8.899/94, que concede passe livre no
sistema de transporte coletivo interestadual às pessoas portadoras de deficiência,
comprovadamente carentes. (...) Rejeitou-se, de igual modo, a apontada ofensa ao princípio da
igualdade, ao fundamento de que a lei em questão teria dado forma justa ao direito do usuário
que, pela sua diferença, haveria de ser tratado nesta condição desigual para se igualar nas
oportunidades de ter acesso àquele serviço público. (...) Concluiu-se que a Constituição, ao
assegurar a livre concorrência, também determinou que o Estado deveria empreender todos os
seus esforços para garantir a acessibilidade, para que se promovesse a igualdade de todos, em
cumprimento aos fundamentos da República de cidadania e dignidade da pessoa humana, o
que se realizaria pela definição de meios para que eles fossem atingidos. Um desses meios se
poria na lei analisada que dotaria de concretude os valores constitucionais percebidos e
acolhidos pelos constituintes e adotados como princípios e regras da CRFB/88. (STF, ADI 2.649)
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
LEGALIDADE
ART. 5º II – NINGUÉM SERÁ OBRIGADO A FAZER OU DEIXAR DE FAZER ALGUMA COISA SENÃO EM VIRTUDE DE LEI 
(AUTONOMIA DA VONTADE)
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO (ART. 1º, “CAPUT” – SENTIDO MATERIAL DA LEGALIDADE)
SUJEIÇÃO DAS PESSOAS, ÓRGÃOS OU ENTIDADES ÀS PRESCRIÇÕES EMENADAS PELO LEGISLATIVO, EXECUTIVO E 
JUDICIÁRIO.
ADMINISTRADOR: LEGALIDADE EM SENTIDO ESTRITO (SÓ É POSSÍVEL FAZER O QUE A LEI AUTORIZA OU DETERMINA)
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL (DERIVADO): ALGUMAS MATÉRIAS DEVEM SER EXCLUSIVAMENTE REGULADAS POR LEI 
FORMAL (ORIUNDA DO PROCESSO LEGISLATIVO CONSTITUCIONAL – EX.: MATÉRIAS PENAIS [NÃO PODE POR MED. 
PROVIS.] – ART. 62, § 1º, I, “b”)
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL
• "A reserva de lei em sentido formal qualifica-se como instrumento constitucional de
preservação da integridade de direitos e garantias fundamentais. O princípio da
reserva de lei atua como expressiva limitação constitucional ao poder do Estado,
cuja competência regulamentar, por tal razão, não se reveste de suficiente
idoneidade jurídica que lhe permita restringir direitos ou criar obrigações. Nenhum
ato regulamentar pode criar obrigações ou restringir direitos, sob pena de incidir em
domínio constitucionalmente reservado ao âmbito de atuação material da lei em
sentido formal. O abuso de poder regulamentar, especialmente nos casos em que o
Estado atua contra legem ou praeter legem, não só expõe o ato transgressor ao
controle jurisdicional, mas viabiliza, até mesmo, tal a gravidade desse
comportamento governamental, o exercício, pelo Congresso Nacional, da
competência extraordinária que lhe confere o art. 49, inciso V, da Constituição da
República e que lhe permite 'sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar (..) ‘” (STF, ACO 1.048-QO)
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL
• "O principio constitucional da reserva de lei formal traduz limitação ao exercício das atividades
administrativas e jurisdicionais do Estado. A reserva de lei - analisada sob tal perspectiva -
constitui postulado revestido de função excludente, de caráter negativo, pois veda, nas matérias
a ela sujeitas, quaisquer intervenções normativas, a titulo primário, de órgãos estatais não-
legislativos. Essa cláusula constitucional, por sua vez, projeta-se em uma dimensão positiva, eis
que a sua incidência reforça o principio, que, fundado na autoridade da Constituição, impõe, à
administração e à jurisdição, a necessária submissão aos comandos estatais emanados,
exclusivamente, do legislador. Não cabe, ao Poder Executivo, em tema regido pelo postulado da
reserva de lei, atuar na anômala (e inconstitucional) condicão de legislador, para em assim
agindo, proceder à imposicão de seus próprios critérios, afastando, desse modo, os fatores que,
no âmbito de nosso sistema constitucional, só podem ser legitimamente definidos pelo
Parlamento. É que, se tal fosse possível, o Poder Executivo passaria a desempenhar atribuição
que lhe é institucionalmente estranha (a de legislador) usurpando desse modo, no contexto de
um sistema de poderes essencialmente limitados, competência que não lhe pertence, com
evidente transgressão ao princípio constitucional da separação de poderes.“ (STF, ADI 2.075-MC)
LIBERDADES
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE 
EXPRESSÃO
• ART. 5º IV – É LIVRE A MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, 
SENDO VEDADO O ANONIMATO
• ART. 5º V – É ASSEGURADO O DIREITO DE RESPOSTA, 
PROPORCIONAL AO AGRAVO, ALÉM DA INDENIZAÇÃO POR 
DANO MATERIAL, MORAL OU À IMAGEM
• IDENTIFICAÇÃO DA AUTORIA DA MANIFESTAÇÃO (CARTAS, 
EMAILS, JORNAIS) É INDISPENSÁVEL PARA TENTAR COIBIR 
MANIFESTAÇÕES COM INTUITO DE PREJUÍZO MORAL OU 
DO BOM NOME ALHEIO
MANIFESTAÇÃO DE EXPRESSÃO RESPONSÁVEL
• QUEM SE SENTIR AGREDIDO TEM DIREITO DE RESPOSTA
• DIREITO A RESPOSTA: GARANTIA INVIOLÁVEL DA PESSOA – PERMITE AO 
OFENDIDO CORRIGIR EQUÍVOCOS E DESFAZER DÚVIDAS, UTILIZANDO 
DO MESMO VEÍCULO, TEMPO, MODO E LUGAR UTILIZADOS PARA A 
OFENSA. SE NEGADO PELO OFENSOR, DIREITO SERÁ TUTELADO PELO 
PODER JUDICIÁRIO.
• ASSEGURADA AMPLA REPARABILIDADE PELOS DANOS SOFRIDOS, DE 
NATUREZA MATERIAL ($), MORAL (OFENSA À HONRA SUBJETIVA) OU À 
IMAGEM (OFENSA À HONRA OBJETIVA)
• LIBERDADES PÚBLICAS NÃO SÃO INCONDICIONAIS
• DEVEM SER EXERCIDAS DE MANEIRA HARMÔNICA, OBSERVANDO OS 
LIMITES ESTABELECIDOS NA CONSTITUIÇÃO
MANIFESTAÇÃO DE EXPRESSÃO RESPONSÁVEL
• "(..) entendo que um dos fundamentos que afastam a possibilidade de utilização da
denúncia anônima como ato formal de instauração do procedimento investigatório
reside, precisamente, como demonstrado em meu voto, no inciso IV do art. 5' da
Constituição da República. Jmpende reafirmar, bem por isso, na linha do voto que venho
de proferir, a asserção de que os escritos anônimos não podem justificar, só por si, desde
que isoladamente considerados, a imediata instauração da persecutio criminis, eis que
peças apócrifas não podemser incorporadas, formalmente, ao processo, salvo quando
tais documentos forem produzidos pelo acusado, ou, ainda, quando constituírem, eles
próprios, o corpo de delito (como sucede com bilhetes de resgate no delito de extorsão
mediante sequestro, ou como ocorre com cartas que evidenciem a prática de crimes
contra a honra, ou que corporifiquem o delito de ameaça ou que materializem o crimen
falsi, p. ex.). Nada impede, contudo, que o Poder Público ( .. ) provocado por delação
anônima - tal como ressaltado por Nelson Hungria, na lição Cl{ja passagem reproduzi em
meu voto - adote medidas informais destinadas a apurar, previamente, em averiguação
sumária, com prudência e discrição, a possível ocorrência de eventual situação de
ilicitude penal, desde que o faça com o objetivo de conferir a verossimilhança dos fatos
nela denunciados, em ordem a promover, então, em caso positivo, a formal instauração
da persecutio criminis, mantendo-se, assim, completa desvinculação desse procedimento
estatal em relação às peças apócrifas. (STF, Inq 1.957)
VEDAÇÃO AO ANONIMATO E DENÚNCIA ANÔNIMA
VEDAÇÃO AO ANONIMATO E DENÚNCIAS AO TCU
• "A Lei 8443, de 1992, estabelece que qualquer cidadão, partido
político ou sindicato é parte legítima para denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o TCU. A apuração será
em caráter sigiloso, até decisão definitiva sobre a matéria.
Decidindo o Tribunal, manterá ou não o sigilo quanto ao objeto
e à autoria da denúncia (§ 1º do art. 55). Estabeleceu o TCU,
então, no seu Regimento Interno, que, quanto à autoria da
denúncia, será mantido o sigilo: inconstitucionalidade diante
do disposto no art. 5º incisos V, X, XXXIII e XXXV, da
Constituição Federal. ‘’ (STF, MS 24.405)
• "O preceito fundamental de liberdade de expressão não consagra o 'direito à incitação ao
racismo', dado que um direito individual não pode constituir-se em salvaguarda de
condutas ilícitas, como sucede com os delitos contra a honra. Prevalência dos princípios
da dignidade da pessoa humana e da igualde jurídica.“ (STF, HC 82.424)
LIBERDADE DE EXPRESSÃO E RACISMO
• "(.) O pedido judicial de direito de resposta previsto na lei de impressa deve ter no polo
passivo a empresa de informação ou divulgação, a quem compete cumprir a decisão
judicial no sentido de satisfazer o referido direito, citado o responsável nos termos do §3°
do art. 32 da Lei n. 5.250/67, sendo parte ilegítima o jornalista ou o radialista envolvido
no fato. Falta interesse recursal ao requerido pessoa física, já que, no caso concreto, o
Juiz de Direito proferiu decisão condenatória apenas no tocante à empresa de
radiodifusão. O não-conhecimento da apelação do requerido pessoa física, hoje
Deputado Federal, implica a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que julgue a
apelação da pessoa jurídica que não tem foro privilegiado no Supremo Tribunal
Federal(...)“ (STF, Pet. 3.645)
DIREITO DE RESPOSTA E LEI DE IMPRENSA
DIREITO À INTIMIDADE E À VIDA 
PRIVADA
• DIREITO À INTIMIDADE E À VIDA PRIVADA
• UMA DAS RESTRIÇÕES À LIBERDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL: RESPEITO AO DIREITO 
DE PRIVACIDADE, À IMAGEM E À INTIMIDADE (INCISO X ART. 5º CRFB)
• ART. 220 CRFB
PRIVACIDADE INTIMIDADE
COMPORTAMENTOS E 
ACONTECIMENTOS ATINENTES AOS 
RELACIONAMENTOS PESSOAIS EM 
GERAL, ÀS RELAÇÕES COMERCIAIS E 
PROFISSIONAIS QUE O INDIVÍDUO 
NÃO DESEJA QUE SE ESPALHEM AO 
CONHECIMENTO PÚBLICO
CONVERSAÇÕES E OS EPISÓDIOS 
AINDA MAIS ÍNTIMOS, ENVOLVENDO 
RELAÇÕES FAMILIARES E AMIZADES 
MAIS PRÓXIMAS
DIREITO À PRIVACIDADE
• SISTEMA DE PROTEÇÃO DE DIREITOS HUMANOS EUROPEU: TERMO “VIDA PRIVADA” 
ULTRAPASSA O MERO “DIREITO DE VIVER COMO SE QUER, LIVRE DE PUBLICIDADE. INCLUI O 
DIREITO DE ESTABELECER E DESENVOLVER RELAÇÕES COM OUTROS SERES HUMANOS, 
ESPECIALMENTE NO CAMPO EMOCIONAL, PARA O DESENVOLVIEMNTO DA PRÓPRIA 
PERSONALIDADE. IMPEDE A CRIMINALIZAÇÃO DE ATOS HOMOSSEXUAIS LIVRES MANTIDOS 
ENTRE MAIORES DE 21 ANOS. TORNA IMPRÓPRIA LEI QUE IMPOSSIBILITAVA RETIFICAÇÃO DA 
CERTIDÃO DE NASCIMENTO DE PESSOA NASCIDA MULHER E DEPOIS DE TREZE OPERAÇÕES 
ASSUMIU CARACTERÍSTICAS DO SEXO MASCULINO.
• CORTE EUROPÉIA DE DIREITOS HUMANOS: NA EXPERSSÃO ESTARIA ABARCADA A PROTEÇÃO 
CONTRA “ATAQUES À INTEGRIDADE FÍSICA, MORAL E SOBRE A LIBERDADE INTELECTUAL E 
MORAL DO INDIVÍDUO E CONTRA O USO IMPRÓPRIO DO NOME E DA IMAGEM DE ALGUÉM, 
CONTRA ATIVIDADES DE ESPIONAGEM OU DE CONTROLE OU PERTURBAÇÃO DA 
TRANQUILIDADE DA PESSOA E CONTRA A DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES COBERTAS PELO 
SEGREDO PROFISISONAL.
DIREITO À PRIVACIDADE
•PRETENSÃO DE INDIVÍDUO NÃO SER FOCO DA 
OBSERVAÇÃO POR TERCEIROS, DE NÃO TER OS 
SEUS ASSUNTOS, INFORMAÇÕES PESSOAIS E 
CARACTERÍSTICAS PARTICULARES EXPOSTAS A 
TERCEIROS OU AO PÚBLICO EM GERAL.
• VIDA EM COMUNIDADE = INTERAÇÕES ENTRE AS PESSOAS
• INTERESSES PÚBLICOS ESPECÍFICOS PODEM SE SOBREPOR AO 
INTERESSE DE RECOLHIMENTO DO INDIVÍDUO
• ACONTECIMENTO OU PESSOA QUE VIVE DE UMA IMAGEM 
CULTIVADA PERANTE A SOCIEDADE CONFIGURA INTERESSE 
PÚBLICO QUE PODE LIMITAR A INTENSÃO DE “SER DEIXADO SÓ”.
• A EXTENSÃO E A INTENSIDADE DA PROTEÇÃO À VIDA PRIVADA 
DEPENDEM DO MODO DE VIVER DO INDIVÍDUO, REDUZINDO-SE 
(MAS NÃO ANULANDO) QUANDO SE TRATA DE CELEBRIDADE.
• DEPENDE DA FINALIDADE A SER ALCANÇADA COM A EXPOSIÇÃO E 
DO MODO COMO A NOTÍCIA FOI COLETADA.
LIMITES AO DIREITO DE PRIVACIDADE
• QUEBRA DO SIGILO: INTERESSE DA COLETIVIDADE (NÃO PODE ATRAVÉS DE PROVA ILÍCITA)
• MEMBRO DO MP NÃO PODE QUEBRRA O SIGILO SEM ORDEM JUDICIAL
• STF ADMITE QUE CPI’S PODEM QUEBRAR O SIGILO BANCÁRIO SE DECISÕES FOREM FUNDAMENTADAS
• TCU PODE EXIGIR DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA O ACESSO A INFORMAÇÕES FINANCEIRAS
PRIVACIDADE E SIGILO BANCÁRIO/FISCAL
• PROTEÇÃO DO DOMICÍLIO (ART. 5º XI CRFB)
• ABRANGE DIREITO DE PROPRIEDADE, LIBERDADE, SEGURANÇA INDIVIDUAL, PERSONALIDADE
• FLAGRANTE DELITO / DESASTRE / PRESTAR SOCORRO / SALVAMENTO / AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
PRIVACIDADE E INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
• ART. 5º XII CRFB
• EXCEÇÕES: ESTADO DE DEFESA E ESTADO DE SÍTIO
• PROVA ILÍCITA – ART. 157 CPP
• CARTAS / ESCUTA TELEFÔNICA / ETC
PRIVACIDADE E SIGILO DAS COMUNICAÇÕES
LIBERDADE DE REUNIÃO E DE 
ASSOCIAÇÃO
LIBERDADE DE REUNIÃO
• LIGAM-SE À LIBERDADE DE EXPRESSÃO E AO SISTEMA DEMOCRÁTICO DE 
GOVERNO
• LIVRE OPINIÃO PÚBLICA: FUNDAMENTAL PARA CONTROLAR O EXERCÍCIO DE 
PODER
• LIVRE OPINIÃO PÚBLICA: GARANTE LIBERDADE DE EXPERSSÃO E O DIREITO DE 
REUNÃO, PELO QUAL SE ASSEGURA A POSSIBILIDADE DE INGRESSAREM NA 
VIDA PÚBLICA E INTERFERIREM ATIVAMENTE NAS DELIBERAÇÕES POLÍTICAS, 
PRESSIONANDO POR UMA VARIANTE DE AÇÃO ESTATAL
• LIBERDADE DE REUNIÃO: INSTRUMENTO DA LIVRE MANIFESTAÇÃO DE 
PENSAMENTO, INCLUÍNDO O DIREITO DE PROTESTAR. É UM DIREITO À 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO EXERCIDA DE FORMA COLETIVA.
• BASES ESTRUTURANTES DA DEMOCRACIA: LIBERDADE DE REUNIÃO + 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO + DIREITO DE VOTO
• ART. 5º XVI CRFB
• É DIREITO INDIVIDUAL MAS DE EXERCÍCIO COLETIVO
DIREITO DE REUNIÃO
ELEMENTOS DO DIREITO DE REUNIÃO
• AGRUPAMENTO DE PESSOAS (ELEMENTO SUBJETIVO)
• DEVE HAVER UM MÍNIMO DE COORDENAÇÃO (ELEMENTO FORMAL)
• DEVE SER RESULTADO DE UMA CONVOCAÇÃO PRÉVIA À COINCIDÊNCIA DE PESSOAS NUM 
MESMO LUGAR.
• OS INTEGRANTES DEVEM PARTICIPAR CONSCIENTEMENTE
• PESSOA COM CARTAZ GRITANDO PALAVRAS DE ORDEM À FRENTE DE UMA MULTIDÃO: NÃO 
É DIREITO DE REUNIÃO.
• ENCONTRO CASUAL DE AUTOMÓVEIS PARA COMEMORAR VITÓRIA EM EVENTO ESPORTIVO 
COM BUZINAS: NÃO É DIREITO DE REUNIÃO
• PESSOAS DEVEM ESTAR UNIDAS COM VISTAS À CONSECUÇÃO DE DETERMINADO OBJETIVO.
• REUNIÃO POSSUI UM ELEMENTO TELEOLÓGICO (TER UMA FINALIDADE, UM MOTIVO)
• CUNHO POLÍTICO, RELIGIOSO, ARTÍSTICOS, FILOSÓFICO, ETC.
• FILA DE BANCO NÃO É REUNIÃO PROTEGIDA CONSTITUCIONALMENTE
(CONTINUAÇÃO)
• O AGRUPAMENTO É NECESSARIAMENTE TRANSITÓRIO, PASSAGEIRO 
(ELEMENTO TEMPORAL)
• PODE HAVER DESLOCAMENTO DOS MANIFESTANTES POR VIA PÚBLICA. 
HAVERÁ SEMPRE UM LOCAL DETERMINADO (ELEMENTO ESPACIAL)
• SE A REUNIÃO ADOTA LAÇOS DURADOUROS, PASSA DA REUNIÃO PARA O 
CAMPO DA ASSOCIAÇÃO
• REUNIÃO DEVE APRESENTAR UMAPLURALIDADE DE PESSOAS QUE SE PÕEM 
DE ACORDO E PERMANECE UNIDA DURANTE CERTO TEMPO PARA EXPRESSAR 
UMA OPINIÃO COLETIVAMENTE, PARA EXTERIORIZAR SEUS PROBLEMAS À 
GENERALIDADE DAS PESSOAS OU PARA DEFENDER SEUS INTERESSES.
• REUNIÃO DEVE SER PACÍFICA E SEM ARMAS (ELEMENTO OBJETIVO)
REUNIÃO PACÍFICA
• AQUELA QUE NÃO SE DEVOTA À CONFLAGRAÇÃO FÍSICA
• NÃO PACÍFICA: EM QUE TODOS OS PARTICIPANTES OU A MAIORIA 
DELES SE PÕEM, COM OS SEUS ATOS, EM PERIGO PESSOAS E BENS 
ALHEIOS (CONDUTAS DOLOSAS, VOLTADAS A ROMPER A PAZ SOCIAL)
• NÃO É VIOLENTA: REUNIÃO QUE ATRAIA REAÇÃO VIOLENTA DE 
OUTREM. NÃO SE DESCARACTERIZA (O DIREITO DE REUNIÃO) SE A 
VIOLÊNCIA QUE VEM A OCORRER LHE É EXTERNA, SENDO DEFLAGRADA 
POR PESSOAS ESTRANHAS AO AGRUPAMENTO.
• SE HÁ PESSOAS QUE PORTAM ARMAS (DE FOGO, ARMA BRANCA, 
BASTÕES DE BASEBOLL, PRODUTOS QUÍMICOS, ETC) A REUNIÃO PERDE 
SEU CARÁTER PACÍFICO.
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
• QUANDO PESSOAS COLIGAM-SE, EM CARÁTER ESTÁVEL, SOB UMA DIREÇÃO 
COMUM, PARA FINS LÍCITOS, DÃO ORIGEM ÀS ASSOCIAÇÕES
• PRESTA-SE A SATISFAZER NECESSIDADES DOS INDIVÍDUOS, APARECENDO COMO 
BÁSICA PARA O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.
• HOMENS SOMAM ESFORÇOS PARA ATINGIR BENS QUE NÃO ALCANÇAM POR SI 
MESMOS, E A ASSOCIAÇÃO É A FORMULA PARA TANTO.
• METAS ECONÔMICAS, PARA SE DEFENDEREM, PARA MÚTUO APOIO, PARA FINS 
RELIGIOSOS, PARA PROMOVER INTERESSES GERAIS, PARA FINS ALTRUÍSTICOS, 
PARA SE FAZEREM OUVIR (AUMENTANDO A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA)
• LIGADO AO PRECEITO DE PROTEÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA, AOS PRINCÍPIOS 
DE LIVRE INICIATIVA, DA AUTONOMIA DA VONTADE E DA GARANTIA DA 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
• É DIREITO DOTADO DE AUTONOMIA COM RELAÇÃO AOS OBJETIVOS QUE PODE 
VIR A SATISFAZER.
• LIBERDADE DE CRIAÇÃO DE GRUPOS LÍCITOS
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
LIBERDADE DE 
ASSOCIAÇÃO
A CRFB 
TRATOU DA 
LIBERDADE DE 
ASSOCIAÇÃO 
EM PRECEITOS 
ESPARSOS
PARTIDO POLÍTICO
ORGANIZAÇÃO SINDICAL
ART. 5º XVII, XVIII, XIX, XX, XXI
• FACULDADE DE CONSTITUIR ASSOCIAÇÕES
• FACULDADE DE INGRESSAR NELAS
• FACULDADE DE ABANDONÁ-LAS E DE NÃO SE ASSOCIAR
• FACULDADE DE OS SÓCIOS SE AUTO-ORGANIZAREM E 
DESENVOLVEREM AS SUAS ATIVIDADES ASSOCIATIVAS
• ALGUNS DIREITOS SÃO DE INDIVÍDUOS
• OUTROS DIREITOS DA PRÓPRIA ASSOCIAÇÃO OU DE INDIVÍDUOS 
COLETIVAMENTE CONSIDERADOS
• FACULDADE DE ÍNDOLE NEGATIVA (NÃO SE PODE OBRIGAR A 
PESSOA A SE ASSOCIAR)
• FACULDADE DE ÍNDOLE POSITIVA (CRIAR UMA ASSOCIAÇÃO COM 
OUTREM)
CONTEÚDO DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
BASE 
CONSTITUTIVA: 
PLURALIDADE 
DE PESSOAS E 
ATO DE 
VONTADE
NÃO HÁ NÚMERO MÍNIMO DE ASSOCIADOS
FUNDAÇÃO NÃO É ASSOCIAÇÃO PARA FINS DE PROTEÇÃO 
CONSTITUCIONAL
PESSOAS JURÍDICAS TAMBÉM PODEM ASSOCIAR-SE (EX.: 
CONFEDERAÇÕES SINDICAIS)
PRESSUPÕE ATO DE VONTADE
SE FOR OBRIGADO A PARTICIPAR (OBRIGAÇÃO LEGAL, P. EX.) NÃO É 
ASSOCIAÇÃO PROTEGIDA CONSTITUCIONALMENTE
SÓ SE HOUVER LIBERDADE (GERAL OU LIBERDADE DE PROFISSÃO, 
P.EX.)
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E 
DE RELIGIÃO
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
•ART. 5º VI CRFB
•NÃO SE ESGOTA NO ASPECTO RELIGIOSO, MAS 
O ENGLOBA
•ART. 5º VIII CRFB
•CASO EXPRESSO DE OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA 
ART. 143, § 1º CRFB
• FACULDADE DE O INDIVÍDUO FORMULAR JUÍZOS E IDEIAS SOBRE SI MESMO E 
SOBRE O MEIO EXTERNO QUE O CIRCUNDA.
• O ESTADO NÃO PODE INTERFERIR NESSA ESFERA ÍNTIMA DO INDIVÍDUO, NÃO 
LHE CABENDO IMPOR CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS AOS CIDADÃOS.
• DEVE O ESTADO PROPICIAR MEIOS EFETIVOS DE FORMAÇÃO AUTÔNOMA DA 
CONSCIÊNCIA DAS PESSOAS
• INVIOLABILIDADE DA LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA IMPLICA EM LIBERDADE DE 
AGIR CONFORME SUAS CONVICÇÕES
• O ESTADO PODE IMPOR CONDUTA QUE VAI CONTRA CONVICÇÕES 
INDIVIDUAIS
• O ESTADO PODE RECONHECER A POSSIBILIDADE DE OBJEÇÃO DE 
CONSCIÊNCIA (MAIS LIGADAS A ASSUNTOS DE GUERRA/PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇO MILITAR)
CONTEÚDO DA LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
• INCLUI-SE: LIBERDADE DE CRENÇA, DE ADERIR A ALGUMA RELIGIÃO, LIBERDADE DO 
EXERCÍCIO DO CULTO RESPECTIVO
• LITURGIAS E LOCAIS DE CULTO SÃO PROTEGIDOS NOS TERMOS DA LEI
• LEI DEVE PROTEGER OS TEMPLOS E NÃO DEVE INTERFERIR NAS LITURGIAS, A NÃO 
SER QUE ASSIM O IMPONHA ALGUM VALOR CONSTITUCIONAL CONCORRENTE DE 
MAIOR PESO NA HIPÓTESE CONSIDERADA.
• LOGRADOUROS PÚBLICOS NÃO SÃO, POR NATUREZA, LOCAIS DE CULTO, MAS A 
MANIFESTAÇÃO RELIGIOSA PODE OCORRER ALI, PROTEGIDA PELO DIREITO DE 
REUNIÃO COM AS LIMITAÇÕES RESPECTIVAS.
• INCLUI-SE A LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA.
• O ESTADO NÃO PODE INTERFERIR SOBRE A ECONOMIA INTERNA DAS ASSOCIAÇÕES 
RELIGIOSAS.
• NÃO PODE IMPOR A IGUALDADE DE SEXOS NA ENTIDADE LIGADA A UMA RELIGIÃO 
QUE NÃO A ACOLHA, P. EX.
LIBERDADE RELIGIOSA
• IMUNIDADE DE IMPOSTOS SOBRE TEMPLOS DE QUALQUER CULTO – ART. 150, VI, b
• IMUNIDADE SE REFERE A IMPOSTOS, NÃO A CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS.
• IMUNIDADE ALCANÇA A TODOS OS TIPOS DE IMPOSTOS, INCLUSIVE IPTU SOBRE 
IMOVEIS DE PROPRIEDADE DE ENTIDADE RELIGIOSA QUE SE ENCONTRAM 
ALUGADOS (ABRANGE NÃO SOMENTE O CULTO, MAS TAMBÉM O PATRIMÔNIO, A 
RENDA E OS SERVIÇOS RELACIONADOS COM AS FINALIDADES ESSENCIAIS DAS 
ENTIDADES RELIGIOSAS).
• O ESTADO BRASILEIRO NÃO É CONFESSIONAL, MAS NÃO É ATEU. PERMITE COMO 
DISCIPLINA DE MATRÍCULA FACULTATIVA O ENSINO RELIGIOSO EM ESCOLAS 
PÚBLICAS DO ENSINO FUNDAMENTAL (210, § 1º CRFB)
• ADMITE QUE CASAMENTO RELIGIOSO PRODUZA EFEITOS CIVIS (ART. 226, §§ 1º E 2º 
CRFB)
• ART. 5º VII – PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA NAS ENTIDADES CIVIS E 
MILITARES DE INTERNAÇÃO COLETIVA (HOSPITAIS)
LIBERDADE RELIGIOSA NA CONSTITUIÇÃO
PROPRIEDADE
• CENTRALIDADE NORMATIVA – TRANSIÇÃO DO DIREITO CIVIL PARA O DIREITO 
CONSTITUCIONAL (CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL)
• PROCESSO DE CODIFICAÇÃO – PROJETO DO LIBERALISMO CLÁSSICO – CONSTRUIR 
DOCUMENTO ÚNICO PARA CADA MATÉRIA
• CODIFICAÇÃO DO DIREITO CIVIL: SEPARAÇÃO ENTRE DIREITO PÚBLICO E DIREITO 
PRIVADO. PRIMEIRAS CARTAS POLÍTICAS SÓ PARA NORMATIZAR MATÉRIAS 
POLÍTICAS (GARANTIAS DAS LIBERDADES INDIVIDUAIS E MATÉRIAS RELATIVAS AO 
ESTADO)
• CÓDIGO CIVIL DEIXA DE SER A FONTE NORMATIVA EXCLUSIVA DAS RELAÇÕES 
PRIVADAS, PERDENDO FORÇA PARA A CONSTITUIÇÃO.
• TENDÊNICIA DE AMPLIAÇÃO DO ÂMBITO NORMATIVO DAS CONSTITUIÇÕES, 
TORNANDO-SE PERMEÁVEL A DIVERSAS PRETENSÕES, COMO QUESTÕES DO 
DIREITO PRIVADO (ESPECIALMENTE DO DIREITO CIVIL) QUE PASSAM A TER UM 
LUGAR DE DESTAQUE NO CONTEÚDO DA CONSTITUIÇÃO.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
• ART. 5º XXII A XXXI – DIREITO DE PROPRIEDADE EM SENTIDO AMPLO 
(SUCESSÃO, AUTORAL, PROPRIEDADE IMATERIAL, ETC)
• A PROPRIEDADE É GARANTIDA, MAS ATENDERÁ SUA FUNÇÃO SOCIAL 
(LIMITAÇÃO DO DIREITO, VINCULADO A UM FIM SOCIAL)
• DESAPROPRIAÇÃO – ART. 5º XXIV – 184 “CAPUT” – 182, § 4º III
• DIREITO DE PROPRIEDADE COMO DIREITO SUBJETIVO: DENSIDADE 
NORMATIVA MÍNIMA APTA A PROTEGER INTERVENÇÕES ILEGÍTIMAS.
• DESAPROPRIAÇÃO MEDIANTE INDENIZAÇÃO JUSTA CONVERTE A 
GARANTIA DA PROPRIEDADE EM GARANTIA DO VALOR DA 
PROPRIEDADE.
CONSTITUIÇÃO DE 1988 E O DIREITO DE PROPRIEDADE
• PROPRIEDADE E PATRIMÔNIO
• PATRIMÔNIO: A SOMA DOS VALORES PATRIMONIAIS OU DINHEIRO REUNIDO POR UMA 
PESSOA.
• O PATRIMÔNIO ESTÁ OU NÃO SUBMETIDO À PROTEÇÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE?
• NO CONTEXTO DA TRIBUTAÇÃO
• DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA: AS LEIS TRIBUTÁRIAS NÃO PODEM SER DOTADAS DE EFEITO 
CONFISCATÓRIO, ATRIBUINDO-SE À PROTEÇÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE A QUALIDADE DE 
PARÂMETRO DE CONTROLE EM RELAÇÃO ÀS EXAÇÕES TRIBUTÁRIAS.
• A CRFB SE VALE DOS CONCEITOS DE PROPRIEDADE, PATRIMÔNIO E DE BENS EM 
DIVERSOS DISPOSITIVOS, COM CONOTAÇÕES, ADJETIVAÇÕES E EFEITOS JURÍDICOS 
DISTINTOS.
• PROPRIEDADE: ART. 5º CAPUT, XXII, XXIII, XXV, XXVI, XXIX; ART. 182 § 2º, ART. 185, I.
• PATRIMÔNIO: ART. 5º LXXIII; ART. 23, I; 24, II; 30, IX; 49 I, 129 III, 144 CAPUT, 145 § 1º, 
150 VI “a” e “c”, 216 CAPUT, 225 § 1º II E § 4º
• BENS: ART. 5º XV, XXXI, XLV, XLVI “b”, LIV; 20 CAPUT; 23 III e IV; 24 VIII; 26 CAPUT; 37 §
4º; 48 V; 70 P. ÚN; 109 IV; 136 § 1º II; 150 V; 152 CAPUT; 170 § 1º; 215 § 3º II; 225 
CAPUT; 227 § 1º II.
DIREITO DE PROPRIEDADE E DIREITOS SUBJETIVOS 
PÚBLICOS DE CARÁTER PATRIMONIAL
• DIREITO DE PROPRIEDADEABRANGE OS DIREITOS SUBJETIVOS 
PÚBLICOS DE CARÁTER PATRIMONIAL? (EX.: PENSÕES 
PREVIDENCIÁRIAS, SALÁRIOS DE SERVIDORES PÚBLICOS, DIREITO À 
RESTITUIÇÃO DE TRIBUTOS INDEVIDOS).
• NO BRASIL NÃO SÃO DISCUTIDAS ESTAS QUESTÕES COM BASE NO 
DIREITO DE PROPRIEDADE, MAS COM FUNDAMENTO NA 
IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS OU DE BENEFÍCIOS, OU, 
EVENTUALMENTE, COM RESPALDO NA PROTEÇÃO DA CONFIANÇA 
E NO RESGUARDO AO DIREITO ADQUIRIDO.
• ART. 5º XXVII: AOS AUTORES PERTENCE O DIREITO EXCLUSIVO DE UTILIZAÇÃO, 
PUBLICAÇÃO OU REPRODUÇÃO DE SUAS OBRAS, TRANSMISSÍVEL AOS HERDEIROS PELO 
TEMPO QUE A LEI FIXAR.
• DEPENDE DAS NORMAS DE PROTEÇÃO FIXADAS PELO LEGISLADOR (D.F. DE PROTEÇÃO 
ESTRITAMENTE NORMATIVO)
• BUSCA ASSEGURAR A PROPRIEDADE INTELECTUAL DO AUTOR (DIREITOS MORAIS), MAS 
TAMBÉM OS DIREITOS PATRIMONIAIS RELATIVOS À FORMA DE USO, FRUIÇÃO E 
DISPOSIÇÃO.
• ENQUANTO DIREITOS MORAIS POSSUEM CARÁTER DE INALIENABILIDADE, E ENQUANTO 
DIREITOS PATRIMONIAIS SÃO POR DEFINIÇÃO ALIENÁVEIS PELO AUTOR OU HERDEIROS.
• LEI 9.610/98: PRAZO DE 70 ANOS (1º JAN. ANO SUBSEQUENTE AO FALECIMENTO), 
OBEDECIDA A ORDEM SUCESSÓRIA DA LEI CIVIL (ART. 41) PARA A PROTEÇÃO DOS 
DIREITOS AUTORAIS.
• FALECE SEM HERDEIROS E SEM TESTAMENTO: SALVO SE ALIENOU OS DIREITOS DE 
EXPLORAÇÃO DA OBRA, CAI IMEDIATAMENTE EM DOMÍNIO PÚBLICO
DIREITO AUTORAL E SUA PROTEÇÃO
• ART. 5º XXVIII “a”: ASSEGUROU A PROTEÇÃO, NOS TERMOS DA LEI, ÀS PARTICIPAÇÕES 
INDIVIDUAIS EM OBRAS COLETIVAS E À REPRODUÇÃO DA IMAGEM E VOZ HUMANAS, 
INCLUSIVE EM ATIVIDADES DESPORTIVAS (AMPLIAÇÃO DO ÂMBITO DE PROTEÇÃO DOS 
DIREITOS)
• ART. 5º XXVIII “b”: DIREITO DE FISCALIZAÇÃO DO APROVEITAMENTO ECONÔMICO PELOS 
AUTORES E INTÉRPRETES, BEM COMO FISCALIZAÇÃO POR PARTE DAS REPRESENTAÇÕES 
SINDICAIS OU ASSOCIAÇÕES
(CONTINUAÇÃO)
• ART. 5º XXIX: GARANTIA INSTITUCIONAL QUANTO AO DIREITO DE 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL, QUE OBRIGA O PODER PÚBICO A INSTITUIR 
O SISTEMA DE PROTEÇÃO E PRESERVÁ-LO. ASSEGURA-SE A PROTEÇÃO, 
POR DETERMINADO TEMPO, AOS AUTORES DE INVENTOS INDUSTRIAIS.
PROTEÇÃO DE INVENTOS, PATENTES E MARCAS
• ENTES PÚBLICOS TAMBÉM SÃO TITULARES DE PROPRIEDADE.
• IDEIA DE BENS PÚBLICOS: DOIS CRITÉRIOS PRINCIPAIS PARA SUA DEFINIÇÃO: 1) 
CRITÉRIO DA TITULARIDADE (BENS PÚBLICOS EM SENTIDO PRÓPRIO) E 2) 
CRITÉRIO DA FUNCIONALIDADE (BENS PÚBLICOS EM SENTIDO IMPRÓPRIO).
• TITULARIDADE: UM BEM SERÁ PÚBLICO SE UMA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO 
PÚBLICO INTERNO DETEM SUA TITULARIDADE.
• BENS PÚBLICOS POR NATUREZA OU DEFINIÇÃO CONSTITUCIONAL: VIAS DE 
CIRCULAÇÃO, PRAÇAS, LOGRADOUROS, MAR TERRITORIAL, TERRENOS DE 
MARINHA, ÁGUAS, TERRAS OCUPADAS PELOS ÍNDIOS.
• BENS DA UNIÃO: INDICADOS NO ART. 20 / DOS ESTADOS: INDICADOS NO ART. 26.
• EXERCÍCIO DE ATIVIDADE ECONÔMICA PELO ESTADO: DESTINADO A ATENDER 
IMPERATIVOS DE SEGURANÇA NACIONAL OU RELEVANTE INTERESSE COLETIVO 
(ART. 173), O QUE ENVOLVE A TITULARIDADE DE BENS POR PARTE DO PODER 
PÚBLICO.
• COD. CIVIL. ART. 98 A 103: CONCEITUA E CARACTERIZA BENS PÚBLICOS E SE 
UREGIME DE UTILIZAÇÃO, À LUZ DO CRITÉRIO DA TITULARIDADE.
PROPRIEDADE PÚBLICA
• DIREITO DE HERANÇA
• PROTEGIDO COMO GARANTIA CONSTITUCIONAL E COMO DIREITO SUBJETIVO: ART. 5º 
XXX
• AMPLA LIBERDADE PARA O LEGISLADOR PARA DISCIPLINAR O DIREITO DE HERANÇA
• LIMITAÇÕES DO TEXTO CONSTITUCIONAL:
• OBRIGAÇÃO DE REPARAR DANO E DECRETAÇÃO DO PERDIMENTO DE BENS, NOS TERMOS DA LEI: 
PODEM SER ESTENDIDAS AOS SUCESSORES ATÉ O LIMITE DO VALOR DO PATRIMÔNIO TRANSFERIDO 
(ART. 5º XLV)
• COMPETÊNCIA DO ESTADO MEMBRO (E D.F.) PARA INSTITUIR E COBRAR ITCM E ITCMD DE 
QUAISQUER BENS OU DIREITOS (ART. 155 I)
• REPERCUTE NO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO: SUCESSÃO DE BENS DE ESTRANGEIROS 
SITUADOS NO PAÍS SERÁ REGULADA PELA LEI BRASILEIRA EM BENEFÍCIO DO CÔNJUGE OU FILHOS 
BRASILEIROS (EXCEÇÃO: SE A LEI DO PAÍS DO ESTRANGEIRO QUE FALECEU NÃO FOR MAIS 
FAVORÁVEL) – ART. 5º XXXI.
ALTERAÇÃO DO PADRÃO MONETÁRIO E DIREITO DE PROPRIEDADE
• VALOR NOMINAL DA MOEDA (CONFERIDO PELO ESTADO) É DIREFENTE DO SEU VALOR DE TROCA 
INTERNO E EXTERNO
• VALOR NOMINAL É INALTERÁVEL. VALOR DE TROCA SE ALTERA PELA INFLAÇÃO E OUTROS FATORES 
(RELAÇÃO COM OUTROS PADRÕES MONETÁRIOS)
• CONTEXTOS HISTÓRICOS DEMONSTRAM MUDANÇA DO VALOR DA MOEDA. ÀS VEZES DESAPARECE 
UM SISTEMA MONETÁRIO PELA REVOLUÇÃO OU DE ESTADO DE NECESSIDADE DE PROCESSO 
INFLACIONÁRIO (REITERADAS VEZES NO BRASIL – OVER NIGHT, INFLAÇÃO DESENFREADA).
• A MUDANÇA DO PADRÃO MONETÁRIO TRAZ CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS. HOJE HÁ A PROTEÇÃO 
CONSTITUCIONAL DOS VALORES PATRIMONIAIS.
• ASSIM, A EVENTUAL ALTERAÇÃO DO PADRÃO MONETÁRIO É CONTEMPLADA COMO PROBLEMA 
LIGADO À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA PROPRIEDADE
• ESSA GARANTIA NÃO TORNA O PADRÃO MONETÁRIO IMUNE ÀS INSTABILIDADES DA VIDA 
ECONÔMICA. MAS O LEGISLADOR PODE INTERVIR NA ORDEM MONETÁRIA PARA BUSCAR O 
RETORNO DE UMA SITUAÇÃO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO.
• A EXTENSÃO DA GARANTIA CONSTITUCIONAL DA PROPRIEDADE AOS VALORES PATRIMONIAIS ($) OU 
NOS CRÉDITOS EM DINHEIRO NÃO ASSEGURA ESTABILIDADE CONTRA ALTERAÇÕES DO SISTEMA 
MONETÁRIO. HÁ LIMITES E PARÂMETROS À AÇÃO LEGISLATIVA (NÃO HÁ DISCRICIONARIEDADE 
ABSOLUTA DO LEGISLADOR).