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ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL Um estudo de caso sobre os valores, dilemas, impactos e mitigações a serem implementadas pela VBN Telecomunicações maio/2020 2 Elaborado por: Manuel Lousada Neto Disciplina: Ética e Sustentabilidade Turma: MBA_ETSMBAEAD-24_30032020_1 https://ls.cursos.fgv.br/d2l/home/246772 Tópicos desenvolvidos 1. AÇÕES OU ESTRATÉGIAS COMUMENTE UTILIZADAS PELAS EMPRESAS PARA ASSEGURAR A SUA INTEGRIDADE; 2. OBSTÁCULOS APRESENTADOS PELA CULTURA ORGANIZACIONAL PARA A INCLUSÃO DE MEDIDAS BÁSICAS DE PROTEÇÃO AOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS; 3. EFEITOS OU IMPACTOS DE AÇÕES EMPRESARIAIS ANTIÉTICAS (CARACTERIZADAS PELO DESRESPEITO) PARA OS STAKEHOLDERS E A SOCIEDADE; 4. SOLUÇÕES QUE AS EMPRESAS PODEM IMPLEMENTAR PARA GARANTIR, DE FORMA ÉTICA, OS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS. 4 APRESENTAÇÃO E OBJETIVO No cenário contemporâneo, Ética, Moral e Valores são conceitos quem têm sido amplamente evocados, e a sociedade tem sido cada ve mais crítica e intolerante sobre tal. O ambiente empresarial, sendo composto por representantes dessa sociedade clamam cada vez mais por esses valores também na esfera corporativa. Esses conceitos compõem o termo “Responsabilidade Social”, definida como a obrigação da administração de tomar decisões e ações que irão contribuir para o bem-estar e os interesses da sociedade e da organização (Daft, 1999). Lourenço e Schroder (2003) afirmam ainda que: “...a intervenção dos diversos atores sociais exige das organizações uma nova postura, calcada em valores éticos que promovam o desenvolvimento sustentado da sociedade como um todo.” O presente estudo de caso foi elaborado para realizar um breve diagnóstico, intruduzir conceitos e sugerir ações para a empresa VBN Telecomunicações, afim de revisitar alguns aspectos de relacionamento com seus clientes internos e externos. DESENVOLVIMENTO 1. AÇÕES OU ESTRATÉGIAS COMUMENTE UTILIZADAS PELAS EMPRESAS PARA ASSEGURAR A SUA INTEGRIDADE; O ambiente corporativo brasileiro vem passando por mudanças no que tange as relações econômicas, sociais e ambientais, abrindo espaço para que valores indispensáveis e intangíveis serem valorizados. Para empresas assegurarem sua integridade, são utilizadas ferramentas de governança corporativa como Planos e Programas de aintegridade. Esses Planos e/ou Programas visam prevenir, detectar, corrigir e mitigar desvios de conduta que estão em desacordo com os valores éticos e morais instituídos na companhia. Governança corporativa, segundo o Institúto Brasileiro de Governança Corporativa, é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos enrte os stakeholders (acionistas, conselho administrativo, diretoria, órgãos fiscalizadores e demais partes interessadas). A implementação de Planos e/ou Programas de integridade depende de pilares que sustentam sua implementação e funcionamento, como por exemplo os quatro pilares do Programa de integridade da Controladoria Geral da União (CGU), que são: • Comprometimento e apoio da alta administração, assim evidenciando o seu comprometimento com o desenvolvimento e com a melhoria contínua do programa; • Unidade Responsável pela Implementação do Programa de Integridade, como metodologia de identificar, oportunidades de fortalecimento em setores existentes e avaliar áreas e setores onde a manutenção do programa de integridade é necessário. • Gerenciamento de riscos à integridade, é um dos pilares que torna o plano sustentável, a partir da prevenção, detecção, ação e mitigação de eventos que vão contra os princípios éticos e a adoção de monitoramentos de controles internos implementados. • Estratégia de Monitoramento objetivam acompanhar as ações previstas do Programa de Integridade e aprovadas pela alta administração, visando avaliar os resultados alcançados pelo programa. 2. OBSTÁCULOS APRESENTADOS PELA CULTURA ORGANIZACIONAL PARA A INCLUSÃO DE MEDIDAS BÁSICAS DE PROTEÇÃO AOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS; 6 Qualquer inclusão ou exclusão desloca o “equilíbrio” da organização, que terá que se adequar novamente aquela realidade. Esse fenômeno é denomidao “Mudança”, que é a passagem de um estado para o outro. É a transição de uma situação para outra diferente. Mudança representa transformação, perturbação, interrupção, fratura (Chiavenato, 1996). As Mudanças Comportamentais, que englobam novos conceitos e relações sociais é sem dúvida a mais difícil de ser implementada uma vez que envolve atitudes de todos os membros da organização, impactando toda a cadeia de Stakeholders (Santos, 2015). Em contrapartida, embora a sensação de mudança crie obstáculos, a credibilidade de uma empresa depende de sua conduta enquanto organização, afim de construir uma boa imagem e reputacção, advinda de uma conduta transparente e aliada a boas práticas de responsabilidade social e a preocupação de todos os envolvidos. 3. EFEITOS OU IMPACTOS DE AÇÕES EMPRESARIAIS ANTIÉTICAS (CARACTERIZADAS PELO DESRESPEITO) PARA OS STAKEHOLDERS E A SOCIEDADE; Ações antiéticas podem surgir no universo corporativo pelo lapso na adoção de princípios éticos para seus componentes e que eventualmente encontram-se descrentes de quaisquer valores, motivados por perspectivas financeiras e interesses pessoais ocorrende principalpente pelo fato da relação social, afinal, sem sociedade não é possível existir uma organização. Outro fator inerente a existência das organizações são as relações de poder, que no ambiente corporativo, podem gerar relações antiéticas no ambiente interno e externo. No ambiente interno podem gerar abusos de poder ou assédio moral, conforme o descrito abaixo: • Abuso de Poder: e conceituado no ato de se beneficiar de cargos para realizar ações ou vontades particulares. Essa relação se bazeia na dependência entre seus personagens; • Assédio Moral: é també uma forma de abuso de poder, mas que pode ser exercido tanto por líderes quanto por pares e ainda por subordinados, caracterizada por qualquer conduta abusiva, manifestada sobre tudo por gestos, palavras, atos, que possam trazer danos à personalidade, à dignidade ou ainda a integridade física ou psíquica. • No ambiente externo podemos mencionar a interação com entes públicos no sentido que conseguir benefícios por meio de atalhos ou troca de favores ilícitos tanto para o benefício momentâneo da organização quano por benefício próprio. 4. SOLUÇÕES QUE AS EMPRESAS PODEM IMPLEMENTAR PARA GARANTIR, DE FORMA ÉTICA, OS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS. Segundo Arruda (2003), a ética empresarial não é uma questão de conveniência, e sim, uma condição de sobrevivência da sociedade. O comportamento íntegro por parte das organizações é esperado pela sociedade. Por essa condição, a VBN Telecomunicações necessita implementar ações para grantir de maneira ética, o respeito ao individual e ao coletivo como as listadas abaixo: a) A criação de uma Cultura “Tone at the Top” propagando a aderência de valores éticos e morais iniciando pela alta direção, demonstrando assim o exemplo a ser seguido. b) Criação de um plano de Governança Corporativa, fundamentado em pilares da Transparência, Quidade, Prestação de Contas e Responsabilidade Corporativa. c) Criação de um código de Conduta Ética a ser dufindido e seguido por toda a sociedade que compõe a organização. 8 d) Criação de um Canal de Ética, independente, onde casos de desvio de conduta possam ser ouvidos, devidamente checados e monitorados de maneira idônea e transparente. Essas sugestões implementadas serão um mecanismo robusto de implementação, monitoramentoda conduta moral e ética de todo os personagens envolvidos na organização, zelando pela imagem e respeito da VBN Telecomunicações perante a sociedade. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES Esse relatório apresentou um estudo detalhado para a empresa VBN Telecomunicações, com um intuito de discorrer sobre a ética empresarial, responsabilidade social e governança corporativa. Foram apresentados ainda conceitos, exemplos e sugestões a serem implementadas na empresa a fim de garantir um ambiente moral e ético, resultando em benefícios para os clientes internos e externos à organização. 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONTROLADORIA Geral da União – CGU – Programa de Integridade da CGU - https://www.gov.br/cgu/pt-br/acesso-a-informacao/governanca/programa-de- integridade-da-cgu acesso em 06/05/2020 as 07:14. CHIAVENATO, Idalberto. Os Novos Paradigmas : como as mudanças estão mexendo com as empresa. São Paulo, 1996. DAFT, Richard L. Administração. Tradução. 4. Ed Rio de Janeiro, 1999. IBGC - Instituto Brasileiro De Governança Corporativa https://www.ibgc.org.br/conhecimento/governanca-corporativa - acesso em 06/05/2020 às 17:30 LOURENÇO A. G. e SCHRODER D. S. Vale a Pena Investir em Responsabilidade Social Empresarial? São Paulo, 2003. MACEDO, I. I.; RODRIGUES, D. F.; CHEVITARESE L. P.; FEICHASS S. A. Q. – Ética e Sustentabilidade – Rio de Janeiro, 2015 SANTOS, João Alberto dos – Estudo sobre a Questão da Mudança e da Resistência à Mudança nas Organizações – São Paulo, 2015. https://www.gov.br/cgu/pt-br/acesso-a-informacao/governanca/programa-de-integridade-da-cgu%20%20acesso%20em%2006/05/2020 https://www.gov.br/cgu/pt-br/acesso-a-informacao/governanca/programa-de-integridade-da-cgu%20%20acesso%20em%2006/05/2020 https://www.gov.br/cgu/pt-br/acesso-a-informacao/governanca/programa-de-integridade-da-cgu%20%20acesso%20em%2006/05/2020 https://www.ibgc.org.br/conhecimento/governanca-corporativa%20-%20%20%20acesso%20em%2006/05/2020 https://www.ibgc.org.br/conhecimento/governanca-corporativa%20-%20%20%20acesso%20em%2006/05/2020 https://www.ibgc.org.br/conhecimento/governanca-corporativa%20-%20%20%20acesso%20em%2006/05/2020 ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL Um estudo de caso sobre os valores, dilemas, impactos e mitigações a serem implementadas pela VBN Telecomunicações Tópicos desenvolvidos APRESENTAÇÃO E OBJETIVO DESENVOLVIMENTO DAFT, Richard L. Administração. Tradução. 4. Ed Rio de Janeiro, 1999.
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