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Viktor Frankl e a Logoterapia Prof. Me. Ramiz Candeloro Pedroso de Moraes TSP III – Estácio 2019 Viktor Emil Frankl (1905 – 1997) Viktor Frankl Psiquiatra Correspondeu-se com Freud Criador da Logoterapia Psiquiatra inovador - salva milhares de judeus do nazismo recusando fazer eutanásia aos “doentes mentais” Político – partido comunista Campo de concentração – Nazismo – família morre e ele sobrevive PRINCIPAIS CONCEITOS 1) Logoterapia • Logos (Sentido da vida) • Therapéa (Terapia) • O encontro com o sentido da vida é terapêutico. • Terceira escola psicológica austríaca vienense – Psicanálise (Freud), Psicologia Individual (Adler) e Logoterapia (Frankl). 2) Noética • Ser humano tem 3 dimensões que nos constituem: • a) Física • b) Psíquica • c) Noética - capaz de encontrar um sentido da vida. Vivenciar e identificar valores - ética, senso de religiosidade, experiências de felicidade, capacidade de pensar nossas atitudes, olhar com olhos de sentido. 3) Autotranscendência • Capacidade de sair de si mesmo em direção a me doar à alguém ou alguma missão; • Encontrar energia para ajudar o outro ou uma causa; • Encontrar propósito. 4) Consciência • Não biológica, nem Freudiana. • Consciência Gewissen - consciência de certo ou errado, se vai gerar valor para o mundo ou não, de assumir um gesto de sacrifício por amor ao outro. 5) Espiritualidade • Não é a religiosidade propriamente dita; • É a capacidade humana de buscar o sentido da vida. Onde está o bem, o que é o certo a se fazer; • É igual à dimensão Noética. 6) Liberdade de vontade (1º pilar da teoria) • Somos livres para escolher - vontade de querer é livre. Ele compreende as questões biológicas e sociais, mas dentre nossas possibilidades, somos realmente livres. Capos (campos de concentração) delatavam os colegas por pão e cigarro por uma vida. • Isso leva à crítica ao pandeterminismo – que seria o ser estar condicionado às questões biopsicossociais e não ser livre para escolher. 7) A vontade de sentido (2º pilar) • Diferente da vontade de prazer (Psicanálise) ou poder. • Vontade de realizar valores (que estão em potência no mundo, você pode escolher vivenciar ou passar por estes). • a) Valores vivenciais - viver o momento no momento em que o momento acontece. • b) Valores criativos - ninguém faz o mesmo que eu posso fazer. Coisas simples, mas que tem uma criação minha que faz sentido para mim, para as pessoas e para o mundo. • c) Valores atitudinais - "O câncer foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida" - as mudanças, dar valor para o que realmente é importante. Podemos mudar nós mesmos, mesmo não podendo mudar o que está a minha volta. 8) Sentido da vida (3º pilar) • Categoria filosófica, necessidade da existência, nossa característica ética - necessidade de um algo a mais (diferente dos outros animais). • Movidos pela vontade de sentido. • Algo extremamente pessoal a ser realizado (trazer das ideias e transformar em realidade, aí sim realizo o sentido de vida - questões simples). 9) Noodinâmica • Tensão saudável entre o ser e o dever-ser. Esta transforma a pessoa em uma vida para a missão. • Olhamos para a nossa vida como uma missão - a cada dia tenho uma nova etapa para cumprir, assim eu vivencio valores. 10) Neurose noogênica • Aquele vazio existencial, sem causa aparente ou doença, mas que pode causar uma reação patológica. É uma frustração no nível existencial. 11) Neurose coletiva • Tempos atuais – vazios coletivos, não mais explicados pela sexualidade em Freud. 12) Suprassentido (Supra- sentido) • Embora seja difícil de compreender o sentido das situações, ainda assim existe um sentido último – um suprassentido. • Racionalmente fica difícil, portanto a fé e o amor são as formas captá-lo. 13) A essência da existência • Esta não está em si mesma, muito menos se fecha perante seus condicionamentos biopsicossociais; pelo contrário, transcende, está fora dele, se abre ao mundo. • Quanto mais a pessoa esquece de si mesma, dedicando-se a uma causa ou a alguém, mais humana se torna. • Ela não se fecha em condicionamentos, mas os transcende. 14) Sentido do amor • É por meio do amor que o ser humano consegue captar o que há de mais íntimo no ser amado. • Duas causas podem atrapalhar a realização do sentido do amor: a decepção e o desânimo. Este é “quase sempre causado pela incapacidade de imaginar um relacionamento amoroso feliz. O medo da rejeição pode causar uma verdadeira frustração existencial que impede compreender corretamente os valores humanos e existenciais ali naquele relacionamento” (MARINEZ, 2003, p. 38). • Decorre disso que a pessoa começa a tender a ver todas as relações humanas a partir do instintivo, que passa não mais a ser meio da realização existencial, como deveria ser, conforme assinalamos anteriormente. Já a decepção geralmente antecede o desânimo e o vácuo existencial. Quando tem o sentido frustrado, tende-se a aumentar a vontade de prazer (MARINEZ, 2003).
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