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Hipossuficiência no Direito Processual Trabalhista

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É NECESSÁRIA A COMPROVAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA PARA AS PESSOAS FÍSICA E JURÍDICA?
Tradicionalmente, a justiça do trabalho concederá benefícios de assistência jurídica aos trabalhadores que entram com ações e ações trabalhistas, independentemente de evidências insuficientes. Por outro lado, a justiça do trabalho tem insistido reiteradamente na recusa de dar aos empregadores um tratamento gratuito e justo, mesmo que sejam pessoas físicas, eles devem adicionar as evidências necessárias de recursos insuficientes em seus registros.
Na CLT art. 791, o trabalhador pode julgar seu pedido sem saber da existência do benefício, portanto, caso seja derrotado, a insuficiência de julgamento do juiz poderá conceder o benefício, que terá efeito retroativo em casos excepcionais. Nesse sentido: justiça gratuita. No entanto, a lei é omissa com relação ao benefício da justiça gratuita para os empregadores.
Assim, a própria CLT dispõe em seu artigo 8º que “as autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público” e que “o direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste”.
O art. 98 da Lei 13.105/15, totalmente compatível com a Lei 1.060/50, garante que a “pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei”.
Com base na art. 5º, inciso LXXIV da CFRB/88, isso é viável. Nele diz que quando o empregador se declarar impossibilitado de pagar a taxa de procedimento com as penalidades legais, o benefício será concedido gratuitamente. Nesse caso, é óbvio que a prova de iuris tantum pode ser permitida.

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