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ALMANAQUE_-_LINGUAGENS_E_AFETOS_ACOLHENDO_EMOES_E_SENTIMENTOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA
Natal/RN
Setembro - 2020
Diretor do Centro de Educação
Jefferson Fernandes Alves
Vice-diretora do Centro de Educação
Cynara Teixeira Ribeiro
Diretora do NEI
Maristela de Oliveira Mosca
Vice-Diretora
Teresa Régia Araújo de Medeiros
Coordenação de Ensino
Gildene Lima de Souza Fernandes
Marianne Moura Rezende
Coordenação de Pesquisa e Extensão
Danielle Medeiros de Souza
Janaina Speglich de Amorim Carrico
Coordenação de Inclusão
Gilka Silva Pimentel
Organizadores
Ana Catharina U. Martins de Sousa Bagolan
Denise Bortoletto
Sára Maria Pinheiro Peixoto
Uiliete Márcia Silva de Mendonça Pereira
Vanessa Alessandra Cavalcanti Peixoto
Autores
Aja Devi Dasi Soares Abreu de Góes
Aline Constância de Figueiredo e Souza
Ana Catharina U. Martins de Sousa Bagolan
Bruna Gabrielly Lira da Silva
Clarice Ferreira Guimarães Diógenes
Denise Bortoletto
Dennis Emanoel Xaxá da Silva
Dominique Cristina Souza de Sena Maranhão
Esthephania Oliveira Maia Batalha
Gilka Silva Pimentel
Gilvania Lima de Souza Miranda
Joyce Mariana Alves Barros
Kêmile Lopes Tomé de Oliveira
Lucineide Cruz Araújo
Maria José Campos Ferreira
Milena Oliveira de Lira
Sanderson Carvalho da Silva
Sára Maria Pinheiro Peixoto
Uiliete Márcia Silva de Mendonça Pereira
Vanessa Alessandra Cavalcanti Peixoto
Revisora
Neyse Siqueira Cardoso
Projeto gráfico
João Vitor Barreto de Miranda
As ilustrações desse almanaque foram produzidas pelo Prof. Sanderson Carvalho da Silva e pelas crianças: Alana Noemi, Alice 
Rocha, Amanda Beatriz Cruz, Ana Beatriz Medeiros, Anderson Ricardo, Anne Marcele Mendonça, Beatriz Furtado, Cecília 
Alvarenga, Cecília Dantas, Giovanna Morais, Grace Marie Alves, Hadmilla Mass, Helena de Souza, Henrique Emanuel de Sena, 
Isabela Furtado, Lívia Beatriz Mendes, Lívia Maria Gomes, Luana Paiva, Luna Ribas, Manuella Arantes, Maria Ester de Lima, Maria 
Irma Souza, Maria Julia Gomes, Marina Andrade, Maysa Cavalcanti, Nicolas Henrique Lima, Nícolas Sena, Noemi Torquato, Sofia 
Lara de Araújo e Yan Alves, que tiveram suas participações consentidas pelos seus pais e/ou responsáveis.
Coordenadoria de Processos Técnicos
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca do Núcleo de Educação da Infância
Elaborado por Milena de Macedo Barbosa Nascimento – CRB-15/381
Linguagens e afetos: acolhendo emoções e sentimentos [recurso eletrônico] / Organizadores: Ana Catharina Urbano 
Martins de Sousa ... [et al]. – Natal, RN : Terceirize, 2020.
67 p. : il., PDF – 
Modo de acesso: http://nei.ufrn.br/acontecenei/documentos/livros/316755980
 ISBN
1. Educação infantil. 2. Emoções. 3. Isolamento social. I. Sousa, Ana Catharina Urbano Martins de.
RN/UF/BCZM CDU 373.2:159.942 
 
APRESENTAÇÃO
COVID-19: NOVA ROTINA, 
NOVA REALIDADE
VAMOS FALAR SOBRE 
EMOÇÕES E SENTIMENTOS?
NOSSA CASA EM TEMPOS DE 
ISOLAMENTO: ESPAÇO DE ACOLHIMENTO, 
TRANSFORMAÇÕES E SIGNIFICAÇÕES
AS EMOÇÕES DAS CRIANÇAS COM 
NECESSIDADES EDUCACIONAIS 
ESPECÍFICAS: UM OLHAR INCLUSIVO 
EM PERÍODO DE ISOLAMENTO SOCIAL
CRIANÇAS, TECNOLOGIAS E EMOÇÕES:
EXPERIÊNCIAS EM TEMPOS DE 
DISTANCIAMENTO SOCIAL
AS EMOÇÕES E AS ARTES VISUAIS: 
EXPRESSANDO OS SENTIMENTOS 
EM TEMPOS DE ISOLAMENTO
O QUE PODE O NOSSO CORPO?
O ENCONTRO COM A MÚSICA, 
O MOVIMENTO E AS EMOÇÕES
LINGUAGEM TEATRAL: BRINCANDO 
COM A LUDICIDADE E AS EMOÇÕES
PARA FINALIZAR...
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
5
6
7
13
19
32
41
48
55
64
65
Estávamos pensando em vocês e em como 
estão se sentindo nesse período de isolamento 
social, por causa do COVID-19. Resolvemos 
preparar este Almanaque para ajudá-los a 
observar, identificar e gerir as emoções e 
sentimentos que surgem diante das mudanças 
e incertezas que temos vivido. 
Por isso, nos perguntamos: vocês conseguem 
perceber e dizer o que estão sentindo agora? Alegria, tristeza, tédio, frustração, raiva, solidão, medo... são tantas coisas, não é mesmo? 
Essa é uma resposta que pode até ser fácil para alguns, porém, extremamente complicada para outros, principalmente quando, na nossa 
história de vida, não fomos ensinados a refletir sobre o que estamos experimentando. No nosso dia a dia agitado, poucas vezes temos 
tempo para pensar sobre as nossas emoções e reações frente aos desafios que aparecem, mas quando surgem situações que demandam 
que tenhamos inteligência emocional, sentimos falta de termos essa reflexão como algo presente no nosso cotidiano. 
É certo que o mundo passou por uma brusca mudança diante do COVID-19. E frente a esse novo cenário, de isolamento social e 
incertezas, sem dúvida, um dos maiores desafios que estamos enfrentando é o da gestão das emoções. As demandas familiares e 
profissionais estão sendo potencializadas pelo isolamento social. Mas, como vocês, crianças, estão nesse cenário? Como estão se 
sentindo? Vocês têm conseguido expressar suas emoções e sentimentos? De quais formas? 
Falar sobre emoções e sentimentos com as crianças nem sempre é uma tarefa fácil, não é mesmo, famílias? Mas é importante 
refletir que elas compõem o núcleo familiar e que também estão vivenciando tudo de forma genuína. Por mais que, muitas vezes, 
pareça que estão imunes às cargas emocionais, elas não estão! Os pequenos estão vendo, ouvindo e reproduzindo as ações dos seus 
responsáveis. E se, para nós, adultos, já é complexo falar dos nossos sentimentos e emoções, imagine para elas que, muitas vezes, 
não sabem identificar o que estão sentindo e nem sabem o que fazer com esses sentimentos e emoções! Os pais podem aproveitar 
todo esse contexto para ensinar, às crianças, ferramentas importantes de expressão das emoções e sentimentos. Que tal, então, 
adicionar, em suas rotinas, um momento diário de diálogo e de reflexão? 
Para atender a essa demanda e auxiliá-los nesse desafio, nós, do Núcleo de Educação da Infância (NEI), Colégio de Aplicação da UFRN, 
desenvolvemos este Almanaque, acreditando que ele será um bom aliado dos adultos, na condução da temática com as crianças, e 
também das crianças, por meio da vivência de experiências lúdicas que possibilitem a expressão de sentimentos e emoções. Nele, os 
leitores – crianças e adultos - poderão encontrar atividades, vivências e experiências que tratarão desse assunto – a inteligência emocional. 
Esperamos, com esse Almanaque, contribuir para dias melhores, nos quais memórias efetivas sejam construídas e bem guardadas!
A equipe organizadora.
¹ Os almanaques identificam-se como suportes que são publicados em uma certa periodicidade e caracteriza-se pela compilação de 
conteúdos diversos: instruções, informações científicas, dicas de entretenimento, etc. Este documento não terá periodicidade, pois 
se refere à publicação de orientações e dicas para a gestão das emoções e sentimentos, no período de distanciamento social, 
entretanto, o propósito comunicativo é atingido nessa obra diante das características citadas anteriormente.
Olá, crianças!! 
Olá, famílias do NEI!!
Como vocês estão?
Como estão se sentindo 
nesse distanciamento social?
Vamos falar sobre 
emoções e sentimentos?
Acordar, realizar as refeições de maneira apressada, ir para a escola, passear,
 visitar parentes, 
brincar com amigos, mergulhar no mar, passear com animal de estimação... s
ão ações simples e 
cotidianas que, talvez, nunca foram tão valorizadas por nós, adultos e criança
s!
Quarentena não é sinônimo de férias! Se fossem, as crianças estariam liv
res para realizar 
passeios e viagens, encontrar seus amigos e familiares. Mas, nesse perío
do, as viagens são 
apenas online; o correr é de um cômodo para outro, de suas casas, em bus
ca de atenção e de 
novas atividades; encontrar os amigos e familiares tem ocorrido por videocha
madas. 
Frente à pandemia, a relação com o tempo e com as coisas da vida mudou!
 Os marcadorestemporais que as crianças tinham em suas rotinas, foram bruscamente al
terados, houve um 
desequilíbrio e, aos poucos, as famílias têm encontrado formas de se reequilib
rarem. 
Sabemos que o comportamento humano é atravessado pela cultura, e que
 nós, brasileiros, 
somos um povo conhecido por ser caloroso, acolhedor e se expressar por
 meio do toque, do 
abraço, do beijo, do afago. Essas são nossas formas culturais de nos most
rarmos amigos, de 
estarmos perto. Mas, o que fazer quando não podemos nos expressar assim
? Como lidar com o 
afastamento dos nossos amigos e familiares? Como viver uma nova rotina
 sem sair de casa? 
Essas são algumas questões que vêm sendo levantadas nesse período.
 
Todos sabemos que, nesse período, novos sentimentos e emoções podem aflorar. Mas, vamos pensar 
melhor sobre isso! Você sabia que emoções e sentimentos são coisas distintas? Vamos começar 
pensando sobre as emoções, compreendendo-as como uma programação biológica, uma resposta inata 
do nosso corpo para atender a algum estímulo externo. Ou seja, são todas as reações que sentimos no 
nosso corpo em resposta a algo ou alguma situação com a qual nos deparamos. 
Por exemplo, o medo surge quando estamos em uma situação de risco ou estamos frente a algo que 
nos amedronte. Imediatamente, nosso corpo vai promover uma reação relacionada a essa emoção. Sem 
que você tenha a consciência ou a percepção disso, em uma fração de segundo, seu corpo vai liberar 
adrenalina, seu coração vai acelerar, seu sangue vai para partes que lhe permitam lutar ou fugir. Pode ser 
que alguém saia correndo ou fique paralisado, comece a chorar ou a suar e tremer. 
Assim, também acontece com a emoção da alegria. Ao saber uma novidade, alcançar algum objetivo ou 
viver um momento de grande alegria, seu corpo também vai liberar adrenalina, mas associado a doses de 
endorfina e dopamina - substâncias químicas, conhecidas como “hormônios da felicidade”, utilizadas 
pelos neurônios e que atuam, diretamente, na sensação de prazer / de bem-estar. Assim, sua frequência 
cardíaca vai aumentar e seu ritmo respiratório também. Com isso, podemos expressar essa emoção de 
diferentes modos: pulando, gritando, chorando ou mesmo, gargalhando de forma puramente automática. 
Já os sentimentos, têm outro aspecto: eles podem ser pensados e refletidos. Por exemplo, a saudade. 
Eu sinto saudades de alguém, de uma experiência, de um lugar, quando penso nessa pessoa, nessa ocasião 
ou nesse espaço. Então, eu penso e sinto. O mesmo ocorre com a frustração, por exemplo, se eu quero um 
brinquedo novo, ou sair para brincar na rua e não posso, me sinto frustrado. Eu também posso ficar 
eufórico ao pensar em reencontrar um amigo que, há muito tempo, não o vejo. 
Apesar dessas diferenças, temos muitas estratégias para lidar com emoções e sentimentos que têm 
aflorado nesse momento que estamos vivendo. Vamos entrar no “mundo das emoções e sentimentos” 
para sabermos como eles nos afetam e o que podemos fazer quando eles surgem? As emoções e 
sentimentos surgem de experiências. 
Então, durante um dia, podemos sentir várias sensações, dependendo de como estejamos vivendo ou 
da forma que escolhemos usar o que sentimos para nosso bem-estar. Podemos ficar alegres, tristes, com 
medo, com raiva... por vários motivos e cada um tem os seus. Não podemos desvalorizar o sentimento do 
outro ou alegar que ele não deve ser sentido. Lembramos que uma pessoa pode vivenciar emoções e 
sentimentos, inclusive ao ouvir opiniões, críticas, conselhos ou apreciações de alguém. Devemos ter 
cuidado com o que falamos para as pessoas e como falamos. 
As emoções também geram, no nosso corpo, bem-estar ou mal-estar. Exemplos dessas emoções são: 
a gratidão e a ansiedade. Ao sermos gratos, respiramos melhor, nos sentimos mais leves, mais dispostos. 
Já a ansiedade, pode causar falta de ar, coração acelerado, tremores. Percebam o que vocês sentem, 
como sentem as reações no corpo, como se comportam quando estão sentindo alguma emoção ou 
sentimento e identifiquem os motivos que os levaram a ter essas reações. 
Podemos identificar e lidar com o que sentimos de diversas maneiras! E esses diferentes modos de 
gerir nossas emoções e sentimentos variam de pessoa para pessoa. Ao longo desse Almanaque, vocês 
poderão encontrar sugestões de atividades, experiências e vivências que os auxiliarão no processo de 
expressão dos sentimentos e emoções. A partir dessas sugestões, faremos reflexões sobre a organização 
dos espaços, dos tempos, dos materiais e de nossa expressividade artística. 
Assim, sugerimos ações que colocam o corpo em evidência, valorizando os movimentos, o teatro, as 
mídias, a música e as artes visuais. As referidas vivências poderão ser desenvolvidas por qualquer criança, em 
função dos seus potenciais inclusivos, garantindo que todas as crianças possam expressar suas emoções e 
sentimentos e, assim, passar por esse período de isolamento social de forma mais tranquila e lúdica! 
Todos sabemos que, nesse período, novos sentimentos e emoções podem aflorar. Mas, vamos pensar 
melhor sobre isso! Você sabia que emoções e sentimentos são coisas distintas? Vamos começar 
pensando sobre as emoções, compreendendo-as como uma programação biológica, uma resposta inata 
do nosso corpo para atender a algum estímulo externo. Ou seja, são todas as reações que sentimos no 
nosso corpo em resposta a algo ou alguma situação com a qual nos deparamos. 
Por exemplo, o medo surge quando estamos em uma situação de risco ou estamos frente a algo que 
nos amedronte. Imediatamente, nosso corpo vai promover uma reação relacionada a essa emoção. Sem 
que você tenha a consciência ou a percepção disso, em uma fração de segundo, seu corpo vai liberar 
adrenalina, seu coração vai acelerar, seu sangue vai para partes que lhe permitam lutar ou fugir. Pode ser 
que alguém saia correndo ou fique paralisado, comece a chorar ou a suar e tremer. 
Assim, também acontece com a emoção da alegria. Ao saber uma novidade, alcançar algum objetivo ou 
viver um momento de grande alegria, seu corpo também vai liberar adrenalina, mas associado a doses de 
endorfina e dopamina - substâncias químicas, conhecidas como “hormônios da felicidade”, utilizadas 
pelos neurônios e que atuam, diretamente, na sensação de prazer / de bem-estar. Assim, sua frequência 
cardíaca vai aumentar e seu ritmo respiratório também. Com isso, podemos expressar essa emoção de 
diferentes modos: pulando, gritando, chorando ou mesmo, gargalhando de forma puramente automática. 
Já os sentimentos, têm outro aspecto: eles podem ser pensados e refletidos. Por exemplo, a saudade. 
Eu sinto saudades de alguém, de uma experiência, de um lugar, quando penso nessa pessoa, nessa ocasião 
ou nesse espaço. Então, eu penso e sinto. O mesmo ocorre com a frustração, por exemplo, se eu quero um 
brinquedo novo, ou sair para brincar na rua e não posso, me sinto frustrado. Eu também posso ficar 
eufórico ao pensar em reencontrar um amigo que, há muito tempo, não o vejo. 
Apesar dessas diferenças, temos muitas estratégias para lidar com emoções e sentimentos que têm 
aflorado nesse momento que estamos vivendo. Vamos entrar no “mundo das emoções e sentimentos” 
para sabermos como eles nos afetam e o que podemos fazer quando eles surgem? As emoções e 
sentimentos surgem de experiências. 
Então, durante um dia, podemos sentir várias sensações, dependendo de como estejamos vivendo ou 
da forma que escolhemos usar o que sentimos para nosso bem-estar. Podemos ficar alegres, tristes, com 
medo, com raiva... por vários motivos e cada um tem os seus. Não podemos desvalorizar o sentimento do 
outro ou alegar que ele não deve ser sentido. Lembramos que uma pessoa pode vivenciar emoções e 
sentimentos, inclusive ao ouvir opiniões, críticas, conselhos ou apreciações de alguém. Devemos ter 
cuidado com o que falamos para as pessoas e como falamos. 
As emoções também geram, no nosso corpo, bem-estarou mal-estar. Exemplos dessas emoções são: 
a gratidão e a ansiedade. Ao sermos gratos, respiramos melhor, nos sentimos mais leves, mais dispostos. 
Já a ansiedade, pode causar falta de ar, coração acelerado, tremores. Percebam o que vocês sentem, 
como sentem as reações no corpo, como se comportam quando estão sentindo alguma emoção ou 
sentimento e identifiquem os motivos que os levaram a ter essas reações. 
Podemos identificar e lidar com o que sentimos de diversas maneiras! E esses diferentes modos de 
gerir nossas emoções e sentimentos variam de pessoa para pessoa. Ao longo desse Almanaque, vocês 
poderão encontrar sugestões de atividades, experiências e vivências que os auxiliarão no processo de 
expressão dos sentimentos e emoções. A partir dessas sugestões, faremos reflexões sobre a organização 
dos espaços, dos tempos, dos materiais e de nossa expressividade artística. 
Assim, sugerimos ações que colocam o corpo em evidência, valorizando os movimentos, o teatro, as 
mídias, a música e as artes visuais. As referidas vivências poderão ser desenvolvidas por qualquer criança, em 
função dos seus potenciais inclusivos, garantindo que todas as crianças possam expressar suas emoções e 
sentimentos e, assim, passar por esse período de isolamento social de forma mais tranquila e lúdica! 
Vocês já perceberam como 
ficam seus rostos quando 
estão tristes, com raiva, com 
medo ou alegres? Sugerimos, 
agora, que utilizem um espelho 
e se olhem. Em família, 
observem as expressões 
faciais das emoções. Em uma 
folha de papel, façam seus 
autorretratos e expressem as 
emoções observadas.
Após essa conversa sobre as emoções e sentimentos vamos exercitar esses 
conceitos? Na atualidade, utilizamos os emojis, em conversas virtuais, para 
representar nossas emoções e sentimentos. Abaixo, reconheçam, nas imagens, 
o que cada uma quer expressar.
CAIXAS DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTO
S
Como ferramenta para auxílio desse m
omento, trazemos, como dica “Caixas d
as emoções e 
dos sentimentos”. Nelas, a família po
derá colocar, de forma simbólica, o q
ue está sentindo 
naquele dia. Para a realização dessa 
atividade, os responsáveis deverão c
onfeccionar, em 
conjunto com a criança, duas caixas, 
uma que representará os sentimento
s e emoções que 
transmitem a sensação de bem-estar,
 como: alegria, amor, surpresa e outra 
que representará 
os sentimentos e emoções que nos ca
usam incômodos, como tristeza, raiva,
 tédio, frustração. 
Para identificar as caixas, vocês poderã
o escolher, juntos, cores, carinhas ou ou
tros símbolos. As 
tais “caixas” podem ser, por exemplo, d
e sapatos, embalagens de presentes, p
otes... ou o que a 
família tiver disponível em casa.
Depois de prontas, é hora de as crianç
as desenharem como estão se sentind
o. Os adultos 
poderão oferecer, às crianças, pape
is de cores variadas e permitir que
 elas escolham 
livremente! Como forma de estimulá-
las, os adultos poderão fazer, também
, seus desenhos. 
Assim, será possível que todos express
em seus pensamentos, sentimentos e 
emoções!
Ao término, vocês escolherão onde co
locarão as suas produções. Os desenh
os que forem 
destinados à caixa das emoções e d
os sentimentos que causam desconf
orto devem ser 
amassados/rasgados e colocados na r
espectiva caixa, como forma de expre
ssão simbólica de 
descarga. Já os desenhos relativos aos 
sentimentos que transmitem satisfação
/contentamento 
(alegria, esperança, amor), poderão 
ser arquivados na caixa destinada a
 esses registros, 
compondo uma espécie de memorial, p
ara que possam ser retomados em outr
os momentos, se 
a família desejar.
E então? O que achou 
dessa dica? Vamos fazer?
E então? O que achou 
dessa dica? Vamos fazer?
Caso você não tenha esse livro impresso poderá conhecer a história no link abaixo:
https://pt.slideshare.net/nadiechristina/chapeuzinho-amarelo 
Fonte: https://www.facebook.com/diversuslivraria/posts/154159978931684
8/
VOCÊS TÊM MEDO DE QUÊ?
Você sabia que várias histórias infantis relatam experiências 
que as crianças vivenciam com suas emoções? Que tal 
conhecermos uma entre tantas que existem? Leiam a história 
“Chapeuzinho Amarelo”, escrita por Chico Buarque e ilustrada 
por Ziraldo. Ele foi publicado pela Editora Autêntica. 
Nessa história, a Chapeuzinho era amarelada de tanto medo 
que sentia. Tinha medo de tudo e por isso não fazia nada!!!! É 
normal sentir medo! Ele, às vezes, até nos protege de fazer coisas 
que poderiam nos colocar em perigo! Quais são os seus medos? 
Quais coisas, objetos, personagens ou situações fazem vocês 
experimentarem a emoção do medo? Conversem, em família, 
sobre isso... Sabiam que tão importante quanto reconhecer que 
tem medo é buscar estratégias para enfrentá-lo? 
A personagem Chapeuzinho Amarelo, quando percebeu isso, 
encarou seu maior medo: o LOBO!!!! Assim, a menina transformou 
esse medo e ficou apenas com um pouco de medo! E vocês, 
adultos e crianças, o que fazem para enfrentarem os seus maiores 
medos? Pensem nessas estratégias e conversem sobre isso.
No decorrer de um dia podemos sentir e expressar 
várias emoções vividas por motivos diversos. As mais 
comuns são a alegria, a tristeza, a raiva e o medo. 
Que tal agora escrevermos ou desenharmos o que 
nos deixa alegres, tristes, com raiva e com medo? 
Nossa casa, nosso lar, nosso abrigo! Em tempos de isolamento, que 
encantamentos esses espaços estão produzindo em nós? Como colaborar 
para que esses espaços sejam cada vez mais potencializadores de emoções e 
sentimentos? Nos últimos tempos, os espaços de convivência das pessoas, 
principalmente os das crianças, foram drasticamente reduzidos! Antes, além 
das suas casas, as crianças frequentavam os espaços das escolas, casas de 
familiares e amigos, praia, shoppings, praças, e vários outros que faziam, até 
então, parte da dinâmica familiar.
Agora, vivenciamos um momento de isolamento, que muitas vezes, é 
acompanhado de angústias, incertezas, preocupações e saudades! Nesse 
período, as nossas casas se tornaram, praticamente, o único lugar de 
convivência para as crianças. Assim, é importante um cuidado ainda maior com 
esses espaços, pois são neles que se realizam as interações, brincadeiras e 
atividades que integram as novas rotinas familiares. 
Colaborem para que, mesmo num momento adverso, esses espaços restritos 
possam ser palcos para aproximar ainda mais a família, oportunizando o 
acolhimento às emoções e aos sentimentos! O ideal é que a afetividade, vivenciada 
em nossos lares, ajude a construir memórias desse período!
As nossas casas devem ser espaços de acolhida, de proteção, onde as 
crianças se sintam participantes ativas da dinâmica familiar e assim, 
importantes e prestigiadas. Portanto, cada criança, a partir de suas vivências 
individuais, no contexto coletivo, vai construindo significados sobre o espaço 
familiar e ao mesmo tempo, sobre si própria. Então, como colaborar para que 
esse espaço, tão especial em nossas vidas, seja dotado de significados que 
agreguem, de forma positiva, o desenvolvimento das crianças, principalmente 
nesse momento tão delicado que vivemos?
Nossas casas precisam ser espaços de acolhimento e também de desafios, 
colaborando para que as crianças se sintam seguras e respeitadas! Da mesma 
forma, é importante que os adultos oportunizem-nas diferentes interações, 
estímulos, atividades, contatos com materiais diversificados, possibilidades de 
movimento, saberes, brincadeiras... tão importante quanto as interações é 
também a privacidade infantil. Sugerimos que os adultos permitam que as 
crianças tenham privacidade, quando assim desejarem.
Observem as imagens: 
Como vocês se sentem vendo 
esses espaços? Onde se 
sentiriam melhores?
Existem pesquisas que mostram que os espaços 
organizados, limpos e esteticamente agradáveis trazem uma 
melhor sensação de bem-estar e acolhimento nas pessoas 
que nele convivem. Nesse sentido, nossa primeira dicaé:
Aproveitem esse período para que, juntos, 
adultos e crianças, organizem os diversos 
espaços da casa! Joguem fora o que está 
quebrado e não tem mais uso, separem o que 
pode ser doado e arrumem tudo. As crianças 
se sentirão importantes, participando desses 
momentos e, ao final, todos poderão usufruir 
dos benefícios dos ambientes organizados!
Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/dicas-de-decoracao-para-quarto-infantil/amp/
Fonte: https://www.altoastral.com.br/quarto-de-menino-arrumado/
Fonte: https://www.altoastral.com.br/quarto-de-menino-arrumado/
Fonte:https://www.d
icasdemulher.com.br
/dicas-de-decoracao
-para-quarto-infantil
/amp/
Porém, em nome da arrumação e da estética, não podemos negar que esses espaços sejam utilizados e modificados. Nas mais 
diversas brincadeiras e interações, os espaços podem e devem ser transformados! Na maioria das vezes, ficam bagunçados e até 
sujos. Isso não faz mal! Tiramos as coisas do lugar, transformamos os espaços, brincamos, experimentamos momentos novos, 
bagunçamos e, depois, juntos (crianças e adultos), podemos reorganizar os ambientes, fazendo-os retornarem aos estados iniciais. 
Contudo, as memórias afetivas, as emoções e sentimentos agradáveis, construídos a partir das experiências, ficarão bem 
guardadinhos no interior de cada um! Assim, pensando nas transformações dos espaços de casa, podemos sugerir que:
O QUARTO PODE VIRAR UM ACAMPAMENTO: 
Façam cabanas com lençóis ou colchas; enfeitem o 
interior dela com almofadas, pelúcias, uma luminária e 
aproveitem o lugar para dormir, brincar ou mesmo 
para uma boa contação de história!
A SALA DE ESTAR VIRE UMA SALA DE 
CINEMA: Coloquem colchas ou colchões 
no chão, com almofadas e travesseiros; 
escolham um filme que todos possam 
assistir juntos; façam pipoca; apaguem a 
luz e curtam a experiência midiática!
O QUINTAL OU A VARANDA PODE VIRAR UMA 
PEQUENA HORTA: Separem alguns vasos ou 
bandejas de plástico e plantem algumas sementes. 
Pode ser de feijão, coentro, tomate, manjericão, 
entre outras. Sem dúvidas, vocês vão adorar cuidar 
da pequena horta! Uma outra dica é plantar uma 
semente de girassol. As sementes são vendidas em 
supermercado, como comida para passarinho. Será 
muito legal acompanhar o nascimento, crescimento e 
o surgimento da linda flor!
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/revista/horta-em-apartamento/amp/
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/revista/horta-em-apartamento/amp/
É importante destacar que os cuidados com os espaços de casa também devem objetivar o 
planejamento/organização de ambientes aconchegantes, que convidem à ação, à interação, à 
experimentação, à busca, à descoberta e também ao descanso. Assim, os adultos têm, nesse contexto, o 
papel de guiar as crianças em suas experiências. Para que essa mediação aconteça, a organização prévia 
dos espaços e materiais torna-se fundamental! A partir dessa reflexão, a outra dica é:
É importante lembrar que a oferta de materiais e o 
alcance das crianças depende muito da idade de cada 
uma, de seus níveis de desenvolvimento e de suas 
habilidades. É indispensável que os adultos reflitam 
sobre as características e desejos das crianças com 
as quais convivem, observando, também, os tipos de 
materiais ofertados e para os usos de quais elas 
precisam de uma maior ou menor supervisão dos 
adultos. Além disso, a organização desses materiais 
depende do que é significativo e desperta os 
interesses das crianças! O importante é ter um 
cantinho em que elas tenham autonomia para 
explorar os materiais ora sozinhas, ora com outras 
crianças e adultos. Confiram outras sugestões: 
Organizem um cantinho em que diversos materiais - livros, suportes e 
instrumentos artísticos, brinquedos, fantasias - estejam de fácil acesso às 
crianças, de modo que elas consigam realizar produções e brincadeiras com 
autonomia. Exemplos de materiais que podem compor esse cantinho são: 
sucatas, papeis, lápis, giz de cera, canetinhas, tesoura sem ponta, pinceis, cola, 
tintas, livros, gibis e brinquedos. Pode ter também objetos para brincadeiras 
de faz de conta, como roupas, sapatos, bolsas e demais objetos dos adultos, 
que as crianças tanto gostam de explorar.
É interessante também ter um local para que as 
produções infantis tenham destaque. Pode ser uma 
determinada parede, transformada em mural, ou 
mesmo, fixar as produções infantis em um varal, com o 
auxílio de prendedores de roupas.
Outra ideia é criar, com as crianças, objetos 
para decorar algum ambiente da casa. Pode 
ser uma tela, pintada pela família, ou mesmo a 
confecção de um móbile para pendurar no teto 
de algum lugar da casa. As crianças se 
sentirão mais valorizadas em ajudar e ver 
expostas suas produções coletivas em um 
lugarzinho especial dos seus lares!
Assim, é relevante destacar que as crianças são detentoras do poder de aprender, sendo a ação 
delas a mola mestra da sua aprendizagem. Portanto, os adultos têm o papel de guia-las, orientá-las 
em suas aprendizagens e experiências. Por fim, destacamos a importância das crianças se sentirem à 
vontade para externarem os seus sentimentos e emoções no espaço familiar! Os adultos, por sua 
vez, devem ajudá-las a refletir e entenderem esses sentimentos e emoções num clima de 
cumplicidade, demonstrando-lhes empatia, tranquilidade e respeito as suas falas e manifestações. 
Uma dica para oportunizar boas conversas é fazerem juntos uma brincadeira de perguntas e 
respostas que colabore a inspirar o diálogo em família, ajude a todos se conhecerem melhor, num 
clima de descontração e confiança. Assim, vocês podem fazer cartas com várias perguntas. Cada um, 
em sua vez, sorteia uma carta aleatória e responde à pergunta. As questões podem ser criadas de 
acordo com as singularidades, histórias e vivências de cada família. Sugerimos algumas, como:
Por fim, que nossa casa seja nosso refúgio! Que a 
gente consiga cuidar dela com carinho e vivenciar 
momentos especiais em seus espaços! Assim, 
aproveitaremos essa experiência para reforçar a 
união familiar e construir lembranças. Temos 
esperança que, logo, esse período de isolamento vai 
acabar. Porém, as vivências ficarão para sempre 
guardadas na memória e no coração!
� Qual foi a melhor e a pior coisa do seu dia hoje?
� O que te deixa morrendo de vergonha?
� Como você imagina que vai estar daqui a 10 anos?
� Diga duas qualidades e uma dificuldade que você tem.
� Qual sua parte preferida do dia?
� Se você pudesse passar o dia só fazendo coisas que gosta, como seria o seu dia?
� O que te deixa muito bravo?
� Relembre uma vez que você sentiu muito medo. O que aconteceu?
� Relembre uma vez que você teve muita coragem. O que aconteceu?
� Qual a sua atividade favorita com a família?
� Qual a maior bronca que você já levou? E o maior elogio?
� Se você pudesse dar qualquer presente às pessoas da família, o que daria para cada uma?
� Como é a casa dos seus sonhos?
� O que você mais gosta de fazer dentro de casa?
� O que você mais gosta de fazer ao ar livre?
� Para você, como o mundo poderia ser um lugar melhor?
� Se as fadas-madrinhas existissem mesmo, o que você pediria a sua?
� Se você pudesse ser um animal, qual seria?
� Qual seu doce preferido? E seu salgado?
� Que lugar, do passado e do futuro, você gostaria de visitar?
� Quando a pandemia do COVID-19 acabar, o que você gostaria de fazer primeiro? 
 E qual lugar gostaria de visitar?
� O que mais te fascina na natureza?
O afastamento da escola, dos colegas e a 
permanência diária dentro de casa vem provocando 
distintas emoções e sentimentos nas crianças e nas 
famílias. Essa mudança repentina do cotidiano 
aponta para uma nova rotina que alterou a vida 
social e escolar de todos. 
Diante do isolamento social, as crianças e suas 
famílias têm ficado muito suscetíveis frente a 
impossibilidade, restrição ou diminuição do convívio 
social com seus pares. Sabemos que as crianças 
aprendembrincando em interação com o outro. 
Logo, estão sendo afetadas em suas emoções e 
sentimentos por esse distanciamento. 
Entendendo que a escola é um lugar, por 
excelência, para a realização dessas interações, 
organização e sistematização das experiências, 
conhecimentos e aprendizagens, as crianças 
estão sentindo muita falta dos colegas, da escola e 
dos/as professores/as.
Cada família é única, assim como cada criança! 
Quando se trata das crianças com deficiência e/ou 
necessidades específicas pode haver uma 
potencialização das suas emoções e sentimentos em 
função das características de seu desenvolvimento 
cognitivo, motor, emocional e social. 
 
²Termo usado pela resolução nº 026/2019-CONSUNI, de 11 de dezembro de 2019 que institui a Política de Inclusão e 
Acessibilidade para as Pessoas com Necessidades Específicas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.
AS EMOÇÕES DA FAMÍLIA 
E AS EMOÇÕES DA CRIANÇA
Lidar com as emoções e sentimentos é
 uma capacidade 
que desenvolvemos ao longo de tod
a a nossa vida. No 
âmbito geral, as crianças precisam a
inda mais de ajuda 
nesses momentos, por, muitas ve
zes, apresentarem 
dificuldades de expressar como se se
ntem, de lidar com 
frustrações e de se colocarem no lugar
 do outro. 
Quando se trata de crianças com 
deficiência e/ou 
necessidades específicas, esse des
afio é ainda mais 
potencializado; especialmente quand
o há um déficit ou 
comprometimento na comunicação e
 linguagem. Ou ainda, quando apres
entam dificuldades em 
identificar e nomear emoções e senti
mentos, em perceber o outro ou ada
ptar-se às mudanças na 
rotina, lidando com o inesperado. 
Todas essas faltas impactam nas m
aneiras como as crianças expressam
 suas emoções e 
sentimentos e são traduzidas com
 excessos de ansiedade, instabilid
ades de humor e/ou 
comportamentos inadequados, com
o: agressividade, choros/euforia, 
estereotipias, ecolalia 
(repetição mecânica das palavras e/ou 
frases ouvidas), birras, dentre outros, o
 que requer uma postura 
mais atenta e cuidadosa da família p
ara ajudá-las a gerenciar melhor o c
ampo das emoções e 
sentimentos e a se autorregularem. 
Antes de tudo, consideramos muito im
portante que a família compreenda qu
e a criança precisa 
identificar e nomear emoções e 
sentimentos para então aprender 
a ajustar/modular o 
comportamento/expressão do que s
ente, em seu dia a dia, de maneira 
adequada e autônoma. 
Sabemos que essas habilidades com
unicativas levam tempo para serem 
construídas, tanto pelas 
crianças com desenvolvimento típico q
uanto atípico. 
Para as crianças com desenvolviment
o atípico, em 
especial, as vivências, os estímulos, 
as experiências 
precisam ser redobradas, diariament
e, e com mais 
constância. Enfrentar esse grande d
esafio é muito 
importante para que a família busque
 estratégias que 
possibilitem a estruturação, a 
antecipação, a 
autorregulação e a canalização d
e emoções e 
sentimentos. Diante disso, aqui 
vão algumas 
possibilidades de serem vivenciadas
 pelas crianças, 
sobretudo, um olhar mais sensível à
s crianças com 
deficiência e/ou necessidades específi
cas.
ROTINA
A rotina cumpre um papel central para a estruturação do cotidiano das famílias
. Em 
tempos de distanciamento social, as crianças com deficiência e/ou neces
sidades 
específicas, especialmente, são profundamente afetadas pelas mudanças na
 rotina, 
pois deixaram de frequentar a escola e as terapias, estão privadas dos pass
eios, da 
companhia dos amigos e familiares. Ou seja, quase tudo o que era comum em
 seu dia 
a dia está suspenso. Essa ruptura da rotina estabelecida e conhecida pode vir a
 ser um 
fator de ansiedade, insônia, sono excessivo, aumento das estere
otipias, 
irritabilidade, tristeza, angústia, dentre outros. 
Para amenizar essas mudanças, é fundamental que as famílias se dedique
m a 
estruturar uma rotina da/para a criança; que antecipe para ela o que vai acon
tecer e 
que apresente uma regularidade de acontecimentos, como: hora de tomar
 banho, 
hora de comer, hora de dormir, com base nas demandas, particularidades e co
ntextos 
de cada filho (a) e de sua família. Assim, a criança poderá se organizar, amen
izando 
tensões, ansiedade e instabilidades emocionais que possam aparecer. 
Nesse sentido, enfatizamos, as crianças, independente de seu níve
l de 
desenvolvimento, características físicas, cognitivas ou emocionais, precisam d
e ajuda 
para aprender a se autorregularem! A organização diária de uma rotina, estabel
ecendo, 
tempos (turno e duração das atividades), espaços, atividades (escolha das experiê
ncias) e 
oferta de materiais, confere estabilidade e segurança aos envolvidos naquele cont
exto. Ao 
organizar sua rotina, você pode se inspirar em sites, blogs, dicas, mas, ao final, cad
a família 
precisa dar sua “cara”, seu toque, seu jeito 
singular de organizar espaços e tempos. 
Assim, sugerimos que os adultos 
construam a rotina junto às crianças e deixem 
essa tabela afixada em algum cantinho da casa 
para que ela possa consultar e se estruturar no 
tempo e espaço. Utilize imagens ou desenhos 
para identificar cada momento, ou então, 
utilize fotografias da criança nas situações 
reais da casa e do cotidiano familiar. Observe 
algumas propostas de rotinas:
Quanto mais dificuldades a criança apresentar no 
campo das atividades simbólicas–funções cognitivas 
que permitem à criança compreender regras e limites, 
mais ela necessita da sistematização de uma rotina 
em que ela possa se organizar no espaço e tempo. 
A partir de figuras ou imagens, construa, junto ao 
seu filho (a), uma rotina para ele (a). Dê preferência 
ao que for mais próximo do concreto para ele (a). Ao 
invés das imagens, você poderá afixar objetos que 
possuam e que sejam significativos para a criança, 
de modo que ela estabeleça uma correspondência 
com cada momento da rotina.
Fonte: https://images.app.goo.gl/pq5dtsWK3GhMVaev9
Fonte: https://images.app.goo.gl/pq5dtsWK3GhMVaev9
Fonte: Arquivo pessoalFonte: A
rquivo pessoal
Fonte: Arquivo pessoalFonte: 
Arquivo pessoal
Primeiro de tudo: cuide de você!!! Há especialistas 
que acreditam que as emoções e sentimentos são 
contagiosas; outros afirmam que as emoções e 
sentimentos dos pais impactam profundamente as 
crianças e as maneiras como elas expressam suas 
emoções e sentimentos. Portanto, as emoções e 
sentimentos dos pais podem influenciar diretamente 
no humor e bem-estar dos filhos. A família é o 
primeiro agrupamento afetivo e social para a criança 
aprender a expressar suas emoções e sentimentos.
Sendo assim, podemos indicar a importância de 
os pais encorajarem as crianças a explorar e 
compreender suas próprias emoções e sentimentos, 
fornecendo informações e estratégias para que elas 
possam ampliar seu repertório expressivo, 
comunicando/externando suas sensações, 
impressões, contentamentos, mágoas, incômodos e 
frustrações em situações adversas.
Reflita conosco, leitor adulto: você se sente irritado/sem paciência? 
Responde de modo agressivo à solicitação da criança? Quando ela pede 
ajuda ou atenção responde de imediato? Pede para esperar se estiver 
ocupada(o) com alguma atividade doméstica ou trabalho remoto? Fica 
muito tempo no computador, no celular? Qual o tempo que destina para 
brincar com a criança, assistir um filme, ler uma história? Como andam 
suas emoções e sentimentos nesse cenário de incertezas e suspensão 
da vida cotidiana? Está muito tenso? Ansioso? Com medo? Triste? 
Irritado? Alheio? Eufórico?
Vamos observar e perceber 
como estamos lidando com 
tudo isso?
Diante dessas reflexões, é muito importante a busca por estratégias que permitam, às crianças, 
expressar e regular suas próprias emoções e sentimentos sem, contudo, que os familiares tenham que 
negar suas próprias sensações, angústias, insatisfações, incertezas. 
Por mais difícil que seja, nesses momentos em que reações e sentimentos como a raiva e a insatisfaçãovêm à 
tona, se afaste da criança ou da situação de tensão e stress e peça ajuda para outro adulto – pai, irmão/irmã mais 
velho, tio/tia que esteja presente na casa, especialmente àquelas pessoas que lhes ajuda a manter a calma. 
Uma rede de apoio, mesmo que online, por celular, videoconferência para conversar com amigos, 
parentes, terapeutas, nesse momento, é por demais necessário. Busque a meditação, exercícios de 
respiração, ou faça algo que lhe proporcione bem-estar naquele momento.
1. Se você ficou muito irritado, perdeu a paciência, gritou com a criança: depois, com 
calma, peça desculpas, fale dos seus sentimentos e emoções de maneira clara e simples para 
ela. Não se sinta culpado(a) se extrapolou um pouco;
2. Não tenha medo ou se culpe se, em algum momento do dia, não conseguiu dar um pouco 
mais de atenção a ela. Explique as razões, combine o horário e a rotina que vai poder estar 
mais disponível para ela;
3. Fique atento às emoções e sentimentos das crianças como: a) observe essas emoções e 
sentimentos como uma oportunidade de ensinar; b) acolha as emoções e sentimentos do seu 
filho; c) ajude a criança a nomear o que ela está sentindo; d) estabeleça limites e o ajude a 
resolver o problema;
4. Quando a criança se acalmar, retome as situações, dando atenção e ajudando a ela 
expressar o que sente, por meio de palavras, gestos e/ou imagens. Fique atento para o que 
desestabiliza emocionalmente seu filho, o que antecede e o que procede, para poder 
antecipar e até evitar desestabilidades e desregulação.
O que fazer quando a criança 
está mais agitada, chorosa, 
irritada, mais dependente dos 
adultos? Aqui vão algumas dicas:
Ao se deparar com uma criança que possui deficiência e/ou necessidades específicas que esteja muito 
agitada, apresentando irritabilidade, excesso de choro ou de birra, é importante que a família compreenda 
que tais comportamentos podem sinalizar que há algum desconforto e que a criança não consegue 
expressá-lo, oralmente, ou de outra maneira que a faça ser compreendida. Os adultos conseguem 
verbalizar, nomear, mas as crianças muito pequenas ou com dificuldades de linguagem ainda não! 
Portanto, utilize algumas estratégias para observar se, com elas, você elimina ou minimiza os 
desconfortos, ajudando a descobrir o que está provocando os comportamentos inadequados e leve a 
criança a se acalmar e a retomar as suas atividades. Veja algumas ações a serem realizadas:
• Experimente levar a criança para um ambiente mais calmo, livre de ruídos desagradáveis e/ou 
excessos de estímulos;
• Baixe o tom de voz;
• Cante suavemente ou coloque para a criança ouvir um mantra ou uma música instrumental bem 
tranquila;
• Leia um livro que a criança goste;
• Priorize lugares com luz mais baixa e com uma temperatura agradável;
• Dê um banho na criança e vista uma roupa confortável; 
• Vivenciem uma brincadeira tranquila, sensorial e prazerosa.
Vamos proporcionar experiências 
sensoriais para as crianças? Elas 
ajudam no 
desenvolvimento cognitivo, motor, s
ocial e emocional, tendo em vista 
que os canais 
sensoriais potencializam a quietude,
 o sossego, a tranquilidade para a 
realização das 
vivências, experiências e atividades div
ersas, especialmente àquelas que exig
em uma maior 
manutenção de foco e atenção. Essa se
nsação possibilita a abertura e disponib
ilidade para as 
atividades sensoriais e ainda permite 
que as crianças conheçam e apreenda
m o mundo em 
sua volta a partir de diferentes texturas
, cores, formas, sons, cheiros e sabores
.
As atividades sensoriais ajudam nas rel
ações entre corpo e o cérebro. Lembre
-se que cada 
sujeito é único. Portanto, é important
e que a família conheça muito bem o
 seu filho e as 
reações que ele apresenta nas diferent
es relações que estabelece com o mun
do que o cerca! 
Assim, é fundamental que a família obs
erve quais sensações o deixa mais calm
o, como por 
exemplo: água fria ou morna, sons a
ltos ou baixos, texturas macias ou ás
peras, comida 
pastosa ou líquida, doce ou salgada, luz
 forte ou fraca. Com essas pequenas aç
ões, você pode 
utilizar as maneiras mais eficientes par
a acalmar o seu filho, especificamente,
 em momentos 
de euforia, irritabilidade e/ou ansieda
de. Ou ainda, quando necessitar tran
quilizá-lo para 
realizar alguma atividade que lhe exija a
tenção e concentração.
A IMPORTÂNCIA DAS EXPERIÊNCIAS SENSO
RIAIS 
PARA AS CRIANÇAS
O “Calming Jar” (ou “Pote da Calma”, em tradução livre) é inspirado 
no Método Montessori (Pedagogia criada por Maria Montessori, no 
início dos anos 1990, na Itália). Tem sido utilizado para relaxar crianças 
em momentos de estresse, irritação ou desconcentração. 
Na verdade, consiste num recipiente cheio de líquido e glitter que, 
ao ser agitado, chama a atenção das crianças, fazendo com que elas 
fixem a concentração e se acalmem. 
Enquanto a criança observa o vai-e-vem do glitter no pote, 
consegue se concentrar e organizar o sistema nervoso, desacelerando 
os batimentos cardíacos e controlando a respiração. Após se 
acalmarem, as crianças conseguirão dialogar com mais clareza e 
explicar os motivos da tristeza ou frustração.
Esta é uma experiência sensorial por meio da qual é possível 
tocar, cheirar, degustar e se lambuzar. Para isso, prepare uma 
travessa de gelatina e coloque alguns objetos. O objetivo da 
brincadeira é retirar os objetos que estão na travessa com as 
mãos. Caso a criança apresente resistência para participar da 
brincadeira, a família pode introduzir colheres e potinhos para 
ajudá-la a mexer e brincar com a gelatina. Dentro do recipiente, ao 
invés de objetos, você pode colocar pedaços de frutas que a 
criança mais gosta e solicitar que ela pegue e saboreie.
Sugestões de materiais para a brincadeira: 1 pote ou garrafa transparente; 1 ou 2 colheres de sopa de 
cola glitter; 3 ou 4 colheres de chá de glitter ou purpurina; 1 gota de corante alimentar e água quente.
Sugestões de materiais para a brincadeira: gelatina, objetos, frutas, colheres e potinhos.
As brincadeiras com água – mas sem desperdício – 
além de alegrar e refrescar, têm um poder de acalmar 
as crianças e de ajudá-las a retomar sua rotina e 
atividades com mais atenção e tranquilidade. Encher 
e secar recipientes; transportar água de um local para 
outro; retirar e colocar objetos de uma bacia com 
água, com as mãos, com os pés ou utilizando objetos 
diversos são ótimas possibilidades para serem 
ofertadas às crianças, especialmente se estiverem 
agitadas, ansiosas, irritadas e/ou dispersas. 
Caso a brincadeira apresente algum desafio, é muito importante que esteja adequado à faixa etária da 
criança, às suas necessidades e possibilidades. Pensando nisso, sugerimos aqui uma brincadeira bem divertida! 
Você precisará de uma bacia com água e alguns objetos para colocar dentro dela (bolinhas coloridas, brinquedos 
grandes e pequenos, leves e pesados, ou bexigas cheias de água). O desafio é que a criança retire os objetos 
com os pés e coloque em outro recipiente, assim como ilustram as imagens:
Sugestões de materiais para a brincadeira: 2 bacias, uma com água e outra sem água, 
bolinhas, brinquedos, bexigas com água, pegador de massa, pinça, colher, peneira, etc.
Caso a criança apresente muita dificuldade de realizar, ou esteja impossibilitada fisicamente, esta atividade 
pode ser realizada com variações: pegando os materiais escolhidos para a brincadeira com objetos diversos, tais 
como: pegador de massa, pinça, colher, peneira ou com as próprias mãos. Esta experiência estimula a atenção, 
a coordenação motora e a paciência.
Fonte: https://pin.it/AgNo1Ll
Fonte: https://pin.it/AgNo1Ll
Fonte: https://www.tempo
junto.com/2015/05/07/br
incadeira-sensorial-
com-agua-e-algodao-par
a-bebes/
Fonte: https://www.tempo
junto.com/2015/05/07/br
incadeira-sensorial-
com-agua-e-algodao-par
a-bebes/
Fonte: http://naesco
la.eduqa.me/ativida
des/atividade-jogo-
da-pescaria/
Fonte: http://naescola.eduqa.me/ativida
des/atividade-jogo-
da-pescaria/
Soprar bolhas de sabão traz muita calma para as crianças, pois possibilita exercícios de respiração. Além disso, 
ajuda no desenvolvimento da fala, já que o sopro também estimula habilidades que são as mesmas necessárias para 
produzir os sons da fala. Contribui para melhorar a respiração, aprender a manejar e controlar o ar, a treinar o sistema 
muscular... tudo isso apoia o ato da fala e ajuda a melhorar a pronúncia dos fonemas. 
Por trazer tantos benefícios, brincar com bolhas de sabão é uma experiência riquíssima a ser realizada com todas as 
crianças, especialmente com aquelas que apresentam alguma deficiência e/ou necessidades específicas, e 
consequentemente, atraso na fala, visto que, por meio dessa brincadeira, as crianças podem ser estimuladas a 
superar suas dificuldades, além de se acalmar, é claro! 
Então, é hora da diversão!!! Para iniciar a brincadeira, vamos usar a imaginação e escolher alguns recursos 
disponíveis na nossa casa e que podem ser utilizados para fazer bolhas de sabão. Sugerimos peneira, funil, garfo, 
garrafa pet, canudo (ou vários deles amarrados), cabide de arame, escumadeira, bambolê, entre tantos outros. 
Explore recursos variados e estimule a criança a soprar as bolhas, inspirando fundo e, assim, se acalmando. 
Na medida em que tudo for se tranquilizando, você poderá pedir que a criança observe a diversidade de bolhas 
produzidas, que conte e compare as bolhas quanto ao tamanho (maior/menor; grande/pequena). Esta também é uma 
oportunidade para exercitar a imitação, combinando com ela que 
tudo que você fizer ela repete. Você também, durante a 
brincadeira, pode colocar uma música de fundo e soprar as bolhas 
no ritmo da música. Se a música for lenta, sopra fraquinho e 
devagar e se a música for rápida, sopra forte e rápido. 
Caso a criança apresente muita dificuldade para soprar, devido a 
hipotonia (fraqueza muscular) ou outro aspecto do desenvolvimento, 
continue estimulando e, também, soprando bolhas de sabão ao 
redor dela, assim ela estará se distraindo com as cores e as bolhas, 
descontraindo-se e esquecendo do choro/irritação. Essa atuação 
adulta também objetiva possibilitar maneiras para que a criança se 
envolva na brincadeira, evitando que ela se frustre por não conseguir 
produzir as bolhas.
Para fazer as bolhas de sabão, utilize um recipiente e coloque detergente ou shampoo infantil com água. Adicione um pouco 
de açúcar, xarope de milho ou amido à mistura. Isso deixa as bolhas um pouco mais grossas, o que faz com que elas durem 
mais. Caso não morem em casa, vocês poderão realizar essa brincadeira no banheiro. Garantimos que será pura diversão!!!
Sugestões de materiais para a brincadeira: peneira, funil, garfo, garrafa pet, canudos, cabide de arame, escumadeira, 
bambolê, entre outros.
Que tal ter uma experiência sensorial na hora do banho? Vamos pintar nos 
azulejos da sua casa? Vocês precisarão de tinta, hidrocor ou canetinha, pincel, 
esponja (bucha) ou o próprio dedo. Sugerimos que essa experiência seja realizada no 
espaço do banheiro (dentro do box), que facilitará, ao final, a higiene do ambiente e 
dos envolvidos. Lembre-se de garantir que este ambiente esteja seguro para que 
não haja preocupação e seja um momento de relaxamento. 
Após a brincadeira, vocês poderão limpar os azulejos juntos! Essa etapa também faz parte da diversão!!! A pintura 
contribui para o desenvolvimento da coordenação motora, da percepção espacial e da criatividade. Além disso, é uma 
atividade social que transmite uma sensação de bem-estar psicológico, pois possibilita a expressão dos sentimentos, 
emoções, imaginação, utilizando, assim, a arte como forma de manifestação espontânea.
Materiais para utilizar na brincadeira: tintas de cores diversas, 
potes para colocar as tintas, hidrocor, pincel, esponja, bucha, rolos.
Materiais para utilizar na brincadeira: tintas de cores diversas, 
potes para colocar as tintas, hidrocor, pincel, esponja, bucha, rolos.
PREPARANDO A TINTA:
Primeiramente, a tinta deve ser congelada em forminhas de gelo. Para isso, vocês podem utilizar tinta guache ou tinta 
caseira (confira a receita em https://leiturinha.com.br/blog/como-fazer-tinta-caseira-para-os-pequenos/). Quando a 
tinta estiver na forminha, começando a congelar, pode ser colocado um palito de picolé, para facilitar na hora da pintura. 
Se não dispuserem de palitos, poderão pintar segurando os cubinhos, sem problemas.
MÃOS A OBRA: 
Quando a tinta estiver congelada é hora de colocar a mão na massa. Separem algumas folhas de papel, soltem a 
imaginação e façam várias pinturas!!! Depois, exponham em algum lugar da casa para que sua família aprecie suas 
produções!
MATERIAIS PARA UTILIZAR NA BRINCADEIRA: 
tinta guache ou tinta caseira, palito de picolé, forminhas de gelo e folhas de papel.
PREPARANDO A TINTA:
Primeiramente, a tinta deve ser congelada em forminhas de gelo. Para isso, vocês podem utilizar tinta guache ou tinta 
caseira (confira a receita em https://leiturinha.com.br/blog/como-fazer-tinta-caseira-para-os-pequenos/). Quando a 
tinta estiver na forminha, começando a congelar, pode ser colocado um palito de picolé, para facilitar na hora da pintura. 
Se não dispuserem de palitos, poderão pintar segurando os cubinhos, sem problemas.
MÃOS A OBRA: 
Quando a tinta estiver congelada é hora de colocar a mão na massa. Separem algumas folhas de papel, soltem a 
imaginação e façam várias pinturas!!! Depois, exponham em algum lugar da casa para que sua família aprecie suas 
produções!
MATERIAIS PARA UTILIZAR NA BRINCADEIRA: 
tinta guache ou tinta caseira, palito de picolé, forminhas de gelo e folhas de papel.
Essa dica é sensacional! Vamos criar uma experiência 
multissensorial que despertará nossos sentidos através da textura, 
temperatura e cores. Já experimentaram congelar a tinta antes de 
pintar? Ao final do congelamento, teremos “picolés de tinta” coloridos, 
prontos para deixarem marcas lindas e criativas ao deslizarem sobre 
folhas de papel.
A massagem traz muitos benefícios para crianças e adultos, tendo 
em vista que relaxa a musculatura, aliviando tensões, diminui a 
frequência cardíaca, aumenta a circulação sanguínea, eleva a 
quantidade de oxigênio levado aos músculos, melhora o sistema 
imunológico, entre tantos outros. No entanto, quando se trata de 
crianças com deficiência e/ou necessidades específicas, é preciso 
tomar alguns cuidados para que esse momento não gere ainda mais 
ansiedade e desconforto, já que muitas delas apresentam disfunção 
tátil e, em decorrência disso, podem apresentar hipossensibilidade ou 
hipersensibilidade ao toque. 
As crianças que apresentam hipersensibilidade, ou seja, muita sensibilidade ao toque, se assustam e se incomodam 
não somente com o toque, mas, também, com texturas, com certos tipos de alimentos, entre outras substâncias. Já 
outras, por serem hipossensíveis, precisam de uma maior intensidade e pressão para sentir o toque do outro. Estas irão 
adorar receber um “abraço de urso” bem forte! Portanto, é de extrema importância que se conheça muito bem a criança 
para que o momento da massagem, realmente, cumpra o seu papel de acalmar, aliviar a tensão e estresse. 
Para isso, sugerimos que você organize uma bandeja com vários objetos: rolo de macarrão, bolas de diferentes 
tamanhos e texturas, algodão, bucha de banho, esponja de lavar prato, almofada fofinha e leve, almofada pesada, bolas de 
meia, etc. Assim, você poderá experimentar fazer massagem em seu filho e observar as reações dele para cada objeto. 
Você pode dar a opção para a criança escolher qual objeto deseja que você utilize para fazer uma massagem nela! 
Isso lhe dará possibilidades de avaliar se ele teve maior interesse por materiais mais leves, como o algodão, ou mais 
pesados, como o rolo de macarrão. Observadas essas particularidades, você pode deixar os materiais preferidos em 
um lugar bem guardado, mas de fácil acessopara o adulto, pois lhe será bastante útil nos momentos que seu filho 
estiver precisando de sua ajuda para se acalmar. Outra possibilidade é trocar os papeis, deixando que a criança atue 
como massagista, se ela desejar e não tiver comprometimentos físicos que a impeçam.
Cada família, cada cuidador ou responsável direto pela educação da criança, nesse momento, precisa ficar alerta 
para observar como seu filho está apresentando reações emocionais no dia a dia da casa. A sensibilidade e o 
conhecimento das singularidades da sua criança vão contar muito nesse momento tão atípico que estamos 
vivenciando. Cuide de si e do outro!!! 
Materiais para utilizar na brincadeira: rolo de macarrão, bolas de diferentes tamanhos 
e texturas, algodão, bucha de banho, esponja de lavar prato, almofada, bolas de meia.
Materiais para utilizar na brincadeira: rolo de macarrão, bolas de diferentes tamanhos 
e texturas, algodão, bucha de banho, esponja de lavar prato, almofada, bolas de meia.
As modificações na rotina, o distanciamento social, a saudade 
da escola, dos amigos e dos familiares, a preocupação das famílias 
e as incertezas sobre o futuro são algumas questões que fazem 
com que as crianças experimentem um turbilhão de emoções e 
sentimentos nesse período de distanciamento social. Nesse 
movimento, elas podem vivenciar uma variedade de emoções e 
sentimentos desencontrados, dentre eles: a felicidade de ter seus 
familiares à disposição; o tédio e frustração por não poderem sair 
de casa para ir à escola ou para brincar; a tristeza por não poder 
encontrar seus amigos e familiares e até mesmo o medo pelo 
receio do vírus causar danos a qualquer um de seus entes 
queridos. Ufaaa! Um turbilhão de emoções e sentimentos 
envolvidos! Tudo ao mesmo tempo!
Nessa perspectiva, muitas famílias têm se desdobrado para 
dar conta das atividades domésticas, do trabalho remoto e das 
demandas escolares das crianças, o que pode gerar uma sobrecarga aos familiares e, consequentemente, um maior tempo das 
crianças com os eletrônicos sem a supervisão do adulto. Logo, aparelhos eletrônicos como tablets, celulares, videogames e 
computadores têm feito, ainda mais, parte das vivências de grande parcela das crianças nesse período em que elas não estão tendo 
atividades escolares presenciais e que permanecem integralmente em suas casas. 
Nativas digitais, já que nascem em meio a esse contexto tecnológico, as 
crianças de hoje tiram de letra experiências em manusear dispositivos 
eletrônicos, sem falar na facilidade que tem em manusear diferentes aplicativos 
e games, muitas vezes sem a mediação de um adulto. Nessa perspectiva, na 
atualidade, tem sido quase impossível separar as vivências das crianças 
daquelas relacionadas às mídias e às tecnologias, já que elas nascem, crescem e 
participam de modo ativo desse mundo conectado. Logo, têm acesso a 
informações, brincam, vivem, produzem cultura e elaboram emoções e 
sentimentos também a partir dos elementos relacionados as mídias e as 
tecnologias. 
É importante garantir experiências de qualidade e que façam sentido para as 
crianças, possibilitando um tempo para que brinquem juntos, façam pesquisas 
ou socializem experiências, sentimentos e emoções com amigos e familiares 
que estão distantes, por exemplo. Desse modo, as tecnologias ajudam a 
estabelecer conexões nesse momento em que a distância física e o confinamento 
são necessários. E, com equilíbrio, podem ser utilizadas, de forma criativa, por 
adultos e crianças, durante esse período, auxiliando na elaboração desse místico 
de emoções e sentimentos vividas nesse momento de distanciamento social. 
Alguns cuidados essenciais com o uso excessivo das tecnologias: 
SUPEREXPOSIÇÃO
Pesquisas recentes alertam que os usos excessivos das tecnologias pelas 
crianças podem gerar:
• dificuldades de aprendizagem, impulsividade e problemas em lidar 
com sentimentos e emoções como a raiva e frustrações; 
• outros problemas frequentes seriam a obesidade, a restrição de 
sono e o risco de dependência por tecnologias para aquelas crianças que 
fazem uso por muito tempo e sem a devida supervisão dos responsáveis.
SEGURANÇA
• Os responsáveis precisam também estar atentos à 
segurança dos pequenos nas redes ao utilizarem 
dispositivos que permitem o acesso à internet. 
• É possível a instalação de ferramentas para o 
monitoramento ou bloqueio de alguns sites e conteúdos da 
internet.
É importante que os responsáveis 
orientem as crianças para o uso da 
internet de forma adequada:
• Alertem para jamais conversar em 
chats com desconhecidos e nunca 
divulgar dados pessoais como nome, 
telefone, endereço e outros;
• mantenham o computador numa área comum da casa com a 
tela sempre visível;
• limitem o tempo de uso dos equipamentos tecnológicos;
• saibam quais sites e aplicativos as crianças estão acessando 
e com quem conversam quando estão online. 
Leia mais em:
https://www.semprefamilia.com.br/tecnologia/uso-de-tecnologia-por-criancas-beneficio-ou-perda-da-infancia/
https://olhardigital.com.br/coronavirus/noticia/veja-como-entreter-as-criancas-na-quarentena/98479
- Evitar a exposição de crianças menores de 2 anos às telas;
 
- crianças com idades entre 2 e 5 anos: limitar o tempo de telas ao máximo de 1 hora/dia, sempre com supervi-
são;
- crianças com idades entre 6 e 10 anos: limitar o tempo de telas ao máximo de 2 horas/dia, sempre com su-
pervisão;
- adolescentes com idades entre 11 e 18 anos, limitar o tempo de telas e jogos de videogames a 2-3 horas/dia, 
e nunca deixar “virar a noite” jogando;
-não permitir que as crianças e adolescentes fiquem isolados nos quartos com televisão, computador, tablet, 
celular, smartphones; estimular o uso nos locais comuns da casa;
- Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar uma hora antes de dormir. 
Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP, 2020
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22246c-ManOrient_-__MenosTelas__MaisSaude.pdf..
SE CONECTE...
A Sociedade Brasileira de Pediatria 
(SBP) lançou um manual de orientação 
aos pais sobre os riscos da exposição 
às telas, internet e redes sociais à 
saúde de crianças e adolescentes.
ORIENTAÇÕES IMPORTANTES:
- Evitar a exposição de crianças menores de 2 anos às telas;
 
- Crianças com idades entre 2 e 5 anos: limitar o tempo de telas ao máximo de 
1 hora/dia, sempre com supervisão;
- Crianças com idades entre 6 e 10 anos: limitar o tempo de telas ao máximo de 
2 horas/dia, sempre com supervisão;
- Adolescentes com idades entre 11 e 18 anos, limitar o tempo de telas e jogos 
de videogames a 2-3 horas/dia, e nunca deixar “virar a noite” jogando;
- Não permitir que as crianças e adolescentes fiquem isolados nos quartos 
com televisão, computador, tablet, celular, smartphones; estimular o uso nos 
locais comuns da casa;
- Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar uma 
hora antes de dormir. 
Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP, 2020
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22
246c-ManOrient_-__MenosTelas__MaisSaude.pdf
VARAL DE HISTÓRIAS
A ilha de sentimentos 
https://www.youtube.com/watch?v=-5L51NUcgac
A dificuldade e a felicidade 
https://www.youtube.com/watch?v=XYja5EPdtiQ
FAFÁ CONTA HISTÓRIAS
O monstro das cores 
https://www.youtube.com/watch?v=QN5yJ4y_c74
A raiva 
https://www.youtube.com/watch?v=YW2iCXlWCoo
BIA BEDRAN - LÁ VEM HISTÓRIAS
A nuvenzinha triste 
https://www.youtube.com/watch?v=hpbKnxpLb3c&t=193s
As tecnologias também são utilizadas para 
conhecermos algumas histórias. Sugerimos 
alguns links de histórias que falam de emoções e 
sentimentos.
JOGO: Emoções de Riley 
em “Divertida Mente”
Tome decisões importantes para 
se conectar com os sentimentos 
de Riley! O personagem de 
Divertida Mente precisa de 
ajudar para decidir o que comer. 
Selecione pizza, hambúrguer e 
bolinho na mesa da cozinha. 
Depois escolha as roupas para 
usar em Emoções de Riley em 
Divertida Mente!
https://www.jogos360.com.br/rileys_inside_out_emotions.html
Jogo: “Divertida Mente”: Esferas do Pensamento
Tome conta de cada memória no Quartel General! Divertida 
Mente: Esferas do Pensamento. A Alegria quer liberar as 
memórias da Riley e para isso precisa liberar as bolhas que estão 
no topo do jogo. Ajuste a mira, e jogue outras bolhas para o topo 
para combinar três ou mais da mesma cor e eliminá-las.
https://www.jogos360.com.br/inside_out_thought_bubbles.html
Jogo Inside Out 
Laboratory Cleaning
Ajude a Nojinho e a Alegria a 
acabarem com a bagunça no 
laboratório. Use a vassoura, 
pegue os frascos, a comida e o 
lixo, colocando eles no cesto 
correto para não ser penalizado. 
https://www.jogos360.com.br/insid
e_out_laboratory_cleaning.html
Jogo Inside Out 
Laboratory Cleaning
Ajude a Nojinho e a Alegria a 
acabarem com a bagunça no 
laboratório. Use a vassoura, 
pegue os frascos, a comida e o 
lixo, colocando eles no cesto 
correto para não ser penalizado. 
https://www.jogos360.com.br/insid
e_out_laboratory_cleaning.html
Jogo Sadness New iPhone
Ajude a Tristeza do filme Divertida Mente a limpar e a 
consertar o seu iPhone. Siga as instruções para remover a 
sujeira e os riscos da tela do iPhone. Depois, abra o celular para 
consertar os cabos quebrados e pinte a capa com uma cor 
diferente para deixar o iPhone da Tristeza como novo!
https://www.jogos360.com.br/sadness_new_iphone.html
Vocês já assistiram ao filme Divertida Mente? Caso não, que tal 
assistirem? O filme traz, por meio de uma linguagem lúdica, uma 
discussão sobre o cérebro e as 
emoções, mostrando para o 
público, o quanto é importante 
refletirmos sobre nossas 
memórias e a forma como 
lidamos com nossas emoções: 
a raiva, alegria, nojo, tristeza e o 
medo. Que tal se divertirem 
com os personagens do filme?
Jogo Inside Out Dream Team
Escolha roupas muito legais 
para os três heróis do filme 
Divertida Mente. Mude o cabelo, 
a roupa e os sapato da Alegria, da 
Nojinho e do Raiva. Deixe tudo 
conforme o seu gosto!
https://www.jogos360.com.br/insid
e_out_dream_team.html
Os jogos citados estão disponíveis no site https://www.jogos360.com.br/. 
A “Jogos 360” é uma plataforma personalizada para jogos online grátis. 
Encontramos na versão inglês e não estão compatíveis com celulares. 
Uma outra estratégia para lidarmos com as emoções e sentimentos é utilizar 
a música para falar sobre eles. Conheça algumas trilhas sonoras de algumas 
dessas produções audiovisuais. 
Saber quem sou- (Filme Moana) Any Gabrielly
https://www.youtube.com/watch?v=mUVUmG9vOFw
Emoções - Hélio Ziskind- Cocoricó
https://www.youtube.com/watch?v=dVWAAJ_ibXc
Escutando sentimento - Grupo Coração palpita
https://www.youtube.com/watch?v=xqofGmAg9Uc
A bela e a Fera - Sentimentos
Composição: Alan Manken / Walter Afanasieff.
https://www.youtube.com/watch?v=85TSPrKeK14
Aproveitando esse momento de isolamento, transformem a 
sala da casa de vocês em um cinema junto à família e não se 
esqueça de preparar a pipoca, pois chegou a hora de assistir a 
uns curtas-metragens!
LA LUNA (A LUA)
O curta-metragem “La luna (A lua)”, conta a história de um 
menino que acompanha o pai e o avô em um trabalho que 
envolve varrer estrelas da superfície da lua. Durante os 
primeiros momentos do curta, é possível ver que o menino 
fica indeciso ao tentar imitar o pai e o avô, já que cada um 
tem um jeito diferente de fazer o trabalho. 
Segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=MJC9mYJfUPk
PIPER
Piper é um lindo curta-metragem que conta a história de um 
passarinho que, pela primeira vez na vida, se aventura em sair 
do ninho para caçar. O filme deixa como reflexão, para crianças 
e adultos, a importância de superar os medos e enfrentar os 
desafios da vida. Vocês vão adorar assistir juntos!
Segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=ulde8n7cC68
O PRESENTE
O presente é um imperdível curta-metragem! Conta a 
história de um garoto viciado em videogame que ganha de 
presente da sua mãe um cachorrinho. Vocês não podem 
deixar de conferir!
Segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=-d3g2iF02tM
O aplicativo Inventeca oferece histórias ilustradas 
para as quais crianças podem criar suas próprias 
narrativas e versões. O atrativo do aplicativo é que a 
criança vê a ilustração e imagina o que ela quiser. 
Depois, a história é convertida em áudio e ela pode 
ter uma história só dela. Que tal produzirem uma 
história juntos? O aplicativo é gratuito e está 
disponível para baixar no Google Play Store.
Nesse período de isolamento social em que relaxar, em alguns 
momentos, parece uma tarefa tão desafiadora para adultos e crianças, 
elencamos alguns aplicativos que podem ajudar a desacelerar e a relaxar. 
MONSTERBOX
Monsterbox é uma animação imperdível que conta a 
história de uma menina que vai até uma floricultura, em 
busca de casinhas para os seus monstros. Lá, encontra um 
idoso mal-humorado que, de início, não se mostra muito 
animado, mas depois decide ajudá-la nessa tarefa. Animado 
e envolvente, traz como reflexão o valor da amizade! Um 
curta-metragem que fala sobre as emoções e que pode ser 
muito divertido para crianças e adultos. 
Segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=iSexOBHpGxE
I LAVA YOU
Este é curta-metragem musical americano, lançado em 
2014. Conta a história de Uku - um vulcão solitário, localizado 
em uma ilha no Oceano Pacífico que, enquanto observa vários 
casais de animais marinhos na ilha, canta, na esperança de 
encontrar alguém para amar e, após milhares de anos, quando 
está praticamente extinto, é surpreendido por outro vulcão, 
Lelê, que aparece e muda o rumo dessa história. 
Segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=69nsU_Dj6nE
Em um momento em que se torna difícil o contato 
com a natureza, uma boa opção para relaxarem 
juntos é o aplicativo Sons da natureza. Nele, estão 
disponíveis sons da natureza como barulho de chuva, 
mar, floresta, vento e outros. O aplicativo é gratuito e 
está disponível para baixar no Google Play Store.
O Calm é uma ótima sugestão de aplicativo para 
meditar e dormir. Junte-se a milhões de pessoas que 
estão se sentindo menos estressadas e ansiosas, e 
que estão dormindo cada vez melhor em suas 
meditações guiadas, histórias para dormir, 
programas de respiração e músicas relaxantes. O 
aplicativo é gratuito e está disponível para baixar no 
Google Play Store.
Como vocês se sentem agora, no momento em que lê esse 
Almanaque?! Como nos sentimos é uma pergunta que muito temos 
ouvido nesse tempo de pandemia. E qual é a resposta? Lidamos com 
os nossos sentimentos e emoções diariamente e, desde o nascimento, 
buscamos formas de expressá-los.
Estamos certos de que, em um momento singular como o que 
estamos vivendo, em que a incerteza do que irá acontecer nos deixa 
temerosos, é preciso deixar que nossas emoções e sentimentos possam 
ser expressas, extravasadas, ou até mesmo, acumuladas e refletidas, de 
maneira que seja benéfico para a nossa vida. E uma forma saudável de 
lidarmos com as nossas emoções e sentimentos é por meio da Arte.
Umas das primeiras manifestações da humanidade foi a Arte. Desde a época das cavernas, o homem a utilizou para 
expressar suas emoções, sentimentos, conhecimentos e vivências. O tempo passou, o mundo evoluiu e a arte sempre nos 
possibilitou a criação, o autoconhecimento, a (re) invenção no dia a dia. Isso porque cada um possui um potencial artístico e 
criativo, e fazer e apreciar arte não significa ser artista ou fazer “pinturas e desenhos bonitos”. É preciso conhecer, estudar, 
para estimular esse potencial, além de realizar ações como: apreciar, ver, ouvir, rabiscar, pintar, amassar, dobrar, colorir, rasgar, 
imaginar, cortar, reconstruir, sentir...
Nesse período de isolamento social, a arte pode ser uma grande aliada para lidarmos com as nossas emoções e 
sentimentos, seja nos momentos em que estamos tristes, ansiosos, com raiva ou simplesmente para passar o tempo e dar 
maisleveza e significado ao dia a dia, harmonizando o corpo e mente, e assim, nos sentirmos mais preparados para superar 
os desafios e resolver situações. E então, que tal usarmos as nossas emoções e sentimentos para fazer arte?
VARAL DAS EMOÇÕES
Que tal aproveitar esses dias em casa e reviver um pouco seus momentos com a família por meio de fotografias? 
Selecione algumas fotos e exponha em algum lugar da casa. Pode ser na parede de um corredor ou até mesmo 
pendurada em um barbante, de modo que você e sua família possam parar, observar, apreciar e manusear o material.
“Você lembra como foi esse dia?”
“O que você sente ao ver essas imagens?”
Aproveitem esse momento para conversar, contar 
histórias e quem sabe planejar outros momentos 
que vocês queiram reviver ou fazer algo novo.
Alegria de viver, 
de Douglas Girard (s/d)
Retirantes, 
de Candido Portinari (1944)
Banho, 
de Joaquín Sorolla (s/d)
Fonte das imagens: https://www.criandocomapego.com/20-pinturas-para-trabalhar-as-emocoes-e-sentimentos-com-as-criancas/
O Grito, 
de Munch (1983)
Saudades, 
de Almeida Junior (1899)
Você sabia que pode recriar obras de arte famosas com objetos e cenários caseiros? Há muitos exemplos 
e é difícil precisar onde nasceu este “challenge”. Mas a página mais badalada do Instagram (e já 
referenciada por museus de renome) tem origem holandesa e chama-se Tussen Kunst & Quarantaine 
(Entre a Arte e a Quarentena). Desafia qualquer pessoa, pelos quatro cantos do mundo, a “dar vida” a uma 
pintura – famosa ou não. Na página encontramos os mais variados exemplos: recriações de Vincent Van 
Gogh, Rembrandt, Johannes Vermeer e outros artistas clássicos, como Boticcelli.
https://www.idealista.pt/news/especiais/covid-19/2020/04/23/43152-recriar-obras-
de-arte-famosas-em-casa-o-novo-challenge-que-faz-furor-na-internet 
Mulher chorando, 
de Pablo Picasso (1937)
As obras de arte 
podem provocar 
diferentes emoções. 
Que tipo de sentimentos 
ou emoções você sente 
ao ver essas obras?
As obras de arte 
podem provocar 
diferentes emoções. 
Que tipo de sentimentos 
ou emoções você sente 
ao ver essas obras?
Vamos brincar de modelo-vivo 
para expressar as emoções?
Usando tinta e lápis de cor, façam retratos com “modelos 
vivos”, expressando emoções e sentimentos como tristeza, 
medo, felicidade, susto. O adulto poderá ser o modelo vivo 
e a criança o artista. Em seguida, invertem-se os papeis. 
Você também pode usar um espelho para fazer um 
autorretrato de como está sentindo.
Quando somos criança, gostamos de inventar de tudo! Uma brincadeira que criança adora é carimbar as coisas, 
papel, parede, chão. E assim, o carimbo vira uma diversão maravilhosa. E, falando de emoções, vamos brincar de 
carimbar as nossas emoções?! Sugerimos um carimbo bem diferente, que vocês podem fazer juntos (criança e 
adulto), com materiais disponíveis em casa. Os ícones ilustrativos, mais conhecidos por emoticons, usados 
atualmente nas redes sociais, nos aparelhos eletrônicos (celular, tablet) podem ser desenhados e virar um carimbo. 
Assim, você vai marcar como você está se sentindo! Em conversa com adulto, a criança usa o carimbo da 
carinha e depois pode refletir porque está se sentido assim. Os carimbos que iremos produzir são criativos, 
divertidos, simples, com materiais reciclados e de fácil acesso. Para organizar os carimbos das emoções, vocês 
poderão utilizar: isopor (material que vem na bandeja dos legumes ou queijo) colado em uma tampa, rolha de 
vinho e emborrachado E.V.A., esponja colada em 
uma tampa de papelão (é preciso colocar uns 
pedaços de papelão para segurar o carimbo). 
Nesse exemplo a seguir, iremos produzir o 
carimbo com tampa de amaciante e isopor.
Como fazer? 
 Elegemos 3 emoticons: tristeza, alegria e raiva, por 
serem mais fáceis de desenhar. Mas vocês podem fazer 
quantas carinhas quiser, até para ter mais opções de 
emoções. Cortamos o isopor em círculos do diâmetro da 
tampa de amaciante, desenhamos as carinhas com lápis 
e colamos as carinhas desenhadas com cola quente 
(pode colar com adesivo durex) na tampinha de 
amaciante. Após a secagem dos carimbos, vamos 
experimentar! Usem tinta guache para pintar as carinhas 
e faça a brincadeira de “como estou me sentindo?” Fonte: arquivo pessoal
Vocês já sentiram cócegas em algum momento? Já sentiu cócegas com as mãos ou com algum objeto? O contato 
no corpo revela sensações, pode ser de conforto, incômodo ou de um toque mais leve. Os sentidos marcam nossa vida 
e estão relacionados com o contato que temos com o corpo, suas sensações, emoções e sentimentos, sua expressão, 
postura e movimentos. Esse contato pode ser leve, forte e, a partir disso, vamos nomeando nossos sentimentos e 
emoções. A seguir, sugerimos uma brincadeira que usaremos o contato com o corpo.
Todo mundo tem medo de alguma coisa, seja de uma barata, do escuro, de 
ruídos altos, como trovões ou fogos de artifício e, alguns, até mesmo, de palha-
ços. Ao contrário do que algumas pessoas pensam sentir medo não é um sinal 
de fraqueza, mas, é um alerta do nosso cérebro, diante de algo físico ou mental 
que acreditamos que possa ser uma ameaça. Quem nunca sentiu medo do 
bicho papão? Ou do velho do saco? Ou usou o cobertor para se cobrir dos pés a 
cabeça, acreditando ter um monstro debaixo da cama ou dentro do guarda 
Essa experiência é possível ser realizada com dois participantes ou mais organizados em uma fileira. 
Cada participante terá uma folha de papel e um lápis. Um dos participantes se posiciona nas costas do 
outro. Cada um coloca uma folha de papel a sua frente e outra colada em suas costas. O participante de 
trás irá desenhar nessa folha das costas. Ele começará a fazer um desenho qualquer e, a cada movimento, 
o participante da frente terá que sentir esse traçado e o que está sendo desenhado para representar o 
mesmo desenho no seu papel. O ideal é começar com desenhos de traços e formas simples. Após a 
conclusão dos desenhos, os participantes comparam suas produções.
Fonte: arquivo pessoal
roupas? Que sufoco!!! Ainda bem que sabemos que esses monstros não existem, são apenas fruto da nossa imaginação ou 
da ficção, como nos filmes, jogos e animações. Porém, nestes dias de isolamento social, enfrentamos o medo do COVID-19 
(CORONAVÍRUS), que parece ser um grande monstro, mas na verdade é tão pequeno, que só pode ser visto através de um 
microscópio. Embora ele pareça ser muito forte e poderoso, não precisamos sentir medo, e para combatê-lo, só precisamos 
de cuidados simples como: lavar bem as mãos com água e sabão, usar máscaras de proteção, evitar aglomerações e contato 
físico com outras pessoas. Desta forma, ele vai ficando cada vez mais fraco, até desaparecer completamente. 
Que tal conversarem sobre emoções? Algum de vocês ficou sozinho no 
escuro? O que sentiu? Nesse tempo de isolamento social, quando vocês 
ficam sozinhos no escuro, o que vocês imaginam? Vamos enfrentar esse 
medo e fazer um desenho bem legal, no escuro, sob a luz de uma lanterna?
Sabe um jeito legal? Vamos dar uma dica para vocês! Primeiro, amassem papeis 
e forme bolas. Em seguida, pinte-as com tinta guache. Depois, coloque folhas de 
papel na parede e arremesse as bolas “com raiva”. Você verá que isso pode 
resultar em uma pintura bem diferente e, ainda, ajudá-lo a amenizar essa 
emoção. Você pode usar também outros materiais, como: bolinhas de piscina, 
bexigas cheias de farinha, bola de futebol.
Para fazer esse monstro, precisaremos de uma embalagem plástica, 
pedaços de cartolina de cores variadas, tesoura ou estilete e cola. 
Como fazer:
1 - Juntos (criança e adulto), retirem o rótulo da embalagem plástica, 
caso tenha;
2 - Cortem a cabeça do monstro com um estilete;
3 - Desenhe a boca, os olhos, o nariz e os braços do monstro em 
pedaços de cartolinas de cores variadas;
4 - Depois, recortem e colem na embalagem.
5 - Pronto! O monstro de vocês está completo para brincarem!
Fonte: https://br.pinterestcom/pin/74731675040851337/

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