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A importância da geometria para arquitetura

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A IMPORTÂNCIA DA GEOMETRIA PARA ARQUITETURA
Alessandra H. Silva Gonzalez
A arquitetura é a arte do espaço, a geometria é a ciência do espaço, ambas estiveram presentes na vida humana desde que o homem sentiu a necessidade de construir um abrigo, um lugar para enterrar seus mortos e um lugar para adorar seus deuses.
A arte do espaço pode ser compreendida como resultado construído, fruto da manipulação de sólidos geométricos, através da composição de volumes cheios e vazios, saliências e reentrâncias, em um jogo de luz e sombra com cuidados estéticos preenchendo determinada finalidade.
Euclides (325-265 a.C) ao formular seus postulados e axiomas criou as bases de um desenvolvimento geométrico que perdura há mais de 2000 anos.
Vemos formas geométricas em construções milenares como as pirâmides do Egito mas foram os povos greco-romanos com suas preocupações estéticas e filosóficas que utilizaram formas originadas de geometrias apuradas, baseadas na proporção áurea, sistema que se tornou paradigma de beleza clássica.
No século II d.C , Vitrúvio, um arquiteto e artista romano formulou teorias arquitetônicas inspiradas pelas proporções do corpo humano, registrado em um tratado intitulado De Architectura Libri Decem, onde ele tomou como princípio da arquitetura a tríade solidez, utilidade e beleza.
Vitrúvio é o primeiro que se tem notícia a usar a proporção humana para descrever o que deve ser visto como belo. Maior prova de beleza geométrica é o homem vitruviano, descrito por Vitrúvio e ilustrado em 1492 por Leonardo Da Vinci. O homem vitruviano trata-se de um homem inserido nas proporções perfeitas de um quadrado e na forma ideal de um círculo ao qual relaciona as dimensões da forma humana como número de ouro.
Citei a proporção áurea e o número de ouro, são assuntos de suma importância quando se trata da importância da geometria para arquitetura. Proporção áurea é uma constante real algébrica irracional, encontramos a proporção áurea ao dividirmos uma reta em duas partes não iguais, dividindo o segmento maior pelo menor, esse valor deve corresponder ao valor da divisão da reta inteira pelo segmento mais longo, esse número corresponde a um número infinito mas podemos arredondar para 1,6180 ou Phi φ (número de ouro). Essa letra faz referência ao arquiteto e matemático grego Phidias, que segundo estudiosos foi quem empregou o conceito de proporção áurea primeiro. A proporção áurea é ilustrada por um retângulo (retângulo de ouro) dividido em um quadrado e um retângulo menor, ao remover esse quadrado você ficaria com outro retângulo de ouro podendo repetir esse processo infinitas vezes. Esse conceito foi usado na Grécia antiga, na idade média e é usado ainda hoje em alguns projetos da arquitetura moderna.
Durante a idade média vimos essa junção arte do espaço com ciência do espaço na construção de grandes catedrais, em suas plantas assim como em suas fachadas e vitrais.
Com a revolução industrial e o modernismo as formas arquitetônicas foram simplificada, buscava sua essência geométrica numa expressão clara da geometria euclidiana.
As formas foram ficando mais livres e complexas talvez refletindo os novos paradigmas da sociedade atual, uma nova geometria não-euclidiana. 
Entender os preceitos euclidianos tradicionais, suas figuras básicas, suas construções, assim como os novos conceitos geométricos, fractais, biônicos e topológicos podem contribuir decisivamente para a criação e desenvolvimento das formas arquitetônicas.
Mostrei através dos poucos exemplos e análises apresentadas, como as formas arquitetônicas são dependentes das figuras geométricas.
A mudar a forma de projetar de manual para informatizado, permitiu a experimentação e realização de novas formas arquitetônicas nos projetos.
A geometria não é um elemento limitador ou castrador da atividade criativa e sim um grande aliado.
Referências bibliográficas
SANTOS, Marcia Boiko dos. A geometria na arquitetura: Uma abordagem dos estilos arquitetônicos da antiguidade clássica, do renascimento e da modernidade. Maringá 2013
SOUZA, Edson Eloy de. Arquitetura e geometria. Araras: UNAR 2005

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