Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PSICOLOGIA Luciana Rocha J. Ramalho Marcella Beatriz da Silva Milena Rosa da Paixão Roberta Vieira Cunha da Silva Walkiria Luiz de Oliveira da Costa Yngrid Martins da Silva COGNITIVISMO RIO DE JANEIRO SETEMBRO DE 2020 Luciana Rocha J. Ramalho Marcella Beatriz da Silva Milena Rosa da Paixão Roberta Vieira Cunha da Silva Walkiria Luiz de Oliveira da Costa Yngrid Martins da Silva COGNITIVISMO Trabalho apresentado à disciplina de seminários avançados em psicologia para a obtenção de pontos para a primeira avaliação. Professor: Alexandre Da silva Villalba RIO DE JANEIRO SETEMBRO DE 2020 SUMÁRIO 1- História e o surgimento.....................................................................4 2- Funcionamento..................................................................................4 3- Métodos de pesquisa em psicologia cognitiva...............................5 4- Os conceitos chaves.........................................................................6 5- Os teóricos.........................................................................................8 6- Bibliografia........................................................................................12 4 A HISTÓRIA E O SURGIMENTO A Psicologia Cognitiva é um dos mais recentes ramos da investigação em psicologia, tendo se desenvolvido no fim dos anos de 1950 e princípio dos anos 1960. Pode-se dizer, entretanto, que foi desde a segunda metade do século XIX que as funções mentais humanas deixaram o terreno da filosofia e começaram a se tornar objeto legítimo de investigação científica. Denomina-se Psicologia Cognitiva o ramo na psicologia que trata do modo como os indivíduos percebem, aprendem, lembram e representam as informações que a realidade fornece. A Psicologia Cognitiva abrange como principais objetos de estudo a percepção, o pensamento e a memória, procurando explicar como o ser humano percebe o mundo e como utiliza-se do conhecimento para desenvolver diversas funções cognitivas como: falar, raciocinar, resolver situações-problema, memorizar, entre outras. O tratamento a partir dessa perspectiva é centrado na identificação dos pensamentos, crenças e esquemas mentais que não correspondem à realidade à volta do paciente. Nos anos 50 o paradigma dominante era da psicologia comportamental ou behaviorista. Ainda que esta tenha tido sucesso em explicar muitos dos fenômenos psicológicos, era também bastante reducionista já que se preocupava em explicar apenas o observável. A Psicologia Cognitiva surgiu a partir das limitações do behaviorismo. Este era capaz de explicar, por exemplo, por que existem pessoas que respondem de modos diferentes entre si, mesmo que tenham passado pelo mesmo condicionamento, as mesmas experiências. Surge de forma irremediável a chamada “revolução cognitiva”, por meio da qual a psicologia se reorienta em direção aos estudos dos processos mentais privados do ser humano. Os representantes mais conhecidos que ajudaram a psicologia cognitiva a se estabelecer no mundo das ciências do comportamento foram: F.C. Barlett Jerome Bruner Gardner Jeffrey Sternberg David Rumerlhart Jean Piaget. O FUNCIONAMENTO A tarefa do psicólogo cognitivo é descobrir leis que estabeleçam conexões entre o comportamento e a variedade de aspectos e elementos com os quais o comportamento está relacionado, procurando encarar o problema de forma mais abrangente. No plano epistemológico e metodológico esta tarefa inclui a elaboração de modelos teóricos das estruturas dos processos e dos mecanismos que constituem a vida mental do indivíduo. O estudo das condições que influenciam o comportamento se torna, assim, apenas um meio para alcançar este fim. Em outras palavras, a psicologia tem que tentar ir além do simples estabecimento de certos comportamentos que se manifestam em certas condições, mas procurar elaborar modelos explicativos dos mecanismos 5 mais amplos que operam na mente do sujeito, com base nos quais o indivíduo manifesta aquele comportamento naquelas condições. O psicólogo cognitivo estuda as bases do conhecimento humano; mais precisamente, estuda os meios pelos quais o indivíduo alcança um conhecimento organizado do mundo em categorias, como também a maneira pela qual este conhecimento é utilizado para direcionar e planejar ações sobre o ambiente. Este conhecimento categorizado torna-se indispensável como instrumento de compreensão e atuação sobre a realidade. O psicólogo cognitivo estuda aspectos da atividade cognitiva representados pela percepção, memória, imagem mental, pensamento, raciocínio, percepção, linguagem, aprendizagem etc. Em outras palavras, interessa-se pelos mecanismos mentais que agem quando se percebe, se memoriza, se elabora mentalmente um dado objeto, quando se aprende, etc. Estes conteúdos da consciência são considerados como o produto de uma série de elaborações e operações conduzidas sobre e a partir de informações e que se referem ao conhecimento. No Cognitivismo, os estados mentais são aceitos como plenamente reais, de maneira semelhante aos estados físicos. A respeito dessa questão, Pasquali ainda afirma: “não somente são reais no mesmo sentido que o são as coisas físicas, mas que eles são objeto privilegiado da ciência psicológica” (2001, p. 83-84). A partir dessa perspectiva entende-se que a prioridade da ciência psicológica é estudar a mente humana. Dessa forma, a prioridade então “é o estudo de como as pessoas percebem, aprendem, lembram-se e pensam sobre a informação” (STERNBERG, 2010, p. 23). A psicologia cognitiva não está preocupada com as elaborações das condições de estimulação que produzem um determinado comportamento, nem em indicar simplesmente com que probabilidade é possível elicitar uma certa resposta a partir de uma certa estimulação. Pelo contrário, procura especificar os mecanismos e processos mentais no organismo e propor modelos que indiquem as fases dos processos mentais e as funções desenvolvidas por estas fases. MÉTODOS DE PESQUISA EM PSICOLOGIA COGNITIVA Tem como objetivo: Coletar dados e analisar estatisticamente esses dados. A parir dessa análise o pesquisador vai poder descrever fenômenos cognitivos, identificando formas de descrever a cognição. 6 Dessa forma a teoria vai sendo testado no intuito de se é possível prever determinados aspectos do fenômeno em questão. Com isso são geradas hipóteses ou proposições experimentais em relação as conseqüências empíricas esperadas como resultado da pesquisa. Em seguida as hipóteses são testadas através de experimentação. Ainda que as conclusões pareçam confirmar uma hipótese, é feita analise de significância estatística, para verificar a probabilidade de que um determinado conjunto de resultados venha ser obtidos apenas se houver fatores aleatórios em ação. Com esse resultado será a hipótese e aceita ou rejeitada. O resultado dessas pesquisas comprovadas é usado para auxiliar as pessoas a utilizarem a cognição em situações reais. Características do método de pesquisa: • Experimentos com comportamento humano São pesquisas realizadas em ambientes laboratoriais que tenta controlar o máximo de aspectos da situação experiencial. Esse método precisa utilizar uma amostra aleatória e representativa da população de interesse e deve exercer controle rigoroso sobre as condições e também. Esses experimentos têm duas variáveis: Variáveis independentes que são os aspectos de uma investigação, manipulados de modo individual ou cuidadosamente regulados pelo experimentador. Variáveis dependentes, que são as respostas dos resultadosno qual o experimentador não tem o controle que possam influenciar ou afetar os participantes da experiência. • Pesquisas psicobiologias Nessa pesquisa é feita a relação entre o desempenho cognitivo e as estruturas cerebrais. OS CONCEITOS CHAVES Este movimento provém de disciplinas externas à psicologia, tais como Engenharia, Lingüística, Filosofia da Ciência, Matemática e Neuropsicologia, tendo como principal objetivo o estudo da consciência e da mente. 7 A Teoria cognitiva surgiu como uma forma de crítica ao Comportamentalismo, que postulava, em linhas gerais, a aprendizagem como resultado do condicionamento de indivíduos quando expostos a uma situação de estímulo e resposta. Os avanços científicos que alavancaram o cognitivismo, como a chegada do computador e o interesse pela compreensão dos processos cognitivos de forma mentalista, o que proporcionou o surgimento da inteligência artificial Os principais percursores procuraram compreender como a aprendizagem ocorre no que se refere às estruturas mentais do sujeito e sobre o que é preciso fazer para aprender. A cognição é derivada da palavra latina cognitione, que significa a aquisição de um conhecimento por meio da percepção. É o conjunto dos processos mentais usados no pensamento, na percepção e na classificação, reconhecimento e compreensão, para o julgamento por meio do raciocínio, para o aprendizado de determinados sistemas e soluções de problemas. De uma maneira mais simples podemos dizer que a cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada, por intermédio dos cinco sentidos. O Cognitivismo ressalta a cognição como o ato como o ser humano reconhece o mundo, observa os processos mentais, ou seja, como o conhecemos. Ocupa- se da atribuição de significados, da compreensão, mudança, armazenamento e uso da informação, percepção, resolução de problemas, tomada de decisões, compreensão, etc. O cognitivismo analisa o indivíduo como um ser funcional. No processo de aprendizagem avalia-se a estrutura cognitiva, como sendo a organização e integração de conteúdos de suas ideias em uma área reservada de conhecimento, resultando na aprendizagem. Os psicólogos cognitivos, por conseguinte, sublinham que, dependendo da forma como a pessoa processa a informação e entende o mundo que a rodeia, é capaz de desenvolver um determinado tipo de conduta/comportamento. Os seres humanos contrastam as novas informações com a sua estrutura cognitiva e, a partir daí, moldam as suas ações. O cognitivismo existe há cerca de vinte anos, e os principais fatores que contribuíram para sua formação foram (1) o reconhecimento da esterilidade do behaviorismo, (2) o aparecimento da Inteligência artificial (que por sua vez deve sua existência à invenção dos modernos computadores eletrônicos) e (3) a introdução das revolucionárias idéias de Chomsky em Lingüística. 8 OS TEÓRICOS A Teoria cognitiva surgiu nos Estados Unidos entre as décadas de 1950 e 1960 como uma forma de crítica ao Comportamentalismo, que postulava, em linhas gerais, a aprendizagem como resultado do condicionamento de indivíduos quando expostos a uma situação de estímulo e resposta. O termo cognição pode ser definido como o conjunto de habilidades mentais necessárias para a construção de conhecimento sobre o mundo. Os processos cognitivos envolvem, portanto, habilidades relacionadas ao desenvolvimento do pensamento, raciocínio, linguagem, memória, abstração etc.; têm início ainda na infância e estão diretamente relacionados à aprendizagem. O Cognitivismo é o movimento de compreensão da cognição humana que tem como objeto de estudo a própria cognição humana dos pontos-de-vista da educação e da psicologia . De acordo com os principais teóricos cognitivistas, dentre os quais se destacam Piaget, Ausubel, Vigotsky e Bruner é preciso compreender a ação do sujeito no processo de construção do conhecimento. Apesar de diferenças entre suas teorias, procuraram compreender como a aprendizagem ocorre no que se refere às estruturas mentais do sujeito e sobre o que é preciso fazer para aprender. Epistemologia Genética (J. Piaget) Jean Piaget nasceu na Suíça em 1896, seus estudos sobre a pedagogia revolucionaram a educação. Sempre buscou, com suas teorias, inovar a educação, implantando novas metodologias que visam formar cidadãos críticos e criativos. Para ele, o professor não deve apenas ensinar, mas sim, orientar os alunos para uma aprendizagem mais autônoma. O conceito de estrutura cognitiva é central para a teoria de Piaget. Estruturas cognitivas são padrões de ação física e mental subjacentes a atos específicos de inteligência e correspondem a estágios do desenvolvimento infantil. Existem quatro estruturas cognitivas primárias - estágios de desenvolvimento - de acordo com Piaget: sensorial-motor, pré-operações, operações concretas e operações formais. No estágio sensorial-motor (0-2 anos), a inteligência assume a forma de ações motoras. A inteligência no período pré-operação (3-7 anos) é de natureza intuitiva. A estrutura cognitiva durante o estágio de operações concretas (8-11 anos) é lógica, mas depende de referências concretas. No estágio final de operações formais (12-15 anos), pensar envolve abstrações. 9 As estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: assimilação e acomodação. A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos de estruturas cognitivas existentes, enquanto que a acomodação se refere à mudança da estrutura cognitiva para compreender o meio. O desenvolvimento cognitivo consiste de um esforço constante para se adaptar ao meio em termos de assimilação e acomodação. Nesse sentido, a teoria de Piaget é similar a outras teorias de aprendizagem contrutivistas como as Bruner e Vygotsky. Embora os estágios de desenvolvimento cognitivo identificados por Piaget estejam associados a faixas de idade, eles variam para cada indivíduo. Além disso, cada estágio tem diversas formas estruturais detalhadas. Basta observar que o período operacional concreto tem mais de quarenta estruturas distintas, cobrindo classificação e relações, relações espaciais, tempo, movimento, oportunidade, número, conservação e medida. Uma análise detalhada similar das funções intelectuais é fornecida por teorias de inteligência, como Guilford, Gardner e Sternberg. Piaget explorou as implicações de sua teoria em todos os aspectos do desenvolvimento da cognição, inteligência e moral. Muitos dos experimentos de Piaget foram focalizados no desenvolvimento de conceitos matemáticos e lógicos. A teoria foi bastante aplicada no modelo de prática de ensino e de currículo na educação elementar . O desenvolvimento cognitivo tem como facilitador atividades ou situações que envolvam os aprendizes e que requeiram adaptação destes. Os materiais de aprendizado e atividades devem envolver um nível apropriado de operações motoras ou mentais para uma criança de uma dada idade. É preciso evitar o pedido para que os aprendizes realizem tarefas que estejam além de suas capacidades cognitivas atuais. Teoria Construtivista (J. Bruner) Jerome Seymour Bruner (Nova Iorque, 1 de outubro de 1915 - Nova Iorque, 5 de junho de 2016) foi um psicólogo estadunidense, de família polonesa. Professor de psicologia em Harvard e depois em Oxford, escreveu importantes trabalhos sobre educação, liderou o que veio a ser conhecido como Revolução Cognitiva, na década de 1960. Esta introduz novas perspectivas no estudo da mente, superando os postulados colocados até aquela época pelo behaviorismo, que focava apenas nos fenômenos observáveis. Bruner afirma que o aprendizado é um processo ativo, no qual o aprendiz constrói novas idéias ou conceitos, baseado em seus conhecimentos prévios e os que estão sendo estudados, baseado em sua estruturamental inata. O 10 aprendiz filtra e transforma a nova informação, infere hipóteses e toma decisões, utilizando uma estrutura cognitiva. Essa estrutura cognitiva - esquemas e modelos mentais - fornece significado e organização para as novas experiências, permitindo ao aprendiz enriquecer seu conhecimento além do conceito estudado, através do relacionamento das novas informações com seus conhecimentos prévios. O papel do instrutor é o de incentivador dos alunos no sentido de descobrirem por si mesmos os princípios do conteúdo a ser aprendido. O instrutor e o aluno devem manter um diálogo ativo, através do qual o instrutor traduz a informação a ser aprendida em um formato adequado à compreensão do aluno. O currículo deve ser organizado em espiral, para que o aluno construa continuamente sobre o que já aprendeu. O aluno vai descobrir aquilo que já existe em sua estrutura cognitiva. O professor não é apenas um passador de informação. Teoria da Inclusão (D. Ausubel) David P. Ausubel nasceu em 1918 e faleceu em 2008. Foi médico, Filho de judeus, cresceu insatisfeito com a educação que recebeu. Psicólogo, psiquiatria, educador, escritor e professor destas áreas. Dizia que a educação é violenta e a escola, uma prisão. Era contra a aprendizagem mecânica e dedicou-se a encontrar uma educação Foi professor de inúmeras universidades, inclusive da Universidade fundamentada na estrutura cognitiva. de Campinas em 1976, Universidades do Rio de Janeiro e Universidade de São Paulo em 1979. A teoria de Ausubel trata da aprendizagem cognitiva, embora reconheça a importância das outras. Baseia-se na premissa de que existe uma estrutura cognitiva em constante mutação. Para ele, aprendizagem é organização e integração de informações na estrutura cognitiva do aprendiz. Estrutura cognitiva A estrutura cognitiva é o conteúdo total e organizado de ideias de um dado indivíduo; ou, no contexto da aprendizagem de certos assuntos, refere-se ao conteúdo e organização de suas ideias naquela área particular de conhecimento Ausubel preocupa-se com a aprendizagem que ocorre na sala de aula da escola. O fator mais importante de aprendizagem é o que o aluno já sabe. Para que ocorra a aprendizagem, conceitos relevantes e inclusivos devem estar claros e disponíveis na estrutura cognitiva do indivíduo, funcionando como ponto de ancoragem. Ausubel está interessado em saber como os indivíduos aprendem grandes quantidades de material significativo por meio de apresentações verbais/textuais em um quadro escolar. Um processo primário em aprendizado é a inclusão, na qual o conhecimento novo é relacionado com 11 as idéias relevantes da estrutura cognitiva existente em uma base substantiva. As estruturas cognitivas representam o resíduo de todas as experiências de aprendizado. A aprendizagem ocorre quando uma nova informação ancora-se em conceitos ou proposições relevantes preexistentes na estrutura cognitiva do indivíduo. O armazenamento de informações no cérebro é altamente organizado formando uma hierarquia na qual elementos mais específicos de conhecimentos são ligados ( = assimilados) a conceitos mais gerais, mais inclusivos. Ausubel recomenda o uso de organizadores prévios que sirvam de âncora para a nova aprendizagem e levem ao desenvolvimento de conceitos classificadores que facilitem a aprendizagem subseqüente . Organizadores prévios são materiais introdutórios apresentados antes do material a ser aprendido em si. Sua principal função é de servir de ponte entre o que o aprendiz já sabe e o que ele deve saber a fim de que o material possa ser aprendido de forma significativa. Facilitam a aprendizagem na medida em que funcionam como "pontes cognitivas". "A essência do processo de aprendizagem significativa é que ideias simbolicamente expressas sejam relacionadas de maneira substantiva (não literal) e não arbitrária ao que o aprendiz já sabe, ou seja, a algum aspecto de sua estrutura cognitiva especificamente relevante para a aprendizagem dessas idéias. Este aspecto especificamente relevante pode ser, por exemplo, uma imagem , um símbolo, um conceito, uma proposição, já significativo". Ausubel (1978,p.41): "As idéias mais gerais de um assunto devem ser apresentadas primeiro e, depois, progressivamente diferenciadas em termos de detalhe e especificidade. Os materiais de instrução devem tentar integrar o material novo com a informação anteriormente apresentada por meio de comparações e referências cruzadas de idéias novas e antigas." Lev Vygotsky Nasceu em Orsha, país da antiga União Soviética, em 1896. Trabalhou como professor e pesquisador nas áreas de psicologia, pedagogia, filosofia, literatura, deficiência física e mental. Para ele, a aprendizagem é influenciada pelo meio social e o conhecimento cognitivo é adquirido por meio dos relacionamentos com os fatores sociais. O professor é um mediador e a avaliação deve ser contínua. Vygotsky quis entender a pessoa, não apenas um item do seu comportamento exterior e observável. Ele buscava a interconexão dos conceitos, as relações 12 entre pensamento e linguagem, entre aprendizagem e desenvolvimento, entre desenvolvimento e meio sociocultural. Ai está o sucesso dos postulados de Vygotsky quando transposto para a área educacional quando busca entender o ser humano da forma mais ampla, ou seja, na perspectiva biológica, social e histórica. Da teoria de Vygotsky podemos extrair alguns elementos que são utilizados na educação em seus diferentes níveis e modalidades. Vygotsky defende que o ser humano é um ser em constante evolução, que aprende e se desenvolve. Que o conteúdo escolar transmitido ao educando foi construído ao longo da história humana há milênios e está sempre em movimento, em construção. Não se estuda algo acabado, pronto, fixo, imutável, mas aquilo que até este momento foi possível elaborar, sabendo-se que não é tudo, nem é suficiente, que muito há por fazer e que deve ir sendo completado com o trabalho de todos. No espaço escolar os educandos internalizam os elementos socioculturais. A internalização não significa mera absorção ou transferência de um plano externo para o interno, mas assimilação. Há uma conexão do externo com o interno, onde os elementos internalizados adquirem significado próprio por que subjetivados. Nesse processo a pessoa recria a cultura, individualizando-a, torna-se sujeito, e passa a utilizá-la como instrumento de pensamento e ação no mundo. O uso de “instrumentos” (objetos que se interpõem entre o homem e o ambiente) amplia enormemente a capacidade de atuação sobre o meio e, por meio dele, vai modificando suas formas de ação. A fala e a escrita são instrumentos por excelência. Para Vygotsky a formação do professor é muito importante para que ele possa exercer seu papel de mediador no processo de ensino aprendizagem. Na concepção de Vygotsky a aprendizagem tem um papel fundamental para o desenvolvimento do saber, do conhecimento. Todo e qualquer processo de aprendizagem é ensino-aprendizagem, incluindo aquele que aprende, aquele que ensina e a relação entre eles. Ele explica esta conexão entre desenvolvimento e aprendizagem através da zona de desenvolvimento proximal – ZPD – “espaço dinâmico” entre os problemas que uma criança pode resolver sozinha (nível de desenvolvimento real) e os que deverá resolver com a ajuda de outro sujeito mais capaz no momento, para em seguida, chegar a dominá-los por si mesma (nível de desenvolvimento potencial). BIBLIOGRAFIA Carneiro, A. M. (Dezembro de 2007). O que é cognitivismo? Acesso em 29 de Agosto de 2020, disponível em Scielo: 13 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 82712007000200023 Carneiro, A. (Junho de 2007). O que é o cognitivismo? . Acesso em 02 de Setembro de 2020, disponível em Psico-USF. Castanõn, G. (2010). O cognitivismoe o problema da cientificidade da psicologia. Psicologia: Teoria e Prática . Acesso em 03 de Setembro de 2020 Oliveira, M. (1990). Cognitivismo e ciência cognitiva. Acesso em 03 de Setembro de 2020, disponível em Trans/Form/Ação. Roazzi, A. G. (1989). A atuação do psicólogo na área cognitiva: reflexões e questionamentos. Acesso em 03 de Setembro de 2020, disponível em Scielo: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 98931989000300008 Sternberg, R. (2008). Psicologia cognitiva. Porto Alegre: Artmed,. Vaz, R. A. (2002). NCE UFRJ. Acesso em 03 de Setembro de 2020, disponível em GINAPE: http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/t_2002/t_2002_renato_apos o_e_francine_vaz/index.htm Veiga, E. (26 de Março de 1987). O que é o Cognitivismo: Fundamentos filosófico. Acesso em 02 de Setembro de 2020, disponível em Psicol. Argum.
Compartilhar