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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
PSICOLOGIA 
 
 
 
 
Luciana Rocha J. Ramalho 
Marcella Beatriz da Silva 
Milena Rosa da Paixão 
Roberta Vieira Cunha da Silva 
Walkiria Luiz de Oliveira da Costa 
Yngrid Martins da Silva 
 
 
 
 
 
COGNITIVISMO 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
SETEMBRO DE 2020 
Luciana Rocha J. Ramalho 
Marcella Beatriz da Silva 
Milena Rosa da Paixão 
Roberta Vieira Cunha da Silva 
Walkiria Luiz de Oliveira da Costa 
Yngrid Martins da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
COGNITIVISMO 
Trabalho apresentado à disciplina de 
seminários avançados em psicologia para 
a obtenção de pontos para a primeira 
avaliação. 
 Professor: Alexandre Da silva Villalba 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
SETEMBRO DE 2020 
SUMÁRIO 
1- História e o surgimento.....................................................................4 
2- Funcionamento..................................................................................4 
3- Métodos de pesquisa em psicologia cognitiva...............................5 
4- Os conceitos chaves.........................................................................6 
5- Os teóricos.........................................................................................8 
6- Bibliografia........................................................................................12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
A HISTÓRIA E O SURGIMENTO 
A Psicologia Cognitiva é um dos mais recentes ramos da investigação em 
psicologia, tendo se desenvolvido no fim dos anos de 1950 e princípio dos anos 
1960. Pode-se dizer, entretanto, que foi desde a segunda metade do século 
XIX que as funções mentais humanas deixaram o terreno da filosofia e 
começaram a se tornar objeto legítimo de investigação científica. Denomina-se 
Psicologia Cognitiva o ramo na psicologia que trata do modo como os 
indivíduos percebem, aprendem, lembram e representam as informações que a 
realidade fornece. A Psicologia Cognitiva abrange como principais objetos de 
estudo a percepção, o pensamento e a memória, procurando explicar como o 
ser humano percebe o mundo e como utiliza-se do conhecimento para 
desenvolver diversas funções cognitivas como: falar, raciocinar, resolver 
situações-problema, memorizar, entre outras. O tratamento a partir dessa 
perspectiva é centrado na identificação dos pensamentos, crenças e esquemas 
mentais que não correspondem à realidade à volta do paciente. Nos anos 50 o 
paradigma dominante era da psicologia comportamental ou behaviorista. Ainda 
que esta tenha tido sucesso em explicar muitos dos fenômenos psicológicos, 
era também bastante reducionista já que se preocupava em explicar apenas o 
observável. A Psicologia Cognitiva surgiu a partir das limitações do 
behaviorismo. Este era capaz de explicar, por exemplo, por que existem 
pessoas que respondem de modos diferentes entre si, mesmo que tenham 
passado pelo mesmo condicionamento, as mesmas experiências. Surge de 
forma irremediável a chamada “revolução cognitiva”, por meio da qual a 
psicologia se reorienta em direção aos estudos dos processos mentais 
privados do ser humano. Os representantes mais conhecidos que ajudaram a 
psicologia cognitiva a se estabelecer no mundo das ciências do comportamento 
foram: F.C. Barlett Jerome Bruner Gardner Jeffrey Sternberg David Rumerlhart 
Jean Piaget. 
 
O FUNCIONAMENTO 
A tarefa do psicólogo cognitivo é descobrir leis que estabeleçam conexões 
entre o comportamento e a variedade de aspectos e elementos com os quais o 
comportamento está relacionado, procurando encarar o problema de forma 
mais abrangente. No plano epistemológico e metodológico esta tarefa inclui a 
elaboração de modelos teóricos das estruturas dos processos e dos 
mecanismos que constituem a vida mental do indivíduo. O estudo das 
condições que influenciam o comportamento se torna, assim, apenas um meio 
para alcançar este fim. Em outras palavras, a psicologia tem que tentar ir além 
do simples estabecimento de certos comportamentos que se manifestam em 
certas condições, mas procurar elaborar modelos explicativos dos mecanismos 
5 
 
mais amplos que operam na mente do sujeito, com base nos quais o indivíduo 
manifesta aquele comportamento naquelas condições. 
O psicólogo cognitivo estuda as bases do conhecimento humano; mais 
precisamente, estuda os meios pelos quais o indivíduo alcança um 
conhecimento organizado do mundo em categorias, como também a maneira 
pela qual este conhecimento é utilizado para direcionar e planejar ações sobre 
o ambiente. Este conhecimento categorizado torna-se indispensável como 
instrumento de compreensão e atuação sobre a realidade. 
O psicólogo cognitivo estuda aspectos da atividade cognitiva representados 
pela percepção, memória, imagem mental, pensamento, raciocínio, percepção, 
linguagem, aprendizagem etc. Em outras palavras, interessa-se pelos 
mecanismos mentais que agem quando se percebe, se memoriza, se elabora 
mentalmente um dado objeto, quando se aprende, etc. Estes conteúdos da 
consciência são considerados como o produto de uma série de elaborações e 
operações conduzidas sobre e a partir de informações e que se referem ao 
conhecimento. 
No Cognitivismo, os estados mentais são aceitos como plenamente reais, de 
maneira semelhante aos estados físicos. A respeito dessa questão, Pasquali 
ainda afirma: “não somente são reais no mesmo sentido que o são as coisas 
físicas, mas que eles são objeto privilegiado da ciência psicológica” (2001, p. 
83-84). A partir dessa perspectiva entende-se que a prioridade da ciência 
psicológica é estudar a mente humana. Dessa forma, a prioridade então “é o 
estudo de como as pessoas percebem, aprendem, lembram-se e pensam 
sobre a informação” (STERNBERG, 2010, p. 23). 
A psicologia cognitiva não está preocupada com as elaborações das condições 
de estimulação que produzem um determinado comportamento, nem em 
indicar simplesmente com que probabilidade é possível elicitar uma certa 
resposta a partir de uma certa estimulação. Pelo contrário, procura especificar 
os mecanismos e processos mentais no organismo e propor modelos que 
indiquem as fases dos processos mentais e as funções desenvolvidas por 
estas fases. 
 
MÉTODOS DE PESQUISA EM PSICOLOGIA COGNITIVA 
Tem como objetivo: 
Coletar dados e analisar estatisticamente esses dados. 
A parir dessa análise o pesquisador vai poder descrever fenômenos cognitivos, 
identificando formas de descrever a cognição. 
6 
 
Dessa forma a teoria vai sendo testado no intuito de se é possível prever 
determinados aspectos do fenômeno em questão. 
Com isso são geradas hipóteses ou proposições experimentais em relação as 
conseqüências empíricas esperadas como resultado da pesquisa. 
Em seguida as hipóteses são testadas através de experimentação. Ainda que 
as conclusões pareçam confirmar uma hipótese, é feita analise de significância 
estatística, para verificar a probabilidade de que um determinado conjunto de 
resultados venha ser obtidos apenas se houver fatores aleatórios em ação. 
Com esse resultado será a hipótese e aceita ou rejeitada. 
O resultado dessas pesquisas comprovadas é usado para auxiliar as pessoas a 
utilizarem a cognição em situações reais. 
 
Características do método de pesquisa: 
• Experimentos com comportamento humano 
São pesquisas realizadas em ambientes laboratoriais que tenta controlar o 
máximo de aspectos da situação experiencial. Esse método precisa utilizar 
uma amostra aleatória e representativa da população de interesse e deve 
exercer controle rigoroso sobre as condições e também. 
Esses experimentos têm duas variáveis: 
Variáveis independentes que são os aspectos de uma investigação, 
manipulados de modo individual ou cuidadosamente regulados pelo 
experimentador. 
Variáveis dependentes, que são as respostas dos resultadosno qual o 
experimentador não tem o controle que possam influenciar ou afetar os 
participantes da experiência. 
• Pesquisas psicobiologias 
Nessa pesquisa é feita a relação entre o desempenho cognitivo e as estruturas 
cerebrais. 
 
OS CONCEITOS CHAVES 
Este movimento provém de disciplinas externas à psicologia, tais como 
Engenharia, Lingüística, Filosofia da Ciência, Matemática e Neuropsicologia, 
tendo como principal objetivo o estudo da consciência e da mente. 
7 
 
A Teoria cognitiva surgiu como uma forma de crítica ao Comportamentalismo, 
que postulava, em linhas gerais, a aprendizagem como resultado do 
condicionamento de indivíduos quando expostos a uma situação de estímulo e 
resposta. 
Os avanços científicos que alavancaram o cognitivismo, como a chegada do 
computador e o interesse pela compreensão dos processos cognitivos de 
forma mentalista, o que proporcionou o surgimento da inteligência artificial 
Os principais percursores procuraram compreender como a aprendizagem 
ocorre no que se refere às estruturas mentais do sujeito e sobre o que é 
preciso fazer para aprender. 
A cognição é derivada da palavra latina cognitione, que significa a aquisição de 
um conhecimento por meio da percepção. É o conjunto dos processos mentais 
usados no pensamento, na percepção e na classificação, reconhecimento e 
compreensão, para o julgamento por meio do raciocínio, para o aprendizado de 
determinados sistemas e soluções de problemas. De uma maneira mais 
simples podemos dizer que a cognição é a forma como o cérebro percebe, 
aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada, por intermédio dos 
cinco sentidos. 
O Cognitivismo ressalta a cognição como o ato como o ser humano reconhece 
o mundo, observa os processos mentais, ou seja, como o conhecemos. Ocupa-
se da atribuição de significados, da compreensão, mudança, armazenamento e 
uso da informação, percepção, resolução de problemas, tomada de decisões, 
compreensão, etc. 
O cognitivismo analisa o indivíduo como um ser funcional. No processo de 
aprendizagem avalia-se a estrutura cognitiva, como sendo a organização e 
integração de conteúdos de suas ideias em uma área reservada de 
conhecimento, resultando na aprendizagem. 
Os psicólogos cognitivos, por conseguinte, sublinham que, dependendo da 
forma como a pessoa processa a informação e entende o mundo que a rodeia, 
é capaz de desenvolver um determinado tipo de conduta/comportamento. Os 
seres humanos contrastam as novas informações com a sua estrutura cognitiva 
e, a partir daí, moldam as suas ações. 
O cognitivismo existe há cerca de vinte anos, e os principais fatores que 
contribuíram para sua formação foram (1) o reconhecimento da esterilidade do 
behaviorismo, (2) o aparecimento da Inteligência artificial (que por sua vez 
deve sua existência à invenção dos modernos computadores eletrônicos) e (3) 
a introdução das revolucionárias idéias de Chomsky em Lingüística. 
 
8 
 
 
OS TEÓRICOS 
A Teoria cognitiva surgiu nos Estados Unidos entre as décadas de 1950 e 1960 
como uma forma de crítica ao Comportamentalismo, que postulava, em linhas 
gerais, a aprendizagem como resultado do condicionamento de indivíduos 
quando expostos a uma situação de estímulo e resposta. 
O termo cognição pode ser definido como o conjunto de habilidades mentais 
necessárias para a construção de conhecimento sobre o mundo. Os processos 
cognitivos envolvem, portanto, habilidades relacionadas ao desenvolvimento do 
pensamento, raciocínio, linguagem, memória, abstração etc.; têm início ainda 
na infância e estão diretamente relacionados à aprendizagem. 
O Cognitivismo é o movimento de compreensão da cognição humana que tem 
como objeto de estudo a própria cognição humana dos pontos-de-vista da 
educação e da psicologia . De acordo com os principais teóricos cognitivistas, 
dentre os quais se destacam Piaget, Ausubel, Vigotsky e Bruner é preciso 
compreender a ação do sujeito no processo de construção do conhecimento. 
Apesar de diferenças entre suas teorias, procuraram compreender como a 
aprendizagem ocorre no que se refere às estruturas mentais do sujeito e sobre 
o que é preciso fazer para aprender. 
 
Epistemologia Genética (J. Piaget) 
Jean Piaget nasceu na Suíça em 1896, seus estudos sobre a pedagogia 
revolucionaram a educação. Sempre buscou, com suas teorias, inovar a 
educação, implantando novas metodologias que visam formar cidadãos críticos 
e criativos. Para ele, o professor não deve apenas ensinar, mas sim, orientar os 
alunos para uma aprendizagem mais autônoma. 
O conceito de estrutura cognitiva é central para a teoria de Piaget. Estruturas 
cognitivas são padrões de ação física e mental subjacentes a atos específicos 
de inteligência e correspondem a estágios do desenvolvimento infantil. Existem 
quatro estruturas cognitivas primárias - estágios de desenvolvimento - de 
acordo com Piaget: sensorial-motor, pré-operações, operações concretas e 
operações formais. No estágio sensorial-motor (0-2 anos), a inteligência 
assume a forma de ações motoras. A inteligência no período pré-operação (3-7 
anos) é de natureza intuitiva. A estrutura cognitiva durante o estágio de 
operações concretas (8-11 anos) é lógica, mas depende de referências 
concretas. No estágio final de operações formais (12-15 anos), pensar envolve 
abstrações. 
9 
 
As estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: 
assimilação e acomodação. A assimilação envolve a interpretação de eventos 
em termos de estruturas cognitivas existentes, enquanto que a acomodação se 
refere à mudança da estrutura cognitiva para compreender o meio. O 
desenvolvimento cognitivo consiste de um esforço constante para se adaptar 
ao meio em termos de assimilação e acomodação. Nesse sentido, a teoria de 
Piaget é similar a outras teorias de aprendizagem contrutivistas como as 
Bruner e Vygotsky. 
Embora os estágios de desenvolvimento cognitivo identificados por Piaget 
estejam associados a faixas de idade, eles variam para cada indivíduo. Além 
disso, cada estágio tem diversas formas estruturais detalhadas. Basta observar 
que o período operacional concreto tem mais de quarenta estruturas distintas, 
cobrindo classificação e relações, relações espaciais, tempo, movimento, 
oportunidade, número, conservação e medida. Uma análise detalhada similar 
das funções intelectuais é fornecida por teorias de inteligência, como Guilford, 
Gardner e Sternberg. 
Piaget explorou as implicações de sua teoria em todos os aspectos do 
desenvolvimento da cognição, inteligência e moral. Muitos dos experimentos de 
Piaget foram focalizados no desenvolvimento de conceitos matemáticos e 
lógicos. A teoria foi bastante aplicada no modelo de prática de ensino e de 
currículo na educação elementar . 
O desenvolvimento cognitivo tem como facilitador atividades ou situações que 
envolvam os aprendizes e que requeiram adaptação destes. Os materiais de 
aprendizado e atividades devem envolver um nível apropriado de operações 
motoras ou mentais para uma criança de uma dada idade. É preciso evitar o 
pedido para que os aprendizes realizem tarefas que estejam além de suas 
capacidades cognitivas atuais. 
 
Teoria Construtivista (J. Bruner) 
Jerome Seymour Bruner (Nova Iorque, 1 de outubro de 1915 - Nova Iorque, 5 
de junho de 2016) foi um psicólogo estadunidense, de família polonesa. 
Professor de psicologia em Harvard e depois em Oxford, escreveu importantes 
trabalhos sobre educação, liderou o que veio a ser conhecido como Revolução 
Cognitiva, na década de 1960. Esta introduz novas perspectivas no estudo da 
mente, superando os postulados colocados até aquela época pelo 
behaviorismo, que focava apenas nos fenômenos observáveis. 
Bruner afirma que o aprendizado é um processo ativo, no qual o aprendiz 
constrói novas idéias ou conceitos, baseado em seus conhecimentos prévios e 
os que estão sendo estudados, baseado em sua estruturamental inata. O 
10 
 
aprendiz filtra e transforma a nova informação, infere hipóteses e toma 
decisões, utilizando uma estrutura cognitiva. Essa estrutura cognitiva - 
esquemas e modelos mentais - fornece significado e organização para as 
novas experiências, permitindo ao aprendiz enriquecer seu conhecimento além 
do conceito estudado, através do relacionamento das novas informações com 
seus conhecimentos prévios. 
O papel do instrutor é o de incentivador dos alunos no sentido de descobrirem 
por si mesmos os princípios do conteúdo a ser aprendido. O instrutor e o aluno 
devem manter um diálogo ativo, através do qual o instrutor traduz a informação 
a ser aprendida em um formato adequado à compreensão do aluno. O currículo 
deve ser organizado em espiral, para que o aluno construa continuamente 
sobre o que já aprendeu. O aluno vai descobrir aquilo que já existe em sua 
estrutura cognitiva. O professor não é apenas um passador de informação. 
 
Teoria da Inclusão (D. Ausubel) 
David P. Ausubel nasceu em 1918 e faleceu em 2008. Foi médico, Filho de 
judeus, cresceu insatisfeito com a educação que recebeu. Psicólogo, 
psiquiatria, educador, escritor e professor destas áreas. Dizia que a educação 
é violenta e a escola, uma prisão. Era contra a aprendizagem mecânica e 
dedicou-se a encontrar uma educação Foi professor de inúmeras 
universidades, inclusive da Universidade fundamentada na estrutura cognitiva. 
de Campinas em 1976, Universidades do Rio de Janeiro e Universidade de 
São Paulo em 1979. 
A teoria de Ausubel trata da aprendizagem cognitiva, embora reconheça a 
importância das outras. Baseia-se na premissa de que existe uma estrutura 
cognitiva em constante mutação. Para ele, aprendizagem é organização e 
integração de informações na estrutura cognitiva do aprendiz. 
Estrutura cognitiva A estrutura cognitiva é o conteúdo total e organizado de 
ideias de um dado indivíduo; ou, no contexto da aprendizagem de certos 
assuntos, refere-se ao conteúdo e organização de suas ideias naquela área 
particular de conhecimento 
Ausubel preocupa-se com a aprendizagem que ocorre na sala de aula da 
escola. O fator mais importante de aprendizagem é o que o aluno já sabe. Para 
que ocorra a aprendizagem, conceitos relevantes e inclusivos devem estar 
claros e disponíveis na estrutura cognitiva do indivíduo, funcionando como 
ponto de ancoragem. Ausubel está interessado em saber como os indivíduos 
aprendem grandes quantidades de material significativo por meio de 
apresentações verbais/textuais em um quadro escolar. Um processo primário 
em aprendizado é a inclusão, na qual o conhecimento novo é relacionado com 
11 
 
as idéias relevantes da estrutura cognitiva existente em uma base substantiva. 
As estruturas cognitivas representam o resíduo de todas as experiências de 
aprendizado. A aprendizagem ocorre quando uma nova informação ancora-se 
em conceitos ou proposições relevantes preexistentes na estrutura cognitiva do 
indivíduo. O armazenamento de informações no cérebro é altamente 
organizado formando uma hierarquia na qual elementos mais específicos de 
conhecimentos são ligados ( = assimilados) a conceitos mais gerais, mais 
inclusivos. 
Ausubel recomenda o uso de organizadores prévios que sirvam de âncora para 
a nova aprendizagem e levem ao desenvolvimento de conceitos classificadores 
que facilitem a aprendizagem subseqüente . 
Organizadores prévios são materiais introdutórios apresentados antes do 
material a ser aprendido em si. Sua principal função é de servir de ponte entre 
o que o aprendiz já sabe e o que ele deve saber a fim de que o material possa 
ser aprendido de forma significativa. Facilitam a aprendizagem na medida em 
que funcionam como "pontes cognitivas". 
"A essência do processo de aprendizagem significativa é que ideias 
simbolicamente expressas sejam relacionadas de maneira substantiva (não 
literal) e não arbitrária ao que o aprendiz já sabe, ou seja, a algum aspecto de 
sua estrutura cognitiva especificamente relevante para a aprendizagem dessas 
idéias. Este aspecto especificamente relevante pode ser, por exemplo, uma 
imagem , um símbolo, um conceito, uma proposição, já significativo". 
Ausubel (1978,p.41): "As idéias mais gerais de um assunto devem ser 
apresentadas primeiro e, depois, progressivamente diferenciadas em termos de 
detalhe e especificidade. Os materiais de instrução devem tentar integrar o 
material novo com a informação anteriormente apresentada por meio de 
comparações e referências cruzadas de idéias novas e antigas." 
 
Lev Vygotsky 
Nasceu em Orsha, país da antiga União Soviética, em 1896. Trabalhou como 
professor e pesquisador nas áreas de psicologia, pedagogia, filosofia, literatura, 
deficiência física e mental. Para ele, a aprendizagem é influenciada pelo meio 
social e o conhecimento cognitivo é adquirido por meio dos relacionamentos 
com os fatores sociais. O professor é um mediador e a avaliação deve ser 
contínua. 
 
Vygotsky quis entender a pessoa, não apenas um item do seu comportamento 
exterior e observável. Ele buscava a interconexão dos conceitos, as relações 
12 
 
entre pensamento e linguagem, entre aprendizagem e desenvolvimento, entre 
desenvolvimento e meio sociocultural. Ai está o sucesso dos postulados de 
Vygotsky quando transposto para a área educacional quando busca entender o 
ser humano da forma mais ampla, ou seja, na perspectiva biológica, social e 
histórica. 
Da teoria de Vygotsky podemos extrair alguns elementos que são utilizados na 
educação em seus diferentes níveis e modalidades. Vygotsky defende que o 
ser humano é um ser em constante evolução, que aprende e se desenvolve. 
Que o conteúdo escolar transmitido ao educando foi construído ao longo da 
história humana há milênios e está sempre em movimento, em construção. Não 
se estuda algo acabado, pronto, fixo, imutável, mas aquilo que até este 
momento foi possível elaborar, sabendo-se que não é tudo, nem é suficiente, 
que muito há por fazer e que deve ir sendo completado com o trabalho de 
todos. 
No espaço escolar os educandos internalizam os elementos socioculturais. A 
internalização não significa mera absorção ou transferência de um plano 
externo para o interno, mas assimilação. Há uma conexão do externo com o 
interno, onde os elementos internalizados adquirem significado próprio por que 
subjetivados. Nesse processo a pessoa recria a cultura, individualizando-a, 
torna-se sujeito, e passa a utilizá-la como instrumento de pensamento e ação 
no mundo. O uso de “instrumentos” (objetos que se interpõem entre o homem e 
o ambiente) amplia enormemente a capacidade de atuação sobre o meio e, por 
meio dele, vai modificando suas formas de ação. A fala e a escrita são 
instrumentos por excelência. Para Vygotsky a formação do professor é muito 
importante para que ele possa exercer seu papel de mediador no processo de 
ensino aprendizagem. 
Na concepção de Vygotsky a aprendizagem tem um papel fundamental para o 
desenvolvimento do saber, do conhecimento. Todo e qualquer processo de 
aprendizagem é ensino-aprendizagem, incluindo aquele que aprende, aquele 
que ensina e a relação entre eles. Ele explica esta conexão entre 
desenvolvimento e aprendizagem através da zona de desenvolvimento 
proximal – ZPD – “espaço dinâmico” entre os problemas que uma criança pode 
resolver sozinha (nível de desenvolvimento real) e os que deverá resolver com 
a ajuda de outro sujeito mais capaz no momento, para em seguida, chegar a 
dominá-los por si mesma (nível de desenvolvimento potencial). 
 
BIBLIOGRAFIA 
Carneiro, A. M. (Dezembro de 2007). O que é cognitivismo? Acesso em 29 de 
Agosto de 2020, disponível em Scielo: 
13 
 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
82712007000200023 
Carneiro, A. (Junho de 2007). O que é o cognitivismo? . Acesso em 02 de 
Setembro de 2020, disponível em Psico-USF. 
Castanõn, G. (2010). O cognitivismoe o problema da cientificidade da 
psicologia. Psicologia: Teoria e Prática . Acesso em 03 de Setembro de 2020 
Oliveira, M. (1990). Cognitivismo e ciência cognitiva. Acesso em 03 de 
Setembro de 2020, disponível em Trans/Form/Ação. 
Roazzi, A. G. (1989). A atuação do psicólogo na área cognitiva: reflexões e 
questionamentos. Acesso em 03 de Setembro de 2020, disponível em Scielo: 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98931989000300008 
Sternberg, R. (2008). Psicologia cognitiva. Porto Alegre: Artmed,. 
Vaz, R. A. (2002). NCE UFRJ. Acesso em 03 de Setembro de 2020, disponível 
em GINAPE: 
http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/t_2002/t_2002_renato_apos
o_e_francine_vaz/index.htm 
Veiga, E. (26 de Março de 1987). O que é o Cognitivismo: Fundamentos 
filosófico. Acesso em 02 de Setembro de 2020, disponível em Psicol. Argum.

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