Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APG 21 Explicar a gametogênese feminina Gametogênese é a produção de gametas. O gameta masculino é o espermatozoide, e o gameta feminino é o óvulo. A gametogênese feminina é a oogênese e se dá nos ovários. Gametogênese feminina No ovário embrionário, as células germinativas são chamadas de ovogônias. A ovogônia completa a mitose e o estágio de duplicação do DNA da meiose no quinto mês de desenvolvimento fetal, dando origem aos ovócitos primários (4n). Ao nascimento, cada ovário contém cerca de meio milhão de ovócitos primários. As melhores evidências indicam que, neste momento, a mitose das células germinativas cessa e nenhum ovócito adicional pode ser formado. No ovário, a meiose não é retomada até a puberdade. Se um ovócito primário se desenvolve, ele divide-se em duas células, um grande ovo (ovócito secundário) e um pequeno primeiro corpúsculo polar. Apesar da diferença de tamanho, tanto o ovócito secundário como o corpúsculo polar contêm 23 cromossomos duplicados (2n). O primeiro corpúsculo polar degenera. Se o ovócito secundário é selecionado para a ovulação, a segunda divisão meiótica ocorre imediatamente antes de o ovócito ser liberado do ovário. As cromátides-irmãs separam- -se, mas a meiose é interrompida mais uma vez. A etapa final da meiose, na qual cada cromátide-irmã vai para células separadas, não ocorre se o ovócito não for fertilizado. O ovário libera o ovócito maduro durante um processo chamado de ovulação. Se o ovócito não for fertilizado, a meiose nunca será completada, e o ovócito degenera. Se houver a fertilização por um espermatozoide, o passo final da meiose ocorre. Metade das cromátides-irmãs permanece no ovo fetilizado (zigoto), ao passo que a outra metade é liberada no segundo corpúsculo polar (1n). O segundo corpúsculo polar, assim como o primeiro, degenera. Como resultado da meiose, cada ovócito primário dá origem a somente um ovo. A gametogênese em homens e em mulheres está sob o controle de hormônios provenientes do encéfalo e das células endócrinas das gônadas. Alguns desses hormônios são idênticos em homens e em mulheres, mas outros são diferentes. Na puberdade, permanecem apenas 300 mil oócitos nos ovários, e só uma pequena porcentagem deles atinge a maturidade. Os milhares de oócitos que não amaduram degeneram. Durante todos os anos reprodutivos da vida adulta, por volta dos 13 aos 46 anos de idade, apenas 400 a 500 folículos primordiais se desenvolvem o bastante para expelir seus óvulos — um por mês; o restante degenera (tornam-se atrésicos). Ao fim da capacidade reprodutora (na menopausa), somente uns poucos folículos primordiais permanecem nos ovários, e mesmo esses folículos se degeneram em pouco tempo. Compreender a anatomia do sistema reprodutor feminino Os órgãos do sistema genital feminino incluem os ovários (gônadas femininas) ; as tubas uterinas; o útero; a vagina; e órgãos externos, que são coletivamente chamados de pudendo feminino (também conhecido como vulva). As glândulas mamárias são consideradas parte do tegumento e do sistema genital feminino. Ovários Os ovários, que são as gônadas femininas, são um par de glândulas semelhantes a amêndoas sem casca em tamanho e forma; são homólogas aos testículos. (Neste caso, homóloga significa que dois órgãos têm a mesma origem embrionária.) Os ovários produzem (1) gametas, os oócitos secundários que se desenvolvem em óvulos maduros após a fertilização, e (2) hormônios, incluindo a progesterona e os estrogênios (hormônios sexuais femininos), a inibina e a relaxina. Os ovários, um em cada lado do útero, descem até a margem da parte superior da cavidade pélvica durante o terceiro mês de desenvolvimento. Vários ligamentos os prendem em sua posição. O ligamento largo do útero, que é uma prega do peritônio parietal, se insere aos ovários por uma dobra de duas camadas de peritônio chamada de mesovário. O ligamento úteroovárico ancora os ovários no útero, e o ligamento suspensor do ovário os insere na parede pélvica. Cada ovário contém um hilo, o ponto de entrada e saída para os vasos sanguíneos e nervos com os quais o mesovário está ligado. Histologia do ovário Cada ovário consiste nas seguintes partes: O epitélio germinativo é uma camada de epitélio simples (prismático baixo ou escamoso) que recobre a superfície do ovário. Sabe-se agora que o termo epitélio germinativo em seres humanos não é correto, porque esta camada não dá origem aos óvulos; o nome surgiu porque, antigamente, acreditava-se que originasse os óvulos. Descobriu- se recentemente que as células que produzem os óvulos surgem a partir do saco vitelino e migram para os ovários durante o desenvolvimento embrionário. A túnica albugínea é uma cápsula esbranquiçada de tecido conjuntivo denso irregular localizada imediatamente profunda ao epitélio germinativo. O córtex do ovário é a região imediatamente profunda à túnica albugínea. Ele consiste em folículos ovarianos (descritos adiante) circundados por tecido conjuntivo denso irregular que contém fibras colágenas e células semelhantes a fibroblastos chamadas células estromais A medula do ovário é profunda ao córtex do ovário. A margem entre o córtex e a medula não pode ser distinguida, mas a medula é constituída por tecido conjuntivo mais frouxamente disposto e contém vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Os folículos ovarianos estão no córtex e consistem em oócitos em várias fases de desenvolvimento, além das células que os circundam. Quando as células circundantes formam uma única camada, são chamadas células foliculares; mais tarde no desenvolvimento, quando se formam diversas camadas, elas são chamadas células granulosas. As células circundantes nutrem o oócito em desenvolvimento e começam a secretar estrogênios conforme o folículo cresce. O folículo maduro é um folículo grande, cheio de líquido, que está pronto para romper e expulsar seu oócito secundário, em um processo conhecido como ovulação. O corpo lúteo contém os restos de um folículo maduro após a ovulação. O corpo lúteo produz progesterona, estrogênios, relaxina e inibina, até que se degenera em um tecido cicatricial fibroso chamado corpo albicante. Tubas uterinas As mulheres têm duas tubas uterinas, que se estendem lateralmente a partir do útero. As tubas, que medem aproximadamente 10 cm de comprimento, encontramse no interior das pregas do ligamento largo do útero. Elas fornecem uma via para os espermatozoides chegarem até o óvulo e transportam os oócitos secundários e óvulos fecundados dos ovários até o útero. A parte em forma de funil de cada tuba, chamada de infundíbulo da tuba uterina, está próxima do ovário, mas se abre para a cavidade pélvica. Ela termina em franjas de projeções digitiformes chamadas fímbrias da tuba uterina, que estão ligadas à extremidade lateral do ovário. Do infundíbulo, a tuba uterina se estende medialmente e, eventualmente, inferiormente, e se insere no ângulo lateral superior do útero. A ampola da tuba uterina é a sua parte mais larga e mais longa, constituindo os dois terços laterais do seu comprimento. O istmo da tuba uterina é a parte curta, estreita, mais medial e de paredes espessas, que se une ao útero. Histologicamente, as tubas uterinas são compostas por três camadas: túnica mucosa, túnica muscular e túnica serosa. A túnica mucosa é composta por epitélio e lâmina própria (tecido conjuntivo areolar). O epitélio contém células colunares ciliadas simples, que atuam como uma “esteira transportadora ciliar” que ajuda a mover um óvulo fertilizado (ou oócito secundário)do interior da tuba uterina em direção ao útero, e células não ciliadas chamadas células intercalares, que contêm microvilosidades e secretam um líquido que fornece nutrição para o óvulo. A camada do meio, a túnica muscular, é composta por um anel circular interno espesso de músculo liso e uma região externa fina de músculo liso longitudinal. As contrações peristálticas da túnica muscular e a ação ciliar da túnica mucosa ajudam a mover o oócito ou óvulo fertilizado para o útero. A camada exterior das tubas uterinas é uma membrana serosa, a túnica serosa. Após a ovulação, os movimentos das fímbrias da tuba uterina produzem correntes locais, que circundam a superfície do folículo maduro imediatamente antes de ocorrer a ovulação. Estas correntes movem o oócito secundário ovulado da cavidade peritoneal para a tuba uterina. Um espermatozoide geralmente encontra e fertiliza um oócito secundário na ampola da tuba uterina, embora a fertilização na cavidade peritoneal não seja incomum. A fertilização pode ocorrer até aproximadamente 24 h após a ovulação. Algumas horas após a fertilização, os materiais nucleares do óvulo haploide e o espermatozoide se unem. O óvulo fertilizado diploide é agora chamado de zigoto e começa a sofrer divisões celulares enquanto se move em direção ao útero. Ele chega ao útero 6 a 7 dias após a ovulação. Os oócitos secundários não fertilizados se desintegram. Útero O útero serve como parte da via para o espermatozoide depositado na vagina alcançar as tubas uterinas. É também o local da implantação de um óvulo fertilizado, desenvolvimento do feto durante a gestação e trabalho de parto. Durante os ciclos reprodutivos, quando a implantação não ocorre, o útero é a fonte do fluxo menstrual. Anatomia do útero Situado entre a bexiga urinária e o reto, o útero tem o tamanho e o formato de uma pera invertida. Nas mulheres que nunca engravidaram (nuligestas), tem aproximadamente 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2,5 cm de espessura. O útero é maior em mulheres que estiveram grávidas recentemente, e menor (atrofiado) quando os níveis de hormônios sexuais são baixos, como ocorre após a menopausa. As subdivisões anatômicas do útero incluem (1) uma parte em forma de cúpula superior às tubas uterinas chamada de fundo do útero, (2) uma parte central afilada chamada de corpo do útero e (3) uma parte inferior estreita chamada de colo do útero, que se abre para o interior da vagina. Entre o corpo do útero e o colo do útero está o istmo do útero, uma região de aproximadamente 1 cm de comprimento. O interior do corpo do útero é chamado de cavidade uterina, e o interior do colo do útero é chamado de canal do colo do útero. O canal do colo do útero se abre para a cavidade uterina no óstio histológico interno do útero e na vagina no óstio externo do útero. Normalmente, o corpo do útero se projeta anterior e superiormente ao longo da bexiga urinária em uma posição chamada anteflexão. O colo do útero se projeta inferior e posteriormente e penetra na parede anterior da vagina em um ângulo aproximadamente reto. Vários ligamentos que são extensões do peritônio parietal ou cordões fibromusculares mantêm a posição do útero. O par de ligamentos largos do útero são pregas duplas de peritônio que fixam o útero em ambos os lados da cavidade pélvica. O par de ligamentos uterossacros, também extensões peritoneais, encontram-se em cada lado do reto e ligam o útero ao sacro. Os ligamentos transversos do colo estão localizados inferiormente às bases dos ligamentos largos e se estendem da parede pélvica ao colo do útero e vagina. Os ligamentos redondos são bandas de tecido conjuntivo fibroso entre as camadas do ligamento largo; estendem-se de um ponto no útero imediatamente inferior às tubas uterinas até uma parte dos lábios maiores do pudendo da genitália externa. Embora os ligamentos normalmente mantenham a posição de anteflexão do útero, também possibilitam movimentação suficiente de seu corpo útero, de modo que o útero pode tornarse mal posicionado. A inclinação posterior do útero, chamada retroflexão, é uma variação inofensiva da posição normal do útero. Muitas vezes não há causa para esta condição, mas ela pode ocorrer após o parto. Vagina A vagina é um canal tubular fibromuscular de 10 cm de comprimento, alinhado com a túnica mucosa que se estende do exterior do corpo até o colo do útero. Ela é o receptáculo para o pênis durante a relação sexual, a saída para o fluxo menstrual e a via de passagem para o parto. Situada entre a bexiga urinária e o reto, a vagina é dirigida superior e posteriormente, onde se insere no útero. Um recesso chamado fórnice da vagina circunda a inserção vaginal ao colo do útero. Quando corretamente inserido, um diafragma contraceptivo se apoia no fórnice, onde é mantido cobrindo o colo do útero. A túnica mucosa da vagina é contínua com a do útero. Histologicamente, consiste em epitélio escamoso estratificado não queratinizado e tecido conjuntivo areolar que se encontra em uma série de pregas transversais chamados rugas vaginais. As células dendríticas na túnica mucosa são células apresentadoras de antígeno. Infelizmente, também participam na transmissão de vírus – como por exemplo o HIV (o vírus que causa a AIDS) – para uma mulher durante a relação sexual com um homem infectado. A túnica mucosa da vagina contém grandes estoques de glicogênio, cuja decomposição produz ácidos orgânicos. O meio ácido resultante retarda o crescimento microbiano, mas também é prejudicial ao espermatozoide. Componentes alcalinos do sêmen, principalmente das glândulas seminais, elevam o pH do líquido na vagina e aumentam a viabilidade do espermatozoide. A túnica muscular é composta por uma camada circular externa e uma camada longitudinal interna de músculo liso, que pode se distender consideravelmente para acomodar o pênis durante a relação sexual e a criança durante o parto. A túnica adventícia, a camada superficial da vagina, é constituída por tecido conjuntivo areolar. Ela ancora a vagina aos órgãos adjacentes, como a uretra e a bexiga urinária anteriormente e o reto e o canal anal posteriormente. Uma fina prega de túnica mucosa vascularizada, chamada hímen, forma uma margem em torno da extremidade inferior da abertura vaginal para o exterior (o óstio da vagina), fechando-a parcialmente. Depois de sua ruptura, geralmente após a primeira relação sexual, permanecem apenas remanescentes do hímen. Às vezes, o hímen recobre completamente o óstio da vagina, em uma condição chamada hímen imperfurado. Pode ser necessária uma cirurgia para abrir o óstio da vagina e possibilitar a saída do fluxo menstrual. Pudendo feminino O termo pudendo feminino refere-se aos órgãos genitais externos da mulher . Os seguintes componentes fazem parte do pudendo feminino: Anteriormente às aberturas vaginal e uretral está o monte do púbis, uma elevação de tecido adiposo recoberta por pele e pelos pubianos grossos que acolchoam a sínfise púbica Do monte do púbis, duas pregas de pele longitudinais, os lábios maiores do pudendo, se estendem inferiormente e posteriormente. Os lábios maiores do pudendo são recobertos por pelos pubianos e contêm tecido adiposo, glândulas sebáceas e glândulas sudoríferas apócrinas. Eles são homólogos ao escroto Medialmente aos lábios maiores do pudendo estão duas pregas de pele menores chamadas lábios menores do pudendo. Ao contrário dos lábios maiores do pudendo, os lábios menores do pudendo são desprovidos de pelos pubianos e gordura e têm poucas glândulas sudoríferas, mas contêm muitas glândulas sebáceas. Os lábios menores do pudendo são homólogos à parte esponjosa (peniana) da uretra O clitóris é uma pequena massa cilíndrica composta por dois pequenos corpos eréteis,os corpos cavernosos, e diversos nervos e vasos sanguíneos. O clitóris está localizado na junção anterior dos lábios menores do pudendo. Uma camada de pele chamada prepúcio do clitóris é formada no ponto em que os lábios menores do pudendo se unem e recobrem o corpo do clitóris. A parte exposta do clitóris é a glande do clitóris. O clitóris é homólogo à glande nos homens. Como a estrutura do sexo masculino, o clitóris é capaz de aumentar de tamanho à estimulação tátil e tem um papel na excitação sexual da mulher A região entre os lábios menores do pudendo é o vestíbulo da vagina. No interior do vestíbulo estão o hímen (se ainda existir), o óstio da vagina, o óstio externo da uretra e as aberturas dos ductos de várias glândulas. O vestíbulo da vagina é homólogo à parte membranácea da uretra nos homens. O óstio da vagina, a abertura da vagina para o exterior, ocupa a maior parte do vestíbulo e é limitada pelo hímen. Anteriormente ao óstio da vagina e posteriormente ao clitóris está o óstio externo da uretra, a abertura da uretra para o exterior. Em ambos os lados do óstio externo da uretra estão aberturas dos ductos das glândulas parauretrais. Estas glândulas secretam muco e estão embutidas na parede da uretra. As glândulas parauretrais são homólogas à próstata. Em ambos os lados do óstio da vagina propriamente dito estão as glândulas vestibulares maiores, que se abrem por ductos em um sulco entre o hímen e os lábios menores do pudendo. Elas produzem algum muco durante a excitação sexual e as relações sexuais, que contribui para o muco cervical e fornece lubrificação. As glândulas vestibulares maiores são homólogas às glândulas bulbouretrais nos homens. Várias glândulas vestibulares menores também se abrem para o vestíbulo da vagina O bulbo do vestíbulo consiste em duas massas alongadas de tecido erétil imediatamente profundas aos lábios de cada lado do óstio da vagina. O bulbo do vestíbulo fica cheio de sangue durante a excitação sexual, estreitando o óstio da vagina e colocando pressão sobre o pênis durante a relação sexual. O bulbo do vestíbulo é homólogo ao corpo esponjoso e bulbo do pênis nos homens. Obs... Cistos Ovarianos Os cistos ovarianos são bolsas cheias de líquido dentro ou sobre um ovário. Esses cistos são relativamente comuns, geralmente não são cancerosos, e frequentemente desaparecem por conta própria. Os cistos cancerosos têm maior probabilidade de ocorrer em mulheres com mais de 40 anos. Os cistos ovarianos podem causar dor, pressão, uma dor difusa ou uma sensação de plenitude no abdome; dor durante a relação sexual; menstruações atrasadas, dolorosas ou irregulares; início abrupto de dor aguda na parte inferior do abdome; e/ou hemorragia vaginal. A maioria dos cistos ovarianos não requer tratamento, mas os maiores (mais de 5cm) podem ser removidos cirurgicamente. Entender a ação dos hormônios sexuais femininos durante e após a gravidez, enfatizando as transformações corporais e a questão emocional Dentro do útero gravídico, a unidade decíduo- fetoplacentária produz uma quantidade extraordinária de hormônios esteroides, proteicos e neuropeptídicos. Essas novas unidades conduzem ao fluxo unidirecional de nutrientes da mãe para o concepto, facultam ambiente favorável para o desenvolvimento in utero, o crescimento celular e o amadurecimento, além de sinalizarem o momento em que o produto está pronto para a vida extrauterina. Em outras palavras, os eventos neuroendócrinos que se desenrolam dentro e entre os compartimentos (materno, fetoplacentário e amniótico) são críticos para o apropriado amadurecimento fetal, o início do parto e a lactação. Didaticamente, costuma-se dividir a endocrinologia da gravidez em duas fases: •Ovariana: corresponde às primeiras 8 a 9 semanas da gravidez, quando o corpo amarelo gravídico, estimulado pela gonadotrofina coriônica humana (hCG), é o principal responsável pela secreção de esteroides. •Placentária: a partir de 8 a 9 semanas, quando a placenta se incumbe da produção de esteroides em quantidades crescentes. Secreção endócrina placentária A placenta humana produz grande quantidade de esteroides – progesterona e estrogênio. O lugar da esteroidogênese é Embora a placenta comece a sintetizar progesterona bem no início da gestação, antes de 8 a 9 semanas, a progesterona produzida pelo corpo amarelo gravídico é indispensável para o êxito da implantação e da placentação e, portanto, para a manutenção da gravidez. Após essa época, a progesterona placentária é suficiente para manter a gravidez, mesmo na ausência do ovário (transferência luteoplacentária). A progesterona produzida pelo trofoblasto é fundamental para a quiescência do miométrio ao reduzir o número de junções comunicantes existentes entre as células miometriais, indispensáveis para o sincronismo da contratilidade uterina, assim como para inibir a síntese de prostaglandinas.A produção de progesterona aumenta progressivamente com a evolução da gravidez, alcançado o seu máximo (300 mg/dia) poucas semanas antes do parto. A produção de estrogênios aumenta muito durante a gravidez (1.000 vezes), alcançando níveis de 80 mg/dia próximo ao termo. A maior quantidade de estrogênio produzida pela placenta é de estriol, um esteroide fraco encontrado na mulher não grávida como metabólito hepático do estradiol. Os estrogênios desempenham papel relevante na implantação da placenta ao induzirem uma vasodilatação do leito vascular uterino materno. Desse modo, atuam promovendo o crescimento uterino e o aumento do fluxo sanguíneo uteroplacentário. Os estrogênios da gravidez determinam a proliferação do sistema ductal mamário e, em conjunto com a progesterona, promovem o desenvolvimento do tecido glandular. Após o parto, a súbita cessação do estímulo estrogênio-progesterona possibilita o estabelecimento da lactação. Hormônios polipeptídicos A gonadotrofina coriônica humana, o hormônio lactogênio placentário (hPL), a ativina e a inibina, o hormônio de crescimento placentário humano (hPGH) são os hormônios polipeptídicos secretados pela placenta, mais especificamente pelo sinciciotrofoblasto. Gonadotrofina coriônica humana Os níveis circulantes do hCG aumentam rapidamente 4 semanas após a implantação, dobram seus valores após 2 a 3 dias, atingem um pico por volta de 10 semanas e, depois da queda, se nivelam até o termo. O hCG tem inúmeras funções mas a principal é promover a produção de progesterona pelo corpo lúteo gravídico, até 3 a 4 semanas após a implantação. Depois desse prazo as células do sinciciotrofoblasto na placenta passam a assumir a produção de progesterona, até então realizada pelo corpo lúteo gravídico (transferência lúteo-placentária). O hCG-H também promove a implantação normal pelo citotrofoblasto. Lactogênio placentário humano O hPL pode modular o metabolismo materno e o fetal ao agir no fígado de ambos os organismos, assim como em outros tecidos. O hPL funciona como antagonista da insulina, induzindo resistência periférica a esse hormônio, e aumenta a lipólise e a proteólise da mãe, promovendo fonte adicional de glicose e aminoácidos para serem transportados para o feto, também estimula o desenvolvimento da mama e lactação. Activina e inibina A ativina no sangue materno aumenta a sua concentração significativamente após 20 semanas, mas a grande elevação ocorre antes do início do parto, a termo ou de pré-termo. Seu papel no início da parturição humana por estimulação da produção de prostaglandinas pelas membranas fetais é aventado. A inibina e a ativina também exercem funções parácrinas na placenta. Enquanto a inibina susta a estimulação do hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH) nosinciciotrofoblasto para a produção de hCG, a ativina potencializa a secreção de hCG GnRH-estimulada. A ativina parece aumentar a liberação de hCG e de progesterona, enquanto a inibina exerce efeito contrário sobre esses hormônios. Esses eventos regulatórios parecem ser paralelos àqueles da hipófise, onde a ativina promove a liberação do FSH, enquanto a inibina apresenta efeito contrário. Hormônio do crescimento placentário humano e fator de crescimento insulina-like 1 Parece que o hPGH tem como função estimular a produção de fator de crescimento (IGF-1), que, por sua vez, suprime o GH hipofisário na segunda metade da gravidez. O IGF-1 tem importante papel modulador no crescimento fetal ao aumentar o transporte de aminoácidos e glicose. A secreção de GH placentário é inibida pela glicose. Em caso de queda da glicemia materna, os níveis de GH placentário aumentam, garantindo o aporte energético ao feto. Relaxina A relaxina é hormônio peptídico que pertence à família da insulina. É produzida pelo corpo lúteo, pela placenta e pela decídua. Durante a gravidez, toda a relaxina circulante na mãe parece ser originada do corpo lúteo. Entre as atividades biológicas da relaxina destacam-se: remodelação do colágeno, amolecimento da cérvice materna e do sistema reprodutivo inferior e inibição da contratilidade uterina. Todavia, a relaxina circulante não demonstra ser necessária para a manutenção da gestação ou do parto normal. Hormônios neuropeptídicos A placenta humana produz diversos neuropeptídios similares àqueles elaborados pelo hipotálamo. Por analogia com o sistema hipotálamo-hipofisário, sugere-se que a célula citotrofoblástica corresponda ao local da síntese dos neuropeptídios, enquanto o sinciciotrofoblasto produza o hormônio proteico. Hormônio liberador da gonadotrofina Secretado pelo citotrofoblasto, esse hormônio estimula o sincício a produzir hCG e esteroides que, por sua vez, inibem a sua produção por feedback negativo. Hormônio liberador da corticotrofina O hormônio liberador da corticotrofina (CRH), um neurormônio hipotalâmico que modula a função hipofisária e suprarrenal (eixo hipotálamo- hipófise-suprarrenal), é produzido pela placenta. O CRH pode ser detectado no plasma materno com 20 semanas da gestação, e seus níveis aumentam nas fases finais da gravidez, com acréscimo rápido nas semanas que precedem o parto. É também relatado que os níveis de CRH crescem precocemente na gravidez complicada pelo parto pré-termo. Todos esses dados sugerem que o CRH placentário possa estar envolvido no determinismo do parto e que o “relógio placentário” controle a duração da gravidez humana. Alterações durante a gestação Perto do final do terceiro mês de gestação, o útero ocupa a maior parte da cavidade pélvica. À medida que o feto continua crescendo, o útero se estende mais e mais para dentro da cavidade abdominal. Perto do final de uma gestação a termo, o útero preenche quase toda a cavidade abdominal, chegando até acima da margem costal, quase até o processo xifoide do esterno. Ele desloca o intestino, o fígado e o estômago maternos superiormente, eleva o diafragma e amplia a cavidade torácica. A compressão do estômago pode forçar o seu conteúdo para o esôfago superiormente, resultando em pirose. Na cavidade pélvica, ocorre compressão dos ureteres e da bexiga urinária. Também ocorrem alterações fisiológicas induzidas pela gestação, incluindo o ganho de peso decorrente do feto, líquido amniótico, placenta, útero aumentado e elevação na água corporal total; aumento no armazenamento de proteínas, triglicerídios e minerais; acentuado aumento das mamas, em preparação para a lactação, e lombalgia decorrente da hiperlordose lombar. Ocorrem várias alterações no sistema circulatório materno. O volume sistólico aumenta aproximadamente 30% e o débito cardíaco se eleva em 20 a 30%, em decorrência do aumento do fluxo sanguíneo para a placenta materna e aumento do metabolismo. A frequência cardíaca aumenta 10 a 15% e o volume de sangue sofre um acréscimo de 30 a 50%, principalmente durante a segunda metade da gestação. Estes aumentos são necessários para atender à demanda adicional do feto por nutrientes e oxigênio. Quando uma gestante está em decúbito dorsal, o útero aumentado pode comprimir a aorta, resultando em diminuição do fluxo sanguíneo para o útero. A compressão da veia cava inferior também diminui o retorno venoso, o que leva a edema nos membros inferiores e veias varicosas. A compressão da artéria renal pode levar a 27. 28. 29.6 • hipertensão renal. A função respiratória também é alterada durante a gestação para atender à demanda adicional do feto por oxigênio. O volume corrente pode aumentar em aproximadamente 30 a 40%, o volume de reserva expiratória pode ser reduzido em até 40%, a capacidade residual funcional pode diminuir em até 25%, a ventilação minuto (o volume total de ar inspirado e expirado a cada minuto) pode aumentar em até 40%, a resistência das vias respiratórias na árvore bronquial pode diminuir em 30 a 40% e o consumo total de oxigênio do corpo pode aumentar em aproximadamente 10 a 20%. Também ocorre dispneia (dificuldade para respirar). O sistema digestório também sofre alterações. As gestantes apresentam aumento do apetite em decorrência das demandas nutricionais adicionais do feto. A diminuição geral da motilidade do sistema digestório pode causar constipação intestinal, retardo do esvaziamento gástrico e provocar náuseas, vômitos e pirose. A compressão da bexiga pelo útero ampliado pode produzir sinais/sintomas urinários, como polaciuria, urgência para urinar e incontinência urinária de esforço. Um aumento no fluxo plasmático renal de até 35% e um aumento na taxa de filtração glomerular de até 40% elevam a capacidade de filtração renal, o que possibilita a eliminação mais rápida dos resíduos adicionais produzidos pelo feto. As alterações na pele durante a gestação são mais evidentes em algumas mulheres do que em outras. Algumas mulheres apresentam aumento na pigmentação ao redor dos olhos e na região malar em um padrão semelhante a máscara (cloasma), nas aréolas das mamas e na linha alba do abdome inferior (linha nigra). Podem ocorrer estrias no abdome conforme o útero aumenta de tamanho, e a queda de cabelo aumenta. As alterações no sistema genital incluem edema e aumento da vascularização do pudendo feminino e aumento na flexibilidade e vascularização da vagina. A massa do útero aumenta de 60 a 80 g em não gestantes para 900 a 1.200 g a termo, por causa da hiperplasia das fibras musculares do miométrio no início da gestação e da hipertrofia das fibras musculares durante o segundo e terceiro trimestres de gestação. Descrever a morfofisiologia das mamas Glândulas mamárias Cada mama é uma projeção hemisférica de tamanho variável anterior aos músculos peitoral maior e serrátil anterior, e ligada a eles por uma camada de fáscia composta por tecido conjuntivo denso irregular. Cada mama tem uma projeção pigmentada, a papila mamária, que tem uma série de aberturas pouco espaçadas de ductos chamados ductos lactíferos, dos quais emergem leite. A área circular de pele pigmentada ao redor do mamilo é chamada aréola da mama; tem aspecto áspero, porque contém glândulas sebáceas modificadas. Faixas de tecido conjuntivo chamadas ligamentos suspensores da mama correm entre a pele e a fáscia e apoiam a mama. Esses ligamentos tornamse mais soltos com a idade ou com a tensão excessiva que pode ocorrer na prática prolongada de corrida ou atividade aeróbica de alto impacto. Utilizar um sutiã com bom apoio pode retardar este processo e ajudar a manter a força dos ligamentos.No interior de cada mama está uma glândula mamária, uma glândula sudorífera modificada que produz leite. A glândula mamária consiste em 15 a 20 lobos, ou compartimentos, separados por uma quantidade variável de tecido adiposo. Em cada lobo existem vários compartimentos menores chamados lóbulo, compostos por agrupamentos de glândulas secretoras de leite em forma de uva chamados de alvéolos, embutidos no tecido conjuntivo. A contração das células mioepiteliais em torno dos alvéolos ajuda a impulsionar o leite em direção às papilas mamárias. Quando está sendo produzido leite, ele passa dos alvéolos por vários túbulos secundários e, em seguida, para os ductos mamários. Próximo do mamilo, os ductos mamários se expandem discretamente para formar seios chamados seios lactíferos, onde um pouco de leite pode ser armazenado antes de ser drenado para um ducto lactífero. Cada ducto lactífero normalmente transporta leite de um dos lobos para o exterior. Lactação A lactação consiste em produção e ejeção do leite pelas glândulas mamárias. O principal hormônio envolvido na promoção da produção de leite é a prolactina (PRL), que é secretada pela adeno- hipófise. Embora os níveis de prolactina aumentem à medida que a gestação avança, a produção de leite não ocorre porque a progesterona inibe os efeitos da prolactina. Após o parto, os níveis de estrogênios e progesterona no sangue da mãe diminuem, e a inibição é removida. O principal estímulo para manter a secreção de prolactina durante a lactação é a ação da sucção do recém- nascido. A sucção desencadeia impulsos nervosos nos receptores de estiramento das papilas mamárias ao hipotálamo; os impulsos diminuem a liberação hipotalâmica do hormônio inibidor da prolactina (PIH) e aumentam a liberação do hormônio liberador de prolactina (PRH), de modo que mais prolactina é liberada pela adenohipófise. A ocitocina causa a liberação de leite nos ductos mamários por meio do reflexo de ejeção de leite. O leite formado pelas células glandulares das mamas é armazenado até que o recémnascido comece a sugar ativamente. A estimulação dos receptores sensíveis ao toque na papila mamária desencadeia impulsos nervosos sensitivos que são retransmitidos para o hipotálamo. Em resposta, a secreção de ocitocina pela neurohipófise aumenta. Transportada pela corrente sanguínea até as glândulas mamárias, a ocitocina estimula a contração das células mioepiteliais que cercam as células e ductos glandulares. A compressão resultante move o leite dos alvéolos das glândulas mamárias até os ductos mamários, onde ele pode ser sugado. Este processo é chamado de ejeção do leite. Mesmo que a ejeção real de leite não ocorra até 30 a 60 s depois de a mamada começar (o período de latência), um pouco de leite que fica armazenado nos seios lactíferos próximos da papila mamária está disponível durante o período de latência. Outros estímulos além da sucção, como ouvir o choro do recém nascido ou tocar os órgãos genitais da mãe, também podem desencadear a liberação de ocitocina e a ejeção do leite. A estimulação da sucção que produz a liberação de ocitocina também inibe a liberação de PIH; isto resulta no aumento da secreção de prolactina, que mantém a lactação. Durante o final da gestação e nos primeiros dias após o nascimento, as glândulas mamárias secretam um líquido turvo chamado colostro. Embora não seja tão nutritivo quanto o leite materno – ele contém menos lactose e praticamente nenhuma gordura – o colostro serve adequadamente até o surgimento do leite verdadeiro por volta do quarto dia após o parto. O colostro e o leite materno contêm anticorpos importantes que protegem o recémnascido durante os primeiros meses de vida. Após o nascimento, o nível de prolactina começa a voltar aos valores em não gestantes. No entanto, o aleitamento faz com que os impulsos nervosos dos mamilos para o hipotálamo aumentem a liberação de PRH (e diminuem a liberação de PIH), resultando em um aumento de dez vezes na secreção de prolactina pela adenohipófise, que dura aproximadamente 1 h. A prolactina atua sobre as glândulas mamárias para fornecer leite para a próxima mamada. Se este aumento na prolactina for bloqueado por uma lesão ou doença, ou se amamentação for descontinuada, as glândulas mamárias perdem a capacidade de produzir leite em apenas alguns dias. Mesmo que a produção de leite normalmente diminua bastante 7 a 9 meses após o nascimento, ela pode continuar por vários anos se a amamentação continuar. A lactação muitas vezes bloqueia os ciclos ovarianos nos primeiros meses após o parto se a frequência de amamentação for de aproximadamente 8 a 10 vezes/dia. No entanto, este efeito é inconsistente, e a ovulação geralmente precede o primeiro ciclo menstrual depois do parto. Como resultado, a mãe nunca pode estar segura de que não esteja fértil. A amamentação é, portanto, uma medida de controle de natalidade não confiável. Acreditase que a supressão da ovulação durante a lactação ocorra do seguinte modo: durante a amamentação, a aferência neural da papila mamária chega ao hipotálamo e faz com que sejam produzidos neurotransmissores que suprimem a liberação do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH). Como resultado, a produção de LH e FSH diminui, e a ovulação é inibida. Um dos principais benefícios do aleitamento materno é o nutricional: o leite materno é uma solução estéril que contém quantidades de ácidos graxos, lactose, aminoácidos, minerais, vitaminas e água que são ideais para a digestão do recém nascido, desenvolvimento do encéfalo e crescimento. A amamentação também beneficia as crianças, fornecendo o seguinte: Células benéficas. Há vários tipos de leucócitos no leite materno. Neutrófilos e macrófagos servem como fagócitos, ingerindo micróbios no sistema digestório do recém nascido. Os macrófagos também produzem lisozima e outros componentes do sistema imune. As células plasmáticas, que se desenvolvem a partir dos linfócitos B, produzem anticorpos contra microrganismos específicos, e os linfócitos T destroem diretamente os micróbios ou ajudam a mobilizar outras defesas Moléculas benéficas. O leite materno também contém muitas moléculas benéficas. Os anticorpos IgA no leite materno se ligam aos micróbios no sistema digestório do recém nascido e evitam a sua migração para outros tecidos do corpo. Como a mãe produz anticorpos para quaisquer micróbios causadores de doenças existentes em seu ambiente, seu leite oferece proteção contra agentes infecciosos específicos aos quais o seu recém nascido também está exposto. Além disso, duas proteínas do leite se ligam aos nutrientes que muitas bactérias necessitam para crescer e sobreviver: as proteínas de ligação à vitamina B12 se ligam à mesma, e a lactoferrina se liga ao ferro. Alguns ácidos graxos podem matar determinados vírus ao perturbar suas membranas, e a lisozima mata bactérias rompendo suas paredes celulares. Por fim, as interferonas aumentam a atividade antimicrobiana das células imunes Diminuição da incidência de doenças na vida adulta. O aleitamento materno propicia pequena redução no risco de linfoma, doença cardíaca, alergias, infecções respiratórias e gastrintestinais, infecções de orelha, diarreia, diabetes melito e meningite Benefícios diversos. O aleitamento materno apoia o crescimento infantil ideal, melhora o desenvolvimento intelectual e neurológico, e promove o vínculo mãerecémnascido, estabelecendo contato precoce e prolongado entre eles. Em comparação ao leite de vaca, as gorduras e o ferro do leite materno são mais facilmente absorvidos, as proteínas do leite materno são mais facilmente metabolizadas e o menor teor de sódio do leite materno é mais adequado às necessidades do recémnascido. Os prematuros se beneficiamainda mais da amamentação porque o leite produzido por suas mães parece ser especialmente adaptado às necessidades deles; ele tem maior teor de proteína do que o leite da puérpera com recém- nascido nascido a termo. Por fim, um recémnascido tem menor probabilidade de ter uma reação alérgica ao leite de sua mãe do que ao leite de outra fonte. Anos antes de a ocitocina ser descoberta, era prática comum na obstetrícia permitir que, em caso de nascimento de gêmeos, o primeiro recémnascido sugasse a mama da puérpera para acelerar o nascimento do segundo filho. Agora se sabe que esta prática é útil – ela estimula a liberação de ocitocina. Mesmo depois de um nascimento de feto único, a amamentação promove a expulsão da placenta e ajuda o útero a voltar ao tamanho normal. Muitas vezes é administrada ocitocina sintética para induzir ao parto ou para aumentar o tônus uterino e controlar a hemorragia imediatamente após o parto.
Compartilhar