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APG 21 - SOI II

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APG 21 
 
Explicar a gametogênese feminina 
Gametogênese é a produção de gametas. O gameta 
masculino é o espermatozoide, e o gameta 
feminino é o óvulo. A gametogênese feminina é a 
oogênese e se dá nos ovários. 
Gametogênese feminina 
No ovário embrionário, as células germinativas são 
chamadas de ovogônias. A ovogônia completa a 
mitose e o estágio de duplicação do DNA da 
meiose no quinto mês de desenvolvimento fetal, 
dando origem aos ovócitos primários (4n). Ao 
nascimento, cada ovário contém cerca de meio 
milhão de ovócitos primários. As melhores 
evidências indicam que, neste momento, a mitose 
das células germinativas cessa e nenhum ovócito 
adicional pode ser formado. No ovário, a meiose 
não é retomada até a puberdade. Se um ovócito 
primário se desenvolve, ele divide-se em duas 
células, um grande ovo (ovócito secundário) e um 
pequeno primeiro corpúsculo polar. Apesar da 
diferença de tamanho, tanto o ovócito secundário 
como o corpúsculo polar contêm 23 cromossomos 
duplicados (2n). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O primeiro corpúsculo polar degenera. Se o 
ovócito secundário é selecionado para a ovulação, 
a segunda divisão meiótica ocorre imediatamente 
antes de o ovócito ser liberado do ovário. As 
cromátides-irmãs separam- -se, mas a meiose é 
interrompida mais uma vez. A etapa final da 
meiose, na qual cada cromátide-irmã vai para 
células separadas, não ocorre se o ovócito não for 
fertilizado. O ovário libera o ovócito maduro 
durante um processo chamado de ovulação. Se o 
ovócito não for fertilizado, a meiose nunca será 
completada, e o ovócito degenera. Se houver a 
fertilização por um espermatozoide, o passo final 
da meiose ocorre. Metade das cromátides-irmãs 
permanece no ovo fetilizado (zigoto), ao passo 
que a outra metade é liberada no segundo 
corpúsculo polar (1n). O segundo corpúsculo 
polar, assim como o primeiro, degenera. Como 
resultado da meiose, cada ovócito primário dá 
origem a somente um ovo. A gametogênese em 
homens e em mulheres está sob o controle de 
hormônios provenientes do encéfalo e das células 
endócrinas das gônadas. Alguns desses hormônios 
são idênticos em homens e em mulheres, mas 
outros são diferentes. 
 
Na puberdade, permanecem apenas 300 mil oócitos 
nos ovários, e só uma pequena porcentagem deles 
atinge a maturidade. Os milhares de oócitos que 
não amaduram degeneram. Durante todos os anos 
reprodutivos da vida adulta, por volta dos 13 aos 46 
anos de idade, apenas 400 a 500 folículos 
primordiais se desenvolvem o bastante para expelir 
seus óvulos — um por mês; o restante degenera 
(tornam-se atrésicos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao fim da capacidade reprodutora (na menopausa), 
somente uns poucos folículos primordiais 
permanecem nos ovários, e mesmo esses folículos 
se degeneram em pouco tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compreender a anatomia do sistema 
reprodutor feminino 
Os órgãos do sistema genital feminino incluem os 
ovários (gônadas femininas) ; as tubas uterinas; o 
útero; a vagina; e órgãos externos, que são 
coletivamente chamados de pudendo feminino 
(também conhecido como vulva). As glândulas 
mamárias são consideradas parte do tegumento e 
do sistema genital feminino. 
Ovários 
Os ovários, que são as gônadas femininas, são um 
par de glândulas semelhantes a amêndoas sem 
casca em tamanho e forma; são homólogas aos 
testículos. (Neste caso, homóloga significa que 
dois órgãos têm a mesma origem embrionária.) Os 
ovários produzem (1) gametas, os oócitos 
secundários que se desenvolvem em óvulos 
maduros após a fertilização, e (2) hormônios, 
incluindo a progesterona e os estrogênios 
(hormônios sexuais femininos), a inibina e a 
relaxina. Os ovários, um em cada lado do útero, 
descem até a margem da parte superior da cavidade 
pélvica durante o terceiro mês de desenvolvimento. 
Vários ligamentos os prendem em sua posição. O 
ligamento largo do útero, que é uma prega do 
peritônio parietal, se insere aos ovários por uma 
dobra de duas camadas de peritônio chamada de 
mesovário. O ligamento úteroovárico ancora os 
ovários no útero, e o ligamento suspensor do ovário 
os insere na parede pélvica. Cada ovário contém 
um hilo, o ponto de entrada e saída para os vasos 
sanguíneos e nervos com os quais o mesovário está 
ligado. 
Histologia do ovário 
Cada ovário consiste nas seguintes partes: 
O epitélio germinativo é uma camada de epitélio 
simples (prismático baixo ou escamoso) que 
recobre a superfície do ovário. Sabe-se agora que o 
termo epitélio germinativo em seres humanos não 
é correto, porque esta camada não dá origem aos 
óvulos; o nome surgiu porque, antigamente, 
acreditava-se que originasse os óvulos. Descobriu-
se recentemente que as células que produzem os 
óvulos surgem a partir do saco vitelino e migram 
para os ovários durante o desenvolvimento 
embrionário. 
A túnica albugínea é uma cápsula esbranquiçada de 
tecido conjuntivo denso irregular localizada 
imediatamente profunda ao epitélio germinativo. 
 O córtex do ovário é a região imediatamente 
profunda à túnica albugínea. Ele consiste em 
folículos ovarianos (descritos adiante) circundados 
por tecido conjuntivo denso irregular que contém 
fibras colágenas e células semelhantes a 
fibroblastos chamadas células estromais 
A medula do ovário é profunda ao córtex do ovário. 
A margem entre o córtex e a medula não pode ser 
distinguida, mas a medula é constituída por tecido 
conjuntivo mais frouxamente disposto e contém 
vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. 
Os folículos ovarianos estão no córtex e consistem 
em oócitos em várias fases de desenvolvimento, 
além das células que os circundam. Quando as 
células circundantes formam uma única camada, 
são chamadas células foliculares; mais tarde no 
desenvolvimento, quando se formam diversas 
camadas, elas são chamadas células granulosas. As 
células circundantes nutrem o oócito em 
desenvolvimento e começam a secretar estrogênios 
conforme o folículo cresce. 
O folículo maduro é um folículo grande, cheio de 
líquido, que está pronto para romper e expulsar seu 
oócito secundário, em um processo conhecido 
como ovulação. 
 O corpo lúteo contém os restos de um folículo 
maduro após a ovulação. O corpo lúteo produz 
progesterona, estrogênios, relaxina e inibina, até 
que se degenera em um tecido cicatricial fibroso 
chamado corpo albicante. 
Tubas uterinas 
As mulheres têm duas tubas uterinas, que se 
estendem lateralmente a partir do útero. As tubas, 
que medem aproximadamente 10 cm de 
comprimento, encontramse no interior das pregas 
do ligamento largo do útero. Elas fornecem uma via 
para os espermatozoides chegarem até o óvulo e 
transportam os oócitos secundários e óvulos 
fecundados dos ovários até o útero. A parte em 
forma de funil de cada tuba, chamada de 
infundíbulo da tuba uterina, está próxima do 
ovário, mas se abre para a cavidade pélvica. Ela 
termina em franjas de projeções digitiformes 
chamadas fímbrias da tuba uterina, que estão 
ligadas à extremidade lateral do ovário. Do 
infundíbulo, a tuba uterina se estende medialmente 
e, eventualmente, inferiormente, e se insere no 
ângulo lateral superior do útero. A ampola da tuba 
uterina é a sua parte mais larga e mais longa, 
constituindo os dois terços laterais do seu 
comprimento. O istmo da tuba uterina é a parte 
curta, estreita, mais medial e de paredes espessas, 
que se une ao útero. Histologicamente, as tubas 
uterinas são compostas por três camadas: túnica 
mucosa, túnica muscular e túnica serosa. A túnica 
mucosa é composta por epitélio e lâmina própria 
(tecido conjuntivo areolar). O epitélio contém 
células colunares ciliadas simples, que atuam como 
uma “esteira transportadora ciliar” que ajuda a 
mover um óvulo fertilizado (ou oócito secundário)do interior da tuba uterina em direção ao útero, e 
células não ciliadas chamadas células intercalares, 
que contêm microvilosidades e secretam um 
líquido que fornece nutrição para o óvulo. A 
camada do meio, a túnica muscular, é composta por 
um anel circular interno espesso de músculo liso e 
uma região externa fina de músculo liso 
longitudinal. As contrações peristálticas da túnica 
muscular e a ação ciliar da túnica mucosa ajudam a 
mover o oócito ou óvulo fertilizado para o útero. A 
camada exterior das tubas uterinas é uma 
membrana serosa, a túnica serosa. Após a 
ovulação, os movimentos das fímbrias da tuba 
uterina produzem correntes locais, que circundam 
a superfície do folículo maduro imediatamente 
antes de ocorrer a ovulação. Estas correntes movem 
o oócito secundário ovulado da cavidade peritoneal 
para a tuba uterina. Um espermatozoide geralmente 
encontra e fertiliza um oócito secundário na ampola 
da tuba uterina, embora a fertilização na cavidade 
peritoneal não seja incomum. A fertilização pode 
ocorrer até aproximadamente 24 h após a ovulação. 
Algumas horas após a fertilização, os materiais 
nucleares do óvulo haploide e o espermatozoide se 
unem. O óvulo fertilizado diploide é agora 
chamado de zigoto e começa a sofrer divisões 
celulares enquanto se move em direção ao útero. 
Ele chega ao útero 6 a 7 dias após a ovulação. Os 
oócitos secundários não fertilizados se 
desintegram. 
Útero 
 O útero serve como parte da via para o 
espermatozoide depositado na vagina alcançar as 
tubas uterinas. É também o local da implantação de 
um óvulo fertilizado, desenvolvimento do feto 
durante a gestação e trabalho de parto. Durante os 
ciclos reprodutivos, quando a implantação não 
ocorre, o útero é a fonte do fluxo menstrual. 
Anatomia do útero 
Situado entre a bexiga urinária e o reto, o útero tem 
o tamanho e o formato de uma pera invertida. Nas 
mulheres que nunca engravidaram (nuligestas), 
tem aproximadamente 7,5 cm de comprimento, 5 
cm de largura e 2,5 cm de espessura. O útero é 
maior em mulheres que estiveram grávidas 
recentemente, e menor (atrofiado) quando os níveis 
de hormônios sexuais são baixos, como ocorre após 
a menopausa. As subdivisões anatômicas do útero 
incluem (1) uma parte em forma de cúpula superior 
às tubas uterinas chamada de fundo do útero, (2) 
uma parte central afilada chamada de corpo do 
útero e (3) uma parte inferior estreita chamada de 
colo do útero, que se abre para o interior da vagina. 
Entre o corpo do útero e o colo do útero está o istmo 
do útero, uma região de aproximadamente 1 cm de 
comprimento. O interior do corpo do útero é 
chamado de cavidade uterina, e o interior do colo 
do útero é chamado de canal do colo do útero. O 
canal do colo do útero se abre para a cavidade 
uterina no óstio histológico interno do útero e na 
vagina no óstio externo do útero. Normalmente, o 
corpo do útero se projeta anterior e superiormente 
ao longo da bexiga urinária em uma posição 
chamada anteflexão. O colo do útero se projeta 
inferior e posteriormente e penetra na parede 
anterior da vagina em um ângulo aproximadamente 
reto. Vários ligamentos que são extensões do 
peritônio parietal ou cordões fibromusculares 
mantêm a posição do útero. O par de ligamentos 
largos do útero são pregas duplas de peritônio que 
fixam o útero em ambos os lados da cavidade 
pélvica. O par de ligamentos uterossacros, também 
extensões peritoneais, encontram-se em cada lado 
do reto e ligam o útero ao sacro. Os ligamentos 
transversos do colo estão localizados inferiormente 
às bases dos ligamentos largos e se estendem da 
parede pélvica ao colo do útero e vagina. Os 
ligamentos redondos são bandas de tecido 
conjuntivo fibroso entre as camadas do ligamento 
largo; estendem-se de um ponto no útero 
imediatamente inferior às tubas uterinas até uma 
parte dos lábios maiores do pudendo da genitália 
externa. Embora os ligamentos normalmente 
mantenham a posição de anteflexão do útero, 
também possibilitam movimentação suficiente de 
seu corpo útero, de modo que o útero pode tornarse 
mal posicionado. A inclinação posterior do útero, 
chamada retroflexão, é uma variação inofensiva da 
posição normal do útero. Muitas vezes não há causa 
para esta condição, mas ela pode ocorrer após o 
parto. 
Vagina 
A vagina é um canal tubular fibromuscular de 10 
cm de comprimento, alinhado com a túnica mucosa 
que se estende do exterior do corpo até o colo do 
útero. Ela é o receptáculo para o pênis durante a 
relação sexual, a saída para o fluxo menstrual e a 
via de passagem para o parto. Situada entre a 
bexiga urinária e o reto, a vagina é dirigida superior 
e posteriormente, onde se insere no útero. Um 
recesso chamado fórnice da vagina circunda a 
inserção vaginal ao colo do útero. Quando 
corretamente inserido, um diafragma contraceptivo 
se apoia no fórnice, onde é mantido cobrindo o colo 
do útero. A túnica mucosa da vagina é contínua 
com a do útero. Histologicamente, consiste em 
epitélio escamoso estratificado não queratinizado e 
tecido conjuntivo areolar que se encontra em uma 
série de pregas transversais chamados rugas 
vaginais. As células dendríticas na túnica mucosa 
são células apresentadoras de antígeno. 
Infelizmente, também participam na transmissão 
de vírus – como por exemplo o HIV (o vírus que 
causa a AIDS) – para uma mulher durante a relação 
sexual com um homem infectado. A túnica mucosa 
da vagina contém grandes estoques de glicogênio, 
cuja decomposição produz ácidos orgânicos. O 
meio ácido resultante retarda o crescimento 
microbiano, mas também é prejudicial ao 
espermatozoide. Componentes alcalinos do sêmen, 
principalmente das glândulas seminais, elevam o 
pH do líquido na vagina e aumentam a viabilidade 
do espermatozoide. A túnica muscular é composta 
por uma camada circular externa e uma camada 
longitudinal interna de músculo liso, que pode se 
distender consideravelmente para acomodar o 
pênis durante a relação sexual e a criança durante o 
parto. A túnica adventícia, a camada superficial da 
vagina, é constituída por tecido conjuntivo areolar. 
Ela ancora a vagina aos órgãos adjacentes, como a 
uretra e a bexiga urinária anteriormente e o reto e o 
canal anal posteriormente. Uma fina prega de 
túnica mucosa vascularizada, chamada hímen, 
forma uma margem em torno da extremidade 
inferior da abertura vaginal para o exterior (o óstio 
da vagina), fechando-a parcialmente. Depois de sua 
ruptura, geralmente após a primeira relação sexual, 
permanecem apenas remanescentes do hímen. Às 
vezes, o hímen recobre completamente o óstio da 
vagina, em uma condição chamada hímen 
imperfurado. Pode ser necessária uma cirurgia para 
abrir o óstio da vagina e possibilitar a saída do fluxo 
menstrual. Pudendo feminino O termo pudendo 
feminino refere-se aos órgãos genitais externos da 
mulher . Os seguintes componentes fazem parte do 
pudendo feminino: Anteriormente às aberturas 
vaginal e uretral está o monte do púbis, uma 
elevação de tecido adiposo recoberta por pele e 
pelos pubianos grossos que acolchoam a sínfise 
púbica Do monte do púbis, duas pregas de pele 
longitudinais, os lábios maiores do pudendo, se 
estendem inferiormente e posteriormente. Os 
lábios maiores do pudendo são recobertos por pelos 
pubianos e contêm tecido adiposo, glândulas 
sebáceas e glândulas sudoríferas apócrinas. Eles 
são homólogos ao escroto Medialmente aos lábios 
maiores do pudendo estão duas pregas de pele 
menores chamadas lábios menores do pudendo. Ao 
contrário dos lábios maiores do pudendo, os lábios 
menores do pudendo são desprovidos de pelos 
pubianos e gordura e têm poucas glândulas 
sudoríferas, mas contêm muitas glândulas 
sebáceas. Os lábios menores do pudendo são 
homólogos à parte esponjosa (peniana) da uretra O 
clitóris é uma pequena massa cilíndrica composta 
por dois pequenos corpos eréteis,os corpos 
cavernosos, e diversos nervos e vasos sanguíneos. 
O clitóris está localizado na junção anterior dos 
lábios menores do pudendo. Uma camada de pele 
chamada prepúcio do clitóris é formada no ponto 
em que os lábios menores do pudendo se unem e 
recobrem o corpo do clitóris. A parte exposta do 
clitóris é a glande do clitóris. O clitóris é homólogo 
à glande nos homens. Como a estrutura do sexo 
masculino, o clitóris é capaz de aumentar de 
tamanho à estimulação tátil e tem um papel na 
excitação sexual da mulher A região entre os lábios 
menores do pudendo é o vestíbulo da vagina. No 
interior do vestíbulo estão o hímen (se ainda 
existir), o óstio da vagina, o óstio externo da uretra 
e as aberturas dos ductos de várias glândulas. O 
vestíbulo da vagina é homólogo à parte 
membranácea da uretra nos homens. O óstio da 
vagina, a abertura da vagina para o exterior, ocupa 
a maior parte do vestíbulo e é limitada pelo hímen. 
Anteriormente ao óstio da vagina e posteriormente 
ao clitóris está o óstio externo da uretra, a abertura 
da uretra para o exterior. Em ambos os lados do 
óstio externo da uretra estão aberturas dos ductos 
das glândulas parauretrais. Estas glândulas 
secretam muco e estão embutidas na parede da 
uretra. As glândulas parauretrais são homólogas à 
próstata. Em ambos os lados do óstio da vagina 
propriamente dito estão as glândulas vestibulares 
maiores, que se abrem por ductos em um sulco 
entre o hímen e os lábios menores do pudendo. Elas 
produzem algum muco durante a excitação sexual 
e as relações sexuais, que contribui para o muco 
cervical e fornece lubrificação. As glândulas 
vestibulares maiores são homólogas às glândulas 
bulbouretrais nos homens. Várias glândulas 
vestibulares menores também se abrem para o 
vestíbulo da vagina O bulbo do vestíbulo consiste 
em duas massas alongadas de tecido erétil 
imediatamente profundas aos lábios de cada lado 
do óstio da vagina. O bulbo do vestíbulo fica cheio 
de sangue durante a excitação sexual, estreitando o 
óstio da vagina e colocando pressão sobre o pênis 
durante a relação sexual. O bulbo do vestíbulo é 
homólogo ao corpo esponjoso e bulbo do pênis nos 
homens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs... Cistos Ovarianos 
Os cistos ovarianos são bolsas cheias de líquido 
dentro ou sobre um ovário. Esses cistos são 
relativamente comuns, geralmente não são 
cancerosos, e frequentemente desaparecem por 
conta própria. Os cistos cancerosos têm maior 
probabilidade de ocorrer em mulheres com mais de 
40 anos. Os cistos ovarianos podem causar dor, 
pressão, uma dor difusa ou uma sensação de 
plenitude no abdome; dor durante a relação sexual; 
menstruações atrasadas, dolorosas ou irregulares; 
início abrupto de dor aguda na parte inferior do 
abdome; e/ou hemorragia vaginal. A maioria dos 
cistos ovarianos não requer tratamento, mas os 
maiores (mais de 5cm) podem ser removidos 
cirurgicamente. 
 
 
 
 
 
 
 
Entender a ação dos hormônios sexuais 
femininos durante e após a gravidez, 
enfatizando as transformações corporais e a 
questão emocional 
Dentro do útero gravídico, a unidade decíduo-
fetoplacentária produz uma quantidade 
extraordinária de hormônios esteroides, proteicos e 
neuropeptídicos. Essas novas unidades conduzem 
ao fluxo unidirecional de nutrientes da mãe para o 
concepto, facultam ambiente favorável para o 
desenvolvimento in utero, o crescimento celular e 
o amadurecimento, além de sinalizarem o momento 
em que o produto está pronto para a vida 
extrauterina. Em outras palavras, os eventos 
neuroendócrinos que se desenrolam dentro e entre 
os compartimentos (materno, fetoplacentário e 
amniótico) são críticos para o apropriado 
amadurecimento fetal, o início do parto e a 
lactação. Didaticamente, costuma-se dividir a 
endocrinologia da gravidez em duas fases: 
•Ovariana: corresponde às primeiras 8 a 9 semanas 
da gravidez, quando o corpo amarelo gravídico, 
estimulado pela gonadotrofina coriônica humana 
(hCG), é o principal responsável pela secreção de 
esteroides. 
 •Placentária: a partir de 8 a 9 semanas, quando a 
placenta se incumbe da produção de esteroides em 
quantidades crescentes. 
Secreção endócrina placentária 
A placenta humana produz grande quantidade de 
esteroides – progesterona e estrogênio. O lugar da 
esteroidogênese é Embora a placenta comece a 
sintetizar progesterona bem no início da gestação, 
antes de 8 a 9 semanas, a progesterona produzida 
pelo corpo amarelo gravídico é indispensável para 
o êxito da implantação e da placentação e, portanto, 
para a manutenção da gravidez. Após essa época, a 
progesterona placentária é suficiente para manter a 
gravidez, mesmo na ausência do ovário 
(transferência luteoplacentária). A progesterona 
produzida pelo trofoblasto é fundamental para a 
quiescência do miométrio ao reduzir o número de 
junções comunicantes existentes entre as células 
miometriais, indispensáveis para o sincronismo da 
contratilidade uterina, assim como para inibir a 
síntese de prostaglandinas.A produção de 
progesterona aumenta progressivamente com a 
evolução da gravidez, alcançado o seu máximo 
(300 mg/dia) poucas semanas antes do parto. 
A produção de estrogênios aumenta muito durante 
a gravidez (1.000 vezes), alcançando níveis de 80 
mg/dia próximo ao termo. A maior quantidade de 
estrogênio produzida pela placenta é de estriol, um 
esteroide fraco encontrado na mulher não grávida 
como metabólito hepático do estradiol. Os 
estrogênios desempenham papel relevante na 
implantação da placenta ao induzirem uma 
vasodilatação do leito vascular uterino materno. 
Desse modo, atuam promovendo o crescimento 
uterino e o aumento do fluxo sanguíneo 
uteroplacentário. Os estrogênios da gravidez 
determinam a proliferação do sistema ductal 
mamário e, em conjunto com a progesterona, 
promovem o desenvolvimento do tecido glandular. 
Após o parto, a súbita cessação do estímulo 
estrogênio-progesterona possibilita o 
estabelecimento da lactação. 
Hormônios polipeptídicos 
A gonadotrofina coriônica humana, o hormônio 
lactogênio placentário (hPL), a ativina e a inibina, 
o hormônio de crescimento placentário humano 
(hPGH) são os hormônios polipeptídicos 
secretados pela placenta, mais especificamente 
pelo sinciciotrofoblasto. 
Gonadotrofina coriônica humana 
Os níveis circulantes do hCG aumentam 
rapidamente 4 semanas após a implantação, 
dobram seus valores após 2 a 3 dias, atingem um 
pico por volta de 10 semanas e, depois da queda, se 
nivelam até o termo. O hCG tem inúmeras funções 
mas a principal é promover a produção de 
progesterona pelo corpo lúteo gravídico, até 3 a 4 
semanas após a implantação. Depois desse prazo as 
células do sinciciotrofoblasto na placenta passam a 
assumir a produção de progesterona, até então 
realizada pelo corpo lúteo gravídico (transferência 
lúteo-placentária). O hCG-H também promove a 
implantação normal pelo citotrofoblasto. 
Lactogênio placentário humano 
O hPL pode modular o metabolismo materno e o 
fetal ao agir no fígado de ambos os organismos, 
assim como em outros tecidos. O hPL funciona 
como antagonista da insulina, induzindo resistência 
periférica a esse hormônio, e aumenta a lipólise e a 
proteólise da mãe, promovendo fonte adicional de 
glicose e aminoácidos para serem transportados 
para o feto, também 
 estimula o desenvolvimento da mama e lactação. 
Activina e inibina 
A ativina no sangue materno aumenta a sua 
concentração significativamente após 20 semanas, 
mas a grande elevação ocorre antes do início do 
parto, a termo ou de pré-termo. Seu papel no início 
da parturição humana por estimulação da produção 
de prostaglandinas pelas membranas fetais é 
aventado. A inibina e a ativina também exercem 
funções parácrinas na placenta. Enquanto a inibina 
susta a estimulação do hormônio liberador da 
gonadotrofina (GnRH) nosinciciotrofoblasto para 
a produção de hCG, a ativina potencializa a 
secreção de hCG GnRH-estimulada. A ativina 
parece aumentar a liberação de hCG e de 
progesterona, enquanto a inibina exerce efeito 
contrário sobre esses hormônios. Esses eventos 
regulatórios parecem ser paralelos àqueles da 
hipófise, onde a ativina promove a liberação do 
FSH, enquanto a inibina apresenta efeito contrário. 
Hormônio do crescimento placentário humano e 
fator de crescimento insulina-like 1 
Parece que o hPGH tem como função estimular a 
produção de fator de crescimento (IGF-1), que, por 
sua vez, suprime o GH hipofisário na segunda 
metade da gravidez. O IGF-1 tem importante papel 
modulador no crescimento fetal ao aumentar o 
transporte de aminoácidos e glicose. A secreção de 
GH placentário é inibida pela glicose. Em caso de 
queda da glicemia materna, os níveis de GH 
placentário aumentam, garantindo o aporte 
energético ao feto. 
Relaxina 
A relaxina é hormônio peptídico que pertence à 
família da insulina. É produzida pelo corpo lúteo, 
pela placenta e pela decídua. Durante a gravidez, 
toda a relaxina circulante na mãe parece ser 
originada do corpo lúteo. Entre as atividades 
biológicas da relaxina destacam-se: remodelação 
do colágeno, amolecimento da cérvice materna e 
do sistema reprodutivo inferior e inibição da 
contratilidade uterina. Todavia, a relaxina 
circulante não demonstra ser necessária para a 
manutenção da gestação ou do parto normal. 
Hormônios neuropeptídicos 
A placenta humana produz diversos neuropeptídios 
similares àqueles elaborados pelo hipotálamo. Por 
analogia com o sistema hipotálamo-hipofisário, 
sugere-se que a célula citotrofoblástica 
corresponda ao local da síntese dos neuropeptídios, 
enquanto o sinciciotrofoblasto produza o hormônio 
proteico. 
Hormônio liberador da gonadotrofina 
Secretado pelo citotrofoblasto, esse hormônio 
estimula o sincício a produzir hCG e esteroides 
que, por sua vez, inibem a sua produção por 
feedback negativo. 
 
Hormônio liberador da corticotrofina 
O hormônio liberador da corticotrofina (CRH), um 
neurormônio hipotalâmico que modula a função 
hipofisária e suprarrenal (eixo hipotálamo-
hipófise-suprarrenal), é produzido pela placenta. O 
CRH pode ser detectado no plasma materno com 
20 semanas da gestação, e seus níveis aumentam 
nas fases finais da gravidez, com acréscimo rápido 
nas semanas que precedem o parto. É também 
relatado que os níveis de CRH crescem 
precocemente na gravidez complicada pelo parto 
pré-termo. Todos esses dados sugerem que o CRH 
placentário possa estar envolvido no determinismo 
do parto e que o “relógio placentário” controle a 
duração da gravidez humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alterações durante a gestação 
 Perto do final do terceiro mês de gestação, o útero 
ocupa a maior parte da cavidade pélvica. À medida 
que o feto continua crescendo, o útero se estende 
mais e mais para dentro da cavidade abdominal. 
Perto do final de uma gestação a termo, o útero 
preenche quase toda a cavidade abdominal, 
chegando até acima da margem costal, quase até o 
processo xifoide do esterno. Ele desloca o intestino, 
o fígado e o estômago maternos superiormente, 
eleva o diafragma e amplia a cavidade torácica. A 
compressão do estômago pode forçar o seu 
conteúdo para o esôfago superiormente, resultando 
em pirose. Na cavidade pélvica, ocorre compressão 
dos ureteres e da bexiga urinária. Também ocorrem 
alterações fisiológicas induzidas pela gestação, 
incluindo o ganho de peso decorrente do feto, 
líquido amniótico, placenta, útero aumentado e 
elevação na água corporal total; aumento no 
armazenamento de proteínas, triglicerídios e 
minerais; acentuado aumento das mamas, em 
preparação para a lactação, e lombalgia decorrente 
da hiperlordose lombar. Ocorrem várias alterações 
no sistema circulatório materno. O volume sistólico 
aumenta aproximadamente 30% e o débito 
cardíaco se eleva em 20 a 30%, em decorrência do 
aumento do fluxo sanguíneo para a placenta 
materna e aumento do metabolismo. A frequência 
cardíaca aumenta 10 a 15% e o volume de sangue 
sofre um acréscimo de 30 a 50%, principalmente 
durante a segunda metade da gestação. Estes 
aumentos são necessários para atender à demanda 
adicional do 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
feto por nutrientes e oxigênio. Quando uma 
gestante está em decúbito dorsal, o útero 
aumentado pode comprimir a aorta, resultando em 
diminuição do fluxo sanguíneo para o útero. A 
compressão da veia cava inferior também diminui 
o retorno venoso, o que leva a edema nos membros 
inferiores e veias varicosas. A compressão da 
artéria renal pode levar a 27. 28. 29.6 • hipertensão 
renal. A função respiratória também é alterada 
durante a gestação para atender à demanda 
adicional do feto por oxigênio. O volume corrente 
pode aumentar em aproximadamente 30 a 40%, o 
volume de reserva expiratória pode ser reduzido em 
até 40%, a capacidade residual funcional pode 
diminuir em até 25%, a ventilação minuto (o 
volume total de ar inspirado e expirado a cada 
minuto) pode aumentar em até 40%, a resistência 
das vias respiratórias na árvore bronquial pode 
diminuir em 30 a 40% e o consumo total de 
oxigênio do corpo pode aumentar em 
aproximadamente 10 a 20%. Também ocorre 
dispneia (dificuldade para respirar). O sistema 
digestório também sofre alterações. As gestantes 
apresentam aumento do apetite em decorrência das 
demandas nutricionais adicionais do feto. A 
diminuição geral da motilidade do sistema 
digestório pode causar constipação intestinal, 
retardo do esvaziamento gástrico e provocar 
náuseas, vômitos e pirose. A compressão da bexiga 
pelo útero ampliado pode produzir sinais/sintomas 
urinários, como polaciuria, urgência para urinar e 
incontinência urinária de esforço. Um aumento no 
fluxo plasmático renal de até 35% e um aumento na 
taxa de filtração glomerular de até 40% elevam a 
capacidade de filtração renal, o que possibilita a 
eliminação mais rápida dos resíduos adicionais 
produzidos pelo feto. As alterações na pele durante 
a gestação são mais evidentes em algumas 
mulheres do que em outras. Algumas mulheres 
apresentam aumento na pigmentação ao redor dos 
olhos e na região malar em um padrão semelhante 
a máscara (cloasma), nas aréolas das mamas e na 
linha alba do abdome inferior (linha nigra). Podem 
ocorrer estrias no abdome conforme o útero 
aumenta de tamanho, e a queda de cabelo aumenta. 
As alterações no sistema genital incluem edema e 
aumento da vascularização do pudendo feminino e 
aumento na flexibilidade e vascularização da 
vagina. A massa do útero aumenta de 60 a 80 g em 
não gestantes para 900 a 1.200 g a termo, por causa 
da hiperplasia das fibras musculares do miométrio 
no início da gestação e da hipertrofia das fibras 
musculares durante o segundo e terceiro trimestres 
de gestação. 
 
 
Descrever a morfofisiologia das mamas 
Glândulas mamárias 
Cada mama é uma projeção hemisférica de 
tamanho variável anterior aos músculos peitoral 
maior e serrátil anterior, e ligada a eles por uma 
camada de fáscia composta por tecido conjuntivo 
denso irregular. 
Cada mama tem uma projeção pigmentada, a papila 
mamária, que tem uma série de aberturas pouco 
espaçadas de ductos chamados ductos lactíferos, 
dos quais emergem leite. A área circular de pele 
pigmentada ao redor do mamilo é chamada aréola 
da mama; tem aspecto áspero, porque contém 
glândulas sebáceas modificadas. Faixas de tecido 
conjuntivo chamadas ligamentos suspensores da 
mama correm entre a pele e a fáscia e apoiam a 
mama. Esses ligamentos tornamse mais soltos com 
a idade ou com a tensão excessiva que pode ocorrer 
na prática prolongada de corrida ou atividade 
aeróbica de alto impacto. Utilizar um sutiã com 
bom apoio pode retardar este processo e ajudar a 
manter a força dos ligamentos.No interior de cada 
mama está uma glândula mamária, uma glândula 
sudorífera modificada que produz leite. A glândula 
mamária consiste em 15 a 20 lobos, ou 
compartimentos, separados por uma quantidade 
variável de tecido adiposo. Em cada lobo existem 
vários compartimentos menores chamados lóbulo, 
compostos por agrupamentos de glândulas 
secretoras de leite em forma de uva chamados de 
alvéolos, embutidos no tecido conjuntivo. A 
contração das células mioepiteliais em torno dos 
alvéolos ajuda a impulsionar o leite em direção às 
papilas mamárias. Quando está sendo produzido 
leite, ele passa dos alvéolos por vários túbulos 
secundários e, em seguida, para os ductos 
mamários. Próximo do mamilo, os ductos 
mamários se expandem discretamente para formar 
seios chamados seios lactíferos, onde um pouco 
de leite pode ser armazenado antes de ser drenado 
para um ducto lactífero. Cada ducto lactífero 
normalmente transporta leite de um dos lobos para 
o exterior. 
 
 
 
 
Lactação 
A lactação consiste em produção e ejeção do leite 
pelas glândulas mamárias. O principal hormônio 
envolvido na promoção da produção de leite é a 
prolactina (PRL), que é secretada pela adeno-
hipófise. Embora os níveis de prolactina aumentem 
à medida que a gestação avança, a produção de leite 
não ocorre porque a progesterona inibe os efeitos 
da prolactina. Após o parto, os níveis de 
estrogênios e progesterona no sangue da mãe 
diminuem, e a inibição é removida. O principal 
estímulo para manter a secreção de prolactina 
durante a lactação é a ação da sucção do recém-
nascido. A sucção desencadeia impulsos nervosos 
nos receptores de estiramento das papilas mamárias 
ao hipotálamo; os impulsos diminuem a liberação 
hipotalâmica do hormônio inibidor da prolactina 
(PIH) e aumentam a liberação do hormônio 
liberador de prolactina (PRH), de modo que mais 
prolactina é liberada pela adenohipófise. 
A ocitocina causa a liberação de leite nos ductos 
mamários por meio do reflexo de ejeção de leite. O 
leite formado pelas células glandulares das mamas 
é armazenado até que o recémnascido comece a 
sugar ativamente. A estimulação dos receptores 
sensíveis ao toque na papila mamária desencadeia 
impulsos nervosos sensitivos que são 
retransmitidos para o hipotálamo. Em resposta, a 
secreção de ocitocina pela neurohipófise aumenta. 
Transportada pela corrente sanguínea até as 
glândulas mamárias, a ocitocina estimula a 
contração das células mioepiteliais que cercam as 
células e ductos glandulares. A compressão 
resultante move o leite dos alvéolos das glândulas 
mamárias até os ductos mamários, onde ele pode 
ser sugado. Este processo é chamado de ejeção do 
leite. Mesmo que a ejeção real de leite não ocorra 
até 30 a 60 s depois de a mamada começar (o 
período de latência), um pouco de leite que fica 
armazenado nos seios lactíferos próximos da papila 
mamária está disponível durante o período de 
latência. Outros estímulos além da sucção, como 
ouvir o choro do recém nascido ou tocar os órgãos 
genitais da mãe, também podem desencadear a 
liberação de ocitocina e a ejeção do leite. A 
estimulação da sucção que produz a liberação de 
ocitocina também inibe a liberação de PIH; isto 
resulta no aumento da secreção de prolactina, que 
mantém a lactação. Durante o final da gestação e 
nos primeiros dias após o nascimento, as glândulas 
mamárias secretam um líquido turvo chamado 
colostro. Embora não seja tão nutritivo quanto o 
leite materno – ele contém menos lactose e 
praticamente nenhuma gordura – o colostro serve 
adequadamente até o surgimento do leite 
verdadeiro por volta do quarto dia após o parto. O 
colostro e o leite materno contêm anticorpos 
importantes que protegem o recémnascido durante 
os primeiros meses de vida. Após o nascimento, o 
nível de prolactina começa a voltar aos valores em 
não gestantes. No entanto, o aleitamento faz com 
que os impulsos nervosos dos mamilos para o 
hipotálamo aumentem a liberação de PRH (e 
diminuem a liberação de PIH), resultando em um 
aumento de dez vezes na secreção de prolactina 
pela adenohipófise, que dura aproximadamente 1 h. 
A prolactina atua sobre as glândulas mamárias para 
fornecer leite para a próxima mamada. Se este 
aumento na prolactina for bloqueado por uma lesão 
ou doença, ou se amamentação for descontinuada, 
as glândulas mamárias perdem a capacidade de 
produzir leite em apenas alguns dias. Mesmo que a 
produção de leite normalmente diminua bastante 7 
a 9 meses após o nascimento, ela pode continuar 
por vários anos se a amamentação continuar. A 
lactação muitas vezes bloqueia os ciclos ovarianos 
nos primeiros meses após o parto se a frequência de 
amamentação for de aproximadamente 8 a 10 
vezes/dia. No entanto, este efeito é inconsistente, e 
a ovulação geralmente precede o primeiro ciclo 
menstrual depois do parto. Como resultado, a mãe 
nunca pode estar segura de que não esteja fértil. A 
amamentação é, portanto, uma medida de controle 
de natalidade não confiável. Acreditase que a 
supressão da ovulação durante a lactação ocorra do 
seguinte modo: durante a amamentação, a aferência 
neural da papila mamária chega ao hipotálamo e faz 
com que sejam produzidos neurotransmissores que 
suprimem a liberação do hormônio liberador de 
gonadotropina (GnRH). Como resultado, a 
produção de LH e FSH diminui, e a ovulação é 
inibida. Um dos principais benefícios do 
aleitamento materno é o nutricional: o leite materno 
é uma solução estéril que contém quantidades de 
ácidos graxos, lactose, aminoácidos, minerais, 
vitaminas e água que são ideais para a digestão do 
recém nascido, desenvolvimento do encéfalo e 
crescimento. A amamentação também beneficia as 
crianças, fornecendo o seguinte: Células benéficas. 
Há vários tipos de leucócitos no leite materno. 
Neutrófilos e macrófagos servem como fagócitos, 
ingerindo micróbios no sistema digestório do 
recém nascido. Os macrófagos também produzem 
lisozima e outros componentes do sistema imune. 
As células plasmáticas, que se desenvolvem a partir 
dos linfócitos B, produzem anticorpos contra 
microrganismos específicos, e os linfócitos T 
destroem diretamente os micróbios ou ajudam a 
mobilizar outras defesas Moléculas benéficas. O 
leite materno também contém muitas moléculas 
benéficas. Os anticorpos IgA no leite materno se 
ligam aos micróbios no sistema digestório do 
recém nascido e evitam a sua migração para outros 
tecidos do corpo. Como a mãe produz anticorpos 
para quaisquer micróbios causadores de doenças 
existentes em seu ambiente, seu leite oferece 
proteção contra agentes infecciosos específicos aos 
quais o seu recém nascido também está exposto. 
Além disso, duas proteínas do leite se ligam aos 
nutrientes que muitas bactérias necessitam para 
crescer e sobreviver: as proteínas de ligação à 
vitamina B12 se ligam à mesma, e a lactoferrina se 
liga ao ferro. Alguns ácidos graxos podem matar 
determinados vírus ao perturbar suas membranas, e 
a lisozima mata bactérias rompendo suas paredes 
celulares. Por fim, as interferonas aumentam a 
atividade antimicrobiana das células imunes 
Diminuição da incidência de doenças na vida 
adulta. O aleitamento materno propicia pequena 
redução no risco de linfoma, doença cardíaca, 
alergias, infecções respiratórias e gastrintestinais, 
infecções de orelha, diarreia, diabetes melito e 
meningite Benefícios diversos. O aleitamento 
materno apoia o crescimento infantil ideal, melhora 
o desenvolvimento intelectual e neurológico, e 
promove o vínculo mãerecémnascido, 
estabelecendo contato precoce e prolongado entre 
eles. Em comparação ao leite de vaca, as gorduras 
e o ferro do leite materno são mais facilmente 
absorvidos, as proteínas do leite materno são mais 
facilmente metabolizadas e o menor teor de sódio 
do leite materno é mais adequado às necessidades 
do recémnascido. Os prematuros se beneficiamainda mais da amamentação porque o leite 
produzido por suas mães parece ser especialmente 
adaptado às necessidades deles; ele tem maior teor 
de proteína do que o leite da puérpera com recém-
nascido nascido a termo. Por fim, um recémnascido 
tem menor probabilidade de ter uma reação 
alérgica ao leite de sua mãe do que ao leite de outra 
fonte. Anos antes de a ocitocina ser descoberta, era 
prática comum na obstetrícia permitir que, em caso 
de nascimento de gêmeos, o primeiro recémnascido 
sugasse a mama da puérpera para acelerar o 
nascimento do segundo filho. Agora se sabe que 
esta prática é útil – ela estimula a liberação de 
ocitocina. Mesmo depois de um nascimento de feto 
único, a amamentação promove a expulsão da 
placenta e ajuda o útero a voltar ao tamanho 
normal. Muitas vezes é administrada ocitocina 
sintética para induzir ao parto ou para aumentar o 
tônus uterino e controlar a hemorragia 
imediatamente após o parto.

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