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ESTÁGIO OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO EP II ATIVIDADE 6 – Prazo de entrega: 20/11/2020 Ao Douto Juízo da Justiça do Trabalho da Vara de Natal/RN Suelem, brasileira, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº, carteira de identidade nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado à, vem, respeitosamente, a presença de V.Exa., por meio de seu advogado, que a esta subscreve, com escritório em e endereço eletrônico, mover: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA pelo rito sumaríssimo, na forma do art. 852 A e B da Consolidação das Leis Trabalhistas em face de Moraes, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº, carteira de identidade n°, endereço eletrônico, residente e domiciliado à, pelos fatos e fundamentos a seguir que passo a expor: I- Da Gratuidade de Justiça A reclamante não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Assim, pleiteiam-se os benefícios de justiça gratuita nos termos do artigo 5º, LXXIV da CF, c/c artigo 790, § 3º da CLT e 98 e seguintes do CPC. II- Da audiência de conciliação prévia Na forma do art. 625 D da CLT, requer a realização de audiência previa de conciliação, esperando trazer fim ao julgado. UNIDADE DUQUE DE CAXIAS III- Dos Fatos Suelem foi contratada pelo reclamado entre de 15/06/2015 a 15/09/2015. O período a título de experiência foi de 45 dias. Foi dispensada em 15/09/2015, recebendo 3/12 de férias proporcionais, acrescido de um terço constitucional e 3/12 de décimo terceiro salário. IV- Do Contrato de Trabalho por Tempo Indeterminado A autora trabalhou além dos 45 dias de experiência, havendo continuidade do serviço. Assim, o mesmo pode ser considerando como tempo indeterminado, uma vez que não houve nenhuma tratativa após 45 dias, no que assegura o artigo 5º, § 2º, da lei complementar nº 150/2015. V- Do Aviso Prévio A empregada foi dispensada em 15/09/2015, sem que houvesse aviso prévio. Tampouco, recebeu verbas indenizatórias correspondentes, aos quais fazia jus. Considerando que é um contrato por prazo indeterminado, mesmo ter sido dispensada com menos de um ano, tem o direito de 30 dias de aviso prévio, conforme o artigo 23, § 1º da lei complementar nº 150/2015, mais os reflexos nas férias, 1/3 de férias e 13º salário e FGTS de acordo com o artigo 23, § 3º, do mesmo diploma legal. VI- Da Jornada de Trabalho Suelem trabalhou das 7: 00 às 16:00 horas de segunda à sexta com período de intervalo de 30 minutos, totalizando 8 horas e 30 minutos. Não havendo nenhum acordo por escrito relativo a regime de compensação de horas, conforme artigo 2º, § 4º da Lei Complementar nº 150/2015. A não observância destas prescrições implica no direito de a empresa receber 30 minutos diários a título de horas extras, com acréscimos de 50% superior ao valor da hora normal, em conformidade com o artigo 2º, § 1º do mesmo diploma legal, bem como os reflexos sobre férias, 1/3 de férias, 13º salário e FGTS. VII- Do Intervalo Intrajornada O descanso de alimentação era de 30 minutos, sem acordo expresso. É obrigatório no mínimo uma hora conforme o artigo 13, caput da Lei Complementar nº 150/2015. Com efeito, a concessão parcial do intervalo intrajornada implica no pagamento do período total mínimo correspondente em forma de horas extras, com acréscimo de 50% sobre o valor da hora normal segundo a súmula 437, I, do TST. Portanto, a autora faz jus ao pagamento de 01 hora extra diária durante o período trabalhado e, por habitual, os reflexos sobre férias, 1/3 de férias, 13º salário e FGTS. VIII- Dos Descontos Salariais Foi descontado do seu salário 10% referente a vale transporte, o FGTS e 25% do valor da alimentação consumida no emprego. O desconto de alimentação é vedado conforme o artigo 18, caput da Lei Complementar nº 150/2015. Não obstante, o desconto de 10% do salário a título de vale transporte é excessivo, pois o artigo 4º, § único, da lei nº 7.418 de 1985 atribui a este desconto de 6% do salário base do empregado. Por qual, a autora requer a devolução do desconto de 25% do valor de alimentação e da diferença de 4%, descontada a mais do seu salário durante todo o período trabalhado. IX- Dos Serviços Prestados em Viagem A requerente viajou com a família por 4 dias como babá das 8:00 h às 17 horas com uma hora de intervalo intrajornada. A trabalhadora faz jus ao recebimento de hora de 25% no mínimo, superior ao valor normal segundo o artigo 11, § 2º da Lei Complementar nº 150/2015. Assim, requer o pagamento de 25% sobre 32 horas trabalhadas no período de viagem. X- Da Multa prevista no Artigo 477, § 8º, da CLT A empregada foi dispensada em 15.09.2015 sem aviso prévio, nem a indenização correspondente, entre as verbas rescisórias. Pelo fato de a empregada ter sido dispensada sem justo motivo a Reclamante tem direito à multa do art. 477, § 8º, da CLT. Assim dispõe o dispositivo do § 6ºimpondo a quitação total das verbas, até o décimo dia da data da demissão, quando da ausência do aviso prévio, o que não ocorreu no caso em tela. Destarte, requer o pagamento da indenização no valor de um salário mensal, prevista no art. 477, § 8º, da CLT. XI- Dos Pedidos Por fim, diante dos fatos e fundamentos expostos, é o presente para requerer: a) a citação do reclamado, e sua intimação para comparecer em audiência a ser designada por este digno Juízo e, nesta ocasião, apresentar defesa, nos termos do art. 844 da CLT, combinado com o art. 336 do CPC, sob pena de revelia e confissão, conforme Súmula 74, I, do TST. b) a concessão do benefício da Gratuidade de Justiça; c) o reconhecimento do contrato de trabalho objeto da lide, para todos os efeitos legais, por prazo indeterminado; d) o pagamento do aviso prévio de 30 (trinta) dias e os reflexos nas férias e terço constitucional, bem como no décimo-terceiro salário, no valor de R$XX; e) a devolução do desconto de 25% (vinte e cinco por cento) do valor da alimentação e da diferença de 4% (quatro por cento), descontada a mais do seu salário, durante todo o período trabalhado, no valor de R$XX; f) o pagamento de 01 (uma) hora extra diária durante o período trabalhado e, por habitual, os reflexos sobre as férias e terço constitucional, assim como no décimo-terceiro salário, no valor de R$XX; g) o pagamento de 30 (trinta) minutos diários de hora extra e, por conseguinte, os reflexos sobre as férias e terço constitucional, bem como no décimo-terceiro salário, no valor de R$ XX; h) o pagamento de 25% (vinte e cinco por cento) sobre as 32 (trinta e duas) horas trabalhadas no período de viagem a serviço, no valor de R$XX; i) o pagamento da indenização no valor de um salário mensal, prevista no art. 477, § 8º, da CLT, no valor de R$XX; Sendo o total das verbas indenizatórias o valor de R$XX; XII- Das Provas Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do Reclamado, que fica, desde já, requerido, bem como os de caráter documental, testemunhal, pericial e o que mais for necessário para elucidar os fatos. XIII- Do Valor da Causa Dá-se à presente causa o valor de R$ (valor por extenso). Nestes termos, Pede deferimento. Duque de Caxias, 06 de novembro de 2020. Advogado OAB- XXXX
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