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ADENOCARCINOMA COLORRETAL (CCR) → uma das causas de morte mais frequente em países industrializados → 2011, INCA – 3º → raça e fatores étnicos – judeus asquenazes, afro-americana, caucasianos ... → ambos os sexos → judeus – mutação I1307K no APC → alta na América do Norte, Oeste Europeu e Austrália; baixa na África e Ásia. → idade (maior fator de risco) – 50 anos (90%) → excesso de peso e alimentação pobre em fibras, frutas, vegetais... → consumo de carnes processadas e ingestão excessiva de carne vermelha → histórico familiar e doenças hereditárias como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC) → doenças inflamatórias do intestino como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn → exposição ocupacional a radiação ionizante como raio X e gama. Sangramento anal é o sintoma mais comum, principalmente em paciente de meia idade ou mais velhos; Alteração do habito intestinal como diarreias ou constipação é o segundo sintoma mais comum. Obs. Lesões no cólon proximal podem não apresentar alteração no habito intestinal até estarem bastante avançadas. Obs. No colón distal esse sintoma é mais frequente em virtude do menor calibre e de as fezes já estarem formadas. Dor abdominal inespecífica, descarga de muco, perda ponderal, anemia (muito relacionada com cólon proximal) e febre. Ç Rastreamento: ▪ Prevenir completamente o CCR pois a maioria dos pólipos diagnosticados são removidos antes que tenham a chance de evoluir para câncer. Ademais, pode identificar o câncer em estagio inicial quando é altamente curável. Obs. entre o momento em que as primeiras células anormais começam a formam pólipos ate o CCR leva cerca de 10 a 15 anos. Recomendação é para indivíduos com 45 anos ou mais façam exames regulares → Peso corporal, falta de atividade física e dieta O cálcio e a vitamina D atuam em conjunto uma vez que a vitamina ajuda na absorção de cálcio do organismo. →Esporádicos ou genéticos. Resultado do acumulo de mutação → ativação de vias de fator de crescimento → precoce: ativação da via de sinalização da prostaglandina, induzida por inflamação ou pela hiperexpressão de COX2 que é de uma enzima catalítica – 15-prostaglandina desidrogenase → fator de crescimento EGF e VEGF Genética molecular Pólipo adenomatoso progride lentamente de estágios benignos até o surgimento do câncer → ocorre em ordem especifica as mutações nos genes supressores de tumor e oncogenes: APC, hipometilação, gene K-ras, DCC e por último, gene p53. → isolado não a progressão e pode regredir Inativação do APC → K-ras mutada ativa uma cascata de sinalização intracelular que promove alteração neoplásica → deleção do gene supressor de tumor DCC e genes próximos → perda no cromossomo 17p, onde localiza-se o gene supressor de tumor p53. Lesões percussoras Sequencia histológica: mucosa normal → lesões percussoras → câncer invasivo. Os dois grupos com potencial maligno e são lesões de CCR são os adenomas e pólipos serrilhados. ❖ Adenomas - 51 a 67% das lesões e são mais comuns em homens - Apesar de ser a principal, apenas 5% evoluem para CCR - Núcleos alargados, hipercromáticos, com vários graus de estratificação e perda de polaridade. - Arquitetura: tubulares, vilosos e túbulo-vilosos. Sendo a grande maioria tubular. ❖ Pólipos serrilhados - Grupo heterogêneo de lesões colorretais: pólipo hiperplásico, adenoma serrilhado séssil, adenoma serrilhado tradicional ou a combinação. - Histologicamente, são caracterizados pela morfologia serrilhada que é consequência da inibição do apoptose no epitélio da glândula. - Hiperplásicos são os mais comuns de todos (80 a 90%) e cerca de 10 a 15% dos pólipos do cólon. Pequenos e localizados no cólon distal. Via de instabilidade genômica Via de instabilidade cromossômica: adenoma-carcinoma Passos: mucosa normal → adenoma precoce → adenoma avançado → carcinoma invasivo. Consequência do acumulo de alterações genéticas em genes supressores e oncogenes causando instabilidade cromossômica. Primeira transformação: mutação do gene supressor APC ▪ Condições normais, a proteína codificada pelo gene APC é responsável pela manutenção d nives baixos da βcatenina no núcleo, impedindo a transcrição de múltiplos genes por ela envolvidos na proliferação ▪ APC mutada, o complexo APC-β-catenina não pode ser formado e ela não se degrada, acumulando- se e promove o crescimento e invasão tumoral. Segunda fase: mutação no oncogene KRAS ▪ RAS normal codifica uma quinase pertencente a cascata de sinalização MAPK que inclui mediadores da sinalização celular → proliferação, apoptose e diferenciação. ▪ Mutações no KRAS ocorrem nos códons 12 e 13 do éxon 2 (maioria), e induzem a fosforilação da enzima guanina difosfato levando a ativação continua da via da MAPK. ▪ Precisam ser somados a mutação no gene supressor TP53 e oncogenes PIK3CA Terceira fase: mutação do TP53 ▪ Guardião do genoma pois impede a proliferação quando há danos no DNA, estimulando reparo ou induzindo apoptose. ▪ Mutação em TP53, este gene não é ativado o que impossibilita a reparação do erro, permitindo o acumulo de outras mutações e crescimento do tumor Via do serrilhado Segunda principal via que leva ao desenvolvimento do CCR. Nessa via, os pólipos hiperplásicos são as lesões percussoras por poderem evoluir de lesão serrilhadas para o câncer. Mucosa normal → pólipos hiperplásicos → adenomas serrilhados sésseis ou tradicionais ou mistos → carcinoma Alterações genéticas frequentes: KRAS e BRAF Instabilidade de microssatélites Microssatélites são sequências repetitivas de 1 a 6 nucleotídeos distribuídas ao longo de todo o genoma humano ▪ O sistema de reparo do DNA (MMR) é responsável pela correção dos erros de emparelhamento de nucleotídeos que ocorrem durante a replicação do DNA. Regiões ricas em sequência de microssatélites são mais propensas ao erro, dando origem a delações ou inserções de nucleotídeos. ▪ No tumor com MRR eficiente, o numero de repetições é o mesmo que no tecido normal e é chamado de estável; já no tumor instável, os erros no numero de repetições ocorrem com as células mais proliferativas, o que resulta em células com numero de repetições novas. Fatores epigenéticos Fenótipo metilador das ilhotas CPG Alguns CCrs esporádicos A metilação das citosinas das ilhotas CpG das regiões promotoras de genes funcionantes leva ao silenciamento dos genes. Como consequência, as citocinas metiladas viram alvos preferencial para a ocorrência de transições de C→T e G→T, introduzindo mutações somáticas que alteram a função Deficiência de reparo do DNA do t ipo excisão de base associada a gene MYH Esta deficiência causa a síndrome de polipose associada ao MYH, que é uma predisposição ao câncer recessivo. A proteínas MYH (glicosilase) é responsável por tirar do DNA as 8-oxo-guaninas, resultado de lesões oxidativas da G causadas pela ação de oxigênio em contato com o DNA. Exames de sangue o Hemograma completo: presença de anemia em função de um sangramento intestinal provocado pela doença; o Enzimas hepáticas: função hepática e metástase o Marcadores tumorais: antígeno carcinoembrionário (CEA) e o CA monitorados durante o tratamento Colonoscopia: diagnostica e de rastreamento são similares. É realizada na apresentação de sintomas ou porque algo anormal foi diagnosticado em exame anterior. Nesse exame, o medico observa todo o colón e o reto com um colonoscópio, um tubo fino e flexível, com uma pequena câmera de vídeo na extremidade. Ele é inserido através dos anus. Instrumentos podem ser passados através do colonoscópio para biopsia ou remover áreas suspeitas. Estagio 0 → não se espalhou e é possível cura apenas pela cirurgia. Excisão local com o colonoscópio ou a polipectomia. Caso a excisão não seja possível,o tratamento pode ser feito através ressecção do cólon. Estagio 1 → atinge outras camadas, é recomendado a colectomia parcial, ou seja, retirada de parte do cólon onde estão as células cancerígenas, especialmente aquelas próximas a linfonodos. Estagio 2 → quimioterapia + colectomia. Dependera do estágio de evolução, se estão obstruindo o cólon e também se já se espalharam para órgãos adjacentes. Estagio 3 → cirurgia e quimioterapia = terapia padrão Obs. esquemas tepicos como FOLFOX (5-FU, leucovorin e oxaliplatina) ou CapeOx costumam ser administrados. Estagio 4 → metástase. Tratamento de cura ou alivio dos sintomas. Quimioterapia é padrão, caso a cirurgia seja possivel devido a localização do tumor, quimio deve ser feita antes e depois. Em casos de a doença estar muito espalhada nos orgãos e tecidos, a colectomia ou colostomia podem ser realizadas para desobstruir o cólon → por continuidade ocorre no sentido transversal do cólon tomando ¼ da circunferência a cada seis meses. → a aderência vísceras abdominais, órgãos pélvicos e parede abdominal é a mais frequente. → lesões na face retroperitoneal pode invadir fáscia perirrenal, ureteres, duodeno, parede posterior do abdome e musculo ílio e psoas. → pode gerar implantes em qualquer ligar do peritônio → linfática: segue a sequência iniciada nos gânglios paracólicos → hematogênica: disseminação sistêmica para fígado (principal – drenagem portal), ossos e pulmão.