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Tabela - Hipotireoidismo


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Visão geral: a tireoide é uma glândula responsável por produzir hormônios que regulam grande parte do nosso metabolismo. Desta forma, toda vez que ela falha ou que seu metabolismo é insuficiente, 
o individuo entra em um quadro de hipotireoidismo (HipoT). O hipotireoidismo é definido como um estado clínico em que a quantidade de hormônios tireoidianos circulantes é insuficiente para suprir 
a função orgânica normal (alentecimento funcional de todo o organismo). Pode ser primaria – causada por doença na tireoide – ou secundaria e terciário – causada por doença na hipófise e hipotálamo. 
→ sistema regulado pelo eixo 
hipotalâmico-hipofisário. 
→ o hipotálamo inicia a cadeia através 
da produção do hormônio liberador de 
tireotrofina (TRH) e, esse, por sua vez, 
atua sobre a hipófise induzindo a 
produção de um outro hormônio que é 
o hormônio estimulador da tireoide ou 
tireotrópico (TSH) 
→ o TSH cai na circulação sanguínea e 
segue até os folículos tireoidianos 
(morfologia da tireoide), onde ele vai 
estimular a produção e liberação de T3 
e T4 
→ bilobada, situando-se na porção 
anterior do pescoço (nível de C5 – T1); 
cuja principal função é produzir os 
hormônios tireoidianos T3 e T4 
→ Unidade funcional: 
Folículo tireoidiano: estrutura, mais 
ou menos esférica que possui suas 
paredes compostas pelas “células 
foliculares” ou “tirócitos” – tais células 
são as grandes responsáveis pela 
produção dos hormônios tireoidianos. 
Coloide: encontra-se no interior dos 
folículos e configura-se como uma 
substância gelatinosa onde ficam 
armazenados todos esses hormônios até 
o momento em que a glândula decida 
liberá-los na circulação 
 
→ T3 e T4 atuam como inibidores de 
TRH e TSH. Dessa forma, quando eles 
estiverem altos, o hipotálamo e a 
hipófise vão ser inibidos e não vai 
haver estímulos para a produção de 
hormônios tireoidianos. 
→ por outro lado, quando os níveis de 
T3 e T4 estiverem baixos, é como se 
essa inibição cessasse, ocorrendo 
liberação da produção de TRH e TSH 
para regular a liberação de T3 e T4 
→ resumo: Feedback negativo 
 
→ T3: atua controlando o metabolismo 
geral do corpo 
→ T4: é um pré-pró-hormônio para T3, 
ou seja, ele não possui uma ação muito 
específica, mas sabe-se que ele é 
liberado no sangue e pode ser 
convertido para T3 nos tecidos, 
especialmente naqueles ricamente 
vascularizados, como os rins e o 
fígado. 
→ prevalência varia de 0,1 a 2% da 
população mundial 
→ varia de acordo com a idade, etnia e 
taxas de iodo no sangue 
→ mais comum em idosos: 
▪ 40 anos – 2% 
▪ 60 a 65 anos – 2,3 a 10,3% 
▪ 70 anos – 12 a 14% 
→ valores maiores de TSH em 
mulheres (11,6%) do que em homens 
(2,9%) 
→ irá ocorrer uma redução metabólica 
e isso se manifestará através de uma 
hipoatividade generalizada somada a 
um acúmulo de glicosaminoglicano no 
interstício dos tecidos 
Obs. De modo geral, os GAGs têm 
a função de transporte molecular e de 
produção de colágeno através dos 
fibroblastos e, também podem assumir 
diversas atividades no organismo. 
Alguns sintomas mais comuns 
Rouquidão: acúmulo de GAGs no 
interstício das cordas vocais; 
HAS: acúmulo de GACs nos vasos, 
reduzindo seu diâmetro, o que leva a 
um aumento da resistência periférica 
Mixedema generalizado: deposito de 
mucopolissacarídeo na pele, formando 
edema sem cacifo 
Bócio: crescimento da glândula 
tireoide como mecanismo para tentar 
produzir hormônios – com a baixa de 
T3 e T4, o TSH vai aumentando e 
estimulando a glândula, levando a uma 
hipertrofia das células na tentativa de 
controlar o quadro 
Derrame pleural ou pericárdico, 
ascite e edema facial e em pés e mãos: 
lentificação do fluxo linfático, 
justificando a ocorrência de 
derramamento de líquido 
Sistema neurológico: pseudodemência 
e humor deprimido 
Obs. no idoso, os sintomas mais 
frequentes são a fadiga e a fraqueza 
Obs. os sintomas podem diferir 
significantemente em pacientes idosos 
Obs. diretrizes brasileiras indicam a 
comercialização de sal refinado 
somente com enriquecimento do iodo 
para prevenção do bócio. 
→ S. do túnel do carpo é a mais 
frequente em idosos, juntamente a 
desequilíbrios posturais, 
comprometimento da marcha, fraqueza 
e menor propriocepção 
Obs. maior risco de quedas 
→ alteração metabólica mais comum 
em idosos é a elevação do colesterol 
total, LDL colesterol e triglicerídeos 
→ promove diminuição da frequência 
cardíaca, diminuindo o consumo 
miocárdico de O2 e mascarando a 
presença de doenças cardíacas 
isquêmicas. 
→ o tipo primário, ou seja, aquele 
causado por doença na própria tireoide, 
é o mais comum, com cerca de 90% dos 
casos. 
→ as causas para o tipo 1 são muito 
variáveis: iatrogenia, radioablação da 
tireoide, tireoidectomia, uso de drogas 
como amiodarona, lítio e tionamidas, 
além da dieta pobre em iodo. 
Obs. o fator “iodo” foi muito relevante 
na saúde pública, mas diminui em 
decorrência da lei citada aqui 
anteriormente sobre a utilização do 
iodo no sal de cozinha. 
Obs. o iodo é um produto fundamental 
na produção dos hormônios 
tireoidianos e é uma substância que não 
é produzida pelo nosso corpo 
→ principal causa na atualidade: 
→ Doença autoimune 
→causada por associação de fatores 
ambientais e fatores genéticos 
(mutações no gene CTLA-4) – hipótese 
→ o sistema imune começa uma 
reação contra o tecido tireoidiano, que 
pode ser pela via celular ou pela via 
humoral, através da produção de 
autoanticorpos, como o anti-TPO e 
anti-TG (presentes em mais de 90% 
dos casos) 
→ em decorrência da destruição da 
glândula, o primeiro sinal clínico da 
HipoT em decorrência da tireoidite de 
Hashimoto é o hipertireoidismo – a 
destruição faz com que ocorra o 
rompimento dos folículos e 
extravasamento do coloide 
→ o extravasamento faz com que todo 
o hormônio produzido seja liberado 
sem qualquer regulação, aumentando 
os níveis plasmáticos e ocasionando a 
hipertireoidismo. Contudo, no 
avançar do quadro, cada vez menos 
folículos estarão presentes e o 
paciente regride para uma 
normalidade e depois para o HipoT 
→ alterações laboratoriais sistêmicas, 
como anemia, dislipidemia, elevação 
de enzimas musculares, aumento de 
prolactina e gonadotrofinas. 
→ dosagem de TSH e T4L 
↑ TSH e ↓ T4L: eixo hipotalâmico-
hipofisário está atuando em maior 
atividade para estimular a glândula, 
contudo, sem resposta = problema na 
própria glândula = HipoT primário 
↑ TSH↓T4Lok: TSH elevado indica 
esforço do eixo para compensar o 
quadro, contudo, o paciente mantem 
níveis adequados de T4L; porém, a 
custo de um TSH muito elevado 
(hiperprodução) = HipoT subclínico, 
que pode evoluir para primário. 
 
 
 
↓ TSHoh ↓T4L: problema no eixo central (secundário ou terciário). Uma vez que a pouca quantidade 
hormônio presente não ativa o eixo, a provável causa é um problema no hipotálamo e/ou na hipófise 
→ a dosagem de TSH e T4L permite identificar a síndrome, contudo, para o diagnostico da real causa, 
é preciso de exames mais específicos. 
Ex: tireoidite de Hashimoto – exame diagnostico é o Anti-TPO e Anti-TG 
 
→ idade: convergência entre fontes 
▪ A cada 5 anos a partir dos 35 
▪ Mais de 19 anos e com fator de risco 
▪ Pacientes idosos, principalmente mulheres 
Obs. O rastreio em mulheres se deve principalmente a condições autoimunes associadas, como à 
tireoidite de Hashimoto. Já em idosos se deve, além da prevalência própria da idade, de diagnósticos 
diferenciais como quadros demenciais, depressão e doenças sistêmicas como as cardiovasculares e 
renais. Em outros públicos o rastreio varia de acordo com o protocolo, sendo indicado sempre na 
suspeita da doença ou fatores de risco importantes, como a presença de doença tireoidiana em parentes 
de grau próximo.