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Contabilidade nos Negócios Empresariais

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A CONTABILIDADE NOS NEGÓCIOS 
EMPRESARIAIS 
 
Maria Aparecida Pereira de Sousa 
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI 
Bacharelado em Administração (ADG FLX 9208) – Prática do Módulo II 
22/11/2020 
 
 
RESUMO 
 
Com o objetivo de mostrar apresentação de um Balanço Patrimonial e suas características mais 
importantes, analisando sua estrutura como um todo, juntamente com as teorias da contabilidade. 
Será abordado também os grupos que compõem o Balanço Patrimonial e sua organização. 
Realizando também a análise dos Ativos, Passivo e do Patrimônio Líquido aliado a seus conceitos, 
juntamente ao Demonstrativo do Exercício do Resultado (DRE). 
 
Palavras-chave: Contabilidade, Balanço Patrimonial, Ativo, Passivo. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O corpo teórico da contabilidade faz parte de um processo evolutivo, no qual houve a 
necessidade da resolução de problemas, gerados a partir da complexidade das contas geradas. 
Problemas estes referentes à produção, distribuição e consumo de insumos, materiais compra e 
venda ou troca de mercadorias. Já na antiguidade, muitos pensadores se dedicaram ao entendimento 
de diversos problemas econômicos, em específico a contabilidade como um todo. Na contabilidade 
podemos citar um demonstrativo de muito destaque, dentro da área contábil, onde este consegue 
organizar todos os movimentos financeiros de uma empresa. Isso tudo se dá no Balanço Patrimonial 
em sua estrutura aliado ao plano de contas apresentado pela empresa. Nele podemos analisar toda 
situação financeira de uma empresa, acompanhado também do seu Demonstrativo do Resultado do 
Exercício (DRE), que mostra num período de tempo o resultado que a entidade obteve. 
 
 
 
2 A CONTABILIDADE NOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS 
 
2.1 ORIGEM DA CONTABILIDADE 
 
 A mais de 20000 anos no Paleolítico Superior, quando era ainda primitiva a civilização, mas 
já havia a indústria de instrumentos, como forma de uso de uma inteligência já desenvolvida, com 
isso surgiram as observações do homem em relação a suas provisões que eram sua riqueza 
patrimonial. A qualidade e a quantidade das reservas de utilidades, quer de caça, quer de colheitas, 
foram elementos que o homem notou como algo distinto, como conquista de seu trabalho. (DE SÁ, 
p. 21) 
 O nascimento da Contabilidade é o da inscrição de elementos da riqueza patrimonial, 
passando, aos poucos a registros de melhor qualidade. O “meu” e o “seu” deram, na época, origem a 
registros especiais de “débito” (o que alguém tem que pagar) e “crédito” (o que eu devo pagar a 
alguém). (DE SÁ, p. 23) 
 
2.2 TOMADA DE DECISÃO E A CONTABILIDADE 
 
 Estamos sempre tomando decisões em nosso dia a dia, a todo instante. Como por exemploque horas iremos acordar para ir ao trabalho, para fazer o almoço, sair para um cinema, etc., mas 
notamos que no mundo empresarial também não é diferente. Um gestor vive constantemente 
tomando decisões com base em dados, indicadores, valores, etc. A contabilidade é um grande 
instrumento usado pelos gestores em suas tomadas de decisão para empresa como um todo. 
Segundo Marion (2009, p. 25): 
 
A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na 
verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, 
registrando-os e sumarizando-os em forma de relatório ou de comunicados, que contribuem 
sobremaneira para a tomada de decisões. 
 
 
Marion (2009, p. 25) ainda afirma que: 
 
[...] Dentro de uma empresa, a situação não é diferente. [...] Decisões tais como comprar ou 
alugar uma máquina, preço de um produto, contrair uma dívida a longo ou curto prazos, 
quanto de dívida contrairemos, que quantidade de material para estoque deveremos 
comprar, reduzir custos, produzir mais. A Contabilidade é a linguagem dos negócios. Mede 
os resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios, dando diretrizes para 
tomadas de decisões. 
 
2.3 OBJETIVOS DA CONTABILIDADE 
 
 
 
 Contabilidade pode ser considerada como sistema de informação destinado a prover seus 
usuários de dados para ajuda-los a tomar decisão Usuário pode ser considerado como qualquer 
pessoa (física ou jurídica) que tenha interesse em conhecer dados (normalmente fornecidos pela 
contabilidade) de uma entidade. Os usuários podem ser internos (gerentes, diretores, 
administradores, funcionários em geral) ou externos (acionistas, instituições financeiras, 
fornecedores, governo, sindicatos). (MARION, 2009, p. 27) 
 O objetivo principal da contabilidade, portanto, conforme a Estrutura Conceitual Básica da 
Contabilidade, é o de permitir a cada grupo principal de usuários a avaliação da situação econômica 
e financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer interferências sobre suas tendências 
futuras. (MARION, 2009, p. 28) 
 
2.4 CONTABILIDADE NO BRASIL 
 
 O autor MARION (2009, p. 33), faz uma citação em seu livro, encontrada no livro do 
professor Sérgio de Iudícibus, A Teoria da contabilidade Cap. 2, que traz uma definição vinda de 
encontro com a Contabilidade no Brasil: 
 
“Uma característica atual do estágio de desenvolvimento da Contabilidade no Brasil é 
paradoxal: a qualidade de normas contábeis à disposição ou editadas por órgãos 
governamentais (devido à inoperância de nossas associações de contadores, o Governo teve 
de tomar a iniciativa) é claramente superior – principalmente agora com a Lei de 
Sociedades por Ações – à qualidade média atual dos profissionais que terão de implementar 
estas normas. Nossa legislação, historicamente, adianta-se sempre em relação aos homens 
que irão utilizá-la, isto é mais sentido no campo contábil. ” 
 
 
2.5 A ESTÁTICA PATRIMONIAL 
 
 Segundo Sá (1969, p. 49): 
 
A estática patrimonial é o estudo do grupo do patrimônio considerado sem movimento em 
um dado momento na sua estrutura qualitativa e quantitativa, isto é, nos seus elementos e 
nos seus componentes e valores. 
 
 
 As principais demonstrações da estática patrimonial são: Balanço orçamentário, balanço 
financeiro e balanço patrimonial. 
 
2.6 OS PRINCIPÍOS DA CONTABILIDADE 
 
 
 Dentre os vários princípios dentro da Contabilidade, podemos destacar dois de relevante 
importância. São eles: Principio da Entidade e Princípio da Competência. 
 
2.6.1 Princípio da entidade 
 
 A empresa não pode misturar as contas pessoais do dono com as contas da empresa, e nem 
as contas de uma empresa com outra empresa, mesmo sendo do mesmo dono. 
 Segundo FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, (2011, p. 51): 
 
[...] Afirma a autonomia patrimonial, a necessidade de diferenciação de um Patrimônio 
Particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou 
finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção o patrimônio não 
se confunde com aqueles de seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição. 
 
 
2.6.2 Princípio da Competência 
 
 Não importa se houve ou não lucro, a movimentação financeira deve ser registrada, na dada 
onde ocorreu o vento contábil. 
 Segundo FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, (2011, p. 53): 
 
[...] Determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos 
períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Este 
princípio orienta que o reconhecimento da receita e despesa ocorre em função do fato 
gerador e pressupõe a confrontação das mesmas para a apuração do resultado. 
 
 
2.7 MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS 
 
 Os registros das operações comerciais, industriais e públicas caminham para uma 
sistematização ampla a partir da Idade Média, ou seja, só oferecem uma organização de maior rigor 
lógico há cerca de pouco mais de um milênio. Não eram dois fatos que a partida dobrada estava, 
por evolução, a sugerir que se registrasse, mas um só fenômeno, sob dois aspectos contábeis: o de 
seu débito (efeito) e de seu crédito (causa). A inserção do valor sugeria-se em dobro, embora só um 
fato estivesse acontecendo, mas revestido de dois aspectos distintos (um valor identificando a causa 
e o mesmo valor identificando o efeito. (DE SÀ, p. 25) 
 Método de escrituração difundido na Itália por volta do século XIV, e que se tornou 
conhecido universalmente através da obra do Frei Luca Pacioli. A ideia central desse método 
consiste em que, em qualquer operação realizada haverá para cada débito um crédito de igual valor. 
 
 
O método das partidas dobradas pode ser considerado como um dos marcos mais importantes para o 
desenvolvimento da Contabilidade, e ainda hoje, os fatos são registrados de acordo com esse 
método. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 132-133) 
 Com a obrigatoriedade metodológica de sempre se explicar, pelo registro, a causa e o efeito 
do que acontece, surgiu a Partida Dobrada. (DE SÀ, p. 26) 
 Outro livro que receberia todos os registros acontecidos, à medida que fossem ocorrendo, 
dia a dia, seria o Diário. (DE SÀ, p. 27) 
 
2.8 RAZONETES 
 
 Esse método consiste em controlar as movimentações financeiras das contas patrimoniais 
sem utilizarmos valores negativos, permanecendo todos os valores positivos, mas reduzindo ou 
aumentando as contas conforme suas contrapartidas. Esse procedimento nos permite manter uma 
espécie de histórico dos valores das transações por onde passaram e onde estão os recursos das 
entidades. Para ilustrar o método das partidas dobradas utiliza-se razonetes (que também são 
conhecidos por contas T) para separar as operações em crédito (lado direito do razonetes) e débito 
(lado esquerdo dos razonetes), conforme apresentação gráfica abaixo: (ALMEIDA, 2015) 
CONTA PATRIMONIAL 
 
DÉBITO CRÉDITO 
 
 
 
 
 
 
 Quando utilizamos razonetes, sempre que ocorrer o lançamento de um evento, ele deverá ter 
seu desmembramento em um crédito em uma conta patrimonial ou em mais contas, como também 
precisará ter uma contrapartida em débito em outra conta ou em outras contas patrimoniais, desde 
que o valor total seja o mesmo tanto no débito quanto no crédito. (ALMEIDA, 2015) 
 
 
2.9 COMPORTAMENTO DAS CONTAS EM FUNÇÃO DOS LANÇAMENTOS CONTÁBEIS 
 
2.9.1 Contas do Ativo 
 
 
 
 Elas representam os bens e direitos da empresa e, por convenção, são consideradas de 
natureza devedora. Assim, qualquer lançamento a débito aumenta o saldo das contas do ativo e a 
crédito diminui. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 141) 
CONTAS DO ATIVO 
DÉBITO CRÉDITO 
Aumento Diminuição 
 
 
2.9.2 Contas do Passivo 
 
 Representam as obrigações da empresae, por convenção, são de natureza credora. Assim, 
lançamento a débito do passivo diminui o saldo e a crédito aumenta. (FAVERO; LONARDONI; 
TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 142) 
CONTAS DO PASSIVO 
DÉBITO CRÉDITO 
Diminuição Aumento 
 
2.9.3 Contas do patrimônio líquido 
 
 São os recursos investidos pelos proprietários da empresa acrescidos ou reduzidos dos seus 
resultados obtidos. As contas do patrimônio líquido são, por convenção, de natureza credora. 
Assim, o saldo das contas aumenta por lançamento a crédito e diminui quando ocorrem 
lançamentos a débito. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 142-143) 
CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDDO 
DÉBITO CRÉDITO 
Diminuição Aumento 
 
 
2.10 BALANÇO PATRIMONIAL 
 
 Demonstração que reflete a posição financeira e patrimonial da empresa em dado momento. 
É a demonstração de maior utilização pelas empresas e tem como finalidade demonstrar a posição 
de bens, direitos e obrigações em determinado momento, evidenciando a situação líquida. É muito 
importante para a análise da estrutura de capital e da capacidade financeira da empresa. O Balanço 
Patrimonial reflete a posição da empresa financeiramente. 
 
 
 Segundo MARION (2009, p. 44-45): 
 
É a principal demonstração contábil. Reflete a Posição Financeira em determinado 
momento, normalmente no fim do ano ou de um período prefixado. É como se tirássemos 
uma foto da empresa e vivêssemos de uma só vez todos os bens, valores a receber e valores 
a pagar em determinada data. 
 
 
 O Balanço Patrimonial é constituído de duas colunas: a coluna do lado direito, denominada 
Passivo e Patrimônio Líquido, a coluna do lado esquerdo, denominada Ativo. (MARION, 2009, p. 
45) 
 
2.10.1 Ativo 
 
 São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, mensuráveis monetariamente, que 
representam benefícios presentes ou benefícios futuros para a empresa. (MARION, 2009, p. 45) 
 A capacidade de geração de caixa é a característica mais importante do ativo. [...] O Ativo 
apresenta quatro características simultâneas: bens ou direitos, propriedade, mensurável em dinheiro 
e benefícios presentes ou futuros. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 68) 
 
2.10.1.1 Bens ou direitos 
 
 São bens os investimentos efetuados para que a entidade execute suas atividades com vistas 
a alcançar seu objetivo-fim. São classificados em bens tangíveis e intangíveis. Os bens tangíveis são 
aqueles que tem forma física por exemplo: veículos, edificações, móveis, equipamentos, etc. Os 
bens intangíveis não apresentam forma física, não sendo, portanto, palpáveis. Como por exemplo: 
marcas, patentes, fundo de comercio adquirido, etc. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; 
SOUZA, 2011, p. 68) 
 São direitos aqueles valores de que a empresa poderá dispor em prazo imediato ou futuro. 
São representados por duplicatas a receber, títulos a receber, aluguéis a receber, etc. (FAVERO; 
LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 68) 
 
2.10.1.2 Propriedade 
 
 Propriedade é a característica do Ativo que tem relação com a posse, contudo, nem sempre, 
a propriedade vem acompanhada de posse. Pode-se estar de posse de um bem ou direito sem, no 
entanto, sermos seu proprietário, assim como podemos ser proprietário de determinado bem ou 
direito sem ter sua posse. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 69) 
 
 
 
2.10.1.3 Mensuráveis em dinheiro 
 
 Os bens e direitos devem ser mensuráveis em dinheiro. Bens ou direitos que não tenham 
essa possibilidade de conversibilidade não serão considerados ativos, dada a impossibilidade de 
registro, em face da ausência de valor para sua identificação. Podem ser considerados de forma 
qualitativa e quantitativa. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 69) 
 
2.10.1.4 Benefícios presentes ou futuros 
 
 Para ser considerado Ativo, é necessário também que o bem ou direito possa trazer benefício 
no presente ou no futuro para a empresa, ou seja, tenha potencialidade de geração de caixa. 
(FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 69-70) 
 
2.10.2 Passivo 
 
 Vamos dividir o Passivo em dois grandes grupos: Exigível e não exigível. O passivo 
exigível evidencia toda obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros: contas a pagar, 
fornecedores de matéria prima (a prazo), impostos a pagar, financiamentos, empréstimos etc. A 
obrigação não exigível também pode ser vista como uma dívida. Só que essa dívida não será 
reclamada. Enquanto a empresa estiver num processo de continuidade, funcionando não precisa 
pagar essa obrigação. (MARION, 2009, p. 48-49) 
 
2.10.3 Patrimônio Líquido 
 
 Evidencia recursos dos proprietários aplicados no empreendimento. O Patrimônio Liquido 
não é acrescido com os novos aumentos de capital, mas também, e isso é mais comum, com os 
rendimentos resultantes do capital aplicado. Esse rendimento denominamos de lucro. [...] 
Algebricamente, é bastante simples encontrar o PL: basta subtrair do ATIVO as dívidas da empresa, 
ou seja o PASSIVO. (MARION, 2009, p. 49-51) 
 
2.10.4 Requisitos do balanço patrimonial 
 
 O Balanço Patrimonial é composto de um cabeçalho que conterá: denominação da empresa, 
título da demonstração (BL) e data de encerramento do balanço. O corpo do balanço é constituído 
 
 
por duas colunas: a esquerda, que chamamos de Ativo, e a direita, que chamamos de Passivo e 
Patrimônio Líquido (MARION, 2009, p. 54) 
 
 
2.10.5 Grupo de contas 
 
 
 As contas do ativo são agrupadas de acordo com sua rapidez de conversão em dinheiro: de 
acordo com seu grau de liquidez. Em primeiro lugar agrupam-se as contas que já são dinheiro 
(caixa, bancos, etc.) com as que se converterão em dinheiro rapidamente (títulos a receber, 
estoques, etc) A esse grupo denominamos Ativo Circulante. (MARION, 2009, p. 62-63) 
 Em segundo lugar serão agrupadas as contas que se transformarão em dinheiro mais 
lentamente. São ativos de menor grau de liquidez (valores a receber, mas que levam muito tempo 
para serem recebidos. Estas contas denominamos de realizável a longo prazo que fazem parte de um 
grupo chamado Passivo Não Circulante (com vencimento superior a 12 meses). (MARION, 2009, 
p. 63) 
 As contas do Passivo e Patrimônio Líquido são agrupadas de acordo com seu vencimento, 
isto é, aquelas a serem liquidadas mais rapidamente serão destacadas daquelas a serem pagas num 
prazo mais longo. Em primeiro lugar, agruparemos as contas que serão pagas mais rapidamente 
(salários a pagar, impostos etc). Esse grupo é chamado de Passivo Circulante (com vencimento até 
a 12 meses. Em segundo lugar, as contas que serão pagas num prazo mais longo (financiamentos, 
etc). Essas contas são chamadas de exigível a longo prazo e fazem parte do grupo denominado 
Passivo Não Circulante. Em terceiro lugar, as contas que, praticamente não serão pagas. São as 
obrigações com os proprietários da empresa, as obrigações não exigíveis. Esse grupo é chamado de 
Patrimônio Líquido. (MARION, 2009, p. 63). 
 De acordo com a Lei 6.404/76 e atualizações posteriores, o Balanço Patrimonial pode ser 
estruturado conforme segue: (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 66-67) 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
Em ___/___/_____ 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
 Disponibilidades Fornecedores 
Caixa Empréstimos Bancários 
 Bancos c/ Movimento Obrigações Trabalhistas 
Créditos Obrigações Sociais e Fiscais 
 Duplicatas a Receber Obrigações Provisionadas 
 Outros Créditos Outras Obrigações 
 
 
Estoques Passivo não Circulante 
 Mercadorias para Revenda 
Despesas do Exercício Seguinte 
 Passivo Exigível a Longo Prazo 
 Fornecedores 
Prêmios de Seguros a Apropriar Financiamentos 
Ativo não Circulante Outras Obrigações 
 Ativo Realizável a Longo Prazo 
 Créditos PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 Duplicatas a Receber Capital Social 
 Investimentos Capital Social 
 Ações de Outras Companhias (-) Capital a Integralizar 
Imobilizado Ajustesde Avaliação Patrimonial 
 Imóveis para Uso Reservas de Lucros 
 Veículos Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 Móveis e Utensílios 
 (-) Depreciação Acumulada 
Intangível 
 Fundo de Comercio 
 Marcas e Patentes 
 (-) Amortização Acumulada 
 
 
2.11 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE 
 
 A Demonstração do Resultado do Exercício é um relatório contábil que procura demonstrar 
o resultado obtido pela entidade em determinado período de tempo através da confrontação entre as 
receitas e despesas desse mesmo período. Essa demonstração está intimamente ligada ao Princípio 
da Competência. De acordo com o art. 187 da Lei nº 6404/76 e atualizações posteriores, o DRE 
pode ser estruturado conforme segue: (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 
92) 
 
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
Período __/__/____ a __/__/____ 
Receita Operacional Bruta 
 Vendas 
(-) Deduções da Receita Bruta 
 ICMS sobre Vendas 
 PIS sobre Faturamento 
 CONFINS sobre Faturamento 
 Devoluções e Abatimentos 
 
 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas 
(=) Lucro Bruto 
Despesas Operacionais 
 Despesas com Vendas 
 Despesas Gerais e Administrativas 
 (±) Despesas Financeiras deduzidas das Receitas Financeiras 
 (±) Outras Receitas e Outras Despesas Operacionais 
(=) Resultado Operacional Líquido 
(±) Outras Receitas e Outras Despesas 
 (+) Outras Receitas 
 (-) Outras Despesas 
(=) Resultado Líquido antes da Contribuição Social e Imposto de Renda 
(-) Provisão para Contribuição Social 
(-) Provisão para Imposto de Renda 
(=) Resultado Líquido antes das Participações 
(-) Participações 
 Participações de Debentures 
 Participações de Empregados 
 Participações de Administradores 
 Participações de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados 
(=) Resultado Líquido do Exercício 
 
 É importante frisar que os fatores iniciais estejam corretos no DRE, pois caso não estejam, 
os mesmos irão influenciar nos resultados posteriormente lançados no DRE. Com isso não terá os 
dados reais a respeito da empresa a ser analisada. 
 Segundo FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, (2011, p. 93): 
 
A Demonstração do Resultado do Exercício é apresentada de acordo com o método 
dedutivo, ou seja, tomam-se como ponto de partida para apuração do resultado do período 
as vendas totais ocorridas, e partir daí, através de um processo dedutivo, chega-se ao 
resultado. Nesse sentido, entendemos ser importante salientar que, os parâmetros iniciais 
devem estar absolutamente corretos, pois, caso contrário, em nenhuma hipótese chegaremos 
a resultados corretos. Em outras palavras; se o valor das vendas não representar o total das 
transações da empresa, os lucros apurados também não refletirão os resultados reais. 
 
 
2.12 CONCEITUANDO RECEITAS, DESPESAS E RESULTADOS 
 
O DRE, apresenta os resultados obtidos por uma entidade, realizando a comparação entre 
receitas e despesas para obter seu resultado. Abaixo segue os conceitos de cada fator envolvido, 
sendo eles nesse caso, as Receitas, Despesas e o Resultado. 
 
 
 
2.12.1 Receitas 
 
 Receita representa a entrada de recursos para o Ativo, sob forma de dinheiro, direitos a 
receber e outros, decorrentes da venda de mercadorias, produtos ou serviços, em determinado 
período de tempo, provocando consequentemente alterações no Ativo e Patrimônio Líquido das 
entidades. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 99) 
 
2.12.2 Despesas 
 
 Despesa representa os sacrifícios de recursos com que a entidade se vê obrigada a arcar para 
obtenção da receita. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 102) 
 
2.12.3 Resultado 
 
 [...] Resultado representa a diferença entre as receitas e despesas de uma entidade em 
determinado período de tempo. De acordo com o comportamento das receitas e despesas, o 
resultado pode ser assim classificado: (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 
99) 
• Positivo: Quando a soma das receitas for superior à soma das despesas. Esse resultado é 
comumente denominado de lucro nas empresas com fim lucrativos e superávit nas sem fins 
lucrativos. (FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 99) 
• Equilíbrio: Quando a soma das receitas for exatamente igual à soma das despesas. 
(FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 102) 
• Negativo: Quando a soma das receitas for inferior à soma das despesas. Nas empresas com 
fins lucrativos recebe a denominação de prejuízo e nas sem fins lucrativos a denominação de déficit. 
(FAVERO; LONARDONI; TAKAKURA; SOUZA, 2011, p. 104) 
 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Com esse trabalho foi possível observar a importância da contabilidade em sua vivência 
prática. Com ela podemos obter através de suas demonstrações contábeis vários dados importantes 
sobre uma empresa. 
 Foi possível observar métodos de cálculo, onde foi focado o Balanço Patrimonial, e o 
demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE) desde sua construção e organização. Nele 
podemos constatar todos os detalhes de uma movimentação financeira de uma empresa. 
 Um administrador deve dar grande atenção ao analisar um Balanço Patrimonial, pois nele 
concentra-se dados que poderão mudar os rumos de uma decisão dentro da Organização, sabendo 
filtrar e usá-los para suas tomadas de decisão. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
FAVERO, Hamilton Luiz; LONARDONI, Mário; SOUZA, Clóvis de; TAKAKURA, Massakazu. 
Contabilidade Teoria e Prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
 
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
DE SÁ, Antônio Lopes. Teoria da Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
ALMEIDA, José Elias Feres. Fundamentos de Contabilidade para os Negócios. 1. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2015.

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