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Edição n 287 - Junho de 2016 - 1 2 - Revista BQ - Banas Qualidade Os valores-p não me assustam. Análise de Dados Destemida Analisar dados com o Minitab Statistical Software é fácil e agora Minitab 17 está disponível em Português. Um Assistente integrado guia você durante todo o processo, desde a escolha da ferramenta correta até a realização da sua análise e interpretação dos seus resultados. Você conhece o seu negócio. Minitab fornece a confiança necessária para melhorá-lo. w w w. m i n i t a b . c o m Fearless_21x28cm_PT-BR.indd 1 2/26/2014 10:38:49 AM http://www.minitab.com/pt-br Edição n 287 - Junho de 2016 - 3 Os valores-p não me assustam. Análise de Dados Destemida Analisar dados com o Minitab Statistical Software é fácil e agora Minitab 17 está disponível em Português. Um Assistente integrado guia você durante todo o processo, desde a escolha da ferramenta correta até a realização da sua análise e interpretação dos seus resultados. Você conhece o seu negócio. Minitab fornece a confiança necessária para melhorá-lo. w w w. m i n i t a b . c o m Fearless_21x28cm_PT-BR.indd 1 2/26/2014 10:38:49 AM Revista Banas Qualidade Telefones: +55(11) 3798.6380 /3742.4838 Email: redacao@edila.com.br Twitter: @banasqualidade Facebook: banasqualidade Site: http://www.banasqualidade.com.br Editorial Publisher: Fernando Banas redacao@edila.com.br Editor: Hayrton do Prado hayrton@uol.com.br Colaboradores Editoriais Claudemir Y.Oribe Cristina Werkema Dolores Affonso Ernesto Berg Maurício Ferraz de Paiva Roberta Pithon Roberto Inagake Colaboradores da Edição Alberto W. Ramos Bárbara Belchior Melo Eduardo Moura Emma Danielsson Genilda Pressato da Rocha Maicon Cavalieri de Alencar Marcos Paulo Lavatori Masaaki Imai Nigel H Croft Roberto Camanho Savério Martins Correa Diretoria Operacional Christine Banas Telefone: +55(11) 3742.4838 christine.banas@edila.com.br Publicidade Edila Editorial Latina Ltda. Telefone: +55(11) 3742.4838 comercial@edila.com.br Assinaturas Telefone: +55(11) 9915.8240 assinaturas@edila.com.br Assinatura digital Anual (12 edições) : R$ 140,00 Bianual (24 edições) : R$190,00 A Revista Banas Qualidade - DIGITAL é publicada pela Quality Innovation Estratégia Empresarial Ltda. com sede em São Paulo/SP - Brasil. A publicação não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos aqui emitidos por seus articulistas e colunistas. ISSN - 1676-7845 Ano XXV - Edição 287 Junho de 2016 Hayrton R. do Prado Filho hayrton.prado@epse.com.br Será que a normalização é um negócio? Editorial No Brasil de hoje, não haverá futuro fácil, o remédio será amargo e a mudança só virá à custa de sacrifícios. Mas o processo está apenas começando – que sejam punidos todos os que merecerem e que tenhamos o Brasil que o brasileiro, honesto e alegre quer. A esperança é de um país mais sério, mais ético, com menos promessas oportunistas e com menos corrupção e desvios de finalidades. Com esperança de que a crise na normalização ceda lugar à volta dos técnicos nos processos normativos e do aumento de competitividade do país com processos normativos mais éticos. Agora, vamos ao título: será que a normalização é um negócio? Não acho. O processo de normalização é tão importante para o país que reflete diretamente na competitividade na sua indústria, na prestação de serviços, ou seja, impacta toda a sociedade. Dificultar, através dos altos custos das normas técnicas para as pessoas jurídicas e para os profissionais que dependem das normas técnicas para adquirir conhecimento, em minha opinião, é um crime de lesa pátria. Não se pode dificultar o acesso às informações tecnológicas contidas nas normas técnicas, em detrimento dos reais benefícios que essas informações, se amplamente disseminadas, poderiam trazer ao país e à sociedade. Ter essa visão errada, diferente da visão dos países desenvolvidos, interfere drasticamente no desenvolvimento tecnológico do Brasil, à medida que as pessoas ou organizações deixam de investir grande parte de seu trabalho para o aprimoramento do conhecimento já existente. Tudo isso reflete na competitividade das organizações nacionais, principalmente das micro e pequenas empresas, pois os seus produtos e serviços, por falta de conhecimento ou recursos ao acesso às informações tecnológicas básicas, acabam não atendendo aos requisitos mínimos necessários para garantir a segurança e saúde das pessoas, a preservação do meio ambiente, o bom desempenho, etc. Elas estão sendo sujeitas às penalidades constantes nas legislações em vigor, como a Justiça já vem reconhecendo. mailto:redacao@edila.com.br http://www.banasqualidade.com.br/ mailto:redacao@edila.com.br mailto:hayrton@uol.com.br mailto:christine.banas@edila.com.br mailto:comercial@edila.com.br mailto:assinaturas@edila.com.br mailto:hayrton.prado@epse.com.br 4 - Revista BQ - Banas Qualidade 03 EDITORIAL 04 SUMÁRIO 06 INSIDE Por dentro da notícia 08 EM FOCO A ISO 9001:2015 e a inovação 10 SEIS SIGMA A importância do cálculo do retorno financeiro do Lean Seis Sigma 14 GESTÃO Os sete piores erros no uso de indicadores de desempenho 20 PELO MUNDO 22 CONFLITOS Amplie as suas escolhas 26 COMPORTAMENTO Como fazer do tempo seu aliado 34 MASP Melhor evitar do que remediar 32 MINITAB Case Buckman 38 EVENTOS Evento sobre economia colaborativa 42 CAPA Face a Face com Masaaki Imai - O guru do Kaizen 52 QUALITY PROGRESS Os mapas de riscos simplificam os projetos dos Green Belts 60 FERRAMENTAS Sistemas de Gestão Ambiental II 64 RECURSOS HUMANOS Mantenha motivado no trabalho e conquiste seus crescimento pessoal 68 MEIO AMBIENTE Aprendendo a medir o desempenho energético com a norma técnica 78 RISCOS Os perigos associados aos resíduos dos serviços de saúde (RSS) 86 METROLOGIA I Uma metodologia para análise de urânio em aguas 92 METROLOGIA II Ensaios de Proficiência 94 CARTAS 96 NORMAS Normas & Diretrizes publicadas Sumário Edição n 287 - Junho de 2016 - 5 Nós levamos a informação onde ela precisa estar www.banasqualidade.com.br www.revistanormas.com.br Banas Qualidade http://www.banasqualidade.com.br/ http://www.revistanormas.com.br/ 6 - Revista BQ - Banas Qualidade Inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside- inside - inside - inside - inside Quão sujo está seu ar? Você sabia que o ato de cozinhar ovos todas as manhãs estavam pode colocá-lo em risco de morte prematura? O perigo não estão nos ovos em si, mas nas pequenas partículas de óleo de cozinha que o calor do fogão lançava no ar. Estas partículas, conhecidas como PM2.5, devido ao seu tamanho de 2,5 mícron, têm sido associados à asma, doença cardíaca, acidente vascular cerebral e até mesmo autismo e Distúrbio do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças nascidas de mães expostas durante gravidez. A Organização Mundial da Saúde estima que 80 por cento das pessoas que vivem em ambientes urbanos estão sendo expostos a níveis insalubres de poluição atmosférica proveniente de partículas e ele diz que elas causam quatro milhões de mortes anualmente em todo o mundo. A maioria dessas mortes vêm de cozinhar em interiores pouco ventilados e fogo de aquecimento. Partículas de ar são invisíveis, mas uma nova geração de monitores de ar para interior, fazem com que seja fácil saber a qualidade do ar instantaneamente e tomar medidas corretivas imediatas. http://www.technologyreview.com. br/read_article.aspx?id=50427 Faça resiliência a chave para um futuro próspero Vivemos em um mundo onde a taxa de mudanças esta a velocidades nunca vistas antes. O nosso clima está se alterando, há instabilidade política e os consumidores parecem mudar as suas mentes em um capricho, para não mencionar a tecnologia que está avançando a taxas exponenciais. Assim como as organizações podem manter- se? Resiliência é a chave, e um novo padrão de desenvolvimento que visa o reforço da resistência acaba de chegar a uma fase crucial. A resiliência organizacional é a capacidade de uma organização em responder e se adaptar à mudança, antecipando futuras ameaças e oportunidades e entender suas vulnerabilidades. Ela inclui um planejamento eficaz e uma tomada de decisão capaz de construir uma capacidade de adaptação em circunstâncias complexas e em rápida mutação , alem de dar agilidade para gerenciar uma ampla gama de riscos únicos ao seu funcionamento. A nova Norma Internacional que está sendo desenvolvido irá fornecer os princípios, atributos e atividades que podem fortalecer a resiliência de uma organização. A ISO 22316 -Segurança e Resiliência - Orientações para a resiliência organizacional, esta sendo desenvolvida na comissão técnica ISO / TC 292, que é liderada pelo SIS, membro da ISO para a Suécia. http://www.iso.org/iso/home/news_ index/news_archive/news.htm?refid=Ref2081 http://www.technologyreview.com/ http://www.iso.org/iso/home/news_ Edição n 287 - Junho de 2016 - 7 Inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside - inside- inside - inside - inside - inside Os pagamentos móveis terão nova série de normas Não faz muito tempo que um telefone celular foi usado exclusivamente para fazer chamadas telefônicas. Nos dias de hoje, ele é usado para tudo, desde navegar um caminho através das ruas, pagar nossas contas e até gerir as contas bancárias. Os pagamentos móveis e serviços bancários são uma das áreas de mais rápido crescimento de uso móvel, mas é necessário que as funções para trabalhar através das várias plataformas envolvidas, tenham processos harmonizados e transparência. Uma nova série de normas para o desenvolvimento tem como objetivo oferecer isso. A série ISO 12812 de normas e especificações técnicas, visa definir os termos e requisitos que permitam a interoperabilidade maior e mais avançada. Suas diversas partes definem os componentes técnicos e suas interfaces e os papéis das diferentes partes envolvidas. As normas e especificações técnicas da série irá incluir: • ISO 12812-1, Core banking - serviços financeiros móveis - Parte 1: Quadro geral • ISO / TS 12812-2, Core banking - serviços financeiros móveis - Parte 2: Segurança e proteção de dados para serviços financeiros móveis • ISO / TS 12812-3, Core banking - serviços financeiros móveis - Parte 3: Gestão de ciclo de vida de aplicação financeira • ISO / TS 12812-4, Core banking - serviços financeiros móveis - Parte 4: Pagamentos móveis para pessoas • ISO / TS 12812-5, Core banking - serviços financeiros móveis - Parte 5: Os pagamentos móveis para empresas http://www.iso.org/iso/home/news_index/ news_archive/news.htm?refid=Ref2083 Inmetro fortalece parcerias sobre Sistemas de Gestão da Qualidade A colaboração entre países de língua portuguesa, por meio de troca de experiências sobre Sistema de Gestão da Qualidade, foi o foco do Expert Group Meeting (EGM), evento organizado pelo Inmetro, Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi),. O EGM reuniu representantes de institutos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe, além do Brasil. O representante oficial da Unido no Brasil, Gustavo Aishemberg, lembrou que a iniciativa de cooperação, por meio do EGM, marca os 50 anos de atuação da Unido, comemorados neste ano. “Acreditamos que o SGQ é uma das ferramentas capazes de contribuir para melhorias nos países em desenvolvimento. http://www.inmetro.gov.br/noticias/verNoticia.asp?seq_noticia=3860 http://www.iso.org/iso/home/news_index/ http://www.inmetro.gov.br/noticias/verNoticia.asp?seq_noticia=3860 8 - Revista BQ - Banas Qualidade Em Foco A ISO 9001:2015 e a Inovação Por Dr Nigel H Croft “Nós gostaríamos de inovar, mas nosso sistema ISO não permite”. Quantas vezes eu tenho escutado esta bobagem ao longo dos anos? Como se o sistema de gestão da qualidade fosse gravado em pedra, e jamais pudesse sofrer melhorias mais drásticas do que aqueles pequenos ajustes que fazem parte da filosofia de Kaizen! Infelizmente, esta percepção errada de que um sistema baseado na ISO 9001 inibe ao invés de promover a inovação tem induzido algumas empresas a enxergar inovação como uma atividade a ser realizada “fora do SGQ”, e não como parte integrante (e importante!) do mesmo. Um dos desafios ao desenvolver a nova ISO 9001:2015 era no sentido de descobrir até onde deveríamos ir com este tema de inovação - Requerer que uma empresa inove? Talvez não necessário e/ou realista. Evitar o assunto totalmente, e correr o grande risco de manter o status quo? Também não! Optamos então para alterar o princípio de gestão da qualidade e a clausula da ISO 9001 que antes tratavam de “melhoria continua” para ser chamada apenas de “melhoria”, reconhecendo que existem diversas formas da mesma, incluindo (claro!) a melhoria continua, mas também melhorias de rompimento, inovação e reorganização. Cabe à empresa definir o mecanismo mais apropriado para tratar das diversas situações que ela encontra ao longo do tempo. A ISO também está em pleno processo de desenvolver uma nova série de normas especificas sobre inovação, incluído uma norma de terminologia (ISO 50500) e uma norma orientativa para Sistemas de Gestão da Inovação (ISO 50501) que seguirá a mesma estrutura de alto nível que a ISO 9001 e ISO 14001. Resumindo, não é a intenção da nova ISO 9001 definir requisitos para gerir a inovação ou impô-la como um requisito para qualquer organização, mas, por outro lado, o SGQ deverá ajudar e não dificultar tais iniciativas conforme sejam necessárias para a sobrevivência e sucesso da empresa. Mas, vale a pena relembrar as palavras do Dr. Deming “Sobrevivência não é obrigatória”! t Nigel H. Croft, Presidente APCER Brasil e Membro da Academia Brasileira da Qualidade Edição n 287 - Junho de 2016 - 9 Estatística pode ser poderosa. Com o Quality Trainer, um curso de aprendizado on-line da Minitab, você aprende a estatística necessária para suas tomadas de decisões baseada em seus dados. Entenda como analisar os seus dados e tenha poder para melhorar o seu negócio. e - l e a r n i n g f o r s t a t i s t i c s w w w . q u a l i t y t r a i n e r . c o m TwoAds_QT_DEVIZE_PT-BR.indd 2 5/28/2015 11:18:06 AM http://www.qualityytrainer.com/ 10 - Revista BQ - Banas Qualidade Seis Sigma A importância do cálculo do retorno financeiro do Lean Seis Sigma Edição n 287 - Junho de 2016 - 11 Para garantir que os resultados dos projetos Lean Seis Sigma sejam traduzidos para a linguagem financeira é necessária uma forte atuação da controladoria da empresa. Por Cristina Werkema Um dos principais fatores responsáveis pelo sucesso do Lean Seis Sigma é a mensuração direta dos benefícios do programa na lucratividade da empresa (“bottom-line results”). Esse é também um dos mais evidentes diferenciais em relação aos tradicionais programas para melhoria da qualidade. Para garantir que os resultados dos projetos Lean Seis Sigma sejam traduzidos para a linguagem financeira é necessária uma forte atuação da controladoria da empresa, para: 1Validação dos ganhos resultantes dos projetos. 2 Estabelecimento de critérios claros para quantificação dos ganhos. 3 Identificação de oportunidades para potenciais projetos. 4 Alocação de profissionais para auxílio dos especialistas nos cálculos financeiros. O profissional da controladoria alocado para as quatro funções anteriores costuma receber a designação Money Belt. No cálculo dos ganhos financeiros, devem ser levados em conta os custos da não qualidade reduzidos ou eliminados como resultado dos projetos Lean Seis Sigma. Alguns exemplos são os custos de retrabalho, refugo, desperdícios, capacidade não utilizada, inspeções e testes, devoluções de produtos pelos consumidores e recalls. Também devem ser considerados os ganhos associados a custos difíceis de serem calculados (soft savings), como os decorrentes da perda de clientes ou de novas oportunidades de negócio em conseqüência da deterioração da imagem da marca do produto e/ou da empresa. Para que a ambiguidade das métricas associadas aos soft savings possa ser reduzida, a empresa deverá criar padrões para a sua quantificação. Os conceitos dos projetos Lean Seis Sigma com impacto econômico-financeiro são: A. Cost/investiment avoidance: Projeto que visa evitar aumento do patamar de custos em decorrência de evento externo, novos projetos ou novas atividades. Exemplo: atendimento a um aumento de mercado sem que ocorra a necessidade de aumentar turnos. B.Cost reduction: projeto que visa reduzir custos que impactam efetivamente na atividade operacional da empresa. Exemplo: racionalização de material direto, redução de reprocesso, redução do Índice de Reclamação de Campo, redução de hora extra, aumento da vida útil de refratários, redução do custo da logística interna de transporte. C. Capacity increase: Projeto que visa racionalizar atividade, gerando ganhos de produtividade. Os ganhos dependerão da utilização da capacidade disponibilizada. Exemplo: redução do tempo de pintura, permitindo aumento de volume, sem abertura de turnos incrementais ou contratação de pessoal ou ainda reduzindo a mão de obra. D. Incremental revenue: Projeto que visa criar novas fontes de receita para a organização. Exemplo: criação de novos produtos e novos negócios. u 12 - Revista BQ - Banas Qualidade Já os conceitos dos projetos Lean Seis Sigma que impactam em qualidade e/ou imagem são: a. Quality improvement: Projetos que reconhecidamente proporcionam ganhos de qualidade, porém os ganhos econômicos são de difícil detecção. Exemplo: redução do desvio- padrão da resistência do cimento. b. External image projection: Projeto cuja finalidade é ajudar a manter ou melhorar a imagem externa da empresa. São ações que se não forem empreendidas, com certeza impõem um risco potencial permanente de prejuízo à imagem, mas não asseguram ganhos palpáveis quando a empresa atua no sentido de implantar alguns tipos de melhoria. Seu retorno é de difícil quantificação econômica. Exemplos: projetos nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente. É importante ressaltar que a atuação da controladoria deve começar no início da implantação do Lean Seis Sigma. Os principais benefícios da forte e ampla atuação da controladoria da empresa são: I. Padronização dos métodos de cálculo. A padronização garante que todos os setores da empresa realizem os cálculos do mesmo modo, eliminando inconsistências e gerando resultados comparáveis. II. Prevenção do registro de benefícios incorretos. Quando o cálculo dos ganhos é efetuado pela própria equipe que realizou o trabalho, podem não ser levados em consideração outros processos fora do escopo imediato do projeto, mas que são por ele afetados. III. Disponibilização dos resultados para serem auditados. Conforme ocorre com todos os indicadores financeiros, os benefícios do projeto devem ser sujeitos à auditoria. IV. Imparcialidade. Quando a controladoria valida os resultados, é possível evitar a tentação da equipe do projeto de registrar benefícios potenciais e não somente benefícios reais. Quando está presente a imparcialidade, a empresa pode confiar que os resultados são reais. V. Integração ao processo orçamentário. Todo processo aprimorado necessita ser considerado no próximo orçamento ou previsão financeira, de modo a garantir a sustentabilidade dos resultados alcançados.t Cristina Werkema é proprietária e diretora do Grupo Werkema e autora das obras da Série Seis Sigma Criando a Cultura Lean Seis Sigma, Design for Lean Six Sigma: Ferramentas Básicas Usadas nas Etapas D e M do DMADV, Lean Seis Sigma: Introdução às Ferramentas do Lean Manufacturing, Avaliação de Sistemas de Medição, Perguntas e Respostas Sobre o Lean Seis Sigma, Métodos PDCA e DMAIC e Suas Ferramentas Analíticas, Inferência Estatística: Como Estabelecer Conclusões com Confiança no Giro do PDCA e DMAIC e Ferramentas Estatísticas Básicas do Lean Seis Sigma Integradas ao PDCA e DMAIC, além de oito livros sobre estatística aplicada à gestão empresarial, área na qual atua há mais de vinte anos. cristina@werkemaconsultores. com.br Seis Sigma http://com.br/ Edição n 287 - Junho de 2016 - 13 http://www.excelint.com.br/ 14 - Revista BQ - Banas Qualidade Os sete piores erros no uso de indicadores de desempenho É perfeitamente possível usar indicadores e não estar exercendo a verdadeira gestão Edição n 287 - Junho de 2016 - 15 Gestão 16 - Revista BQ - Banas Qualidade Por Eduardo Moura Circula por aí o ditado “o que não se mede não pode ser gerenciado”. E muitos o interpretam da seguinte maneira: “se estamos medindo, então estamos gerenciando”. Ledo engano: é perfeitamente possível usar indicadores e não estar exercendo a verdadeira gestão. Discuto aqui os que, em minha opinião, são os erros “top seven” na questão de indicadores de desempenho organizacional. Se você é um gerente ou alto executivo, sugiro que use essa lista como um “teste de sanidade” de como sua empresa usa indicadores. Já lhe adianto que vai ser difícil escapar ileso desse “checkup”… Erro1 Só analisar números. Deming já alertava que os principais números de um negócio são desconhecidos e “inconhecíveis”. Por exemplo: quantas vendas estamos perdendo devido a clientes insatisfeitos ou por falta de inovação? Mas muitos reduzem a “gestão” à simples verificação de resultados numéricos, mais ou menos como quem controla o placar de um jogo. Isso é o que eu chamo de gestão símia. Até um chimpanzé é capaz de detectar se um número subiu ou baixou. Além disso, “administrar” com base apenas em números é como dirigir um automóvel olhando apenas para o espelho retrovisor. Há certas questões vitais que apontam para o futuro e que são impossíveis ou muito difíceis de traduzir numericamente, como por exemplo: estamos realmente sintonizados com o que vai na cabeça dos clientes, em seus diferentes segmentos? Conhecemos profundamente seus problemas e necessidades? Quais são as melhores oportunidades do mercado, neste exato momento? Temos respostas atrativas para tais coisas, mais do que os concorrentes? O que é que nos está impedindo de crescer? Qual é o nosso “core problem”, hoje? E muitas outras. Portanto, a questão é medir, sim, mas que os números sejam apenas uma das vertentes que se consideram com o propósito de lançar luz sobre o processo de análise, reflexão e tomada de decisões. Erro2 Só usar indicadores financeiros. Os resultados financeiros são simplesmente vitais, mas no fundo são apenas isso: resultados. Embora importantes e absolutamente indispensáveis de serem medidos e controlados, os números do “bottom line” monetário são “lagging indicators” (indicadores reativos), pois muita água já passou por debaixo da ponte quando chegamos aos resultados de rentabilidade. É preciso usar também os “leading indicators” (indicadores proativos) que permitam monitorar outras dimensões vitais do negócio, tais como o nível de inovação da empresa, a satisfação dos clientes, o nível de competência profissional e o comprometimento dos colaboradores, para citar apenas alguns exemplos. Esse foi o importante recado de Kaplan e Norton no início dos anos 90, ao introduzirem o conceito do BSC (“Balanced Scorecard”). As empresas mais rentáveis do planeta são aquelas que, paradoxalmente, não pautam suas ações pelo lucro, mas sim em um propósito central mais nobre que vai além de simplesmente gerar dinheiro. E o conjunto de indicadores de desempenho deve refletir em termos numéricos esse enfoque mais amplo. Erro3 Usar indicadores de cumprimento de metas. O conceito de administrar com base no cumprimento de metas predefinidas está tão arraigado nas mentes e corações da esmagadora maioria dos administradores que estou certo de que o que vou dizer aqui será considerado sacrilégio. Mas considere por um momento a possibilidade de que uma Edição n 287 - Junho de 2016 - 17 Gestão empresa não estabeleça e não exija o cumprimento de metas numéricas estabelecidas a priori (o que não quer dizer que o desempenho não seja monitorado). Ao fazer isso, alguns benefícios relevantes são imediatamente assegurados: a) a empresafica livre da mediocridade, pois evita que a equipe respire aliviada e pare de se esforçar quando metas fáceis de atingir são conquistadas; b) a equipe fica livre de um pesado clima de frustração (mesmo após ter feito um excelente trabalho) quando metas irrealistas não são atingidas. A esta altura alguém poderia argumentar: “Mas como trabalhar sem metas?!”. Bem, não estabelecer metas numéricas não significa ausência de objetivos. Uma coisa é elaborar objetivos estratégicos e decidir as correspondentes táticas, como resultado de um abrangente e profundo exercício de planejamento, e outra coisa completamente diferente é estabelecer arbitrariamente certas metas numéricas, após uma análise superficial. Por exemplo: “aumentar substancialmente as vendas no canal atacadista” (objetivo estratégico) através de “garantir a reposição em 24 horas do produto vendido e a substituição de produto que não gira” (a correspondente tática) é muito diferente de impor uma meta numérica tipo “aumentar 35% as vendas em todos os segmentos até Janeiro de 2014”. O exemplo anterior (estratégia e tática) serve para orientar e alinhar esforços, enquanto o segundo exemplo (meta numérica), ao contrário, pode disparar esforços divergentes, acirrar conflitos e acumular frustrações. Ainda sobre este ponto, um segundo questionamento poderia ser: “Mas sem metas o pessoal vai folgar”. Essa objeção resulta de adotar, lá no fundinho do coração, duas premissas a respeito das pessoas, a saber: que “as pessoas são naturalmente apáticas em relação ao trabalho, e, portanto, precisam de estímulo externo”, e que “a recompensa financeira é o melhor ou principal fator de motivação”. Ambas as premissas são falsas! A verdade é que planejamento, boa gestão e obtenção de resultados sustentáveis não tem nada a ver com o estilo vigente de declarar metas numéricas a priori e cobrar seu cumprimento a posteriori. Erro4 Usar indicadores de eficiência local. Este é um sintoma do “paradigma da fragmentação”, que se fundamenta na premissa equivocada de que “se cada parte realiza sua função, então o sistema como um todo estará operando em seu ponto ótimo”. Aplicado à estrutura organizacional de uma empresa, isto implica dividi-la em áreas funcionais ou departamentos, e em seguida definir objetivos para cada parte. E assim por diante: dentro de cada área (por exemplo a Produção) o procedimento é o mesmo, dividindo-o em sub- áreas (por exemplo Materiais, Manufatura, Engenharia de Processos, Qualidade, Expedição etc.), cada qual com seus respectivos indicadores locais ou específicos (por exemplo: nível de inventário, taxa de utilização de ativos, custo de produção, nível de qualidade do produto final). O que leva a pelo menos dois efeitos negativos: primeiro, as partes perdem a visão do fluxo global de trabalho que as integra e, segundo, seus “clientes” passam a ser os respectivos indicadores locais, ou seja, as partes agora se dedicam a “servir” o cumprimento ou “otimização” de seus números isolados. E ao contrário da sonhada otimização do desempenho da empresa, o resultado inevitável será a geração de conflitos internos e a sub-otimização do desempenho global! Por exemplo: o departamento de Materiais reduz o estoque de certas matérias primas (para melhorar seu indicador de inventário), mas variações no mix de demanda acabam causando paradas no u 18 - Revista BQ - Banas Qualidade departamento de Produção por falta de materiais (o que prejudica a taxa de utilização de ativos e o custo unitário de manufatura); Engenharia de Processos implementa idéias que aumentam a velocidade da linha (a fim de reduzir o “custo unitário de manufatura”) mas isso deteriora o índice de qualidade do produto final. Enquanto tudo isso acontece, lá fora existem clientes insatisfeitos com o tempo de resposta e a disponibilidade do produto final (indicadores que, curiosamente não são responsabilidade de nenhuma área específica e que portanto podem não estar sendo monitorados). Como consequência, a empresa perde oportunidades de venda e reduz sua participação no mercado. A saída para tais dilemas e incoerências consiste em identificar com clareza os processos empresariais que cruzam e integram as diferentes áreas e departamentos e, somente para tais processos, definir indicadores globais de desempenho. O que imediatamente elimina a multiplicidade de esforços improdutivos de coleta de dados e elaboração de relatórios, além de subordinar as diferentes áreas ao fluxo horizontal de processos e promover o alinhamento dos esforços para dar melhor serviço ao cliente final. Erro 5 Usar “estatística de elevador”. Esse erro resulta de confundir dois tipos distintos de variação: aquelas que são puramente aleatórias e intrínsecas do processo do qual se origina o indicador em questão (o que chamamos de “variação comum”), e a variação provocada por causas esporádicas, externas ao processo (chamada de “variação especial”). Mais precisamente, o erro está em confundir variação comum com variação especial. Explico, tomando como exemplo um indicador de vendas: ao comparar dois valores consecutivos, é altamente provável que eles sejam diferentes. Tomando como referência o primeiro valor, muito provavelmente o segundo ponto sobe ou baixa, não como resultado de alguma ação específica que tenhamos tomado antes, mas como resultado puramente aleatório de uma infinidade de causas naturais do processo (variação comum). Particularmente, se um valor se afasta razoavelmente da média, é muito provável que o próximo valor seja “atraído” em direção à mesma, já que é em torno da média que se concentram a grande maioria dos pontos. Suponha que tenhamos, por mero acaso, um valor de vendas relativamente baixo. Falto de maior conhecimento de como interpretar corretamente a variabilidade do processo de vendas, o gerente responsável reage àquele dado isolado e decide convocar o indivíduo ou equipe que reportou a informação, aplicando-lhe(s) uma repreensão ou discurso exortativo. O pessoal sai então desesperado para tentar vender mais (sem porém ter a menor ideia de qual tenha sido o seu erro, e muito menos do que fazer especificamente para que as vendas aumentem). É claro que, por mera questão probabilística (sem qualquer relação com o apelo do gerente Edição n 287 - Junho de 2016 - 19 Gestão ou com o esforço da equipe), o próximo valor das vendas será maior. O que produz um duplo engano: por um lado o gerente sai convencido de sua habilidade de “motivar” o pessoal, e por outro os vendedores se entusiasmam com sua “capacidade de reação”. Agora imagine a situação oposta, quando se obtém (por mero acaso) vendas relativamente altas. De novo o gerente reage e, para não dar a entender que é um chefe que só vê o lado ruim das coisas, decide elogiar e premiar o indivíduo ou equipe responsável pelo bom resultado. O pessoal então recebe de muito bom grado o reconhecimento, sem porém ter a menor ideia de o que é que fizeram de diferente para conquistar tal honraria. Novamente entra em cena a Senhora Probabilidade, e é claro que o próximo valor de vendas será menor do que o anterior. O que leva aquele gerente a concluir que não se pode elogiar as pessoas, que elas já ficam muito convencidas e tiram o pé do acelerador. Multiplique tais ocorrências ao longo do tempo, e o resultado será um gerente amargurado e uma equipe ressentida e desorientada, além de um processo que apresenta um desempenho crônico, sem um tendência expressiva de melhoria. A solução para este erro está a apenas umas poucas horas de treinamento, para que o gerente entenda a natureza da variação e saiba como aplicar um critério estatístico para interpretá-la corretamente e tomar decisões mais acertadas. Erro 6 Usar demasiados indicadores. Este erro também é uma consequência do “paradigma da fragmentação”. Ao dividir a empresa em departamentos, áreas ou mesmo processos, a tendência natural é considerar que todas as partes são igualmente importantes, e que portanto devemos monitorar o desempenho de cada uma. E com a facilidade dos sistemas informáticos, rapidamente se acumulam dados em grande quantidade. Além do desperdício de tempo e recursos, o principal problema resultante é a falta de foco. Se tudo eh importante, então nada é importante. E muito provavelmente não são medidos (ou não recebem a devida atenção) os números mais importantes da organização. Como recomendação geral, uma unidade de negócios não deveria ter mais do que 10 ou no máximo 20 indicadores globais de desempenho, cobrindo todos os resultados vitais da organização. Erro 7 Sepultar indicadores. Na maioria dos casos que se vê por aí, os números que as pessoas precisam controlar (seja na operação ou na gestão) estão enterrados em algum computador. Isso normalmente faz com que tais dados importantes não estejam prontamente disponíveis, mas a uma certa distância das pessoas, seja no tempo e/ou no espaço. Em processos operacionais, é preciso trazer a informação chave e colocá-la à vista do pessoal, para que não tenham que deslocar-se ou desviar sua atenção da operação. E em processos de gestão, é preciso colocar todos os resultados importantes simultaneamente à vista, para permitir uma análise sistêmica. Apesar de que hoje em dia as telas ou monitores grandes possam proporcionar visibilidade, e os tablets ofereçam portabilidade, a solução mais funcional e econômica para a questão da gestão à vista ainda são os velhos e confiáveis painéis ou quadro de indicadores. É claro que estes dão mais trabalho que aqueles, pois o trabalho de atualização da informação é manual, mas em compensação toda a informação relevante pode ser acessada com uma única mirada. t Eduardo Moura é diretor da Qualiplus Excelência Empresarial – emoura@qualiplus.com.br mailto:emoura@qualiplus.com.br 20 - Revista BQ - Banas Qualidade Pelo Mundo Jeannette Galbinski: Doutora em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Master of Science em Qualidade e Confiabilidade pelo Technion Institute of Technology. Graduada em Estatística pela USP, com especialização em Administração Industrial pela FundaçãoVanzolini. Master Black Belt e consultora internacional especialista na implementação de Ferramentas e Sistemas da Qualidade e projetos de Seis Sigma. Vendas de veículos caem As vendas de veículos caíram 28% até abril. Este índice se compara ao volume de 10 anos atrás. Em 4 meses, foram 27,6% menos veículos leves em comparação ao mesmo período de 2015, sendo um total de 622,6 mil unidades. O índice de aprovação de crédito para financiamentos de veículos, atingiu o nível mais baixo em 10 anos e o índice de inadimplência é de 4,9%. Recente Congresso coordenado pelo Automotive Business revela que somente em 2020 retornaremos os patamares anteriores. Estudos de Caso ASQ Centro de Conhecimento da ASQ lançou dois novos estudos de caso. A primeira é sobre a forma como o departamento de enfermagem de um hospital usou o definir, medir, analisar, melhorar, o método de controle, mapeamento do fluxo de valor e outras ferramentas de qualidade para melhorar a eficiência dos trabalhos de mudança do seu pessoal. O segundo explica como combinar TRIZ e Lean Six Sigma através de uma abordagem estruturada pode ajudar a reduzir o esforço e duração dos projetos de Lean Six Sigma em quase 10 vezes. http://tinyurl.com/case-study- nurse-dept e http://tinyurl.com/ case-study-triz ASQ Global State of Quality 2 Research De acordo com um nova pesquisa da ASQ, o big data, quando usado como parte dos esforços de qualidade e melhoria contínua, pode melhorar o desempenho organizacional por meio de previsão, modelagem preditiva e desenvolver insights inesperados. Apesar dos benefícios do uso do big data, apenas 20% dos entrevistados disseram que sua organização está alavancando o big data para uma vantagem competitiva. Além disso, apenas 37% escolheram "concordo um pouco" ou "muito de acordo" que o big data está sendo usado para identificar e melhorar a compreensão das necessidades dos clientes. A pesquisa foi lançada como parte da ASQ Global State of Quality 2 Research, que examina o estado da qualidade e melhoria contínua em todo o mundo, oferecendo às organizações insights sobre as lacunas e oportunidades. http:// www globalstateofquality.org Montadoras acusadas de fraudar teste de emissões Suzuki e Nissan também estão sob investigação por serem acusadas de fraudar testes de consumo e de emissões. A Suzuki declarou que realizou testes de eficiência energética diferentes dos regulamentados no Japão e que não foi intencional. Em decorrência deste caso, o governo japonês anunciou que irá levantar os dados de eficiência energética de todas as montadoras. A Nissan foi acusada de fraudar testes de emissão na Coreia do Norte. O governo quer multar a empresa em US$ 279,9 mil por burlar a legislação da região. Mês mais quente De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, o mês de abril foi o mais quente da história, em comparação aos outros anos. A temperatura média sobre as superfícies da Terra e dos oceanos em abril foi de 1,10°C acima da média do século XX, de 13,7°C. Desde Fevereiro de 2015 foram registrados 13 picos, o que indica que o aquecimento global está crescendo mais rápido. As simulações de Monte Carlo nunca foram tão fáceis. Faça login para sua assinatura de avaliação www.devize.com TwoAds_QT_DEVIZE_PT-BR.indd 1 5/28/2015 11:18:05 AM http://tinyurl.com/case-study- http://tinyurl.com/ http://globalstateofquality.org/ Edição n 287 - Junho de 2016 - 21 As simulações de Monte Carlo nunca foram tão fáceis. Faça login para sua assinatura de avaliação www.devize.com TwoAds_QT_DEVIZE_PT-BR.indd 1 5/28/2015 11:18:05 AM http://www.devize.com/ 22 - Revista BQ - Banas Qualidade Amplie as suas escolhas Já torceu a toalha? Não tem mais o que enxugar? Mude a toalha! Edição n 287 - Junho de 2016 - 23 Por Roberto Camanho Na cesta inevitável das variáveis que a vida nos traz, existem aquelas que podemos atuar, prever, calcular o risco; e existem as que fogem ao nosso controle. Então, princípio básico da sanidade mental: não coloque sua felicidade na condicional das variáveis que não controla e não dependem de você. As variáveis não controláveis trazidas para nossa vida atualmente têm nos roubado a força e a capacidade de agir. Essa sensação de que já torcemos toda a toalha e não sobrou mais uma gota de água, nos desperta o lado instintivo de sobrevivência. Nos sentimos ameaçados. É preciso usar desse lado animal para contornar as pedras do caminho. Direcionar nossa motivação, normalmente voltada para o alcance do provável, focar atenção em mapear e valorizar a busca do possível. Ao ajustar a régua para a realidade em todos os campos da vida promoverá estímulos reais e, com isso, a força de reação e o bem-estar de se sentir vivo. Não fique preso em um cenário cujo filme já acabou. Não faça isso com sua vida, nem com sua empresa, nem com sua carreira ou relacionamentos. O filme da vida não tem rewind ele é evolutivo e continuo! Tentar descobrir em que coqueiro tem mais coco é uma pergunta que não cabe mais na situação. A pergunta mudou. Em que praia tem coqueiro ou outra fruta? Como eu chego lá antes de naufragar? Percebo um movimento nas últimas semanas de organizações e gestores que já entenderam que é preciso remar com as condições que o mar apresenta hoje. Não dá mais para ficar parado esperando que as condições melhorem ou pior voltem a ser como antes. Felizmente, na vida, nada volta a ser como antes, caso contrário morreríamos de tédio. Então, avalie as opções que existem e que não estavam sendo consideradas. Se eu aceitar mudar de cidade, posso me recolocar mais rapidamente no mercado? Aceitar um cliente menos rentável do que normalmente tenho como alvo me permite sobreviver no mercado até os ventos mudarem? O que não é possível é ficar inerte até que todos os seus recursos se esgotem. Sejam eles financeiros, estruturais ou até psicológicos. É fundamental recalibrar suas expectativas, sonhos e cronogramas para um plano de felicidade e de realizações possíveis. Orgulho é como colesterol, existe o bom e o ruim. O orgulho ruim trava e cega. Mantenha-o sobre controle. A vida exige movimento, respostas, iniciativas e senso de responsabilidade. A economia criativa está fazendo caminho, marcas como Uber, Airbnb e outras tantas nos mostram que é possível empreender e ser bem-sucedido olhando-se para outras direções, abrindo-se outras janelas. Fomos criados para crer que não devemos ser vulneráveis. Não é bem assim, devemos criar uma relação amigável e pacífica com as nossas deficiências e limitações. Uma delas é aceitar que para melhorar precisa mudar. Aceitar as vulnerabilidades gera força para prosseguir. Se o mundo não se transforma, variáveis fora de controle continuam chegando em sua vida, transforme-se. Mude as crenças, amplie as suas escolhas Troque de toalha! O erro de não errar Por que errar nos incomoda tanto? Para os líderes, o medo de errar se justifica no impacto que isso tem sobre sua reputação. Para outros, a educação muito severa na infância reflete na vida adulta, como uma sombra que o impede de ousar. Seja na vida profissional ou pessoal o fato é que errar exige deixar a zona de conforto, saber lidar com o imponderável e estar aberto a recomeços. A questão é que não errar é um grande erro. Entender u Conflitos 24 - Revista BQ - Banas Qualidade Conflitos alguns conceitos que pretendo compartilhar aqui pode ser libertador. Um deles é que o erro não é algo planejado. Para ter errado você tem que saber o que é o certo. Em um processo de inovação, por exemplo, se você sabe o que é o certo, então, seu erro não leva a uma inovação. Portanto, não se pode errar ao inovar. Os erros só existem onde as variáveis são conhecidas e o resultado é claro e comprovado, não é suposição. É preciso experimentar novos caminhos, fórmulas e processos para se chegar a uma nova realidade. Isso leva tempo, estudo, acompanhamento. A inovação será a chave auxiliar da boa gestão das empresas que pretendem chegar competitivas no futuro. Mas como permitir o exercício de inovar e todas as suas implicações em um momento tão turbulento, com tamanha pressão e uma administração voltada exclusivamente para o caixa? Essa prática pode provocar uma cegueira estrutural, impedindo a visualização de novas possibilidades de avanço. Esclarecido que quem inova não erra, vive e aprende a partir de experimentos, as empresas já têm no mercado referências de sobra para entender que o erro maior está em não deixar espaço para essas experiências, que na pressa de nomear de alguma forma, chamamos de erro. Pior é o preço a se pagar pelos erros rotineiros e evitáveis. Por exemplo, os que têm acontecido na indústria automobilística, cujos processos já estão estabelecidos há anos e todos os parâmetros mais que testados. Ainda assim, em 2015, o recall de veículos aumentou 130% em relação ao ano anterior. Foram 1.847.525 unidades com problemas que exigiam ajustes. As empresas precisam decidir, então, se vão passar a vida se preocupando com as falhas ou vão encará-las como um rito de passagem para o sucesso. O mantra do Vale do Silício “fail fast, fail often” pode inspirar outros setores a entenderem que é preciso errar para vencer. Eu diria mais. É preciso superar esse estigma de que errar o desqualifica em algo na vida, compromete sua reputação e crescimento. Não é bem assim. O maior risco é o de ficar parado. Porque não fazer nada também é uma decisão e traz consequências. O movimento tem relevância. Considere que para se mudar o rumo da vida é preciso estar navegando. t Roberto Camanho conduz decisões que envolvem orçamentos de bilhões de reais, participa de projetos de pesquisa em processos decisórios e publica trabalhos em congressos internacionais. No Brasil, é pioneiro na aplicação de metodologias de apoio a decisões estratégicas. Desde 1996, atua em empresas dos setores financeiro, aeroespacial, petroquímico, de energia, papel e celulose, mineração, de infraestrutura e agências governamentais - camanho@robertocamanho.com.br mailto:camanho@robertocamanho.com.br Edição n 287 - Junho de 2016 - 25 http://www.apcergroup.com/ 26 - Revista BQ - Banas Qualidade Como fazer do tempo seu grande aliado Edição n 287 - Junho de 2016 - 27 Comportamento O que realmente faz a diferença entre os indivíduos é o que eles fazem durante essas 24 horas, dia após dia, semana após semana, ano após ano 28 - Revista BQ - Banas Qualidade Por Ernesto Berg O tempo pode ser um grande inimigo se jogarmos contra ele, mas também pode tornar-se um extraordinário aliado se soubermos usá-lo a nosso favor, porque tempo é vida; quem perde tempo, perde vida. Quem domina o tempo, domina a vida. E o engraçado é que o tempo nunca muda. Sempre corre no mesmo ritmo, 60 segundos por minuto, 24 horas por dia, 365 dias por ano, independente do seu estado de ânimo, ou de sua motivação, porque o conceito de tempo é subjetivo e pessoal. Se você estiver angustiado ou ansioso, um minuto pode parecer uma hora; se estiver desfrutando de momentos de alegria e felicidade, uma hora dará a impressão de ter sido apenas alguns minutos. Já pensou nessas características do tempo? O tempo é inelástico, insubstituível (não pode ser recuperado depois de perdido), escasso, não estocável (não pode ser guardado), e de suprimento constante. Nossa única alternativa é consumi-lo à medida em que decorre. Ele tem, no entanto, uma característica única: é altamente democrático! Todos temos à nossa disposição 24 horas por dia, nem mais, nem menos. O homem mais rico do planeta tem as mesmas 24 horas que o homem mais pobre do mundo. O que realmente faz a diferença entre os indivíduos é o que eles fazem durante essas 24 horas, dia após dia, semana após semana, ano após ano. A qualidade do uso do tempo é que determinará se você será produtivo ou improdutivo, vencedor ou perdedor. Ou controlamos o tempo ou ele nos controla. Ou administramos os fatos ou os fatos nos administram. Com que lentes você enxerga o tempo? Muitos consideram o tempo um inimigo a ser enfrentado e vencido. Outros o veem como um senhor implacável, dono do destino, escravizando as pessoas com a ditadura do tempo. Essas visões representam uma distorção de enfoque, pois consideram o tempo como uma entidade viva e, eventualmente maléfica, sempre pronta a desafiar e vencer as pessoas. A visão sadia sobre o tempo é a de que ele é um recurso muito prático e útil, que pode ser empregado a seu favor para atingir objetivos edificantes. Os que não entendem assim, acreditam que devem continuamente forçar as circunstâncias, através de um labor constante e ininterrupto, submetendo-se a jornadas de trabalhado de 12, 14 horas, ou mais, por dia. São os workaholics (do inglês work, trabalho, e alcoholic, alcoólatra), pessoas viciadas pelo trabalho e dão a impressão que vivem só para trabalhar. Exageros à parte, todos podem ser muito produtivos, sem necessitar se esfalfar ou exaurir suas energias no glorioso campo de batalha do dia a dia. Há períodos em que pode ser necessário esforços diários ou mensais mais prolongados, o que não justifica, entretanto, uma eterna vida de correrias e sobrecargas de atividades. As tecnologias podem ajudá-lo ou condicioná- lo. As novas tecnologias, como microcomputadores, notebooks, internet, s m a r t p h o n e s , videoconferências, cursos on- line, sem mencionar o celular e o telefone tradicional – que ainda são um dos meios mais eficazes de comunicação -, simplificaram a comunicação interpessoal e a resolução de problemas, porém não alteraram em nada a quantidade e a qualidade do tempo gasto no trabalho. As indiscutíveis facilidades proporcionadas pela revolução tecnológica nos colocam num redemoinho de atividades que exigem uma velocidade de resposta cada vez maior. Ficamos disponíveis 24 horas do dia em qualquer canto do mundo. Além disso, as opções de como gastar o tempo aumentaram vertiginosamente, sobretudo nos atraentes jogos disponíveis nos celulares. Fica fácil concluir que o tempo, em vez de sobrar, ficou ainda mais escasso, pois o dia continua tendo as mesmas 24 horas de sempre. É a receita Edição n 287 - Junho de 2016 - 29 Comportamento certa para o estresse e o desgaste físico e emocional. Portanto, fique alerta: quem não utiliza o tempo em atividades diretamente relacionadas aos seus objetivos prioritários (sejam profissionais, pessoais, familiares, espirituais etc.) estará fadado ao fracasso. Eis aqui o seu inestimável aliado. Administração do tempo é o seu grande aliado. É uma forma racional e sistemática do uso do tempo, cujo objetivo é aumentar a eficiência e eficácia das pessoas, permitindo que elas produzam mais em menos tempo. Está alicerçado na autoanálise e na observação do seu comportamento diário em meio às atividades. Administração do tempo diz respeito, sobretudo, à eficiência pessoal, através do uso de instrumentos e processos que tornam suas ações mais produtivas, ágeis e práticas. Este é um lado da moeda. O outro lado dessa mesma moeda – tão importante quanto o anterior -, diz respeito a eficácia pessoal, que está ligada ao tipo e a qualidade do uso do tempo. Conseguiu ser mais rápido? Foi mais eficiente? Sobrou um tempo? Ótimo, então use esse período excedente para fazer algo mais nobre, como, por exemplo: • Reviver aquele projeto, mofando há meses em sua gaveta, sobre a implantação de uma nova sistemática de trabalho em seu setor. • Colocar em prática aquele projeto, sempre adiado, na área mercadológica. • Dar andamento àquela grande ideia, há anos emperrada, por falta de tempo. • Fazer o curso continuamente postergado. • Chegar um pouco mais cedo em casa e poder conviver mais com os filhos. • Pôr em dia sua saúde e ir ao clube olímpico praticar natação. Pronto, agora sim estará sendo eficaz; usou o tempo excedente em algo útil, que renderá frutos mais adiante, em vez de ficar só assistindo televisão ou distrair-se com o facebook ou o celular. O gerenciamento do tempo começa com uma autodescoberta: onde utilizo o meu tempo, de que forma, o que me causa insatisfação e o que desejo modificar? Ao assumir o controle do seu tempo, estará assumindo o controle de sua vida, será mais independente, mais produtivo, mais competente, mais motivado e realizado. (Quem mata o tempo não é assassino, mas sim um suicida – Millôr Fernandes). t Ernesto Berg é consultor de empresas, professor, palestrante, articulista, autor de 14 livros, especialista em desenvolvimento organizacional, negociação, gestão do tempo, criatividade na tomada de decisão, administração de conflitos - berg@quebrandobarreiras.com.br mailto:berg@quebrandobarreiras.com.br 30 - Revista BQ - Banas Qualidade MASP Melhor evitar do que remediar Claudemir Y. Oribe: mestre em administração de empresas PUC Minas/ Fundação Dom Cabral, sócio consultor da Qualypro, claudemir@qualypro. com.br Perguntaram a um sábio chileno como os sábios resolvem problemas. O sábio respondeu: “- Nós sábios, não resolvemos problemas, nós os evitamos, por isso somos sábios.” A estória de Alex Periscinoto não é verídica, mas o ensinamento que ela passa é bem plausível. É impossível evitar totalmente a ocorrência de problemas pois, para isso, seriam necessários recursos inimagináveis. Por isso até mesmo os produtos mais avançados do mundo moderno convivem com algum grau de risco de problema. No entanto, a maior parte deles podem e devem ser evitados. Uma gestão de riscos eficaz possível depende de vontade, liderança e um trabalho minucioso de estudo, avaliação e investimentos em prevenção. Logo, o uso de métodos estruturados é fundamental para que ela tenha máxima confiança a um custo razoável. O MASP é um método reativo, voltado para problemas que já ocorreram mas, se alterarmos sua construção metodológica, ele pode ser adaptado para uma abordagem proativa, adequando- se para ser usado no tratamento de riscos. A primeira etapa, de Identificação do problema, é substituída pela identificação contexto do trabalho bem como as grandes categorias de riscos que deverão ser tratados. Uma equipe deve ser formada decorrente de acordo com essa avaliação preliminar. Na etapa de Observação, as atividades podem se manter as mesmas, com visitas aos locais e levantamento de evidências para a próxima etapa. Já na etapa de Análise, a equipe deve identificar os riscos existentes em cada área, avaliando cada um deles segundo um conjunto de critérios de gravidade e probabilidade de ocorrência para estabelecer uma escala de prioridade. Uma ferramenta pode ser utilizada para este fim. Aqui não há procura da causa raiz. A Análise é profunda e exige da equipe mais conhecimento, uma vez que ela consiste em avaliar fenômenos que ainda não aconteceram. O Plano de Ação – 4ª etapa do MASP preventivo - é o conjunto de ações para mitigar os riscos a um nível aceitável. Ações alternativas devem ser identificadas sendo que, cada uma delas precisa demonstrar seu efeito sobre o potencial de gravidade e ocorrência. Depois de formalizado, o plano de ação deverá ser orçado, negociado e aprovado com a gerência. Na Verificação, as ações devem ser discutidas e analisadas para reavaliar o grau em que as soluções reduzem o potencial de gravidade e ocorrência para níveis aceitáveis. Novas ações podem ser definidas se as ações anteriores não cumpriram esse papel ou se eventuais efeitos secundários negativos foram identificados. Finalmente, na Etapa de Conclusão, é sempre bom lembrar a importância do aprendizado nas organizações de hoje. A equipe deve aperfeiçoar sua sensibilidade e critérios de julgamento para que ações sejam cada vez mais efetivas, com o menor custo possível. Além disso, o risco é um perigo que se movimenta e está sempre à espreita. A equipe então deve continuar ativa e alerta, monitorando e reavaliando a evolução dos perigos na empresa. Dessa forma, fazendo alterações metodológicas devidas, o MASP pode ser empregado para tratar problemas potenciais, talvez com outra denominação: MASPP - Método de Análise e Solução de Problemas Potenciais. t http://com.br/ Edição n 287 - Junho de 2016 - 31 GU IA CONSULTORIAS 2016 Gestão de Pessoas Gestão da Inovação Gestão Empresarial Gestão de Processos Excelência Empresarial Ferramentas Gerenciais Lean Manufacturing Six Sigma Qualidade Meio Ambiente Sustentabilidade Sistemas de Gestão Segurança e Saúde Responsabilidade Social Treinamentos • abertos • in company Auditorias Certificações Estatísticas Pesquisas http://www.falandodequalidade.netconsultorias2016/ 32 - Revista BQ - Banas Qualidade Edição n 287 - Junho de 2016 - 33 Ao fornecer treinamento e e x p e r i ê n c i a na utilização de ferramentas estatísticas ao seu pessoal de venda, uma empresa líder mundial no setor químico criou uma maneira poderosa de ajudar os clientes potenciais e existentes a compreender o valor de seus produtos e serviços, o que, por sua vez, ajudou a aumentar as vendas. Como uma empresa química mundial comprometida em melhorar a produção de papel, fabricação de couro e tratamento de água, a Buckman tem um compromisso igual de melhorar continuamente a sua própria empresa. Essa filosofia permite que a empresa forneça um serviço excepcional e soluções químicas inovadoras que ajudam seus clientes a aumentar a produtividade, reduzir riscos, melhorar a qualidade dos produtos e fornecer um retorno de investimento mensurável. A iniciativa exclusiva de melhoria permanente da Buckman abrange as operações globais da empresa. Na maioria das implantações, a Buckman usa Lean Six Sigma (LSS) e estatística para concluir projetos de melhoria interna. Mas a Buckman também treina suas equipes técnicas de vendas para utilizar LSS e ferramentas estatísticas para fornecer mais valor aos clientes. Com o Minitab Statistical Software para ajudá-los a analisar seus dados, a Buckman desenvolveu novas maneiras de impulsionar as vendas e transformar seus negócios. O Desafio A Buckman conta com o Minitab Statistical Software para ajudar suas equipes de vendas técnicas a analisar os dados e impulsionar as vendas. A iniciativa de qualidade da Buckman começou em resposta a problemas que muitas outras empresas enfrentam. “Nosso crescimento de vendas era sólido, mas nosso lucro operacional estava relativamente estagnado”, diz Drew Mohler, um black belt Lean Six Sigma e consultor de desenvolvimento organizacional na Backman. “Estávamos acrescentando atividades e custos que ultrapassavam qualquer benefício recebido com o aumento das vendas, de forma que a lacuna entre vendas e lucros, que aumentava, tornou- se o grito de guerra da iniciativa de melhoria permanente”. Primeiro, a Buckman avaliou cada função em toda a organização, com o objetivo de eliminar atividades que não agregavam valor. “Esse esforço ocasionou uma mudança no paradigma em como nossa organização enxergava a maneira que trabalhávamos”, acrescenta Mohler. “Ele fez com que a filosofia de sempre pensar em maneiras melhores, mais rápidas e mais econômicas de trabalhar fosse absorvida por toda a empresa”. Com essa mentalidade implantada, a empresa começou a estruturar um programa de melhoria permanente que usava ferramentas de Lean Six Sigma como a estrutura para a conclusão de projetos em cada uma de suas operações globais. Mohler, que era responsável pelo treinamento de associados de venda em Lean Six Sigma, sabia que essas habilidades de análise de dados seriam importantes para as equipes concluir com sucesso os projetos de melhoria. Mas isso também levantava uma questão crucial: quem mais na organização poderia se beneficiar com a compreensão e utilização de ferramentas estatísticas? Como o Minitab ajudou Em muitas organizações que implantam LSS, as ferramentas estatísticas são ensinadas em um curso de green ou black belt, como parte de um conjunto de ferramentas mais amplo que é estruturado pela metodologia DMAIC, uma abordagem que divide projetos em cinco fases - definição, medição, análise, melhoria e controle. Nessas implantações, o uso de ferramentas estatísticas é estruturado exclusivamente em torno do trabalho através de um projeto de melhoria. u 34 - Revista BQ - Banas Qualidade A Buckman escolhe uma abordagem diferente, reconhecendo que as ferramentas estatísticas de LSS são úteis para qualquer função que analise dados. Se essas ferramentas forem ensinadas independentemente do modelo DMAIC, elas podem ser ensinadas a um público mais amplo, que vai além dos green ou black belts. “Usamos uma abordagem enxuta à implantação de Lean Six Sigma, percebendo que muitos de nossos associados usariam ferramentas estatísticas não se beneficiariam de todo o currículo de um curso de belt de LSS”, diz Mohler. “À medida examinamos essa visão expandida, percebemos que um grupo importante que deveria aprender essas ferramentas era nossos associados de venda”. Na Buckman, os associados técnicos de venda de campo, que têm formação em química, biologia ou engenharia trabalham diretamente com os clientes da empresa para ajudá- los a avaliar seus processos e procurar oportunidades de melhoria. A análise de dados do cliente é parte importante do processo de vendas da Buckman. “Usando soluções químicas da Buckman, nossas equipes de vendas técnicas trabalham para melhorar os sistemas dos nossos clientes”, diz Mohler. “Em essência, elas funcionam como engenheiros de processo para nossos clientes”. Mohler e seus colegas desenvolveram dois cursos separados de Lean Six Sigma. O primeiro curso é um curso de yellow belt focado no processo DMAIC tradicional e as ferramentas “flexíveis” de melhoria de qualidade. Esse é o curso da Buckman que ensina os associados que serão os líderes dos projetos de melhoria. O segundo curso é um curso sobre ferramentas estatísticas e análise de dados que tem os associados de vendas da organização como público-alvo. Em vez de usar a estrutura O Assistente descreve o processo para escolher a análise correta e inclui árvores de decisões interativas que apresentam perguntas para ajudar os usuários a escolher a ferramenta estatística apropriada. Edição n 287 - Junho de 2016 - 35 DMAIC como a espinha dorsal do treinamento em estatística, a Buckman usa o processo de venda e vincula as ferramentas estatísticas apropriadas a cada etapa. Essa estrutura divide o fluxo de vendas em peças mais gerenciáveis e examina as atividades de análise de dados que são usadas para: • Obter conhecimento sobre os processos do cliente • Planejar, executar, avaliar e vender novos produtos químicos • Gerenciar programas químicos em andamento • Resolver problemas na conta “A meta final é deixar nossos associados de venda à vontade para usar ferramentas estatísticas, de forma que eles poderão fazer melhores recomendações (recomendações conduzidas por dados) para ajudar nossos clientes”, observa Mohler. “Acreditamos que focar nossos esforços em melhorar a satisfação dos clientes tornará a Buckman mais lucrativa e sustentável”. Na aula de estatística, os associados recebem treinamento nas ferramentas necessárias às suas atividades de trabalho. Conceitos como cartas de controle, teste de hipótese, análise de capacidade e correlação, são ensinados com exemplos práticos que usam as ferramentas de análise de dados disponíveis no Minitab Statistical Software. Para executar análises estatísticas, como capacidade de processo, que podem ajudar a determinar se um processo é capaz de produzir resultados que atendam as exigências do cliente, os associados usam o Assistente do Minitab. O Assistente é uma ferramenta baseada em menu que guia os usuários passo a passo, através de suas análises. Ele inclui árvores de decisões que facilitam escolher qual análise usar para examinar os dados. “Ao aprender estatística, a última coisa que nossos associados desejam é algo complicado e eles acham extremamente úteis as árvores de decisão, que ajudam a escolher quais análises usar”, diz Mohler. “Há um fator de intimidação com o aprendizado de estatística, mas não usar ao Assistente”. Os associados aprendem também a visualizar seus dados u A carta de controle com estágios acima mostra o impacto que um produto teve na média do processo. 36 - Revista BQ - Banas Qualidade do Minitab. Por exemplo, suponha que um associado execute uma avaliação para melhorar o brilho do papel que é produzido por um dos clientes da Buckman e colete dados antes e durante a avaliação para avaliar se seu produto fez alguma diferença. A carta de controle com estágios fornece uma ferramenta poderosa para mostrar o impacto que o produto químico da empresa teve no processo. Os associados de venda também aprendem a executar testes de hipótese com o Assistente. Os testes de hipótese são usados para determinar se há evidência suficiente em uma amostra de dados para inferir uma dada conclusão para toda a população. Para determinar se houve uma melhoria estatística significativa como resultado de um produto da Buckman, os associados são ensinados a executar um teste-t para 2 amostras no Minitab para avaliar a diferença entre as duas médias. Em vez de obter simplesmente a média dos resultados antes e durante o processo e fazer afirmações sobre o sucesso da avaliação, os associados são ensinados a usar ferramentas estatísticas para avaliar os resultados de uma avaliação com mais precisão. A interpretação integrada do Assistente facilita a visualização de uma diferença estatística significativa entre as duas médias, o que permite que os associados (e seus clientes) verifiquem o sucesso de uma avaliação. “O Minitab nos ajudou a desmistificar a estatística e ensinar com sucesso algo que é percebido como mais complicado do que realmente é”, diz Mohler. “Nossos associados de venda têm se agarrado às análises de dados e conseguem ver os benefícios em primeira mão”. Os relatórios resumo do Assistente ajudam os associados de venda a extrair as conclusões corretas de suas análises e explicar os resultados. Edição n 287 - Junho de 2016 - 37 Para fornecer orientação suplementar sobre o aprendizado de ferramentas de estatística, Mohler e a equipe de implantação de LSS garantiram que os associados tivessem acesso ao Quality Trainer, o curso de e-learning da Minitab, que ensina estatística de qualidade e como analisar os dados com o Minitab. “O Quality Trainer ajuda nossos associados a ganhar uma maior compreensão das ferramentas de estatística, tanto antes quanto depois de eles participarem do treinamento”, diz Mohler. “O Minitab e Quality Trainer são ferramentas poderosas que são fáceis de aprender e usar e nós apreciamos os recursos de treinamento e suporte técnico que estão incluídos em nossas licenças de usuários simultâneos”. Resultados Desde o início do treinamento em ferramentas de estatística, há 3 anos, a Buckman treinou mais de 500 associados de venda de campo em todo mundo. E os resultados estão sendo notados pelas outras partes da empresa. “Nossas equipes de pesquisa e desenvolvimento também estão interessadas em aprender como aproveitar o Minitab para o trabalho de análise de dados que elas fazem rotineiramente. Estamos, no momento, desenvolvendo aulas para eles que enfocarão as ferramentas de análise úteis para desenvolvimento de produtos e testes de laboratório”, diz Mohler. “Nossa mentalidade corporativa se transformou em uma abordagem que capacita todos dentro da organização a tomar decisões conduzidas pelos dados”. Em outro exemplo, um engenheiro em uma das instalações da Buckman, que desejava receber treinamento sobre o Minitab, participou de uma das aulas de vendas de campo. “Voltamos ao seu escritório entre o segundo e terceiro dias de treinamento e executamos um estudo de capacidade no Minitab”, diz Mohler. “Ele percebeu que a fábrica poderia fazer um pequeno ajuste em um parâmetro do processo para um produto, que economizaria 40.000 dólares por ano”. Com seu treinamento em estatística de campo, os associados de venda na Buckman estão melhorando suas taxas de conversão: mas, o mais importante, é que eles estão fornecendo mais valor aos clientes. “Desde a implantação do treinamento em estatística de campo, podemos exemplificar onde vendemos novos negócios ou protegemos negócios existentes, devido às nossas melhores habilidades de análise de dados”, observa Mohler. “Mas, o que realmente vimos foi um aumento de confiança em nossos associados de venda. Como eles fazem o trabalho estatístico nos bastidores, eles estão melhor preparados para explicar os benefícios resultantes de nossos produtos e nossos clientes nos enxergam como pessoas muito mais bem informadas sobre seus sistemas. Isso, por si só, já torna o programa de treinamento um sucesso”. O que começou como um projeto de melhoria permanente no nível executivo, infiltrou-se rapidamente pelo resto da organização. “Continuamos a adotar a melhoria permanente e o pensamento conduzido por dados e sabemos que essa cultura é crucial para nosso sucesso de longo prazo”, diz Mohler. “Descobrimos que todos que usam dados podem se beneficiar com o Minitab”.t Interessado em aprender mais sobre o Minitab Statistical Software? Visite www.minitab.com ou contacte-nos em commsales@ minitab.com, Minitab®, Quality. Analysis. Results.® e o logotipo da Minitab® são todos marcas registradas da Minitab, Inc., nos Estados Unidos e em outros países. Consulte minitab.com/ legal/trademarks para obter mais informações. http://www.minitab.com/ http://minitab.com/ http://minitab.com/ 38 - Revista BQ - Banas Qualidade CONHEÇA MAIS SOBRE A FNQ WWW.FNQ.ORG.BR CONHEÇA MAIS SOBRE A FNQ WWW.FNQ.ORG.BR CONGRESSO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 22 DE JUNHO DE 2016 CENTRO DE CONVENÇÕES REBOUÇAS - SÃO PAULO, SP Participe do maior evento de gestão do País e conheça as principais tendências da Economia Colaborativa e desse novo modelo de negócio. PALESTRANTES CONFIRMADOS Miriam Leitão PERSPECTIVAS ECONÔMICAS DO BRASIL Dora Kaufman O QUE É ECONOMIA COLABORATIVA? OUTROS PALESTRANTES: Google, IBOPE Media, Natura, OLX, PegCar e Uber. Inscrições pelo site: fnq.org.br/CEG2016 C M Y CM MY CY CMY K Anúncio CEG.pdf 1 03/05/2016 17:02:57 http://www.fnq.org.br/ http://fnq.org.br/CEG2016 Edição n 287 - Junho de 2016 - 39 Evento Da Redação A Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) direciona sua atenção e seus esforços a aspectos relacionados às mudanças que impactam organizações no Brasil e no mundo, com o objetivo de apoiar a melhoria da gestão do País. Para isso, realiza, anualmente, o Congresso FNQ de Excelência em Gestão (CEG), pautado em tendências de relevância para a sustentabilidade dos negócios e do planeta. Em 2010, mostrou-se a importância do comportamento ético no mercado. No ano seguinte, falou-se sobre a importância da inovação para a sustentabilidade. 2012 foi o ano de tratar a educação e as formas de como se preparar para os novos desafios no futuro. Em 2013, abordou-se a gestão de risco, retomando o tema sobre o impacto da demografia e a crise mundial. Em 2014, falou- se de um novo modelo mental, no qual foi debatido o “ser” ao invés do “ter” e a necessidade de se ouvir mais. No ano passado, debateu-se o Novo Capitalismo, quando foram trazidos exemplos de empresas que conseguem competir no mercado, repensando sua forma de consumir e produzir. Em 2016, a FNQ não poderia fazer diferente e, seguindo com temáticas relevantes para o cenário organizacional, abordará o tema Economia colaborativa: um caminho para transformações nas relações sociais e de consumo. “Entendemos que iniciamos uma nova era social e econômica, em que as percepções de ganhos e perdas assumem novos significados e tudo é possível quando há interesse e esforço coletivos”, explica Jairo Martins, presidente executivo da FNQ. Com esse tema, pretende-se debater a importância dessa nova forma de consumo e seus impactos econômicos, além de repensar a produção em escala mundial, entendendo que novos modelos de negócios surgirão para atender à demanda do planeta. “A economia colaborativa torna-se um caminho para a estimulação econômica e para a preservação dos recursos da natureza”, completa Jairo. O evento acontece no dia 22 de junho, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, e traz profissionais de renome, já confirmados, como Dora Kaufman e a jornalista Míriam Leitão, além de apresentação de empresas como o Uber, OLX, Airbnb, Itaú, Google, Natura, Fiat, entre outros. Deve-se ser ressaltado que a u FNQ convida a todos para evento sobre economia colaborativa Este ano, o CEG promove debate sobre as novas relações sociais e de consumo 40 - Revista BQ - Banas Qualidade economia colaborativa é um novo movimento que, a partir das tecnologias digitais de informação e comunicação, deu origem a uma outra forma de pensamento, a qual visa à redução do desperdício, ao aumento da eficiência no uso dos recursos naturais e ao combate ao consumismo desenfreado. De acordo com Dora Kaufman, uma das características da economia colaborativa é a formação de plataformas digitais (ou redes digitais) abertas e coletivas em que todos podem participar. Essa arquitetura colaborativa está sustentada em três pilares principais: pessoas, tecnologia e sustentabilidade. Assim, os eixos fundamentais dessa tendência podem ser definidos. Vive-se em um momento de mudança cultural, em que todos têm a oportunidade de participar de tudo como nunca. “As pesquisas mostram que existe uma predisposição das pessoas à colaboração e, se o ambiente é propício, elas tendem a colaborar. As redes digitais deram uma nova dimensão para a colaboração ao viabilizar as conexões independentes de tempo e local”, lembra Dora. Ao conectar pessoas com interesses e necessidades em comum, a internet e os novos aplicativos facilitam o compartilhamento e a troca de serviços e objetos em uma escala inédita. Nesse cenário, o ambiente digital promove a colaboração, desconstrói as noções de tempo e de espaço, aproximando as pessoas e fortalecendo essa nova cultura. Ao facilitar as novas práticas de consumo, a economia colaborativa preza pela sustentabilidade em todas as suas instâncias e prevê a redução dos desperdícios de recursos naturais e da desigualdade social. Diante de pessoas mais conscientes no ato da compra, as atitudes sustentáveis têm determinado a relevância das organizações no mercado e na sociedade de uma maneira inédita. Desenvolvidos em ambientes digitais, que propiciam a colaboração entre as pessoas, os novos negócios revolucionam os padrões de consumo, de relacionamento e de compartilhamento de experiências. De maneiras diferentes, esses modelos passaram a ser inseridos na rotina das pessoas e têm gerado discussões que colocam em xeque alguns conceitos estabelecidos anteriormente. Nesse contexto, destacam-se algumas iniciativas inovadoras de consumo colaborativo, que preveem o compartilhamento de bens e de serviços entre as pessoas e o consumo consciente. Maior plataforma de comércio eletrônico local do mundo, o Groupon, por exemplo, disponibiliza aos seus clientes as melhores ofertas em produtos, serviços e viagens. Mais do que oferecer descontos, a empresa proporciona experiências de excelência e estimula os internautas a conhecerem o melhor de sua região. Dessa forma, é possível alavancar os negócios locais e satisfazer as necessidades dos clientes. Dentre a ampla gama de opções proporcionada pelo consumo colaborativo, podem ser destacadas várias iniciativas. Por exemplo, os serviços colaborativos, pois não é apenas a troca de produtos que tem crescido nos últimos anos, pelo contrário, uma série de serviços colaborativos ganhou força no mercado brasileiro e já se destaca como solução para alguns problemas das grandes cidades. Serviços de aprendizagem, de advocacia, de compartilhamento de carros e bikes já fazem parte do dia a dia das pessoas. A Carona Solidária, por exemplo, é um projeto que traz benefícios sociais, ambientais e econômicos, uma vez que coloca pessoas em rede, diminui a quantidade de veículos nas ruas – melhorando o trânsito e a qualidade do ar – e reduz as despesas com combustível, pedágios e demais custos que podem surgir durante o trajeto. “As empresas que estão surgindo no contexto atual têm parte de seu modelo de negócio na colaboração”, afirma Dora Kaufman. Isso se deve ao fato de elas serem criadas no contexto de tecnologias disruptivas e inovadoras. Essa lógica promoveu mudanças sociais e a criação de algumas organizações, como o Airbnb – serviço de colaboração on-line para as pessoas anunciarem, descobrirem e reservarem acomodações em todo o mundo – e o Uber – empresa Edição n 287 - Junho de 2016 - 41 multinacional de locomoção privada. Também surgiu o conceito de crowdsourcing que se refere à combinação de esforços coletivos no ambiente digital para a produção de conteúdo, a descoberta de soluções para diferentes causas, o desenvolvimento de tecnologias, entre outros. Além disso, o conceito promove a disseminação de informação em uma rede de pessoas conectadas. Outro conceito muito utilizado nos últimos anos, o crowdfunding é o Evento financiamento coletivo para iniciativas privadas voltadas, de alguma maneira, para os interesses e o desenvolvimento da sociedade, seja de forma ideológica ou prática. Com metas pré-estabelecidas e prazos determinados, cada projeto adapta-se a um segmento dentro do modelo de financiamento coletivo, podendo ser filantrópico e de projetos sociais, de produtos e serviços, de equity crowdfunding (voltado para startups) ou de lending crowdfunding (empréstimos para pessoas e empresas). Esses são apenas alguns modelos adotados por empresas e pessoas atualmente. Porém, outras formas e novos negócios podem surgir com o advento e a evolução das tecnologias digitais. “Tudo muda muito rápido”, lembra a professora Dora Kaufman. Em plena expansão, as plataformas são redefinidas constantemente e tornam- se obsoletas e antigas, de tempos em tempos. Por isso, é preciso estar atento às tendências e às novidades do mercado.t Uma boa informação é a essência da percepção da necessidade onde a expectativa foi atingida. TRANSMISSÃO VIA INTERNET TRADUÇÃO SIMULTÂNEA WEBCASTING REDES APLICATIVOS 55 11 3959-1199 comercial@avsc.com.br | avsc.com.brTÉCNICOS CERTIFICADOS INTERNACIONALMENTE SISTEMA INTERATIVO PESQUISA DE QUALIDADE mailto:comercial@avsc.com.br http://avsc.com.br/ 42 - Revista BQ - Banas Qualidade Face a face com Masaaki Imai: o guru do kaizen Masaaki Imai criou o Kaizen Institute que se sediou na Suíça em 1985 para ajudar as empresas na prática kaizen e nos diversos sistemas e ferramentas, conhecidas hoje como gestão lean. Edição n 287 - Junho de 2016 - 43 44 - Revista BQ - Banas Qualidade Quando Masaaki Imai entra na sala faz-se um silêncio respeitoso, como se ele fosse mais um líder espiritual do que um especialista em gestão. Com seus cabelos brancos, baixinho, porém com um porte digno de um imperador japonês ou mesmo um estadista, seus comentários são claros e de uma lucidez estarrecedora. Contudo, quando você conversa com ele, se revela uma pessoa dócil e muito humilde, mesmo com todo o conhecimento que tem. Ele esteve no Brasil para a entrega do Prêmio Kaizen Lean. 49 projetos de 30 grandes empresas, dos mais variados setores, foram inscritos e a qualidade técnica, a busca por resultados sustentados e o envolvimento de todos os níveis da empresa foram os pontos comuns em todos. As empresas WEG, Siemens (Manaus) e Ingersoll-Rand foram as três vencedoras nas principais categorias que ancoram a premiação. Além delas, Daniel Mirabile, CEO da NEC do Brasil foi reconhecido como Embaixador Kaizen e o Grand Hyatt Hotel foi o merecedor do Prêmio Especial. Ao longo das últimas décadas, Imai escreveu livros e artigos, realizou palestras sobre kaizen, qualidade, liderança, lean e outros assuntos relacionados
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