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Organogênese inicial

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Organogênese inicial 
Período em que cada um dos 3 folhetos 
germinativos dará origem a vários tecido e órgãos 
específicos. Trata-se da 3º à 8º semana de 
desenvolvimento. 
Ao final deste período, os principais órgãos e 
sistemas já se estabeleceram, tornando as 
características principais da forma externa do corpo 
reconhecíveis. 
 
Controle do desenvolvimento embrionário 
Esse controle é feito a partir de fatores 
genéticos e ambientais. 
Alguns fatores são necessários para o correto 
desenvolvimento do embrião, como morte celular 
programada, proliferação controlada, migração 
regulada das células e interação entre tecidos. Esses 
processos orientam a diferenciação e garantem um 
desenvolvimento sincrônico. 
No processo de desenvolvimento, as células 
precursoras indiferenciadas se diferenciam e se 
organizam em estruturas complexas encontrada nos 
tecido adultos funcionais. 
 
Interação entre os tecidos 
Ocorre através de passagem de um sinal criado 
por um célula indutora, interpretados pela célula-alvo, 
que causam mecanismos moleculares da indução. 
Existem as células: 
● Indutoras: produzem sinais específicos 
(reagem em apenas certos tipos de células 
alvo) interpretados ou que agem nas 
células-alvo 
● Células-alvo: capazes de receber os sinais e 
interpretá-los em sinais biológicos; 
 
Existem 3 formas de indução: 
● Difusão de substâncias sinalizadoras: passam 
do tecido indutor para o tecido-alvo 
(apresentam receptores para as substâncias) 
● Interação mediada por matriz extracelular: 
matriz extracelular secretada pelo tecido 
indutor e com a qual o tecido-alvo entra em 
contato 
● Interação mediada por contato celular: contato 
físico entre os tecidos indutor e alvo 
 
A resposta celular aos sinais indutores 
depende também da maquinaria intracelular da 
célula-alvo, que leva à interpretação dos sinais 
recebidos. 
A junção de diferentes sinais podem levar a 
diferentes respostas biológicas. E uma mesma 
molécula-sinal pode ter 
diferentes efeitos sobre 
diferentes células 
 
DERIVADOS 
ECTODÉRMICOS 
 
Neurulação 
Consiste em processos 
envolvidos na formação 
da placa neural e pregas 
neurais, e fechamento 
destas pregas para formar o tubo neural. 
A notocorda no mesoderma induz o ectoderma 
adjacente a se espessar, formando a placa neural, suas 
células formam o neuroectoderma (forma o SNC e 
outras estruturas) 
A notocorda libera fatores de indução, 
como cordina e noggina, que impedem a 
ação de BMP4 (proteína), induzindo a 
diferenciação do neuroectoderma. As 
outras células não são induzidas pela sua 
distância da notocorda, posteriormente, elas formarão 
a ectoderma de superfície (pele e anexos). 
Posteriormente, as extremidades da placa 
neural se espessam e se tornam mais elevadas, 
formando as pregas neurais, enquanto a região média 
deprimida constitui o sulco neural. 
Em seguida, as pregas neurais e fundem e 
formam o tubo neural (formada pelas células mediais 
que formavam o sulco neural - azul escuro) e o canal 
neural. As células que eram da periferia da placa 
neural (azul claro) formam a crista neural; as células 
da crista se destacam do tubo e migram para diversas 
regiões do corpo do embrião para formar diversas 
estruturas. 
O tubo neural é o primórdio do SNC. A 
porção cefálica do tubo neural e canal neural forma o 
cérebro e ventrículos encefálicos​, Já a porção caudal 
do tubo neural e do canal forma a ​medula e canal 
medular​. 
O tubo neural vai se fechando primeiro na 
região medial, enquanto as extremidades não estão 
fechadas, são formados os neuroporos. 
Após o fechamento do tubo neural, as células 
da crista neural sofrem uma transição 
epitélio-mesenquimal(EMT) para poderem migrar 
para outros locais, podendo formar, por ex., os 
gânglios da raiz dorsal, gânglios simpáticos, medula 
da glândula supra-renal, gânglios entéricos e diversas 
outras estruturas. 
 
OBS! ​O acometimento do fechamento do tubo neural 
trará malformações do SN. 
 
DERIVADO MESODÉRMICOS 
Os mesodermas cefálicos e do tronco 
comportam-se diferentemente. 
 
Mesoderma cefálico 
Organiza-se frouxamente e associa-se com as 
células da crista neural, formando o mesênquima da 
cabeça, a qual forma os ​músculos estriados da face, da 
mandíbula e da garganta​. 
 
Mesoderma da região do tronco 
O mesoderma dessa região forma 3 tipos de 
mesoderma: 
● Mesoderma paraxial (+ próximo da notocorda 
e do tubo neural) 
● Mesoderma intermediário (entre os dois tipos 
de mesoderma) 
● Mesoderma lateral (+ longe do tubo neural) 
 
Mesoderma paraxial 
As células desse mesoderma se 
associam e formam duas estruturas 
sólidas, que ficam bilaterais à 
notocorda, os quais sofrem o processo 
de segmentação (“vários tijolinhos”), 
formando pares de corpos cubóides 
chamados de somitos. A segmentação 
ocorre do sentido céfalo-caudal, da 
região occipital pra baixo (quanto mais 
somitos, mais velho é o embrião). 
Os sinais para a diferenciação dos somitos 
surgem por indução das estruturas circunjacentes: 
notocorda, tubo neural, epiderme (ectoderma de 
superfície) e mesoderma intermediário. 
A região dos somitos formarão os ​dermátomos 
(derme) e os miótomos (músculos)​; já a sua porção 
ventral formará uma estrutura chamada de 
esclerótomo, que formarão as vértebras e costelas. 
 
Mesoderma intermediário 
Une temporariamente os mesodermas lateral e 
paraxial. Posteriormente, sofrem diferenciação para 
formarem o ​sistema urogenital​. 
 
Mesoderma Lateral 
É um estrutura bilaminada, dividida em duas 
porções: 
● Mesoderma lateral somático (ou parietal): fica 
mais próxima ao ectoderma de superfície; 
forma o ​revestimento interno da parede 
corporal e partes dos membros​. 
● Mesoderma lateral esplâncnico (ou visceral): 
fica mais próxima ao endoderma; ​forma a 
cobertura mesotelial dos órgãos viscerais​. 
 
Entre os dois mesodermas, apresenta-se uma 
cavidade, denominada celoma intraembrionário 
(quando fizer as pregas laterais os celomas 
intraembrionários se juntam). O celoma é região 
utilizada para o desenvolvimento dos órgãos. 
 
Mesoderma lateral somático + ectoderma 
epidermal = somatopleura. 
Mesoderma lateral esplâncnico + endoderma = 
esplancnopleura. 
 
DERIVADOS ENDODÉRMICOS 
Com o crescimento do tubo neural, o embrião 
curva-se na posição fetal (pregas cefálica e caudal); e 
também há a fusão das pregas laterais. 
Assim, com essas pregas, há formação de um 
tubo, que forma os ​intestinos anterior (com a 
membrana bucofaríngea), ​médio e posterior (com a 
membrana cloacal). 
Além disso, o endoderma forma o 
revestimento do sistema digestivo com glândulas 
anexas e o sistema respiratório​.

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