RESENHA CRÍTICA O PROCESSO FRANZ KAFKA Ianca e Alefi (1)

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FACULDADE PITÁGORAS DE GUANAMBI
ÁLEFI MAGALHÃES COTRIM
IANCA FLÁVIA DE OLIVEIRA NOGUEIRA
RESENHA CRÍTICA: O PROCESSO – FRANZ KAFKA
GUANAMBI
2020
ÁLEFI MAGALHÃES COTRIM
IANCA FLÁVIA DE OLIVEIRA NOGUEIRA
RESENHA CRÍTICA: O PROCESSO – FRANZ KAFKA
Resenha crítica apresentada à Faculdade Pitágoras Guanambi, para a disciplina Teoria Geral do Processo, do 4º período, do curso de Direito.
Prof. Diego Emerson. 
GUANAMBI
2020
RESENHA CRÍTICA: O PROCESSO – FRANZ KAFKA
O Livro escrito por Franz Kafka é composto por dez capítulos, disponibilizado para leitura pela equipe LE LIVROS retrata um momento turbulento na vida de Josef K., o mesmo está sendo processado sem que ele mesmo saiba porquê e por quem, nessa resenha será feita uma análise com intuito de realçar pontos positivos e negativos da obra.
A obra se inicia com Josef sendo intimado dentro do seu quarto logo pela manhã por um homem que jamais viu, onde tudo começa a ficar embaraçoso pois as pessoas ali presentes pareciam saber o motivo daquele acontecimento, Josef indignado pergunta onde se encontra o chefe deste homem, que por ventura se encontrava no quarto ao lado, cujo mesmo pertencia a sua vizinha e dona da pensão, senhora Grubach, mesmo após inúmeras tentativas sem obter sucesso para sanar essa confusão Josef tenta manter sua vida tranquilamente mas acaba observando ao seu redor que todos sabem que ele foi processado, Josef tinha o costume de passar em uma cervejaria ao retornar do trabalho, e uma vez por semana visitava Elsa, uma jovem moça prostituta, devido seu dia difícil apressou a retornar para casa e dialogar com a senhora Grubach pois ele deduzia o caos presente na pensão devido o ocorrido, entretanto se surpreendeu ao ouvir da senhora que ele era o melhor morador daquele lugar. Alguns dias se passaram e ele recebe um telefonema dizendo ser obrigatório comparecer no próximo domingo de manhã ao tribunal, a única informação passada é o número da casa em um local desconhecido, ao finalizar a ligação recebe um convite do vice-diretor do banco onde trabalha, para uma excursão em seu barco com pessoas de alta patente, mas Josef recusa dizendo que já havia acabado de marcar um compromisso. A vila onde ficava o suposto tribunal parecia ser bastante agitada e com grande número de mulheres, sem saber onde seria o tribunal, batia de porta em porta procurando pelo marceneiro Lanz, aproveitando o descuido de quem o recebia para vigiar o interior da residência, após bater em diversas portas finalmente chega ao tribunal que segundo um homem, Josef chegara uma hora e cinco minutos atrasado, em seu interrogatório expôs todo o acontecimento desde momento em que acordou até as atrocidades praticadas pelos funcionários do tribunal naquele dia, o capítulo 3 encerra com Josef desconfiado de todos que lhe cercam sem ter em quem confiar.
Após a leitura desses três capítulos percebe-se que a obra por sua vez conta com pequenos erros ortográficos, os capítulos não apresentam desfechos para o início do próximo, entretanto instiga o leitor a organizar suas ideias para saber qual será a conclusão do processo de Josef, a obra como um todo traz uma crítica a determinadas situações reais no sistema judiciário, que deixa o processo tramitar sem importar com a saúde mental do acusado, obra recomendada para leitores de obras clássicas.
No quarto capítulo, nota-se que K é uma pessoa bem orgulhosa, prepotente e arrogante. O livro narra um ambiente onde as pessoas sequer ousam duvidar do procedimento e das razões da justiça e onde as pessoas são totalmente corruptas, o pintor das informações com objetivo de vender as telas, os juízes são influenciáveis por amigos advogados, os oficiais de justiça repartem suas roupas e comem sua comida e em todo o tempo o K está dependente de alguém que tenha contato com os julgadores, seja o advogado, seja a mulher do guarda ou o pintor para conseguir vantagens K acaba entrando nessa corrupção, se envolve com mulheres com essa intenção. 
É muito claro que o livro tentar mostrar a impotência do cidadão comum em frente ao setor jurídico, depois da audiência K fica agoniado a ser convocado na próxima semana e isso não acontece o que faz ficar perdido sobre a situação do seu processo então ele procura formas de se informar e acaba indo ao mesmo local que aconteceu a audiência anterior, mas ao chegar lá se encontra vazio, é quando ele começa a se aproximar de pessoas em prol de uma resposta sobre o seu processo, já que é totalmente desinformado do que acontecera desde o começo, o desespero de K é visível, então K começou se adaptar aquele meio corrupto, porque somente assim para tentar conseguir informações sobre seu processo, logo após acontece que os mesmos guardas que invadiram sua casa para deter k, aparecem apanhando, sendo castigado por terem feito tal ato, K fica sem entender e eles explicam que estão sendo punido porque K deu queixa sobre eles e K explica que não deu queixa que somente explicou como aconteceu a abordagem no seu recinto, mas K não imaginava que eles seriam punidos de tal forma, menciona que não tinha citado o nome deles se soubesse da consequência, até tenta reverter o quadro explicando que não queria que os guardas fossem tratados de tal forma, até oferecendo dinheiro para o flagelador, mas não adianta, então ele culpa os funcionários superiores de toda aquela situação e não consegue livrar os guardas da punição que estão levando.
É nítido que a todo o momento é confusa a forma que são levados os acontecimentos, os guardas que cumpriam função agora recebem punição, K procurando a todo momento saber o que está causando aquele processo, procurando o sistema jurídico para obter uma resposta e em todo momento está sem obter respostas, só se afundando em uma pressão psicológica de uma lado para outro, ele se sente culpado por desconhecer seu crime, é notável que K vai sendo cercado por todos os lados, um nível desesperador vai tomando contar que ele vai ficando confuso a quem recorrer, logo o seu Tio aparece tentando de alguma forma ajuda-lo a resolver essa questão, e o apresenta um advogado que é seu amigo de infância, e em todo momento K nota que todos estão envolvidos com aquele meio judicial, todos sabem algo, todos escondem algo, e K usa a forma de seduzir mulheres para obter informações sobre o seu processo, informações vagas que ao mesmo tempo que descobre algo o deixa estagnado ao mesmo local do inicio. 
É de suma importância destacar que era totalmente inquisitório o sistema processual penal da época, sendo que o tribunal estava constantemente envolvido na investigação do caso, hoje em dia ainda se percebem traços desse sistema inquisitório em nossos tribunais, mesmo ele sendo de fato acusatório.