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A Importância do Brincar na Educação Infantil

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O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
 ALVES, THAIS¹ 
 RU 1557018
 PAULO PIRES, GERALDO² 
 
RESUMO
 De acordo com o Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil (1998), o brincar cria um vinculo essencial entre educador e criança sendo esta uma das linguagens infantis. É importante considerar que o brincar é uma ação que ocorre no plano da imaginação, isto mostra que aquele que brinca tem o domínio da linguagem simbólica, ou demonstra no seu brincar simbólico rotinas do seu cotidiano. Isto significa que a criança enquanto brinca está aprendendo a elaborar suas reflexões, sua independência e criatividade possibilitando a evolução global deste individuo nos pontos de vista cultural, social, afetivo, físico, cognitivo e emocional. Desta forma, e através da brincadeira que o professor poderá observar e construir uma visão mais ampla do desenvolvimento, da capacidade de interação e da afetividade envolvida neste momento referentes a cada criança Sendo assim, esta pesquisa busca valorizar o brincar na Educação infantil como um ato de aprendizagem, explorando a autonomia, a criatividade, a reflexão, e imaginação das crianças. A metodologia utilizada neste estudo foi através de pesquisas em Livros ,Sites da Internet e em experiência cotidianas em sala de aula. Após este estudo observou-se que o brincar e um rico instrumento para que o professor possa planejar seu dia a dia, sendo um importante aliado no processo de aprendizagem.
Palavras-chave: Brincadeiras. Educação infantil. Aprendizagem.
1 INTRODUÇÃO
As pessoas se questionam :Qual a importância do brincar no processo de ensino aprendizagem da educação infantil? E qual a atuação do educador neste processo? e como os pais podem participar e incentivar a criança brincando? 
 Sendo assim, necessitamos compreender a importância do brincar no processo de ensino e aprendizagem da educação infantil. Bem como, devemos ver que o brincar e direito da criança, que o brincar e importante no processo de ensino aprendizagem e a importância do educador neste brincar.
 O brincar possibilita a interação e comunicação da criança com outras crianças e pessoas, o brincar e lúdico e o termo lúdico etimologicamente é derivado do Latim “ludus”, que significa jogo, divertir-se e que se refere à função de brincar de forma livre, individual e coletiva de jogar, utilizando regras referindo-se a uma conduta social, da recreação, sendo ainda maior a sua abrangência. Pode-se assim afirmar que o lúdico é parte inerente do mundo infantil. Pois e através da brincadeira que a criança apropria-se do mundo de forma simples, alegre e descontraída. Através do brincar pode-se perceber a personalidade, a criatividade, a afetividade e a psicomotricidade de cada uma. A brincadeira é, para a criança, um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre si mesma, sobre o outro e sobre o mundo. Sendo assim, o brincar na educação infantil propicia a criança estabelecer regras constituídas por si e em grupo, contribuindo para a integração do indivíduo na sociedade. Deste modo, a criança aprende a resolver conflitos e a criar hipóteses de conhecimento e começa a compreender pontos de vista diferentes, de fazer-se entender e de demonstrar sua opinião em relação aos outros, a si própria e ao mundo, e ainda é nesse ato que podemos diagnosticar e prevenir futuros problemas de aprendizagem infantil. Além dessa atividade ser um passatempo para a criança, ela é motivada a brincar por meio de processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades e não só para “passar o tempo”, na realidade, os momentos do brincar são oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento, nestes as crianças aprendem a conviver com outras crianças, a brincar, a participar, a explorar, a expressar-se e a conhecer-se. 
2 DESENVOLVIMENTO
¹ Aluna do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 08 – 2020 ² Professor Orientador Geraldo Paulo Pires no Centro Universitário Internacional UNINTER. 
2.1 O BRINCAR É DIREITO DA CRIANÇA
Necessitamos retroceder no tempo para entendermos o brincar como um direito da criança. De acordo com as variadas culturas, a concepção de infância vem sendo modificada, por muito tempo, a criança era considerada um ser que necessitava ser treinado pra aprender funções que deveria reproduzir, em outras palavras, a criança era vista como um mini adulto. A Infância e algo histórico pois vem se transformando, se adaptando de acordo com as mudanças ocorridas na sociedade.Temos que levar em conta que a fase que envolve a educação infantil, e uma fase de mudanças na vida das crianças. Essas mudanças começam pelo ambiente, pois as mesmas saem da ambiente familiar para serem inseridas num ambiente com culturas e saberes diferentes. Assim como a concepção de infância , o brincar começou a ser visto, não mais como uma perca de tempo, dessa maneira a concepção de infância também começou a tomar outra forma. Passou a ser construída, pois a escola passou a ser um fator importante para as modificações ocorridas na fase da infância. As criança começa a ser vista com um ser capaz de ter seus próprios pensamentos, sentimentos , maneiras de agir e analisar o mundo. O ano de 1986, é marcado por grandes transformações nas condições de vida das crianças, estas poderiam a partir dali contar com o apoio da Constituição Federal, que deixava assegurado o direito á vida, á saúde, á alimentação, á educação, ao lazer, á cultura, deixando bem delineada a ênfase na dignidade e liberdade humana. 
No ano de 1996 a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n 9394/96 foi aprovada, indicando: as propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, nas relações e práticas cotidianas, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, questiona, e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo Cultura. (BRASIL, 2013, p.97) Assim, a legislação brasileira reconhece explicitamente o direito de brincar, tanto na Constituição Federal (1988), artigo 227, quanto no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (1990), artigos 4º e 16, mas ainda não oferece as condições para que esse direito seja exercido plenamente por todas as crianças. Outros direitos e princípios do ECA guardam direta relação com o brincar, dentre os quais destacamos, direito ao lazer (art. 4º), direito à liberdade e à participação (art. 16), peculiar condição de pessoa em desenvolvimento (art. 71). (FLORES, Marilena, do IPA Brasil, 2015). Foi possível perceber através dessa trajetória histórica, que o Brasil evoluiu no que diz respeito a garantia de direito das crianças brasileiras, possibilitando a elas uma melhor qualidade de vida, porém, de acordo com (CINTRA, JESUINO, 2010,P.234) a criança era considerada “ um adulto” em miniatura no período medieval. A infância nesse período também estava intimamente ligada à condição social da família. Hoje não é diferente, vivem um “faz de conta” que não oferece fatores positivos ao seu desenvolvimento, reproduzem o adulto de hoje, influenciado pela sociedade capitalista. As crianças de hoje não têm tempo de usufruir de brincadeiras próprias da sua infância, a falta de tempo dos pais, a insegurança nas ruas, a redução dosespaços de lazer, os brinquedos industrializados, entre outros fatores, tem colaborando para tornar as crianças adultas cada vez mais precoces e com sérios problemas de saúde, criando uma geração acostumada com as facilidades do mínimo esforço. Conforme Levin (1997) esses fatores podem provocar profundas mudanças no desempenho motor das crianças, segundo o mesmo autor, o meio o qual a criança está inserida, os fatores históricos e culturais, irão interferir na condição da infância e como consequência no seu brincar. A revisão de literatura visa a expor as principais ideias. É a essência, a fundamentação lógica do trabalho.
2.1.2 A importância do brincar no processo de ensino e aprendizagem.
Segundo os PCNs da Educação infantil, é comum acontecer dentro das instituições de ensino, uma atmosfera de ordem e de harmonia, algumas práticas educativas simplesmente procuram suprimir o movimento, impondo às crianças de diferentes idades rígidas restrições posturais. Podendo citar longos momentos de espera em fila ou sentados, as crianças precisam ficar quietas realizando atividades mais sistematizadas, escrevendo ou lendo, qualquer deslocamento ou mudança de posição pode ser visto pelo professor como uma desordem ou indisciplina. Isso é comum também nas creches onde os bebês têm que permanecer no berço ou em espaços cujas limitações os impedem de expressar ou explorar seus recursos motores. A criança na faixa etária da educação infantil, encontrasse numa fase essencial para a aquisição de padrões fundamentais de movimento. De acordo com STEWART e DE OREO, citado po Manoel (1988), pode-se identificar três níveis de aquisição de movimento: 
NIVEL 1: Ocorre as primeiras tentativas na execução de movimentos padrões
NIVEL 2: Ocorre a falta de consistência na organização dos movimentos padrões
NIVEL 3: Performance perfeita, ocorrendo a passagem para outro período de desenvolvimento e do refinamento.
Muitas vezes a contenção de movimentos imposta pela escola, pode estar diretamente relacionada com a aprendizagem, com base na ideia de que o movimento impede a concentração e a atenção da criança. No entanto, as pesquisas mostram o contrário, é a impossibilidade de mover-se ou de gesticular que pode dificultar o pensamento e a manutenção da atenção. Para Kischimoto (2002), uma característica marcante na infância é a grande intensidade da atividade motora e da fantasia que acontece nesta etapa, permitindo à criança reconhecer e controlar progressivamente o próprio corpo, ampliando suas possibilidades de interação com o meio que a cerca. 
 Neste sentido, para a autora, o brincar pode ser considerado a maior especialidade da criança, constituindo um vasto mundo de cultura infantil repleto de imaginação, jogos e consequentemente, movimentos, que precisam ser valorizados pelas instituições de ensino. Quanto menor a criança, maior a responsabilidade do educador em organizar atividades que favoreçam a construção da sua corporeidade, respeitando as peculiaridades do seu período de vida. Segundo Wajskop (1995), quando a criança brinca, sempre apresenta um comportamento além do habitual, do diário, assim ela se sente maior do que realmente é também mais importante perante outras crianças, quando ela brinca com mais crianças desenvolve a socialização, companheirismo e até o respeito. Pelo brincar diz Vygotsky (1998), a criança equilibra as tensões provenientes de seu mundo cultural, construindo sua individualidade, sua marca pessoal, sua personalidade. Vygotsky (1998), destaca também o papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil, pois é brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. Deixar com que a criança brinque nunca será perda de tempo porque quando ela está brincando desenvolve também o aspecto emocional, social, cognitivo e motores, em que a criança mostrará sua criatividade e imaginação. Assim vai melhorando cada dia mais sua autoestima.
Nicolau (1986), em seus estudos, afirma que quando a criança está brincando ou jogando, libera e canaliza suas energias, podendo transformar, portanto, uma realidade difícil em algo mais leve, dando abertura à fantasia, enfrentando os desafios, imitando e representando as interações presentes na sociedade no qual se vive, atribuindo aos objetos significados diferente, definindo e respeitando as regras, que são estipuladas pelo contexto social. A criança decide desta forma, sobre o que, com quem, onde, com o que, como brincar e o tempo em que brinca, constrói a brincadeira no momento de brincar, brinca sem finalidades ou objetivos explícitos aprendem a lidar com suas angustias, criando e deixando fluir sua capacidade e liberdade da criação.
Segundo Kishimoto (2006), existem várias formas de brincar, a criança pode brincar de amarelinha, pião, carrinho, boneca, pega-pega, corda, bambolê, com bola arremessando ou em um jogo disputando com outras crianças, jogo de tabuleiros, jogos pedagógicos ou simplesmente brincadeira de imitação. Como exemplo, pode-se citar quando a criança pega uma boneca e brinca de “filhinha” ou de fazer comidinha em um fogãozinho de brinquedo, em todas estas brincadeiras a criança ira aprender e desenvolver habilidade. Quando brinca, a criança entra no mundo da imaginação e sai da sua vida cotidiana. Existem também os jogos tradicionais infantis, que dão ênfase ao folclore e a cultura brasileira, atividades passadas de geração em geração. Os jogos de construção também é outra opção de trabalho, é uma prática que possibilita as crianças transformarem e destruírem por meio do manuseio de peças, expressando suas alegrias, tristezas e problemas, possibilitando que o professor identifique as dificuldade e necessidades de cada criança.
De acordo com Kishimoto (apud ARTONI, 2003), existem também os brinquedos de alta tecnologia, produzidos em séries nas grandes indústrias, como bonecas mecânicas e animais eletrônicos, os educadores são unânimes em afirmar que o interesse por esse tipo de aparelho, que praticamente brinca sozinho dura pouquíssimo. Estes brinquedos são muito programados. A própria criança os rejeita, porque não pode criar nada com eles, ou então quebra para entender como funcionam. Apesar de esses brinquedos despertarem a atenção das crianças de imediato, logo perdem o interesse por eles serem muito programado, não despertando, assim, a criatividade.
Às vezes, uma simples brincadeira em uma caixa de areia em um parque da cidade traz mais alegria e conhecimento para a criança, porque ali ela pode formar castelos, sentir como ela escorrega de seus dedos, escrever com um graveto sobre a areia e infinitas atividades que vai lhe trazer aprendizado tanto individual como social, deve-se atrair o olhar de todos para as brincadeiras infantis, porque a brincadeira leva a criança a decidir, pensar, sentir emoções distintas, competir, cooperar, construir, experimentar, descobrir, aceitar limites, e surpreender-se.
2.1.3 A atuação do educador no brincar.
Educar é muito mais que repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas mostras para a criança quem ela é e de que é capaz. É oferecer várias formas para que o indivíduo possa ter possibilidades de escolha e encontrar novos caminhos, de preferência aquele que concilia com seus princípios, seu olhar para o mundo e com as possibilidades adversas que poderá encontrar. Neste ponto de vista, de acordo com Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 30): o professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano.
Segundo Vygotsky (1998), o educador poderá fazer o uso de jogos, brincadeiras, histórias eoutros, para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar e resolver situações problemáticas, para que imite e recrie regras utilizadas pelo adulto. O lúdico pode ser usado como uma estratégia de ensino e aprendizagem, assim o ato de brincar na escola sob a perspectiva de Santos (2002) está relacionada ao professor que deve apropriar-se de subsídios teóricos que consigam convencê-lo e sensibilizá-lo sobre a importância dessa atividade para aprendizagem e para a evolução da criança. É necessário, também, que se estimule a sua autonomia em relação ao autocuidado e que se favoreça a expressão corporal dos sentimentos, sensações, formas de perceber os seres, objetos e fenômenos que as rodeiam.
É importante que as ações pedagógicas, na Educação Infantil, possibilitem o desenvolvimento de gestos e ritmos criativos e estéticos, favorecendo o acesso ao repertório cultural que envolve as manifestações corporais, atentando para a construção da autoestima pelas crianças e ao desenvolvimento no grupo de atitudes de respeito, confiança, cooperação e tolerância. Assim, a brincadeira não deve ser utilizada apenas para divertir as crianças, mas o educador deve inclui-a em seu plano de aula. Logo, cabe ao professor gerar atividades que facilitam ideias, para prepara-las também para as aulas que trabalham com a leitura, números, que envolve classificação, ordenação e lógicas, dentre outros.
Estimular as crianças a trabalharem em equipe na solução de problemas, aprendendo a expressar seus próprios pontos de vista em relação ao outros e a si próprios. Portanto, estar ao lado do aluno, acompanhando sua evolução, para levantar problemas que os levem a desenvolver possibilidades, como também brinquedos apropriados para idade, com objetivo de promover o desenvolvimento infantil e a conquista de conhecimentos em todos os aspectos. O contexto contemporâneo da Educação Infantil exige do educador conhecimento teórico e prático sobre a influência da dimensão lúdica no processo de aprendizagem da criança. Além disso, o professor precisa ter disponibilidade corporal para se envolver nas atividades lúdicas com as crianças, permitindo que elas expressem suas dificuldades, suas fantasias, seus desejos e suas necessidades.
2.1.4.A atuação dos pais, e da sociedade no brincar.
É de fundamental importância levar em consideração que as brincadeiras infantis são coisas sérias que podem transformar a vida de uma criança, os governantes, as instituições de ensino, os pais ou responsáveis devem-se preocupar em oferecer melhores condições para que o brincar aconteça de forma efetiva. Outro fator importante é a criação de espaços públicos para todos, propiciando a convivência entre diferentes grupos e idades e um relacionamento social com as demais pessoas, para isso faz se necessário que a população ajude a preservar os espaços públicos; como praças, parques, clubes, dentre outros, e lutem para consegui-los, além dos espaços é importante que as brincadeiras e os brinquedos estejam presentes, disponíveis nesses espaços, seja eles antigos ou modernos desde que lhe traga diversão e aprendizado.
Na atualidade, ocorrem grandes transformações, onde as mudanças de hábitos, a falta de tempo dos pais em programar atividades lúdicas e de lazer com os filhos, os brinquedos industrializados e as novas tecnologias como; tabletes, videogame, internet, etc., todos esses comportamentos acabam interferindo na saúde e qualidade de vida dos seres humanos, principalmente de crianças e adolescentes. Portanto, a responsabilidade dos pais no incentivo de práticas que envolvem o corpo em movimento, incluindo brinquedos, brincadeiras e jogos são de fundamental importância, pesquisas garantem que, a criança que prática atividade física, que brinca, corre, anda de bicicleta, apresenta mais chances de tornar-se um adulto mais ativo e saudável.
 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após os estudos realizados, foi possível perceber que o Brincar na Educação infantil como um ato de aprendizagem é importantíssimo para o progresso integral das crianças, pois favorece a elas maior conhecimento de seus corpos, ampliando as possibilidades motoras, cognitivas, afetivas e sociais, além de introduzir e integrar o aluno no mundo da imaginação e do conhecimento, estimulando novas formas de aprendizagens.
Segundo Kischimoto, uma especialista no assunto do brincar, as crianças nesse período apresentam grande intensidade motora, e a fantasia é algo marcante nesta etapa. Quando o professor trabalha com jogos, brincadeiras e brinquedos no espaço de sala de aula dentro do contexto pedagógico significa ampliar o conhecimento infantil de forma prazerosa, explorando pensamentos, ideias, anseios e desejos. Enquanto elas brincam vão se apropriando do mundo de forma simples alegre e descontraída.
Foi possível perceber, um pouco da trajetória histórica do brincar, para compreendê-lo como um direito garantido por lei conforme o Estatuto da criança e do adolescente – ECA e da Constituição Federal que passou a assegurar o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à cultura, com ênfase na dignidade e liberdade humana.
Fica evidente também que o professor assume papel de grande relevância no espaço de sala de aula, ele é principal responsável pela organização das situações de aprendizagem, atuando como mediador, possibilitando aos alunos atuarem nas aulas de forma crítica, reflexiva e sensível, utilizando de jogos, brincadeiras e atividades lúdicas, como um ato de aprendizagem.
É destaque também no trabalho, o papel da sociedade, dos pais na educação lúdica. Os pais podem atuar sendo um guia, um animador, um incentivador das brincadeiras, possibilitando momentos de grande interação familiar, assim como no incentivo á prática de atividade física, pensando na saúde e qualidade de vida dos pequenos através do brincar. A sociedade e o poder público também podem colaborar, criando espaços, proferindo palestras educativas, favorecendo atividades a toda população, envolvendo a participação da família em momentos de recreação e lazer.
Por fim, após os estudos realizados, ficou evidente que o Brincar na Educação Infantil pode ser aplicado como um ato de aprendizagem, desde que utilizado de forma efetiva pelo professor, ao planejar as ações é imprescindível produzir um ambiente rico, com atividades desafiadoras e motivadoras de aprendizagem iguais para todas as crianças através da dimensão lúdica. Orientar e aprender brincando pode ser mais eficiente e produtivo do que os métodos tradicionais utilizados até então.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Ensino Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. V. 3.Brasília: MEC/SEF,1998. Disponível em: portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3pdf. Acesso em 19 set.2017
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Volume 3. Brasília: MEC/SEF, 1998.
______ Estatuto da criança e do Adolescente. Lei n. 8.069/90, de13de julho de 1990, São Paulo: CBIA – SP, 1991.
______ Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
BRASILEIRO, Tânia Suely Azevedo et al. Reflexões e sugestões práticas para atuação na educação infantil. Campinas: Alínea, 2008.
FLORES, Marilena, Direito de Brincar, do IPA Brasil, 2015.
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione, 2009.
KISHIMOTO, Tizuca Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2006.
______ KISHIMOTO, Tizuca Morchida. O Jogo e a Educação infantil. São Paulo: Thompson Pioneira, 2002.
LEVIN, Esteban. A infância em cena: Constituição do sujeito e desenvolvimento psicomotor. Petrópolis, RJ, 1997.
MANOEL, Edison de Jesus e outros .Educação física escolar e fundamentos de uma abordagem desenvolvimentalista. São Paulo E.P.U., 1988.
NICOLAU, Marieta Lúcia M.A Educação Pré Escolar: Fundamentos e Didática. São Paulo: Atica, 1995.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca:sucata vira brinquedo. Porto Alegre: Artmed, 2007.
VYGOTSKY, Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1998.
WAISKOP, Gisela. O Brincar na Educação Infantil. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n.92, fev.1995.

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