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Operações Unitárias I Aula 6 – Separação sólido-líquido Douglas Richter, M.Sc. 2019 INTRODUÇÃO Operações Unitárias I Premissas • A maioria dos processos industriais é feita a úmido • Remoção de água : o Métodos mecânicos/naturais o Métodos térmicos • Separação sólido-líquido também é feita em etapas Equipamentos ESPESSAMENTO Operações Unitárias I Espessamento • Separação de um fluxo material em duas populações: o Underflow, com maior porcentagem de sólidos o Overflow, com menor porcentagem de sólidos • Espessadores podem receber polpas diluídas (5-10% sólidos) ou espessas (65-70%) • Espessadores não podem estocar material em seu interior Espessador convencional • Desde 1905 • Apoio do rastelo central o Coluna: ø > 30 m o Ponte: até ø 25-30 m • Apoio do rastelo periférico • Decantação concorrente Características operacionais • Alimentação feita por gravidade: inclinação 1,0- 1,5% • Velocidade da polpa: 2,5-3,0 m/s • Torquímetro: ligado ao rastelo (rake), indica a força necessária para espessar a polpa; se excessiva, o rake levanta • Nunca se faz descarga direta do UF: sempre bomba • OF transborda pela calha até tanques: bombeamento Espessador convencional Espessador convencional Espessador alta taxa (hi-rate) • Desenvolvido nos anos 1980 • Redução na área ocupada por instalações convencionais • Alimentação entra junto com floculante, e é então dispersada rapidamente por mistura mecânica estagiada (processo mais rápido) • Automação: sensor de nível • Decantação contra-corrente (CCD) Espessador alta taxa (hi-rate) ENSAIO DE ESPESSAMENTO Operações Unitárias I Objetivos de um espessador • Atender à demanda da unidade: razão de espessamento • Fornecer underflow (UF) com a % sólidos adequada: máximo adensamento x reologia da polpa • Fornecer preferivelmente overflow (OF) clarificado • Ideal: ter experiência anterior; do contrário, ensaios de laboratório Ensaio de espessamento 1 – Polpa alimentada 2 – Polpa adensada 3 – Polpa diluída 4 – Água clarificada Hipóteses (“sedimentação livre”): - Distribuição granulométrica restrita - Pequena tendência à floculação - Polpa alimentada densa Regimes Por fase • Partículas floculam Por compressão • Características não discerníveis Fenômenos • Força da gravidade x empuxo: o Densidade e viscosidade o Tamanho, forma, rugosidade, densidade do sólido o % sólidos, dispersão, pH, coagulantes, floculantes o Geometria do equipamento • Sedimentação livre x perturbada Ensaio de espessamento • Proveta 2000 ml • Granulometria e % sólidos conhecidos • Agitação, cronômetro! • Gráfico altura da interface x tempo (24h ou mais) • Determina-se condições ótimas: pH, % sólidos, dosagem de floculantes • Verificar se é possível bombear o UF Ensaio de espessamento A – Polpa concentrada, floculada ou não B – Polpa com período de indução C – Ponto crítico (para cada curva) D – Polpa floculada diluída E – Polpa não floculada, diluída F – Polpa B, pré-floculada DIMENSIONAMENTO Operações Unitárias I Fatores operacionais • Inventário de polpa • Vazão de underflow • Densidade do underflow • Nível da interface de sedimentação • Clareza do overflow • Dosagem de floculante Cálculo • Objetivo: determinar a razão de espessamento • Coe & Clevenger: razão de espessamento é função exclusiva da velocidade de sedimentação na zona de sedimentação livre (subdimensionamento) • Kynch (Talmage & Fitch): razão de espessamento é função exclusiva da diluição da polpa (superdimensionamento); exige apenas um ensaio • Regra dos 3 ft: se a altura de compressão (hc) for maior que 3 ft, área deve ser recalculada • Wilhelm & Naide: mais realista, mas não o melhor método (não faz parte do escopo do curso) Cálculo • Efetuar o balanço ao redor do espessador (sólidos, água, polpa, volumes) • Partir da vazão de sólidos para determinar a área base a partir da razão de sedimentação • Calcular área e altura da zona de compressão • Determinar área correta a partir da altura • Determinar volume do espessador • Determinar altura total do espessador
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