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Unidade I - Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho

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Prévia do material em texto

História, Trabalho e 
Movimentos Sociais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Ney de Souza
Revisão Textual:
Profa. Eliane Tavelli Alves
Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho
5
• Introdução
• Revolução Industrial: palco de transformações
• Repercussões sociais da Revolução Industrial
• O pensamento de Eric Hobsbawm
• O pensamento de Edward Thompson
 · Conhecer a formação e o pensamento destes dois historiadores: Thompson e 
Hobsbawm;
 · Desenvolver o estudo visando ampliar o conhecimento das transformações 
das sociedades, dos movimentos sociais e dos fenômenos de protesto social 
(campesinato, trabalhadores industriais, movimentos de operários).
 · Conhecer, em linhas gerais, os pressupostos e os condicionantes do conteúdo da 
disciplina História, Trabalho e Movimentos Sociais; 
 · Conhecer as principais vertentes do pensamento histórico - geral e brasileiro - 
sobre a temática.
Nesta unidade, vamos aprender um pouco mais sobre um importante tema da História do 
Trabalho e dos Movimentos Sociais, vamos abordar algumas matrizes historiográficas para o 
estudo do Trabalho. Procure ler, com atenção, o conteúdo teórico disponibilizado e o material 
complementar. Não esqueça, a leitura é um momento oportuno para registrar suas dúvidas, 
por isso não deixe de registrá-las e transmiti-las ao professor-tutor. 
Para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais interativo possível, além da 
apresentação narrada e da videoaula, na pasta de atividades, você encontrará as atividades de 
sistematização, de aprofundamento e de avaliação.
Para realizar seu trabalho nesta unidade e desenvolver seu estudo, primeiro acesse ao link 
Material Didático, no qual você encontrará o texto teórico, ou seja, o texto que servirá de 
base para as atividades da unidade. Leia-o com atenção!
Em seguida, verifique se houve uma suficiente compreensão do conteúdo, respondendo às 
perguntas da Atividade de Sistematização, que tratam das questões fundamentais sobre o 
assunto abordado.
Foram disponibilizados ainda Material Complementar, Apresentação Narrada e Videoaula, 
para aprofundar a análise do tema.
Finalmente, realize a Atividade de Aprofundamento da unidade onde você encontrará 
dicas para saber mais sobre as Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho.
Matrizes Historiográficas para o Estudo 
do Trabalho
6
Unidade: Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho
Contextualização
Vivemos num mundo marcado por imensos contrastes. De um lado, realidades cada vez 
mais homogêneas, desfrutadas por grupos restritos de pessoas: os incluídos. Os shoppings, 
as comidas sofisticadas, os hotéis luxuosos, os automóveis, os computadores, os telefones 
celulares tornam-se padronizados em qualquer parte do mundo globalizado. De outro lado, 
percebemos inúmeros problemas e mazelas atingindo milhões de pessoas: os excluídos. 
No mundo globalizado, as decisões de um governo ou empresa influentes podem provocar 
efeitos em regiões distantes do lugar onde foram tomadas. Assim, o emprego de um trabalhador 
da indústria automobilística instalada no Brasil poderá deixar de existir se a matriz da empresa, 
situada, por exemplo, na Europa, decidir que é mais conveniente fechar as fábricas aqui e 
instalá-las em outro país; ou reduzir o número de funcionários; ou, ainda, substituir parcela da 
mão de obra por equipamentos eletrônicos sofisticados, objetivando ampliar os lucros. 
Sugerimos que vocês reflitam sobre a temática exposta e, para ampliar a reflexão sobre 
globalização, trabalho e mundo operário, assistam ao vídeo do endereço abaixo.
Filme: Globalização e seus efeitos no mercado de trabalho.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=A-_kQIUkCpw
Acesso em: 21 maio 2015.
7
Introdução
Nesta unidade estudaremos as Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho, 
proporcionando um conhecimento consistente para uma melhor compreensão das 
transformações sociais que ocorrem na sociedade contemporânea. Buscando, para isso, no 
passado as raízes das diversificadas e grandiosas transformações do presente. Atualmente as 
relações de trabalho e produção enfrentam grandes mudanças: desenvolvimento de novas 
tecnologias, informática, robótica e o uso do computador com outros meios de comunicação. 
Será que estamos em novo processo de revolução da industrialização? 
Para pensar melhor sobre esta temática do trabalho no mundo contemporâneo estudaremos 
o pensamento de dois grandes estudiosos do século XX: Eric Hobsbawm e Edward Thompson. 
Primeiramente percorreremos, em linhas gerais, o contexto que os levou a elaborar estudos 
historiográficos considerados clássicos sobre o tema. Estes textos, sem dúvida, são matrizes 
para o estudo do trabalho e as questões sociais. Realizada esta contextualização sobre a 
Revolução Industrial, o texto seguinte abordará o perfil biográfico e o pensamento destes 
pensadores. Vamos começar?
Revolução Industrial: palco de transformações
É inimaginável na vida atual viver sem automóveis, eletrodomésticos, telefones e tantos 
outros recursos. Esse mundo de máquinas e tecnologias começou com a Revolução 
Industrial. Sua origem é a Inglaterra do século XVIII e se estendeu para outros países a 
partir do século XIX. “Antes deste período, a maioria das pessoas vivia no campo ou em 
vilarejos. Trabalhavam em pequenos grupos e produziam, em pequena escala, aquilo que 
precisavam – alimentos, roupas e objetos”. E ainda “havia grandes cidades, porém eram 
cidades comerciais e principalmente cidades capitais, ou seja, centros de poder político dos 
reinos” (DE DECCA, MENEGUELLO, 1999, p. 14).
Glossário
Revolução Industrial é o conjunto de transformações ocorridas 
na Europa Ocidental (XVIII–XIX) relacionadas à substituição 
do trabalho artesanal, que utilizava ferramentas, pelo trabalho 
assalariado, em que predominava o uso das máquinas.
A Revolução Industrial na Inglaterra marcou a passagem da sociedade rural para a 
sociedade industrial e a passagem para a utilização da energia a vapor em lugar da energia 
humana. A indústria é considerada a fase adiantada da produção. Veja que antes dela existiam 
o artesanato e a manufatura, que originaram a maquinofatura. Artesanato é a forma de 
produção industrial mais simples. A manufatura é a fase mais adiantada da indústria. Nesta 
fase, os trabalhadores produzem sob a direção de um chefe, cada um executando uma tarefa 
precisa (divisão de trabalho). Já a maquinofatura é o trabalho executado por máquinas, isto 
revela uma característica do modo de produção capitalista juntamente com as relações sociais 
de produção assalariadas.
8
Unidade: Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho
Contraste entre o trabalho rural e a industrialização
Fonte: Robert Friedrich Stieler (1847–1908)/Wikimedia Commons
Estas “relações passaram a predominar a partir do momento em que houve a separação 
definitiva entre capital e trabalho, reflexo direto da industrialização” (MARQUES; BERUTTI; 
FARIA, 1997, p. 27). Neste sentido, observa Maurice Dobb, “assim, uns possuem, enquanto 
outros trabalham para aqueles que possuem - e que são naturalmente obrigados a isso, pois 
que, nada possuindo, e não tendo acesso aos meios de produção, não dispõem de outros 
meios de subsistência” (DOBB, 1983, p. 15). Despojada de suas terras pelos burgueses no 
final do século XVIII, a classe dos pequenos proprietários tendia a desaparecer.
Os donos de capitais investiram nas fábricas e adquiriram propriedades rurais, modernizando 
métodos de produção com a introdução de máquinas. É evidente que esta atitude levou a 
um aumento da produtividade e reduziu o número de trabalhadores rurais, substituídos pelas 
máquinas. Em consequência deste fato o êxodo rural será uma realidade no processo da 
industrialização. Na cidade as máquinas também substituíram algumas das funções exercidas 
pelos operários.
9
Repercussões sociais da Revolução Industrial
As relações de trabalho sofreram uma enorme 
modificação. Os camponesesbuscaram emprego 
nas cidades, onde não eram proprietários dos 
instrumentos de produção e nem da matéria-prima. 
Sua única propriedade era sua força de trabalho, 
“vendida” em troca de péssimos salários. Esta 
situação conduz a uma oposição social: empresários 
industriais (proprietários) de um lado e os operários 
assalariados urbanos do outro. Nestas condições a 
exploração do trabalhador será um fato inegável. 
Os empresários, com o objetivo de aumentar seus 
lucros, pagavam salários baixíssimos aos operários, 
explorado sua capacidade de trabalho. A situação 
era tão degradante e sub-humana que toda a família 
era obrigada a trabalhar nas fábricas: mulheres, 
crianças - que recebiam salários inferiores. São 
longas as jornadas de trabalho. Em muitos casos 
ultrapassavam 16 horas diárias. As instalações das 
fábricas eram precárias e insalubres, prejudicando a 
saúde do trabalhador. As condições de moradia dos 
operários não eram diferentes. Não havia nenhuma 
assistência aos enfermos e desempregados. E hoje? 
Continua assim? O que você pensa?
Se o avanço industrial consolidou o capitalismo, não há dúvida que também a exploração 
do trabalho gerou consequências sociais. Dentre estas consequências estão: prostituição, 
alcoolismo, suicídio, violência e epidemias. Operários e empresários entraram, na Inglaterra e 
em outras regiões da Europa, em enormes conflitos. Uma das primeiras revoltas contra essa 
miserável situação operária foi o Ludismo.
Movimento Operário Ludista
Fonte: si-educa.net
Efeitos da Revolução Industrial
Fonte: Wikimedia Commons
Fonte: ucr.com.br
10
Unidade: Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho
Atenção
LUDISMO: expressão que deriva do nome de Ned Ludd, 
tecelão que se destacou na liderança do movimento operário de 
destruição das máquinas. Este movimento é considerando uma 
forma de resistência à exploração dos trabalhadores.
Os operários invadiam as fábricas e 
destruíam suas máquinas. Era uma maneira, 
segundo eles, de lutar contra o desemprego, 
a miséria, os salários baixos e a opressão. 
O Parlamento inglês “organizou comissões 
secretas para acompanhar a situação e foi 
informado de que os insurretos dos distritos 
revoltados possuíam uma organização de 
tipo militar” (HENDERSON, 1979, p.180). 
Com o passar do tempo, os trabalhadores 
perceberam que a sua luta não deveria ser 
contra as máquinas, mas contra o sistema 
de injustiças originárias do capitalismo 
industrial. Surgiram na Inglaterra, no século 
XVIII, organizações operárias que iniciaram 
as lutas por melhores condições salariais e 
de vida para o trabalhador originando os 
primeiros sindicatos.
A Revolução Industrial promoveu a revolução dos transportes e, por sua vez, acelerou o 
industrialismo. Algumas das importantes invenções foram: o navio a vapor, a locomotiva, o 
automóvel, o telégrafo e o telefone. Para aumentar a produtividade, a partir destas invenções, 
o trabalho foi subdividido (divisão do trabalho) em várias operações, dando origem às linhas 
de montagem. Devido a isto o operário perdia a noção do conjunto da produção. Este fator 
da divisão também dividirá o saber do trabalhador, surgindo as especializações nas tarefas e 
a alienação ao processo produtivo global. Neste contexto surge a produção em série que irá 
igualar e massificar o gosto dos compradores de produtos industriais, devido a produção em 
larga escala de um mesmo artigo.
A especialização da produção dividiu o mundo em áreas industrializadas (desenvolvidas) e as 
áreas agrícolas (subdesenvolvidas) fornecedoras de matéria-prima.
Esse contexto da Revolução Industrial, apresentado em suas linhas gerais, é um palco de grandes 
transformações, verdadeira mudança de época. Foi pesquisando e analisando essa situação 
de enormes mudanças econômicas, políticas e sociais que os historiadores Eric Hobsbawn e 
Edward Thompson nos contemplaram com seus textos que são matrizes historiográficas para 
o estudo do trabalho e os movimentos sociais surgidos nesses conflitos históricos.
Ludismo – Quebra das máquinas
Fonte: Wikimedia Commons
11
O pensamento de Eric Hobsbawm
Eric John Ernest Hobsbawm nasceu em Alexandria 
(Egito) no ano de 1917, período em que o país estava sob 
dominação britânica. Filho de Leopold Percy Hobsbaum (sic), 
inglês e de Nelly Grun, austríaca, ambos judeus. A família se 
mudou para Viena, cidade onde passou sua infância e parte 
da adolescência. Após o falecimento dos pais, ele e sua irmã 
foram adotados pelos tios e, com a ascensão de Hitler ao 
poder, se mudaram para a Inglaterra (1933).
Estudou história na prestigiosa Universidade de Cambridge 
(1936–1939), curso de destaque nas universidades 
britânicas. Era militante de esquerda e, em 1936, ingressou 
no Partido Comunista da Grã-Bretanha e neste permaneceu 
durante toda a sua vida. Durante a Segunda Guerra Mundial serviu ao Exército Britânico. 
Sua função era cavar trincheiras e preparar bunkers no litoral da Inglaterra para impedir a 
Operação Leão Marinho, invasão do país por exércitos anfíbios. Devido a seu conhecimento 
de quatro outros idiomas, foi servir nos trabalhos de inteligência. Após a guerra, Hobsbawm 
retornou à Universidade de Cambridge para o curso de doutorado.
Universidade de Cambridge
Fonte: iStock/Getty Images
Neste período do pós-guerra, a geração de Hobsbawm contribuiu para o avanço da pesquisa 
e do ensino universitário de História. No ano de 1952, fundou a revista Past and Present 
juntamente com seus colegas historiadores marxistas britânicos: Christopher Hill, Rodney 
Hilton, George Rudé e Edward Thompson (MARTINS, 2010, p. 74-75). O intuito deste grupo 
era entender a organização das classes populares, suas lutas e ideologia.
Neste link você encontrará um texto sobre o perfil de Hobsbawm
Disponível em: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,interprete-incansavel-do-seculo-20-imp-,938885 
Acesso em: 22 maio 2015.
Eric Hobsbawm
Fonte: Rob Ward/Wikimedia Commons
http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,interprete-incansavel-do-seculo-20-imp-,938885
12
Unidade: Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho
A partir de 1947, Eric Hobsbawm começou a lecionar no Birkbeck College, em Londres. 
Nas décadas de 1950 e 1960, concentrou sua pesquisa nas classes populares, tendo por 
temáticas o campesinato, operários e a política, as revoluções liberais do século XIX, relações 
internacionais, cultura popular, história das ideias. Nos anos 1960 e 1970, direcionou suas 
pesquisas para a história contemporânea. Suas obras se tornaram verdadeiros manuais 
didáticos. Para esses estudos, utilizou o materialismo histórico, sendo considerado um 
renovador do marxismo (MARTINS, 2010, 75-77).
Atenção
Materialismo histórico: É um marco teórico que 
visa explicar as mudanças da história utilizando-se de 
fatores práticos, tecnológicos e o modo de produção. 
Estes três elementos são para esta teoria os principais 
fatores de mudança social, política e jurídica.
Na obra As Origens da Revolução Industrial, Hobsbawm discute os fatores que 
possibilitaram a passagem de uma economia pré-capitalista para a produção industrial 
capitalista. Para ele, o processo de industrialização está diretamente relacionado a determinadas 
condições econômicas que já estavam presentes na Grã-Bretanha no final do século XVIII. 
Assim, afirma que “a maioria está de acordo em que o estímulo particular que impulsiona a 
indústria a atravessar a porta da Revolução Industrial pode apenas ocorrer sob determinadas 
condições econômicas e sociais” e continua relatando que “numa indústria produtora de bens 
de consumo amplamente difundidos, estandardizados razoavelmente mais para compradores 
pobres do que para ricos, fabricados com matérias-primas cuja demanda pode crescer sem 
aumentar excessivamente os custos...” (HOBSBAWN, 1979, p. 112).
Entrevista de Eric Hobsbawm concedida a Willian Waack
https://www.youtube.com/watch?v=UTpM0ELkpPc
Este texto afirma a importância do pensamento de Marx sobre o ‘mercado mundial’, ou 
seja,“a árvore da expansão capitalista moderna cresceu numa determinada região da Europa, 
mas suas raízes tiraram seu alimento de uma área de intercâmbio e acumulação primitiva 
muito mais ampla”. O historiador possibilita uma maior reflexão sobre o tema ao afirmar que 
esta área ampla “incluía tanto as colônias do além-mar, ligadas por vínculos formais, quanto as 
economias dependentes da Europa oriental, formalmente autônomas” (HOBSBAWN, 1979, 
p. 113). Sua conclusão é que “a evolução das economias escravizadoras de além-mar, e das 
baseadas na servidão, do Oriente, participaram tanto do desenvolvimento capitalista, quanto a 
evolução da indústria especializada das regiões urbanizadas do setor mais avançado da Europa” 
(Ibidem, p. 124). 
No texto Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo, Hobsbawm revela o 
modo de vida da sociedade resultante da industrialização. “Ela transformou a vida dos homens 
a ponto de torná-los irreconhecíveis (...) destruiu seus antigos estilos de vida, deixando-os livres 
para descobrir ou criar outros novos, se soubessem ou pudessem. Contudo, ela raramente 
lhes indicou como fazê-lo” (1983, p. 74-75). Constatava que “a classe média vitoriosa e os 
que aspiravam a essa condição estavam contentes. O mesmo não acontecia aos pobres, aos 
trabalhadores (que pela própria essência, constituíam a maioria), e cujo estilo de vida tinha sido 
destruído pela Revolução Industrial” (1983, p. 79).
13
Operários e as más condições de trabalho
Fonte: forsal.pl
Discutindo a respeito do movimento ludista, sobre a quebra das máquinas por parte dos 
operários como reação a sua condição de trabalho e vida, Hobsbawm se questiona: “podem o 
tumulto e a destruição de máquinas, contudo, deter o avanço do progresso técnico?”. Ele afirma 
que não é possível deter o triunfo do capitalismo industrial desta forma, mas “no entanto, eles 
não são, de maneira alguma, a arma desesperadamente ineficiente que se tem feito parecer” 
(1981, p. 27). Devido a este pensamento o autor faz uma releitura do ludismo.
Explore Aproveite o texto deste link que discute a questão da 
industrialização e o movimento operário no diálogo com alguns 
autores dentre eles Hobsbawm e Thompson. 
Disponível em: http://goo.gl/YOomkd Acesso em: 22 maio 2015. 
No capítulo 2, “Os destruidores de máquinas”, do livro Os Trabalhadores, Hobsbawm 
apresenta dois modelos de quebra de máquinas. No primeiro não se constata uma hostilidade 
contra as máquinas, mas uma forma de pressionar os empregadores. Ameaçavam também 
destruir as pequenas propriedades, fator que tornava eficaz o seu intento. O estratagema 
valorativo desta técnica é claro: pressão aos empregadores e solidariedade entre os trabalhadores. 
Recorda em seus textos que estas atitudes não eram impensadas. No segundo modelo de 
quebra das máquinas fica evidente que os trabalhadores não são contra o progresso ou são um 
obstáculo. Haja visto que, quando se decidia quebrar as máquinas, elas eram selecionadas. Seu 
interesse era a ameaça de destruição com a finalidade de não ficar desempregado. (1981, p. 
17-27). Uma fundamental consideração é que as classes baixas são participantes da História 
e não meros espectadores, suas lutas são significativas para a História.
14
Unidade: Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho
Em seu livro Mundos do Trabalho publicado em 1984, Hobsbawm reúne uma 
coletânea de textos em que estuda a aristocracia operária, camada de operários que se 
diferenciam dos outros devido a seus ganhos e condições de vida. Eric Hobsbawm estuda 
a questão operária em diferentes países e períodos. É uma complexidade de temáticas 
retratadas no livro. No capitulo “Notas sobre a consciência de classe”, estuda o que é 
conceituado como classe operária, independente do credo professado, origem étnica. 
Assim, estuda o coletivo, a classe, em que o individual é colocado de lado. Afirma que os 
conflitos de classe e a consciência de classe desempenham um papel de enorme importância 
na História. Insiste na tese de que esta consciência de classe não domina e o que domina 
é a identificação dos operários com seus interesses nacionais, religiosos e étnicos. Esse 
formato de domínio enfraqueceu a consciência de classe, temática que estudou no capítulo 
“Qual é o país dos trabalhadores?” 
Eric Hobsbawm é um dos grandes historiadores do século XX, militante de esquerda, 
utiliza o método marxista para a análise da história sempre partindo do conceito de luta de 
classes, destacando as classes dominadas. Faleceu em Londres em outubro de 2012.
15
O pensamento de Edward Thompson
Edward Palmer Thompson (1924–1993) 
nasceu na cidade de Oxford, Inglaterra. 
É historiador pertencente à concepção marxista. 
Juntamente com Hobsbawm é considerado um 
dos maiores historiadores ingleses do século 
XX. Autor de inúmeras obras e consagrado com 
o clássico A Formação da Classe Operária 
Inglesa (1963). Ingressou no Partido Comunista 
aos 17 anos de idade. Lutou na Segunda 
Guerra Mundial e participou da reconstrução da 
Iugoslávia e da Bulgária. Enorme foi em sua vida e obra a influência de seu irmão Frank e 
o assassinato deste por fascistas búlgaros (MUNHOZ, 1997, P. 154).
Estudou Letras, mas definiu-se pela História. Foi presidente do clube de estudantes socialistas 
da universidade. Em 1942, interrompe os estudos devido à Segunda Guerra Mundial. Após 
a guerra, concluiu seus estudos em Cambridge. Foi professor de escola noturna e ativista 
político. Somente mais tarde embrenhou-se no ensino universitário.
Participava da esquerda juntamente com outros nomes importantes de seu tempo: 
Christopher Hill, John Saville, Raphael Samuel, Raymond Williams, Eric Hobsbawm, entre 
outros. Esse grupo deu origem aos marxistas humanistas (MUNHOZ, 1997, p. 154-155). 
A sua obra A Formação da Classe Operária Inglesa é um marco da historiografia de 
movimentos sociais das classes trabalhadores. Observava a criação de uma cultura popular em 
oposição à cultura das elites. No centro de seu estudo está o contexto de vida dos trabalhadores, 
suas interrogações, anseios, ritos e símbolos coletivos. O envolvimento emocional com o 
seu contexto fez com que Thompson apresentasse uma análise de grande sensibilidade, 
diferentemente dos áridos discursos da produção acadêmica. Apresenta os operários como 
protagonistas sociais na construção de suas identidades e ações coletivas.
Este estudo está dividido em três partes. Na versão brasileira foram publicadas em três 
volumes. A melhor informação sobre a estrutura do texto vem do próprio autor: “na parte 
I, trato das tradições populares vigentes no século XVIII que influenciaram a fundamental 
aceitação jacobina no ano de 1790. Na parte II, passo das influências subjetivas para as 
objetivas, as experiências dos grupos de trabalhadores durante a Revolução Industrial que me 
parecem de especial relevância”. E, em seguida, na parte III, Thompson afirma “recolho a 
história do radicalismo plebeu, levando-a através do luddismo, até a época histórica no final 
das Guerras Napoleônicas. Finalmente, discuto alguns aspectos da teoria e da consciência de 
classe nos anos de 1820 e 1830” (THOMPSON, v. I, 1987, p. 12).
Edward Thompson 
pcb.org.br
16
Unidade: Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho
A tese central de seu estudo é de que entre 1790 e 1832 na Inglaterra ocorreu uma 
transformação de enorme importância: os diversos grupos heterogêneos de trabalhadores 
se transformaram em uma classe operária com identidade e consciência de classe no sentido 
marxista, “em sua maioria vieram a sentir uma identidade de interesses entre si e contra seus 
dirigentes e empregadores” (vol. I, 1987, p. 12). Por sua vez, o ponto fundamental de seu 
texto é a experiência contestatória dos trabalhadores ingleses no desdobramento do processo 
de construção da consciência de classe. “Transpor o limiar de 1832 para 1833 é entrar num 
mundo onde a presença operária pode ser sentida em todos os condados da Inglaterra e na 
maioria dos âmbitosda vida, a classe operária não está mais no seu fazer-se, mas já foi feita” 
(Ibidem, v. III, 2002, p. 411).
Burgueses e operários sujeitos históricos da Revolução Industrial
Fonte: Puck Magazine/Wikimedia Commons
A contribuição de Edward Thompson para uma revisão do conceito de classe social dentro 
da tradição marxista foi incorporada pela historiografia. O pensador afasta os conceitos de 
estrutura e categoria social como inadequados para o conhecimento do fenômeno classe 
social. Trata-se de formação social e cultural, fenômeno histórico que unifica acontecimentos 
díspares, ligados à matéria-prima da consciência e à consciência dessa experiência. 
O fenômeno classe social está condicionado pelas relações de produção e, por sua vez, o 
fenômeno social também é constituído pela forma como um conjunto de indivíduos elaboram 
essa experiência social em termos culturais, políticos, religiosos, de costumes e tradições. 
Segundo Thompson “a consciência de classe surge da mesma forma em tempos e lugares 
diferentes, mas nunca exatamente da mesma forma” (Ibidem, 1987, p. 10).
17
A afirmação de Thompson de que a classe traz consigo a noção de relação histórica e não 
pode ser dissecada como uma estrutura, afasta sua estratégia de conhecimento do campo 
da sociologia estrutural, da economia e do marxismo estruturalista e economicista. Sendo 
assim, a situa no campo da história social, da antropologia cultural e de uma tradição marxista 
alternativa, crítica ao economicismo (THOMPSON, 1981, p. 187).
Thompson sustenta que o entrelaçamento entre Revolução Industrial, contrarrevolução 
política a partir de 1793 e o crescimento demográfico acelerado, teve grande influência na 
formação da consciência e das instituições da classe operária inglesa. A Revolução possibilitou 
a base da experiência de classe. A contrarrevolução uniu aristocracia e burguesia industrial, 
travando reformas. O crescimento demográfico tornou disponível uma mão de obra abundante 
enfraquecendo os artesãos especializados. 
As pesquisas de Thompson estão dedicadas a demonstrar que as tradições do movimento 
operário inglês não foram produzidas pela Revolução Industrial e suas raízes estão fincadas num 
período muito anterior ao cartismo. Segundo ele, a classe ocorre quando interesses comuns 
são identificados e delimitados e quando interesses antagônicos são também identificados e 
qualificados. Este processo marca a textura da história com as evidências do crescimento da 
organização política e industrial e da constituição de instituições de classe “solidamente fundadas 
e autoconscientes: sindicatos, sociedades de auxilio mútuo, movimentos religiosos e educativos, 
organizações políticas, periódicos, além das tradições intelectuais, dos padrões comunitários e da 
estrutura da sensibilidade da classe operária” (THOMPSON, v. II, 2002, p. 17).
Atenção
Cartismo: movimento social inglês da década de 30 do 
século XIX. Sua fundamentação é a carta escrita pelos 
radicais William Lovett e Feargus O’Connor intitulada 
Carta do Povo que foi enviada ao Parlamento inglês.
Motim cartista em Londres
Fonte: Wikimedia Commons
18
Unidade: Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho
Carta do Povo
1) Sufrágio universal masculino (direito de todos os homens ao voto)
2) Voto secreto por meio de cédula
3) Eleição anual
4) Igualdade entre os direitos eleitorais 
5) Participação de representantes da classe operária no parlamento
6) Parlamentos remunerados
Thompson assinala que os operários industriais tiveram um nascimento tardio e que “muitas 
das suas ideias e formas de organização do operariado industrial foram antecipadas por 
trabalhadores domésticos (...). Em muitas cidades, o verdadeiro núcleo de onde o movimento 
trabalhista retirou suas ideias, organização e lideranças era constituído por sapateiros, tecelões, 
seleiros e fabricantes de arreios, livreiros, impressores, pedreiros e pequenos comerciantes e 
similares” (Ibidem, v. II, 2002, p. 16). Assim, “os operários, longe de serem filhos primogênitos 
da Revolução Industrial, tiveram nascimento tardio” (Ibidem, v. II, 2002, p. 16). O principal 
canal para a energia dos trabalhadores entre 1816 e 1820, encontrava-se na sua própria 
organização (Ibidem, v. III, 2002, p. 228).
Conclui Thompson que “de 1830 em diante, veio amadurecer uma consciência de classe, 
no sentido marxista tradicional, mas claramente definida, com a qual os trabalhadores estavam 
cientes de prosseguir por conta própria em lutas antigas e novas” (Ibidem, v. III, 2002, p. 307).
Na década de 80 do século XX, Thompson participou ativamente do movimento 
antiarmamentista europeu, abandonando temporariamente seus estudos sobre o século XVIII 
(MULLER; MUNHOZ, 2010, p. 42). No final dos anos 80, com as grandes transformações 
ocorridas, como a queda do Muro de Berlim (1989), Thompson retoma suas pesquisas 
relativas ao século XVIII. Este estudo foi publicado em 1991 com o título Costumes em 
Comum. A obra apresenta a formação dos costumes e a complexidade de seu funcionamento. 
Salienta que a cultura plebeia se reveste da retórica do costume e não se autodefinia nem 
era independente de influências externas. É uma cultura conservadora baseada na tradição 
(THOMPSON, 1991, p. 13-25).
Neste estudo sobre as Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho, foi apresentada 
a importância da contextualização e do estudo da Revolução Industrial para, assim adentrar às 
teorias destes grandes historiadores marxistas britânicos: Eric Hobsbawm e Edward Thompson. 
Ambos integravam o mesmo grupo de pesquisadores formados em Cambridge. O primeiro 
morreu em 2012 deixando uma vasta contribuição para essa temática de estudo e o segundo 
morreu em 1993 com uma influente produção no campo historiográfico.
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Material Complementar
“Leia” os filmes de forma crítica, lembre-se que mesmo os documentários são obras de 
ficção e carregam em si intenções e ideologias de quem produziu-os, assim como a própria 
história que nos foi deixada como legado pelos nossos antepassados.
Vídeos:
Tempos Modernos
Modern Times, EUA (1936)
Direção: Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, 87 min. preto e branco, Continental
https://www.youtube.com/watch?v=LFZnunT28X4 Acesso em: 23 maio 2015. 
Revolução Industrial na Inglaterra (documentário, Enciclopédia Britânica)
Retrata os primórdios da Revolução Industrial e seus desdobramentos.
https://www.youtube.com/watch?v=jt-o3EBQPMU Acesso em: 23 maio 2015.
Trabalho Infantil (documentário)
Documentário do Programa A Liga, retrata a exploração da mão de obra infantil.
https://www.youtube.com/watch?v=ie31wk3Y93o Acesso em: 23 maio 2015.
Breve Século (Eric Hobsbawm)
Diversas imagens e música ao fundo para apresentar a diversidade e contradições do 
século XX contidas na obra de Hobsbawm.
https://www.youtube.com/watch?v=AuF4NITjSbQ Acesso em: 23 maio 2015.
O Capital
É uma versão parisiense do filme Wall Street de Oliver Stone. História em que o 
capitalismo, de maneira especial o financeiro, é exposto como sistema totalmente injusto 
e explorador.
https://www.youtube.com/watch?v=xL8hXYGg8mA Acesso em: 23 maio 2015.
As Aventuras de Oliver Twist
Um clássico da literatura escrito por Charles Dickens. O contexto é a Inglaterra do século 
XIX. O jovem Oliver se vê sozinho pelas ruas de Londres. Envolvido por um bando de 
ladrões é preso por um crime que não cometeu. Interessante observar a realidade de vida 
no cotidiano do berço da industrialização.
https://www.youtube.com/watch?v=NJ2DQFFj--0 Acesso em: 23 maio 2015.
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Unidade: Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho
Referências
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sociais. Da crise do escravismo ao apogeu do neoliberalismo. Rio de Janeiro: Record, 
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Unidade: Matrizes Historiográficas para o Estudo do Trabalho
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