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Trabalho de farmacia clinica

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Faculdade anhanguera de brasilia-fab
Andressa mendonça 
jessica kAthlen 
Winnie Vieira COSTA
farmácia clínica
TAGUATINGA
2017
TAGUATINGA
2017
Andressa mendonça 
jessica kAthlen 
 Winnie Vieira COSTA
FARMÁCIA CLÍNICA 
Projeto apresentado ao Curso de Farmácia,10º semestre A matutino da disciplina de competências profissionais II da Faculdade Anhanguera de Brasília- FAB.
Orientador: Ana Maly
TAGUATINGA
2017
6
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 JUSTIFICATIVA	5
3 FARMÁCIA CLÍNICA	6
 3.1 Resoluções	7
 3.1.1 Áreas de atuação	8 
 3.1.2 Atribuições	8
 3.1.3 Atuação do farmacêutico na farmácia clínica junto à quipe multidisciplinar ( no ambiente hospitalar)	9 
4. PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA	11
5. CASO CLÍNICO	12
CONCLUSÃO	16
REFERÊNCIAS	17
1 INTRODUÇÃO
A Farmácia clinica é voltada para o uso racional de medicamentos visando uma farmacoterapia adequada para cada paciente, otimizando assim o atendimento individualizado. Tendo como diversas áreas de atuação, não se limitando apenas ao ambiente hospitalar, o farmacêutico que atua na área clinica pode também prestar serviços em ambulatórios, drogarias entre outros.
Tornou-se um importante problema de saúde no mundo o uso indevido de medicamentos, gerando resultados econômicos, humanistas e principalmente clínicos, a prescrição inadequada pode aumentar os gastos tanto do governo quanto dos pacientes (REIS et al.2013).
Ao delimitar o tema observou-se a necessidade de compreender a atuação do farmacêutico na farmácia clinica devido ao aumento na automedicação e com isso a necessidade de um acompanhamento mais próximo do paciente. Dessa forma a atuação do farmacêutico na farmácia clinica é essencial para uma adequada e eficaz farmacoterapia, otimizando o uso racional de medicamentos e diminuindo as possíveis interações medicamentosas. Das atividades do farmacêutico dentro da farmácia clinica a revisão da prescrição médica é muito importante para prevenção, resolução e identificação de problemas na farmacoterapia (REIS et al, 2013).
 
2 JUSTIFICATIVA
Ao delimitar o tema observou-se a necessidade de compreender a atuação do farmacêutico na farmácia clinica devido ao aumento na automedicação e com isso a necessidade de um acompanhamento mais próximo do paciente. Dessa forma a atuação do farmacêutico na farmácia clinica é essencial para uma adequada e eficaz farmacoterapia, otimizando o uso racional de medicamentos e diminuindo as possíveis interações medicamentosas. Das atividades do farmacêutico dentro da farmácia clinica a revisão da prescrição médica é muito importante para prevenção, resolução e identificação de problemas na farmacoterapia (REIS et al, 2013).
16
Dentre as atribuições do farmacêutico clinico estão: atenção farmacêutica, uso racional de medicamentos (URM), anamnese farmacêutica, consulta farmacêutica, segmento farmacoterapeutico, conciliação medicamentosa, analise de prescrição, ajuste de dose entre outras (Cartilha CRFSP, 2015).
3. Farmácia Clínica 
A profissão farmacêutica sofre constantes mudanças e evoluções, por ser uma profissão de extrema importância no dia a dia dos pacientes e da população no geral, essa evolução ocorre devido o desenvolvimento da indústria farmacêutica, a descoberta de novos fármacos entre outros (FREITAS et al.,2002 apud PEREIRA et al., 2008). Com esse avanço tecnológico o profissional farmacêutico ficou conhecido como um mero dispensador de medicamentos, a insatisfação por esta condição levou estudantes da década de 1960 a uma profunda reflexão, resultando num movimento denominado como “farmácia clínica”, essa atividade aproximou o farmacêutico ao paciente e a equipe de saúde possibilitando a farmacoterapia (MENEZES, 2000).
A farmácia clínica é facilmente confundida com a atenção farmacêutica, porém a atenção farmacêutica é uma parte latente da farmácia clinica que segundo Menezes (2000), “É um broto novo que da sinais vigorosos de crescimento no Brasil”. Consiste em ser a orientação ao usuário sobre os medicamentos o que o coloca em contato direto com o paciente sendo muitas das vezes o profissional farmacêutico a ser o primeiro ou até mesmo o ultimo profissional da saúde a ter e manter esse contato com o paciente.
A Sociedade Européia de farmácia clínica define a farmácia clínica como: “uma especialidade da área da saúde, que descreve a atividade e o serviço do farmacêutico clínico para desenvolver e promover o uso racional e apropriado dos medicamentos e seus derivados” (OMS, 1994, PEREIRA et al, 2008). 
Já a Associação Americana dos farmacêuticos hospitalares define como: “ciência da saúde, cuja responsabilidade é assegurar, mediante a aplicação de conhecimentos e funções relacionados com o cuidado aos pacientes, que o uso de medicamentos seja seguro e apropriado e que necessita de uma educação especializada e/ou um treinamento estruturado” (OMS, 1994; pereira et al, 2008).
São conceitos que evidenciam que o mais importante e maior beneficiário das ações dos farmacêuticos é o paciente que se torna o centro de toda a atenção farmacêutica (PERETTA; CICCIA, 1998 apud PEREIRA et al., 2008).
3.1.1 Resoluções 
Com o crescimento na industrialização os farmacêuticos ficaram distantes do contato com o paciente e a equipe de saúde mais só então na década de 1960 que nos Estados Unidos o termo farmácia clínica surgiu integrando novamente o farmacêutico a equipe de saúde, otimizando o atendimento e a farmacoterapia (resolução 585 CRF , 2013). 
A resolução n°585, de 2013, do conselho federal de farmácia da à definição a farmácia clinica como a área de atuação farmacêutica na qual tem-se o cuidado com o paciente e o uso racional de medicamentos otimizando a farmacoterapia promovendo saúde e bem estar através da prevenção de doenças, podendo atuar em hospitais, ambulatórios, farmácias comunitárias, entre outros (Resolução 585 CRF,2013).
Algumas das legislações que referem-se à farmácia clínica ou complementam a sua atuação que são citadas na cartilha do CRF:
· RESOLUÇÃO CFF n° 300, de 30 de janeiro de 1997 – Regulamenta a atuação do farmacêutico em Farmácia e unidade hospitalar, clínicas e casas de saúde de natureza pública ou privada. 
· RESOLUÇÃO CFF n° 308, de 02 de maio de 1997 -Assistência Farmacêutica em farmácias e drogarias. 
· PORTARIA MS/GM n° 3.916, de 30 de outubro de 1998 - Aprova a Política Nacional de Medicamentos.
· RESOLUÇÃO CFF n° 349, de 20 de janeiro de 2000 – Trata da Intercambialidade ou substituição genérica de medicamentos. 
· RESOLUÇÃO CFF n° 354, de 20 de setembro de 2000 - Dispõe sobre Assistência Farmacêutica em atendimento pré-hospitalar às urgências/emergências. 
· RESOLUÇÃO CFF n° 366, de 07 de outubro de 2001 - Especialidades de farmácia reconhecidas pelo Conselho Federal de Farmácia. 
· RESOLUÇÃO CFF n° 386, de 12 de novembro de 2002 - Assistência domiciliar em equipes multidisciplinares. 
· RESOLUÇÃO Anvisa/MS n° 338, de 06 de maio 2004 - Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. 
· RESOLUÇÃO CFF n° 492, de 26 de novembro de 2008 - Serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada. 
· RESOLUÇÃO CFF n° 499, de 17 de dezembro de 2008 - Dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos, em farmácias e drogarias, e dá outras providências. 
· RESOLUÇÃO CFF n° 505, de 23 de julho de 2009 - Revoga os artigos 2º e 34 e dá nova redação aos artigos 1º, 10, 11, parágrafo único, bem como ao Capítulo III e aos Anexos I e II da Resolução nº 499/08 do Conselho Federal de Farmácia.
· RESOLUÇÃO MS n° 7, de 24 de fevereiro de 2010 - Requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. 
· RESOLUÇÃO CFF n° 542, de 19 de janeiro de 2011 - Atribuições do farmacêutico na dispensação e no controle de antimicrobianos. 
· RESOLUÇÃO CFF n° 585, de 29 de agosto de 2013 - Atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências.
3.1.2 ÁREAS DE ATUAÇÃO
Dentre os ambientes que o farmacêuticoclínico pode atua estão: 
· Hospitais urgências & Emergências
· Ambulatórios
· Unidades de saúde
· Instituições geriátricas
· Atendimento domiciliar
· Farmácias & Drogarias
 3.1.3 ATRIBUIÇÕES 
O farmacêutico clínico está cada vez mais valorizado no mercado, garantindo presença nas farmácias e ainda conceituando o local de estabelecimento como sendo de saúde. Esta carreira permite que o profissional preste serviços clínicos farmacêuticos, como: o acompanhamento farmacoterapeutico, a conciliação terapêutica e a revisão da farmacoterapia (ICTQ,2016).
Ser farmacêutico clínico exige um perfil multidisciplinar, habilidade de comunicação, capacidade de tomar decisões e de interagir com os pacientes, além de possuir conhecimentos aprofundados em fisiologia humana, patologia, farmacologia e farmacoterapia no qual auxiliam nas atribuições que visam a promoção, proteção e recuperação da saúde do paciente (ICTQ,2016).
O farmacêutico clínico presta assistência farmacêutica ao paciente assegurando que o medicamento seja administrado na dose, frequência, via de administração e horários corretos; averigua se a prescrição médica está dentro dos padrões técnicos e legais; auxilia na terapia, quando necessário; faz anamnese afim de promover uso racional do medicamento; interage com a equipe multidisciplinar, garantindo segurança ao paciente; analisa as interações do medicamentos e níveis terapêuticos dos fármacos administrados; dentre outras estas são as principais funções do farmacêutico clínico (ICTQ,2016).
3.1.4 ATUAÇÃO DO FARMACEUTICO NA FARMÁCIA CLINICA JUNTO À EQUIPE MULTIDICIPLINAR (NO AMBIENTE HOSPITALAR).
O conceito de farmácia clínica é a atenção do farmacêutico ao doente com o objetivo de melhorar a terapêutica farmacológica, promovendo saúde e bem-estar, cura e/ou prevenção da doença. No ambiente hospitalar, caracterizado por pessoas doentes internadas ou em atendimento no ambulatório com terapêuticas de risco e necessidade de prescrição de medicamentos, o farmacêutico pode contribuir junto à equipe multidisciplinar com seus conhecimentos em farmacodinâmica e farmacocinética. Atualmente os profissionais de saúde e os próprios pacientes estão mais preocupados e atentos quanto às consequências dos erros na terapêutica e as possíveis reações adversas que os medicamentos podem causar (CRUJEIRA, R. et al, 2007).
Pesquisas apontam que a presença do farmacêutico integrando a equipe multidisciplinar de saúde nos hospitais permitiu reduzir os erros com as medicações e otimizar os resultados obtidos pelos pacientes na terapêutica (LEAPE, L. et al, 1999).
De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CRF), as causas de hospitalização e morte por medicamentos são causadas por uso incorreto de medicamentos, medicamentos desnecessários, interações medicamentosas, falhas na comunicação da equipe, falhas de acesso aos medicamentos, falhas de monitorização do paciente, dentre outros fatores. Boa parte desses problemas pode ser evitada com a atuação do farmacêutico nos hospitais. 
As atribuições do farmacêutico na farmácia clínica hospitalar incluem monitoramento do paciente; cálculo e ajuste de doses individualizadas usando princípios de farmacocinética; alteração de horário de administração quando necessário; troca ou suspensão de algum medicamento em conformidade com os médicos; definição das formas de preparo dos fármacos, padronizando as diluições próprias de cada tipo com o objetivo de obter sucesso no tratamento e evitando a toxicidade do fármaco; detecção de efeitos colaterais e reações adversas; identificação de incompatibilidades entre fármacos e veículos prescritos para suas diluições, entre outros. A contribuição das intervenções farmacêuticas, revisando as prescrições e educando a enfermagem quanto ao uso adequado dos medicamentos, traz vários benefícios para o paciente e para o hospital (MAHMUD, S. et al, 2006).
Além de estar presente nas visitas multidisciplinares aos pacientes e auxiliar na elaboração do plano terapêutico, o farmacêutico também está presente em ações de formação sobre o uso racional de medicamentos. Ele tem papel importante no atendimento ao paciente ao fazer a anamnese para saber o histórico farmacoterapêutico e orienta-lo após a consulta médica e no momento da alta hospitalar (CRUJEIRA, R. et al, 2007).
“O paciente será mais bem servido quando os farmacêuticos e médicos colaborarem entre si, reconhecendo e respeitando os papéis de cada um, para garantir que os medicamentos sejam usados de forma segura e adequada, para alcançar o melhor resultado para a saúde do paciente” (Associação Médica Mundial, 1999. Declaração de Tel Aviv).
É importante ressaltar que o farmacêutico tem sido reconhecido pelas equipes de saúde como facilitador para o esclarecimento e orientação quanto ao uso apropriado de medicamentos, minimizando assim o risco de acidentes nos hospitais (MAHMUD et al., 2006).
4. PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
	A definição de prescrição segundo a resolução 585 do CFF é o conjunto de ações que visam à prevenção de doenças, promoção, proteção e recuperação da saúde. A prescrição farmacêutica é o ato farmacêutico de selecionar e documentar as terapias farmacológicas e não farmacológicas e outras intervenções ao cuidado do paciente que visam à prevenção de doenças, promoção, proteção e recuperação da saúde. 
	A grandes benefícios encontrados pela literatura internacional na prescrição farmacêutica realizada tanto realizado de forma independente quanto junto a equipe de profissionais de saúde. O farmacêutico, neste último caso, prescreve medicamentos definidos em programas de saúde no âmbito dos sistemas públicos, em rotinas de instituições ou conforme protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas pré-estabelecidos (Resolução 586/2013).
	A prescrição farmacêutica é uma das atribuições clinicas que devem ser realizadas sempre com base nas necessidades do paciente, evidencias cientificas e princípios éticos. A prescrição pode ocorrer em locais como, consultórios farmacêuticos, serviços e níveis de atenção a saúde, sempre respeitando os princípios éticos de confidencialidade. Podendo ser realizada com finalidade terapêutica cuja dispensação não exija a prescrição médica, incluindo alopáticos ou preparações magistrais entre outras que tenham a necessidade de aprovação de um órgão sanitário federal (Resolução 586/2013).
A concepção de que o ato de prescrever ao paciente é a ação de recomendar algo é encerrada na resolução 586 de 2013. Esta resolução inova ao considerar a prescrição como uma atribuição clínica do farmacêutico, definir sua natureza, especificar e ampliar o seu escopo para além do produto e descrever seu processo na perspectiva das boas práticas, estabelecendo seus limites e a necessidade de documentar e avaliar as atividades de prescrição.
Caso clínico
Descrição do caso:
Paciente J.M.V.F, 70 anos, sexo masculino, casado e com 5 filhos, agricultor, natural e residente em Floriano Peixoto- RS. Portador de HAS há 20 anos e DM descoberta a 10 anos, faz uso de 4 medicamentos, 2 para cada doença, sendo CAPTOPRIL e HIDROCLOROTIAZIDA para Hipertensão, METFORMINA e GLIBENCLAMIDA para o diabetes mellitus, possíveis interações vem ocorrendo devendo ser apontadas analisando a prescrição dando as devidas orientações farmacêuticas ao paciente em questão.
Captopril é um anti-hipertensivo inserido no grupo dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA).
Hidroclorotiazida é um diurético representante do grupo dos tiazídicos, com atuação no túbulo distal. Reduz a reabsorção ativa de sódio e cloreto, ocasionando também a perda de potássio.
Metformina é um antidiabético oral do grupo das biguanidas que exerce sua ação através de diferentes mecanismos. O resultado obtido é a redução da glicemia pós-prandial e basal.
Glibenclamida é um hipoglicemiante incluído no grupo das sulfonilureias. Tem como mecanismo de ação o estímulo sobre as células beta nas ilhotas pancreáticas para a liberação de insulina.
	Medicamento
	Interação
	Relevância Clínica
	Captopril
	Hidroclorotiazida
	Eventualmentepode ocorrer uma hipotensão de primeira dose. As tiazidas podem diminuir os níveis séricos de iodo conjugado à proteína, sem sinais de distúrbios da tireoide. Alterando exames laboratoriais.
	Captopril
	Glibenclamida
	Associação de fármacos inibidores da ECA, poderão potencializar o efeito hipoglicemiante pretendido com a terapia no controle do diabetes.
	Captopril
	Metformina
	Inibidores da ECA, tomando como exemplo o captopril, podem ocasionar redução da glicemia nos pacientes diabéticos. 
	Hidroclorotiazida
	Glibenclamida
	A hidroclorotiazida pode reduzir a eficácia dos hipoglicemiantes orais, assim como interferir sobre a necessidade de insulina.
	Hidroclorotiazida
	Metformina
	Redução do efeito hipoglicemiante
O tratamento farmacológico pode sofrer interferências não somente com interações medicamentosas, mas também com interações com alimentos. O comprometimento no tratamento farmacológico em idosos com interações entre medicamentos e alimentos podem ocorrer devido o horário de administração dos fármacos, e o horário da ingestão de alimentos, visando a saúde e o bem estar do idoso medidas e uma abordagem interdisciplinar devem ser tomadas para evitar essas interações. O combate e prevenção da pressão arterial em drogarias e outros é de responsabilidade do farmacêutico, fazendo parte da atenção farmacêutica reconhecida pela RDC da ANVISA (OLIVEIRA; MENEZES, 2013).
1. Hidroclorotiazida interage com ovo, alimentos gordurosos, carne e frituras aumentando a absorção do fármaco e depleção do sódio. 
· A medida que deve ser tomada para evitar essa interação é: evitar a administração com alimentos ricos em Na e administração com alimentos gordurosos (LOPES et al., 2010 apud CARLOS et al., 2016).
2. Captopril interage com alimentos no geral diminuindo a absorção do fármaco.
· A medida é administrar 1 ou 2 horas após as refeições.
3. Metformina interage com os alimentos no geral diminuindo a absorção de vitamina B12, aumenta a sensibilidade de receptores de insulina no fígado e no músculo esquelético.
· A medida a ser tomada é administrar o medicamento 15 a 20 minutos após as refeições (MARATHE et al., 2000; TAKETOMO et al., 2005 apud CARLOS et al., 2016). 
4. Glibenclamida interagem com os alimentos no geral, quando administrados com alimentos obtém- se um pico de insulina satisfatório para reduzir a glicemia proveniente da alimentação.
· A medida é administrar 30 minutos antes das refeições (MARATHE et al., 2000 apud CARLOS et al., 2016).
O farmacêutico deve analisar a prescrição e adaptar os horários para cada medicamento diminuindo assim as interações entre eles. Como trata- se de um paciente idoso medidas de fácil entendimento devem ser tomadas como um quadro de farmacoterapia com ilustrações e informações claras de como tomar, quais os horários e quantos comprimidos devem ser tomados.
	Horário
	Medicamento
	Posologia
	Cuidados
	
	Glibenclamida
	1 comprimido
	Administrar 30 minutos antes da refeição.
	
	Hidroclorotiazida
	1 comprimido
	Evitar administrar com alimentos gordurosos e ricos em sódio.
	
	Captopril
	1 comprimido
	Administrar de 1 a 2 horas após as refeição.
	
	Metformina
	1 comprimido
	Administrar de 15 a 20 minutos após a refeição.
	
	-
	-
	-
	
	Captopril
	1 comprimido
	Administrar de 1 a 2 horas após a refeição.
	
	-
	-
	-
	Espera- se que após a intervenção farmacológica a qualidade de vida do paciente melhore, com a administração correta dos medicamentos, desta forma o paciente encontrará facilidade de compreender melhor os horários e a forma de administrar os medicamentos ( SILVEIRA et al., sd).
CONCLUSÃO
Neste trabalho abordamos sobre a farmácia clinica a qual tem ganhado grande espaço na atuação do farmacêutico desde seu surgimento em 1960, o que o aproximou dos pacientes e equipe multidisciplinar evidenciando a atuação na farmacoterapia. Dentro dos ambientes hospitalares, a farmácia clínica atua na revisão de prescrições, de dosagens, de controle de administrações das vias, interações e diversas atividades que devido a sua especificidade na área farmacológica presta esse serviço com excelência, pode atuar também em ambiente como ambulatórios, unidades de saúde, farmácia e drogarias, desta forma vemos como é ampla a abordagem de um farmacêutico clinico, necessitando que tenha conhecimentos de farmacologia, farmacocinética e farmacodinâmica, farmacoterapia aplicada as mais diversas doenças, epidemiologia entre outras.
Conclui-se que as áreas de atuação para o farmacêutico clinico abrangem diversas funções do farmacêutico como a atenção farmacêutica que é facilmente confundida com a farmácia clínica, no entanto trata-se de uma parte importante dentre outras.
REFERÊNCIAS
1. ATRIBUIÇÕES Clínicas do Farmacêutico, Conselho Federal de Farmácia. http://docslide.com.br/health-medicine/atribuicoes-clinicas-do-farmaceutico.html, 2014.
2. CRUJEIRA, R. et al. Programa do medicamento Hospitalar, Ministério da Saúde. http://portalsaude.saude.gov.br, 2007.
3. DE, INTERVENCIÓN FARMACÉUTICA EN EL PROCESO; MEDICA, VALIDACIÓN DE LA PRESCRIPCIÓN. Intervenção Farmacêutica no Processo da Validação da Prescrição Médica. Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde São Paulo v, v. 5, n. 2, p. 14-19, 2014.
4. Figura 1: http://www.simers.org.br/2016/02/atendimento-integral-e-tratamento-mais-rapido-a-importancia-da-equipe-multidisciplinar/.
5. ICQT, 2016. A carreira do farmacêutico clínico. Guia de carreiras. Acesso n 28 mar. 2017.http://www.ictq.com.br/guia-de-carreiras/490-a-carreira-do-farmaceutico-clinico-3
6. MAHMUD, S. et al. Assistência Farmacêutica: Ações de apoio à qualidade Assistencial. http://unicastelo.br/portal/o-papel-do-farmaceutico-na-equipe-multidisciplinar-como-estrategia-de-prevencao-dos-erros-de-medicacao, 2006.
7. MENEZES, E.B.B. Atenção farmacêutica em xeque. Rev. Pharm. Bras., v.22, n. p.28, 2000. Acess on 28 Mar. 2017. http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/100/8.pdf
8. MIRANDA, Talita Muniz Maloni et al . Intervenções realizadas pelo farmacêutico clínico na unidade de primeiro atendimento. Einstein (São Paulo),  São Paulo ,  v. 10, n. 1, p. 74-78,  mar.  2012 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-45082012000100015&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  26  mar.  2017.  http://dx.doi.org/10.1590/S1679-45082012000100015.
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10. NUNES, Patrícia Helena Castro et al. Intervenção farmacêutica e prevenção de eventos adversos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 44, n. 4, p. 691-699, 2008.
11. OLIVEIRA, Pulo Vinícius de. O Farmacêutico em oncologia: o que temos, podemos e fazermos. 2013. 105f., 2013.
12. PEREIRA, Leonardo Régis Leira; FREITAS, Osvaldo de. A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 44, n. 4, 2008.
13. PEREIRA, Leonardo Régis Leira; FREITAS, Osvaldo de. A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o Brasil. Rev. Bras. Cienc. Farm.,  São Paulo ,  v. 44, n. 4, p. 601-612,  Dec.  2008 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-93322008000400006&lng=en&nrm=iso>. access on  28  Mar.  2017.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-93322008000400006.
14. REIS, Wálleri Christini Torelli et al . Análise das intervenções de farmacêuticos clínicos em um hospital de ensino terciário do Brasil. Einstein (São Paulo),  São Paulo ,  v. 11, n. 2, p. 190-196,  June  2013 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-45082013000200010&lng=en&nrm=iso>. access on  26  Mar.  2017.  http://dx.doi.org/10.1590/S1679-45082013000200010.
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17. CARLOS, Giane Bueno et al. Análise das possíveis interações fármaco-alimento/nutriente em uma instituição asilar no sul de Minas Gerais. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde/Brazilian Journal of Health Research, v. 18, n. 3, p. 83-90, 2017.
18. AMARAL, Deise Margarete Duarte do; PERASSOLO, Magda Susana. Possíveis interações medicamentosas entre os anti-hipertensivos e antidiabéticos em participantes do Grupo HIPERDIA de Parobé, RS (Uma análise teórica). Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, v. 33, n. 1, p. 99-105, 2012.
19. OLIVEIRA, PRISCILA APARECIDA REIS; DE MENEZES, FABIANA GATTI. Atenção farmacêutica a pacientes hipertensos. Revista Eletrônica de Farmácia, v. 10, n. 1, p. 18, 2013.
20. SILVEIRA, Lauren et al., sd. Hipertensão e diabetes: um estudo de caso clínico. http://www.unifra.br/eventos/sepe2012/Trabalhos/6192.pdf. Acesso em 21 de novembro de 17.
21. TAVARES, Maria de Souza; MACEDO, Thiago Campelo; GUIMARÃES MENDES, Daniella Ribeiro. Possíveis interações medicamentosas em um grupo de hipertenso e diabético da estratégia saúde da família. Revista de Divulgação Científica Sena Aires, v. 1, n. 2, p. 119-125, 2013.
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