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Resenha: SILVA, Marta e Zorzal e. Cooperação Sul-Sul, investimentos externos e desenvolvimento: existem novas perspectivas a partir do sul global? Cadernos de Estudos Africanos. Revues.org, nº 27, 201

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
Geografia Regional
Prof. Dr. Vicente Lemos
Resenha: SILVA, Marta e Zorzal e. Cooperação Sul-Sul, investimentos externos e desenvolvimento: existem novas perspectivas a partir do sul global? Cadernos de Estudos Africanos. Revues.org, nº 27, 2014.
Aluna: Carolina Franchini Santiago RA: 159643
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O desenvolvimento do espaço em que vivemos é importante para acompanhar o crescimento em evolução que ocorre em escala global. Para as definições mais usais utilizava-se termos que hoje já são considerados "ultrapassados" por não conseguirem definir com tamanha especificidade os países os quais estão inseridos, são termos como países emergentes, em desenvolvimento ou, até mesmo, "Terceiro Mundo". Contudo, mesmo com tais problemas associados as definições os países podem ser divididos em, ao menos, dois grandes grupos: os que são percussores do desenvolvimento e aqueles que não são.
Com isso, desenvolveram-se uma série de abordagens para tentar dinamizar com maiores propriedades o que nós entendemos por país desenvolvido e como que ele se encaixa no contexto de inserir um novo tipo de tecnologia ou dê o primeiro passo para o desenvolvimento de novas plataformas de pesquisa, por exemplo. Normalmente é necessário um país engajado com causas que, incialmente, vão, ao menos, lhe fornecer poder geopolítico de dominação sobre aqueles que não detém o tipo de conhecimento que o país percursos está disseminando.
Dentro desse conflito, inserem-se as populações, cercadas de disputas políticas e financeiras que os próprios países acabam ocasionando. O desenvolvimento deveria ocorrer de maneira estrutural, ao menos. Em que tanto a economia e a sociedade conseguisse ganhar com os feitos. Por outro lado, a política neoliberal que, por muitas vezes é adotada, acaba por criar mais disparidades sociais e problematizar ainda mais as questões sociais, como o autor enuncia no trecho "Por outro lado, a principal área de desacordo e conflito entre elas [neoliberalismo e estruturalismo] refere-se às lógicas e agentes da mudança social. Enquanto a perspectiva neoliberal insiste nas motivações materiais dos indivíduos e do mercado autorregular, a perspectiva estruturalista enfatiza a importância da solidariedade entre classes e da ação coletiva." (p. 3).
Para tentar sofrer menos influência dos países que possuem ações neoliberais, no contexto geopolítico de exercer maior influência sobre países com menor grau de desenvolvimento, os países passaram a cooperar entre si. Desse modo estabeleceu-se um processo em que o autor denomina cooperação sul-sul, já que nota-se grande diferença entre os países que estão localizados no norte do globo e os que estão inseridos no sul do globo. Nesse contexto, surgiram os BRICS, com formação de políticas de complementação financeira, empréstimos e acordos comerciais com tarifas de alfandegárias reduzidas. Para salientar a construção de outros blocos, seria fundamental que outros países também adotassem essas medidas de ajuda recíproca.
Além deste exemplo, Moçambique é um país citado como exemplo que recebeu grande ajuda monetária social internacional do Brasil. Nesse contexto insere-se o processo de cooperação sul-sul. "Nesse diapasão, a política de cooperação Sul-Sul brasileira passou a ser difundida e caracterizada por inserir o Brasil como um "novo doador" que se diferencia dos doadores tradicionais - EUA e países da OCDE - na medida em que disponibiliza recursos não reembolsáveis, não vincula ajuda externa a condicionalidades econômicas e/ou políticas e por utilizar instrumentos que não implicam transferência de recursos evitando, desse modo, corrupção, desvios, etc." (p. 8). Ainda que os acordos não sejam na prática dessa forma, vale salientar que também existem interesses políticos e financeiros envolvidos. Pelo lado do Brasil podemos citar a questão ambiental e de venda de commodities envolvendo a Vale.
Ainda que existam questões associadas ao desenvolvimento tardio de inúmeros países, ainda existem aqueles que possuem maiores condições de fornecer ajuda do que outros, como é o caso com Brasil em relação à Moçambique. Por isso, a situação de cooperação internacional torna-se fundamental para que as relações possam se desenvolver e estabelecer acordos que sejam mutuamente interessantes para os países, ainda que existam elementos que também são de interesse financeiro de um dos países.

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