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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA __ CRIMINAL DA COMARCA DE PORTO VELHO JOSUÉ DA SILVA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador do documento de identidade Registro Geral (RG) nº..., inscrito no Cadastro Geral de Pessoas Físicas (CPF/MF) sob o nº..., residente e domiciliado sito a (endereço completo...), na Cidade de..., estado..., por seu advogado, infra assinado, (procuração com poderes especiais anexa), vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer LIBERDADE PROVISÓRIA com base no art. 310 do Código de Processo Penal e art. 5°, LXVI, da Constituição de 88, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. I. DOS FATOS 1. O requerente foi preseo em flagrante, acusado de ter praticado o delito de receptação, previsto no art. 180, “caput”, do Código Penal. 2. O auto de prisão em flagrante observou todas as formalidades e foi encaminhado, no prazo legal ao, juiz para apreciação. II. DO DIREITO A. DA IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE EM PRISÃO PREVENTIVA 3. O requerente foi preso em flagrante acusado de ter praticado o delito de receptação, previsto no art. 180, “caput”, do Código Penal. Todavia, nos termos do art. 313, inciso I, do Código de Processo Penal, se o acusado não for reinscidente, somente será admitida a prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com pena máxima privstiva de liberdade superior a quatro anos. 4. Logo, no caso, considerado que o acusado não é reincidente e o crime de receptação simples prevê a pena máxima de quatro anos, não é possivel a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, já que não estão presentes nenhuma das hipóteses do art. 313 do Código de Processo Penal. 5. Diante disso, a medida cabível é a concessão da liberdade provisória. B. DA AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA 6. A autoridade policial representou pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, para preservação da ordem pública. Todavia, não estão presentes os requisitos que autorizam a prisão preventiva, uma vez que o requerente é primário, além de ser trabalhador, embora esteja desempregado. 7. Logo, o requerente não representa perigo à ordem pública, ordem econômica, à conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal, estando, portanto, ausentes os fundamentos do art. 312 do Código de Processo Penal. 8. Assim, deve-se conceder a liberdade provisória, nos termos do art. 321 do Código de Processo Penal. C. DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA 9. Convém destacar que prevalece no nosso ordenamento jurídico o princípio da presunção da inocência, previsto no art. 5º, LVII, da Constituição Federal/88. D. DA FIANÇA OU MEDIDA CAUTELAR DIVERSA DA PRISÃO 10. Na hipótese de não ser concedida a liberdade plena, cabe, no caso, a concessão de fiança ao requerente, uma vez que o delito pelo qual está sendo acusado não se enquadra nas hipóteses de inafiançabilidade previstas nos arts. 323 e 324, ambos do Código de Processo Penal. 11. Da mesma forma, em não sendo fixada a fiança, postula-se, ainda de forma subsidiária, a fixação de outra medida cautelar diversa da prisão, prévista no art. 319 do Código de Processo Penal, por se tratar de medida mais conveniente e adequada do que a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, nos termos do art. 282 do Código de Processo Penal III. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: a) a concessão da liberdade provisória, com a expedição de alvará de soltura, a fim de que possa responder eventual processo em liberdade; b) subsidiariamente, requer que seja concedida a fiança ou outra medida cautelar diversa da prisão. Ademais, pede a expedição de alvará de soltura. Termos em que pede deferimento. Porto Velho, 01 de outubro de 2020. Richárlisson Roberto Falcão Nogueira OAB/RO nº. XXXXXXX
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