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Aulao - Tudo sobre prisoes - Erico Palazzo

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Aulão
Prisões
Professor Érico Palazzo
Medidas cautelares
• Bipolaridade
• Medidas cautelares
• Prisões (prisões cautelares)
• Medidas cautelares diversas da prisão
Código de Processo Penal
TÍTULO IX - DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas
observando-se a:
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução
criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações
penais;
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições
pessoais do indiciado ou acusado.
Código de Processo Penal
TÍTULO IX - DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011)
Art. 282. (...)
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.
Código de Processo Penal
Art. 282. (...)
§ 2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento
das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da
autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público.
Lei 13.964/19
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes
ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade
policial ou mediante requerimento do Ministério Público.
1) (CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto)
As medidas cautelares podem ser decretadas no curso da investigação criminal, de
ofício, pelo magistrado, ou por representação da autoridade policial ou do
Ministério Público.
2) (CESPE - 2017 - PJC-MT - Delegado de Polícia Substituto)
As medidas cautelares pessoais são decretadas pelo juiz, de ofício ou a
requerimento das partes, no curso da ação penal, ou no curso da investigação
criminal, somente por representação da autoridade policial ou a requerimento do
MP.
Código de Processo Penal
Art. 282. (...)
§ 3o Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao
receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária,
acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos
em juízo.
Lei 13.964/19
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao
receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se
manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças
necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão
ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que
justifiquem essa medida excepcional.
Código de Processo Penal
Art. 282. (...)
§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de
ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do
querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último
caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).
Lei 13.964/19
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz,
mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante,
poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar
a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código.
Código de Processo Penal
Art. 282. (...)
§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta
de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões
que a justifiquem.
Lei 13.964/19
§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou
substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
Código de Processo Penal
Art. 282. (...)
§ 6o A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua
substituição por outra medida cautelar (art. 319).
Lei 13.964/19
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua
substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não
cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de
forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma
individualizada.
Código de Processo Penal
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de
sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do
processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva.
Lei 13.964/19
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita
e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão
cautelar ou em virtude de condenação criminal transitada em julgado.
Código de Processo Penal
Art. 283. (...)
§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que
não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de
liberdade.
§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas
as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.
Medidas Cautelares
• Espécies: prisões e medidas cautelares diversas da prisão
• Requisitos: fumus comissi delicti, necessidade (periculum libertatis/periculum in
mora) e adequação
• Podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente
• Jurisdicionalidade – somente podem ser decretadas pelo juiz
• Não podem ser decretadas de ofício pelo juiz, seja durante o IP ou durante a ação
penal (de acordo com a Lei n.º 13.964/19)
• Juiz pode revogar, substituir ou voltar a decretar as medidas cautelares de ofício
ou a requerimento
• Em regra, o investigado deve ser ouvido (prazo de 05 dias), salvo casos de
urgência e ou de perigo de ineficácia da parte contrária.
Prisão Cautelar (provisória)
• Trata-se da prisão decretada em momento anterior ao trânsito em julgado da
sentença penal condenatória.
• Não pode ser utilizada como instrumento de punição antecipada, para satisfazer
a pretensão punitiva do Estado
• Há 3 espécies: prisão em flagrante*, prisão preventiva e prisão temporária.
Código de Processo Penal
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade
competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:
I - os ministros de Estado; II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o
prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os
vereadores e os chefes de Polícia; III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de
Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados; IV - os cidadãos inscritos no
"Livro de Mérito"; V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios; VI - os magistrados; VII - os diplomados por qualquer das
faculdades superiores da República; VIII - os ministros de confissão religiosa; IX - os ministros
do Tribunal de Contas; X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de
jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela
função; XI - os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos ou inativos.; XI - os delegados
de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos.
Código de Processo Penal
Art. 295. (...)
§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste exclusivamente no
recolhimento em local distinto da prisão comum.
§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em
cela distinta do mesmo estabelecimento.
§ 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de
salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e
condicionamento térmico adequados à existência humana.
§4o O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum.
§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso comum.
Prisão Especial
• Art. 295 apresenta rol exemplificativo das pessoas que possuem direito à prisão
especial.
• Não é uma modalidade de prisão cautelar, mas sim uma forma de cumprimento desta.
• Se não houver prisão especial na localidade onde se der a prisão, o réu ou indiciado
deverá ser alocado em estabelecimento prisional comum, mas em cela distinta dos
demais presos.
• Lei n.º 4.878/65 confere o benefício da prisão especial a policiais civis da União e do
Distrito Federal (Lei n.º 5.350/67 estendeu o benefício aos policiais civis estaduais).
• Se o indivíduo vier a ser condenado em sentença transitada em julgado, deve ser
recolhido em cela comum.
Sala de Estado-Maior
• Não se confunde com a prisão especial
• Trata-se de uma sala destituída de grades e do aspecto prisional
• Destina-se à prisão cautelar, devendo o interno ser transferido para prisão
comum no caso de trânsito em julgado da sentença condenatória transitada em
julgado
• Pessoas que possuem direito à Sala de Estado-Maior:
a) Membros do Poder Judiciário
b) Membros do Ministério Público
c) Membros da Defensoria Pública
d) Advogados
Código de Processo Penal
Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato registro do mandado de prisão
em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade.
§ 1o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no mandado de
prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça, ainda que fora da competência
territorial do juiz que o expediu.
§ 2o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão decretada, ainda que sem registro
no Conselho Nacional de Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar a
autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a decretou, devendo este
providenciar, em seguida, o registro do mandado na forma do caput deste artigo.
(...)
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o
executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à
autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a
remoção do preso.
§ 1o - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo,
em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
§ 2o Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidade da
pessoa do executor ou da legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em custódia o
réu, até que fique esclarecida a dúvida.
Código de Processo Penal
Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender-se-á feita desde que o executor,
fazendo-se conhecer do réu, Ihe apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo.
Código de Processo Penal
Código de Processo Penal
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em
flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas
que o auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para
vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas
testemunhas.
Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos
médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho
de parto, bem como em mulheres durante o período de puerpério
imediato. (Redação dada pela Lei nº 13.434, de 2017)
Código de Processo Penal
Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se
encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de
prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e,
sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o
executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as
saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e
efetuará a prisão.
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa será
levado à presença da autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito.
Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o disposto no artigo anterior, no
que for aplicável.
Inviolabilidade domiciliar
CF, Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Cumprimento de Mandado de Prisão
• Pode ser cumprido a qualquer hora e em qualquer lugar!
• Todavia, se vier a ser cumprido no domicílio do réu (indiciado), não poderá haver
violação ao domicílio no período noturno.
• Entende-se cumprido o mandado de prisão com a apresentação da determinação
judicial e intimação para que acompanhe o executor (art. 291, CPP).
Código de Processo Penal
Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela autoridade judiciária, a
autoridade policial poderá expedir tantos outros quantos necessários às diligências,
devendo neles ser fielmente reproduzido o teor do mandado original.
(...)
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem
definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal.
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos
legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à
disposição das autoridades competentes.
4) (CESPE - 2017 - TJ-PR - Juiz Substituto)
Para seu devido cumprimento, o mandado original expedido pela autoridade
judiciária deve ser apresentado durante a diligência, sendo vedada a sua
reprodução.
Prisão em flagrante
Da prisão em flagrante
• Fases da prisão em flagrante
1. Captura
2. Condução coercitiva
3. Lavratura do auto de prisão em flagrante (APF)
4. Recolhimento à prisão
Termo Circunstanciado
Lei 9.099/95
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo
circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima,
providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente
encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá
prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá
determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de
convivência com a vítima.
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
CPP, Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
CPP, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal; 
II - acaba de cometê-la; 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que 
façam presumir ser ele autor da infração.
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
CPP, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal; 
II - acaba de cometê-la; 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (Flagrante impróprio, 
imperfeito, quase-flagrante, irreal)
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que 
façam presumir ser ele autor da infração. (Flagrante presumido, ficto, assimilado)
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
(Flagrante próprio, propriamente dito, 
perfeito, real, verdadeiro)Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o
executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à
autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a
remoção do preso.
§ 1o - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo,
em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
§ 2o Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidade da
pessoa do executor ou da legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em custódia o
réu, até que fique esclarecida a dúvida.
Código de Processo Penal
CPP, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
(...)
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que 
façam presumir ser ele autor da infração. 
Flagrante presumido, ficto, assimilado
• Lícitos:
• Flagrante esperado
• Flagrante prorrogado, protelado, retardado, diferido, estratégico, ação
controlada, entrega vigiada
Outras espécies de flagrante
Se a autoridade policial não solicitar autorização judicial para a ação controlada, a prisão em
flagrante realizada torna-se ilícita?
Embora o art. 53, I, da Lei n. 11.343/2006 permita o procedimento investigatório relativo à ação
controlada, mediante autorização judicial e após ouvido o Ministério Público, certo é que essa
previsão visa a proteger o próprio trabalho investigativo, afastando eventual crime de
prevaricação ou infração administrativa por parte do agente policial que aguarda, observa e
monitora a atuação dos suspeitos e não realiza a prisão em flagrante assim que toma
conhecimento acerca da ocorrência do delito.
Ainda que, no caso, não tenha havido prévia autorização judicial para a ação controlada, não há
como reputar ilegal a prisão em flagrante dos recorrentes, tampouco como considerar nulas as
provas obtidas por meio da intervenção policial. Isso porque a prisão em flagrante dos acusados
não decorreu de um conjunto de circunstâncias preparadas de forma insidiosa, porquanto ausente,
por parte dos policiais que efetuaram a prisão em flagrante, prática tendente a preparar o
ambiente de modo a induzir os réus à prática delitiva.
(STJ, REsp 1655072 / MT, julgado em 12/12/2017)
• Ilícitos:
• Flagrante preparado, provocado, crime de ensaio, delito de experiência, delito
putativo por obra do agente provocador
• Flagrante forjado, fabricado, maquinado, urdido
Outras espécies de flagrante
Súmula 145, STF. Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia
torna impossível a sua consumação.
• Flagrante forjado, fabricado, maquinado, urdido
Outras espécies de flagrante
5) (CESPE - 2018 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal)
Situação hipotética: A polícia foi informada da possível ocorrência de crime em
determinado local. Por determinação da autoridade policial, agentes se dirigiram
ao local e aguardaram o desenrolar da ação criminosa, a qual ensejou a prisão em
flagrante dos autores do crime quando praticavam um roubo, que não chegou a ser
consumado. Foi apurado, ainda, que se tratava de conduta oriunda de grupo
organizado para a prática de crimes contra o patrimônio. Assertiva: Nessa situação,
o flagrante foi lícito e configurou hipótese legal de ação controlada.
6) (CESPE - 2016 - PC-GO - Escrivão de Polícia Substituto) A situação em que um
indivíduo é preso em flagrante delito por ser surpreendido logo após cometer um
homicídio caracteriza um
a) flagrante presumido.
b) flagrante impróprio.
c) flagrante assimilado.
d) flagrante próprio.
e) quase-flagrante.
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito
enquanto não cessar a permanência.
Código de Processo Penal
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e
colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de
entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o
acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,
colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade,
afinal, o auto.
Código de Processo Penal
Art. 304, § 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a
autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de
prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for
competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja.
Código de Processo Penal
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante;
mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que
hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto
de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua
leitura na presença deste.
§ 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a
existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o
contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
presa.
Código de Processo Penal
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela
autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.
Código de Processo Penal
Código de Processo Penal
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família
do preso ou à pessoa por ele indicada.
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será
encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado
não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa,
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das
testemunhas.
Disposições Constitucionais
Art., 5º, CF
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por
seu interrogatório policial;
Jurisprudência
Se o Delegado de Polícia não entregar a nota de culpa ao indiciado preso em
flagrante gera nulidade da ação penal?
Conforme orientação há muito consolidada nesta Corte Superior, eventuais
omissões na nota de culpa, ou mesmo o atraso em sua entrega ao agente,
constituem mera irregularidade, não sendo hábeis, portanto, para contaminar com
nulidade o feito (...). Ademais, constam do auto de prisão as advertências legais
quanto aos direitos constitucionais do flagrado.
(STJ, HC 108821/PR, julgado em 21/05/2009)
Código de Processo Penal
Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta,
no exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de
prisão, as declarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo
tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido
imediatamente ao juiz a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se
não o for a autoridade que houver presidido o auto.
7) (VUNESP - 2018 - PC-BA - Escrivão de Polícia) Acerca da prisão em flagrante, assinale a
alternativa correta.
a) Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o
executor deverá pedir apoio da Autoridade Policial local para poder lhe efetuar a prisão.
b) Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de
prisão em flagrante será assinado por duastestemunhas, que tenham ouvido sua leitura
na presença deste.
c) O militar não poderá ser preso em flagrante delito e sim autuado e recolhido ao quartel
da instituição a que pertencer.
d) Na falta ou no impedimento do escrivão, somente a Autoridade Policial poderá lavrar o
auto.
e) Quando o fato for praticado em presença da Autoridade Policial, ou contra esta, no
exercício de suas funções, outra Autoridade Policial deverá ser convocada para a
autuação em flagrante.
8) (CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito Substituto)
A presença do defensor técnico é dispensável por ocasião da formalização do auto
de prisão em flagrante, desde que a autoridade policial informe ao preso os seus
direitos constitucionalmente garantidos.
9) (CESPE - 2018 - MPU - Analista do MPU – Direito)
Um indivíduo penalmente imputável apresentou-se espontaneamente a autoridade
policial depois de ter cometido um crime. Nessa situação, a apresentação
espontânea não impede a decretação da prisão preventiva nos casos em que a lei a
autoriza.
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o 
preso será logo apresentado à do lugar mais próximo.
Código de Processo Penal
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado
o auto de prisão em flagrante.
Código de Processo Penal
Redação antiga
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá
fundamentadamente:
Lei 13.964/19
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte
e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de
custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da
Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
fundamentadamente:
Código de Processo Penal
Audiência de custódia
• Audiência com a presença do indiciado/acusado, advogado/defensoria, Ministério Público e juiz.
• Deverá ocorrer dentro do prazo de 24h contadas do momento da prisão em flagrante ou da
prisão decorrente de mandado judicial
• Fundamento na Convenção Americana de Direitos Humanos, Art. 7º, Parágrafo 5º: “Toda pessoa
detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, á presença de um juiz ou outra autoridade
autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo
razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade
pode ser condiciona a garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo.”
• Declarada constitucional pelo STF: ADI 5.240, julgada em 20/08/2015.
• Positivada pelo pacote anticrimes – Lei n.º 13.964/19
É possível a realização de audiência de custódia por sistema de videoconferência?
Enunciado 30 da I Jornada de Direito Penal e Processo Penal CJF/STJ:
“Excepcionalmente e de forma fundamentada, nos casos em que se faça inviável a
realização presencial do ato, é possível a realização de audiência de custódia por
sistema de videoconferência.”
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá
fundamentadamente:
Lei 13.964/19
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte
e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de
custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da
Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
fundamentadamente:
Código de Processo Penal
Art. 310. (...) o juiz deverá, fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos
constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as
medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
Código de Processo Penal
Pode o juiz da audiência de custódia converter, de ofício, a prisão em flagrante em
preventiva?
1ª Corrente) Sim.
Tal medida não significa nenhuma inovação, ou seja, não representa decretação de prisão de ofício.
O indiciado não está solto e teria sido preso sem pedido da parte ou representação da autoridade
policial. Ele está preso, após regular formalização do auto de prisão em flagrante pelo delegado, por
autorização constitucional e legal; o juiz mantém essa prisão, se houver o preenchimento dos
requisitos da prisão preventiva. (Guilherme de Souza Nucci)
Embora a Lei n. 13.964/2019 - Pacote Anticrime - tenha retirado a possibilidade de decretação da
prisão preventiva, de ofício, do art. 311 do Código de Processo Penal, no caso, trata-se da conversão
da prisão em flagrante, hipótese distinta e amparada pela regra específica do art. 310, II, do CPP. 3.
O artigo 310, II, do CPP autoriza a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva pelo Juízo
processante, desde que presentes os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, como
ocorreu, na espécie. (STJ, HC 583.995-MG, julgado em 15/09/2020 e AgRg no HC 611940 / SC,
julgado em 20/09/2020)
Pode o juiz da audiência de custódia converter, de ofício, a prisão em flagrante em
preventiva?
2ª Corrente) Não.
Para [converter a prisão em flagrante em preventiva], é indispensável que seja provocado nesse
sentido, pois jamais poderá fazê-lo de ofício, sob pena de violação aos arts. 3º-A, 282, §§2º e 4º, e
311, todos do CPP, com redação dada pela Lei n. 13.964/19. (Renato Brasileiro)
Em suma: tornou-se inadmissível, em face da superveniência da Lei nº 13.964 (“Lei Anticrime”), a
conversão, ”ex officio”, da prisão em flagrante em preventiva, pois a decretação dessa medida
cautelar de ordem pessoal dependerá, sempre, do prévio e necessário requerimento do Ministério
Público, do seu assistente ou do querelante (se for o caso), ou, ainda, de representação da
autoridade policial na fase pré-processual da “persecutio criminis”, sendo certo, por tal razão, que,
em tema de privação e/ou de restrição cautelar da liberdade, não mais subsiste, em nosso sistema
processual penal, a possibilidade de atuação “ex officio” do magistrado processante. (STF, HC
186.421-SC, Celso de Mello, julgado em 17/07/2020 e STF, HC 188.888, Celso de Mello, 2ª Turma,
unânime, julgado em 07/10/2020 e STJ. 5ª Turma. HC 590039/GO, julgado em 20/10/2020.)
Art. 310. (...)
§1º. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato
em qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá,
fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de
comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
(Redação dada pela Lei 13.964/19) – Redação praticamente idêntica ao antigo
parágrafo único.
Código de Processo Penal
Art. 310. (...)
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa
armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade
provisória, com ou sem medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Código de Processo Penal
Art. 310. (...)
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de
custódia no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e
penalmente pela omissão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido
no caput deste artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea
ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem
prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva. (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019)
Código de Processo Penal
Impossibilidade do juiz emitir decisão de mérito na audiência de custódia (STF, HC
157306, j. em 25/09/2018)
“In casu, o juízo plantonista apontou a atipicidade da conduta em sede de
audiência de apresentação.(...) Por se tratar de mero juízo de garantia, deveria ter
se limitado à regularidade da prisão e mais nada, porquanto absolutamente
incompetente para o mérito da causa. Em função disso, toda e qualquer
consideração feita a tal respeito – mérito da infração penal em tese cometida – não
produz os efeitos da coisa julgada, mesmo porque de sentença sequer se trata”.
Jurisprudência
Na ocorrência de autuação de crime em flagrante, ainda que seja dispensável ordem
judicial para a apreensão de telefone celular, as mensagens armazenadas no aparelho
estão protegidas pelo sigilo telefônico, que compreende igualmente a transmissão,
recepção ou emissão de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou
informações de qualquer natureza, por meio de telefonia fixa ou móvel ou, ainda, por
meio de sistemas de informática e telemática.
STJ. 5ª Turma. RHC 67.379-RN, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/10/2016 (Info 593).
Sem prévia autorização judicial, são nulas as provas obtidas pela polícia por meio da
extração de dados e de conversas registradas no WhatsApp presentes no celular do
suposto autor de fato delituoso, ainda que o aparelho tenha sido apreendido no
momento da prisão em flagrante.
STJ. 6ª Turma. RHC 51.531-RO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 19/4/2016 (Info 583).
• Delegado de polícia deve analisar a ilicitude ao lavrar o auto de prisão em
flagrante?
• Delegado de polícia pode aplicar o princípio da insignificância diante do caso
concreto?
10) (MPE-SP - 2017 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto) Assinale a alternativa correta.
a) Nas infrações penais de menor potencial lesivo, presente qualquer hipótese de flagrante delito,
a autoridade policial deve lavrar o auto de prisão em flagrante delito, não podendo substitui-lo
por termo circunstanciado.
b) Para a elaboração do auto de prisão em flagrante delito, indispensável a presença de, ao menos,
duas testemunhas, não se incluindo nesse número a pessoa do condutor.
c) A conduta de policial que adquire droga, simulando ser usuário, invalida o auto de prisão em
flagrante delito por se tratar de hipótese de flagrante preparado e constituir prova ilícita.
d) Nas hipóteses de flagrante impróprio ou quase flagrante, é possível a prisão em flagrante delito
dias depois da consumação do delito quando houver perseguição imediata e contínua.
e) A não observância das formalidades legais na elaboração do auto de prisão em flagrante delito
constitui nulidade absoluta, importando no relaxamento da prisão e na invalidação do auto de
prisão em flagrante delito como peça informativa.
PRISÃO TEMPORÁRIA
PRISÃO TEMPORÁRIA
• Prevista na Lei n.º 7.960/89
• Prisão investigatória – não é cabível durante a ação penal
• Rol taxativo de crimes em que se apresenta cabível
PRISÃO TEMPORÁRIA
• Requisitos
Lei 7.960/89. Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos
necessários ao esclarecimento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
PRISÃO TEMPORÁRIA
Lei 7.960/89. Art. 1° Caberá prisão temporária:
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°)
PRISÃO TEMPORÁRIA
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único)
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e
parágrafo único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado
pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889/1956), em qualquer de sua formas típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.
Prisão temporária e crimes hediondos
Lei 8.072/90
Art. 2º, § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de
dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta)
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Prisão temporária
• Atenção:
1. Não é cabível em crimes culposos
2. Não é cabível em contravenções penais
3. Os crimes em que é cabível prisão temporária são de ação penal pública 
incondicionada
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir,
ouvirá o Ministério Público.
§ 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e
prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do
recebimento da representação ou do requerimento.
Prisão temporária
• O prazo pode ser inferior a 5 dias?
• Juiz pode prorrogar o prazo de ofício?
• É possível a prorrogação por mais de uma vez?
Prisão temporária
1) Cabível somente durante a fase investigatória (IP) da persecução penal. Não pode ser
decretada ou mantida durante a ação penal.
2) Somente o juiz pode decretar a prisão temporária, mas nunca de ofício. Ademais, a
decisão sobre a decretação ou não da prisão temporária deve ser fundamentada e se
dar no prazo de 24 horas da representação ou do requerimento.
3) Legitimados:
1) Representação da autoridade policial; ou
2) Requerimento do Ministério Público
4) Se houver representação da autoridade policial, deve haver manifestação prévia e
obrigatória do Ministério Público
5) Prazo de até 5 dias, prorrogável uma única vez por igual período. Se decretada em face
de crime hediondo, prazo de até 30 dias prorrogável uma única vez por igual período.
Prisão temporária - resumo
Art. 2° (...)
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do
Advogado, determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e
esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito.
§ 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias,
uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.
Prisão temporária
Art. 2° (...)
§ 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o período de duração da
prisão temporária estabelecido no caput deste artigo, bem como o dia em que o
preso deverá ser libertado. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019)
§ 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado
judicial.
§ 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos
previstos no art. 5° da Constituição Federal.
Prisão temporária
Art. 2° (...)
§ 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável
pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial,
pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da
prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva. (Incluído
pela Lei nº 13.869. de 2019)
§ 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo
de prisão temporária. (Redação dada pela Lei nº13.869. de 2019)
Prisão temporária
• Decorrido o prazo da prisão temporária, a liberdade do indiciado está
condicionada a nova decisão judicial?
• Se, durante a prisão temporária, a autoridade policial entender que não há mais a
necessidade de manter o indiciado preso, ela pode revogar a prisão e colocar o
indiciado em liberdade?
Prisão temporária
• O prazo da prisão temporária é processual ou material?
§ 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo
de prisão temporária. (Redação dada pela Lei nº 13.869. de 2019)
Prisão temporária
• Prisão temporária vs prazo do inquérito policial
1ª Corrente) A prazo da prisão temporária é contabilizado no IP. Logo, se a prisão
temporária vier a ser decretada, o prazo do IP é de 10 dias (que é o prazo total da
prisão temporária prorrogada).
Prisão temporária
• Prisão temporária vs prazo do inquérito policial
2ª Corrente) Durante a prisão temporária, não transcorre o prazo do inquérito
policial.
Prisão temporária
CPP, Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver
sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30
dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
Prisão temporária
(CESPE – 2016 - PC-PE - Delegado de Polícia)
Havendo conversão de prisão temporária em prisão preventiva no curso da investigação
policial, o prazo para a conclusão das investigações, no âmbito do competente inquérito
policial, iniciar-se-á a partir da decretação da prisão preventiva.
(CESPE - 2018 - STJ - Técnico Judiciário – Administrativa) No que se refere aos tipos de
prisão e aos meios processuais para assegurar a liberdade, julgue o seguinte item.
Situação hipotética: Pedro teve a prisão temporária decretada no curso de uma
investigação criminal. Ao final de cinco dias, o Ministério Público requereu a conversão de
sua segregação em prisão preventiva. Assertiva: Nessa situação, o prazo para o término do
inquérito policial será contado da data em que a prisão temporária tiver sido convertida
em prisão preventiva.
Ambas as assertivas foram consideradas corretas.
Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados
dos demais detentos.
Prisão temporária
PRISÃO PREVENTIVA
Preferibilidade das medidas cautelares diversas da 
prisão
CPP, Art. 282. (...)
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua
substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não
cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de
forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma
individualizada.
Prisão temporária vs prisão preventiva
• Pode ser decretada durante a fase
investigatória, bem como durante a ação
penal
• Não pode ser decreta de ofício pelo juiz
• Não há rol taxativo de crimes, mas deve
cumprir as hipóteses de cabimento do art.
313
• Não possui prazo determinado
• Legitimados: autoridade policial, ministério
público, querelante, assistente
• Só pode ser decretada durante a fase
investigatória da persecução penal;
• Não pode ser decretada de ofício pelo juiz
• Cabível somente em relação ao rol
taxativo previsto na lei
• Possui prazo determinado
• Legitimados: autoridade policial e
ministério público
Súmula 716-STF: Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a
aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito
em julgado da sentença condenatória.
Súmula 717-STF: Não impede a progressão de regime de execução da pena, fixada
em sentença não transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão
especial.
Código de Processo Penal
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a
prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a
requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por
representação da autoridade policial.
Lei 13.964/19
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a
prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
Legitimados para requerer a prisão preventiva
Delegado de Polícia (representação)
Ministério Público (requerimento)
Ofendido (requerimento)
Ministério Público
Querelante
Assistente
Durante a fase 
investigatória
Durante a fase 
processual
Código de Processo Penal
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e
indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do
imputado. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Fundamentos da prisão preventiva
1) Garantia da ordem pública
• Risco de reiteração delitiva (juízo de periculosidade do agente)
• Fundamentação deve ser concreta
• Não pode ser decretada para preservar a integridade física do próprio agente
• Não pode ser decretada em virtude do clamor público e repercussão nos veículos de 
imprensa.
Garantia da ordem pública
Processos criminais e inquérito policiais em andamento podem ser utilizados para demonstrar o
risco de reiteração delitiva e fundamentar a prisão preventiva para a garantia da ordem pública?
Sim!
Vide enunciado 18 da I Jornada de Direito Penal e Processo Penal CJF/STJ: A decretação ou a
manutenção da prisão preventiva, para a garantia da ordem pública, pode ser fundamentada com
base no risco de reiteração delitiva do agente em crimes com gravidade concreta, justificada por
meio da existência de processos criminais em andamento.
No que concerne a inquéritos policiais: Inquéritos policiais e processos em andamento, embora não
tenham o condão de exasperar a pena-base no momento da dosimetria da pena (Súmula n.º
444/STJ), são elementos aptos a demonstrar, cautelarmente, eventual receio concreto de reiteração
delitiva, fundamento suficiente para a decretação/manutenção da prisão antecipada (HC n.
293.389/PR, Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma, DJe 22/8/2014).
Garantia da ordem pública
Atos infracionais praticados por menores de idade podem servir de fundamento para a
decretação da prisão preventiva sob o fundamento da garantia da ordem pública?
Sim. Este é o entendimento adotado pelo STJ, no RHC 63.855-MG, julgado em 11/5/2016:
“Os registros sobre o passado de uma pessoa, seja ela quem for, não podem ser
desconsiderados para fins cautelares. A avaliação sobre a periculosidade de alguém impõe
que se perscrute todo o seu histórico de vida, em especial o seu comportamento perante a
comunidade, em atos exteriores, cujas consequências tenham sido sentidas no âmbito social.
Se os atos infracionais não servem, por óbvio, como antecedentes penais e muito menos para
firmar reincidência (porque tais conceitos implicam a ideia de "crime" anterior), não podem
ser ignorados para aferir a personalidade e eventual risco que sua liberdade plena representa
para terceiros.”
Fundamentos da prisão preventiva
2) Garantia da ordem econômica
• Risco de reiteração delitiva em crimes relacionados às relações financeiras, 
econômicas, comerciais, etc.
• Fundamentação deve ser concreta
• Ex.: crimes tributários, crimes contra o consumidor, crimes contra o sistema 
financeiro nacional, crime de lavagem de capitais.
Fundamentos da prisão preventiva
3) Conveniência da instrução criminal
• Risco de destruição de provas e obstrução à persecução penal
• Fundamentação deve ser concreta
• Ex.: supressão de documentos, destruição de provas, ameaça a testemunhas.
• Após o fim da instrução criminal, a prisão deve ser revogada. 
Fundamentos da prisão preventiva
4) Garantia da aplicação da lei penal
• Risco de fuga
• Fundamentaçãodeve ser concreta
• STF entende que a fuga para não ser preso em flagrante não caracteriza, por si só, 
argumento suficiente para a decretação da prisão preventiva 
Código de Processo Penal
Art. 312. § 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas
cautelares (art. 282, § 4o).
Fundamentos da prisão preventiva
5) Descumprimento de medidas cautelares diversas da prisão
• Diante do descumprimento de medidas cautelares, o art. 282, §4º, CPP, impõe a:
a) Substituição da medida cautelar
b) Decretação de outra medida cautelar cumulativamente
c) Decretação da prisão preventiva (última ratio)
Código de Processo Penal
Art. 312.
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada
em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que
justifiquem a aplicação da medida adotada. (Incluído pela Lei n.º 13.964/19)
Decretação da Prisão Preventiva
*Para a decretação da prisão preventiva, deve ficar
demonstrado que não é cabível a substituição por
medida cautelar diversa da prisão (art. 282, §6º, CPP).
Fumus Comissi Delicti 
(Prova da existência do 
crime e indício suficiente de 
autoria)
Periculum Libertatis
(Perigo gerado pelo estado de 
liberdade do imputado –
fundamentos do art. 312, do 
CPP)
Hipóteses de cabimento
(Art. 313, CPP)
Código de Processo Penal
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da
prisão preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a
4 (quatro) anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em
julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei
no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução
das medidas protetivas de urgência;
Hipóteses de cabimento/admissibilidade da 
prisão preventiva
1) Crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4
(quatro) anos;
• Princípio da proporcionalidade – impede prisão preventiva quando, na prática, não
haveria a possibilidade do indiciado/réu cumprir pena em regime fechado
• Independe se o réu é reincidente ou primário
Hipóteses de cabimento/admissibilidade da 
prisão preventiva
2) Se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em
julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei
no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
• Não basta que o agente seja reincidente! Deve ser reincidente em crime doloso!
• Ressalva: se já tiver decorrido tempo superior a 5 anos da data do cumprimento da
pena ou sua extinção, não haverá reincidência e, portanto, essa hipótese da prisão
preventiva não será aplicável
Hipóteses de cabimento/admissibilidade da 
prisão preventiva
3) Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a
execução das medidas protetivas de urgência.
• Apesar da lei não dizer expressamente, essa hipótese de prisão preventiva também
só é cabível em crimes dolosos.
• Cabível independentemente da pena cominada ao delito
Jurisprudência
É cabível a prisão preventiva em face de contravenção penal praticada no âmbito de
violência doméstica e familiar contra a mulher?
Não. Veja o entendimento do STJ:
“Em se tratando de aplicação da cautela extrema, não há campo para interpretação
diversa da literal, de modo que não existe previsão legal autorizadora da prisão
preventiva contra autor de uma contravenção, mesmo na hipótese específica de
transgressão das cautelas de urgência diversas já aplicadas. 2. No caso dos autos,
nenhum dos fatos praticados pelo agente - puxões de cabelo, torção de braço (que não
geraram lesão corporal) e discussão no interior de veículo, onde tentou arrancar dos
braços da ex-companheira o filho que têm em comum -, configura crime propriamente
dito. 3. Vedada a incidência do art. 313, III, do CPP, tendo em vista a notória ausência
de autorização legal para a decisão que decretou a constrição cautelar do acusado.”
(HC 437.535/SP, julgado em 26/06/2018)
Código de Processo Penal
Art. 313. § 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre
a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para
esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a
identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. (antigo
parágrafo único)
Hipóteses de cabimento/admissibilidade da 
prisão preventiva
4) Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes
para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade
após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da
medida.
• Cabível em crimes culposos
• Para parte da doutrina, esta hipótese refere-se a uma hipótese de mandado de
condução coercitiva para fins de identificação
Código de Processo Penal
Art. 313.
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de
antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação
criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
Código de Processo Penal
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar
pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições
previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal.
Código de Processo Penal
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será
sempre motivada e fundamentada. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafos incluídos pela Lei n.º 13.964/19
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra
cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou
contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
O que precisa estar fundamentado na decisão que decreta a prisão preventiva?
• Fumus comissi delicit
• Periculum libertatis (fundamentos e sua atualidade)
• Hipóteses de cabimento
• Justificativa para eventual inobservância do contraditório prévio (art. 282, §3º,
CPP)
• Justificativa para a não substituição da prisão preventiva por cautelar diversa da
prisão (art. 282, §6º, CPP)
Código de Processo Penal
Art. 315.
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou
acórdão, que: (Rol exemplificativo)
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a
causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no
caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador;
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Código de Processo Penal
Atenção!!!! A regra para a decretação da prisão preventiva é a prévia oitiva da
parte!
Art. 282, § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da
medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação
da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias,acompanhada de
cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo,
e os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em
decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida
excepcional.
Código de Processo Penal
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva
se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela
subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão
revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão
fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
Prisão preventiva
• Qual o prazo da prisão preventiva?
Não há prazo! Entretanto, deve haver proporcionalidade em sua duração e os
fundamentos devem estar presentes durante toda a constrição da liberdade do
indivíduo.
STF: “Paciente preso preventivamente há mais de quatro anos, sem que tenha sido
realizada audiência de interrogatório e sem previsão para a efetivação do ato. (...)
Embora a razoável duração do processo não possa ser considerada de maneira
isolada e descontextualizada das peculiaridades do caso concreto, diante da
demora no encerramento da instrução criminal, sem que o paciente, preso
preventivamente, tenha sido interrogado e sem que tenham dado causa à demora,
não se sustenta a manutenção da constrição cautelar. (STF, HC 141583, julgado em
19/09/2017)
Prisão preventiva
Súmula 64, STJ
Não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução, provocado
pela defesa.
Caso André do Rap - HC 191.836
02/10/2020 – Ministro Marco Aurélio concede a liminar, determinando a liberdade a André
do Rap.
10/10/2020 – Ministro Luiz Fux (Presidente do STF) suspendeu a liminar concedida pelo
Ministro Marco Aurélio:
“A revisão da prisão a cada 90 dias pressupõe marcha processual em condições de alterar a
realidade sobre a qual decretada a prisão. No entanto, no período compreendido entre a
confirmação da prisão preventiva pelo Tribunal Regional Federal e o deferimento da liminar
pelo Eminente Ministro relator do HC 191836, nenhum fato novo alterou, relativizou ou
afastou os motivos concretos que fundamentaram o decreto de custódia cautelar. Pelo
contrário, mantiveram-se firmes os fundamentos de garantia da ordem pública.”
Caso André do Rap - HC 191.836
Ministro Luiz Barroso: "Se não fizer revisão, o juiz deve ser instado a fazer pela
parte ou tribunal. Vale dizer: a omissão do juiz em reavaliar a prisão preventiva não
tem como consequência a soltura do preso, porque isso significaria colocar na rua
os mais perigosos facínoras".
Enunciado 19 da I Jornada de Direito Penal e Processo Penal 
CJF/STJ
A decisão de revisão periódica da prisão preventiva deve analisar de modo
motivado, ainda que objetivo, se os motivos que a fundamentaram se mantêm e se
não há excesso de prazo, sendo vedada a mera alusão genérica à não alteração do
quadro fático.
CAPÍTULO IV - DA PRISÃO DOMICILIAR
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em
sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
- Natureza cautelar
- Substitutiva da prisão preventiva
Haverá a detração da pena condenatória em razão do tempo que o indivíduo
permaneceu em prisão domiciliar?
Sim!
“O cumprimento de prisão domiciliar, por comprometer o status libertatis da
pessoa humana, deve ser reconhecido como pena efetivamente cumprida para fins
de detração da pena, em homenagem ao princípio da proporcionalidade e em
apreço ao princípio do non bis in idem.” (STJ. 6ª Turma. AgRg no AgRg nos EDcl no
HC 442.538/PR, julgado em 05/03/2020 e STJ. 5ª Turma. HC 459.377/RS, julgado
em 04/09/2018.)
PRISÃO DOMICILIAR DA LEI 7.210
A prisão domiciliar prevista no CPP não se confunde com a prisão domiciliar
prevista no artigo 117 da Lei de Execução Penal. Nesta, a prisão domiciliar é cabível
quando o preso cumpre o regime aberto e quando se tratar de:
I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
II - condenado acometido de doença grave;
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV - condenada gestante.
CAPÍTULO IV - DA PRISÃO DOMICILIAR
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído Lei nº 13.257, de 2016)
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste
artigo.
CAPÍTULO IV - DA PRISÃO DOMICILIAR
Fiscalização da prisão domiciliar
1) Vigilância contínua na residência
2) Monitoramento eletrônico
CAPÍTULO IV - DA PRISÃO DOMICILIAR
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável
por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde
que: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei nº
13.769, de 2018).
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. (Incluído pela Lei nº
13.769, de 2018).
Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem
prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste
Código. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
Jurisprudência
É possível ao juiz negar a substituição da prisão preventiva pela domiciliar à gestante
ou mãe, ainda que não presentes as exceções do artigo 318-A?
STJ: “O art. 318-A do Código de Processo Penal, introduzido pela Lei n. 13.769/2018,
estabelece um poder-dever para o juiz substituir a prisão preventiva por domiciliar de
gestante, mãe de criança menor de 12 anos e mulher responsável por pessoa com
deficiência, sempre que apresentada prova idônea do requisito estabelecido na norma
(art. 318, parágrafo único), ressalvadas as exceções legais. (...) A normatização de
apenas duas das exceções não afasta a efetividade do que foi decidido pelo Supremo no
Habeas Corpus n. 143.641/SP, nos pontos não alcançados pela nova lei. O fato de o
legislador não ter inserido outras exceções na lei, não significa que o Magistrado esteja
proibido de negar o benefício quando se deparar com casos excepcionais. (HC, 470.549.
Julgado em 12/02/2019).

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