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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL
Defesas do Executado. Suspensão e 
Extinção do Processo de Execução
Livro Eletrônico
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Thiago Cordeiro Pivotto
Defesas do Executado. Suspensão e Extinção do Processo de Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Sumário
Apresentação . ....................................................................................................................................................................... 3
Defesas do Executado; Suspensão e Extinção do Processo de Execução . ..............................5
Embargos à Execução . ....................................................................................................................................................5
Suspensão do Processo de Execução .............................................................................................................. 43
Extinção do Processo de Execução . ....................................................................................................................47
Resumo ................................................................................................................................................................................... 49
Questões de Concurso . ............................................................................................................................................... 53
Gabarito. ...................................................................................................................................................................................77
Gabarito Comentado ..................................................................................................................................................... 78
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Thiago Cordeiro Pivotto
Defesas do Executado. Suspensão e Extinção do Processo de Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
ApresentAção
Olá, tudo bem com você?
Vamos nos aventurar no maravilhoso mundo do Processo Civil e eu terei a honra de auxi-
liar vocês nessa caminhada.
Eu sempre adotei, na minha trajetória de estudos, um material base com o qual eu pudes-
se contar e ler sempre antes de fazer as provas. Acredito que seja fundamental você ter suas 
anotações/cadernos e sempre poder revisá-los nas semanas que antecedem a prova.
DICA:
É fundamental você ter um caderno apenas. Uma fonte para 
cada matéria. Não faça a besteira de ter 3 ou 4 anotações es-
parsas da mesma matéria. Condensar tudo em um mesmo 
material é muito importante para fins de organização. Por 
isso, utilize este material em PDF e monte seus cadernos a 
partir deles, ou, caso você já tenha seus cadernos, alimente-
-os com as informações que você verá aqui. O importante é 
você não ter uma pluralidade de materiais, porque se fizer isso 
você vai acabar se perdendo.
Minha trajetória de estudos começou em 2010 e, desde então, eu acompanho todas as 
notícias diárias que são publicadas no STF e no STJ, bem como todos os informativos sema-
nais dos dois Tribunais, sem perder nenhum.
O diferencial deste material, portanto, é justamente este: abordarei com vocês o conteúdo 
básico de cada disciplina, mas irei aprofundar com a jurisprudência mais atual e mais diver-
sificada sobre o assunto, além de trazer questões sobre as matérias.
As provas, atualmente, cobram muita letra de lei, mas também muito entendimento ju-
risprudencial, por isso eu acredito que com esta leitura você ficará preparado para alcançar 
seu objetivo no mundo dos concursos públicos, pois terá todo o conteúdo mais atualizado 
possível.
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Thiago Cordeiro Pivotto
Defesas do Executado. Suspensão e Extinção do Processo de Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Com esse método, fui aprovado e exerci os cargos de Técnico Administrativo no MPU, 
Analista Judiciário no TJDFT, Juiz de Direito no TJMT e Juiz Federal no TRF1. Se eu consegui, 
você também consegue!
Em Processo Civil, ficarei responsável por 14 pontos que estão divididos conforme o cro-
nograma abaixo. Não vejo a necessidade de uma leitura ordenada dos pontos, portanto, você 
pode começar com Provas (Aula 12) e depois ler sobre Juizados Especiais (Aula 28), por exem-
plo. Eu acho importante apenas que você leia o ponto inteiro antes de partir para o próximo.
Aula Conteúdo
7 Atos processuais; e Vícios dos atos
8 Tutela provisória
9 Formação, suspensão e extinção do processo; e Petição inicial
10 Audiência de mediação e conciliação; Respostas do réu; e Revelia
11
Providências preliminares e julgamento conforme o estado do processo; e Audiência de ins-
trução e julgamento
12 Provas
13 Sentença; Liquidação de sentença; e Coisa julgada
16 Execução; Princípios, Sujeitos e Competência da execução
17 Título executivo; e Responsabilidade patrimonial
18
Cumprimento provisório de sentença; Cumprimentos de sentença (fazer, não fazer, entregar e 
pagar); Processo de execução (fazer, não fazer e entregar)
19 Processo de execução de pagar quantia; Execuções especiais
20 Defesas do executado; Suspensão e extinção do processo de execução
27
Mandado de segurança; Ação popular; Ação civil pública; e Ação de improbidade administra-
tiva
28 Juizados Especiais; Processo eletrônico
Boa leitura!
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Defesas do Executado. Suspensão e Extinção do Processo de Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
DEFESAS DO EXECUTADO; SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO 
PROCESSO DE EXECUÇÃO
Nesta aula, eu e você iremos trabalhar os artigos 914 ao 925 do nosso Código de Pro-
cesso Civil. Fique tranquilo porque sempre que o artigo for muito importante, eu irei trans-
crevê-lo para você. Sempre que tiver algum julgado importante eu também vou transcrever 
a ementa para que seu estudo fique dinâmico. Na parte das questões, optei por incluir algu-
mas que, apesar de não serem próprias do processo de execução em si e referentes ao título 
deste material, tangenciam a matéria e são importantes para você ficar atento(a) e poder 
diferenciar os conteúdos.
embArgos à execução
A mais tradicional defesa prevista para o processo de execução são os embargos à 
execução.
O executado opõe-se à execução com o oferecimento dos embargos à execução, sem a 
necessidade de penhora, depósito ou caução, ou seja, não é preciso garantia do juízo para 
insurgir-se.
Os embargos à execução possuem natureza jurídica de ação, portanto sua oposição de-
manda um procedimento similar ao da propositura de uma ação.
Há a distribuição por dependência em relação ao processo de execução, com autuação 
em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes. O próprio advogado 
pode declarar as peças autênticas, sob sua responsabilidade.
Embargos à execução têm natureza de ação incidental.
• Decisão que permite emenda à inicial dos embargos à execução não é recorrível de 
imediato por meio de agravo.
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Defesas do Executado. Suspensão e Extinção do Processo de Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
• Com natureza jurídica de ação de conhecimento, o processo de embargos à execução 
segue as regras de recorribilidade previstas no caput e incisos do artigo 1.015 do CPC 
de 2015, segundo o qual há limitação no cabimento de agravos de instrumento em ra-
zão do conteúdo da decisão interlocutória.
NCPC: Art. 1.015.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas 
na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no 
processo de inventário.
Julgado: STJ. REsp 1682120/RS. CIVIL.PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO INTERLOCU-
TÓRIA QUE DETERMINA A EMENDA À PETIÇÃO INICIAL DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO 
PARA PERMITIR A INCLUSÃO DE MEMÓRIA DE CÁLCULO ATUALIZADA PELO EMBAR-
GADO. NATUREZA JURÍDICA DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO. AÇÃO DE CONHECIMENTO 
INCIDENTAL. RECORRIBILIDADE DAS INTERLOCUTÓRIAS POR MEIO DE AGRAVO DE 
INSTRUMENTO QUE SE SUBMETE AO REGIME PREVISTO NO ART. 1.015, INCISOS, DO 
CPC/15. INAPLICABILIDADE DO REGIME RECURSAL QUE ORIENTA O PROCESSO DE 
EXECUÇÃO E, CONSEQUENTEMENTE, DO ART. 1.015, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC/2015. 
1- Ação proposta em 25/05/2016. Recurso especial interposto em 16/03/2017 e atribu-
ído à Relatora em 26/07/2017. 2- O propósito recursal consiste em definir se é recorrível, 
de imediato e por meio de agravo de instrumento, a decisão interlocutória que permite a 
emenda à petição inicial de embargos à execução de título extrajudicial, ao fundamento 
de que todas as decisões interlocutórias seriam imediatamente recorríveis por força do 
art. 1.015, parágrafo único, do CPC/2015. 3- O novo sistema de recorribilidade imediata 
das decisões interlocutórias instituído pelo CPC/2015 estabeleceu dois regimes recur-
sais distintos: (i) o previsto no art. 1.015, caput e incisos, que se aplica aos processos 
na fase de conhecimento; (ii) o previsto no art. 1.015, parágrafo único, que excepciona a 
regra geral e prevê a ampla recorribilidade das interlocutórias nas fases subsequentes 
à cognitiva, no processo de execução e na ação de inventário e partilha. 4- Dado que 
natureza jurídica dos embargos à execução é, conforme remansosa doutrina e jurispru-
dência, de ação de conhecimento incidental, a ele se aplica a regra de recorribilidade das 
interlocutórias prevista no art. 1.015, caput e incisos, não havendo justificativa lógica ou 
teórica para equiparar os embargos à execução ao processo de execução, na medida 
em que nessa ação de conhecimento incidental se resolverá em sentença, de modo que 
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Defesas do Executado. Suspensão e Extinção do Processo de Execução
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a maioria das questões incidentes - como a legalidade ou não da emenda à inicial dos 
embargos à execução - poderá, em princípio, ser suscitada na apelação ou em suas con-
trarrazões. 5- Recurso especial conhecido e desprovido. (Rel. Ministra NANCY ANDRI-
GHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/02/2019, DJe 01/03/2019).
A protocolização dos embargos à execução nos autos da própria ação executiva constitui 
vício sanável.
Julgado: STJ. REsp 1807228/RO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. 
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. PROTOCOLIZAÇÃO DE 
EMBARGOS À EXECUÇÃO NOS AUTOS DA PRÓPRIA AÇÃO EXECUTIVA. INOBSERVÂNCIA 
DO ART. 914, § 1º, DO CPC/2015. ERRO SANÁVEL. APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA INS-
TRUMENTALIDADE DAS FORMAS E DA ECONOMIA PROCESSUAL. 1. Ação de execução 
de título executivo extrajudicial, tendo em vista a inadimplência no pagamento de cotas 
condominiais. 2. O propósito recursal é definir se configura erro grosseiro, insuscetível 
de correção, a protocolização de embargos à execução nos autos da própria ação exe-
cutiva, em inobservância ao que dispõe o art. 914, § 1º, do CPC/2015. 3. Com efeito, 
é inegável que a lei prevê expressamente que os embargos à execução tratam-se de 
ação incidente, que deverá ser distribuída por dependência aos autos da ação principal 
(demanda executiva). 4. Contudo, primando por uma maior aproximação ao verdadeiro 
espírito do novo Código de Processo Civil, não se afigura razoável deixar de apreciar os 
argumentos apresentados em embargos à execução tempestivamente opostos - ainda 
que, de forma errônea, nos autos da própria ação de execução - sem antes conceder à 
parte prazo para sanar o vício, adequando o procedimento à forma prescrita no art. 914, 
§ 1º, do CPC/2015. 5. Ademais, convém salientar que o art. 277 do CPC/2015 preceitua 
que, quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, reali-
zado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. 6. Recurso especial conhecido e não pro-
vido. (Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/09/2019, DJe 
11/09/2019).
Na hipótese de a execução ocorrer por carta, os embargos são oferecidos no juízo depre-
cante ou no juízo deprecado. Trata-se de uma opção facilitadora para o executado. De toda 
sorte, a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se os embargos versarem 
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unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetu-
adas no juízo deprecado, situação em que este será o competente para a análise da matéria.
Os embargos são oferecidos no prazo de 15 dias, contados na forma do art. 231 do Códi-
go, ou seja, depende da forma como foi feita a citação.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo 
correio;
II – a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por 
oficial de justiça;
III – a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do 
chefe de secretaria;
IV – o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for 
por edital;
V – o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para 
que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI – a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de 
juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se 
realizar em cumprimento de carta;
VII – a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII – o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do car-
tório ou da secretaria.
Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se 
a partir da juntada do respectivo comprovante da citação, salvo no caso de cônjuges ou de 
companheiros, quando será contado a partir da juntada do último.
Atenção a essa regra, que é oposta à do processo de conhecimento, no qual, havendo 
mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas 
de perfectibilização da citação.
Nas execuções por carta a contagem do prazo também atende a uma regra específica a 
depender do conteúdo da insurgência. Saiba também que nos atos de comunicação por carta 
precatória, rogatória ou de ordem, a realização da citação será imediatamente informada, por 
meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante.
O prazo para os embargos será da juntada, na carta, da certificação da citação, quando 
versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos 
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bens; ou da juntada, nos autos de origem, do comunicado mencionado acima ou, não havendo 
este, da juntada da carta devidamente cumprida, quando versarem sobre questões diversas.
A regra da contagem do prazo segue, por simetria, a regra da competência. Perceba que 
se os embargos versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou 
da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado, a competência para julgá-los é do juízo 
deprecado e, de forma lógica, a contagem do prazo independerá da comunicaçãoou juntada 
no juízo deprecante.
• Não cabe reconvenção em embargos à execução.
Informativo n. 567, STJ:
[...]. Com efeito, na execução, a doutrina ensina que: “a cognição é rarefeita e instrumen-
tal aos atos de satisfação. Daí a falta de espaço para a introdução de uma demanda do 
executado no processo puramente executivo”. […]. (SEGUNDA TURMA, REsp 1.528.049-
RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 18/8/2015, DJe 28/8/2015).
Julgado: STJ. REsp 1528049/RS. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. 
SUPOSTA OFENSA AO ARTIGO 535 DO CPC. DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA 
284/STF. RECONVENÇÃO EM EMBARGOS À EXECUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA 
CONSTITUTIVA. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE CONHECIDO, E NESSA PARTE NÃO 
PROVIDO. 1. É deficiente a fundamentação do recurso especial em que a alegação de 
ofensa aos art. 535 do CPC se faz de forma genérica, sem a demonstração exata dos 
pontos pelos quais o acórdão se fez omisso, contraditório ou obscuro. Aplica-se, na 
hipótese, o óbice da Súmula 284 do STF. 2. Cinge-se a controvérsia dos autos acerca do 
cabimento de reconvenção em embargos à execução. 3. O processo de execução tem 
como finalidade a satisfação do crédito constituído, razão pela qual revela-se inviável a 
reconvenção, na medida que se admitida, ocasionaria o surgimento de uma relação ins-
trumental cognitiva simultânea, o que inviabilizaria o prosseguimento da ação executiva. 
4. Assim sendo, a reconvenção somente tem finalidade de ser utilizada em processos de 
conhecimento, haja vista que a mesma demanda dilação probatória exigindo sentença 
de mérito, o que vai de encontro com a fase de execução, na qual o título executivo já se 
encontra definido. 5. Em sede de embargos à execução fiscal há previsão legal (art. 16, 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
§ 3º, da Lei n. 6.830/80) vedando a utilização da reconvenção. O fundamento dessa 
proibição é, unicamente, de natureza processual, a fim de não impor dificuldades para o 
curso da execução fiscal, haja vista que ela tem como base certidão de dívida líquida e 
certa. 6. Vale destacar que os embargos à execução não ostentam natureza condenató-
ria, por isso, caso o embargante entenda ser credor do exequente, deverá cobrar o débito 
em outra demanda. 7. Entendimento em sentido contrário violaria o princípio da celeri-
dade e criaria obstáculo para a satisfação do crédito, pois a ideia que norteia a reconven-
ção é o seu desenvolvimento de forma conjunta com a demanda inicial, o que não ocor-
reria ao se admitir a reconvenção em sede de embargos à execução, na medida que as 
demandas não teriam pontos de contato a justificar a sua reunião. 8. Recurso especial 
parcialmente conhecido, e nessa parte não provido. (Rel. Ministro MAURO CAMPBELL 
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/08/2015, DJe 28/08/2015).
Julgado: STJ. REsp 1050341/PB. [...]. 4. Não se admite no processo executivo o ofereci-
mento de reconvenção, pois a defesa do devedor se veicula exclusivamente nos embar-
gos. [...]. (Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 05/11/2013, DJe 
25/11/2013).
Em relação ao prazo para oferecimento dos embargos à execução, não se aplica a regra 
diferenciada quando for o caso de litisconsortes com diferentes procuradores, atinente ao 
art. 229 do Código.
O Código prevê, a título de facilitação do pagamento, o seu parcelamento.
Dentro do prazo para embargos, pode o executado reconhecer o crédito, com o depósito 
de 30% do valor acrescido de custas e honorários de advogado. O restante será pago em até 6 
parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de mora de 1% a.m. A opção pelo 
parcelamento importa renúncia ao direito de opor embargos.
O exequente será intimado para manifestar-se sobre o pedido de parcelamento e o juiz
decidirá o requerimento em 5 dias. Ocorrendo eventual demora, enquanto não apreciado o 
requerimento de parcelamento, deve o executado depositar as parcelas vincendas, facultado 
ao exequente seu levantamento.
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Defesas do Executado. Suspensão e Extinção do Processo de Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Na hipótese de deferimento da proposta, o exequente pode levantar a quantia já deposi-
tada, com a consequente suspensão de atos executivos. Indeferida a proposta, segue-se o 
procedimento, com atos executivos e convertendo-se eventual valor depositado em penhora.
Caso haja inadimplemento do parcelamento, haverá o vencimento das prestações subse-
quentes e o prosseguimento do processo, ademais, o executado sofrerá multa de 10% sobre 
o valor das prestações não pagas.
O Código, expressamente, afirma que as disposições atinentes ao parcelamento no pro-
cesso de execução não são aplicáveis no cumprimento de sentença.
Cuidado. A vedação à utilização da sistemática de parcelamento disposta no processo de 
execução em relação à fase de cumprimento de sentença é inovação do NCPC. O tema é bas-
tante cobrado em provas, mesmo porque, no CPC/1973 admitia-se a utilização do regramento 
por analogia.
Informativo n. 497, STJ:
Na fase de cumprimento de sentença, aplica-se a mesma regra que rege a execução de 
título extrajudicial quanto ao parcelamento da dívida. É que o art. 475-R do CPC prevê 
expressamente a aplicação subsidiária das normas que regem o processo de execução 
de título extrajudicial naquilo que não contrariar o regramento do cumprimento de sen-
tença, não havendo óbice relativo à natureza do título judicial que impossibilite a aplica-
ção da referida norma, nem impeditivo legal. Ademais, a Lei n. 11.382/2006, ao alterar as 
regras do processo de execução de título extrajudicial, concedeu ao devedor o direito de 
parcelar o débito exequendo em até seis meses, desde que preenchidos os requisitos do 
art. 745-A do CPC e que requeira o parcelamento em até quinze dias a contar da intima-
ção para o cumprimento da sentença, nos termos do art. 475-J, caput, do mencionado 
codex. Não obstante, o Min. Relator ressaltou que o parcelamento da dívida não é direito 
potestativo do devedor, cabendo ao credor impugná-lo, desde que apresente motivo justo 
e de forma fundamentada; o juiz pode deferir o parcelamento (se verificar atitude abu-
siva do credor), o que, por sua vez, afasta a incidência da multa (art. 475-J, § 4º do CPC) 
por inadimplemento da obrigação reconhecida na sentença, uma vez que o depósito dos 
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Defesas do Executado. Suspensão e Extinção do Processo de Execução
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30% do valor devido tem o condão de demonstrar o cumprimento espontâneo da obri-
gação, como ocorreu na espécie. Com essas e outras fundamentações, a Turma negou 
provimento ao recurso. (REsp 1.264.272-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 
15/5/2012).
Em termos de conteúdo dos embargos à execução, tenha em mente que o título executado 
é extrajudicial, ou seja, não houve um processo de conhecimento prévio, com a discussão de 
diversas matérias a serem acobertadas pelo trânsito em julgado. Com isso, é de se concluir 
que as matérias passíveis de discussão nos embargos são mais ampliadas, comparativa-
mente à impugnação ao cumprimento de sentença, por exemplo.
Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: inexequibilidade do título ou ine-
xigibilidade da obrigação; penhora incorreta ou avaliação errônea; excesso de execução ou 
cumulação indevida de execuções; retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos 
de execução para entrega de coisa certa; incompetência absoluta ou relativa do juízo da exe-cução; qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conheci-
mento.
A incorreção da penhora ou da avaliação poderá ser impugnada por simples petição, no 
prazo de 15 dias, contado da ciência do ato.
O comparecimento espontâneo com o oferecimento de embargos à execução supre a ausên-
cia de citação no processo de execução.
Julgado: STJ. REsp 806.243/ES. 1. O comparecimento espontâneo do devedor para 
apresentar embargos supre a falta de citação no processo executivo, nos termos do que 
dispõe o art. 214, § 1º, do CPC. (...). (Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA 
TURMA, julgado em 12/04/2011, DJe 18/04/2011).
Na execução comum, o comparecimento espontâneo dispensa a intimação da penhora.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
O comparecimento espontâneo do executado aos autos da execução fiscal, após a efetivação 
da penhora, não supre a necessidade de sua intimação acerca do ato constritivo com a adver-
tência do prazo para o oferecimento dos embargos à execução fiscal.
O oferecimento de embargos à penhora afasta, inclusive, a necessidade de intimação do ato 
de penhora, pois é considerado comparecimento espontâneo.
Julgado: STJ. EREsp 1415522/ES. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA 
EM RECURSO ESPECIAL. CIÊNCIA INEQUÍVOCA DA PENHORA “ON-LINE”. TERMO A QUO 
PARA IMPUGNAÇÃO. INTIMAÇÃO FORMAL. PRESCINDIBILIDADE. EMBARGOS DE DIVER-
GÊNCIA PROVIDOS. I - A intimação é ato solene pelo qual é cientificada a parte sobre 
algum ato processual, sendo desnecessária sua expedição formal quando a parte com-
parecer espontaneamente ao processo. Precedentes. II - Demonstrada ciência inequí-
voca do Devedor quanto à penhora “on-line” realizada, não há necessidade de sua inti-
mação formal para o início do prazo para apresentar impugnação à fase de cumprimento 
de sentença, tendo como termo a quo a data em que comprovada a ciência. III - In casu, 
o Devedor peticionou nos autos, após bloqueio e transferência de valores, impugnando 
pedido do Credor, com objetivo de obstar levantamento de valores, iniciado, portanto, 
o prazo para impugnação, pois demonstrada ciência inequívoca da penhora. Embargos 
de divergência providos. (Rel. Ministro FELIX FISCHER, CORTE ESPECIAL, julgado em 
29/03/2017, DJe 05/04/2017).
A falta de citação no processo de conhecimento pode ser suprida na fase executiva.
No direito processual, não há defeito que não possa ser sanado. Por mais grave que seja, 
mesmo que apto a gerar a invalidade do procedimento ou de um dos seus atos, todo 
defeito é sanável. Não há exceção a essa regra. […]. Mesmo nos casos de ausência de 
citação ou de citação defeituosa que gerou revelia, vícios transrescisórios, que permi-
tem a invalidação da decisão judicial após o prazo da ação rescisória [...], há possibili-
dade de suprimento do defeito pelo comparecimento do réu ao processo. Para Pontes 
de Miranda, inclusive, se o réu citado/intimado regularmente na execução da sentença 
proferida em processo com tal defeito comparecer e não o apontar, sanado está o vício 
pela preclusão. (Fredie Didier Jr., Curso de Direito Processual Civil, vol. 1, 7ª ed. Salvador: 
Juspodivm, 2007, p. 234).
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Informativo n. 539, STJ
A nulidade da decisão do relator que julgara agravo de instrumento do art. 522 do CPC 
sem prévia intimação do agravado para resposta não deve ser declarada quando susci-
tada apenas em embargos de declaração opostos em face de acórdão que, após a intima-
ção para contrarrazões, julgou agravo regimental interposto pela outra parte. Segundo 
entendimento do STJ (REsp 1.148.296-SP, submetido ao rito do art. 543-C do CPC, DJe 
18/9/2010), a intimação da parte recorrida para apresentação de contrarrazões é condi-
ção de validade da decisão que causa prejuízo ao recorrente. Apesar de esse paradigma 
ressaltar a importância do contraditório no procedimento recursal, a nulidade decor-
rente da ausência de intimação para contrarrazões não deve ser tida por insanável, pois 
o contraditório se renova continuamente no curso do processo, abrindo-se oportunidade 
às partes para se manifestarem. Na linha de entendimento doutrinário, se até mesmo a 
ausência de citação pode ficar sanada pela posterior citação em processo de execução, 
a fortiori a ausência de mera intimação também fica sanada com a intimação realizada 
em momento posterior. Já a estratégia de permanecer silente, reservando a nulidade para 
ser alegada em um momento posterior, já foi rechaçada, inclusive sob a denominação 
de “nulidade de algibeira”, pela 3ª Turma do STJ. Precedentes citados: REsp 756.885-
RJ, Terceira Turma, DJ 17/9/2007; e AgRg no AREsp 266.182-RJ, Segunda Turma, DJe 
24/5/2013. (TERCEIRA TURMA, REsp 1.372.802-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseve-
rino, julgado em 11/3/2014).
Julgado: STJ. REsp 756885/RJ. […]. 3. Sem que haja prejuízo processual, não há nulidade
na intimação realizada em nome de advogado que recebeu poderes apenas como esta-
giário. Deficiência na intimação não pode ser guardada como nulidade de algibeira, a ser 
utilizada quando interessar à parte supostamente prejudicada. […]. (Rel. Ministro HUM-
BERTO GOMES DE BARROS, TERCEIRA TURMA, julgado em 14/08/2007, DJ 17/09/2007, 
p. 255).
O comparecimento espontâneo supre a citação.
Julgado: STJ. REsp 1656403/SP. [...]. 4. Segundo a teoria da ciência inequívoca, em 
observância do princípio da instrumentalidade das formas, considera-se comunicado 
o ato processual, independentemente da sua publicação, quando a parte ou seu repre-
sentante tenha, por outro meio, tomado conhecimento do processado no feito. [...]. (Rel. 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/02/2019, DJe 
06/03/2019).
Julgado: STJ. REsp 1.710.498/CE. RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA QUE REVOGA A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA ANTERIOR-
MENTE CONCEDIDA. PETICIONAMENTO ESPONTÂNEO NOS AUTOS. PEÇA EM CUJO 
TEOR A PARTE REVELA TEXTUALMENTE O CONTEÚDO DA DECISÃO PROLATADA PEN-
DENTE DE PUBLICAÇÃO. CIÊNCIA INEQUÍVOCA. CONFIGURADA. INTEMPESTIVIDADE 
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO 4 MESES DEPOIS. MANTIDA. 1. Ação de 
conhecimento da qual se extrai o presente recurso especial, interposto em 12⁄03⁄14 e 
concluso ao gabinete em 23⁄11⁄17. Julgamento: CPC⁄73. 2. O propósito recursal con-
siste em definir se o peticionamento nos autos configura ciência inequívoca dos atos 
decisórios praticados anteriormente. 3. A intimação das partes acerca dos conteú-
dos decisórios é indispensável ao exercício da ampla defesa e do contraditório, pois 
somente com o conhecimento dos atos e dos termos do processo que cada litigante 
encontrará os meios necessários e legítimos à defesa de seus interesses. 4. A parte 
que espontaneamente peticiona nos autos e por seu conteúdo revela sem sombra de 
dúvidas ter conhecimento do ato decisório prolatado, mas não publicado, tem ciência 
inequívoca para desde então interpor agravo de instrumento. 5. Diante da consideração 
documentada nos autos originários, arguida e provada pela parte adversa em contrarra-
zões ao agravo de instrumento, efetivamente não há como afastar a ciência inequívoca 
da agravante sobre o conteúdo da decisão proferida. 6. Na hipótese, a agravante mani-
festou textualmente a ciência do conteúdo decisório impugnadoquatro meses antes da 
interposição do agravo de instrumento. Reconhecida a intempestividade que impede o 
conhecimento da insurgência recursal. 7. Recurso especial conhecido e não provido. 
(TERCEIRA TURMA, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 19/02/2019).
A habilitação de advogado em autos eletrônicos não é suficiente para a presunção de ciência
inequívoca das decisões, sendo inaplicável a lógica dos autos físicos.
Julgado: STJ. AgInt no REsp 1592443/PR. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. TEMPESTIVIDADE RECURSAL. CIÊNCIA INEQUÍVOCA DA 
DECISÃO EM PROCESSO ELETRÔNICO. 1. A LÓGICA DA PRESUNÇÃO DE CIÊNCIA INE-
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QUÍVOCA DO CONTEÚDO DE DECISÃO CONSTANTE DE AUTOS FÍSICOS, QUANDO DA 
HABILITAÇÃO DE ADVOGADO COM A CARGA DO PROCESSO, NÃO SE APLICA NOS PRO-
CESSOS ELETRÔNICOS. 2. PARA TER ACESSO AO CONTEÚDO DE DECISÃO PROLA-
TADA E NÃO PUBLICADA NOS AUTOS ELETRÔNICOS, O ADVOGADO DEVERÁ ACESSAR 
A DECISÃO, GERANDO AUTOMATICAMENTE, INFORMAÇÃO NO MOVIMENTO DO PRO-
CESSO ACERCA DA LEITURA DO CONTEÚDO DA DECISÃO. 3. AGRAVO INTERNO DES-
PROVIDO. (Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 
17/12/2018, DJe 01/02/2019).
• Não configura comparecimento espontâneo:
−	 Comparecimento de advogado com procuração sem poderes para receber citação.
Julgado: STJ. AgRg no REsp 1468906/RJ. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL 
EM RECURSO ESPECIAL. JUNTADA DE PROCURAÇÃO SEM PODERES PARA RECEBER 
CITAÇÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO DE COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO. PRECEDENTES. 
AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. É pacífico no âmbito do Superior Tribunal de 
Justiça que não configura o comparecimento espontâneo a intervenção de advogado 
sem procuração com poderes para receber a citação. Nesse sentido: REsp 648.202/
RJ, Rel. Min. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, Segunda Turma, DJe 11.4.2005; 
REsp 1.246.098/PE, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, Segunda Turma, DJe 
05/05/2011. 2. Agravo regimental não provido. (Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MAR-
QUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 26/08/2014, DJe 01/09/2014).
−	 A presença voluntária do réu só para firmar acordo, sem a presença de advogado.
◦ No caso houve a juntada de acordo extrajudicial com a firma do devedor, o que 
não foi suficiente para o prosseguimento do processo após o descumprimento do 
acordo.
Julgado: STJ. REsp 1394186/MT. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECU-
ÇÃO. COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO DO DEVEDOR AOS AUTOS PARA CELEBRAÇÃO 
DE ACORDO. PENHORA. NECESSIDADE DE CITAÇÃO. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUI-
MENTO. 1. A presença voluntária do réu ou do devedor só para firmar acordo, sem a pre-
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sença de advogado constituído, difere do comparecimento para apresentação de defesa, 
hipótese que não supre a citação. 2. Recurso especial não provido. (Rel. Ministro MOURA 
RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/03/2015, DJe 14/04/2015)
Dentre as matérias passíveis de serem alegadas nos embargos, especial atenção merece 
aquela atinente ao excesso de execução. Alegado tal tema atrelado à ideia de que o exequente 
pleiteia quantia superior à do título, o embargante deve declarar na petição inicial o valor que 
entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.
Caso não haja o apontamento, os embargos à execução serão liminarmente rejeitados, 
sem resolução de mérito, se o excesso de execução for o seu único fundamento, ou serão 
processados, se houver outro fundamento, mas o juiz não examinará a alegação de excesso 
de execução.
Essa regra atinente à rejeição liminar dos embargos embasados em excesso de execução, 
quando não houver a declaração do valor compreensível como correto é bastante interessan-
te e remonta ao entendimento jurisprudencial construído no CPC/1973.
Já naquela época, dizia-se que, fundados os embargos à execução ou a impugnação ao cum-
primento de sentença em excesso de execução, a parte embargante / impugnante deve in-
dicar, na petição inicial / na petição, o valor que entende correto, apresentando memória de 
cálculo.
O tema foi objeto de questão, considerada como verdadeira, no TJDFT, para magistratura.
Questão: Considere que o executado tenha oposto embargos à execução, com fundamento em ex-
cesso de execução, sem apontar na petição inicial o valor que considerava correto e sem apresen-
tar memória de cálculo, fato que levou o magistrado a rejeitar liminarmente os embargos. Nessa 
situação hipotética, a decisão do magistrado foi correta, pois competia ao executado indicar o valor 
que entendia ser o correto, juntamente com a memória do cálculo, não cabendo ao juiz, diante do 
fato, determinar a emenda à inicial. (TJDFT/2014).
Nesse caso, não cabe emenda à inicial.
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Julgado: STJ. EREsp 1267631/RJ. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊN-
CIA. PROCESSO EXECUTIVO. EMBARGOS. EXCESSO DE EXECUÇÃO. VALOR CORRETO. 
MEMÓRIA DE CÁLCULO. ART. 739-A, § 5º, DO CPC. REJEIÇÃO DOS EMBARGOS OU NÃO 
CONHECIMENTO DO FUNDAMENTO. EMENDA DA INICIAL. INVIABILIDADE. EMBARGOS 
DE DIVERGÊNCIA CONHECIDOS E DESPROVIDOS. 1. Fundados os embargos em excesso 
de execução, a parte embargante deve indicar, na petição inicial, o valor que entende 
correto, apresentando memória de cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos 
ou de não conhecimento desse fundamento (art. 739-A, § 5º, do CPC). 2. Com a edição 
da Lei n. 11.382, de 6/12/2006, norma congruente com a Lei n. 11.232/2005 - por exem-
plo, art. 475-L, § 2º, do CPC -, introduziu-se nova sistemática do processo satisfativo, 
estando entre as importantes mudanças a reformulação dos embargos à execução para 
inibir, no seu nascedouro, defesas manifestamente infundadas e procrastinatórias. 3.
A explícita e peremptória prescrição (art. 739-A, § 5º, do CPC) de não se conhecer do 
fundamento ou de rejeitar liminarmente os embargos à execução firmados em genéricas 
impugnações de excesso de execução - sem apontar motivadamente, mediante memó-
ria de cálculo, o valor que se estima correto - não pode submeter-se à determinação 
de emenda da inicial, sob pena de mitigar e, até mesmo, de elidir o propósito maior de 
celeridade e efetividade do processo executivo. 4. Embargos de divergência conhecidos 
e desprovidos. (Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, CORTE ESPECIAL, julgado em 
19/06/2013, DJe 01/07/2013).
Esse entendimento é aplicável nos embargos à execução fiscal.
Julgado: STJ. AgRg no REsp 1453745/MG. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPE-
CIAL. PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. ALEGAÇÃO 
DE EXCESSO DE EXECUÇÃO. DECLARAÇÃO DO VALOR ENTENDIDO COMO CORRETO E 
AUSÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DA MEMÓRIA DE CÁLCULO. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA 
DO ART. 739-A, § 5º, DO CPC. POSSIBILIDADE. REJEIÇÃO LIMINAR DA AÇÃO DESCONS-
TITUTIVA. EMENDA DA INICIAL. INVIABILIDADE. I - Diante da reforma no processo de 
execução civil, veiculada pela Lei n. 11.382/06, necessária sua compatibilização com o 
regime jurídico da cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Municípios, e de suas respectivas autarquias (art. 1º da Lei n. 6.830/80). II - Cons-
tatada uma relação de complementaridade entre ambos, e não de especialidade exclu-
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dente, autorizada está a aplicação das normas do Código de Processo Civil naquilo que 
não conflitem com a Lei n. 6.830/80, em caráter subsidiário. III - Com o advento da Lei 
n. 11.382/06, tornou-se regra geral, na execução civil por título extrajudicial, a obrigato-
riedade do Embargante, quando a ação desconstitutiva estiver fundada em excesso de 
execução, declarar na petição inicial o valor que entende correto, apresentando memória 
do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de não conhecimento desse 
fundamento (art. 739-A, § 5º, do CPC). IV - A Lei de Execuções Fiscais (art. 16, § 2º) 
apenas traçou preceitos norteadores acerca dos Embargos do Executado, não exaurindo 
o regramento dessa ação. Diante da complementaridade dos sistemas de execução civil 
por título extrajudicial e fiscal vigentes, possível a aplicação do disposto no art. 739-A, 
§ 5º, do estatuto processual civil aos Embargos à Execução Fiscal. V - Incompatibilidade 
do disposto no art. 739-A, § 5º com o previsto no art. 284, ambos do Código de Processo 
Civil pois os comandos revelam-se antagônicos porque, ou rejeita-se de plano a peti-
ção inicial e, assim, não há que se falar em emenda, ou oportuniza-se a emenda e, por 
tal razão, a rejeição liminar não mais será possível. Precedentes da Corte Especial deste 
Tribunal Superior em casos análogos. VI - Agravo Regimental provido. (Rel. Ministro 
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Rel. p/ Acórdão Ministra REGINA HELENA COSTA, PRI-
MEIRA TURMA, julgado em 19/03/2015, DJe 17/04/2015).
Esse entendimento, contudo, não é aplicável nos embargos à execução contra a Fazenda 
Pública.
Informativo n. 540, STJ:
Na hipótese do art. 475-L, § 2º, do CPC, é indispensável apontar, na petição de impug-
nação ao cumprimento de sentença, a parcela incontroversa do débito, bem como as 
incorreções encontradas nos cálculos do credor, sob pena de rejeição liminar da petição, 
não se admitindo emenda à inicial. O art. 475-L, § 2º, do CPC, acrescentado pela Lei n. 
11.232/2005, prevê que “Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de 
execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de 
imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa impugnação”. 
Segundo entendimento doutrinário, o objetivo dessa alteração legislativa é, por um lado, 
impedir que o cumprimento de sentença seja protelado por meio de impugnações infun-
dadas e, por outro lado, permitir que o credor faça o levantamento da parcela incontro-
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versa da dívida. Sob outro prisma, a exigência do art. 475-L, § 2º, do CPC é o reverso da 
exigência do art. 475-B do CPC, acrescentado pela Lei n. 11.232/2005. Este dispositivo 
estabelece que, se os cálculos exequendos dependerem apenas de operações aritméti-
cas, exige-se que o credor apure o quantum debeatur e apresente a memória de cálculos 
que instruirá o pedido de cumprimento de sentença – é a chamada liquidação por cál-
culos do credor. Por paridade, a mesma exigência é feita ao devedor, quando apresente 
impugnação ao cumprimento de sentença. Além disso, o STJ tem conferido plena efe-
tividade ao art. 475-L, § 2º, do CPC, vedando, inclusive, a possibilidade de emenda aos 
embargos/impugnação formulados em termos genéricos (EREsp 1.267.631-RJ, Corte 
Especial, DJe 1/7/2013). Por fim, esclareça-se que a tese firmada não se aplica aos 
embargos à execução contra a Fazenda Pública, tendo em vista que o art. 475-L, § 2º, 
do CPC não foi reproduzido no art. 741 do CPC. Precedentes citados: REsp 1.115.217-
RS, Primeira Turma, DJe 19/2/2010; AgRg no Ag 1.369.072-RS, Primeira Turma, DJe 
26/9/2011. (CORTE ESPECIAL, REsp 1.387.248-SC, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseve-
rino, julgado em 7/5/2014).
Já sob o NCPC, o STJ parece ter mantido o entendimento jurisprudencial construído no 
CPC/1973. Confira:
Julgado: STJ. REsp 1726382/MT. PROCESSUAL CIVIL. FAZENDA PÚBLICA. ALEGAÇÃO 
DE EXCESSO À EXECUÇÃO. PETIÇÃO INICIAL DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO. APRESEN-
TAÇÃO DE MEMÓRIA DE CÁLCULO. Trata-se, na origem, de Embargos à Execução apre-
sentados pelo Município de Cuiabá/MT, com o objetivo de questionar o valor da exe-
cução promovida pelo recorrido em ação judicial que tratava do pagamento de valores 
remuneratórios devidos a servidor público. É importante o registro de que a redação 
atual do art. 535, §2º, do CPC/2015 não exige expressamente a apresentação da memó-
ria de cálculo para a alegação de excesso à execução pela Fazenda Pública. Não des-
conheço a jurisprudência do STJ que exige da Fazenda Pública, com base no art. 739, 
§5º, do CPC/1973, a juntada da memória dos cálculos quando apresenta impugnação 
ou Embargos à Execução. (AgInt no AREsp 604.930/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Pri-
meira Turma, julgado em 21/02/2017, DJe 07/03/2017; AgRg no AREsp 51.050/MG, Rel. 
Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, julgado em 03/12/2015, DJe 15/12/2015; AgRg 
no REsp 1505490/RS, Rel. Ministro Olindo Menezes, Desembargador Convocado do TRF 
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1ª Região, Primeira Turma, julgado em 23/06/2015, DJe 04/08/2015). Ocorre que o STJ, 
no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.387.248, utilizado como paradigma pelo 
recorrente, em caso concreto que litigava particulares, tendo a Fazenda Nacional como 
amicus curiae, firmou a seguinte tese jurídica: “Na hipótese do art. 475-L, § 2º, do CPC, 
é indispensável apontar, na petição de impugnação ao cumprimento de sentença, a par-
cela incontroversa do débito, bem como as incorreções encontradas nos cálculos do 
credor, sob pena de rejeição liminar da petição, não se admitindo emenda à inicial”. No 
referido paradigma o STJ reafirmou a necessidade, por parte de quem apresentar impug-
nação ou Embargos do Devedor, questionando o valor do crédito devido, de indicar o valor 
que entende devido, bem como os critérios de cálculo utilizados, com o objetivo de definir 
a parcela incontroversa e delimitar o objeto da discussão na execução do título execu-
tivo judicial. No relatório do Acórdão paradigma há indicação de que a análise recursal 
buscava definir o entendimento relativo à “necessidade de indicação expressa do valor 
entendido como correto, no caso de impugnação fundada na tese de excesso de execu-
ção”. No referido julgado a União requereu que a tese firmada não abrangesse a Fazenda 
Pública, o que foi acolhido. O paradigma considerou as peculiaridades fáticas e jurídicas 
existentes quando a União, Estados, Municípios e o Distrito Federal figuram como deve-
dores nos processos de execução (lato sensu), muitas vezes não dispondo dos mesmos 
meios técnicos (representação judicial) e materiais para a defesa dos seus interesses 
em relação aos particulares. O interesse na proteção do patrimônio público justificaria 
a realização do discrimen quanto ao rigor da apresentação da impugnação dos cálculos 
de liquidação exclusivamente no momento da petição de impugnação ou dos Embargos 
à Execução. Assim, mesmo em relação ao CPC/1973, entendo pela aplicação da res-
salva existente no precedente firmado no Recurso Especial Repetitivo 1.387.248, para 
possibilitar que a Fazenda Pública, após intimada, apresente a memória do cálculo do 
valor devido, com as justificativas técnicas pertinentes ao caso. Recurso Especial pro-
vido. (Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/04/2018, DJe 
24/05/2018).
• No processo de conhecimento, as prestações sucessivassão consideradas incluídas 
no pedido, independentemente de declaração expressa do autor.
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NCPC: Art. 323.
Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão 
consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão 
incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar 
de pagá-las ou de consigná-las.
• Esse entendimento se aplica também ao processo de execução.
NCPC: Art. 771.
Este Livro regula o procedimento da execução fundada em título extrajudicial, e suas disposições 
aplicam-se, também, no que couber, aos procedimentos especiais de execução, aos atos execu-
tivos realizados no procedimento de cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de atos ou 
fatos processuais a que a lei atribuir força executiva.
Parágrafo único. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições do Livro I da Parte 
Especial.
Julgado: STJ. REsp 1759364/RS. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE COTAS 
CONDOMINIAIS. INCLUSÃO DAS PARCELAS VINCENDAS NO DÉBITO EXEQUENDO. 
POSSIBILIDADE. PREVISÃO LEGAL CONTIDA NOS ARTS. 323 E 771, PARÁGRAFO 
ÚNICO, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. DÉBITOS ORIGINADOS DA MESMA 
RELAÇÃO OBRIGACIONAL. AUSÊNCIA DE DESCARACTERIZAÇÃO DOS REQUISITOS 
DO TÍTULO EXECUTIVO (LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE) NA HIPÓTESE. HOME-
NAGEM AOS PRINCÍPIOS DA EFETIVIDADE E ECONOMIA PROCESSUAL. RECURSO 
PROVIDO. 1. O cerne da controvérsia consiste em saber se, à luz das disposições do 
Código de Processo Civil de 2015, é possível a inclusão, em ação de execução de título 
extrajudicial, das parcelas vincendas no débito exequendo, até o cumprimento inte-
gral da obrigação no curso do processo. 2. O art. 323 do CPC/2015 estabelece que: 
“Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, 
essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração 
expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o 
devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las”. 2.1. Embora o 
referido dispositivo legal se refira à tutela de conhecimento, revela-se perfeitamente 
possível aplicá-lo ao processo de execução, a fim de permitir a inclusão das parcelas 
vincendas no débito exequendo, até o cumprimento integral da obrigação no curso do 
processo. 2.2. Com efeito, o art. 771 do CPC/2015, que regula o procedimento da exe-
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cução fundada em título extrajudicial, permite, em seu parágrafo único, a aplicação 
subsidiária das disposições concernentes ao processo de conhecimento à execução, 
dentre as quais se insere a regra do aludido art. 323. 3. Esse entendimento, ademais, 
está em consonância com os princípios da efetividade e da economia processual, 
evitando o ajuizamento de novas execuções com base em uma mesma relação jurí-
dica obrigacional, o que sobrecarregaria ainda mais o Poder Judiciário, ressaltando-
-se, na linha do que dispõe o art. 780 do CPC/2015, que “o exequente pode cumular 
várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o 
mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o pro-
cedimento”, tal como ocorrido na espécie. 4. Considerando que as parcelas cobradas 
na ação de execução - vencidas e vincendas - são originárias do mesmo título, ou 
seja, da mesma relação obrigacional, não há que se falar em inviabilização da impug-
nação dos respectivos valores pelo devedor, tampouco em cerceamento de defesa ou 
violação ao princípio do contraditório, porquanto o título extrajudicial executado per-
manece líquido, certo e exigível, embora o débito exequendo possa sofrer alteração 
no decorrer do processo, caso o executado permaneça inadimplente em relação às 
sucessivas cotas condominiais. 5. Recurso especial provido. (Rel. Ministro MARCO 
AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/02/2019, DJe 15/02/2019).
No momento do recebimento dos embargos, poderá o juiz, em vez disso, rejeitá-lo limi-
narmente quando forem intempestivos, nos casos de indeferimento da petição inicial e de 
improcedência liminar do pedido e quando forem manifestamente protelatórios. Nesses ca-
sos, entenda o termo “rejeição” de forma ampla (para casos com e sem resolução de mérito). 
A intenção do legislador foi elencar hipóteses em que os embargos serão decididos sem a 
necessidade de ouvir o exequente-embargado.
No caso de serem manifestamente protelatórios, poderá o juiz considerar o ato como 
atentatório à dignidade da justiça.
Como regra, os embargos à execução não têm efeito suspensivo. O embargante, contudo, 
poderá formular requerimento nesse sentido, desde que verificados os requisitos para a con-
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cessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito 
ou caução suficientes.
A concessão de eventual efeito suspensivo em sede de embargos à execução submete-
-se à cláusula rebus sic stantibus, ou seja, pode ser modificada se for modificado o contexto 
fático. A concessão do efeito suspensivo também pode ser parcial.
A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não 
suspenderá a execução contra os que não embargaram quando o respectivo fundamento dis-
ser respeito exclusivamente ao embargante.
Por fim, ainda que haja a concessão do efeito suspensivo, esse não impedirá a efetivação 
dos atos de substituição, reforço ou redução da penhora e da avaliação dos bens.
• O art. 835 fala em preferência ao dinheiro ou ao dinheiro em aplicação financeira, e este 
não se confunde com cotas de fundos de investimento.
−	 Dinheiro em aplicação financeira – Numerário certo e líquido;
◦ Faz cessar a responsabilidade pela atualização monetária e juros de mora.
−	 Cotas de fundos de investimento – Não é certo e pode não ser líquido.
◦ Não faz cessar a responsabilidade pela atualização monetária e juros de mora.
Julgado: STJ. REsp 1346362/RS. 1. Recurso especial no qual se discute a possibilidade 
de, em execução fiscal, se equiparar cotas de fundo de investimento ao dinheiro em apli-
cação em instituição financeira (art. 655, inciso I, do CPC). 2. A expressão “dinheiro em 
aplicação financeira” não equivale ao valor financeiro correspondente às cotas de fundos 
de investimento. 3. Ao se proceder à penhora dinheiro em depósito ou em aplicação 
financeira, a constrição processual atinge numerário certo e líquido, que fica bloqueado 
ou depositado, à disposição do juízo da execução fiscal. Por sua vez, o valor financeiro 
referente a cotas de fundo de investimento não é certo e pode não ser líquido, a depen-
der de fatos futuros que não podem ser previstos pela parte exequente, ou pela execu-
tada ou pelo juízo da execução. 4. Nessa linha, na eventualidade de conversão das cotas 
em dinheiro, existe a possibilidade de a Fazenda exequente ter que proceder a eventual 
reforço da penhora, além de ter que discutir possíveis controvérsias a respeito da remu-
neração do capital, uma vez que somente o depósito em dinheiro é que faz cessar a res-
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ponsabilidade pela atualização monetária e pelos juros de mora (§ 4 º do art. 9º da LEF). 
5. Conclui-se, portanto, pela impossibilidade jurídica de se equiparar as cotas de fundos 
de investimento a “dinheiro em aplicação financeira”, embora os fundos de investimento 
sejam uma espécie de aplicação financeira. Não há, pois, violação do art. 655, inciso I, 
do CPC. 6. A tese relativa à observância do princípio da menor onerosidade não pode ser 
apreciada em sede de recurso especial, à luz do entendimento contido na Súmula n. 7 
do STJ. Nesse sentido: AgRg no AREsp 66.122/PR, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, 
Primeira Turma, DJe 15/10/2012; AgRg no AREsp 205.217/MG, Rel. Ministro Teori Albino 
Zavascki, Primeira Turma, DJe 04/09/2012. 7. Recurso especial parcialmente conhecido 
e, nessa parte, não provido. (Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 04/12/2012, DJe 07/12/2012).
• Embora o parágrafo único do artigo 848 se refira à possibilidade de a penhora ser “subs-
tituída por fiança bancária ou por seguro-garantia judicial”, é possível oferecimento de 
seguro garantia independente de penhora anterior de outro bem.
NCPC: Art. 848.
As partes poderão requerer a substituição da penhora se:
Parágrafo único. A penhora pode ser substituída por fiança bancária ou por seguro garantia judicial, 
em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento.
−	 Em seu entendimento, considerando que a cláusula que condiciona a cobertura da 
apólice ao trânsito em julgado implica a concessão automática de efeito suspensi-
vo à execução, caberá ao juiz da execução decidir, a partir das especificidades do 
processo, “se a objeção do executado ao cumprimento de sentença apresenta fun-
damentação idônea para justificar a admissão do seguro-garantia judicial, seja para 
fins de segurança do juízo, seja para fins de substituição de anterior penhora”. “Não 
sendo idônea a objeção do executado, poderá o magistrado rejeitar a garantia apre-
sentada, assim o fazendo mediante decisão fundamentada, nos moldes do artigo 
489 do CPC/2015”, acrescentou. (Notícias do STJ de 20/05/2020).
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Julgado: STJ. REsp 1838837/SP. RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. IMPUGNA-
ÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. SEGURO-GARANTIA JUDICIAL. INDICAÇÃO. 
POSSIBILIDADE. EQUIPARAÇÃO A DINHEIRO. PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE 
PARA O DEVEDOR E PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFICÁCIA DA EXECUÇÃO PARA O CREDOR. 
COMPATIBILIZAÇÃO. PROTEÇÃO ÀS DUAS PARTES DO PROCESSO. 1. Recurso especial 
interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 2015 
(Enunciados Administrativos n.s 2 e 3/STJ). 2. O § 2º do art. 835 do CPC/2015, para fins 
de substituição da penhora, equiparou a dinheiro a fiança bancária e o seguro garantia 
judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de 
trinta por cento. 3. Em que pese a lei se referir a “substituição”, que pressupõe a anterior 
penhora de outro bem, o seguro-garantia judicial produz os mesmos efeitos jurídicos 
que o dinheiro, seja para fins de garantir o juízo, seja para possibilitar a substituição 
de outro bem objeto de anterior penhora, não podendo o exequente rejeitar a indica-
ção, salvo por insuficiência, defeito formal ou inidoneidade da salvaguarda oferecida. 4. 
O seguro-garantia judicial, espécie de seguro de danos, garante o pagamento de valor 
correspondente aos depósitos judiciais que o tomador (potencial devedor) necessite 
realizar no trâmite de processos judiciais, incluídas multas e indenizações. A cobertura 
terá efeito depois de transitada em julgado a decisão ou o acordo judicial favorável ao 
segurado (potencial credor de obrigação pecuniária sub judice) e sua vigência deverá 
vigorar até a extinção das obrigações do tomador (Circular SUSEP n. 477/2013). 5. No 
cumprimento de sentença, a fiança bancária e o seguro-garantia judicial são as opções 
mais eficientes sob o prisma da análise econômica do direito, visto que reduzem os 
efeitos prejudiciais da penhora ao desonerar os ativos de sociedades empresárias sub-
metidas ao processo de execução, além de assegurar, com eficiência equiparada ao 
dinheiro, que o exequente receberá a soma pretendida quando obter êxito ao final da 
demanda. 6. Por serem automaticamente conversíveis em dinheiro ao final do feito exe-
cutivo, a fiança bancária e o seguro-garantia judicial acarretam a harmonização entre o 
princípio da máxima eficácia da execução para o credor e o princípio da menor onerosi-
dade para o executado, a aprimorar consideravelmente as bases do sistema de penhora 
judicial e a ordem de gradação legal de bens penhoráveis, conferindo maior proporcio-
nalidade aos meios de satisfação do crédito ao exequente. 7. A idoneidade da apólice de 
seguro-garantia judicial deve ser aferida mediante verificação da conformidade de suas 
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cláusulas às normas editadas pela autoridade competente, no caso, pela Superinten-
dência de Seguros Privados - SUSEP, sob pena de desvirtuamento da verdadeira inten-
ção do legislador ordinário. 8. A renovação da apólice, a princípio automática, somente 
não ocorrerá se não houver mais risco a ser coberto ou se apresentada nova garantia. Se 
não renovada a cobertura ou se o for extemporaneamente, caraterizado estará o sinis-
tro, nos termos do Ofício n. 23/2019/SUSEP/D1CON/CGCOM/COSET, abrindo-se para o 
segurado a possibilidade de execução da apólice em face da seguradora. 9. Na hipótese 
de haver cláusula condicionando o sinistro ao trânsito em julgado para fins de execução 
da garantia (apólice), como forma de harmonizar o instituto com o ordenamento pro-
cessual como um todo, admite-se a recusa da garantia ou da substituição da penhora, 
pelo juízo da execução, a partir das especificidades do caso, se a objeção do executado 
não se mostrar apta, a princípio, à desconstituição total ou parcial do título. 10. Jul-
gada a impugnação, poderá o juiz determinar que a seguradora efetue o pagamento da 
indenização, ressalvada a possibilidade de atribuição de efeito suspensivo ao recurso 
interposto pelo tomador, nos moldes do art. 1.019, I, do Código de Processo Civil de 
2015. 11. O fato de se sujeitarem os mercados de seguro a amplo controle e fiscalização 
por parte da SUSEP é suficiente, em regra, para atestar a idoneidade do seguro-garan-
tia judicial, desde que apresentada a certidão de regularidade da sociedade seguradora 
perante a referida autarquia. 12. Recurso especial provido. (Rel. Ministra NANCY ANDRI-
GHI, Rel. p/ Acórdão Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado 
em 12/05/2020, DJe 21/05/2020).
Uma vez recebidos os embargos, ouve-se o exequente para que se manifeste no prazo de 
15 dias. O juiz julgará imediatamente o pedido ou designará audiência, na sequência. Encer-
rada a instrução, prolata-se a sentença.
• Não há revelia em processo de execução.
−	 A não impugnação dos embargos à execução não induz os efeitos da revelia.
−	 Na realidade, não induz o efeito material de presunção de veracidade.
−	 Há a dispensa de intimação se o revel não tiver patrono nos autos.
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Julgado: STJ. AgRg no REsp 1162868/SP. 1. Não há falar em revelia em processo de 
execução ante a ausênciade impugnação dos embargos à execução pelo credor. 2. Pre-
cedentes: AgRg no REsp 1.001.239/RN, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, DJe 
2.10.2008; REsp 885.043/RJ, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, DJ 7.2.2008, 
p. 1; REsp 671.515/RJ, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Segunda Turma, DJ 23.10.2006, 
p. 289. Agravo regimental improvido. (DJe 19/02/2010).
Julgado: STJ. REsp 601.957/RJ. 1. A não impugnação dos embargos do devedor não induz 
os efeitos da revelia, pois que, no processo de execução, diferentemente do processo de 
conhecimento em que se busca a certeza do direito vindicado, o direito do credor encon-
tra-se consubstanciado no próprio título, que se reveste da presunção de veracidade, 
até porque já anteriormente comprovado, cabendo, assim, ao embargante-executado o 
ônus quanto à desconstituição da eficácia do título executivo. 2. Recurso improvido. (DJ 
14/11/2005).
• Vamos aproveitar para relembrar alguns outros prazos de respostas:
−	 Nas ações de demarcação são 15 dias.
NCPC: Art. 577.
Feitas as citações, terão os réus o prazo comum de 15 (quinze) dias para contestar.
−	 Nos embargos de terceiro são 15 dias.
NCPC: Art. 679.
Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se seguirá o pro-
cedimento comum.
−	 Na ação popular são 20 dias + 20 dias.
Lei n. 4.717/1965: Art. 7º
§ 2º IV - O prazo de contestação é de 20 (vinte) dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), a requeri-
mento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental, e será comum 
a todos os interessados, correndo da entrega em cartório do mandado cumprido, ou, quando for o 
caso, do decurso do prazo assinado em edital.
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−	 Na tutela provisória de urgência cautelar são 5 dias.
NCPC: Art. 306.
O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pre-
tende produzir.
−	 Na ação de alimentos é até a audiência.
Lei n. 5.478/1968: Art. 5º
§ 1º. Na designação da audiência, o juiz fixará o prazo razoável que possibilite ao réu a contestação
da ação proposta e a eventualidade de citação por edital.
Art. 9º Aberta a audiência, lida a petição ou o termo, e a resposta, se houver, ou dispensada a leitura, 
o juiz ouvirá as partes litigantes e o representante do Ministério Público, propondo conciliação.
−	 Na habilitação são 5 dias.
NCPC: Art. 690.
Recebida a petição, o juiz ordenará a citação dos requeridos para se pronunciarem no prazo de 5 
(cinco) dias.
−	 Na rescisória são de 15 a 30 dias.
NCPC: Art. 970.
O relator ordenará a citação do réu, designando-lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias nem 
superior a 30 (trinta) dias para, querendo, apresentar resposta, ao fim do qual, com ou sem contes-
tação, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum.
−	 No direito de resposta/retificação são 3 dias.
Lei n. 13.188/2015: Art. 6º
Recebido o pedido de resposta ou retificação, o juiz, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, mandará 
citar o responsável pelo veículo de comunicação social para que:
I – em igual prazo, apresente as razões pelas quais não o divulgou, publicou ou transmitiu;
II – no prazo de 3 (três) dias, ofereça contestação.
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• A exceção de pré-executividade:
−	 A “raiz histórica” da exceção de pré-executividade no direito brasileiro nascera pelo 
Decreto Imperial n. 9.885, de 1888, que possibilitou ao devedor opor-se à execução 
através desse instituto, sem estar obrigado a segurar o juízo, e a ele seguiram-se 
o Decreto n. 848, de 11 de outubro de 1890 e o Decreto n. 5.255, de 31 de dezem-
bro de 1932, este último do Estado do Rio Grande do Sul, que também previam a 
possibilidade de se opor à execução por simples requerimento. O instituto não foi 
lembrado pelo CPC de 1939 e nem pelo de 1973; somente ganhou notoriedade face 
à omissão legal, quando, em 1966, a Cia. Siderúrgica Mannesmann, sofrendo diver-
sos processos de execução simultâneos, tendo por base títulos falsos, foi orientada 
pelo eminente jurista Pontes de Miranda a opor-se à execução via exceção de pré-
-executividade. A natureza jurídica do instituto é incidental, e sua principal finalida-
de é extinguir, “no nascedouro, pretensão executiva viciada ou inexistente” (APPEL 
BOJUNGA, Luís Edmundo. “A Exceção de Pré Executividade”, in RT, p.156), evitando, 
assim, que o executado sofra o ônus de uma penhora, que não tem mais qualquer 
“fundamento jurídico ou lógico” (LACERDA, Galeno de. “Defesa do Executado Mesmo 
Antes da Penhora”, in RT 639/89, p. 34).
−	 Se a existência de matéria cognoscível de ofício é requisito da exceção de pré-exe-
cutividade, e se ela é oferecida já com a execução proposta, deveria ela ser chamada 
de objeção de não-executividade.
−	 Requisitos cumulativos:
◦ Requisito material – matéria suscetível de conhecimento de ofício pelo juiz;
◦ Requisito formal – desnecessidade de dilação probatória.
◦ Existem julgados em que se aponta apenas o requisito da prova pré-constituída.
Julgado: STJ. REsp 1078399/MA. 1. A alegação de pagamento dos títulos levados à exe-
cução é tese, em princípio, possível de ser arguida por exceção de pré-executividade – 
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sempre que a comprovação se evidenciar mediante prova pré-constituída –, porquanto 
se trata de causa que retira a exigibilidade do título e, por consequência, impede o pros-
seguimento da execução (art. 618, inciso I, do CPC). Precedentes. […]. (Rel. Ministro LUIS 
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 02/04/2013, DJe 09/04/2013).
◦ Manter, contudo, o entendimento de que os requisitos são cumulados, mesmo 
porque há julgado de Seção pelo antigo rito do 543-C, inclusive com súmula, em 
que pese em tema de execução fiscal.
Súmula n. 393, STJ:
A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às maté-
rias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.
Julgado: STJ. REsp 1110925/SP. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL SÓCIO-GERENTE 
CUJO NOME CONSTA DA CDA. PRESUNÇÃO DE RESPONSABILIDADE. ILEGITIMIDADE 
PASSIVA ARGUIDA EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INVIABILIDADE. PRECEDEN-
TES. 1. A exceção de pré-executividade é cabível quando atendidos simultaneamente
dois requisitos, um de ordem material e outro de ordem formal, ou seja: (a) é indispen-
sável que a matéria invocada seja suscetível de conhecimento de ofício pelo juiz; e (b)
é indispensável que a decisão possa ser tomada sem necessidade de dilação probató-
ria. [...]. 3. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC. 
(Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/04/2009, DJe 
04/05/2009).
−	 Exceção de pré-executividade demanda obrigatoriamente o contraditório.
Julgado: STJ. REsp 1279659 /MG. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO 
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO DO INCIDENTE, SEM A OITIVA DO EXEQUENTE. 
IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE CONTRADITÓRIO. 1. É obrigatório o contraditório
em sede de exceção de pré-executividade, razão pela qual não é possível que o juízo da 
execução acolha a exceção sem a prévia oitiva do exequente, ainda que suscitada maté-
ria cognoscível de ofício. 2. Recurso especial não provido. (Rel. Ministro MAURO CAM-
PBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/10/2011, DJe 27/10/2011).
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• Não cabe exceção de pré-executividade em execução fiscal promovida contra sócio 
que figura como responsável na CDA.
−	 A legitimidade das partes é matéria conhecível de ofício, a qualquer tempo ou grau 
de jurisdição (CPC, art. 267, VI e § 3º), estando atendido, sob esse aspecto, o requi-
sito de ordem material. Todavia, não há como ver preenchido, no caso, o requisito 
formal. É que o executado, sócio da empresa devedora, figura como responsável na 
própria Certidão de Dívida Ativa - CDA (fls. 53), o que por si só o legitima como su-
jeito passivo da relação processual executiva, a teor do que dispõem o art. 568, I do 
CPC e o art. 4º, I da Lei n. 6.830/80. Ora, conforme assentado no precedente citado 
e em outros no mesmo sentido proferidos pela 1ª Seção, a presunção de legitimi-
dade assegurada à Certidão de Dívida Ativa - CDA impõe ao executado que figura 
no título executivo o ônus de demonstrar a inexistência de sua responsabilidade 
tributária, demonstração essa que, por demandar prova, não se comporta no âmbito 
da exceção de pré-executividade. Ainda que coubesse à Fazenda Pública o ônus de 
demonstrar a legitimidade da CDA, quando negada pelo executado, não se poderia 
sonegar a ela a oportunidade de se desincumbir desse encargo, trazendo a juízo os 
fatos e provas que alicerçam a responsabilidade dos figurantes do título executivo. 
Em qualquer caso, - seja o ônus do executado, seja da Fazenda - a correspondente 
atividade probatória é incompatível com a exceção de pré-executividade, devendo 
ser promovida no âmbito dos embargos à execução. (ITA do REsp 1110925/SP).
Julgado: STJ. REsp 1110925/SP. 1. A exceção de pré-executividade é cabível quando 
atendidos simultaneamente dois requisitos, um de ordem material e outro de ordem 
formal, ou seja: (a) é indispensável que a matéria invocada seja suscetível de conhe-
cimento de ofício pelo juiz; e (b) é indispensável que a decisão possa ser tomada sem 
necessidade de dilação probatória. 2. Conforme assentado em precedentes da Seção, 
inclusive sob o regime do art. 543-C do CPC (REsp 1104900, Min. Denise Arruda, sessão 
de 25.03.09), não cabe exceção de pré-executividade em execução fiscal promovida 
contra sócio que figura como responsável na Certidão de Dívida Ativa – CDA. É que a pre-
sunção de legitimidade assegurada à CDA impõe ao executado que figura no título exe-
cutivo o ônus de demonstrar a inexistência de sua responsabilidade tributária, demons-
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tração essa que, por demandar prova, deve ser promovida no âmbito dos embargos à 
execução. 3. Recurso Especial provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC. 
(Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/04/2009, DJe 
04/05/2009).
−	 Exceção de pré-executividade só suspende a execução se houver garantia do juízo.
Julgado: STJ. AgRg no Ag 1131064/SP. 1. A oposição da exceção de pré-executividade 
pode permitir a suspensão da execução, desde que também haja garantia do Juízo pela 
penhora. 2. Aplica-se o óbice da Súmula n. 282/STF quando a questão infraconstitucio-
nal suscitada no recurso especial não tenha sido discutida no acórdão recorrido, nem 
tenham sido opostos embargos de declaração com o fim de provocar o Tribunal a sobre 
ela manifestar-se. 3. Agravo regimental desprovido. (Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE 
NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 10/05/2011, DJe 19/05/2011).
−	 Em exceção de pré-executividade, o STJ entende que haverá reexame.
◦ Só não haverá reexame na hipótese em que a Fazenda Pública, intimada para se 
manifestar sobre a referida objeção processual, expressamente concordou com a 
procedência do seu conteúdo
Julgado: STJ. REsp 1415603/CE. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE 
PRÉ-EXECUTIVIDADE. TÉCNICA DE DEFESA QUE REPRESENTA CRIAÇÃO JURISPRU-
DENCIAL. ACOLHIMENTO PELO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. SUBMISSÃO AO REEXAME 
NECESSÁRIO, SOMENTE QUANDO A SENTENÇA REJEITAR IMPUGNAÇÃO DA FAZENDA 
PÚBLICA. ART. 475, II, DO CPC. NECESSIDADE DE APLICAÇÃO, POR ANALOGIA, PARA 
CONFERIR TRATAMENTO ISONÔMICO ÀS PARTES, EM RELAÇÃO AO INSTITUTO QUE 
NÃO ENCONTRA DISCIPLINA POR LEI. HIPÓTESE EM QUE O TRIBUNAL DE ORIGEM, 
EQUIVOCADAMENTE, ENTENDEU CABÍVEL O REEXAME NECESSÁRIO, APESAR DE A SEN-
TENÇA EXTINTIVA DA DEMANDA TER POR BASE O ART. 26 DA LEF (CANCELAMENTO DA 
CDA, PELA FAZENDA PÚBLICA, APÓS SUA INTIMAÇÃO PARA IMPUGNAR EXCEÇÃO DE 
PRÉ-EXECUTIVIDADE). REVISÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM EMBARGOS À 
EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. IMPOSSIBILIDADE, UMA VEZ QUE O AFASTAMENTO 
DA REGRA DO ART. 475, II, DO CPC IMPLICOU TRÂNSITO EM JULGADO DO CAPÍTULO 
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Thiago Cordeiro Pivotto
Defesas do Executado. Suspensão e Extinção do Processo de Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
RELATIVO À CONDENAÇÃO NOS ENCARGOS DE SUCUMBÊNCIA. 1. Controverte-se a res-
peito do cabimento do Reexame Necessário (art. 475 do CPC) na hipótese de extinção 
da Execução Fiscal decorrente do acolhimento da Exceção de Pré-Executividade, com 
trânsito em julgado certificado nos autos. 2. O Código de Processo Civil nada dispôs 
sobre o instituto do Reexame Necessário na hipótese do decisum que acolhe a Exceção 
de Pré-Executividade, porque se trata de criação jurisprudencial. Em outras palavras, 
a lei não disciplina o referido instituto. 3. O reexame necessário, nos Embargos à Exe-
cução Fiscal, cabe na hipótese de sentença proferida contra o ente público, decorrente 
do julgamento de procedência do pedido neles deduzido, que pode se referir à questão 
processual (nulidade do título executivo, ilegitimidade ativa ou passiva, falta de inte-
resse em razão de parcelamento concedido de forma prévia e com as prestações em dia) 
ou de fundo (prescrição, compensação já realizada e informada em DCTF, pagamento, 
inexistência de responsabilidade tributária, etc.). 4. Em qualquer dessas hipóteses – 
questões de direito processual ou material –, o acolhimento do pedido enseja reexame 
necessário, razão pela qual o intérprete deve ter cautela máxima ao analisar o que se 
deve entender por julgamento de mérito. 5. Se a extinção da Execução Fiscal decorre 
do acolhimento de Exceção de Pré-Executividade, o Reexame Necessário só deve ser 
dispensado na hipótese em que a Fazenda Pública, intimada para se manifestar sobre 
a referida objeção processual, expressamente concordou com a procedência do seu 
conteúdo. 6. A lógica que justifica esse entendimento encontra amparo na constatação 
da necessidade de conferir o mesmo tratamento que seria dispensado caso a matéria 
tivesse sido suscitada nos Embargos à Execução Fiscal. 7. No que se refere especifica-
mente aos honorários advocatícios fixados nesse contexto, deve-se entender que, da 
mesma forma que a Exceção de Pré-Executividade não pode afastar o Reexame Neces-
sário quando a Fazenda Pública for vencida, a condenação ao pagamento dos encargos 
de sucumbência, por si só, não enseja a aplicação do art. 475 do CPC. 8. A imposição 
do dever de pagamento dos honorários advocatícios possui natureza condenatória, mas 
reflete mera decorrência da derrota da parte, de modo que, se se entender que repre-
senta, por si, hipótese sujeita ao disposto no art. 475 do CPC, o procedimento da sub-
missão ao duplo grau de jurisdição constituirá regra aplicável em qualquer hipótese, 
isto é, nos casos de julgamento com ou sem resolução do mérito, conclusão, em nosso 
sentir, inadmissível. 9. Somente a condenação ao pagamento dos honorários que tenha 
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