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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL
Execução: Princípios, Sujeitos e 
Competência da Execução
Livro Eletrônico
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Thiago Pivotto
Execução: Princípios, Sujeitos e Competência da Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Apresentação . ............................................................................................................................3
Execução: Princípios, Sujeitos e Competência da Execução ..................................................5
Princípios ....................................................................................................................................5
Sujeitos .....................................................................................................................................39
Competência. ............................................................................................................................44
Resumo ..................................................................................................................................... 51
Questões de Concurso . ...........................................................................................................54
Gabarito ....................................................................................................................................78
Gabarito Comentado ................................................................................................................79
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Thiago Pivotto
Execução: Princípios, Sujeitos e Competência da Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
ApresentAção
Olá, tudo bem com você?
Vamos nos aventurar no maravilhoso mundo do Processo Civil e eu terei a honra de auxi-
liar vocês nessa caminhada.
Eu sempre adotei, na minha trajetória de estudos, um material base com o qual eu pudes-
se contar e ler sempre antes de fazer as provas. Acredito que seja fundamental você ter suas 
anotações/cadernos e sempre poder revisá-los nas semanas que antecedem a prova.
DICA!
É fundamental você ter um caderno apenas. Uma fonte para 
cada matéria. Não faça a besteira de ter 3 ou 4 anotações es-
parsas da mesma matéria. Condensar tudo em um mesmo 
material é muito importante para fins de organização. Por 
isso, utilize este material em PDF e monte seus cadernos a 
partir deles, ou, caso você já tenha seus cadernos, alimente-
-os com as informações que você verá aqui. O importante é 
você não ter uma pluralidade de materiais, porque se fizer isso 
você vai acabar se perdendo.
Minha trajetória de estudos começou em 2010 e, desde então, eu acompanho todas as 
notícias diárias que são publicadas no STF e no STJ, bem como todos os informativos sema-
nais dos dois Tribunais, sem perder nenhum.
O diferencial deste material, portanto, é justamente este: abordarei com vocês o conteúdo 
básico de cada disciplina, mas irei aprofundar com a jurisprudência mais atual e mais diver-
sificada sobre o assunto, além de trazer questões sobre as matérias.
As provas, atualmente, cobram muita letra de lei, mas também muito entendimento ju-
risprudencial, por isso eu acredito que com esta leitura você ficará preparado para alcançar 
seu objetivo no mundo dos concursos públicos, pois terá todo o conteúdo mais atualizado 
possível.
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Thiago Pivotto
Execução: Princípios, Sujeitos e Competência da Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Com esse método, fui aprovado e exerci os cargos de Técnico Administrativo no MPU, 
Analista Judiciário no TJDFT, Juiz de Direito no TJMT e Juiz Federal no TRF1. Se eu consegui, 
você também consegue!
Em Processo Civil, ficarei responsável por 14 pontos que estão divididos conforme o cro-
nograma abaixo. Não vejo a necessidade de uma leitura ordenada dos pontos, portanto, você 
pode começar com Provas (Aula 12) e depois ler sobre Juizados Especiais (Aula 28), por exem-
plo. Eu acho importante apenas que você leia o ponto inteiro antes de partir para o próximo.
Aula Conteúdo
7 Atos processuais; e Vícios dos atos
8 Tutela provisória
9 Formação, suspensão e extinção do processo; e Petição inicial
10 Audiência de mediação e conciliação; Respostas do réu; e Revelia
11
Providências preliminares e julgamento conforme o estado do processo; e Audiência de instrução e 
julgamento
12 Provas
13 Sentença; Liquidação de sentença; e Coisa julgada
16 Execução; Princípios, Sujeitos e Competência da execução
17 Título executivo; e Responsabilidade patrimonial
18
Cumprimento provisório de sentença; Cumprimentos de sentença (fazer, não fazer, entregar e pagar); 
Processo de execução (fazer, não fazer e entregar)
19 Processo de execução de pagar quantia; Execuções especiais
20 Defesas do executado; Suspensão e extinção do processo de execução
27 Mandado de segurança; Ação popular; Ação civil pública; e Ação de improbidade administrativa
28 Juizados Especiais; Processo eletrônico
Boa leitura!
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Execução: Princípios, Sujeitos e Competência da Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
EXECUÇÃO: PRINCÍPIOS, SUJEITOS E 
COMPETÊNCIA DA EXECUÇÃO
Nesta aula, eu e você iremos trabalhar os artigos 771 ao 782 do nosso Código de Processo 
Civil. Fique tranquilo porque sempre que o artigo for muito importante, eu irei transcrevê-lo 
para você. Sempre que tiver algum julgado importante eu também vou transcrever a ementa 
para que seu estudo fique dinâmico.
princípios
O Livro II do CPC regula o procedimento da execução fundada em título extrajudicial. To-
das as regras gerais que serão vistas aplicam-se também, no que couber, aos procedimentos 
especiais de execução, aos atos executivos realizados no procedimento de cumprimento de 
sentença, bem como aos efeitos de atos ou fatos processuais a que a lei atribuir força exe-
cutiva.
O intercâmbio entre as disposições é uma tentativa de o Código colmatar as lacunas exis-
tentes, tanto que as disposições referentes ao cumprimento de sentença e mesmo aquelas 
afetas ao processo de conhecimento também são passíveis de aplicação, a depender da hi-
pótese, na execução embasada em título extrajudicial.
Como estamos em sede e ação de execução, é preciso ressaltar que não há execução sem 
título que a embase, o que se traduz no princípio da nulla executio sine título. Além do mais, 
os títulos executivos previstos em lei estão em rol taxativo, conforme o princípio da tipicidade 
dos títulos executivos.
O juiz tem, à sua disposição, durante o processo de execução, o poder necessário ao bom 
andamento dos trabalhos.
Pode o juiz ordenar o comparecimento das partes, sempre que necessário; advertir o exe-
cutado de que seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça; ou mesmo 
determinar que os sujeitos indicados pelo exequente forneçam informações em geral rela-
cionadas ao objeto da execução, tais como documentos e dados que tenham em seu poder, 
assinando-lhes prazo razoável.
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Execução: Princípios, Sujeitos e Competência da Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
De ofício ou a requerimento da parte, pode o juiz determinar as medidas necessárias ao 
cumprimento da ordem de entrega de documentos e dados, que, se forem sigilosos, devem se 
submeter às medidas necessárias para assegurar a confidencialidade.
O Código estabelece ainda como atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva 
ou omissiva do executado que: frauda a execução; se opõe maliciosamente à execução, em-
pregando ardis e meios artificiosos; dificulta ou embaraça a realização da penhora; resiste
injustificadamenteàs ordens judiciais; intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os 
bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for 
o caso, certidão negativa de ônus.
Em todos esses casos o juiz fixará multa que não poderá ser superior a 20% do valor atu-
alizado do débito em execução, a ser revertido ao exequente, exigível nos próprios autos do 
processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material. Como se vê e 
como ocorre também no processo de conhecimento, a execução é regida pelos princípios da 
lealdade e da boa-fé processual.
A esse respeito, aliás, o Código é expresso ao afirmar que a cobrança de multas ou de in-
denizações decorrentes de litigância de má-fé ou de prática de ato atentatório à dignidade da 
justiça será promovida nos próprios autos do processo.
Estamos tratando aqui da multa aplicada dentro do processo que não poderá ser superior a 
20% e protege a lealdade e a boa-fé processual. Muitas questões de prova acabam cobrando 
conteúdo sobre uma multa que é completamente diversa, aplicada pelo TCU em sua função 
própria de fiscal de contas.
• Legitimidade para execução de valores impostos pelos Tribunais de Contas:
−	 Para o STJ:
◦ Imputação de débito/ressarcimento ao Erário – O crédito pertence ao ente público 
cujo patrimônio foi atingido;
◦ Aplicação de multa – Deve ser revertida em favor do ente a que se vincula o órgão 
sancionador;
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Execução: Princípios, Sujeitos e Competência da Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
◦ TCU multando gestores estaduais ou municipais – legitimidade da União;
◦ TCE multando gestores municipais – legitimidade do Estado.
Julgado: STJ. EAg 1138822/RS. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MULTA APLI-
CADA POR TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL A GESTOR MUNICIPAL. RECEITA DO ENTE 
FEDERATIVO A QUE SE VINCULA O ÓRGÃO SANCIONADOR. LEGITIMIDADE DO ESTADO 
PARA AJUIZAR A COBRANÇA. 1. A controvérsia diz respeito à titularidade da cobrança 
de crédito decorrente de multa aplicada a gestor municipal por Tribunal de Contas esta-
dual. O acórdão embargado consignou que a cobrança compete ao próprio município, 
enquanto o paradigma entende que a legitimidade para a execução é do Estado a que se 
vincula a Corte de Contas. 2. Ambas as Turmas da Primeira Seção adotavam o mesmo 
posicionamento, no sentido do acórdão embargado, até o julgamento do REsp 1.181.122/
RS, no qual a Segunda Turma reviu sua jurisprudência. 3. Devem-se distinguir os casos 
de imputação de débito/ressarcimento ao Erário – em que se busca a recomposição do 
dano sofrido, e, portanto, o crédito pertence ao ente público cujo patrimônio foi atingido 
– dos de aplicação de multa, que, na ausência de disposição legal específica, deve ser 
revertida em favor do ente a que se vincula o órgão sancionador. 4. Não foi outra a solu-
ção preconizada pelo Tribunal de Contas da União, em cujo âmbito as multas, mesmo 
que aplicadas a gestores estaduais ou municipais, sempre são recolhidas aos cofres 
da União. 5. Este mesmo raciocínio deve ser aplicado aos Tribunais de Contas estadu-
ais, de modo que as multas deverão ser revertidas ao ente público ao qual a Corte está 
vinculada, mesmo se aplicadas contra gestor municipal. 6. Dessa forma, a legitimidade 
para cobrar os créditos referentes a multas aplicadas por Tribunal de Contas é do ente 
público que mantém a referida Corte - na espécie, o Estado do Rio Grande do Sul -, por 
intermédio de sua Procuradoria. 7. Embargos de Divergência providos. (Rel. Ministro 
HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/12/2010, DJe 01/03/2011).
Julgado: STJ. REsp 1300411/RS. PROCESSUAL CIVIL. TÍTULO EXECUTIVO FORMADO 
NO TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL EM RAZÃO DE IRREGULARIDADES NA PRESTA-
ÇÃO DE CONTAS DE EX-PREFEITO. LEGITIMIDADE PARA EXECUÇÃO. 1. As multas apli-
cadas pelos Tribunais de Contas Estaduais deverão ser revertidas ao ente público com o 
qual a Corte tenha ligação, mesmo se impostas a gestor municipal. A solução adequada 
é proporcionar ao próprio ente estatal a que esteja vinculado o Tribunal de Contas a 
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titularidade do crédito decorrente da cominação da multa por ela aplicada no exercício 
de seu mister. Precedentes do STJ. 2. A legitimidade para ajuizar a ação de cobrança 
relativa ao crédito oriundo de multa lançada contra ex-prefeito por Tribunal de Contas 
é do ente público que mantém o referido Órgão, neste caso, o Estado do Rio Grande do 
Sul. 3. Recurso Especial provido. (Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 06/09/2012, DJe 24/09/2012).
−	 Para o STF, a legitimidade é do Município se o Tribunal de Contas da União ou dos 
Estados multa gestor municipal;
Informativo 711, STF: “O estado-membro não tem legitimidade para promover execução 
judicial para cobrança de multa imposta por Tribunal de Contas estadual à autoridade 
municipal, uma vez que a titularidade do crédito é do próprio ente público prejudicado, 
a quem compete a cobrança, por meio de seus representantes judiciais. Com base nessa 
orientação, a 1ª Turma negou provimento a agravo regimental em recurso extraordinário, 
no qual se discutia a legitimidade ad causam de município para execução de multa que 
lhe fora aplicada. O Min. Dias Toffoli destacou que, na omissão da municipalidade nessa
execução, o Ministério Público poderia atuar.” (PRIMEIRA TURMA, RE 580943 AgR/AC, 
rel. Min. Ricardo Lewandowski, 18.6.2013).
• Na defesa do interesse público secundário (patrimônio público meramente econômico) 
– execução de decisão de Tribunal de Contas – As procuradorias judiciais dos entes 
públicos têm legitimidade ordinária;
−	 [STJ e STF] O MP não tem legitimidade;
Julgado: STJ. REsp 1194670/MA. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. ACÓRDÃO 
DO TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL. O MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO TEM LEGITIMIDADE 
PARA PROPOR A EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL PROVENIENTE DO TRIBUNAL 
DE CONTAS. PRECEDENTE DO STF. VEDAÇÃO AO MP DE EXERCER AS FUNÇÕES DE 
REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DE ENTIDADES PÚBLICAS. RECURSO ESPECIAL DESPRO-
VIDO. 1. Inexiste dúvida acerca da eficácia de título executivo extrajudicial de que são 
dotadas as decisões do Tribunal de Contas de que resulte imputação de débito ou multa, 
nos termos do art. 71, § 3º. da Constituição Federal. 2. Em que pese a anterior jurispru-
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
dência desta Corte em sentido contrário, deve prevalecer a tese diversa, pela qual enten-
de-se não possuir o Ministério Público legitimidade para cobrar judicialmente dívidas 
consubstanciadas em título executivo de decisão do Tribunal de Contas. Precedente 
do STF. 3. Destaca-se que, antes da Constituição de 1988, nada obstava que lei ordi-
nária conferisse ao Ministério Público outras atribuições, ainda que incompatíveis com 
suas funções institucionais; contudo, com a entrada em vigor da Constituição Federal 
de 1988, o exercício pelo Parquet de outras funções, incompatíveis com sua finalidade 
institucional, restou expressamente vedado (art. 129, inciso IX da CF), inclusive, a repre-
sentação judicial e consultoria jurídica de entidades públicas. 4. Recurso Especial des-
provido. (Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
20/06/2013, DJe 02/08/2013).
Julgado: STJ. REsp 1464226/MA. […]. 4. A Primeira Seção desta Corte Superior, no jul-
gamento do REsp 1.119.377/SP (Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJe de 4.9.2009) paci-
ficou o entendimento no sentidode que o Ministério Público tinha legitimidade para 
promover execução de título executivo extrajudicial decorrente de decisão do Tribunal 
de Contas, ainda que em caráter excepcional, nas hipóteses de falha do sistema de legi-
timação ordinária de defesa do erário. 5. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal, em jul-
gamento de recurso submetido ao rito de repercussão geral, estabeleceu que a execução 
de multa aplicada pelo Tribunal de Contas pode ser proposta apenas pelo ente público 
beneficiário da condenação, bem como expressamente afastou a legitimidade ativa do 
Ministério Público para a referida execução (ARE 823.347 RG/MA, Tribunal Pleno, Rel. 
Min. GILMAR MENDES, DJe de 28.10.2014). 6. No mesmo sentido, os seguintes prece-
dentes do Pretório Excelso: ARE 791.577 AgR/MA, 2ª Turma, Rel. Min. RICARDO LEWA-
NDOWSKI, DJe de 21.8.2014; RE 791.575 AgR/MA, 1ª Turma, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, 
DJe de 27.6.2014. 7. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. 
(Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/11/2014, 
DJe 26/11/2014).
Julgado: STF. ARE 823347 RG. Recurso extraordinário com agravo. Repercussão geral 
da questão constitucional reconhecida. Reafirmação de jurisprudência. 2. Direito Cons-
titucional e Direito Processual Civil. Execução das decisões de condenação patrimonial 
proferidas pelos Tribunais de Contas. Legitimidade para propositura da ação executiva 
pelo ente público beneficiário. 3. Ilegitimidade ativa do Ministério Público, atuante ou 
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Execução: Princípios, Sujeitos e Competência da Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
não junto às Cortes de Contas, seja federal, seja estadual. Recurso não provido. (PLENO, 
Relator(a): Min. GILMAR MENDES, julgado em 02/10/2014).
• [STJ, 1ª Seção, em 2009 (posicionamento antigo)] O MP terá legitimidade extraordiná-
ria se o sistema de legitimação ordinária falhar. Neste caso, a defesa será do patrimô-
nio público, e não da Fazenda. (REsp 1119377/SP. Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, 
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/08/2009, DJe 04/09/2009).
−	 Não pode executar por ACP;
Julgado: STJ. REsp 276306 / SP. Embora a decisão do Tribunal de Contas da União, 
resultando em imputação de débito e multa tenha eficácia de título executivo, não pode 
ser executada através da ação civil pública, típica de conhecimento que, julgada proce-
dente, comportaria sua execução posterior. (Rel. Ministro FRANCISCO PEÇANHA MAR-
TINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 09/12/2003, DJ 28/06/2004, p. 218).
• É possível que exista, na estrutura do Tribunal de Contas, uma procuradoria jurídica, 
mas a norma estadual não pode prever que compete à Procuradoria do Tribunal de 
Contas cobrar judicialmente as multas aplicadas em decisão definitiva do Tribunal e 
não saldadas no prazo, pois a Constituição Federal não outorgou aos Tribunais de Con-
tas competência para executar suas próprias decisões;
Informativo 851, STF: “É constitucional a criação de órgãos jurídicos na estrutura de tri-
bunais de contas estaduais, vedada a atribuição de cobrança judicial de multas aplica-
das pelo próprio tribunal. Com base nessa orientação, o Plenário julgou parcialmente 
procedente pedido formulado em ação direta para declarar a inconstitucionalidade do 
inciso V do art. 3º da LC 399/2007, do Estado de Rondônia, que dispõe sobre a organiza-
ção e o funcionamento da Procuradoria-Geral do Tribunal de Contas estadual, na forma 
do art. 253 da Constituição rondoniense. Inicialmente, o Plenário rejeitou as preliminares 
de prejuízo e de não conhecimento da ação. Quanto ao alegado prejuízo, considerou que 
os artigos da LC 399/2007 revogados pela LC 658/2012 tratavam de subsídios, manti-
dos hígidos os dispositivos concernentes à organização e ao funcionamento da Procu-
radoria-Geral do Tribunal de Contas estadual. Relativamente ao não conhecimento da 
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Execução: Princípios, Sujeitos e Competência da Execução
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ação, o Plenário afirmou que a análise da constitucionalidade das normas contidas na lei 
complementar impugnada independeria, em princípio, da análise da constitucionalidade 
dos dispositivos da Constituição estadual que também cuidaram da matéria (art. 253 e 
parágrafos). Asseverou a possibilidade de ser inconstitucional a norma regulamentadora 
de determinada matéria sem que o seja também a norma que lhe serve de fundamento. 
Observou que as normas da Constituição de Rondônia em que o legislador rondoniense 
se pautou para criar a lei impugnada já foram objeto da ADI 94/RO (DJE de 15.12.2011). 
Assim, inviável que as normas ora impugnadas fossem objeto da referida ADI, porque 
editadas em 2007 (oito anos após o seu ajuizamento). Por outro lado, não remanescem 
dúvidas sobre a desnecessidade de se reiterar pedido de declaração de inconstituciona-
lidade de normas já sob análise do Supremo Tribunal Federal. No mérito, quanto ao inciso 
V do art. 3º da lei complementar rondoniense, que prevê a competência da Procurado-
ria-Geral do Tribunal de Contas estadual para cobrar judicialmente as multas aplicadas 
em decisão definitiva pela Corte de Contas e não saldadas em tempo devido, o Colegiado 
reportou-se à orientação fixada em precedentes, no sentido de que o art. 71, § 3º, da CF, 
norma a ser observada pelos tribunais de contas estaduais em face do princípio da sime-
tria (CF/1988, art. 75), apenas conferiu eficácia de título executivo às decisões do TCU, 
de que resulte imputação de débito ou multa, sem, contudo, outorgar àquela Corte de 
Contas legitimação para executá-las. Por outro lado, reputou não haver qualquer vício de 
inconstitucionalidade dos arts. 1º, §§ 1º e 2º; 2º, caput, I e II, e §§ 1º; 3º, caput, I, II, III, IV, 
VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, §§ 1º a 3º; 4º, I a X e parágrafo único; 5º; 6º (com alteração da LC 
658/2012) e 7º da LC rondoniense 399/2007. Adotou, para tanto, o entendimento fixado 
no julgamento da ADI 1557/DF (DJ de 18.6.2004) e da ADI 94/RO, no sentido de reconhe-
cer a possibilidade de existência de procuradorias especiais para representação judicial 
de assembleia legislativa e de tribunal de contas nos casos em que necessitem praticar 
em juízo, em nome próprio, uma série de atos processuais na defesa de sua autonomia e 
independência em face dos demais poderes, as quais também podem ser responsáveis 
pela consultoria e pelo assessoramento jurídico de seus demais órgãos.” (PLENÁRIO, ADI 
4070/RO, rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 19.12.2016).
O exequente pode desistir de toda a execução ou de apenas algumas medidas executivas. 
Fala-se, portanto, no princípio da disponibilidade da execução. As desistências são delicadas 
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Execução: Princípios, Sujeitos e Competência da Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
e você precisa ter bastante atenção, pois a sistemática é diferente se se está em processo de 
conhecimento, em sede recursal, em mandado de segurança ou mesmo em ação de execução.
Na desistência da execução, serão extintos a impugnação e os embargos que versarem 
apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os hono-
rários advocatícios. Nas demais hipóteses (p. ex.: embargos que versarem sobre questões 
materiais), a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante.
• A citação válida é fator de estabilização subjetiva da demanda, logo, como funcionam 
as desistências?
−	 Desistência da ação depois do prazo para resposta exige consentimento do réu!
◦ O consentimento pode ser tácito;
Julgado: STJ. REsp 1036070/SP. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.DESIS-
TÊNCIA REQUERIDA APÓS DECORRIDO O PRAZO PARA A RESPOSTA. CONCORDÂNCIA 
TÁCITA. POSSIBILIDADE. 1.- É válida a homologação da desistência da ação requerida 
pelo autor, após o prazo para a resposta, na hipótese em que o réu, devidamente inti-
mado para se manifestar a respeito do pedido de desistência formulado, deixa trans-
correr in albis o prazo assinalado. 2.- Recurso Especial improvido. (Rel. Ministro SIDNEI 
BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/06/2012, DJe 14/06/2012).
◦ A recusa deve ser fundamentada e justificada;
“O réu, depois de citado, tem de ser ouvido sobre o pedido de desistência formulado pelo autor. So-
mente pode opor-se a ele, se fundada a sua oposição. A resistência pura e simples, destituída de fun-
damento razoável, não pode ser aceita porque importa em abuso de direito” (NERY JR, Nelson e NERY, 
Rosa Maria de Andrade. Código de Processo Civil Comentado, 9ªed., São Paulo: RT, 2006, p. 437).
“Só não é dado ao réu impedir a extinção por desistência, quando em sua defesa ele próprio houver 
pedido a extinção do processo por outros motivos – porque nesse caso o autor estar-lhe-á ofere-
cendo precisamente aquilo que ele pleiteava (DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito 
Processual Civil, v. III, São Paulo: Malheiros, 2002, p. 131).
◦ Discordância fundada no direito ao julgamento de mérito da demanda = OK.
Julgado: REsp 1.318.558 – RS. PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE REVI-
SÃO CONTRATUAL DESISTÊNCIA DA AÇÃO. CONCORDÂNCIA DO RÉU. NECESSIDADE. 
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FUNDAMENTAÇÃO RAZOÁVEL. EXTINÇÃO DO PROCESSO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Após a 
contestação, a desistência da ação pelo autor depende do consentimento do réu porque 
ele também tem direito ao julgamento de mérito da lide. 2. A sentença de improcedência 
interessa muito mais ao réu do que a sentença de extinção do processo sem resolução 
do mérito, haja vista que, na primeira hipótese, em decorrência da formação da coisa jul-
gada material, o autor estará impedido de ajuizar outra ação, com o mesmo fundamento, 
em face do mesmo réu. 3. Segundo entendimento do STJ, a recusa do réu deve ser fun-
damentada e justificada, não bastando apenas a simples alegação de discordância, sem 
a indicação de qualquer motivo relevante. 4. Na hipótese, a discordância veio fundada no 
direito ao julgamento de mérito da demanda, que possibilitaria a formação da coisa jul-
gada material, impedindo a propositura de nova ação com idênticos fundamentos, o que 
deve ser entendimento como motivação relevante para impedir a extinção do processo 
com fulcro no art. 267, VIII, e §4º do CPC. 5. Recurso especial provido. (Rel. Min. Nancy 
Andrighi, TERCEIRA TURMA, julgado em 04/06/2013).
• O réu já deverá ter apresentado defesa no processo. Antes da citação ou mesmo depois 
dela – no transcurso do prazo antes da interposição e no caso de revelia –, a extinção 
poderá ser realizada de ofício;
Julgado: STJ. REsp 976861/SP. 1. A melhor interpretação a ser conferida ao § 4º do 
art. 267 do CPC é a teleológica, uma vez que o fim buscado pela norma é impedir a 
homologação de um pedido de desistência quando haja fundada razão para que não 
seja aceito. 2. “A recusa do réu ao pedido de desistência deve ser fundamentada e jus-
tificada, não bastando apenas a simples alegação de discordância, sem a indicação de 
qualquer motivo relevante” (REsp 90738/RJ). Outros precedentes. 3. Recurso especial 
não provido.
◦ Salvo no Mandado de Segurança coletivo, não cabe desistir da ação após a prola-
ção de sentença de mérito, mesmo com a concordância do réu;
Julgado: STJ. REsp 1115161/RS. 1. A desistência da ação é faculdade processual con-
ferida à parte que abdica, momentaneamente, do monopólio da jurisdição, exonerando
o Judiciário de pronunciar-se sobre o mérito da causa, por isso que não pode se dar, 
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após a sentença de mérito. 2. Realmente, a doutrina do tema é assente no sentido de 
que “O mesmo princípio que veda a mutatio libeli após o saneamento impede, também, 
que haja desistência da ação após a decisão definitiva do juiz. Nessa hipótese, o que é 
lícito às partes engendrar é a transação quanto ao objeto litigioso definido jurisdicio-
nalmente, mas, em hipótese alguma lhes é lícito desprezar a sentença, como se nada 
tivesse acontecido, de sorte a permitir, após a desistência da ação que potencialmente 
outra ação seja reproposta” (in FUX, Luiz. Curso de Direito Processual Civil. 4ª Ed. Rio 
de Janeiro: Forense, 2008, pg. 438). 3. In casu, o acórdão recorrido reconheceu e homo-
logou o pedido de desistência da ação feito pelos autores, mesmo após a prolação da 
sentença de mérito e havendo discordância expressa da União que, condicionava o ato 
homologatório à renúncia ao direito que se funda a ação, restando violado o art. 267, §4º 
do CPC, verbis: “Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o 
consentimento do réu, desistir da ação”. 4. Recurso especial provido. (Rel. Ministro LUIZ 
FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 04/03/2010, DJe 22/03/2010).
◦ A desistência da ação só gera efeito depois de homologado pelo juiz;
Julgado: STJ. REsp 1026028/AL. […]. 3. Nos termos do parágrafo único do art. 158 do 
CPC “A desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por sentença”. 
Inexistente a homologação da desistência, esta não produz efeitos jurídicos. […]. (Rel. 
Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 01/04/2008, DJe 17/04/2008).
◦ Como a produção de efeitos só ocorre com a homologação, cabe a retratação do 
pedido de desistência da ação;
Julgado: STJ. AgRg no MS 18.448/DF. PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. 
RETRATAÇÃO DA DESISTÊNCIA AINDA NÃO HOMOLOGADA POR SENTENÇA. POSSIBI-
LIDADE. ANISTIA DE MILITAR. ANULAÇÃO. ILEGALIDADE. CONCESSÃO DE LIMINAR QUE 
SUSPENDE A INTERRUPÇÃO NO PAGAMENTO DO BENEFÍCIO, DADA A AUSÊNCIA, EM 
JUÍZO PROVISÓRIO, DE JUSTA CAUSA. 1. Em 3.5.2012, mesma data em que o pedido 
liminar foi deferido, o impetrante protocolou petição onde manifestou desistência da 
impetração. 2. Seis dias após, em 9.5.2012, aviou nova petição, na qual expressamente 
se retratou do anterior pedido. 3. Ao contrário das demais declarações unilaterais de 
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vontade das partes, o artigo 158, parágrafo único, do CPC prescreve que a desistên-
cia da ação somente produz efeitos quando homologada por sentença. 4. Na circuns-
tância acima narrada, portanto, admite-se a retratação da desistência manifestada. 
[…]. (Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/06/2012, DJe 
22/08/2012).
◦ Com repercussão geral reconhecida não se permite a desistência da ação;
Informativo 854, STF: “[...]. A Corte entendeu que, ainda que reconhecida a suposta pre-
judicialidade do recurso, deveria proceder ao julgamento da tese de repercussão geral, 
em vista da relevância da questão constitucional posta em discussão. Citou o disposto 
no parágrafo único do art. 998 do CPC e o que decidido no RE 693.456 QO/RJ (DJE de 
22.9.2015), no qual assentada a impossibilidade de desistência de qualquer recurso ou
mesmo de ação após o reconhecimento de repercussão geral da questão constitucional. 
[…].” (PLENO, RE 647827/PR, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 15.2.2017).
−	 Desistência do recurso independe do consentimento e cabe da interposição até a 
sustentação oral ou pronunciamento final dojulgamento!
Renúncia/Aquiescência Desistência
Da intimação da decisão até a interposição do 
recurso
Da interposição até a sustentação oral ou
pronunciamento final do julgamento.
Informativo 661, STF: “ […]. Consignou-se que somente seria possível a desistência de 
recurso ainda pendente de julgamento. O Min. Luiz Fux ressaltou que esse instituto teria 
como termo ad quem a sustentação oral ou o pronunciamento final do julgamento. […].” 
(AI 773754 AgR-ED-AgR/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, 10.4.2012).
◦ “Apesar de o dispositivo legai prever ‘a qualquer tempo’, existe um momento apro-
priado para a desistência do recurso: somente se desiste do que existe, de manei-
ra que a desistência só pode ocorrer a partir da interposição do recurso. O Supe-
rior Tribunal de Justiça, aplicando literalmente a expressão “a qualquer momento”, 
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entendeu que a desistência pode ocorrer até o encerramento do julgamento do 
recurso, admitindo-se depois de iniciado o julgamento, inclusive já tendo sido 
prolatado o voto do relator;
◦ Doutrina autorizada entende que a desistência gera a inexistência jurídica do re-
curso interposto, sendo irrelevante indagar se ele era ou não admissível. Adoto a 
tese, fazendo uma importante observação: se o recurso é juridicamente inexis-
tente, não pode gerar efeitos, inclusive a preclusão consumativa, de forma que, 
interposto recurso viciado, poderá a parte desistir desse recurso e, ainda dentro
do prazo, ingressar com outro recurso, agora formalmente regular. Considerando-
-se efetivamente inexistente o primeiro recurso, nenhum impedimento poderá ser 
oposto à interposição tempestiva do segundo;
◦ […] a parte recorrente pode renunciar ao recurso, independentemente de concor-
dância da parte contrária. A renúncia diz respeito ao direito de recorrer, de forma 
que só pode ser realizada antes da interposição do recurso, porque depois disso já 
estará consumado o direito recursal, não havendo mais sobre o que se renunciar.
◦ O termo inicial da renúncia é o surgimento concreto e específico do direito de re-
correr, não se admitindo no direito brasileiro a renúncia prévia, nem mesmo quan-
do resultado de acordo de vontade das partes. Dessa forma, o termo iniciai da 
renúncia é a intimação das partes da decisão contra a qual poderiam potencial-
mente se insurgir;
◦ […] a parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer. 
Trata-se do fenômeno da aquiescência, que gera uma preclusão lógica a impedir 
a admissão do recurso. A aquiescência, a exemplo da renúncia, só é possível entre 
a intimação da decisão impugnável e a interposição do recurso.” (Daniel Amorim);
Julgado: STJ. REsp 1.104.392. 1. Hipótese em que o autor renuncia ao direito sobre 
que se funda a ação, nos termos do art. 269, V, do CPC, em fase recursal. 2. A renúncia 
ocasiona julgamento favorável ao réu, cujo efeito equivale à improcedência do pedido 
formulado pelo autor, de modo que este deve arcar com o pagamento dos honorários 
advocatícios.
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Julgado: STJ. QO no REsp 1063343/RS. Processo civil. Questão de ordem. Incidente de 
Recurso Especial Repetitivo. Formulação de pedido de desistência no Recurso Especial 
representativo de controvérsia (art. 543-C, § 1º, do CPC). Indeferimento do pedido de 
desistência recursal. - É inviável o acolhimento de pedido de desistência recursal for-
mulado quando já iniciado o procedimento de julgamento do Recurso Especial repre-
sentativo da controvérsia, na forma do art. 543-C do CPC c/c Resolução n.º 08/08 do 
STJ. Questão de ordem acolhida para indeferir o pedido de desistência formulado em 
Recurso Especial processado na forma do art. 543-C do CPC c/c Resolução n.º 08/08 
do STJ.
◦ Exceções à irrelevância do consentimento para a desistência de recurso;
Desistência de recurso independe de consentimento, exceto:
Recurso submetido ao regime de 
recursos repetitivos (STJ) ou reper-
cussão geral (STF)
Relevante interesse público, de 
recurso já pautado e às vésperas 
do julgamento
Desistência do recurso principal se 
houver antecipação dos efeitos da 
tutela recursal em recurso adesivo
◦ Mas cuidado, se for recurso submetido ao regime de recurso repetitivo, surge o 
interesse público, portanto não é cabível a desistência (STJ);
◦ O STF, no caso da Ficha Limpa envolvendo o candidato Roriz, extinguiu o processo 
sem julgamento de mérito diante do pedido de desistência do RE (extinção anô-
mala do processo principal por perda superveniente de objeto e de interesse), mas 
manteve a repercussão geral reconhecida, aguardando a subida de novo processo 
com a mesma temática;
◦ Com repercussão geral reconhecida não se permite nem a desistência da ação;
Informativo 854, STF: “[...]. A Corte entendeu que, ainda que reconhecida a suposta pre-
judicialidade do recurso, deveria proceder ao julgamento da tese de repercussão geral, 
em vista da relevância da questão constitucional posta em discussão. Citou o disposto 
no parágrafo único do art. 998 do CPC e o que decidido no RE 693.456 QO/RJ (DJE de 
22.9.2015), no qual assentada a impossibilidade de desistência de qualquer recurso ou
mesmo de ação após o reconhecimento de repercussão geral da questão constitucional. 
[…].” (PLENO, RE 647827/PR, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 15.2.2017).
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◦ O STJ está na tendência de mudar esse posicionamento (REsp 1308830):
“Terceira Turma rejeita desistência e decide julgar recurso mesmo contra vontade das 
partes
Em decisão unânime e inédita em questão de ordem, a Terceira Turma do STJ rejeitou 
pedido de desistência de um recurso especial que já estava pautado para ser julgado. Na
véspera do julgamento, as partes fizeram acordo e protocolaram a desistência.
A relatora, ministra Nancy Andrighi, ressaltou que o recurso especial de autoria da Google 
Brasil Internet Ltda. trata de questão de interesse coletivo em razão do número de usuá-
rios que utilizam os serviços da empresa, da difusão das redes sociais virtuais no Brasil 
e no mundo e de sua crescente utilização em atividades ilegais. Por isso, a ministra 
sugeriu à Turma que o julgamento fosse realizado.
A ministra manifestou profundo aborrecimento com a desistência de processos depois 
que eles já foram analisados e estão prontos para ir a julgamento, tendo em vista a 
sobrecarga de trabalho dos magistrados. ‘Isso tem sido constante aqui. A gente estuda 
o processo de alta complexidade, termina de fazer o voto e aí vem o pedido de desistên-
cia’, lamentou.
A ministra reconhece que o pedido tem amparo no artigo 501 do Código de Processo 
Civil (CPC): “O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos 
litisconsortes, desistir do recurso.” Ela entende que o direito de desistência deve preva-
lecer como regra. Mas, verificada a existência de relevante interesse público, o relator 
pode, mediante decisão fundamentada, promover o julgamento.
A ministra considerou que o referido dispositivo deve ser interpretado à luz da realidade 
surgida após da criação do STJ, 15 anos após a edição do CPC. ‘Infere-se que o julga-
mento dos recursos submetidos ao STJ ultrapassa o interesse individual das partes 
envolvidas, alcançando toda a coletividade para a qual suas decisões irradiam efeitos’, 
afirmou Nancy Andrighi.
Além disso, o ministro Sidnei Beneti afirmou que o artigo501 do CPC foi concebido em 
um período em que não havia número tão elevado de processos, sendo necessário atu-
alizar sua interpretação.
O ministro Massami Uyeda lembrou que, nos casos dos recursos repetitivos, a Corte 
Especial do STJ já decidiu que, uma vez pautados, não poderá haver desistência em 
razão do interesse público envolvido. Para ele, essa interpretação privilegia os princípios 
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da razoabilidade e da proporcionalidade, pois a sociedade aguarda posicionamento da 
mais alta corte infraconstitucional.
O ministro Beneti ressaltou que, mesmo com o julgamento de mérito, nada impede que 
haja a homologação do acordo entre as partes. ‘A tese aproveita a toda sociedade e o 
acordo fica válido individualmente entre os contendores da demanda judicial’, explicou. 
A ministra Nancy Andrighi espera mais um efeito: que as partes e advogados pensem 
melhor antes de recorrer.
Apesar de rejeitar a desistência, a Turma transferiu o julgamento para a sessão seguinte 
porque o advogado de apenas uma das partes estava presente. O outro precisava ser 
intimado.” (Notícias do STJ de 29/05/2012).
“[...]. Não concordamos com a decisão.
Em primeiro lugar, porque a desistência não se pede. Não há pedido de desistência do 
recurso. A parte simplesmente desiste do recurso. Desistir de um recurso é revogá-
-lo. Uma vez formulada a desistência, seus efeitos são imediatamente produzidos, nos 
termos do art. 158 do CPC. Somente a desistência da ação é que depende de homolo-
gação judicial (CPC, art. 158, parágrafo único), mas a do recurso opera efeitos imediatos
(CPC, art. 158, caput). Se não há pedido, não há como ser acolhido ou rejeitado. Quando 
a parte desiste de seu recurso, este deixa de existir, pois foi revogado. Não há mais como 
ser julgado. É ineficaz o julgamento.
[…].
Na verdade, o STJ deixou confessadamente de aplicar o disposto no art. 501 do CPC. 
Para afastar o dispositivo, deveria ter sido indicada alguma inconstitucionalidade. E, 
para isso, o caso haveria de ser submetido à Corte Especial. Não foi, entretanto, o que 
ocorreu.
A decisão, enfim, merece a nossa lamentação.” (Editorial 148/2012, Fredie Didier Jr.).
◦ Concedida antecipação dos efeitos da tutela em recurso adesivo, não se admite a 
desistência do recurso principal de apelação;
Informativo 554, STJ: “Concedida antecipação dos efeitos da tutela em recurso ade-
sivo, não se admite a desistência do recurso principal de apelação, ainda que a peti-
ção de desistência tenha sido apresentada antes do julgamento dos recursos. De fato, 
a apresentação da petição de desistência na hipótese em análise demonstra pretensão 
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incompatível com o princípio da boa-fé processual e com a própria regra que faculta 
ao recorrente não prosseguir com o recurso, a qual não deve ser utilizada como forma 
de obstaculizar a efetiva proteção ao direito lesionado. Isso porque, embora tecnica-
mente não se possa afirmar que a concessão da antecipação dos efeitos da tutela repre-
sente o início do julgamento da apelação, é evidente que a decisão proferida pelo rela-
tor, ao satisfazer o direito material reclamado, passa a produzir efeitos de imediato na 
esfera jurídica das partes, evidenciada a presença dos seus requisitos (prova inequívoca 
e verossimilhança da alegação). Além disso, deve-se considerar que os arts. 500, III, 
e 501 do CPC – que permitem a desistência do recurso sem a anuência da parte contrá-
ria – foram inseridos no Código de 1973, razão pela qual, em caso como o aqui anali-
sado, a sua interpretação não pode prescindir de uma análise conjunta com o art. 273 do 
CPC – que introduziu a antecipação dos efeitos da tutela no ordenamento jurídico pátrio 
por meio da Lei 8.952, apenas no ano de 1994, como forma de propiciar uma prestação 
jurisdicional mais célere e justa –, bem como com o princípio da boa-fé processual, que 
deve nortear o comportamento das partes em juízo (de que são exemplos, entre outros, 
os arts. 14, II, e 600 do CPC, introduzidos, respectivamente, pelas Leis 10.358/2001 e 
11.382/2006). Ante o exposto, a solução adequada para o caso em apreço desborda da 
aplicação literal dos arts. 500, III, e 501 do CPC, os quais têm função apenas instrumen-
tal, devendo ser adotada uma interpretação teleológica que, associada aos demais arti-
gos mencionados, privilegie o escopo maior de efetividade do direito material buscado 
pelo sistema, que tem no processo um instrumento de realização da justiça.” (TERCEIRA 
TURMA, REsp 1.285.405-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 16/12/2014, 
DJe 19/12/2014).
◦ O pedido de desistência recursal produz efeitos imediatos, independente de homo-
logação do juiz, contando o prazo para a ação rescisória do dia do pedido, quando 
ocorrerá o trânsito em julgado (não retroagirá para a sentença e não aguardará a 
homologação judicial);
◦ Desistência de recurso não precisa de homologação (produz efeitos imediata-
mente), basta um pronunciamento judicial declaratório dos efeitos já produzidos.
◦ Como produz efeitos imediatos, há imediatamente o trânsito em julgado e a coisa
julgada, impedindo a retratação da desistência recursal;
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◦ A preclusão é outro fator impeditivo da retratação;
Julgado: STJ. AgRg nos EDcl no REsp 1014200/SP. 1. A jurisprudência é pacífica no 
sentido de que a desistência do recurso produz efeitos imediatos, tendo em vista que, 
nos termos do art. 501 do CPC, “o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anu-
ência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso”. A produção dos efeitos 
prescinde, inclusive, de homologação judicial, pois o atual Código de Processo Civil não 
exige essa providência (STF-RE 65.538/RJ, 1ª Turma, Rel. Min. Antônio Neder, DJ de 
18.4.1975; REsp 246.062/SP, 2ª Turma, Rel. Min. Franciulli Netto, DJ de 20.5.2004). 2.
Assim, formulado de modo regular o pedido de desistência do recurso, e havendo a res-
pectiva homologação, opera-se a preclusão, cujo principal efeito é o de ensejar o trân-
sito em julgado em relação à decisão recorrida, caso não haja outro recurso pendente 
de exame. No mesmo sentido: REsp 7.243/RJ, 1ª Turma, Rel. Min. Milton Luiz Pereira, DJ 
de 2.8.1993; AgRg no RCDESP no Ag 494.724/RS, 3ª Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJ 
de 10.11.2003. Na doutrina, o entendimento de José Carlos Barbosa Moreira. 3. Agravo 
regimental desprovido. (Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
07/10/2008, DJe 29/10/2008).
Julgado: STJ. REsp 246062/SP. PROCESSO CIVIL - RECURSO ESPECIAL PEDIDO DE 
DESISTÊNCIA DO RECURSO - POSTERIOR RETRATAÇÃO - IRRELEVÂNCIA - EXTINÇÃO 
DO PROCEDIMENTO RECURSAL. 1- A desistência do recurso interposto produz efeitos 
desde logo e prescinde de homologação, bastando, para tanto, um pronunciamento judi-
cial declaratório desses efeitos que provêm de ato unilateral da parte recorrente. Se pode 
inferir, assim, que, em face dos efeitos que exsurgem da desistência do recurso, não há 
espaço para posterior retratação. Ensinamento doutrinário e precedente da 1ª Turma. 
2- A barreira intransponível à retratação é a coisa julgada, matéria de ordem pública. 3-
Em vista do pedido de desistência do recurso especial, declaro extinto o procedimento 
recursal. (Rel. Ministro FRANCIULLI NETTO, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/05/2004, 
DJ 06/09/2004, p. 190).
– Desistência da ação no processo de execução independede consentimento:
◦ Quanto à desistência dos embargos eventualmente propostos, é preciso diferenciar:
◦ Se versam sobre questões de mérito – Precisa da anuência do embargante para 
extinguir os embargos;
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◦ Se versam de questões preliminares – Pressupõe-se que o embargante aceite a 
extinção dos embargos sem resolução de mérito;
◦ Os embargos são autônomos, ou seja, pode haver a extinção do processo de execu-
ção e a continuação dos embargos. Já a impugnação ao cumprimento de sentença 
ou a exceção de pré-executividade são incidentais, ou seja, não há autonomia;
◦ Daniel Assumpção entende que, no caso de exceção de pré-executividade ou im-
pugnação ao cumprimento de sentença com matéria de mérito, deverá haver a 
anuência do executado para a homologação da desistência, aplicando-se a regra 
do processo de conhecimento;
OBS: A “raiz histórica” da exceção de pré-executividade no direito brasileiro nascera pelo Decreto 
Imperial n. 9.885, de 1888, que possibilitou ao devedor opor-se à execução através desse instituto, 
sem estar obrigado a segurar o juízo, e a ele seguiram-se o Decreto n. 848, de 11 de outubro de 
1890 e o Decreto n. 5.255, de 31 de dezembro de 1932, este último do Estado do Rio Grande do 
Sul, que também previam a possibilidade de se opor à execução por simples requerimento. O ins-
tituto não foi lembrado pelo CPC de 1939 e nem pelo de 1973; somente ganhou notoriedade face 
à omissão legal, quando, em 1966, a Cia. Siderúrgica Mannesmann, sofrendo diversos processos 
de execução simultâneos, tendo por base títulos falsos, foi orientada pelo eminente jurista Pontes 
de Miranda a opor-se à execução via exceção de pré-executividade. A natureza jurídica do institu-
to é incidental, e sua principal finalidade é extinguir, “no nascedouro, pretensão executiva viciada 
ou inexistente” (APPEL BOJUNGA, Luís Edmundo. “A Exceção de Pré Executividade”, in RT, p.156), 
evitando, assim, que o executado sofra o ônus de uma penhora, que não tem mais qualquer “funda-
mento jurídico ou lógico” (LACERDA, Galeno de. “Defesa do Executado Mesmo Antes da Penhora”, 
in RT 639/89, p. 34).
−	 Desistência do processo (todos) contra a Fazenda Pública Federal configura desis-
tência material do direito pleiteado:
Lei 9.469/97: “Art. 3º As autoridades indicadas no caput do art. 1º poderão concorda com pedido 
de desistência da ação, nas causas de quaisquer valores desde que o autor renuncie expressamen-
te ao direito sobre que se funda a ação (art. 269, inciso V, do Código de Processo Civil).
Parágrafo único. Quando a desistência de que trata este artigo decorrer de prévio requerimento 
do autor dirigido à administração pública federal para apreciação de pedido administrativo com 
o mesmo objeto da ação, esta não poderá negar o seu deferimento exclusivamente em razão da 
renúncia prevista no caput deste artigo.”
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Julgado: REsp 1267995/PB. 1. Segundo a dicção do art. 267, § 4º, do CPC, após o ofe-
recimento da resposta, é defeso ao autor desistir da ação sem o consentimento do réu. 
Essa regra impositiva decorre da bilateralidade formada no processo, assistindo igual-
mente ao réu o direito de solucionar o conflito. Entretanto, a discordância da parte ré 
quanto à desistência postulada deverá ser fundamentada, visto que a mera oposição 
sem qualquer justificativa plausível importa inaceitável abuso de direito. 2. No caso em
exame, o ente público recorrente condicionou sua anuência ao pedido de desistência à 
renúncia expressa do autor sobre o direito em que se funda a ação, com base no art. 3º 
da Lei 9.469/97. 3. A existência dessa imposição legal, por si só, é justificativa sufi-
ciente para o posicionamento do recorrente de concordância condicional com o pedido 
de desistência da parte adversária, obstando a sua homologação. 4. A orientação das 
Turmas que integram a Primeira Seção desta Corte firmou-se no sentido de que, após o 
oferecimento da contestação, não pode o autor desistir da ação, sem o consentimento
do réu (art. 267, § 4º, do CPC), sendo que é legítima a oposição à desistência com fun-
damento no art. 3º da Lei 9.469/97, razão pela qual, nesse caso, a desistência é condi-
cionada à renúncia expressa ao direito sobre o qual se funda a ação. 5. Recurso especial 
provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ n. 8/08. 
(Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/06/2012, 
DJe 03/08/2012).
Julgado: STJ. EREsp 356915. 1. Embargos de divergência que gravitam em torno da 
possibilidade de extinção do crédito por força de renúncia tácita inferida de omissão da 
prática de ato após intimação do credor. 2. A renúncia ao direito é o ato unilateral com 
que o autor dispõe do direito subjetivo material que afirmara ter, importando a extinção 
da própria relação de direito material que dava causa à execução forçada, consubstan-
ciando instituto bem mais amplo que a desistência da ação, que opera tão somente a 
extinção do processo sem resolução do mérito, permanecendo íntegro o direito mate-
rial, que poderá ser objeto de nova ação a posteriori. 3. A doutrina acerca da renúncia 
ao direito em que se funda a ação assenta, in verbis: “A parte pode renunciar à ação, 
figura que recebe o nome de ‘desistência’, ou renunciar ao ‘próprio direito material’, 
objeto mediato do pedido. Nessa hipótese, a manifestação não é meramente formal, 
senão atinge a própria pretensão, abdicando a parte do direito que lhe pertence para não 
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mais reclamá-lo. Opera-se, assim, a extinção com julgamento de mérito porque a parte 
que renuncia despoja-se de seu direito material e a eficácia da coisa julgada material 
é plena, sendo defeso discutir novamente em juízo acerca daquela pretensão. Em face 
dessa relevante diferença, cumpre ao juiz verificar com exatidão e de forma inequívoca 
a real intenção da parte, abrindo nova oportunidade processual, se necessário, para os 
devidos esclarecimentos do alcance desse ato de disponibilidade processual.” (Curso de 
Direito Processual Civil. Rio de Janeiro, Forense, 2001, p. 420/421) 3. Sob esse enfoque, 
a renúncia há de ser inequívoca, não se admitindo sua presunção, por isso que, in casu, 
a inércia da recorrente em manifestar-se acerca do valor já levantado, após intimação 
judicial, não é fundamento para extrair-se a presunção de que houve renúncia a eventual 
crédito, o que poderá ser requerido a posteriori (Precedentes:...). 4. Em consonância com 
doutrina abalizada, in verbis: “Satisfeito o direito do credor, porque cumprida a prestação 
pela qual o devedor é executado, ou renunciando o credor ao seu crédito, obviamente, 
tendo ali a ação de execução atingido o seu objetivo e aqui perdido a sua finalidade, 
extinguem-se a ação e o respectivo processo. Poderá a renúncia efetivar-se por termos 
nos autos ou por instrumento público ou particular, tendo nesse caso que ser levada a 
conhecimento do juiz, acompanhada de instrumento que a comprove.” (Moacyr Amaral 
Santos, in Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, Saraiva, 3º vol. 18ª ed, págs. 
475/476). 5. Embargos de divergência providos.
−	 Desistência de mandado de segurança independe do consentimento da autori-
dade apontada como coatora ou da PJ correspondente, ainda que prestadas as 
informações;
Julgado: STJ. DESIS no MS 13.300. 1. O pedidode desistência de mandado de segu-
rança há de ser homologado independentemente da anuência da autoridade impetrada 
ou da pessoa jurídica de direito público, ainda que já prestadas as informações. Prece-
dentes do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. 2. “O mandado 
de segurança, que se distingue das demais ações pela especificidade de seu objeto e 
pelo comando emergente de sua decisão, visa exclusivamente a invalidar o ato de auto-
ridade lesivo ao direito líquido e certo e sua decisão contém uma determinação à autori-
dade coatora para que cesse a ilegalidade apontada. Não há, no mandado de segurança, 
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um litígio entre direitos contrapostos. Assim a autoridade, apontada como coatora, não 
constitui parte, pelo menos no sentido técnico, da relação processual mandamental; 
por isso é de se admitir a desistência da impetração a qualquer tempo e independente-
mente do consentimento da autoridade impetrada.” (RE n. 108.992/PR, Relator Ministro 
Paulo Brossard, in DJ 20/4/90). 3. “(...) Não se aplica ao mandado de segurança o dis-
posto no art. 267, § 4º, do Código de Processo Civil. Como ensina Hely Lopes Meirelles, 
‘não se confundindo com as outras ações em que há direitos das partes em confronto, 
o impetrante pode desistir da impetração ou porque se convenceu da legitimidade do 
ato impugnado, ou por qualquer conveniência pessoal, que não precisa ser indicada 
nem depende de aquiescência do impetrado’. (...) Noutro passo, assere o ilustre jurista 
citado: ‘O mandado de segurança, visando unicamente à invalidação de ato de autori-
dade, admite a desistência a qualquer tempo, independentemente do consentimento do 
impetrado.’ (in Mandado de Segurança e Ação Popular, 8ª ed., pág. 71).” (MS n. 20.476/
DF, Pleno, Relator Ministro Néri da Silveira, in DJ 3.5.85).
◦ O STF aceita o pedido de desistência do MS desde que não haja trânsito em jul-
gado da sentença;
◦ Pode desistir até mesmo com sentença de mérito proferida;
◦ STF confirma possibilidade de desistência de mandado de segurança após deci-
são de mérito. Por maioria de votos, o Plenário do STF decidiu nesta quinta-feira 
(2) que a desistência do mandado de segurança é uma prerrogativa de quem o 
propõe e pode ocorrer a qualquer tempo, sem anuência da parte contrária e inde-
pendentemente de já ter havido decisão de mérito, ainda que favorável ao autor da 
ação.” (Notícias do STF de 02/05/2013);
Julgado: STF. RE 669367. EMENTA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL 
ADMITIDA. PROCESSO CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. PEDIDO DE DESISTÊNCIA 
DEDUZIDO APÓS A PROLAÇÃO DE SENTENÇA. ADMISSIBILIDADE. “É lícito ao impetrante 
desistir da ação de mandado de segurança, independentemente de aquiescência da 
autoridade apontada como coatora ou da entidade estatal interessada ou, ainda, quando 
for o caso, dos litisconsortes passivos necessários” (MS 26.890-AgR/DF, Pleno, Ministro 
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Celso de Mello, DJe de 23.10.2009), “a qualquer momento antes do término do julga-
mento” (MS 24.584-AgR/DF, Pleno, Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 20.6.2008), 
“mesmo após eventual sentença concessiva do ‘writ’ constitucional, (…) não se apli-
cando, em tal hipótese, a norma inscrita no art. 267, § 4º, do CPC” (RE 255.837-AgR/PR, 
2ª Turma, Ministro Celso de Mello, DJe de 27.11.2009). Jurisprudência desta Suprema 
Corte reiterada em repercussão geral (Tema 530 - Desistência em mandado de segu-
rança, sem aquiescência da parte contrária, após prolação de sentença de mérito, ainda 
que favorável ao impetrante). Recurso extraordinário provido. (RE 669367, Relator(a): 
Min. LUIZ FUX, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROSA WEBER, Tribunal Pleno, julgado em 
02/05/2013).
Informativo 704, STF: “[...]. Asseverou-se que o mandado de segurança, enquanto ação 
constitucional, com base em alegado direito líquido e certo frente a ato ilegal ou abusivo 
de autoridade, não se revestiria de lide, em sentido material. […].” (PLENO, RE 669367/RJ, 
rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Rosa Weber, 2.5.2013).
◦ Apesar do posicionamento do Plenário, o STF afasta a compreensão do RE 669367
quando: houver mero intuito de se recusar observância à Jurisprudência;
Informativo 781, STF: “Não é cabível a desistência de mandado de segurança, nas hipó-
teses em que se discute a exigibilidade de concurso público para delegação de ser-
ventias extrajudiciais, quando na espécie já houver sido proferida decisão de mérito, 
objeto de sucessivos recursos. Com base nessa orientação, a Segunda Turma, em jul-
gamento conjunto, resolveu questão de ordem suscitada pelo Ministro Teori Zavascki 
(relator) e deliberou não homologar pedidos de desistência formulados em mandados 
de segurança que impugnavam atos proferidos pelo CNJ, nos quais foram considera-
dos irregulares os provimentos — decorrentes de permuta, e, portanto, sem concurso 
público — de serventias extrajudiciais, em ofensa ao art. 236, § 3º, da CF. A Turma des-
tacou que a jurisprudência do STF seria pacífica quanto à necessidade de realização 
de concurso público para o provimento das serventias extrajudiciais. No caso em apre-
ciação na questão de ordem — desistências formuladas em mandados de segurança 
quando em apreciação agravos regimentais a impugnar decisões proferidas em sede 
de embargos de declaração interpostos em face de decisões monocráticas de mérito 
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sobre a referida matéria —, o STF estaria a apreciar ações originárias, sendo, portanto, 
a última instância sobre o caso. Essas desistências não se dariam simplesmente porque 
se estaria de acordo com os atos do CNJ. Tudo levaria a crer que teriam como finali-
dade secundária levar essa matéria em ação ordinária perante a justiça comum, perpe-
tuando a controvérsia. No mérito, superada a questão quanto à continuidade de apre-
ciação dos mandados de segurança, a Turma negou provimento a agravos regimentais 
neles interpostos, reiterado o quanto decidido no MS 28.440 ED-AgR (DJe de 7.2.2014) 
e no MS 30.180 AgR (DJe de 21.11.2014).” (SEGUNDA TURMA, MS 29093 ED-ED-AgR/
DF, rel. Min. Teori Zavascki, 14.4.2015; MS 29129 ED-ED-AgR/DF, rel. Min. Teori Zavas-
cki, 14.4.2015; MS 29189 ED-ED-AgR/DF, rel. Min. Teori Zavascki, 14.4.2015; MS 29128 
ED-ED-AgR/DF, rel. Min. Teori Zavascki, 14.4.2015; MS 29130 ED-ED-AgR/DF, rel. Min. 
Teori Zavascki, 14.4.2015; MS 29186 ED-ED-AgR/DF, rel. Min. Teori Zavascki, 14.4.2015; 
MS 29101 ED-ED-AgR/DF, rel. Min. Teori Zavascki, 14.4.2015; MS 29146 ED-ED-AgR/DF, 
rel. Min. Teori Zavascki, 14.4.2015).
Julgado: STF. MS 29083 ED-ED-AgR. EMENTA Agravo regimental em embargos de decla-
ração em embargos de declaração em mandado de segurança. Petição de desistência. 
Intuito de recusa à observância da jurisprudência da Corte. Não homologação. Mérito 
recursal. Serventia extrajudicial. Permuta. Necessidade de concurso público. Decadên-
cia. Inaplicabilidade do art. 54 da Lei n. 9.784/99. Interinidade. Aplicação do teto de 
remuneração. Precedentes. Petição de desistência não homologada e agravo regimental 
não provido. 1. Nas hipóteses em que demonstrado o mero intuito de se recusar obser-
vância a Jurisprudência pacífica da Corte, o Supremo Tribunal tem afastado o entendi-
mento firmado no RE 669.367 RG (Relatora para o acórdão a Ministra Rosa Weber, Pleno, 
DJe de 30/10/14), segundo o qual podea parte impetrante manifestar desistência da 
ação mandamental a qualquer tempo, mesmo após a sentença, independentemente da 
concordância da parte impetrada. Precedentes. Pedido de desistência não homologado. 
[...]. 5. Petição de desistência não homologada e agravo regimental não provido. (Rela-
tor(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, 
julgado em 16/05/2017).
◦ houver pedido de desistência após interposição de Agravo Interno (exceção gene-
ralizada/objetivada após a primeira exceção anterior);
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Julgado: STF. MS 29895 AgR-ED-AgR. Ementa: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. 
AGRAVO INTERNO NO MANDADO DE SEGURANÇA. PEDIDO DE DESISTÊNCIA FORMU-
LADO APÓS A INTERPOSIÇÃO DO RECURSO DE AGRAVO. INVIABILIDADE. JURISPRU-
DÊNCIA CONSOLIDADA. DESISTÊNCIA NÃO HOMOLOGADA. SERVENTIA EXTRAJUDI-
CIAL. PROVIMENTO, MEDIANTE PERMUTA, SEM CONCURSO PÚBLICO. ILEGITIMIDADE. 
ARTIGO 236 E PARÁGRAFOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL: NORMAS AUTOAPLICÁVEIS, 
COM EFEITOS IMEDIATOS, MESMO ANTES DA LEI 9.835/1994. PACÍFICA ORIENTAÇÃO 
JURISPRUDENCIAL DESTA SUPREMA CORTE. PEDIDO DE DESISTÊNCIA NÃO HOMOLO-
GADO. RECURSO DE AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (Relator(a): Min. ALEXAN-
DRE DE MORAES, Primeira Turma, julgado em 24/08/2018).
O STJ não aceita o pedido de desistência do mandado de segurança após proferida sen-
tença de mérito. Para tanto, é preciso anuência do impetrado.
Exceto no MS coletivo, em que é possível a desistência em relação a um dos litisconsortes 
ativos sem a necessidade de anuência do impetrado.
Julgado: STJ. AgRg no AgRg no REsp 928.453/RJ. 1. A jurisprudência da Primeira Seção 
e de ambas as Turmas que a compõem pacificou-se no sentido de inadmitir a desistência 
do Mandado de Segurança após sentença de mérito, ainda que favorável ao impetrante, 
sem anuência do impetrado. (Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, jul-
gado em 08/06/2011, DJe 14/06/2011).
Julgado: STJ. EDcl no AgRg nos EDcl na PET no REsp 573.482/RS. 1. Em regra, é inviá-
vel a desistência do mandado de segurança em momento posterior à prolação da sen-
tença, conforme orientação jurisprudencial desta Corte Superior. 2. Todavia, excepcio-
nalmente, em se tratando de mandado de segurança coletivo, é possível a desistência 
de um dos litisconsortes ativos após a prolação da sentença, pois o “writ” terá prosse-
guimento regular, não acarretando nesta hipótese a extinção do processo. (Rel. Ministro 
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/10/2010, DJe 09/11/2010).
Atenção, contudo, em relação ao posicionamento recente da 2ª Turma do STJ, que acom-
panhou o STF (o tema tende a ser uniformizado, ou seja, desistência até o trânsito).
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Julgado: STJ. REsp 1405532/SP. PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. 
DESISTÊNCIA APÓS A SENTENÇA DE MÉRITO. POSSIBILIDADE. 1. O Supremo Tribunal 
Federal, nos autos do Recurso Extraordinário 669367, julgado em 02/05/2013, reconhe-
cida a repercussão geral, definiu que é plenamente admissível a desistência unilateral 
do mandado de segurança, pelo impetrante, sem anuência do impetrado, mesmo após a 
prolação da sentença de mérito. 2. Indeferir o pedido de desistência do mandamus para 
supostamente preservar interesses do Estado contra o próprio destinatário da garantia 
constitucional configura patente desvirtuamento do instituto, haja vista que o mandado
de segurança é instrumento previsto na Constituição Federal para resguardar o particu-
lar de ato ilegal perpetrado por agente público. 3. Recurso especial provido. (Rel. Minis-
tra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/12/2013, DJe 18/12/2013).
Em relação à ação
Desistência Renúncia
O autor desiste de prosseguir com a ação naquele 
processo.
O autor abre mão do direito material que alegava pos-
suir.
Após o juízo homologar a desistência, o autor poderá 
repropor a mesma ação.
O autor não poderá propor nova ação fundada 
naquele direito material que foi objeto de renúncia.
Se o réu já tiver apresentado contestação, é obrigató-
rio que o réu consinta com a desistência.
Não existe obrigatoriedade legal de ouvir o réu sobre 
a renúncia do direito manifestada pelo autor.
A sentença que homologa a desistência é terminativa 
(extingue o processo sem resolução do mérito).
A sentença que reconhece a renúncia é definitiva 
(extingue o processo com resolução do mérito).
A sentença faz apenas coisa julgada formal. A sentença faz coisa julgada formal e material.
Produz efeitos meramente processuais. Produz efeitos materiais.
Obs.: � não é cabível a renúncia ao direito reconhecido no provimento alienígena, mas apenas 
a desistência do processo homologatório, se for o caso.
Informativo 621, STJ: “É inadmissível a renúncia em sede de homologação de provi-
mento estrangeiro. Trata-se de homologação de provimento estrangeiro em que os 
requerentes apresentaram petição solicitando a renúncia à pretensão de obtenção da 
homologação, com o que expressamente não concordam os requeridos. Observe-se, ini-
cialmente que, em sede de homologação de provimento estrangeiro, não é factível o 
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exercício da renúncia. Isso porque, conforme lição doutrinária, a homologação consiste 
em “ato formal de órgão nacional a que se subordina a aquisição de eficácia pela sen-
tença estrangeira”. Nessa linha de intelecção, a homologação consubstancia um pres-
suposto de eficácia da decisão alienígena em território nacional, objetivando apenas a 
sua posterior execução, o que denota o seu caráter meramente processual, sem correla-
ção direta com o direito material veiculado na ação original. Tal fato torna-se ainda mais 
evidente quando se observa o procedimento imposto pela legislação nacional ao reco-
nhecimento da sentença estrangeira, limitando o juízo exercido por esta Corte à mera 
delibação, que se restringe, via de regra, à verificação dos requisitos formais preconiza-
dos no ordenamento jurídico, com vistas a conferir a produção de efeitos jurídicos ao 
ato proveniente de outra jurisdição. Dessarte, nesta seara, a boa técnica jurídica prenun-
cia que a parte requerente pode tão somente desistir do processo homologatório e não 
renunciar ao próprio direito reconhecido no provimento alienígena.” (CORTE ESPECIAL, 
SEC 8.542-EX, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 29/11/2017, 
DJe 15/03/2018).
O exequente possui também responsabilidade em relação às medidas executivas que 
propõe. Deverá ele ressarcir ao executado os danos que este sofreu, quando a sentença, 
transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação que ensejou a 
execução.
Há ainda alguns princípios importantes no âmbito da execução, tais como o da menor 
onerosidade, que afirma não ser a execução um meio de vingança, por isso não há justificativa 
em o executado sofrer mais do que o estritamente necessário à satisfação do crédito. Fala-se 
também no princípio da patrimonialidade, no sentido de que a execução é sempre real, não 
pessoal, ou seja, busca apenas a satisfação por intermédio de bens, não do sujeito devedor 
em si. Na busca pela satisfação do direito, há ainda diversos meios previstos em lei (penhora, 
astreintes, expropriação etc), mas é possível que o juiz adote outros meios que não encon-
trem previsão no Código, o que faz atrair o princípio da atipicidade dos meios executivos.
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Na linha da execução menos gravosa, o STJ admite apreensão de passaporte ou CNH para
coação ao pagamento de dívida de valor, mas exige:
• Contraditório prévio;
• Indícios de que o devedor possua patrimônio expropriável, caso contrário haveria mera 
sanção em substituição à dívida patrimonial inadimplida, em espécie de subrogação;
• Subsidiariedade da medida;
• Fundamentação no sentido de ser a medida necessária, lógica e proporcional.
NCPC, Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
IV – determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias neces-
sárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto 
prestação pecuniária;
Julgado: STJ. REsp 1782418/RJ. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COMPENSAÇÃO POR 
DANO MORAL E REPARAÇÃO POR DANO MATERIAL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. 
QUANTIA CERTA. MEDIDAS EXECUTIVAS ATÍPICAS. ART. 139, IV, DO CPC/15. CABI-
MENTO. DELINEAMENTO DE DIRETRIZES A SEREM OBSERVADAS PARA SUA APLICA-
ÇÃO. 1. Ação distribuída em 10/6/2011. Recurso especial interposto em 25/5/2018. 
Autos conclusos à Relatora em 3/12/2018. 2. O propósito recursal é definir se, na fase de 
cumprimento de sentença, a suspensão da carteira nacional de habilitação e a retenção 
do passaporte do devedor de obrigação de pagar quantia são medidas viáveis de serem 
adotadas pelo juiz condutor do processo. 3. O Código de Processo Civil de 2015, a fim 
de garantir maior celeridade e efetividade ao processo, positivou regra segundo a qual 
incumbe ao juiz determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou 
sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive 
nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária (art. 139, IV). 4. A interpretação 
sistemática do ordenamento jurídico revela, todavia, que tal previsão legal não autoriza 
a adoção indiscriminada de qualquer medida executiva, independentemente de balizas 
ou meios de controle efetivos. 5. De acordo com o entendimento do STJ, as moder-
nas regras de processo, ainda respaldadas pela busca da efetividade jurisdicional, em 
nenhuma circunstância poderão se distanciar dos ditames constitucionais, apenas 
sendo possível a implementação de comandos não discricionários ou que restrinjam 
direitos individuais de forma razoável. Precedente específico. 6. A adoção de meios 
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executivos atípicos é cabível desde que, verificando-se a existência de indícios de que o 
devedor possua patrimônio expropriável, tais medidas sejam adotadas de modo subsi-
diário, por meio de decisão que contenha fundamentação adequada às especificidades 
da hipótese concreta, com observância do contraditório substancial e do postulado da 
proporcionalidade. 7. Situação concreta em que o Tribunal a quo indeferiu o pedido do 
exequente de adoção de medidas executivas atípicas sob o singelo fundamento de que 
a responsabilidade do devedor por suas dívidas diz respeito apenas ao aspecto patri-
monial, e não pessoal. 8. Como essa circunstância não se coaduna com o entendimento 
propugnado neste julgamento, é de rigor - à vista da impossibilidade de esta Corte revol-
ver o conteúdo fático-probatório dos autos - o retorno dos autos para que se proceda 
a novo exame da questão. 9. De se consignar, por derradeiro, que o STJ tem reconhe-
cido que tanto a medida de suspensão da Carteira Nacional de Habilitação quanto a de 
apreensão do passaporte do devedor recalcitrante não estão, em abstrato e de modo 
geral, obstadas de serem adotadas pelo juiz condutor do processo executivo, devendo, 
contudo, observar-se o preenchimento dos pressupostos ora assentados. Precedentes. 
RECURSO ESPECIAL PROVIDO. (Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, jul-
gado em 23/04/2019, DJe 26/04/2019).
Julgado: STJ. RHC 99.606/SP. […]. 5. A medida de restrição de saída do país sem prévia 
garantia da execução tem o condão, por outro lado, - ainda que de forma potencial - de 
ameaçar de forma direta e imediata o direito de ir e vir do paciente, pois lhe impede, 
durante o tempo em que vigente, de se locomover para onde bem entender. 6. O pro-
cesso civil moderno é informado pelo princípio da instrumentalidade das formas, sendo 
o processo considerado um meio para a realização de direitos que deve ser capaz de 
entregar às partes resultados idênticos aos que decorreriam do cumprimento natural e 
espontâneo das normas jurídicas. 7. O CPC/15 emprestou novas cores ao princípio da 
instrumentalidade, ao prever o direito das partes de obterem, em prazo razoável, a reso-
lução integral do litígio, inclusive com a atividade satisfativa, o que foi instrumentalizado 
por meio dos princípios da boa-fé processual e da cooperação (arts. 4º, 5º e 6º do CPC), 
que também atuam na tutela executiva. 8. O princípio da boa-fé processual impõe aos 
envolvidos na relação jurídica processual deveres de conduta, relacionados à noção de 
ordem pública e à de função social de qualquer bem ou atividade jurídica. 9. O princípio 
da cooperação é desdobramento do princípio da boa-fé processual, que consagrou a 
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Thiago Pivotto
Execução: Princípios, Sujeitos e Competência da Execução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
superação do modelo adversarial vigente no modelo do anterior CPC, impondo aos liti-
gantes e ao juiz a busca da solução integral, harmônica, pacífica e que melhor atenda 
aos interesses dos litigantes. 10. Uma das materializações expressas do dever de coo-
peração está no art. 805, parágrafo único, do CPC/15, a exigir do executado que alegue 
violação ao princípio da menor onerosidade a proposta de meio executivo menos gra-
voso e mais eficaz à satisfação do direito do exequente. 11. O juiz também tem atribui-
ções ativas para a concretização da razoável duração do processo, a entrega do direito 
executado àquela parte cuja titularidade é reconhecida no título executivo e a garantia 
do devido processo legal para exequente e o executado, pois deve resolver de forma 
plena o conflito de interesses. 12. Pode o magistrado, assim, em vista do princípio da 
atipicidade dos meios executivos, adotar medidas coercitivas indiretas para induzir o 
executado a, de forma voluntária, ainda que não espontânea, cumprir com o direito que 
lhe é exigido. 13. Não se deve confundir a natureza jurídica das medidas de coerção psi-
cológica, que são apenas medidas executivas indiretas, com sanções civis de natureza 
material, essas sim capazes de ofender a garantia da patrimonialidade da execução por 
configurarem punições ao não pagamento da dívida. 14. Como forma de resolução plena 
do conflito de interesses e do resguardo do devido processo legal, cabe ao juiz, antes de 
adotar medidas atípicas, oferecer a oportunidade de contraditório prévio ao executado, 
justificando, na sequência, se for o caso, a eleição da medida adotada de acordo com os 
princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. 15. Na hipótese em exame, embora 
ausente o contraditório prévio e a fundamentação para a adoção da medida impugnada, 
nem o impetrante nem o paciente cumpriram com o dever que lhes cabia de indicar 
meios executivos menos onerosos e mais eficazes para a satisfação do direito execu-
tado, atraindo, assim, a consequência prevista no art. 805, parágrafo único, do CPC/15, 
de manutenção da medida questionada, ressalvada alteração posterior. 16. Recurso em 
habeas corpus desprovido.

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