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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA XX VARA CÍVEL DA COMARCA DE XX. Protocolo nº XX Requerente: ANTÔNIO AUGUSTO Requerido: MAX TV S.A. e LOJAS DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA. ANTÔNIO AUGUSTO, já devidamente qualificado nos autos do processo e m epígrafe, que move em face de MAX TV S.A. e LOJAS D E ELETRODOMÉSTICOS LTDA., também já qualificados nos autos, vem, por intermédio de seu procurador abaixo firmado, interpor o presente RECURSO DE APELAÇÃO Contra sentença proferida nas folhas XX, com base nos artigos 1009 a 1014 do Código de Processo Civil, requerendo, na oportunidade, que o recorrido seja intimado para, que, querendo, ofereça as contrarrazões e, ato contínuo, em anexo as razões anexas, remetidos ao Tribunal de Justiça do Estado de XX para julgamento. Nestes termos, Pede-se deferimento Cidade xxx, xx/xx/xxx. Advogado xxxxxx, OAB/UF EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXXXX RAZÕES DE APELAÇÃO Processo nº XX Origem: XX Vara Civil da Comarca de XX Apelante: ANTÔNIO AUGUSTO Advogado do Apelante: XXXXXX Apelado: MAXTV S.A e LOJAS DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA. EGRÉGIO TRIBUNAL COLENDA CÂMARA NOBRES JULGADORES I. BREVE RELATO DOS FATOS ANTÔNIO AUGUSTO, ao se mudar para seu novo apartamento, adquiriu, em 20/10/2015, diversos eletrodomésticos de última geração, dentre os quais uma TV de LED de sessenta polegadas, com acesso a internet e outras facilidades, no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais). Depois de funcionar perfeitamente por 30 dias, a TV apresentou um superaquecimento que levou a explosão da fonte de energia do equipamento e acabou provocando danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que estavam conectados juntamente a TV. Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada em 25/11/2015, tanto o fabricante (MAXTV S.A) quanto o comerciante de quem o produto fora adquirido (LOJAS DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA), permaneceram inertes, deixando de qualquer solução. Diante disso, em 10/03/2016, Antônio Augusto propôs ação em face tanto da fábrica do aparelho quanto da loja em que adquiriu, requerendo: I) A substituição do televisor por outro do mesmo modelo ou superior, em perfeito estado; II) Indenização de aproximadamente trinta e cinco mil reais, correspondente ao valor dos demais aparelhos danificados; e III) Indenização por danos morais, em virtude de a situação não ter sido solucionada em tempo razoável, motivo pelo qual a família ficou durante algum tempo, sem usar a TV. No julgamento, o juiz acolheu preliminar de ilegalidade passiva arguida em contestação pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-se do polo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, alegada em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no Artigo 26, inciso II, do Código de defesa do consumidor, considerando que decorrente mais de noventa dias entre a data do surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação. DAS RAZÕES DO RECURSO ILEGITIMIDADE PASSIVA Conforme relato nos fatos da presente apelação, o juízo a quo entendeu que não havia solidariedade entre varejistas e a fabricante. Contudo, esse entendimento contraria as disposições do artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, conforme norma abaixo transcrita: Art.18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. Assim a decisão do juízo a quo não merece prosperar, devendo seu entendimento ser reformado por este Tribunal. II. DA DECADÊNCIA Em relação à decadência que consta na decisão do juízo a quo, cumpre mencionar que houve reclamação oportuna do consumidor, na forma do inciso I, §2º do artigo 26 do Código de Defesa do Consumidor, sendo certo que, no tocante ao pedido de danos morais e materiais, trata-se de responsabilidade civil por fato do produto de modo e pretensão se submeter ao prazo prescricional de cinco anos, conforme os artigos 12 e 27 do código de defesa do consumidor. III. DOS PEDIDOS Diante dos fatos e do direito acima exposto, requer que Vossa Excelência conheça e dê provimento ao recurso a fim de reformar a sentença proferida pelo juízo “a quo”, julgando procedentes os pedidos da inicial, condenando o apelado a pagar os danos patrimoniais e morais nos termos constados da inicial. Termos em que Pede-se deferimento. Cidade xxx, xx/xx/xxxx Advogado xxx – OAB/UF, nºxxx
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