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Introdução à Psicologia AV1

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Introdução à Psicologia
· A psicologia enquanto ciência:
· No dia 27 de agosto é comemorado no Brasil o Dia do Psicólogo. Nesta mesma data, no ano de 1962, a profissão foi regulamentada através da Lei 4.119/62. Quando a Psicologia foi reconhecida como profissão, havia no Brasil uma delimitação das funções do psicólogo em três áreas: a escolar, o trabalho e a clínica. 
· A palavra psicologia deriva da junção de duas palavras gregas psiché e logo – significando o estudo da mente ou da alma. Hoje a psicologia é definida como a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais (de todos os animais)
· Requisitos para se desenvolver a profissão: 
1. Curso de graduação em psicologia, reconhecido pelo MEC;
2. Registro no órgão profissional (Conselho Regional de Psicologia)
· Reconhecida como ciência desde 1875.
· A psicologia teve suas origens na filosofia. Desde os tempos de Platão e Aristóteles as pessoas se questionavam sobre o comportamento humano mas foi somente no final do século XIX que se começou a aplicar o método científico às questões que intrigaram os filósofos durante séculos.
· As raízes da psicologia podem ser encontradas nos grandes filósofos da Grécia antiga. Os mais famosos entre eles, Sócrates, Platão e Aristóteles fizeram perguntas fundamentais sobre a vida mental: O que é a consciência? A pessoa tem realmente livre arbítrio? Introdução à Psicologia. A distinção entre a psicologia moderna e seus antecedentes não está no tipo de perguntas feitas mas sim nos métodos e instrumentos empregados para se responder a estas perguntas. Os filósofos estudavam a natureza humana mediante a especulação, a intuição e a generalização.
· Para compreender bem a psicologia científica temos que diferenciá-la do senso comum, que pode ser definido como: Conhecimento acumulado no cotidiano, passado de geração em geração, sem comprovação científica e que possui grande importância prática para facilitar a vida cotidiana, desenvolvendo várias teorias de diversas áreas do conhecimento (médicas, físicas, psicológicas etc). Desta forma podemos afirmar que existe uma psicologia do senso comum que envolve a absorção de termos científicos (tais como stress e depressão) que são adotados pelo senso comum sendo rotineiramente utilizados pelos sujeitos sem a preocupação de definir os termos utilizados.
· Observem a colocação de Ana Bock: “A mente é como um pára-quedas: melhor aberta”
· A ciência é um diálogo entre o pensamento humano e a realidade. Ela afasta-se da realidade, transformando-a em objeto de investigação. Desta forma podemos definir como características básicas da ciência: Objeto específico, Linguagem rigorosa, Métodos e técnicas específicas, Processo cumulativo de conhecimento, Objetividade.
· O objeto de estudo da psicologia científica: A subjetividade. A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural; é uma síntese que nos identifica, de um lado, por ser única, e nos iguala, de outro lado, na medida em que os elementos que a constituem são experienciados no campo comum da objetividade social. A subjetividade é o mundo das ideias, significados e emoções construído internamente pelo sujeito, é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um. É o que constitui o nosso modo de ser. A subjetividade não é inata, mas se constrói aos poucos, conforme vamos experienciando o mundo social e cultural, vamos construindo um mundo pessoal e singular, o homem é ativo na sua construção. Isso significa que vamos estudar um ser que é histórico e está em constante mudança. Podemos dizer que a subjetividade não é só construída, mas é automoldável, ou seja, o homem pode promover novas formas de subjetividade. Estudar a subjetividade nos tempos atuais é tentar compreender a produção de novos modos de ser, isto é, as subjetividades emergentes, cuja produção é social e histórica. O estudo dessas novas subjetividades vai desvendando as relações do cultural, do político, do econômico e do histórico na produção do mais íntimo e do mais observável no ser humano – aquilo que o captura, submete ou mobiliza para pensar e agir sobre os efeitos das formas de submissão da subjetividade. O movimento e a transformação são os elementos básicos de toda essa história. As experiências sempre trarão novos elementos para renovar a subjetividade. O ser humano é um ser autônomo, que se desenvolve e se constitui a partir de sua relação com o mundo social e cultural, mas também o vê sem destino pronto, que constrói seu futuro ao agir sobre o mundo. 
· “O importante e bonito no mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram treinadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam” – Guimarães Rosa, Grande sertão.
· Um mundo objetivo em movimento, porque seres humanos o movimentam permanentemente com suas intervenções; um mundo subjetivo em movimento, porque os indivíduos estão permanentemente se apropriando de novas matérias-primas para construir a subjetividade.
· Você é o construtor da sua transformação. Tudo em sua vida muda, e com elas, suas vivências subjetivas.
· O ser humano é a matéria prima da psicologia em todas as suas expressões.
· O senso comum e a ciência não são as únicas formas de conhecimento do homem. Podemos acrescentar também, como importante forma de conhecimento do homem a filosofia, a religião e a arte. Desta forma arte, religião, filosofia, ciência e senso comum são domínios do conhecimento humano. Entretanto muitos desses domínios, que também são saberes sobre o ser humano, não podem ser confundidas com a psicologia científica.
· Alguns dos desconhecimentos da psicologia têm levado os psicólogos a buscarem respostas em outros campos do saber humano. Com isso, algumas práticas não psicológicas têm sido associadas às práticas psicológicas. O tarô, a astrologia, a quiromancia, a numerologia, entre outras práticas, não são psicológicas uma vez que não são constituídas no campo da ciência, a partir do método e dos princípios científicos. Entretanto, a psicologia, deve relacionar-se com estes saberes sem preconceito, reconhecendo que o homem construiu muitos saberes e, embora não estejam no campo da Psicologia eles podem se tornar seu objeto de estudo.
· A psicologia é uma ciência que estuda diversos seres humanos concebidos pelo conjunto social. Assim, a psicologia hoje se caracteriza por uma diversidade de objetos de estudo. A psicologia constituiu-se como ciência apenas muito recentemente, não tendo tempo ainda para precisar com exatidão seu objeto de estudo. Além disso, o próprio pesquisador pode confundir-se com seu objeto de estudo que é o homem, contribuindo para dificultar uma definição clara do objeto de estudo da psicologia. A diversidade de objetos justifica-se porque os fenômenos psicológicos são tão diversos, que não podem ser acessíveis ao mesmo nível de observação e, portanto, não podem ser sujeitos aos mesmos padrões descrição, medida, controle e interpretação. 
· Existem diversas concepções de homem:
1. Homem natural Formulada pelo filósofo francês Rousseau, imagina que o homem era puro e foi corrompido pela sociedade. 
2. Homem como um ser abstrato Por esta concepção o homem possuiria características definidas que não mudam , independentemente das condições sociais a que esteja submetido. 
3. Homem como um ser histórico-social Esta concepção propõe que o homem é determinado pelas condições históricas e sociais que o cercam.
· Wilhelm Wundt, em 1879, criou o primeiro Laboratório de Experimentos em Psicofisiologia em Leipzig, Alemanha. Esse acontecimento possibilitou o desligamento das ideias psicológicas de ideias abstratas e espirituais, que defendia que a alma seria a sede da vida psíquica. 
· Hoje, a psicologia não consegue explicar muitas coisas sobre o homem. Sabe-se que a ciência não esgotará o que há para conhecer, pois a realidade está em permanente movimento, novas perguntas surgem a cada dia, o ser humano está em movimentoe em transformação, colocando também novas perguntas para a psicologia. 
· Os fenômenos psicológicos são diversos, por isso não podem ser acessíveis ao mesmo nível de observação, não podem ser sujeitos ao mesmo padrão de descrição, medida, controle e interpretação. 
· Todas as ciências exigem provas empíricas baseadas na realização de cuidadosas observações e experimentos. A fim de coletar dados sistemáticos e objetivamente, os psicólogos utilizam diversos métodos de pesquisa, entre eles a observação natural, os estudos de caso, os levantamentos, as pesquisas correlacionais e experimentais.
· Observação natural: Envolve o estudo do comportamento humano ou animal em seu próprio contexto. Um psicólogo com essa orientação para a vida real pode observar o comportamento em uma escola ou em uma fábrica; outro poderá se infiltrar em uma família a fim de estudar o comportamento de seus membros ou ainda observar macacos vivendo na natureza em vez de observá-los em cativeiro. A vantagem básica é a de que este comportamento observado em seu meio natural é mais espontâneo e variado do que aquele observado em laboratório. Algumas situações são também extremamente difíceis de simular em laboratórios (em especial por longos períodos de tempo) e a observação natural fornece uma boa alternativa prática para a exploração destes temas. A observação natural também tem seus inconvenientes: 
1. O comportamento tem que ser aceito na medida em que acontece, sem a possibilidade de ser interrompido em um determinado momento. 
2. Apenas descrever os comportamentos não é ciência. Os cientistas devem também mensurar o comportamento sistematicamente.
3. A observação pode ter a influência do viés do observador; visto que, com frequência distorcemos o que vimos em função de características de nossa memória. Para evitar este efeito, normalmente se utiliza gravações em vídeo que podem ser avaliadas por outros observadores ou então equipes de observadores trabalhando simultaneamente. 
4. A situação natural é um evento único, não sendo passível de observação como nos laboratórios, assim esta razão opta-se por não fazer afirmações gerais com base unicamente em estudos naturalistas. 
· Apesar destas desvantagens, a observação natural oferece novas ideias e sugere novas teorias, as quais podem ser então sistematicamente estudadas.
· Estudo de caso: Envolve uma descrição detalhada de uma única pessoa através de uma variedade de métodos de coleta de dados (observação natural, entrevistas, testes psicológicos, etc) que proporcionam uma descrição detalhada e profunda do indivíduo. O psicólogo suíço Jean Piaget desenvolveu uma complexa teoria do desenvolvimento cognitivo utilizando estudos cuidadosos de seus filhos. O viés do observador apresenta aqui também uma grande desvantagem; além disso, em função da singularidade do caso não podem ser retiradas conclusões gerais a partir destes estudos.
· Levantamentos: Os levantamentos compensam, até certo ponto, as deficiências da observação natural e dos estudos de caso. Na pesquisa de levantamento, perguntas predeterminadas são feitas por meio de entrevistas pessoais ou questionários a um grupo de pessoas cuidadosamente selecionado. Os levantamentos geram um grande número de informações a um custo relativamente baixo. Suas perguntas devem ser claras e não conter ambiguidades, os participantes da pesquisa devem ser selecionados com cuidado e precisam estar motivados para responder ao levantamento de modo sério e meticuloso. Observações naturais, estudos de caso e levantamentos fornecem uma série de dados brutos que descrevem comportamentos, crenças, opiniões e atitudes. Entretanto não são eficazes para prever, explicar ou determinar as causas do comportamento. Para tais propósitos, existem ferramentas mais poderosas.
· PESQUISA CORRELACIONAL Correlação significa que dois fenômenos parecem estar ligados entre si; quando um deles varia o outro varia também. Por exemplo: 
1. Jovens com elevado QI tem melhores notas na escola do que estudantes com QI médio ou abaixo do normal. 
2. Pessoas que estão passando por situações de estresse são mais propensas a desenvolver doenças físicas do que pessoas que não estejam estressadas. 
· Entretanto, encontrar uma correlação entre dois ou mais fatores não significa estabelecer uma relação de causa e efeito. Apesar desta limitação a pesquisa correlacional normalmente lança luzes importantes sobre fenômenos psicológicos, permitindo fazer algum tipo de previsão. Entretanto, a fim de explicar as causas dos fenômenos psicológicos, a maioria dos estudos utiliza a pesquisa experimental.
· Pesquisa experimental: A fim de se chegar a relações de causa-e-efeito entre determinados fatores utiliza-se o métodos experimental, no qual um fator pode ser estudado enquanto os outros permanecem constantes. O fator cujos efeitos estão sendo estudados é chamado de variável independente, porque o pesquisador está livre para manipulá-lo à vontade. O outro fator (ou fatores) é chamado variável dependente. Normalmente um experimento inclui tanto um grupo experimental de participantes quanto um grupo controle, para fins de comparação. Em geral, uma pessoa neutra registra os dados e avalia os resultados, para que o viés do pesquisador não distorça as descobertas. O controle rigoroso das variáveis oferece aos pesquisadores a oportunidade de tirar conclusões sobre relações de causa e efeito. Entretanto, a artificialidade do ambiente de laboratório pode influenciar o comportamento dos participantes da pesquisa e variáveis inesperadas e incontroláveis podem confundir os resultados. O método experimental é uma ferramenta poderosa, mas ele também tem suas limitações. Primeiramente, muitas variáveis psicológicas, como o amor, o ódio ou a tristeza, não se deixam manipular pela experimentação. Alguns experimentos podem utilizar animais em vez de seres humanos. Mas alguns temas, tais como a emergência da linguagem em crianças ou a expressão das emoções não podem ser estudados em outras espécies. Além disso, devido ao fato desses experimentos serem conduzidos em ambientes artificiais, os participantes poderão se comportar de modo diferente do que costumam fazer na vida cotidiana.
· ETICIDADE EM PESQUISA 1 - A eticidade da pesquisa implica em: 
a) respeito ao participante da pesquisa em sua dignidade e autonomia, reconhecendo sua vulnerabilidade, assegurando sua vontade de contribuir e permanecer, ou não, na pesquisa, por intermédio de manifestação expressa, livre e esclarecida; 
b) ponderação entre riscos e benefícios, tanto conhecidos como potenciais, individuais ou coletivos, comprometendo-se com o máximo de benefícios e o mínimo de danos e riscos; 
c) garantia de que danos previsíveis serão evitados; e 
d) relevância social da pesquisa, o que garante a igual consideração dos interesses envolvidos, não perdendo o sentido de sua destinação sócio-humanitária. 
· RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012 Conselho Nacional de Saúde: As pesquisas, em qualquer área do conhecimento envolvendo seres humanos, deverão observar as seguintes exigências: 
a) ser adequada aos princípios científicos que a justifiquem e com possibilidades concretas de responder a incertezas; 
b) estar fundamentada em fatos científicos, experimentação prévia e/ou pressupostos adequados à área específica da pesquisa; 
c) ser realizada somente quando o conhecimento que se pretende obter não possa ser obtido por outro meio; 
d) buscar sempre que prevaleçam os benefícios esperados sobre os riscos e/ou desconfortos previsíveis; 
e) utilizar os métodos adequados para responder às questões estudadas, especificando-os, seja a pesquisa qualitativa, quantitativa ou quali-quantitativa;
f) se houver necessidade de distribuição aleatória dos participantes da pesquisa em grupos experimentais e de controle, assegurar que, a priori, não seja possível estabelecer as vantagens de um procedimento sobre outro, mediante revisão de literatura, métodos observacionais ou métodos que não envolvam seres humanos; 
g) obter consentimento livre e esclarecidodo participante da pesquisa e/ou seu representante legal, inclusive nos casos das pesquisas que, por sua natureza, impliquem justificadamente, em consentimento a posteriori; 
h) contar com os recursos humanos e materiais necessários que garantam o bem-estar do participante da pesquisa, devendo o(s) pesquisador(es) possuir(em) capacidade profissional adequada para desenvolver sua função no projeto proposto; 
 i) prever procedimentos que assegurem a confidencialidade e a privacidade, a proteção da imagem e a não estigmatização dos participantes da pesquisa, garantindo a não utilização das informações em prejuízo das pessoas e/ou das comunidades, inclusive em termos de autoestima, de prestígio e/ou de aspectos econômico-financeiros; 
j) ser desenvolvida preferencialmente em indivíduos com autonomia plena. Indivíduos ou grupos vulneráveis não devem ser participantes de pesquisa quando a informação desejada possa ser obtida por meio de participantes com plena autonomia, a menos que a investigação possa trazer benefícios aos indivíduos ou grupos vulneráveis; 
k) respeitar sempre os valores culturais, sociais, morais, religiosos e éticos, como também os hábitos e costumes, quando as pesquisas envolverem comunidades;
l) garantir que as pesquisas em comunidades, sempre que possível, traduzirse-ão em benefícios cujos efeitos continuem a se fazer sentir após sua conclusão. Quando, no interesse da comunidade, houver benefício real em incentivar ou estimular mudanças de costumes ou comportamentos, o protocolo de pesquisa deve incluir, sempre que possível, disposições para comunicar tal benefício às pessoas e/ou comunidades; 
m) comunicar às autoridades competentes, bem como aos órgãos legitimados pelo Controle Social, os resultados e/ou achados da pesquisa, sempre que estes puderem contribuir para a melhoria das condições de vida da coletividade, preservando, porém, a imagem e assegurando que os participantes da pesquisa não sejam estigmatizados; 
n) assegurar aos participantes da pesquisa os benefícios resultantes do projeto, seja em termos de retorno social, acesso aos procedimentos, produtos ou agentes da pesquisa; 
o) assegurar aos participantes da pesquisa as condições de acompanhamento, tratamento, assistência integral e orientação, conforme o caso, enquanto necessário, inclusive nas pesquisas de rastreamento; 
p) comprovar, nas pesquisas conduzidas no exterior ou com cooperação estrangeira, os compromissos e as vantagens, para os participantes das pesquisas e para o Brasil, decorrentes de sua realização. 
q) utilizar o material e os dados obtidos na pesquisa exclusivamente para a finalidade prevista no seu protocolo, ou conforme o consentimento do participante; 
r) levar em conta, nas pesquisas realizadas em mulheres em idade fértil ou em mulheres grávidas, a avaliação de riscos e benefícios e as eventuais interferências sobre a fertilidade, a gravidez, o embrião ou o feto, o trabalho de parto, o puerpério, a lactação e o recém-nascido; 
s) considerar que as pesquisas em mulheres grávidas devem ser precedidas de pesquisas em mulheres fora do período gestacional, exceto quando a gravidez for o objeto fundamental da pesquisa; 
t) garantir, para mulheres que se declarem expressamente isentas de risco de gravidez, quer por não exercerem práticas sexuais ou por as exercerem de forma não reprodutiva, o direito de participarem de pesquisas sem o uso obrigatório de contraceptivos; e 
u) ser descontinuada somente após análise e manifestação, por parte do Sistema CEP/CONEP/CNS/MS que a aprovou, das razões dessa descontinuidade, a não ser em casos de justificada urgência em benefício de seus participantes. 
· As pesquisas que utilizam metodologias experimentais na área biomédica, envolvendo seres humanos, além do preconizado no item III.2, deverão ainda: 
a) estar fundamentadas na experimentação prévia, realizada em laboratórios, utilizando-se animais ou outros modelos experimentais e comprovação científica, quando pertinente; 
b) ter plenamente justificadas, quando for o caso, a utilização de placebo, em termos de não maleficência e de necessidade metodológica, sendo que os benefícios, riscos, dificuldades e efetividade de um novo método terapêutico devem ser testados, comparando-o com os melhores métodos profiláticos, diagnósticos e terapêuticos atuais. Isso não exclui o uso de placebo ou nenhum tratamento em estudos nos quais não existam métodos provados de profilaxia, diagnóstico ou tratamento; 
c) utilizar o material biológico e os dados obtidos na pesquisa exclusivamente para a finalidade prevista no seu protocolo, ou conforme o consentimento dado pelo participante da pesquisa; e d) assegurar a todos os participantes ao final do estudo, por parte do patrocinador, acesso gratuito e por tempo indeterminado, aos melhores métodos profiláticos, diagnósticos e terapêuticos que se demonstraram eficazes: 
d.1) o acesso também será garantido no intervalo entre o término da participação individual e o final do estudo, podendo, nesse caso, esta garantia ser dada por meio de estudo de extensão, de acordo com análise devidamente justificada do médico assistente do participante
· IV - DO PROCESSO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO: O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe com consentimento livre e esclarecido dos participantes, indivíduos ou grupos que, por si e/ou por seus representantes legais, manifestem a sua anuência à participação na pesquisa. IV.1 - A etapa inicial do Processo de Consentimento Livre e Esclarecido é a do esclarecimento ao convidado a participar da pesquisa, ocasião em que o pesquisador, ou pessoa por ele delegada e sob sua responsabilidade, deverá: 
a) buscar o momento, condição e local mais adequados para que o esclarecimento seja efetuado, considerando, para isso, as peculiaridades do convidado a participar da pesquisa e sua privacidade; 
b) prestar informações em linguagem clara e acessível, utilizando- se das estratégias mais apropriadas à cultura, faixa etária, condição socioeconômica e autonomia dos convidados a participar da pesquisa; e 
c) conceder o tempo adequado para que o convidado a participar da pesquisa possa refletir, consultando, se necessário, seus familiares ou outras pessoas que possam ajudá-los na tomada de decisão livre e esclarecida. 
IV.3 - O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deverá conter, obrigatoriamente: 
a) justificativa, os objetivos e os procedimentos que serão utilizados na pesquisa, com o detalhamento dos métodos a serem utilizados, informando a possibilidade de inclusão em grupo controle ou experimental, quando aplicável; 
b) explicitação dos possíveis desconfortos e riscos decorrentes da participação na pesquisa, além dos benefícios esperados dessa participação e apresentação das providências e cautelas a serem empregadas para evitar e/ou reduzir efeitos e condições adversas que possam causar dano, considerando características e contexto do participante da pesquisa; 
IV.3 - O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deverá conter, obrigatoriamente: 
c) esclarecimento sobre a forma de acompanhamento e assistência a que terão direito os participantes da pesquisa, inclusive considerando benefícios e acompanhamentos posteriores ao encerramento e/ ou a interrupção da pesquisa; 
d) garantia de plena liberdade ao participante da pesquisa, de recusar-se a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma; 
e) garantia de manutenção do sigilo e da privacidade dos participantes da pesquisa durante todas as fases da pesquisa; 
f) garantia de que o participante da pesquisa receberá uma via do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 
g) explicitação da garantia de ressarcimento e como serão cobertas as despesas tidas pelos participantes da pesquisa e dela decorrentes; e 
h) explicitação da garantia de indenização diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa. 
IV.5 - O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deverá, ainda: 
a) conter declaração do pesquisador responsável que expresseo cumprimento das exigências contidas nos itens IV. 3 e IV.4, este último se pertinente; 
b) ser adaptado, pelo pesquisador responsável, nas pesquisas com cooperação estrangeira concebidas em âmbito internacional, às normas éticas e à cultura local, sempre com linguagem clara e acessível a todos e, em especial, aos participantes da pesquisa, tomando o especial cuidado para que seja de fácil leitura e compreensão; 
IV.5 - O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deverá, ainda: 
c) ser aprovado pelo CEP perante o qual o projeto foi apresentado e pela CONEP, quando pertinente; e 
d) ser elaborado em duas vias, rubricadas em todas as suas páginas e assinadas, ao seu término, pelo convidado a participar da pesquisa, ou por seu representante legal, assim como pelo pesquisador responsável, ou pela (s) pessoa (s) por ele delegada (s), devendo as páginas de assinaturas estar na mesma folha. Em ambas as vias deverão constar o endereço e contato telefônico ou outro, dos responsáveis pela pesquisa e do CEP local e da CONEP, quando pertinente. 
· V - DOS RISCOS E BENEFÍCIOS: Toda pesquisa com seres humanos envolve risco em tipos e gradações variados. Quanto maiores e mais evidentes os riscos, maiores devem ser os cuidados para minimizá-los e a proteção oferecida pelo Sistema CEP/CONEP aos participantes. Devem ser analisadas possibilidades de danos imediatos ou posteriores, no plano individual ou coletivo. A análise de risco é componente imprescindível à análise ética, dela decorrendo o plano de monitoramento que deve ser oferecido pelo Sistema CEP/CONEP em cada caso específico. 
V.1 - As pesquisas envolvendo seres humanos serão admissíveis quando: a) o risco se justifique pelo benefício esperado; e b) no caso de pesquisas experimentais da área da saúde, o benefício seja maior, ou, no mínimo, igual às alternativas já estabelecidas para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento. 
V.2 - São admissíveis pesquisas cujos benefícios a seus participantes forem exclusivamente indiretos, desde que consideradas as dimensões física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual desses.
 V.1 - As pesquisas envolvendo seres humanos serão admissíveis quando: 
V.3 - O pesquisador responsável, ao perceber qualquer risco ou dano significativos ao participante da pesquisa, previstos, ou não, no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, deve comunicar o fato, imediatamente, ao Sistema CEP/CONEP, e avaliar, em caráter emergencial, a necessidade de adequar ou suspender o estudo. 
V.4 - Nas pesquisas na área da saúde, tão logo constatada a superioridade significativa de uma intervenção sobre outra(s) comparativa( s), o pesquisador deverá avaliar a necessidade de adequar ou suspender o estudo em curso, visando oferecer a todos os benefícios do melhor regime. 
V.5 - O Sistema CEP/CONEP deverá ser informado de todos os fatos relevantes que alterem o curso normal dos estudos por ele aprovados e, especificamente, nas pesquisas na área da saúde, dos efeitos adversos e da superioridade significativa de uma intervenção sobre outra ou outras comparativas. 
V.6 - O pesquisador, o patrocinador e as instituições e/ou organizações envolvidas nas diferentes fases da pesquisa devem proporcionar assistência imediata, nos termos do item II.3, bem como responsabilizarem-se pela assistência integral aos participantes da pesquisa no que se refere às complicações e danos decorrentes da pesquisa.
V.7 - Os participantes da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano resultante de sua participação na pesquisa, previsto ou não no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, têm direito à indenização, por parte do pesquisador, do patrocinador e das instituições envolvidas nas diferentes fases da pesquisa. 
· VI - DO PROTOCOLO DE PESQUISA O protocolo a ser submetido à revisão ética somente será apreciado se for apresentada toda documentação solicitada pelo Sistema CEP/CONEP, considerada a natureza e as especificidades de cada pesquisa. A Plataforma BRASIL é o sistema oficial de lançamento de pesquisas para análise e monitoramento do Sistema CEP/ CONEP.
· As abordagens da psicologia:
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